Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
Maio
2018
Instituto Politécnico de Portalegre
Escola Superior de Saúde de Portalegre
Curso de Enfermagem
19ª Licenciatura
Turmas B3 e C6
Unidade Curricular de Ética e Deontologia Profissional
Profª Ana Paula Calado Batista Enes de Oliveira
Maio
2018
Análise e Reflexão de Artigos do Código Deontológico dos Enfermeiros
Indíce:
1-Introdução------------------------------------------------------------------------------------------ 3
2-Enquadramento Código Deontológico------------------------------------------------------ 4
3-Análise de artigos------------------------------------------------------------------------------ 5
3.1 Apresentação do artigo 81-------------------------------------------------------- 5
3.1.2 Análise do artigo 81------------------------------------------------------------- 5
3.2 Apresentação do artigo 89------------------------------------------------------ 7
3.2.1 Análise do artigo 89------------------------------------------------------------ 7
4- Apresentação de casos clínicos --------------------------------------------------------- 9
4.1- Caso Clínico do artigo 81 do Código Deontológico----------------------- 9
4.1.2- Questões emergentes---------------------------------------------------------- 9
4.1.3- Fundamentação do caso clínico--------------------------------------------- 9
4.2- Caso Clínico do artigo 89 do Código Deontológico----------------------- 10
4.2.1- Questões emergentes---------------------------------------------------------- 10
4.2.3- Fundamentação do caso clínico-------------------------------------------- 11
5-Conclusão-----------------------------------------------------------------------------------------12
6-Bibliografia----------------------------------------------------------------------------------------13
1- Introdução
3- Análise de Artigos
“O enfermeiro, no seu exercício observa os valores humanos pelos quais se regem o individuo e os grupos
em que este se integra e assume o dever de:
a) Cuidar da pessoa sem qualquer discriminação económica, social, política, étnica, ideológica ou
religiosa;
b) Salvaguardar os direitos das crianças, protegendo as de qualquer forma de abuso;
c) Salvaguardar o direito da pessoa idosa, promovendo a sua independência física, psíquica, e
social e o autocuidado com o objetivo de melhorar a sua qualidade de vida;
d) Salvaguardar os direitos da pessoa com deficiência e colaborar ativamente na sua reinserção
social;
e) Abster se de juízos de valor sobre o comportamento da pessoa assistida e não lhe impor os seus
próprios critérios e valores no âmbito da consciência e da filosofia;
f) Respeitar e fazer respeitar as opções politica, culturais, morais e religiosas da pessoa e criar
condições para que ela possa exercer, nestas áreas, os seus direitos.”
É proeminente que os profissionais de saúde não possam exercer de modo pleno o princípio
da beneficência. O cidadão tem os seus limites tais como a dignidade individual e intrínseca
que é abrangente a todo o ser humano.
O princípio da autonomia: a relação entre a vontade e a razão faz com que o homem
possa ter livre arbítrio, ou seja, um Ser que age de maneira livre, conforme as suas
escolhas. O cidadão autónomo com capacidade de autogovernar-se pode efetivamente
falhar ao governar-se a si mesmo e às suas escolhas devido a limitações temporárias
impostas pela patologia, ignorância, imposição ou outras circunstâncias restritas. Uma
pessoa com a autonomia limitada é controlada de alguma forma, por outros, sendo incapaz
de decidir ou agir com base nos seus intuitos e planos.
O princípio da justiça diz respeito à igualdade de todos os cidadãos, na medida em
que todos são iguais perante a lei e todos têm os mesmos direitos. É o princípio básico de
um pacto que objetiva manter a ordem social através da conservação dos direitos.
O princípio da justiça é o valor ideal que constitui a razão de ser o direito, sendo uma
preocupação de todos os sistemas jurídicos alcançar e integrar este valor nos seus
ordenamentos de acordo com a evolução de que as sociedades vão sendo alvo.
Focando nos nas alíneas b), c), e d), veremos que se pronunciam os grupos mais
suscetíveis: as crianças, os idosos e as pessoas portadoras de uma deficiência. Em cada
grupo existe um sentido próprio, por exemplo quanto às crianças, a proteção de qualquer
abuso. Existe uma legislação específica de proteção para cada um destes grupos sendo o
enfermeiro um “advogado do utente”.
Sendo evidente o envelhecimento da população, e combinando isso com doenças
crónicas e incapacitantes ou demências psicológicas, falta de cuidadores principais ou
questões socioeconómicas, o enfermeiro deve proporcionar ajuda para a procura do
caminho da autonomia e estimular uma longevidade na qualidade de vida.
Em relação às alíneas e) e f) o enfermeiro deve abster-se de qualquer juízo de valor
acerca do comportamento da pessoa. É importante também respeitar e fazer respeitar as
opções realizadas pela mesma.
a) dar, quando presta cuidados, atenção à pessoa como uma totalidade única,
inserida numa família e numa comunidade;
pelo facto de esta ser um ser humano, sendo necessário que se proporcione um ambiente
que satisfaça essa mesma promoção.
Humanizam-se os cuidados, pois o desempenho dos enfermeiros é direcionado à
pessoa. A função dos enfermeiros passa por substituir, ajudar e complementar as
competências funcionais das pessoas dependentes do nosso cuidado.
A humanização de cuidados pretende apenas reforçar a ideia de que se fossemos
nós ou algum dos nossos familiares naquela enfermaria, também nós gostaríamos de ser
tratados como humanos que somos.
“Num final de tarde, uma criança estava a dar um passeio e foi atropelada, dando
assim entrada nas urgências do hospital.
No mesmo acidente, depois do carro se ter despistado, verificou-se que o condutor,
de etnia cigana, se encontrava alcoolizado, sendo assim transportado para o serviço de
urgências para cuidar dos seus ferimentos.
Ambos os indivíduos envolvidos no acidente ficaram com ferimentos graves, e devido
aos recursos limitados do hospital, que já se encontrava sobrelotado, a equipa do
serviço de urgências tinha duas opções: dar prioridade a um paciente e ter garantia
salvar a vida a um deles, ou dividir cuidados, honrando assim o direito à igualdade de
ambos os pacientes.”
Devido aos recursos limitados, será que a equipa do serviço de urgências deve
dar prioridade a um dos pacientes?
Se a equipa escolhesse dar prioridade a um dos pacientes, qual deles seria mais
correto escolher?
4.1.3-Fundamentação:
“Um paciente, internado na medicina de ala esquerda, após ter sofrido um AVC, tem as suas
capacidades muito reduzidas, e como tal, tem a necessidade constante da assistência da
equipa de enfermagem.
Este paciente recorreu à unidade de cuidados continuados, com o apoio da sua família.
Porque será que houve melhorias no estado de saúde do doente quando este foi
transferido para os cuidados continuados, e não se observaram essas melhorias
aquando da sua permanência na medicina de ala esquerda?
4.2.3- Fundamentação
A mesma considera existirem 3 fontes de dificuldades: FORÇA (esta não diz respeito
apenas à aptidão física, mas também inclui as capacidades do individuo para levar a cabo
as suas ações); CONHECIMENTO (relevante no que inclui a própria saúde e a situação
patológica da própria pessoa, e ainda os recursos próprios e ajudas disponíveis) e por fim
VONTADE (compromisso de uma decisão adaptada à situação, execução e manutenção
das ações oportunas para satisfazer as suas necessidades).
Logo, no caso clínico implícito anteriormente, tendo em conta que o doente tem as
suas capacidades muito limitadas, a equipa de saúde deve intervir de maneira a ajudar o
doente a recuperar a sua independência o quanto antes, de modo a que o mesmo possa
voltar a estar capacitado para desempenhar as 14 necessidades fundamentais. É importante
ter presente a na noção de que o ser humano deve manter o equilíbrio físico e emocional e
de que o mesmo e a sua família constituem um só.
Nos cuidados continuados, existe uma maior humanização dos cuidados prestados
ao paciente, e os mesmos são também mais adequados ao caso clinico exposto
anteriormente, do que os cuidados prestados na ala de medicina esquerda. Sendo que
neste serviço existe uma maior e mais forte relação de ajuda, a equipa de saúde é mais
eficaz em adaptar o tratamento ao paciente, permitindo assim uma melhoria do estado de
saúde.
5- Conclusão
6- Bibliografia