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Formador: Ana Fael

UFCD 8902 – ÉTICA E


DEONTOLOGIA EM
GERIATRIA
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Formador: Ana Fael

UFCD 8902 – ÉTICA E


DEONTOLOGIA EM GERIATRIA

50 Horas
• Identificar as características essenciais do técnico de geriatria.

• Reconhecer e aplicar os princípios fundamentais da deontologia e ética, na


função de acompanhamento do idoso.

• Explicar as diferentes formas de resolução de conflitos, consoante as


características dos mesmos.

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CONTEÚDOS
PROGRAMÁTICOS
Perfil do técnico de ação direta em geriatria

• Qualidades do técnico em geriatria

• A relação humana que o técnico deve estabelecer com o idoso

• Funções do técnico de ação direta em geriatria

• Importância da resiliência nos técnicos de geriatria

Fatores associados ao comportamento social e emocional do técnico

• Fatores que influenciam o comportamento social e emocional

• Aspetos da linguagem que se devem ter sempre em conta na relação com um idoso

• Aspetos atitudinais que se devem ter em conta na relação com um idoso

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CONTEÚDOS
PROGRAMÁTICOS (CONT.)
Apresentação pessoal e higiene do técnico de ação direta em geriatria

• Higiene e o arranjo pessoal do técnico

• Higiene dos instrumentos de trabalho (farda, calçado, entre outros)

• Apresentação pessoal do técnico

Ética e Deontologia

• Conceitos de ética e deontologia

• Alguns aspetos inerentes à ética e deontologia (responsabilidade, sigilo profissional…)

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CONTEÚDOS
PROGRAMÁTICOS (CONT.)
Código deontológico do técnico de ação direta em geriatria

• Direitos e deveres do técnico

Atos e ações corretas e incorretas

• Atos lícitos e ilícitos

• Atos legítimos e ilegítimos

• Sanções

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CONTEÚDOS
PROGRAMÁTICOS (CONT.)
Princípios e valores

• Principais princípios no trabalho em geriatria (competência, responsabilidade, integridade e respeito

pelos direitos e dignidade da pessoa)

• Principais valores a defender na prática em geriatria

Técnicas de resolução de conflitos

• Técnicas que se devem usar (deliberação e persuasão – em casos extremos)

• Técnicas que nunca se devem usar (manipulação e coersão)

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CONTEÚDOS
PROGRAMÁTICOS (CONT.)
Comportamento do técnico face às barreiras atitudinais do idoso

• Barreiras atitudinais do idoso

• Role-play de situações problema

Direitos humanos dos idosos

• Direito à independência

• Direito à participação

• Direito à assistência

• Direito à autorrealização

• Direito à dignidade

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CONTEÚDOS
PROGRAMÁTICOS (CONT.)
Protocolo de atuação em caso de deteção de casos de maus tratos

Competências valorizadas pelos empregadores - transferíveis entre os diferentes contextos laborais

• Competências relacionais

• Competências criativas

• Competências de gestão do tempo

• Competências de gestão da informação

• Competências de tomada de decisão

• Competências de aprendizagem (aprendizagem ao longo da vida)

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CONTEÚDOS
PROGRAMÁTICOS (CONT.)
Pesquisa de informação para procura de emprego

Curriculum vitae

Candidatura espontânea

Entrevista de emprego

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1. PERFIL DO
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TÉCNICO DE AÇÃO
DIRETA EM
GERIATRIA
1.1. Qualidades do técnico em geriatria
1.2. A relação humana que o técnico deve estabelecer com o idoso
1.3. Funções do técnico de ação direta em geriatria
1.4. Importância da resiliência nos técnicos de geriatria
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1.1. QUALIDADES DO TÉCNICO


EM GERIATRIA
 Gerontologia Geriatria

• ciência que se dedica ao estudo • ocupa-se da saúde das pessoas

do envelhecimento da espécie idosas nos aspetos clínicos,

humana em todas as suas sociais, preventivos e curativos

vertentes das doenças no envelhecimento

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1.1. QUALIDADES DO TÉCNICO


EM GERIATRIA
 Ajudante Ação Direta – Ajudante de lar e centro de dia – Técnico de geriatria

 conjunto de tarefas ligadas ao trabalho com pessoas (maioritariamente idosas)

 contacto direto com o idoso individualmente ou em, grupo com vista o bem-estar

 As competência são evidenciadas desde o primeiro contacto com o idoso

 Principal qualidade centra-se na capacidade de comunicação e predisposição para a

“entrega” no relacionamento interpessoal

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1.1. QUALIDADES DO TÉCNICO


EM GERIATRIA
 QUALIDADES

 Maturidade e capacidade de adaptação

 Empatia e sensibilidade

 Amor pelos outros

 Objetividade e espírito crítico

 Sentido social e comunitário

 Flexibilidade e polivalência

 Criatividade

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1.1. QUALIDADES DO TÉCNICO


EM GERIATRIA
 SABERES-FAZER

1. Trabalhar em equipa

2. Articular e comunicar de forma adequada, com o idoso, família, equipa técnica e redes de apoio.

3. Demonstrar estabilidade emocional e autocontrolo.

4. Adaptar-se a diferentes situações e contextos familiares.

5. Demonstrar compreensão e sensibilidade.

6. Demonstrar capacidade de resiliência nos diferentes problemas que ocorram no dia-­a-­dia,


demonstrando capacidade de resolução.

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1.1. QUALIDADES DO TÉCNICO


EM GERIATRIA
 SABERES-FAZER

7. Comunicar de forma clara, precisa, persuasiva e assertiva.

8. Demonstrar uma atitude empática, potenciadora de um bom relacionamento interpessoal.

9. Motivar os outros para a adoção de cuidados de higiene e conforto adequados.

10. Agir e decidir com rapidez e iniciativa no sentido de encontrar soluções adequadas na
resolução de situações imprevistas.

11. Respeitar os princípios de ética e deontologia inerentes à profissão.

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1.2. A RELAÇÃO HUMANA QUE O TÉCNICO


DEVE ESTABELECER COM O IDOSO
- Abordagem positiva - Respeitá-los enquanto

É essencial
Devemos
- Encorajá-los a exercer indivíduos
os seus direitos - Tratá-los de modo justo
- Tomar as suas próprias - Afetivo
decisões - Excluir todo e qualquer
- Ser independentes e comportamento
responsáveis por si descriminatório
mesmos

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1.2. A
RELAÇÃO
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 Prestar atenção ao que contam sobre a sua vida HUMANA


 Ouvi-las recordar experiências e episódios
QUE O
 Relatar êxitos e deceções
TÉCNICO
 Exprimir medos, ansiedades, sofrimentos e alegrias
DEVE
ESTABELEC
 Revelar-nos desejos e projetos para o futuro

• É nossa função escutá-los e estimulá-los a


ER COM O
acreditar e a lutar pelo que ambicionam
IDOSO
• Com palavras, tom de voz, linguagem corporal e Ajudar os residentes a
expressão facial lutar pelos seus desejos

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1.2. A
RELAÇÃO
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HUMANA
Deve ajudar os A nossa realização
QUE O
residentes a acreditar profissional deve
TÉCNICO
que vale a pena passar por vermos
DEVE
estabelecer novas metas atingir seus ESTABELEC
e que serão capazes de objetivos ER COM O
atingi-las IDOSO
Ajudar os residentes a
lutar pelos seus desejos

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1.2. A
RELAÇÃO
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Todos precisamos de amar e ser


HUMANA
QUE O
amados
TÉCNICO
 Quem está em acolhimento residencial também.
DEVE
 É muito importante não perder o contacto com as pessoas de ESTABELEC
quem gosta
ER COM O
IDOSO
 Família e amigos

 Animais de estimação

 Objetos de valor sentimental Ajudar os residentes


nas relações sociais

19
1.2. A
RELAÇÃO
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HUMANA
 As visitas aos residentes devem ser acolhidas com gentileza e QUE O
nunca fazer sentir a ambos que estão a mais.
TÉCNICO
 Devem pô-los à vontade oferecendo chá ou café
DEVE
E respeitar a privacidade com o visitado
ESTABELEC

 O residente deve ser encorajado a visitar familiares ou amigos


ER COM O
se for de sua vontade e se necessário acompanhado
IDOSO
Ajudar os residentes
nas relações sociais

20
1.2. A
RELAÇÃO
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HUMANA
 Deve-se também fomentar o contacto a distância e ajudá-los QUE O
se necessário
TÉCNICO
 Cartas, postais, e-mails, telefonemas, fotografias ou vídeos
DEVE
 O acolhimento residencial é uma oportunidade para fazer
ESTABELEC
novas amizades, falamos de nós próprios
ER COM O
 Os sentimentos de pertença são importantes para o nosso
IDOSO
bem-estar
Ajudar os residentes
nas relações sociais

21
1.2. A
RELAÇÃO
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Ter interesses e participar em HUMANA


atividades é saudável QUE O
TÉCNICO
• Preenche a vida DEVE
• Ocupa o pensamento ESTABELEC
• Ajuda a relaxar ER COM O
• Exercita capacidades IDOSO
• Promove a independência e a Ajudar os residentes a
autonomia participar em atividades

22
1.2. A
RELAÇÃO
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 Devemos descobrir o que gostam de fazer, para o HUMANA


que têm jeito, as atividades em que já têm QUE O
experiencia e as que gostariam de aprender TÉCNICO
DEVE
ESTABELEC
ER COM O
Jardinagem - pintura – leitura – música – desporto IDOSO
– atividades manuais - jogos Ajudar os residentes a
participar em atividades

23
1.2. A
RELAÇÃO
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 Participação em eventos e atividades que tenham HUMANA


lugar na comunidade, incentiva as boas relações QUE O
entre a estrutura residencial e a comunidade e o TÉCNICO
bem-estar dos residentes DEVE
ESTABELEC
ER COM O
festas - passeios – sessões de teatro – cinema – IDOSO
desporto – visitas a museus Ajudar os residentes a
participar em atividades

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1.2. A
RELAÇÃO
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 Disponibilizar espaços da estrutura residencial para os HUMANA


organismos da comunidade desenvolverem atividades QUE O
 A estrutura residencial também pode promover
TÉCNICO
atividades que vão ao encontro dos interesses dos DEVE
residentes e da comunidade. ESTABELEC
 Para encorajar os mais tímidos ou relutantes - mas ER COM O
respeitando sempre a sua vontade de participar ou não - IDOSO
os colaboradores podem e devem participar nas
Ajudar os residentes a
atividades. participar em atividades

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1.3. FUNÇÕES DO TÉCNICO DE


AÇÃO DIRETA EM GERIATRIA
Prestar cuidados de apoio direto ao
PRINCIAPL
FUNÇÃO
idoso em contexto domiciliar e
institucional
• Contribuir para o seu bem-estar biopsicossocial
• Com consideração pelos objetivos definidos
pela equipa técnica local
• E princípios deontológicos de atuação

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1. Prestar/auxiliar nos cuidades de higiene, eliminação e conforto do 1.3.


idoso, nos diversos contextos de atuação
FUNÇÕES
 1.1.Preparar os materiais e equipamentos, em função da planificação dos

serviços e cuidados a prestar;


DO
 1.2. Lavar e/ou prestar apoio no banho do idoso, tendo em conta o conforto TÉCNICO
do mesmo; DE AÇÃO
 1.3. Desenvolver ou ajudar na mudança de roupa do idoso (inclusive as

fraldas) e da cama;
DIRETA EM
 1.4. Prestar outros cuidados de higiene e conforto, por exemplo: colocação
GERIATRIA
de creme hidratante, pentear os cabelos, cortar as unhas, entre outros;

 1.5. Auxiliar o profissional de saúde no apoio ao idoso na mobilidade,


ATIVIDADES
desenvolvendo as transferências e posicionamentos de forma adequada.

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1.3.
2. Acompanhar e apoiar o idoso nas diversas atividades de vida
FUNÇÕES
diária
 2.1.Apoiar o idoso nas atividades de vida diária (AVD’s) como:
DO
vestir-se, tomar banho, ir ao supermercado, apanhar transportes TÉCNICO
públicos, entre outras; DE AÇÃO
 2.2. Acompanhar o idoso nas atividade de prazer e recreação
DIRETA EM
(passeios pela comunidade, idas à igreja, café, entre outras);

 2.3. Acompanhar e apoiar o idoso nas atividade de âmbito


GERIATRIA
terapêutico, desenvolvidas na instituição, na comunidade, no
domicilio, ou em outros contextos, segundo as indicações do técnico
ATIVIDADES
responsável;

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1.3.
3. Auxiliar os profissionais responsáveis nos cuidados de
FUNÇÕES
alimentação, aplicados aos idosos com dependência funcional,
temporária ou permanente.
DO
 3.1.Acompanhar o idoso na toma das refeições, na sua hidratação, TÉCNICO
higiene e conforto, segundo o seu grau de dependência; DE AÇÃO
 3.2. Apoiar os técnicos responsáveis na elaboração de ementas;
DIRETA EM
 3.3. Preparar refeições ligeiras, tendo em conta as necessidades
GERIATRIA
nutricionais dos idosos, segundo as orientações da equipa técnica;

ATIVIDADES

29
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1.3.
4. Participar no planeamento e desenvolvimento de atividades
FUNÇÕES
básicas de animação e entretenimento e de estimulação dos
domínios cognitivo, social e motor, de acordo com as
DO
capacidades, necessidades e interesses do idoso. TÉCNICO
 4.1.Executar atividades básicas de animação que visam aumentar as DE AÇÃO
relações interpessoais, a motivação, entre outros;
DIRETA EM
 4.2. Executar atividades básicas de estimulação cognitiva, social e

motora, segundo as orientações da equipa técnica;


GERIATRIA
ATIVIDADES

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1.3.
5. Prestar cuidados de higiene e arrumação dos espaços
FUNÇÕES
envolventes e da roupa dos idosos. DO
6. Apoiar a equipa técnica na organização do espaço, com o TÉCNICO
objetivo de prevenir acidentes domésticos e em instituições. DE AÇÃO
7. Participar na prevenção da negligência, abusos e maus tratos DIRETA EM
ao idoso. GERIATRIA
ATIVIDADES

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8. Avaliar a informação obtida através de instrumentos técnicos 1.3.


aplicados por especialistas, para melhor conhecimento do perfil FUNÇÕES
funcional do idoso, e consequente adequada prestação de cuidados.
DO
TÉCNICO
 8.1.Preparar os materiais necessários à aplicação dos instrumentos de

avaliação, de acordo com as orientações do técnico responsável;

 8.2. Analisar a informação proveniente de instrumentos de avaliação DE AÇÃO


aplicados por especialistas na área, e consequente tomada de conhecimento DIRETA EM
da capacidade funcional do idoso;
GERIATRIA
 8.3. Colaborar coma equipa técnica na palificação e desenvolvimento de

atividades segundos os objetivos delineados, de acordo com a informação


ATIVIDADES
fornecida pelos instrumentos de avaliação;

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1.3.
9. Estabelecer a articulação com a equipa técnica
FUNÇÕES
responsável, a fim de reportar a evolução do estado DO
físico, psíquico e emocional, situações anómalas e/ou TÉCNICO
agravamento do estado de saúde do idoso, tendo em
DE AÇÃO
consideração as orientações e procedimentos definidos
pela equipa técnica.
DIRETA EM
GERIATRIA
ATIVIDADES

33
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1.4. IMPORTÂNCIA DA RESILIÊNCIA


NOS TÉCNICOS DE GERIATRIA
RESILIÊNCIA
- Capacidade humana para enfrentar, vencer e sair
fortalecido ou transformado por experiências de
adversidade

- Resulta das crenças do indivíduo

• Adaptação saudável diante das adversidades


• Amadurecimento e desenvolvimento
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1.4. IMPORTÂNCIA DA RESILIÊNCIA


NOS TÉCNICOS DE GERIATRIA
 A RESILIÊNCIA é por isso uma característica multidimensional que engloba as qualidades

das pessoas que permite crescer face a adversidades e a situações de alto stress.

Estabilidade Interna
Consciência e flexibilidade
Capacidade de envolver o apoio de outras pessoas
Crença que o stress pode fortalecer
Otimismo

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1.4. IMPORTÂNCIA DA RESILIÊNCIA


NOS TÉCNICOS DE GERIATRIA

PROFISSIONAIS RESILIENTES

 Preservam saúde mental e emocional

 Melhor desempenho

 Mais comprometidos com o trabalho e a organização

 Prestam assistência de melhor qualidade

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1.4. IMPORTÂNCIA DA RESILIÊNCIA


NOS TÉCNICOS DE GERIATRIA

A CAPACIDADE DE RESILIÊNCIA pode ser influenciada

 Iniciativas institucionais resolutivas e motivadores que promovam a saúde do trabalhador

 Auto-estima e Auto-eficácia

 Redes de apoio social e familiar

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2. FATORES ASSOCIADOS
38 AO COMPORTAMENTO
SOCIAL E EMOCIONAL
DO TÉCNICO
2.1. Fatores que influenciam o comportamento social e emocional
2.2. Aspetos da linguagem que se devem ter sempre em conta na relação com um idoso
2.3. Aspetos atitudinaisque se devem ter em conta na relação com um idoso
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2.1. FATORES QUE INFLUENCIAM O


COMPORTAMENTO SOCIAL E EMOCIONAL
O cuidador sofre influências que interferem na sua multidimensionalidade

Permitindo ao utente ser singular,


Bom Combina destreza
multidimensionale sentir-se
Cuidador com saber e intuição
apoiado nas dificuldades

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2.1. FATORES QUE INFLUENCIAM O


COMPORTAMENTO SOCIAL E EMOCIONAL
 A qualidade dos cuidados é influenciada
 Atitudes e comportamentos de quem cuida

 Desejo de cuidar dos outros

 Exige multiplicidade de cuidados, técnicos e humanos

 O cuidador defronta desafios relacionados com a complexidade das situações de saúde e

doença

Nas organizações são estabelecidas normas e rotinas especificas, aumentando a importância

das emoções
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2.1. FATORES QUE INFLUENCIAM O


COMPORTAMENTO SOCIAL E EMOCIONAL
Ferramentas
emocionais

cuidador EMOÇÕES utente

cuidados prestados

41
2.1.
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FATORES
QUE
• Permitem atuar, pensar e
comunicar
• Separar a vida pessoal da
vida profissional

INFLUENC
I-AM O
Competências
emocionais
COMPORT
• Facilitadores e
A-MENTO
impulsionadoras
Competência clinica e
cuidado na relação
SOCIAL E
emocional
EMOCION
AL
• Relações de ajuda
• Relações interpessoais
• Bem-estar dos utentes

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2.2. ASPETOS DA LINGUAGEM QUE SE DEVEM
TER SEMPRE EM CONTA NA RELAÇÃO COM O
IDOSO

 Habilidades de transmissão
Habilidades auditivas
Habilidades de feedback

43
DA
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1. Usar linguagem apropriada e direta (evitando o uso do


LINGUAGEM
jargão e termos eruditos quando palavras simples forem QUE SE
suficientes). DEVEM TER
2. Fornecer informações tao claras e completas quanto for
SEMPRE EM
possível.
CONTA NA
RELAÇÃO
Usar canais múltiplos para estimular vários sentidos do
3.
COM O
recetor (audição, visão, etc.).
IDOSO
4. Usar comunicação face a face sempre que for possivel
HABILIDADES DE
TRASNMISSÃO

44
DA
Formador: Ana Fael

1. ESCUTA ATIVA – a chave para essa escuta ativa ou eficaz


LINGUAGEM
é a vontade e a capacidade de escutar a mensagem inteira QUE SE
(verbal, simbólica e não-verbal), e responder DEVEM TER
apropriadamente ao conteúdo e à intenção (sentimentos, SEMPRE EM
emoções etc.) da mensagem. CONTA NA
2. EMPATIA – a escuta ativa exige uma certa sensibilidade às
RELAÇÃO
pessoas com quem estamos a tentar comunicar. Em sua COM O
essência, empatia significa colocar-se na posição ou IDOSO
situação da outra pessoa, num esforço para entendê-la.
HABILIDADES
AUDITIVAS

45
DA
Formador: Ana Fael
LINGUAGEM
3. REFLEXÃO – uma das formas de se aplicar a escuta ativa QUE SE
é reformular sempre a mensagem que tenha recebido. A DEVEM TER
chave é refletir sobre o que foi dito sem incluir um SEMPRE EM
julgamento, apenas para testar o seu entendimento da
CONTA NA
mensagem.
RELAÇÃO
4. FEEDBACK – como a comunicação eficar é um processo COM O
de troca bidirecional, o uso de feedback é mais uma IDOSO
maneira de se reduzir falhas de comunicação e distorções.
HABILIDADES
AUDITIVAS

46
DA
Formador: Ana Fael
LINGUAGEM
QUE SE
1. Assegurar-se de que quer ajudar (e não se mostrar superior).
DEVEM TER
2. No caso do feedback negativo, vá direto ao assunto; começar
SEMPRE EM
uma discussão com questões periféricas e rodeios geralmente
CONTA NA
cria ansiedades ao invés de minimizá-las.
RELAÇÃO
3. Descreva a situação de modo claro, evitando juízos de valor. COM O
IDOSO
HABILIDADES
DE FEEDBACK

47
DA
Formador: Ana Fael
LINGUAGEM
4. Concentre-se no problema (evite sobrecarregar o recetor com
QUE SE
excesso de informações ou criticas).
DEVEM TER
SEMPRE EM
5. Esteja preparado para receber feedback, visto que o seus
comportamento pode contribuir para o comportamento do
CONTA NA
recetor
RELAÇÃO
COM O
Ao encerar o feedback, faça um resumo e reflita sobre a sessão,
6.
IDOSO
para que tanto você como o recetor tenham o mesmo
entendimento sobre o que foi decidido. HABILIDADES
DE FEEDBACK

48
Formador: Ana Fael
2.3. ASPETOS ATITUDINAIS QUE SE DEVEM
TER EM CONTA NA RELAÇÃO COM UM
IDOSO
Empatia
Adaptabilidade
Autocontrolo
Tolerância à frustração
Força de vontade
Energia
Sociabilidade 49
ASPETOS
Formador: Ana Fael

1. EMPATIA ATITUDINA
 É a faculdade de se colocar no lugar do interlocutor, de sentir o que ele sente. IS QUE SE
 É a faculdade de penetrar no mundo do outro, procurando compreender o que ele

vive e o que ele sente, sem se deixar dominar pela tendência natural de avaliar as
DEVEM
ideias dele, em função dos nossos próprios sentimentos ou valores. TER EM
 Esta atitude implica, por parte do profissional, uma boa capacidade de escuta. CONTA NA
 Ser empático é compreender, sem necessariamente estar de acordo.
RELAÇÃO
COM UM
 Ser empático é mostrar ao interlocutor que o compreendemos.

IDOSO

50
ASPETOS
Formador: Ana Fael

1. EMPATIA ATITUDINA
 Comportamentos que bloqueiam a empatia:
IS QUE SE
 Impor o seu próprio ponto de vista sem considerar as opiniões e necessidades do
DEVEM
cliente. TER EM
 Não escutar as mensagens do cliente.
CONTA NA
RELAÇÃO
 Estar centrado na sua própria lógica sem tentar compreender a lógica do cliente.

 Interrogar sistematicamente ou não deixar falar.

 Julgar e criticar. COM UM


 Impor e dominar.
IDOSO

51
ASPETOS
Formador: Ana Fael

2. ADAPTABILIDADE
ATITUDINA
 O profissional que atende o público tem que se colocar à altura do seu interlocutor.
IS QUE SE
O contacto com pessoas diferentes exige comportamentos e linguagens diferentes DEVEM
 Deve ter-se cuidado no tratamento das pessoas. TER EM
 As pessoas devem ser tratadas pelo nome
CONTA NA
3. AUTOCONTROLE RELAÇÃO
 O profissional não deve permitir que os seus sentimentos e emoções negativas,
COM UM
assim como os seus juízos interfiram na relação com o cliente.
IDOSO
 Se, anteriormente, o cliente foi mal-educado ou incorreto para com o profissional,

na próxima vez que o atende, deverá fazê-lo como se nada se tivesse passado e ser

delicado e respeituoso.

52
ASPETOS
Formador: Ana Fael
ATITUDINA
4. TOLERANCIA A FRUSTRAÇÂO
 Se, perante um interlocutor incorreto não conseguir que ele, ao longo
IS QUE SE
do atendimento, seja bem-educado, não deve ficar frustrado, nem
DEVEM
permitir que a relação seguinte seja afetada por esse
TER EM
CONTA NA
FORÇA DE VONTADE
5.
RELAÇÃO
 Se nalgum momento, durante o dia, o trabalho não correu tão bem
COM UM
como esperava por razões que lhe são estranhas e não pode controlar

(falta de um colega) não se deixe abater.


IDOSO
 Trabalhe mais e lide naturalmente com a situação reagindo e

respondendo adequadamente ao cliente


53
ASPETOS
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6. ENERGIA
ATITUDINA
 Não manifeste lentidão, nem na linguagem verbal, nem nos gestos
IS QUE SE
 Mostre-se uma pessoa de ação, enérgica e dinâmica. Informe-se, dê
DEVEM
soluções e apresente propostas.
TER EM
7. SOCIABILIDADE
CONTA NA
 O profissional do atendimento deve gostar de comunicar e de estar, durante
RELAÇÃO
o tempo que for necessário, relacionando-se com o cliente.
COM UM
 Deve ser sensível às relações humanas e aos problemas dos outros.
IDOSO
 Deve gostar e sentir-se bem, por ajudar os outros e satisfazer as suas

necessidades.
54
Formador: Ana Fael

3. APRESENTAÇÃO
55
PESSOAL E HIGIENE
DO TÉCNICO DE AÇÃO
DIRETA EM GERIATRIA
3.1. Higiene e o arranjo pessoal do técnico
3.2. Higiene dos instrumentos de trabalho
Formador: Ana Fael

3.1. HIGIENE E O ARRANJO


PESSOAL DO TÉCNICO
 A aparência revela muito da atitude em relação ao

 Seu trabalho

 Estabelecimento onde trabalham

 Seus colegas

 Próprios empregados

 Uma aparência limpa revela

 Que o seu trabalho irá ser da mesma forma

 Que o seu local de trabalho irá ser apresentado aos clientes dessa forma

56
Formador: Ana Fael

3.1. HIGIENE E O ARRANJO


PESSOAL DO TÉCNICO
 Higiene consiste na prática do uso constante de elementos ou atos que causem benefícios para

os seres humanos. Significa limpeza acompanhada de asseio.

 Compreende todos os hábitos e condutas que nos auxiliem a prevenir doenças e a manter a

saúde e o nosso bem-estar, inclusive o coletivo.

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Formador: Ana Fael

 Qualquer tipo de odor será repelente. Banho frequente, no


3.1.
entanto evitar produtos demasiado perfumados.
HIGIENE E
 Dentes escovados com regularidade. O mau hálito deve ser
O ARRANJO
combatido com pastilhas ou sprays.
PESSOAL
 Apresentar identificação adequada (nome, fotografia, função)
DO
 Evitar adornos (anéis, brincos, pulseiras, colares)
TÉCNICO
 Comunicar situação de doença
Aspetos a ter em conta
 Manter pés secos relativos à higiene
pessoal

58
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 Evitar falar, cantar, tossir ou espirrar sobre os alimentos


3.1.
 Não utilizar utensílios que foram colocados na boca HIGIENE E
 Não utilizar utensílios que foram colocados na boca O ARRANJO
 Não mascar pastilhas elásticas ou fumar durante o trabalho PESSOAL
 Evitar passar as mãos no nariz, orelhas, boca, cabeça ou outra DO
parte do corpo durante a prestação de cuidados TÉCNICO
 Assoar o nariz em lenços de papel e posteriormente rejeitar e Aspetos a ter em conta
lavar as mãos relativos à higiene
pessoal

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Formador: Ana Fael

 Não manusear dinheiro


3.1.
 Assoar o nariz em lenços de papel e posteriormente rejeitar e HIGIENE E
lavar as mãos
O ARRANJO
 Não manusear dinheiro PESSOAL
 Utilizar equipamento de proteção individual DO
 Não enxugar suor com mãos, panos ou uniforme (toalha TÉCNICO
descartável)
Aspetos a ter em conta
 Evitar maquilhagem e perfumes com cor e/ou odor intenso relativos à higiene
pessoal
 Colocar haveres e roupa civil em local adequado

60
Formador: Ana Fael

3.2. HIGIENE DOS INSTRUMENTOS DE


TRABALHO (FARDA, CALÇADO, OUTROS)
 Nas instituições surge a necessidade de utilização farda/uniforme, para identificar e proteger

os profissionais e também proteger os clientes.

 O uniforme é o espelho da instituição

 Não so identifica o funcionário, mas refelete a postura e imagem do estabelecimento

 Subjetivamente, transmite o conceito da instituição em relação à qualidade dos seus serviços

 Devem estar sempre limpos e arranjados

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Formador: Ana Fael

3.2. HIGIENE DOS INSTRUMENTOS DE


TRABALHO (FARDA, CALÇADO, OUTROS)
 As fardas devem ser feitas de material de fácil lavagem e descontaminação.

 Se possível, deve-se mudar diariamente e sempre após contaminação com sangue ou outros fluidos

 Sempre que necessário sair das instalações, durante o período de trabalho, não deverá ser usado o

vestuário de proteção, inclusive o calçado. (VD´s)

 Todo o vestuário de proteção deverá ser guardado nos cacifos individuais, devidamente separado da

roupa do dia-a-dia

 O uso de cestuário de proteção sempre limpo é da exclusiva responsabilidade da cada funcionário

62
Formador: Ana Fael

 Bom estado de limpeza (diária/SOS)


3.2. HIGIENE
DOS
 Bom estado de conservação
INSTRUMEN
 Confortável TOS DE
TRABALHO
 Adequado à tarefa a desempenhar
(FARDA,
 Cores claras CALÇADO,
 Resistente a lavagens frequentes OUTROS)
Regras e cuidados a ter
 Exclusivos para local de trabalho
com o uniforme

63
Formador: Ana Fael

 Vestir/despir em local adequado


3.2. HIGIENE
DOS
 Calçado confortável, antiderrapante, resistente e fechado (com
INSTRUMEN
meias de preferência de algodão) TOS DE
 Apanhar primeiro o cabelo e só depois vestir o uniforme TRABALHO
(FARDA,
 Usar avental de plástico para tarefas com agua, mas nunca
CALÇADO,
perto do fogão ou forno
OUTROS)
 Não utilizar panos ou sacos de plástico para proteção do
Regras e cuidados a ter
uniforme com o uniforme

64
Formador: Ana Fael

 Não utilizar panos ou sacos de plástico para proteção do uniforme


3.2. HIGIENE
DOS
 Mão carregar os bolsos do uniforme de canetas, batos, cigarros,
INSTRUMEN
isqueiros, relógios etc. (apenas o essencial) TOS DE
 Adaptar/trocar uniforme de acordo com a tarefa (confeção de TRABALHO
alimentos, limpeza, prestação de cuidados de higiene)
(FARDA,
CALÇADO,
 Evitar vestir roupa que não pertença ao uniforme, nomeadamente
OUTROS)
por baixo do mesmo. Se for necessário usar peças de algodão e de
Regras e cuidados a ter
cor branca. com o uniforme

65
Formador: Ana Fael

3.2. HIGIENE DOS INSTRUMENTOS DE


TRABALHO (FARDA, CALÇADO, OUTROS)

 A colocação e remoção dos EPI tem um papel importante na

prevenção e controlo da transmissão cruzada da infeção, pelo que deve

obedecer às seguintes regras propostas nos quadros seguintes

66
Formador: Ana Fael

3.2. HIGIENE DOS INSTRUMENTOS DE


TRABALHO (FARDA, CALÇADO, OUTROS)

 BATA – colocar:

• Selecionar a bata apropriada

• Abrir pela parte posterior

• Vestir, apertando os atilhos atrás

• Se a bata for demasiado pequena, podem

vestir se duas batas, atando uma a frente e

outra atrás

67
Formador: Ana Fael

3.2. HIGIENE DOS INSTRUMENTOS DE


TRABALHO (FARDA, CALÇADO, OUTROS)

 BATA – remover:

• Desapertar os atilhos

• Puxar a bata pelos ombros

• Virá-la do avesso

• Enrolá-la

• Descartá-la

68
Formador: Ana Fael

3.2. HIGIENE DOS INSTRUMENTOS DE


TRABALHO (FARDA, CALÇADO, OUTROS)

 LUVAS – calçar:

• Colocar apenas as luvas no final

• Selecionar o tipo e tamanho de luvas

adequados

• Inserir as mãos nas luvas

• Puxar as luvas até prender o punho da bata

69
Formador: Ana Fael

3.2. HIGIENE DOS INSTRUMENTOS DE


TRABALHO (FARDA, CALÇADO, OUTROS)

 LUVAS – descalçar:

• Pegar no bordo da luva, junto ao punho

• Retirar da mão, virando de dentro para fora

• Segurar com a mão oposta

• Meter o dedo da mão sem luva por debaixo

da outra luva, removendo-a

70
Formador: Ana Fael

3.2. HIGIENE DOS INSTRUMENTOS DE


TRABALHO (FARDA, CALÇADO, OUTROS)

 LUVAS – descalçar:

• Virar a luva do avesso criando uma bolsa

para ambas as luvas

• Descartar as luvas para um contentor

apropriado

71
Formador: Ana Fael

3.2. HIGIENE DOS INSTRUMENTOS DE


TRABALHO (FARDA, CALÇADO, OUTROS)

 CALÇADO – cuidados a ter:

• Institucionalizado (estipulado como seguro e adequado ao desempenho das funções)

• Sola Antiderrapante;

• Fechado;

• Uso exclusivo para o trabalho;

• Confortável;

• Lavado diariamente.

72
Formador: Ana Fael

3.2. HIGIENE DOS INSTRUMENTOS DE


TRABALHO (FARDA, CALÇADO, OUTROS)

 https://www.youtube.com/watch?v=FBKlbf9qOcs

73
Formador: Ana Fael

74
4. ÉTICA E
DEONTOLOGIA
4.1. Conceitos de ética e deontologia
4.2. Alguns aspetos inerentes à ética e deontologia
Formador: Ana Fael

4.1. CONCEITOS DE ÉTICA E


DEONTOLOGIA
“DÉON” “LOGOS”
DEONTOLOGIA
DEVER DISCURSO

 TRATADO DO DEVER, ou o conjunto de deveres, princípios ou normas

adaptadas com um fim determinado

75
Formador: Ana Fael

4.1. CONCEITOS DE ÉTICA E


DEONTOLOGIA
CIÊNCIA DO COMPORTAMENTO MORAL DOS
ÉTICA
HOMENS EM SOCIEDADE

 ASSOCIADA À REGULAMENTAÇÃO DE UMA PROFISSÃO ESTAVA

IMPLÍCITA UMA CERTA ÈTICA

76
Formador: Ana Fael

4.1. CONCEITOS DE ÉTICA E


DEONTOLOGIA
Conjunto de comportamentos exigíveis aos
profissionais, muitas vezes não codificáveis em
regulamentação jurídica

DEONTOLOGIA

Ética profissional das obrigações práticas, baseada


na livre ação da pessoa e no seu caráter moral

77
Formador: Ana Fael

4.1. CONCEITOS DE ÉTICA E


DEONTOLOGIA
PESSOA QUE SE DEDICA A CULTIVAR UMA
PROFISSÃO
ARTE

 Uma profissão é a prática de uma ocupação que influencia diretamente o bem-estar

humano e requer o domínio de um corpo complexo de conhecimentos r capacidades


especializadas.

78
Formador: Ana Fael

4.1. CONCEITOS DE ÉTICA E


DEONTOLOGIA
 Uma profissão não reside apenas na obtenção de recompensa financeira nem

no controlo de um determinado conjunto de conhecimentos

 É sempre uma forma de servir a sociedade com uma finalidade que

transcende os meros interesses pessoais

 Implica uma ideia de grupo – é partilhada por vários indivíduos,


voluntariamente organizados, que partilhas uma ocupação, trabalhando de
forma eticamente admissível

79
Formador: Ana Fael

4.1. CONCEITOS DE ÉTICA E


DEONTOLOGIA
 Ética profissional é o conjunto de normas morais pelas quais um individuo

deve orientar o seu comportamento pessoal.

 A ética é importante em todas as profissões, e para todo ser humano, para que

todos possam viver bem em sociedade.

 O Código de Ética é um instrumento criado para orientar o desempenho das


organizações em suas ações e na interação com seus públicos.

80
Formador: Ana Fael

4.2. ALGUNS ASPETOS INERENTES


À ÉTICA E DEONTOLOGIA
 Respeito pela dignidade da pessoa humana

Exercício da liberdade com responsabilidade no trabalho

Responsabilidade na tomada de decisões e ações

Sigilo profissional

Vivência do sentido de solidariedade social

81
Formador: Ana Fael

 Não aceitar ou pactuar com qualquer forma de 4.2. ALGUNS


discriminação ASPETOS
• seja em razão da raça, etnia, sexo, idade, deficiência INERENTES
física, orientação ou convicção religiosa, tendência À ÉTICA E
sexual, opinião ou filiação politica
DEONTOLO
• Forma de assédio sexual ou psicológico, de conduta
GIA
verbal ou física de humilhação, de coação ou
Respeito pela dignidade
ameaça da pessoa humana

82
Formador: Ana Fael

 Demonstrar sensibilidade e respeito mútuo e abster-se 4.2. ALGUNS


de qualquer comportamento tido como ofensivo por ASPETOS
outra pessoa INERENTES
 Garantir em todas as tomadas de decisão o respeito À ÉTICA E
pelo principio da igualdade de tratamento DEONTOLO
Garantir o respeito do principio da igualdade no
GIA
tratamento de pedidos de terceiros, na instrução de Respeito pela dignidade
da pessoa humana
processos ou tomada de decisões

83
Formador: Ana Fael

 Pautar a sua atuação pelo envolvimento e partilha


4.2. ALGUNS
• Mantendo clima de confiança e urbanidade, no respeito pela

estrutura hierárquica
ASPETOS
• Partilhando o conhecimento e a informação
INERENTES
• Cultivando o espirito de equipa
À ÉTICA E
Abster-se de qualquer concorrência desleal em relação aos
DEONTOLO
seus colegas
GIA
• A discrição é um elemento especifico nas relações e fundamento Exercício da liberdade
essencial da sua capacidade de salvaguarda do sigilo profissional com responsabilidade
no trabalho

84
Formador: Ana Fael

 O que para outros membros do coletivo podem ser leves faltas


4.2. ALGUNS
de respeito ou problemas de convivência, para o técnico é algo
que está vinculado ao seu comportamento profissional
ASPETOS
• comentários de desprezo para com colegas, comentários ofensivos,
INERENTES
jocosos ou em tom de brincadeira; ou duvidar publicamente da À ÉTICA E
qualidade técnica de um superior
DEONTOLO
É obrigação oferecer a sua colaboração a todos os seus colegas,
GIA
quando a sua intervenção for necessária, para que não se
produzam atrasos no trabalho e não se prejudique o Exercício da liberdade
com responsabilidade
funcionamento normal da entidade onde presta os seus serviços.
no trabalho

85
Formador: Ana Fael

 A responsabilidade é uma obrigação do individuo em dar


4.2. ALGUNS
conta dos seus atos e suportar as consequências dos mesmos.
ASPETOS
Um individuo responsável – é aquele que age com
INERENTES
conhecimento e liberdade suficiente para que seus atos possam
À ÉTICA E
ser considerados dignos, devendo responder por eles.
DEONTOLO
O técnico deve exercer as suas funções profissionais,
GIA
exclusivamente, para os fins a que foram atribuídas, abstendo-
se de as utilizar em beneficio próprio ou para fins que não Responsabilidade na
tomada de decisões e
sejam motivados para o interesse da organização ações

86
Formador: Ana Fael

 Não devem aceitar ou recorrer a ofertas, pagamentos ou


4.2. ALGUNS
outros favores pelo exercício de qualquer atividade no
ASPETOS
cumprimento das suas funções
INERENTES
Têm a responsabilidade e devem evitar qualquer situação À ÉTICA E
suscetível de originar conflitos de interesse com a DEONTOLO
organização
GIA
Os eventuais conflitos de interesses de qualquer funcionário
Responsabilidade na
deverão ser imediatamente comunicados a Direção, com o tomada de decisões e
objetivo de assegurar o desempenho imparcial e transparente ações

87
Formador: Ana Fael

 Faz parte dos valores éticos que devem ser seguidos por todos
4.2. ALGUNS
os profissionais
ASPETOS
 O dever de sigilo obriga o funcionário a “guardar segredo
INERENTES
profissional relativamente aos fatos de que tenha conhecimento
À ÉTICA E
em virtude do exercício das sias funções e que não se destinam a
ser do domínio público”
DEONTOLO
 Os fundamentos do sigilo profissional assentam no fato de
GIA
haver informação e conhecimento pertencentes a um individuo Sigilo profissional
de que os profissionais tomam conhecimento durante o exercício
da sua profissão

88
Formador: Ana Fael

 Um individuo tem direito a que todas as informações que lhe


4.2. ALGUNS
pertencem sejam mantidas em segredo, em confidencialidade,
assegurando assim os seus interesses.
ASPETOS
O sigilo é referido à difusão oral ou escrita da informação
INERENTES
À ÉTICA E
Não deve entrar em conflito com a lealdade à entidade para a qual

trabalha o técnico, que deve corresponder à confiança que o seu


DEONTOLO
superior deposita nele
GIA
Por isso, deve comunicar ao seu superior qualquer informação que Sigilo profissional
possa prejudica-lo ou beneficiá-lo ou à entidade para a qual
trabalha

89
Formador: Ana Fael

 Uma organização socialmente responsável 4.2. ALGUNS


• Satisfaz as necessidades dos clientes
ASPETOS
• Atua com eficiência
INERENTES
• Cria valor para membros e sociedade
À ÉTICA E
• Assegura a continuidade da organização
DEONTOLO
 Os valores da organização são, em ultima análise, GIA
construídos pela atuação dos seus funcionários e as
Vivência do sentido de
inter-relações que estes estabelecem entre si solidariedade social

90
Formador: Ana Fael

 As relações no ambiente de trabalho devem pautar-se por


4.2. ALGUNS
cortesia e respeito mútuo, empenhando-se administradores e
ASPETOS
funcionários para a defesa dos direitos humanos e para que
INERENTES
entre si predomine o espirito de equipa, a lealdade, a
À ÉTICA E
franqueza e a confiança.
DEONTOLO
A instituição e os funcionários devem estar atentos às
GIA
problemáticas sociais da comunidade, orientando a sai ação
no sentido de lhes dar resposta, ou encaminhando para outras Vivência do sentido de
solidariedade social
entidade competentes, fomentando o trabalho em parceria.

91
Formador: Ana Fael

5. CÓDIGO
92
DEONTOLÓGICO DO
TÉCNICO DE AÇÃO
DIRETA EM GERIATRIA
5.1. Direitos e deveres do técnico
Formador: Ana Fael

As estruturas residenciais devem ser especialmente rigorosas

nas questões de ética.


5.1.
Cultura de respeito por princípios claros e sólidos
DIREITOS E
É útil adotar um código de ética. Estabelece base de DEVERES
comportamento dos colaboradores.
DO
Deve respeitar a lei, mas ir alem dela. Não depender de fatores
TÉCNICO
religiosos, temporais ou circunstanciais: temporal e universal

Deve também especificar que atitudes são proibidas e explicitar CÓDIGO DE ÉTICA
claramente as consequências das mesmas INSTITUCIONAL

93
Formador: Ana Fael

 VANTAGENS

• Inspira e estimula toda a comunidade residencial


5.1.
• Representa um ponto de apoio a quem deseja atuar eticamente

• Proporciona mecanismos disciplinares de sancionamento de infrações éticas


DIREITOS E
• Contribui para disseminar na organização um ambiente educativo
DEVERES
conducente às boas práticas DO
• Fomenta a compreensão mútua, a confiança e a cooperação entre os TÉCNICO
membros da organização

• Beneficia a imagem da estrutura residencial e dos profissionais que nela CÓDIGO DE ÉTICA
trabalham INSTITUCIONAL
• Promove a boa gestão e a confiança

• Contribui para melhorar a cooperação entre organizações residenciais

94
Formador: Ana Fael

 LIMITAÇÕES

• Por vezes os enunciados vagos dificultam a sua aplicação


5.1.
• É difícil consagrar nas normas a grande diversidade de DIREITOS E
problemas éticos que podem ocorrer DEVERES
• As rápidas mudanças sociais, politicas e económicas podem
DO
gerar, por vezes, interrogações relativas às normas contidas
nos códigos
TÉCNICO
CÓDIGO DE ÉTICA
INSTITUCIONAL

95
Formador: Ana Fael

1. Disporem de boa condições de trabalho, de higiene, segurança e proteção à


saúde 5.1.
2. Auferirem mensalmente a retribuição salarial DIREITOS E
3. Ser indemnizado dos prejuízos resultantes de acidentes de trabalhão e DEVERES
doenças profissionais DO
4. Terem acesso a cursos de formação, reciclagem e aperfeiçoamento que TÉCNICO
sejam de reconhecido interesse, desde que não prejudiquem o normal
funcionamento da instituição
DIREITOS DOS
5. Obterem certificados do tempo de serviço, conforme a legislação em vigor TRABALHADORES
6. Realizarem um exame médico anual proporcionado pela instituição

96
Formador: Ana Fael

1. Observar o disposto no contrato de trabalho e nas disposições legais e


convencionais que o regem 5.1.
2. Respeitar e tratar com urbanidade a entidade patronal, seus representantes DIREITOS E
e clientes, superiores hierárquicos, companheiros de trabalho e as demais DEVERES
pessoas que estejam ou entrem em relação com a instituição
DO
3. Comparecer ao serviço com assiduidade e pontualidade e exercer com
zelo e dedicação o trabalho que lhes seja confiado
TÉCNICO
4. Obedecer a direção da instituição, e aos responsáveis hierarquicamente DEVERES DOS
superiores em tudo quanto respeite à execução e disciplina do trabalho, TRABALHADORES
salvo na medida em que as respetivas ordens ou instruções se mostrem
contrarias aos seus direitos e garantias

97
Formador: Ana Fael

5. Guardar lealdade à instituição, designadamente não divulgando


informações relativas à instituição ou aos seus clientes, salvo no 5.1.
cumprimento de obrigação legalmente instituída. DIREITOS E
6. Zelar pela preservação e uso adequado de bens, instalações e DEVERES
equipamentos da instituição ou dos seus clientes
DO
7. Contribuir para a otimização da qualidade dos serviços prestados pela
TÉCNICO
instituição e para a melhoria do respetivo funcionamento,
designadamente participando com empenho nas ações de formação que
DEVERES DOS
lhe forem proporcionadas pela instituição TRABALHADORES
8. Zelar pela segurança e saúde, submetendo-se, nomeadamente, ao exame
medico anual e aos exames ocasionais promovidos pela instituição

98
Formador: Ana Fael

6. ATOS E AÇÕES
99
CORRETAS E
INCORRETAS
6.1. Atos lícitos e ilícitos
6.2. Atos legítimos e ilegítimos
6.3. Sanções (código civil; código penal)
Formador: Ana Fael

6.1. ATOS LÍCITOS E ILÍCITOS


 Ilícito é um substantivo e adjetivo na língua portuguesa que se refere ao que não é permitido

perante a lei, ética ou moral; relativo à ilegalidade; algo que é proibido pela lei.

 Um comportamento ilícito é aquele que se opõe aos princípios da moral e da ética, pré-

estabelecidos pelas normas de uma sociedade. Algumas ações cometidas pelos seres humanos,
quando não correspondem ao que está determinado pela lei e boa conduta cívica, são
consideradas ilícitas.

100
Formador: Ana Fael

6.2. ATOS LEGÍTIMOS E


ILEGITIMOS
 A legitimidade é muito mais ampla do que a legalidade, por mais leis que existam. Não se

pode legislar tudo, para todas as situações possíveis.

 Logo, o legítimo figurará como uma reserva mais abstracta, passível de concretização a cada

momento.

 Neste sentido, a legitimidade funde-se com a ideia de Ética e deveria ser a base da legalidade,

ou seja, deveria ser o instrumento necessário para a construção das leis.

 Por estas razões, os conceitos não se podem fundir.

101
Formador: Ana Fael

6.3. SANÇÕES (CÓDIGO CIVIL;


CÓDIGO PENAL)
 São pressupostos de ato ilícito:

 A) relação de causalidade

 B) ocorrência de dano

 Com efeito, para a caracterização do ato ilícito e a consequente sanção é imprescindível que haja

uma relação de causa e efeito

 Não estará caracterizado a ilicitude se o fato danoso tiver sido propiciado por um agente externo

 Para que o ato ilícito se configure é necessário que exista dano

102
Formador: Ana Fael

 Código Civil 6.3. SANÇÕES


Responsabilidade Civil (CÓDIGO
CIVIL;
Artigo 483.º (Princípio geral)
 Aquele que, com dolo ou mera culpa, violar ilicitamente o direito
CÓDIGO
de outrem ou qualquer disposição legal destinada a proteger
PENAL)
interesses alheios fica obrigado a indemnizar o lesado pelos danos
resultantes da violação.

 Só existe obrigação de indemnizar independentemente de culpa Exemplo: sanções


nos casos especificados na lei. previstas na lei para o
crime de maus tratos

103
Formador: Ana Fael

 Código Penal 6.3. SANÇÕES


 Crimes contra a vida (art.º 131.º - Homicídio -; art.º 132.º - Homicídio (CÓDIGO
Qualificado). CIVIL;
 Crimes contra a integridade física (art.º 143.º - Ofensa à Integridade Física
CÓDIGO
Simples -; art.º 144.º - Ofensa à Integridade Física Grave -; art.º 146.º - Ofensa à
PENAL)
Integridade Física Qualificada).

 Crimes Sexuais (Crimes contra a liberdade sexual dos idosos: art.º 163.º-

 Coação Sexual -; art.º 164.º - Violação -; art.º 165.º - Abuso sexual de Pessoa
Exemplo: sanções
Incapaz de Resistência -; art.º 166.º Abuso Sexual de Pessoa Internada -; art.º
previstas na lei para o
167.º Fraude Sexual -; art.º 169.º - Tráfico de Pessoas -; art.º 170.º Lenocínio -; crime de maus tratos
art.º 171.º - Atos Exibicionistas.

104
Artigo 152.º- Maus Tratos e infração de regras de segurança Formador: Ana Fael
 Quem, tendo ao seu cuidado, à sua guarda, sob a responsabilidade da sua direção ou educação,

ou a trabalhar ao seu serviço, pessoa menor ou particularmente indefesa, em razão de idade,


6.3. SANÇÕES
deficiência, doença ou gravidez, e: (CÓDIGO
 Lhe infligir maus tratos físicos ou psíquicos ou a tratar cruelmente;
CIVIL;
CÓDIGO
 A empregar em atividades perigosas, desumanas ou proibidas; ou

 A sobrecarregar com trabalhos excessivos;

 é punido com pena de prisão de 1 a 5 anos, se o facto não for punível pelo artigo 144. PENAL)
 A mesma pena é aplicável a quem infligir ao cônjuge, ou a quem com ele conviver em condições

análogas às dos cônjuges, maus tratos físicos ou psíquicos.

 A mesma pena é também aplicável a quem infligir a progenitor de descendente comum em 1.º
Exemplo: sanções
grau maus tratos físicos ou psíquicos.
previstas na lei para o
 A mesma pena é aplicável a quem, não observando disposições legais ou regulamentares, sujeitar
crime de maus tratos
trabalhador a perigo para a vida ou perigo de grave ofensa para o corpo ou a saúde.

 Se dos factos previstos nos números anteriores resultar:

 Ofensa à integridade física grave, o agente é punido com pena de prisão de 2 a 8 anos;

 A morte, o agente é punido com pena de prisão de 3 a 10 anos.


105
Formador: Ana Fael

106
7. PRINCÍPIOS E
VALORES
7.1. Principais princípios no trabalho em geriatria
7.2. Principais valores a defender na prática de geriatria
Formador: Ana Fael

Garantir o exercício de cidadania e o acesso aos direitos humanos

dos clientes
 Autonomia, privacidade, participação, confidencialidade,

individualidade, dignidade, oportunidades de igualdade e não


7.1. PRINCIPAIS
discriminação
PRINCÍPIOS
NO TRABALHO
Respeitar as diferenças de género, socioeconómicas, religiosas, EM GERIATRIA
culturais, sexuais dos clientes e/ou pessoas próximas Tendo em consideração os
clientes, os colaboradores, a
Respeitar o projeto de vida definido por cada cliente, bem como estrutura e o funcionamento,
torna-se necessário que resulte
os seus hábitos de vida, interesses, necessidades e expectativas deste conjunto uma intervenção
pautada por um conjunto de
princípios

107
Formador: Ana Fael

 Transmitir e garantir aos clientes um clima de segurança efetiva,

física e psíquica durante a sua permanência no lar residencial

 Promover o envolvimento e o estabelecimento de uma parceria e

articulação estreita com o cliente e/ou significativos, a fim de 7.1. PRINCIPAIS


recolher a informação necessária sobre as necessidades, PRINCÍPIOS
expectativas, capacidade e competências, corresponsabilizando- NO TRABALHO
os no desenvolvimento de atividades/ações no âmbito dos EM GERIATRIA
serviços prestados Tendo em consideração os
clientes, os colaboradores, a
estrutura e o funcionamento,
torna-se necessário que resulte
deste conjunto uma intervenção
pautada por um conjunto de
princípios

108
Formador: Ana Fael

Participar na gestão do lar residencial, envolvendo-se no

planeamento, monitorização e avaliação das respetivas


atividades
7.1. PRINCIPAIS
Desenvolver todas as relações a estabelecer entre o cliente e PRINCÍPIOS
os intervenientes com ética, respeito pelos direitos e deveres, NO TRABALHO
profissionalismo, rigor e qualidade EM GERIATRIA
Tendo em consideração os
Compreender a individualidade e a personalidade de cada clientes, os colaboradores, a
estrutura e o funcionamento,
cliente. Ter em conta a maneira de ser e estar, identidade,
torna-se necessário que resulte
hábitos de vida, religião, cultura, condições de vida, entre deste conjunto uma intervenção
pautada por um conjunto de
outros aspetos. Isto implica: princípios

109
Formador: Ana Fael

• Pensar o cliente como um ser efetivo e ativo, que independentemente da

sua situação, possui um projeto de vida e tem direito de ser respeitado na


sua identidade e individualidade

• Organizar dinâmicas de trabalho que proporcionem oportunidades para 7.1. PRINCIPAIS


que o cliente possa comunicar os seus sentimentos e formular PRINCÍPIOS
posicionamentos pessoais NO TRABALHO
• Criar um ambiente calmo, flexível e responsável, adaptado aos
EM GERIATRIA
Tendo em consideração os
interesses e necessidades de cada cliente, permitindo-lhe continuar o seu
clientes, os colaboradores, a
desenvolvimento individual estrutura e o funcionamento,
torna-se necessário que resulte
• Orientar a prestação de serviços continuamente para o cliente, deste conjunto uma intervenção
diagnosticando as suas necessidades e expetativas, os seus potenciais de pautada por um conjunto de
princípios
desenvolvimento e criando oportunidades para a sua otimização

110
Formador: Ana Fael

 DIGNIDADE
7.2.
• A dignidade da pessoa humana é fundamento de todos os
PRINCIPAIS
valores e princípios que constituem substrato dos direitos
que lhe são reconhecidos
VALORES A
• São de evitar pelos colaboradores da estrutura residencial – e
DEFENDER NA
por todos os residentes – expressões que diminuam uma
PRÁTICA EM
pessoa
GERIATRIA
Os valores em que assenta o
• Nunca se deve, por exemplo, falar de alguém na sua cuidar do outro têm a sua génese
presença como se ela não estivesse ali nos direitos fundamentais

111
Formador: Ana Fael

 RESPEITO
7.2.
• Quando demonstramos respeito por uma pessoa, estamos a
PRINCIPAIS
transmitir-lhe apreço por aquilo que é
VALORES A
• Significa também que a temos em consideração naquilo que
DEFENDER NA
fazemos com ela e para ela. O respeito tem que estar presente em
toda a vida quotidiana de uma estrutura residencial
PRÁTICA EM
GERIATRIA
• Uma forma importante de respeitar o outro é ter em conta a sal
Os valores em que assenta o
vida passada. O residente não corta laços com o passado ao cuidar do outro têm a sua génese
ingressar numa estrutura residencial. nos direitos fundamentais

112
Formador: Ana Fael

INDIVIDUALIDADE
7.2.
• Cada pessoa tem características biológicas e experiencias de
PRINCIPAIS
vida que definem a sal identidade e a distinguem dos demais
VALORES A
• Reconhecer e respeitar a diferença é uma forma de demonstrar
DEFENDER NA
que valorizamos as pessoas com quem nos relacionamos
PRÁTICA EM
• Reconhecer a individualidade, passa por algo tão simples como
GERIATRIA
perguntar como quer ser tratado
Os valores em que assenta o
• Ao agir segundo este principio contribuímos para um cuidar do outro têm a sua génese
nos direitos fundamentais
relacionamento que preserve a dignidade de todos e de cada
pessoa em particular

113
Formador: Ana Fael

 AUTONOMIA
7.2.
• A estrutura residencial não é o local onde a pessoa aguarda pela sua
PRINCIPAIS
morte, mas sim a sua casa, onde vive uma fase importante da sua
existência
VALORES A
• Deve-se encorajar o residente a ser responsável por si próprio e a
DEFENDER NA
executar ele mesmo todas as tarefas que deseja e que seja capaz
PRÁTICA EM
(ninguém se deve substituir ao residente nessas tarefas sob o argumento
GERIATRIA
Os valores em que assenta o
de maior funcionalidade ou rapidez)
cuidar do outro têm a sua génese
• Deve haver condições que promovam a autonomia e facilitem a nos direitos fundamentais

mobilidade, a nível do espaço físico e mobiliário, da humanidade com


que se prestam pequenas ajudas, capazes de ajudar o autocuidado, a
autoestima e promover a autonomia

114
Formador: Ana Fael

 CAPACIDADE DE ESCOLHER
7.2.
• É muito importante para o bem-estar emocional e físico dos residentes
PRINCIPAIS
terem oportunidade de fazerem escolhas e tomar decisões
VALORES A
• Se assim não for, limita-se a autonomia violando-se, o principio do
DEFENDER NA
respeito pela pessoa do residente e da sua autodeterminação
PRÁTICA EM
• Devemos encorajar os residentes a decidir, tanto quanto possível, o que
GERIATRIA
querem comer e quando, o que fazer ao longo do dia, o que querem
Os valores em que assenta o
vestir, a hora a que se querem deitar ou levantar. cuidar do outro têm a sua génese
nos direitos fundamentais

115
Formador: Ana Fael

PRIVACIDADE E INTIMIDADE
7.2.
• A consideração pela pessoa implica o respeito pela sua
PRINCIPAIS
privacidade e intimidade. Correspondem a necessidades
profundas de todas as pessoas e não diminuem com a idade
VALORES A
• Merece especial atenção a sua garantia em todas as intervenções
DEFENDER NA
que respeitem à higiene intima, às relações com outros, à
PRÁTICA EM
correspondência, às chamadas telefónicas e a todos os
GERIATRIA
Os valores em que assenta o
problemas e questões pessoais e familiares
cuidar do outro têm a sua génese
nos direitos fundamentais

116
Formador: Ana Fael

CONFIDENCIALIDADE
7.2.
• O residente tem direito ao respeito pela confidencialidade de
PRINCIPAIS
todos os elementos da sua vida relativos à sua privacidade e
intimidade
VALORES A
• Todos os elementos da estrutura residencial devem respeitar
DEFENDER NA
essa confidencialidade, não divulgando nunca informações
PRÁTICA EM
sobre a vida íntima e privada do residente
GERIATRIA
Os valores em que assenta o
• O cumprimento do dever de confidencialidade é também cuidar do outro têm a sua génese
elemento fundamental nas relações entre todas as pessoas nos direitos fundamentais

implicadas na intervenção da estrutura residencial

117
Formador: Ana Fael

IGUALDADE
7.2.
• Ninguém pode ser privilegiado ou prejudicado em função da idade,
PRINCIPAIS
sexo, religião, orientação sexual, cor da pele, opinião politica, situação
económica, situação social ou condição de saúde
VALORES A
• Todas as pessoas têm as preferências, afinidades, simpatias e antipatias,
DEFENDER NA
ou ideias pré-concebidas, mas elas não podem interferir com a prestação
PRÁTICA EM
de cuidados
GERIATRIA
Os valores em que assenta o
• Não podemos permitir que os nossos preconceitos se manifestes nas cuidar do outro têm a sua génese
atitudes que temos em relação aos demais, nem afetem o nosso nos direitos fundamentais

desempenho humano e profissional. Há que vencer estes preconceitos e


respeitar o principio da não discriminação

118
Formador: Ana Fael

 PARTICIPAÇÃO
7.2.
• Os residentes devem podem participar na vida da estrutura residencial
PRINCIPAIS
• Deve existir um livro de sugestões e a direção deve tomar a iniciativa de
VALORES A
chamá-los a dar o seu parecer sobre o regulamento interno,
DEFENDER NA
nomeadamente através dum conselho de residentes
PRÁTICA EM
• Decisões que afetam a comunidade residencial não devem ser tomadas,
GERIATRIA
nem implementadas sem serem antes tornadas públicas e explicadas aos
Os valores em que assenta o
residentes, que devem poder exprimir-se sobre elas e apresentar cuidar do outro têm a sua génese
sugestões nos direitos fundamentais

• O plano de atividades também deve ser debatido com os residentes, que

têm um palavra a escolher sobre a escolha dos passeios, os destinos de


férias e outras atividades

119
Formador: Ana Fael

8. TÉCNICAS DE
120
RESOLUÇÃO DE
CONFLITOS
8.1. Técnicas que se devem usar
8.2. Técnicas que não se devem usar
Formador: Ana Fael

8. 1. TÉCNICAS QUE SE
DEVEM USAR
 Os conflitos são um aspeto normal da convivência social, mas há que dar-lhes resolução

 Em cada situação de conflito há que considerar os antecedentes, o comportamento e as

consequências

 O conflito pode ter origem nos fatos que o antecederam ou ter como objetivo desencadear

uma reação no meio e nos outros

121
Formador: Ana Fael

8. 1. TÉCNICAS QUE SE
DEVEM USAR
 Os conflitos podem surgir entre residentes e colaboradores, ou mesmo entre colaboradores

 A falta de pessoal, o excesso de responsabilidade e tarefas distribuídas a cada colaborador

 Falta de periodos de reflexão e convívio entre todos

 A criação de momentos de reflexão conjunta e lazer pode diminuir o sentimento de mal-estar

e cansaço pelo excesso de trabalho

122
Formador: Ana Fael

 AFASTAMENTO – PERDE/PERDE
8. 1.
 Ignorar um conflito, quando não é verdadeiramente importante para

nenhuma das partes


TÉCNICAS
 Pode ser uma boa solução temporária, especialmente para permitir que
QUE SE
os intervenientes se acalmem DEVEM
 Sobretudo quando a tentativa de resolução poderá criar maiores danos USAR
relacionais ou gerar novos problemas

 ACOMODAÇÃO – PERDE/GANHA
ESTRATÉGIAS DE
RESOLUÇAÕ DE
 Quando é mais importante preservar a relação do que concordar ou
CONFLITOS
discordar e/ou quando o assunto é mais importante para uma pessoa do
que para outra

123
Formador: Ana Fael

 COMPETIÇÃO – GANHA/PERDE

 Resolver os conflitos por imposição de domínio ou poder


8. 1.
 Funciona quando é urgente tomar uma decisão ativa ou quando é TÉCNICAS
necessário implementar mudanças impopulares QUE SE
 O assunto, neste caso, é mais importante do que as pessoas envolvidas
DEVEM
 COMPROMISSO – GANHA/PERDE USAR
 Neste processo, cada pessoa consegue algo, mas também terá de abdicar

de algo ESTRATÉGIAS DE
 O desafio é contrabalançar os ganhos e perdas individuais
RESOLUÇAÕ DE
CONFLITOS
 É a melhor forma de resolver conflitos quando tanto o assunto como as

pessoas são importantes e quando queremos atingir uma base comum

124
Formador: Ana Fael

 O estilo manipulador apresenta uma relação tática com os outros e tende

a valorizar o outro através de frases que denotem inteligência e cultura


8. 2.
 Exagera algumas partes da informação emitida pelos outros podendo
TÉCNICAS
repeti-la de forma desfigurada e manipulada à sua maneira
QUE NUNCA
 Pode utilizar a simulação como instrumento para manipular os outros,
SE DEVEM
nega fatos e inventa historias para mostrar as coisas como lhe convém USAR
 Fala por meias palavras e é especialista em rumores
MANIPULAÇÃO
 Prefere criar conflitos no momento oportuno do que reduzir as tensões

existentes

 Oferece os seus talentos em presença de públicos difíceis

125
Formador: Ana Fael

 A sua arma preferida é a culpa. Ele explora as tradições, convicções e os

escrúpulos de cada um, faz chantagem moral 8. 2.


 Emprega frequentemente o “nós” e não o “eu”; “falemos francamente”; TÉCNICAS
“confiemos um no outro” QUE NUNCA
 O discurso do manipulador difere consoante o interlocutor e, por isso, ele é SE DEVEM
hábil nas relações interpessoais USAR
 O seu objetivo é tirar partido das pessoas pois nunca apresenta claramente os

sus objetivos MANIPULAÇÃO


 É mais hábil a criar conflitos do que a eliminá-los

 O Manipulador, uma vez descoberto, perde a sua credibilidade e dificilmente

é perdoado porque os outros jamais confiarão nele

126
Formador: Ana Fael

 A comunicação agressiva domina e desvaloriza as outras pessoas


8. 2.
 Quando este tipo de abordagem é utilizada, são visíveis sinais de por
TÉCNICAS
exemplo, menosprezo, frieza e intolerância
QUE NUNCA
 Quando se vêm numa posição de subordinação tendem a revoltar-se
SE DEVEM
contra o que lhes é dito, tomando atitudes de “ser do contra”
USAR
 Geralmente, pessoas com este tipo de atitude falam alto,

interrompem o outro no meio do discurso e falam sem noção do AGRESSIVIDADE


tempo que estão a tomar, entre muitas outras coisas

127
Formador: Ana Fael

 Esta agressividade pode ter origem no medo, desejo de vingança ou

em frustrações acumuladas
8. 2.
TÉCNICAS
 Utiliza muitas vezes a coação, a ameaça ou a punição para atingir os

seus objetivos. Ele rebaixa, ridiculariza e inferioriza os outros.


QUE NUNCA
SE DEVEM
 As sua expressão não verbal é ameaçadora e gera medo
USAR
 Tem uma grande necessidade de se mostrar superior aos outros, é

reivindicativo e critico em relação ao que os outros fazem e dizem AGRESSIVIDADE


 O seu objetivo é dominar os outros, humilhando-os e controlando-os

128
Formador: Ana Fael

 Respeito pelos direitos e sentimento dos outros 8. 2.


 Manipulador – Não respeita ninguém
TÉCNICAS
 Agressivo – Não respeita ninguém
QUE NUNCA
SE DEVEM
 Manifestação de opiniões e sentimento USAR
 Manipulador – convence os outros de que a “culpa” é dos

outros PRINCIPAIS
 Agressivo – acusa o outro CARACTERISTICAS

129
Formador: Ana Fael

 Atitude geral

 Manipular – manipulação
8. 2.
 Agressivo – dominância
TÉCNICAS
QUE NUNCA
 Comportamentos
SE DEVEM
 Manipulador – altera as situações de modo a que este não seja
USAR
prejudicado, atribuindo assim, culpa a outras pessoas
PRINCIPAIS
 Agressivo – reivindicativo; não reconhece erros; fala alto;
CARACTERISTICAS
interrompe e faz afirmações que impedem o outro de se sentir
bem consigo

130
Formador: Ana Fael

9. COMPORTAMENTO
131 DO TÉCNICO FACE ÀS
BARREIRAS
ATITUDINAIS DO IDOSO
9.1. Barreiras atitudinais do idoso
9.2. Role-play de situações problema
Formador: Ana Fael

9.1. BARREIRAS ATITUDINAIS


DO IDOSO
Se os colaboradores querem desenvolver o seu desempenho comunicacional, devem

compreender os modos através dos quais a comunicação se processa, assim como os


obstáculos que podem ocorrer

Chamamos a estes obstáculos, Barreiras à Comunicação Eficaz, que se repercutem obviamente

em mal-entendidos e perdas de tempo. Superá-las facilitará a comunicação e o nosso


desempenho profissional

132
Formador: Ana Fael

Problemas emocionais, preocupação, stress

• Ser sereno, paciente, mostrar compreensão e solidariedade, saber ouvir

Línguas diferentes 9.1.


• Usar um tradutor ou interprete ou aprender a comunicar na língua do BARREIRAS
residente
ATITUDINA
Calão, gíria profissional
IS DO
• Explicar o significado das palavras ou usar alternativas mais

compreensíveis
IDOSO
Barreiras de
Ambiente incomodo e dificuldade de vista e/ou audição
comunicação e formas
• Tentar melhorar o ambiente e assegurar-se de que os aparelhos auditivos e de atuar
óculos estão em bom estado

133
Formador: Ana Fael

Comportamentos agressivos

• Físicos – agressão, violência, autoflagelação

• Verbais – insultos, gritos, palavrões 9.1.


• São sempre faltas de respeito, inadmissíveis, tornando-se indispensável a
BARREIRAS
ATITUDINA
procura de meios para os evitar

• Um residente pode tornar-se agressivo por diferentes motivos:

 Está em stress porque recebeu más noticias IS DO


 Está IDOSO
 tenso devido ao barulho, ou seu estado físico ou psíquico
Barreiras de
 Tem a autoestima diminuída por ter perdido a sua independência comunicação e formas
 Esta sob medicação ou de tal forma confuso que perdeu o discernimento e de atuar
controlo sobre o seu próprio comportamento

134
Formador: Ana Fael

• Enquanto colaboradores de uma estrutura residencial, temos de saber

evitar qualquer escalada de ânimos que leve a perda de autocontrole

• Face a estas situações, há que tentar manter a calma e serenar as


9.1.
pessoas

• Através de palavras sensatas, linguagem corporal e um tom de voz que


BARREIRAS
transmite serenidade e segurança
ATITUDINA
• Se a situação se tornar insegura e violenta, a prioridade deve ser a IS DO
salvaguarda das pessoas envolvidas, incluindo o próprio colaborador IDOSO
• Não tente resolver sozinho situações destas sem ter a devida
Barreiras de
experiencia comunicação e formas
de atuar

135
Formador: Ana Fael

9.2. ROLE-PLAY DE
SITUAÇÕES PROBLEMA
 Caso 1

Em conversa com uma colaboradora, Sr. Alfredo mostrou-se preocupado com os


problemas da sua filha. Ela trabalha muito, tem três filhos – um dos quais com
problemas de aprendizagem – e o marido colabora pouco nas tarefas domesticas. O Sr.
Alfredo diz que é por isso que ela o tem visitado menos nos últimos tempos

136
Formador: Ana Fael

9.2. ROLE-PLAY DE
SITUAÇÕES PROBLEMA
 Caso 1

• Sentir-se-á o Sr. Alfredo diminuído pela ausência da filha e pretende justificá-la?

• Sentir-se-á o Sr. Alfredo frustrado por não conseguir ajudar a filha?

• Ou será esta a forma que encontrou de exprimir a sua tristeza pela falta de visitas, cuja razão, na

realidade, desconhece?

• A sua explicação comporta um pedido implícito de ajuda para que a filha o visite?

137
Formador: Ana Fael

9.2. ROLE-PLAY DE
SITUAÇÕES PROBLEMA
 Caso 1

• Os residentes podem ter dificuldade em referir-se a certos assuntos – porque são dolorosos ou

traumáticos, porque causam medo ou vergonha ou por recearem não ser levados a serio

• Neste caso podem esconder o que sentem e abordar tais assuntos de forma indireta através de

eufemismos ou ilusões

138
Formador: Ana Fael

9.2. ROLE-PLAY DE
SITUAÇÕES PROBLEMA
 Caso 2

A D. Graça foi ao centro de saúde acompanhada de um colaborador da residência onde


vive. Veio consultar o medico, porque esta muito preocupada com a sua saúde. A sala de
espera é quente, pouco arejada e tem um aspeto triste. O barulho do transito, dos
telefones e a conversa das secretárias é insuportável. A rececionista chama-a e pergunta-
lhe uma serie de coisas, um vocabulário cheio de expressões médicas. Parece apressada,
talvez devido à quantidade de pessoas que estão por atender.

139
Formador: Ana Fael

9.2. ROLE-PLAY DE
SITUAÇÕES PROBLEMA
 Caso 2

• Será que nesta situação a rececionista vai obter a informação de que necessita?

• É pouco provável. Vejamos as barreiras de comunicação existentes:

 A D. Graça fica angustiada por não compreender o que lhe é dito e a rececionista esta com pressa: estas

emoções vão tornar mais difícil que a D. graça se exprima claramente e que a rececionista a ouça com atenção

 O centro de saúde é barulhento e pouco acolhedor: quando esta frio ou calor, ou quando não se vê ou não se

ouve bem, é mais difícil trocar informações

 A rececionista usa termos técnicos que a D. Graça desconhece: se não se compreende o que o outro esta a dizer

é impossível comunicar

140
Formador: Ana Fael

10. DIREITOS
141
HUMANOS DOS
IDOSOS
Formador: Ana Fael

10.1. DIREITO À
INDEPENDÊNCIA
 Os idosos devem ter acesso a alimentação, água, alojamento, vestuário e cuidados de saúde

adequados, através da garantia de rendimentos, do apoio familiar e comunitário e da autoajuda

Os idosos devem ter a possibilidade de trabalhar ou ter acesso a outras fontes de rendimento

Os idosos devem ter a possibilidade de participar na decisão que determina quando e a que

ritmo tem lugar a retirada da vida ativa

142
Formador: Ana Fael

10.1. DIREITO À
INDEPENDÊNCIA
Os idosos devem ter acesso a programas adequados de educação e formação

Os idosos devem ter a possibilidade de vivem em ambientes que sejam seguros e adaptáveis às

suas preferências pessoais e capacidades em transformação

Os idosos devem ter a possibilidade de residir no seu domicilio tanto quanto possível

143
Formador: Ana Fael

10.1. DIREITO À
PARTICIPAÇÃO
 Os idosos devem permanecer integrados na sociedade, participar ativamente na formulação e

execução de politicas que afetem diretamente o seu bem-estar e partilhar os seus


conhecimentos e aptidões com as gerações mais jovens

Os idosos devem ter a possibilidade de procurar e desenvolver oportunidades para prestar

serviços à comunidade e para trabalhar como voluntários em tarefas adequadas aos seus
interesses e capacidades

Os idosos devem ter a possibilidade de construir movimentos ou associações de idosos

144
Formador: Ana Fael

10.1. DIREITO À ASSISTÊNCIA


 Os idosos devem beneficiar dos cuidados e da proteção da família e da comunidade em

conformidade com o sistema de valores culturais e de cada sociedade

Os idosos devem ter acesso a cuidados de saúde que os ajudem a manter ou a readquirir um

nível ótimo de bem-estar físico, mental e emocional e que previnam ou atrasem o surgimento
de doenças

Os idosos devem ter acesso a serviços sociais e jurídicos que reforcem a respetiva autonomia,

proteção e assistência

145
Formador: Ana Fael

10.1. DIREITO À ASSISTÊNCIA


Os idosos devem ter a possibilidade de utilizar meios adequados de assistência em meio

institucional que lhe proporcionem proteção, reabilitação e estimulação social e mental numa
atmosfera humana e segura

Os idosos devem ter a possibilidade de gozar os direitos humanos e liberdades fundamentais

quando residam em qualquer lar ou instituição de assistência ou tratamento, incluindo a


garantia do pelo respeito da sua dignidade, convicções, necessidades e privacidades e do
direito de tomar decisões acerca do seu cuidado e da qualidade das suas vidas

146
Formador: Ana Fael

10.1. DIREITO À
AUTORREALIZAÇÃO
 Os idosos devem ter a possibilidade de procurar oportunidades com vista o pleno

desenvolvimento do seu potencial

Os idosos devem ter acesso aos recursos educativos, culturais, espirituais e recreativos da

sociedade

147
Formador: Ana Fael

10.1. DIREITO À DIGNIDADE


 Os idosos devem ter a possibilidade de viver com dignidade e segurança, sem serem

explorados ou maltratados física e mentalmente

Os idosos devem ser tratados de forma justa, independentemente da dia idade, género, origem

racial ou étnica, deficiência o outra condição, e ser valorizados independentemente da sua


contribuição económica

148
Formador: Ana Fael

11. PROTOCOLO DE
149
ATUAÇÃO EM CASO DE
DETEÇÃO DE CASOS
DE MAUS TRATOS
Formador: Ana Fael

11. PROTOCOLO DE ATUAÇÃO EM CASO DE


DETEÇÃO DE CASOS DE MAUS TRATOS

 A emergência de um exercício profissional informado e focado na qualidade da prestação de

serviços para as pessoas idosas, conduz à preocupação com as questões de negligencia,


abusos, maus-tratos e discriminação, bem como à necessidade de adotar disposições, regras e
dinâmicas organizacionais que assegurem a promoção da qualidade de vida dos clientes num
quadro de absoluto respeito pelos seus direitos

150
Formador: Ana Fael

11. PROTOCOLO DE ATUAÇÃO EM CASO DE


DETEÇÃO DE CASOS DE MAUS TRATOS
 A estrutura residencial assume assim a responsabilidade de assegurar que existam

mecanismos de garantia e de controlo para reduzir os riscos associados, pelo que deve ter
implementado um programa de garantia de prevenção e controlo da negligencia, abusos,
maus-tratos e discriminação dos clientes, consagrando a titulo exemplificativo que:
• Os clientes, significativos e colaboradores, têm acesso ao documento escrito com a politica de atuação

da estrutura residencial quanto às regras e formas de atuação em situações de negligência, abusos,


maus-tratos e discriminação dos clientes, (p.e. Código de Ética, regulamento Interno)

151
Formador: Ana Fael

11. PROTOCOLO DE ATUAÇÃO EM CASO DE


DETEÇÃO DE CASOS DE MAUS TRATOS
• Devem estar definidas as regras e formas de atuação para eventuais situações em que ocorra

negligencia, abusos, maus-tratos e de discriminação aos clientes, seja por parte dos colaboradores,
seja por parte dos seus significativos

• Existe uma análise rigorosa e uma resposta imediata, uma vez detetados indícios ou evidencias de

ocorrência de uma situação como as referidas

• Devem ser criados espaços de comunicação para que o cliente e significativos informe(m) os

responsáveis pela organização da existência de situações de negligencia, abuso de direitos, maus-


tratos e discriminação dos colaboradores

152
Formador: Ana Fael

11. PROTOCOLO DE ATUAÇÃO EM CASO DE


DETEÇÃO DE CASOS DE MAUS TRATOS
• Sempre que seja, detetadas situações de negligência, abusos de direitos, maus-tratos e discriminação

ao cliente por parte dos colaboradores, os responsáveis pela estrutura residencial devem auscultar
todas as partes envolvidas, garantir que os direitos do cliente não são postos em causa neste processo e
acionar junto dos colaboradores os mecanismos de sanção previstos de acordo com cada situação.

• Sempre que sejam detetadas situações de negligencia (…) ao cliente por parte de significativos, os

colaboradores devem informar os responsáveis pela organização. Estes últimos, devem avaliar a
situação em causa, auscultando o cliente e os significativos. De acordo com a situação, os
responsáveis devem, em casos extremos, acionar os meios legais ao dispor, com vista a salvaguardar a
integridade, segurança e não discriminação do cliente

153
Formador: Ana Fael

11. PROTOCOLO DE ATUAÇÃO EM CASO DE


DETEÇÃO DE CASOS DE MAUS TRATOS
• Deverá proceder-se a uma avaliação interna periódica do comportamento dos colaboradores e do

funcionamento de gestão, desta forma prevenir, verificar e corrigir situações de negligencia, abusos de
direitos, maus-tratos e discriminação dos clientes. De acordo com os resultados poderão desenvolver-
se, entre outras, as seguintes ações:
 Avaliar a sensibilidade dos colaboradores para esta problemática

 Identificar as necessidades de formação dos colaboradores e promover a sua participação em ações de formação

 Promover reuniões multidisciplinares para discussão de casos

 Realizar projetos que qualifiquem os serviços

154
Formador: Ana Fael

11. PROTOCOLO DE ATUAÇÃO EM CASO DE


DETEÇÃO DE CASOS DE MAUS TRATOS
 Identificar boas praticas que previnam situações de violência institucional e sejam disseminadas pelos

colaboradores e pelos processos de gestão

 Assegurar a rotação regular dos colaboradores perante tarefas mais pesadas ou difíceis, com vista a reduzir os

riscos de burnout

 Encorajar os colaboradores a realizarem pausas de 5 minutos quando se sentem mais tensos ou cansados e que

podem afetar o modo profissional de lidar com os clientes

 Providenciar a capacidade de gestão de conflitos e de atitudes ajustadas em situação de crise, para todos os

trabalhadores

155
Formador: Ana Fael

11. PROTOCOLO DE ATUAÇÃO EM CASO DE


DETEÇÃO DE CASOS DE MAUS TRATOS
• A existência de mecanismos de registo e monitorização de ocorrências identificadas, com indicação

de um responsável pela sua supervisão

• Estabelecer momentos de monitorização e avaliação do programa existente, no qual deverão participar

todas as partes interessadas (direção da organização, colaboradores, clientes, significativos)

156
Formador: Ana Fael

12. COMPETÊNCIAS
157
VALORIZADAS PELOS
EMPREGADORES
12.1.Competências relacionais
12.2. Competências criativas
12.3. Competências de gestão de tempo….
Formador: Ana Fael

12.1. COMPETÊNCIAS
RELACIONAIS
 Todos somos resultado de inúmeras interações e encontros que fomos estabelecendo ao longo

da nossa vida

 É através da relação com os outros que satisfazemos as nossas necessidades de afeto, estima e

autorrealização e é através dela que se consolida a nossa existência e se aprende a admitir e


aceitar diferentes pontos de vista e diferentes modos de ser

 A possibilidade de prever o comportamento dos outros permite-lhe ajustar o seu

comportamento e adotar determinado modelo de comunicação que facilite a interação

158
Formador: Ana Fael

12.1. COMPETÊNCIAS
RELACIONAIS
 A forma de nos relacionarmos com os outros depende da qualidade do processo de

comunicação na vida diária. Devemos assim ter em conta questões tão básicas como:
assegurar que quem recebe a nossa mensagem a entenda e que nos façamos entender na sua
transmissão

 Para alem das palavras também comunicamos através da linguagem não-verbal. Por exemplo,

transmitimos conteúdos emocionais com os nossos gestos, com a postura do nosso corpo e
com a nossa apresentação pessoal

159
Formador: Ana Fael

12.1. COMPETÊNCIAS
RELACIONAIS
 Quer dizer que nós, enquanto seres humanos, dizemos muito mais que as nossas palavras e

somos capazes de influenciar os outros através do tom de voz, da segurança ou insegurança


com que transmitimos as nossas mensagens e com a imagem que projeta a nossa presença
pessoal

 Posto isto, os diferentes aspetos que constituem a comunicação transmitem conteúdos afetam

decisivamente a forma como se constroem as relações na nossa esfera pessoal bem como no
meio organizacional

160
Formador: Ana Fael

12.1. COMPETÊNCIAS
RELACIONAIS
 Por isso é tão importante que as mensagens verbais e não-verbais transmitam a mesma

informação. Se não formos coerentes entre o que dizemos e o que fazemos, geramos a dúvida
no outro e somos mal interpretados. A comunicação não foi, assim eficaz

 No contexto de trabalho por conta de outrem será apreciado pela organização o individuo que

sabe comunicar com clareza e honestidade e que é capaz de influir positivamente no contexto
da organização/entidade na qual participa, contribuindo pra um clima de cooperação

161
Formador: Ana Fael

12.2. COMPETÊNCIAS
CRIATIVAS
 Inovar para encontrar soluções diversas é uma tarefa quotidiana. Iniciar novas atividades, fazer

coisas por nós próprios, assumir responsabilidade, organizar recursos e vencer obstáculos
requerem força de vontade e persistência, para que os nossos objetivos se traduzam em
resultados

 A capacidade de gerir situações imprevisíveis com perseverança permite ter a força para não

nos deixarmos levar pelo mais fácil e comodo. A perseverança implica estabilidade e
confiança, que são sinais de maturidade, e uma visão a longo prazo

162
Formador: Ana Fael

12.2. COMPETÊNCIAS
CRIATIVAS
 A capacidade humana de modificar o meio envolvente para satisfazer necessidades, a partir das

mudanças efetuadas e da produção de uma aproximação entre o que é e o que poderia ser requer
uma atitude criativa

 A criatividade é um talento inato ou apenas uma arte ou competência exclusiva de certas

pessoas ou para certas profissões. Existem técnicas que permitem estimular o potencial criativo
de um individuo ou de uma organização

 Já não é suficiente ter pessoas criativas numa organização, há que ter uma organização de

pessoas criativas
163
Formador: Ana Fael

12.2. COMPETÊNCIAS
CRIATIVAS
 Quando a pessoa esta focalizada para a solução e não para o problema, esta mais preparada para

aproveitar as oportunidades que surgem e ira mobilizar os recursos para que as coisas se
realizem

 A inovação e a criatividade permitem também que a pessoas olhe as mesmas coisas que as

outras pessoas, mas veja algo diferente

 É preciso que se incentive a criatividade e, para isso, há que ensinar as pessoas a utilizar as suas

capacidades, recompensar a criatividade e usar técnicas de geração de ideias, através da


experimentação
164
Formador: Ana Fael

12.3. COMPETÊNCIAS DE
GESTÃO DE TEMPO
 Os atuais modelos de desenvolvimento das sociedades colocam desafios verdadeiramente

complexos ao nível da gestão do tempo, da conciliação entre a vida pessoal, familiar e


profissional, e da resposta adequada ás exigências colocadas pelas Organizações em termos de
produção individual

 A falta de tempo é um fator paradigmático do nosso estilo de vida, resultante da crescente

pressão exercida sobre as pessoas para gerar resultados em diferentes esferas de atuação

165
Formador: Ana Fael

12.3. COMPETÊNCIAS DE
GESTÃO DE TEMPO
 A incapacidade de responder adequadamente às solicitações que se colocam tanto no plano

profissional como pessoas, gera contudo efeitos negativos que afetam o nosso bem-estar
psicológico, fisiológico e social

 Por este motivo, as consequências de gestão de tempo são determinantes na produtividade do

individuo e na sal qualidade de vida em geral

 A gestão de tempo abarca um vasto leque de competências, desde cognitivas e emocionais

(definição de objetivos, planificação), passando pelas interpessoais e relacionais (negociação,


delegação), até as organizacionais (clarificação do papel, gestão de reuniões)
166
Formador: Ana Fael

12.3. COMPETÊNCIAS DE
GESTÃO DE TEMPO
 Uma das principais causas de stress no trabalho é a “falta de tempo”, a outra a designação para

a sobrecarga ou excesso de trabalho. Em linha com este facto, a gestão do tempo é


habitualmente apresentada como uma das principais estratégias para lidar com o stress no
trabalho

 No entanto, saber gerir o uso do tempo é em si mesma uma competência de excelência, na

medida em que maximiza a eficiência e a eficácia no trabalho

 Grande parte das melhorias com o impacto na produtividade incluem uma forte dose de

predisposição e abertura para a mudança, ou seja, a atitude é fundamental


167
Formador: Ana Fael

12.4. COMPETÊNCIAS DE
GESTÃO DE INFORMAÇÃO
 A informação tornou-se uma necessidade crescente para qualquer sector da atividade humana e

é-lhe indispensável

 Uma organização em atividade é, por natureza, um sistema aberto e interativo suportado por

uma rede de processos articulados, onde os canis de comunicação existentes dentro da


organização e entre esta e o seu meio envolvente são irrigados por informação

 Independentemente da sua dimensão, cada organização tem de ser capaz de responder de forma

ágil, com qualidade e de reinventar as suas praticas, adaptando-se aos clientes e respetivos
contextos
168
Formador: Ana Fael

12.4. COMPETÊNCIAS DE
GESTÃO DE INFORMAÇÃO
 A conjugação destes fatores torna ainda mais urgente a necessidade de habilitar uma

organização a lidar tanto com a informação interna como com a informação externa referente
ao ambiente em que esta opera

 As Tecnologias de Informação e Comunicação (TIC) assumem de forma crescente um papel

fundamental no seio das organizações, permitindo a sai utilização racionalizar custos e atingir
níveis de desempenho mais elevados

169
Formador: Ana Fael

12.4. COMPETÊNCIAS DE
GESTÃO DE INFORMAÇÃO
 Deste modo, é necessário considerar, no contexto das preocupações com a Gestão da

Informação, os recursos humanos e as suas competências

 Em especial, é essencial a capacidade que profissionais e cada vez mais parceiros de uma dada

organização, possuem tanto para processar informação, como de lidar com esta, no que
concerne à seleção, escolha e utilização do que é informação critica para os mesmos

 Estas competências precisam de ser desenvolvidas e normalmente estão associadas com a

experiencia e não são formalmente adquiridas ou explicitadas em cada organização

170
Formador: Ana Fael

12.5. COMPETÊNCIAS DE
TOMADA DE DECISÃO
 No dia-a-dia das organizações, é necessário escolher continuamente, entre um conjunto de

alternativas, aquela que nesse momento, para ser a mais adequada. É preciso decidir

 Mas para que possamos decidir temos que dispor de alguma informação e incorrer em

determinado nível de risco. O risco existe porque há incerteza

 A Capacidade de Resolução de Problemas e de Tomada de Decisão são competências

importantes para o contexto organizacional atual. A Resolução de Problemas envolve muitas


vezes a tomada de decisões, e a tomada de decisões é especialmente importante para a gestão e
liderança
171
Formador: Ana Fael

12.5. COMPETÊNCIAS DE
TOMADA DE DECISÃO
 Apesar de ser mais fácil para uns do que para outros, existem processos e técnicas para melhor

a tomada de decisões e a qualidade dessas mesmas decisões

 As pessoas que têm mais facilidade em tomar decisões devem centrar-se essencialmente em

melhorar a qualidade dessas decisões. Por outro lado, existem pessoas que conseguem avaliar
melhor os problemas mas têm dificuldade em tomar decisões

 Estas competências estão intimamente ligadas, e cada uma requer criatividade e planeamento

na identificação e desenvolvimento de opções

172
Formador: Ana Fael

12.5. COMPETÊNCIAS DE
TOMADA DE DECISÃO
 Uma boa capacidade de tomada de decisão requer uma mistura de competências:

desenvolvimento criativo e identificação de opções, clareza de julgamento, a firmeza de


decisão e implementação efetiva

 A atitude de cooperação implica saber ouvir/entender o outro, o que nem sempre é fácil, e

também fazer como que o outro nos oiça/entenda, o que é ainda mais difícil. Mo entanto,
quando se consegue efetivamente trabalhar em equipa obtém-se ganhos inimagináveis.
Obtém-se algo superior à soma dos esforços individuais

173
Formador: Ana Fael

12.5. COMPETÊNCIAS DE
TOMADA DE DECISÃO
 O que dá sentido a uma equipa ou grupo é a soma de esforços em prol dos mesmos objetivos.

 Isto é, remar todos para um mesmo destino. Isto implica que o grupo tenha definido até onde

remar.

 Neste processo a tomada de decisão é partilhada por todos, há uma maior difusão de

responsabilidades e estabelece-se uma relação de confiança entre os membros

174
Formador: Ana Fael

12.6. COMPETÊNCIAS DE APRENDIZAGEM


(APRENDIZAGEM AO LONGO DA VIDA)
 As competências chave para o século XXI deverão ser entendidas como uma interconexão

entre conhecimento (knowledge), capacidades (skills) e atitudes (attitudes)

 A mudança de enfoque do ensino para a aprendizagem e a necessidade de aquisição de

competências mais abrangentes para o sucesso das aprendizagens, não apenas ao nível da
escolaridade mas ao longo da vida

175
Formador: Ana Fael

12.6. COMPETÊNCIAS DE APRENDIZAGEM


(APRENDIZAGEM AO LONGO DA VIDA)
 É pertinente substituir a noção de competências chave para o séc. XXI pela noção mais abrangente de

competências chave para a aprendizagem ao longo da vida, considerando que estas são fundamentais na
Sociedade do Conhecimento e da Informação e que deverão intervir em três eixos:
 Realização pessoal (noção de capital cultural)

 Cidadania e inclusão social (noção de capital social)

 Empregabilidade (noção de capital humano)

 As competências passam a ser compreendidas como uma “Ferramenta de referencia” de politicas

nacionais para a criação de oportunidades de aprendizagem para todos os cidadãos ao longo da vida, nos
contextos de educação e de formação continua

176
Formador: Ana Fael

12.6. COMPETÊNCIAS DE APRENDIZAGEM


(APRENDIZAGEM AO LONGO DA VIDA)
 As oito competências-chave para a aprendizagem ao longo da vida:

1. Comunicar na língua materna

2. Comunicar numa língua estrangeira

3. Literacia matemática e competências básicas para as ciências e tecnologias

4. Competência digital

5. Aprender a aprender

6. Competências cívicas e de relacionamento interpessoal

7. Empreendedorismo

8. Expressão cultural

177
Formador: Ana Fael

12.6. COMPETÊNCIAS DE APRENDIZAGEM


(APRENDIZAGEM AO LONGO DA VIDA)

 Estas competências deverão estar desenvolvidas no final da escolaridade obrigatória, podendo

ser adaptáveis as diferentes especificidades culturais, linguísticas, sociais e contextuais,


atuando como uma fundação que permita a formação continua como parte da sua
aprendizagem ao longo da vida

178
Formador: Ana Fael

13. PESQUISA DE
179
INFORMAÇÃO PARA
PROCURA DE
EMPREGO
Formador: Ana Fael

13. PESQUISA DE INFORMAÇÃO


PARA PROCURA DE EMPREGO
 A forma mais comum é através de resposta anúncios

 Jornais

 Internet (redes sociais, sites especializados de emprego, sites das entidades empregadoras E de

recrutamento pessoal, lugares públicos de grande afluência de pessoas)

 A resposta deve ser cuidada e bem redigida

 Devera necessariamente respeitar o formato que o empregador solicita (carta, fax, e-mail),

nunca esquecendo de enviar CV em conjunto

180
Formador: Ana Fael

13. PESQUISA DE INFORMAÇÃO


PARA PROCURA DE EMPREGO
 Pode despertar o interesse do empregador com uma carta de apresentação e/ou resposta de

anúncio
 Mostrando as razoes da candidatura e evidenciando aspetos do CV que sejam importante para o lugar

que se candidata

 Não se esqueça de mostrar interesse em estra presente em entrevistas e provas

 Deve finalizar a carra despedindo-se cordialmente e de maneira formal, não esquecendo a data

e a sua assinatura

181
Formador: Ana Fael

13. PESQUISA DE INFORMAÇÃO


PARA PROCURA DE EMPREGO
 Na elaboração da carta deve respeitar as seguintes regras:

1. Deve indicar primeiro a sua identificação pessoal (nome, morada, e-mail)

2. Segue-se a identificação do destinatário (dirigindo-se aos Recursos Humanos)

3. Deverá indicar a qual anuncio se candidata (nome do jornal, data da publicação e numero de
referencia do anuncio)

4. Por fim deverá fazer referencia à função a que se candidata, enaltecendo as suas qualidades para o
cargo

182
Formador: Ana Fael

13. PESQUISA
DE
INFORMAÇÃ
O PARA
PROCURA DE
EMPREGO
Exemplo de um anuncio
de emprego – área de
geriatria

183
Formador: Ana Fael

13. PESQUISA
DE
INFORMAÇÃ
O PARA
PROCURA DE
EMPREGO
Exemplo de carta de
resposta a um anúncio

184
Formador: Ana Fael

185
14. CURRICULUM
VITAE
Formador: Ana Fael

14. CURRICULUM VITAE


 É um instrumento central na procura de emprego

 É a sua primeira imagem transmitida a entidade e emprego e da qual depende na maioria das

vezes a possibilidade de passar para as fases seguintes no processo de seleção

 É um resumo dos seus dados pessoais, da formação, principais experiencias profissionais. Poe

em evidencia o percurso académico e formativo, bem como a sua evolução profissional

 Relata o que fez no passado, e poe em evidencia as competências que possui

186
Formador: Ana Fael

 Deve ser preferencialmente escrito em computador, numa

folha A4 de cor clara e sem erros nem rasuras


14.
 Não deve ultrapassar 2 a 3 paginas, utilizando apenas a frente
CURRICUL
da folha
UM VITAE
 Utilize a primeira pessoa

 Utilize palavras simples e frases curtas

 Deixe espaço suficiente entre as linhas bem como nas margens

 Transmita uma ideia por parágrafo, evitando que este tenha Forma de apresentação
mais do que 5 linhas

187
Formador: Ana Fael

 Identificação
14.
 Formação académica CURRICUL
UM VITAE
 Formação profissional

 Experiencia profissional

 Outros conhecimentos O que deve conter

188
Formador: Ana Fael

 CV cronológico a experiencia profissional é organizada da

mais antiga para a mais recente.


 No caso em que as funções mais recentes são mais importantes
14.
para a função a que se candidata CURRICUL
 CV funcional a experiencia profissional é organizada por
UM VITAE
blocos de atividades ou funções semelhantes
 Quando se desempenhou atividades muito diversificadas ou para

tornar despercebidos períodos de inatividade funcional

 CV EUROPASS as suas competências são apresentadas de Como deve organizá-lo


forma clara e facilmente compreensível em toda a Europa

189
Formador: Ana Fael

14. CURRICULUM VITAE


 A escolha do tipo de currículo, bem como as informações a incluir dentro de cada rubrica,

devem permitir destacar os aspetos que valorizam a candidatura.

 O currículo deve, pois, ser elaborado de forma adaptada a cada tipo de entidade empregadora e

posto de trabalho

 Qualquer tipo de currículo pode ser disponibilizado na internet

 Há sites especializados de emprego e de algumas empresas nos quais é possível a inserção do

currículo

190
Formador: Ana Fael

14.
CURRICUL
UM VITAE
Exemplo de curriculum
vitae EUROPASS

191
Formador: Ana Fael

14.
CURRICUL
UM VITAE
Exemplo de curriculum
vitae EUROPASS

192
Formador: Ana Fael

14.
CURRICUL
UM VITAE

https://europa.eu/
europass/pt

193
Formador: Ana Fael

194
15. CANDIDATURA
ESPONTÂNEA
Formador: Ana Fael

15. CANDIDATURA
ESPONTÂNEA
 Destina-se a captar a atenção das entidades às quais é dirigida, suscitar-lhes o interesse em

pretender saber mais sobre o candidato a emprego e despoletar a marcação de uma entrevista

 Permite aceder a postos de trabalho para os quais o recrutamento raramente é feito através de

anúncios

 Há varias formas de efetuar a candidatura espontânea

 Divulgar um anuncio de oferta de serviços, afixar em locais públicos de grande movimento ou

distribuição pelas caixas de correio

195
Formador: Ana Fael

15.
CANDIDAT
URA
ESPONTÂN
EA
Exemplo de carta de
candidatura espontânea

196
Formador: Ana Fael

15.
CANDIDAT
URA
ESPONTÂN
EA
Exemplo de cv a
acompanhar a carta de
apresentação

197
Formador: Ana Fael

198
16. ENTREVISTA
DE EMPREGO
Formador: Ana Fael

16. ENTREVISTA DE EMPREGO


 A estrutura residencial deve definir um perfil de colaborador remunerado ou voluntário,

adequado a cada função

 Na sua seleção importa ter em conta as suas condições físicas e psíquicas, características de

personalidade, percurso anterior, habilitações e vocação

 Através da entrevista, o eventual empregador tenta fazer uma avaliação global do candidato

 Constitui um momento importante, dando-se oportunidade para tomar conhecimento de

diversos aspetos do trabalho

199
Formador: Ana Fael

16. ENTREVISTA DE EMPREGO


 Em caso de admissão, é de todo conveniente que exista um período experimental

 Para o colaborador interiorizar o sentido da sua função e avalie se esta vai de encontro às suas

expectativas

 Para a estrutura residencial possa avaliar a adequação da personalidade e competências do

colaborador as necessidadees do serviço a prestar

 A prestação direta de cuidados a pessoas mais velhas é um trabalho particularmente exigente

 Aos colaboradores deve ser proporcionada formação especifica, envolvendo alem da formação base,

aspetos éticos e as vertentes técnica e de relacionamento humano

200
Formador: Ana Fael

BIBLIOGRAFIA
 AA VV., Manual de boas práticas – um guia  Fachada, Maria Odete, Psicologia das relações
para o acolhimento residencial de pessoas mais interpessoais, Edições Sílabo, 2010
velhas, Instituto da Segurança Social, 2005
 Pina, J.A., Ética, deontologia e direito médico,
 AA VV., Manual de processos-chave: estrutura Ed. Lidel, 2013
residencial para idosos, Programa Modelos de
 Rebelo, Ângela, Inteligência emocional dos
avaliação da qualidade nas respostas sociais,
Instituto da Segurança Social, 2010 (2ª edição) profissionais de saúde da rede nacional de
cuidados continuados integrados, Dissertação
 AA VV. Manual de Técnicas de Procura de de mestrado, Universidade Católica Portuguesa,
Emprego, Ed. UNIVA/ Câmara Municipal de 2012
Abrantes, s/d
 Sanches, Maria do Carmo, Pereira, Fátima,
 Banks, Sarah, Ética prática para as profissões Apoio a Idosos em meio familiar: Manual do
do trabalho social, Porto Editora, 2008 formando, Ed. Equal/ Projeto Delfim, 2000
 Broeiro, Paula “Cuidar no lugar: um apelo ao  Tapia, Ana; Ferreira, José Soares;
sentido de coerência e à resiliência”, Revista Competências Empreendedoras: Referencial de
Portuguesa de Medicina Geral e Familiar, Vol. Formação, Ed. IEFP/ Centro Nacional de
32, 2016 Qualificação de Formadores, 2011

201
Formador: Ana Fael

SITES CONSULTADOS
 Catálogo Nacional de Qualificações

http://www.catalogo.anqep.gov.pt/

 IEFP – Instituto do Emprego e Formação Profissional

http://www.iefp.pt/P

 Direcção-Geral de Saúde

http://www.dgs.pt/

 Segurança Social

http://www.seg-social.pt

202

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