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50 horas
INDICE
Introdução_______________________________________________________________________3
Destinatários_____________________________________________________________________3
Objetivo Geral____________________________________________________________________4
Objetivos específicos_______________________________________________________________4
2. Relações Inter-Instituições_________________________________________________________19
6. Conclusão_______________________________________________________________________31
7. Referências Bibliográficas___________________________________________________________32
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Introdução
Este Manual tem por finalidade colaborar na reflexão, crescimento e aprendizagem
dos Assistentes Familiares e de Apoio à Comunidade. Todavia, não se pretende aqui
esgotar o assunto, mas apenas apontar alguns caminhos relevantes para a
importância de reconhecer os recursos disponíveis numa determinada
Instituição/Organização, reconhecer os diferentes tipos de Instituições e desenvolver
positivamente as relações interpessoais com cada elemento da Instituição. Cada vez
mais é necessário articular as necessidades das comunidades com os equipamentos e
infraestruturas existentes, visando sobretudo o desenvolvimento e autonomia das
pessoas.
Destinatários
Os destinatários são adultos com idade igual ou superior a 18 anos, com necessidades
de formação nesta temática e desempregados com habilitações inferiores ao 9º ano.
Atividades Principais:
➢ Preparar o serviço relativo aos cuidados a prestar, selecionando, organizando e
preparando os materiais, os produtos e os equipamentos a utilizar.
➢ Prestar cuidados básicos de higiene, de conforto e de saúde aos assistidos, de
acordo com as orientações da equipa técnica.
➢ Executar as tarefas relativas ao serviço de refeições, de acordo com as orientações
da equipa técnica.
➢ Executar as tarefas de limpeza e arranjo dos espaços, dos equipamentos e da
roupa.
➢ Colaborar na prevenção da monotonia e do isolamento dos assistidos, de acordo
com as orientações da equipa técnica.
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➢ Articular com a equipa técnica, transmitindo a informação pertinente sobre os
serviços prestados, referenciando, nomeadamente, situações anómalas respeitantes
aos assistidos.
Objetivo Geral
Inventariar os recursos materiais disponíveis numa determinada Instituição.
Caracterizar os diferentes tipos de Instituições.
Relacionar-se com cada elemento da Instituição.
Objetivos específicos
Definir o conceito de instituição
Descrever quais os recursos existentes nas diversas instituições.
Identificar os recursos básicos de uma determinada instituição.
Distinguir e caracterizar os diversos tipos de instituições.
Enumerar os itens que fazem parte de um regulamento para uma IPSS.
Especificar quais os diferentes tipos de IPSS.
Distinguir e caracterizar os diversos tipos de instituições de acordo com a
população alvo.
Enumerar as características gerais das Instituições.
Enumerar algumas dificuldades inerentes ao funcionamento das Instituições
Saber interpretar o organograma de uma instituição
Descrever o funcionamento das Relações Inter-Instituições e as necessidades
dos utentes
Descrever quais os princípios que regem a habitação e urbanismo
Enunciar alguns dos princípios em que se baseia política do ambiente e
qualidade de vida
Definir o conceito de família
Enunciar quais os direitos da família na sociedade e as suas funções
Definir o conceito de Maternidade
Enunciar quais os direitos de proteção na maternidade e paternidade
Enunciar quais os direitos na infância e juventude
Enunciar os direitos de proteção na deficiência e na terceira idade
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Perceber a relação do Profissional com a Instituição
Definir o conceito de comunicação e enumerar os diversos canais
Enumerar algumas linhas orientadoras de Comunicação Interpessoal
Enumerar algumas regras de Urbanidade
Enumerar linhas orientadoras para uma boa comunicação
Noções de hierarquia profissional
1.1. Instituição
Deriva do latim institutióne-, que quer dizer: disposição, sistema. Surge como o
ato ou efeito de instituir, coisa instituída ou estabelecimento de utilidade
pública, organização ou fundação
.
A União Europeia considera a economia social como uma via autónoma, nem pública
nem privada, de intervenção no mercado de acordo com valores e princípios que
configuram um modelo de organização específico, vocacionada para o primado do
homem sobre o lucro.
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Não-Lucrativo;
Solidariedade Social;
Receção
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Gabinetes Multidisciplinares
Consultório/Sala de Tratamento
Refeitório
Cozinha
Copa
Biblioteca/Ludoteca
Rouparia/Lavandaria
Farmácia
Armazém/Arquivos
Instalações Sanitárias
Saídas de Emergência
Portas Corta-Fogo
Quartos/ Enfermarias
Vestiários
Sala de Lazer
Ginásio
Piscina
Cabeleireiro
Elevadores
Parque Infantil
Morgue
Transportes
Jardins
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RECEÇÃO: Destina-se ao acolhimento /receção e atendimento.
Deve ser:
✓ Ser ampla, com iluminação suficiente e adequada para espaço de transição com o
exterior e permitir o fácil encaminhamento para os diversos espaços;
✓ Nesta área pode ainda localizar-se a zona destinada ao desenvolvimento das tarefas
administrativas e de gestão corrente do estabelecimento (núcleo administrativo).
CASAS DE BANHO:
As casas de banho são visitadas por diversos/as utilizadores/as e devem estar sujeitas
a limpezas regulares e diárias. Devem estar equipadas com sanitas e lavatórios na
proporção dos/as utilizadores que frequentam. Devem apresentar materiais de
revestimento liso, impermeável e imputrescível, pavimento não escorregadio,
separado por género/profissionais/utentes, sanita/lavatório de louça, bases de
chuveiros integradas no pavimento, torneiras com comando manual ou automático,
água fria e quente, detetores de inundação/incêndio, sifões metálicos e individuais,
toalhetes descartáveis, barras de apoio, tapetes antiderrapantes, elevadores de
sanita, ajudas técnicas para o banho.
COZINHA:
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✓ A separação física entre as zonas sujas e limpas pode dispensar-se quando o
percurso dos alimentos se realize em momentos claramente distintos, sendo
obrigatório efetuar a limpeza e desinfeção das superfícies e materiais utilizados entre
as diferentes fases, salvaguardando as condições de higiene e segurança alimentar e
a prevenção de eventuais contaminações.
✓ devem ter expostas as regras de higiene e proteção individual e devem ser alvo de
higienização segundo um plano, nomeadamente após cada utilização.
✓ Despensa;
REFEITÓRIO:
✓ Esta sala pode ser utilizada também para reuniões, festas ou recreio interior.
SALAS DE ATIVIDADES:
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As salas podem ser organizadas em zonas circunscritas em cantos (canto da história,
baú de fantasias). O objetivo é oferecer a oportunidade de escolhas, desafios e
estímulos, considerando as características do grupo.
✓ Constituído por um espaço exterior vedado, com uma zona coberta, com
zonas de interesse para as crianças e que permita a utilização de
brinquedos com rodas no caso de instituições direcionadas para a infância)
No caso de instituições direcionadas para os idosos o ideal será ter um Jardim exterior
ou alpendre com poucas barreiras arquitéctónicas e que facilitem o movimento
autónomo, onde os séniores possam passar algum tempo a ler, caminhar,
movimentar-se ou simplesmente apanhar sol, conforme as suas vontades.
Caso seja uma instituição com ambas as respostas sociais o ideal é ter os dois
espaços conjuntamente e onde crainças e idosos possam interagir, ou onde
simplesmente os idosos possam observar as crianças a brincar.
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ECONOMATO
✓ material esterilizado
Cama/Berço/Cadeira/Cadeirão/Maca
Mesas/Secretárias
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Ajudas Técnicas aos Cuidados (canadianas, elevadores de doentes, cadeiras de
rodas, barras de proteção, etc.)
Carro/Carrinha/Ambulância
As Instituições que a lei prevê, apresentam uma grande variedade de utentes alvo,
deste modo serão apresentadas todas essas Instituições ou valências, respetivas
finalidades, objetivos, critérios de funcionamento e características gerais. Este item
também irá apresentar algumas das dificuldades mais comuns, organigrama das
Instituições, relações entre Instituições e necessidades dos Utentes.
PÚBLICA
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Para além das Instituições Sociais, ou de Apoio à Família e à Comunidades de origem
pública, privada com fins lucrativos e privadas sem fins lucrativos, existem outras
importantes que devemos sempre considerar, tais como a família, religião, económica,
política, educação e recreação.
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1.4. Instituições Particulares de Solidariedade Social
Apoio às famílias;
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QUOTAS DOS SÓCIOS;
RENTABILIZAÇÃO DO PATRIMÓNIO;
DONATIVOS.
Associações Mutualistas;
Uniões
Federações
Confederações
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Pessoal técnico e auxiliar necessário ao funcionamento do estabelecimento ou
prestação de serviços;
Denominação;
Regime financeiro.
1. Definição da Instituição
2. Objetivos
3. População-Alvo
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4. Capacidade
5. Requisitos Gerais
8. Normas de Funcionamento
10. Regulamento
17. Etc.
CRIANÇAS E AMAS
JOVENS
CRECHES FAMILIARES
1ª, 2ª INFÂNCIA
CRECHES
UNIDADE DE EMERGÊNCIA
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CENTRO DE APOIO FAMILIAR E ACONSELHAMENTO PARENTAL
ACOLHIMENTO FAMILIAR
ADOPÇÃO
IMPRENSA BRAILLE
INTERVENÇÃO PRECOCE
LAR RESIDENCIAL
ACOLHIMENTO FAMILIAR
CENTRO DE CONVÍVIO
CENTRO DE DIA
RESIDÊNCIA
CENTRO DE NOITE
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COMUNIDADE DE INSERÇÃO
CENTRO COMUNITÁRIO
COLÓNIAS DE FÉRIAS
REFEITÓRIO/CANTINA SOCIAL
CASA DE ABRIGO
FÓRUM SÓCIO-OCUPACIONAL
PSIQUIÁTRICO
UNIDADE DE VIDA PROTEGIDA
Regulamento interno;
Recursos Humanos;
Organograma;
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2. Relações Inter-Instituições
Assim como o homem necessita de cooperar com o seu meio envolvente, também as
Instituições, não sobrevivem se adotarem uma atitude de total autonomia. Todas as
Instituições sociais, deverão estabelecer contactos, protocolo e relações com outras
semelhantes ou instituições que possam complementar as atividades, cooperando
para um mesmo objetivo. As instituições não existem isoladas das outras. Todas elas
possuem uma interdependência mútua, de tal forma que uma modificação numa
determinada instituição pode acarretar mudanças maiores ou menores nas outras.
São exemplos de instituições com as quais poderá haver relacionamento: Estado,
Câmara Municipal, Junta de Freguesia, Piscinas, Empresas de Segurança e Higiene,
Empresas de Limpeza, Instituto de Formação Profissional, Associações, etc.
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1. Necessidades fisiológicas (básicas e físicas, tal como água, comida, ar, sexo,
etc. Quando não temos estas necessidades satisfeitas ficamos mal, com desconforto,
irritação, medo, doentes).
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Desta forma cada um tem necessidades específicas, no entanto todos apresentam
necessidades gerais, direitos e deveres, que em Portugal se encontram descritos na
Constituição da República Portuguesa (PARTE I - Direitos e deveres fundamentais;
TÍTULO III - Direitos e deveres económicos, sociais e culturais)
4. Todo o tempo de trabalho contribui, nos termos da lei, para o cálculo das pensões
de velhice e invalidez, independentemente do sector de atividade em que tiver sido
prestado.
4.2. Saúde
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melhoria sistemática das condições de vida e de trabalho, bem como pela promoção
da cultura física e desportiva, escolar e popular, e ainda pelo desenvolvimento da
educação sanitária do povo e de práticas de vida saudável.
c) Orientar a sua ação para a socialização dos custos dos cuidados médicos e
medicamentosos;
1. Todos têm direito, para si e para a sua família, a uma habitação de dimensão
adequada, em condições de higiene e conforto e que preserve a intimidade pessoal e
a privacidade familiar.
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d) Incentivar e apoiar as iniciativas das comunidades locais e das populações,
tendentes a resolver os respetivos problemas habitacionais e a fomentar a criação de
cooperativas de habitação e a autoconstrução.
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e) Promover, em colaboração com as autarquias locais, a qualidade ambiental das
povoações e da vida urbana, designadamente no plano arquitetónico e da proteção
das zonas históricas;
4.5. Família
5.1. A comunicação
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A comunicação interpessoal é um método de comunicação que promove a troca de
informações entre duas ou mais pessoas. Onde há um emissor que codifica a
mensagem, que pode ser submetida a ruídos, até chegar ao recetor, através de um
canal, que por sua vez irá descodificar a mensagem e emitir o feedback.
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Precisa-se tomar cuidado com os sentimentos das pessoas. Certas palavras
expressam estereótipos, intimidam e ofendem as pessoas. É necessário prestar
atenção nas palavras e gestos que podem ser ofensivos.
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As comunicações são o centro de todas as atividades humanas. Literalmente nada
acontece sem que haja prévia comunicação. Um grande número de problemas pode
ser ligado à falta de comunicação – saber qual é o problema já é ter meia solução.
3. Respeitar a hierarquia.
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No relacionamento interpessoal no quotidiano de trabalho nas Instituições, são
admitidos diferentes tipos de Utentes e são necessárias estratégicas específicas para
obter e garantir uma comunicação eficaz e eficiente. Não existem fórmulas ou receitas
definidas para o relacionamento entre pessoas, no entanto surgem algumas linhas
orientadoras.
ESCUTA ACTIVA - as pessoas precisam de tempo para falar sobre si mesmas, seus
interesses e problemas. Portanto precisamos ouvir com atenção, interesse e respeito,
escutando com todos os nossos sentidos.
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PERGUNTAR - para descobrir problemas, desejos e necessidades das pessoas. Mas
faça perguntas abertas e não perguntas que levem a um "sim" ou "não" ou que sejam
invasivas na vida do outro.
INOVAR - fazer diferente e fazer melhor, quebrar a rotina, mudar hábitos no sentido
de melhorar os cuidados.
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SENTIDO POSITIVO - reforço positivo, elogiar, falar na forma afirmativa e não na
negativa, mesmo quando algo não está bem, procurar um ponto positivo.
6. Conclusão
Pretende-se com este Manual contribuir para "formar pessoas que de futuro pretendam realizar, de
forma autónoma, ou sob a orientação de um técnico especializado, tarefas básicas de cuidados
humanos necessárias a clientes no domicílio e/ou em situação de internamento, ou semi-
internamento", em instituições específicas tais como Lares de Terceira Idade, Centros de Dia,
Centros Educativos, Centros Acompanhamento de ATL, Instituições de Apoio à Infância, Centros
de Cuidados Humanos e similares. No final da formação o/a formando/a deverá estar apto a prestar
os cuidados humanos e de saúde básicos, de acordo com as necessidades do utente e dos fins da
instituição e saber executar as tarefas de higienização, tratamento de roupa, confeção, preparação e
serviço de refeições. Os/as formandos/as serão profissionais com competências múltiplas e diversas
e capazes de promover o desenvolvimento sociocultural de grupos e comunidades, organizando,
e/ou desenvolvendo atividades de animação, de caráter cultural, educativo, social, lúdico e
recreativo, mediante objetivos e missão da Instituição.
7. Referências Bibliográficas
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Lei n.º 48/90, de 24 de Agosto
Lei de Bases da Saúde
Constituição da República Portuguesa
Sites:
http://www.fd.uc.pt/CI/CEE/OI/Constituicao_Portuguesa.htm
http://www4.seg-social.pt/maternidade-e-paternidade
http://www.fd.uc.pt/CI/CEE/OI/Constituicao_Portuguesa.htm
http://www4.seg-social.pt
http://pt.wikipedia.org/wiki/Fam%C3%ADlia
http://www.objetivosdomilenio.org.br/meioambiente/
http://www.portaldasaude.pt/portal
http://www4.seg-social.pt/quem-somos3
http://www.cartasocial.pt
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