Director: Alexandre Semedo Ano XIII| Nº 665 | 28 de Maio de 2020 | Tiragem: 3.

500 Exemplares | Preço: 200$00

Jorge Humberto

A Nação
JORNAL INDEPENDENTE
O primeiro cabo-verdiano
a brilhar em Itália...
Págs. 6 e 7
in ETC

Dois meses de salário em atraso

Trabalhadores querem
nacionalização da CV Airlines Págs. 2 e 3

Covid-19
BemServir e Cafés Grávidas Finalmente Ginásios
de Cabo Verde receiam desconfinados no Mindelo
apoiam Colmeia contaminação em Santiago querem reabrir
Págs. 4 e 5
Pág. 15 Pág. 8 Págs. 6 e 7 in ETC

Autárquicas 2016 Santo Antão Tirar a ferros

PAICV Paul procura
com candidatos reavivar produção
praticamente de café
fechados Págs. 10 e 11 Pág. 19
Págs. 4 e 5
2 | A Nação | Nº 665 | 28 de Maio de 2020 A

NO PONTO
Dois meses de salário em atraso

Trabalhadores querem nacionalização

da Cabo Verde Airlines
O atraso no pagamento dos salários dos trabalhadores da
Cabo Verde Airlines (CVA), que já se vinha registando mes-
mo antes da crise da Covid1-19, tende agora a tornar-se cróni-
co. Os atrasos que antes eram de 15 dias, no máximo, entram
agora em dois meses. Preocupados com o futuro, os trabalha-
dores apontam a nacionalização como a solução do problema.

Daniel Almeida

O
s vencimentos referen-
tes ao mês de Março fo-
ram pagos praticamen-
te nas vésperas da data prevista
para o recebimento dos salários
respeitante ao mês de Abril, que,
normalmente, são processados
no dia 25 de cada mês. Ontem,
27, os trabalhadores da CVA ain-
da não tinham visto qualquer
sinal referente ao pagamento
dos salários de Abril e Maio.
Em meados de Abril, quan-
do confrontado com a situação
do atraso no pagamento dos sa-
lários na CVA, o vice-primeiro-
-ministro e ministro das Finan-
ças garantiu que a situação seria
regularizada nos próximos dias.
“Nos próximos dias a situação
dos salários para os próximos três
meses ficará completamente re-
solvida. A empresa não tem tesou-
raria, não está a aturar e não tem
recurso, como é evidente. Neste
sentido, vamos encontrar uma
solução de financiamento para
cumprirmos com as nossas obri-
gações”, afirmava Olavo Correia.
Contudo, o problema ten-
de em agudizar-se, porquanto
o Governo não tem cumprido o
que prometera em meados de
Abril. Conforme uma fonte bem
posicionada, o Palácio da Várzea
está a tentar hipotecar os edi-
fícios da TACV, tanto na Praia
como em Lisboa, para obter di-
nheiro para pagar os salários
dos trabalhadores da CVA.
Entretanto, mesmo com este
problema salarial por resolver,
o Governo continua sem apre-
sentar uma solução credível
para tirar a CVA do sufoco que
se encontra e que acabou por
ser agudizado com a crise sani-
tária da Covid-19.
Governo promete “não
deixar cair” CVA
O primeiro-ministro, Ulis-
ses Correia e Silva, garantiu na
semana passada, numa entre-
vista à RTP África, que “não vai
deixar cair” a CVA.
UCS considera que a CVA
“não é apenas uma companhia
aérea”, por entender que se tra-
ta de “um instrumento funda-
mental de operacionalização,
de um conceito que o país quer
e tem condições de desenvol-
ver que é hub aéreo com base
na ilha do Sal”.
“O governo é ainda accio-
nista da companhia e tudo
fará para que a reestruturação
e o relançamento da economia
tenha em conta a Cabo Verde
Airlines. É uma transporta-
dora, mas é mais do que uma
companhia aérea é o factor de
operacionalização do hub e de
uma parte importante da eco-
nomia do país, não vamos dei-
xar a Cabo Verde Airlines cair
e vamos criar todas as condi-
ções para que possa sobrevi-
ver e continuar a funcionar”,
enfatizou.

Ficha Técnica
A Nação Semanário | Ano XIII | Nº 665 | 28 de Maio de 2020 | Registo legal: Nº 3/2007 | Propriedade: Sociedade A Nação Cabo Verde, Lda.
Director-Geral: Fernando Rui Tavares Ortet | Endereço: Caixa Postal: 690 – Cidadela – Praia – Cabo Verde | Telefone: (+238) 260.26.90 (PBX)

Director: Alexandre Semedo | Director de Produção: José Augusto Sanches | Editor-Executivo: José Vicente Lopes | Editores: Daniel Almeida e Gisela Coelho | Redacção: Jason Fortes e Silvino
Monteiro; Natalina Andrade e Romice Monteiro (Estagiárias) | Colaboradores e Colunistas: Adriano Miranda Lima, Amadeu Oliveira, Ângela Coutinho, António Carlos Gomes, António Chantre Ne-
ves, António Correia e Silva, Arsénio Fermino de Pina, Carlos Carvalho, Carlos Santos, Carlos Araújo, Cipriano Fernandes, Filinto Elísio, Francisco Mendes, José Manuel Araújo, José Maria Neves, José
Pedro Oliveira, José Valdemiro Lopes, Marciano Moreira, Paulo Mendes, Pedro Moreira, Pedro Pires Ribeiro, Natacha Magalhães, Nataniel Vicente Barbosa e Silva, Ricardino Neves e Wladimir Brito.

Nação–| Designer:
Awww.anacao.cv Edson Spencer e Carmem Freire | Direcção Comercial & Marketing: Samira Barbosa (Directora), Edmira Correia, Marlene Carvalho e Hélder Afonso | Telefones: (+238) 260.26.90 (PBX)
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Exemplares
0 A Nação | Nº 665 | 28 de Maio de 2020 | 3
Governo procura solução
com Icelandair
O Estado de Cabo Verde e o
grupo Icelandair estão em ne-
gociações com vista a assegu-
rar a sobrevivência da Cabo
Verde Airlines (CVA).
A informação foi assumida
pelo ministro dos Transpor-
tes e Turismo, Carlos Santos,
ao programa da RCV “Discur-
so Directo”, esclarecendo que
a negociação surge depois de
o governo islandês ter afirma-
do que não vai salvar a Icelan-
dair, detentora de 51 por cento
(%) do capital social da CVA,
herdeira dos TACV.
“O Governo está aposta-
do em garantir que esta nos-
sa empresa, que leva o nome
do país aos quatro cantos do
mundo, possa continuar a ser
uma empresa que seja o braço
armado do turismo”.
Demora nas
negociações
Porém, de acordo com uma
fonte deste jornal, as negocia-
ções estão a demorar muito
tempo sem que haja uma so-
lução à vista para resolver o
problema dos passageiros que
se sentem prejudicados com
essa demora na retoma.
“Sem uma decisão firme e
atempada, nenhum fornece-
dor ou credor, nenhuma agên-
cia e nem os bancos acredita-
rão numa retoma rápida e de
um suporte financeiro para
efetivar as operações”, prevê o
nosso interlocutor.
“Se não estão a pagar salá-
rios como é que irão pagar as
dívidas antes de retomar? To-
dos os fornecedores dos aero-
portos estão à espera dos pa-
gamentos pendentes desde
2019 e sem isso não haverá
voos nem retoma”.
Depois da recente suspen-
são pela IATA, a CVA vai preci-
sar de “garantias firmes” para
garantir pelo menos três anos
de operação, afirma a nossa
fonte lembrando as situações
de pressão por parte dos forne-
cedores e credores que a TACV
foi sujeita entre 2015 e 2016.
“A penúltima saída da IATA
foi em Dezembro de 2015 e,
logo em Fevereiro de 2016 o
avião foi arrastado. E Agora,
só não houve arresto de aviões
porquanto coincidiu com a
pandemia da Covid-19. Quem
garante que isto não irá aconte-
cer, após a retoma, se as dívidas
não forem pagas”, interroga.
Mudança na
gestão de topo
Ainda segundo o nosso in-
terlocutor, os trabalhadores da
CVA querem uma mudança na
gestão de topo e pedem a incor-
poração de um dos seus repre-
sentantes no Conselho de Ad-
ministração da empresa para
defender o interesse dos acio-
nistas minoritários.
“Só a nacionalização per-
mitiria um controlo mais
efectivo na gestão da empre-
sa. Se o Governo vai conti-
nuar a injectar dinheiro como
tem feito desde a privatização
da CVA, deve assumir o con-
trolo de gestão da empresa”.
“O governo islandês man-
da a Icelandair procurar res-
gate no sector privado e, aqui,
os gestores nomeados pelos
parceiros estratégicos da CVA
pedem encarecidamente ao
Governo para lhes garantir
um financiamento de longo
prazo junto da banca nacio-
nal”, enfatiza.
“Trata-se de um expedien-
te para buscarem dinheiro
aqui para depois injectar na
companhia na Islândia”, por-
quanto, esse financiamento
de longo prazo “seria gasto
em ‘lease’ de aviões a preço de
ouro que a Icelandair tem en-
costado e sem capacidade de
colocação, aliás reconhecem
isso no relatório de contas da
Icelandair”, conclui. 
DA
Pilotos consideram que atrasos nos salários
tem a ver com “má gestão” da CVA
O Sindicato de Pilotos con-
sidera que a situação de in-
cumprimento salarial por
parte da Cabo Verde Airlines
(CVA) deve-se essencialmen-
te à “má gestão” que a compa-
nhia vem sofrendo ao longo
dos anos.
Carta do Sindicato
de Pilotos
Numa carta endereçada ao
CEO da CVA, Erlendur Svavar-
sson, esse sindicato diz estar
ciente do “momento difícil”
por que vive o mundo, a econo-
mia, a indústria da aviação ci-
vil, da qual a companhia aérea
cabo-verdiana faz parte, “so-
frendo direta e indiretamente
as consequências inerentes,
causadas pela pandemia do
Covid 19”, mas, enquanto re-
presentante legal dos pilotos,
“não pode ficar indiferente”.
Diz o sindicato que, dian-
te de sucessivos atrasos no
pagamento dos salários, si-
tuação ora agravada pela Co-
vid-19, “muito honestamen-
te, a classe dos pilotos deixa
bem claro, que esses atrasos
não somente se devem à si-
tuação já descrita, tendo a
companhia vindo a se des-
culpar de maneira proveito-
sa”.
“A situação salarial deve-
-se essencialmente à má ges-
tão que vem sofrendo a CVA
ao longo dos anos, com conse-
quências claras e gravosas para
a saúde financeira da Empresa
e consequentemente, para os
funcionários em geral e os pi-
lotos em particular, tendo em
conta as responsabilidades pes-
soais e familiares, além de pro-
fissionais”, alega.
Desmandos
na Direção de
Operações de Voo
Perante esse facto, a clas-
se dos pilotos manifesta o seu
“repúdio” e denuncia a situa-
ção, para chamar a atenção de
quem de direito, ao mais alto
nível, “para pôr cobro, o mais
rapidamente possível às si-
tuações de desmandos perpe-
tuados dentro da Direção de
Operação de Voo, pelo Sr. VP
& Accountable Manager, com
forte conivência do Director
de Operações de Voo, pela vio-
lação de maneira gritante dos
manuais da Aeronáutica Ci-
vil, assim como dos Manuais e
Regulamentos da Empresa em
proveito de um grupo criado
dentro desta Direção, forman-
do uma autêntica ‘alcateia’, em
que só se beneficiam quem faz
parte do mesmo ou por eles
indicados, em detrimento dos
demais”.
Estes “desmandos”, no en-
tender ainda do sindicato,
“quebram de maneira grossei-
ra os Códigos de Ética, Condu-
ta e Respeito não só pela clas-
se dos pilotos, mas também
dos demais trabalhadores e
da própria estrutura da CVA,
pondo em causa o bom nome
da instituição e da classe em
si, de modo que, não nos resta
outra opção”.
A classe de pilotos pede o
afastamento “imediato” des-
ses gestores, por considerar
que é preciso, “de maneira
clara e objetiva demarcar de
tais atitudes, das quais não
podemos mais tolerar. A car-
ta do Sindicatos dos Pilotos,
assinada pelo seu presidente,
Paulo Lima, considera que “só
com uma liderança honesta e
transparente poderá a CVA co-
nectar aos quatro continentes,
de forma diferenciada, confiá-
vel e eficiente, como almeja-
mos”.DA
4 | A Nação | Nº 665 | 28 de Maio de 2020
POLÍTICA
Autárquicas 2016
PAICV com candidatos praticamente fechados
Nuías Silva
A
principal estratégia do
PAICV passa por recon-
quistar a ilha do Fogo, o
seu principal baluarte. Nas elei-
ções de 2016, perdeu duas câma-
ras, São Filipe e Santa Catarina,
para o MpD, que, por seu lado, saiu
vitorioso pela primeira vez na ilha
do Vulcão.
Nuías Silva para São Filipe
Nessa estratégia de tentar re-
cuperar a sua outrora praça forte,
o PAICV lança o seu vice-presi-
dente, Nuías Silva, para São Filipe
e desloca Eugénio Veiga para San-
ta Catarina. Nos Mosteiros, Fer-
nadinho Teixeira cede o lugar a
Fábio Vieira que, na qualidade de
vereador, sempre almejou o lugar
de presidente.
Conforme uma fonte bem po-
sicionada, Nuías Silva reúne um
“amplo consenso” no seio dos mi-
litantes e simpatizantes da ilha do
Fogo e é tido como um elemento
capaz de unir o partido que pas-
sou por momentos difíceis com a
apresentação de duas candidatu-
ras da esfera do PAICV, nas últi-
mas eleições autárquicas.
Eugénio Veiga foi o candidato
oficial do PAICV e Luís Pires apre-
sentou-se como independente.
Em 2012 foi o inverso.
A
Clóvis Silva Albertino Graça
O PAICV vai apostar todas as fichas nas próximas eleições autárquicas. Deputa-
dos e figuras proeminentes do partido são chamados para este embate eleitoral,
em Outubro, balão de ensaio para as legislativas que ocorrerão dentro de um ano Território e especialista em Pla-
neamento e Ordenamento.
aproximadamente. Exceptuando Praia, os tambarinas já alinhavaram a lista de Em Santa Cruzç o PAICV vai
candidatos e nela Nuías Silva, em São Filipe, é, até agora, a aposta mais sonante continuar a apostar no actual
para recuperar a ilha do Fogo, outrora praça forte desse partido. autarca, Carlos Silva (Sueki), en-
quanto para São Lourenço a esco-
lha recai sobre António Fernan-
Daniel Almeida des, ex-deputado e presidente da
Comissão Política Regional do
partido em Santiago Norte.
Eugénio Veiga para çar a lista para a câmara munici- Consoante uma fonte próxima Para a câmara dos Picos o PAI-
Santa Catarina pal dos Mosteiros. do maior partido da oposição, será CV vai apostar em João Alberto de
A solução de colocar Veiga em realizado um estudo para se po- Barros. Este jovem quadro foi ve-
Santa Catarina é tida como uma Clóvis Silva para Brava der encontrar um candidato como reador no último mandato de João
estratégia para apaziguar os âni- o perfil desejado para esse embate Baptista Pereira, enquanto presi-
mos dos seus apoiantes, que “são Na Brava, o PAICV vai apostar na capital do país. dente dessa edilidade.
muitos”, e abrir o caminho para o em Clóvis Silva. Este deputado Já para São Domingos, confor-
vice-presidente do PAICV, que, se- é visto como um candidato “for- Restantes municípios me a nossa fonte, Isaías Barreto
gundo o nosso interlocutor, conta te” e com capacidade de derrotar de Santiago está melhor posicionado para de-
com “forte apoio” de Luís Pires. Francisco Tavares, que assumiu frontar o edil Clemente Garcia. “É
Aliás, Pires deverá integrar a o lugar de Orlando Balla que, em Porém, em relação aos outros um jovem quadro que pode dispu-
lista de deputados da ilha do Fogo Janeiro de 2018, renunciou o car- municípios de Santiago, o PAICV tar um conjunto de votos na esfera
nas próximas eleições legislativas go de presidente da Câmara Mu- tem quase tudo fechado, excep- do MpD, tendo em conta o desgas-
e deverá integrar a lista para a As- nicipal, por razões pessoais, para tuando São Miguel. te do actual de Garcia”.
sembleia Municipal de São Fili- regressar aos EUA. Para Tarrafal de Santiago, a Nelson Moreira, quadro do
pe. A “reunificação” da família do aposta será no jovem José dos Reis BCA, é a escolha do PAICV para
PAICV é, por ora, a principal arma Praia ainda sem candidato (Maica). Em 2017, José dos Reis foi encabeçar a lista à câmara da Ri-
desse partido para São Filipe. eleito primeiro secretário do par- beira Grande de Santiago, nas pró-
Contudo, na Praia, as coisas tido para o sector do Tarrafal. ximas eleições autárquicas.
Fábio Vieira para Mosteiros não parecem ser fáceis para o PAI- O sector do PAICV em Santa No Maio, o PAICV vai apostar
CV que tarda em encontrar um Catarina escolheu Armindo Frei- no líder da bancada da Onda In-
Com a saída de Fernandinho candidato à altura para fazer face tas, actual primeiro secretário do dependente para Avanço do Maio
Teixeira, alegadamente por mo- a Óscar Santos, candidato natu- partido nesse concelho. Este jo- (OIAM, António Ramos, para en-
tivos de doença, o caminho fica ral do MpD nas próximas eleições vem quadro é licenciado em Geo- cabeçar a lista para a câmara nas
aberto para Fábio Vieira encabe- autárquicas. grafia, mestrado em Gestão do próximas autárquicas. 
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Região norte

Titota, Bandeira, Mosso...

Em São Vicente, o PAICV apanhou
toda a gente de surpresa com a esco-
lha de Albertino Graça para encabe-
çar a lista para a Câmara Municipal
nas próximas eleições autárquicas.
O ex-candidato à Presidência da
República e Reitor da Universidade
do Mindelo, Albertino Graça, é “um
forte candidato”, reconhecia, na se-
mana passada, o presidente da Co-
missão Política Regional do PAICV na
ilha, Alcides Graça.
Segundo Alcides Graça, que falava
ao online MindelInsite, tudo não pas-
sa ainda de especulações, já que o par-
tido tem até o final do mês para con-
firmar a sua escolha.
Sabe-se, entretanto, que em cima
da mesa estavam, para além de Al-
bertino Graça, outros nomes como
Alexandre Novais, Manuel Inocêncio
Sousa e Nelson Lopes.
Numa publicação na sua página
no Facebook, Alexandre “Xazé” No-
vais cumprimentou Albertino Graça
pela “aparente” escolha do PAICV e
confirmou ter sido abordado pelo par-
tido “há alguns meses” para fazer par-
te de um grupo restrito de personali-
dades entre as quais seria escolhido
quem iria encabeçar a lista do partido
na ilha às eleições autárquicas.
Albertino Graça foi candidato ven-
cido nas últimas eleições presiden-
ciais em Cabo Verde. Foi fundador,
em 2004, do movimento político in-
dependente Modernizar São Vicente,
tendo sido candidato à CMSV por esse
movimento, elegendo um deputado
para a Assembleia Municipal.
Foi ainda vereador da Câmara de
São Vicente eleito pela lista do PAICV
(2004 –2012). Para além de político,
Titota tem percurso académico, em-
presarial, desportivo e social, sendo
actualmente reitor da Universidade
do Mindelo.
Ribeira Grande e Porto Novo
O PAICV também tem tudo fecha-
do em Santo Antão. Odailson Bandei-
ra é a escolha para Ribeira Grande.
Este deputado nacional vai disputar
a presidência com o edil Orlando Del-
gado e com o independente Paulino
Dias.
No Paul ainda persiste uma incóg-
nita. O PAICV está dividido entre Car-
los Pires Ferreira, antigo director-ge-
ral do Turismo, e Alcídio Tavares que
foi primeiro edil desse concelho, elei-
to nas primeiras eleições autárquicas
em 1992.
Para Porto Novo o escolhido do
PAICV é Nilton Dias que foi director-
-geral de Administração Local.
São Nicolau, Boa Vista e Sal
Em São Nicolau, o PAICV aposta
no médico João Soares para o Tar-
rafal e Carlos Barbosa para Ribeira
Brava.
Na Boa Vista, o deputado Walter
Évora encabeça a lista para a assem-
bleia municipal, enquanto Cláudio
Mendonça é o escolhido do PAICV
para a câmara.
Para disputar a Câmara do Sal
com Júlio Lopes, o PAICV aposta em
Albertino Mosso.
Numa recente entrevista ao A NA-
ÇÃO, o secretário-geral do PAICV ga-
rantiu, que o seu partido está a pre-
parar-se para o calendário fixado.
Segundo Julião Varela, o processo
de escolha dos candidatos às próxi-
mas eleições autárquicas “já está em
curso de forma acelerada”. Conforme
este dirigente, a Comissão Política
Nacional deverá reunir-se em finais
deste mês para validar as propostas.
“As propostas estão a ser prepara-
das, neste momento, pelas estrutu-
ras políticas regionais, com identifi-
cação de cabeças de lista, tanto para
a Assembleia Municipal como para a
Câmara Municipal, para depois sub-
mete-las à Comissão Política Nacio- Odailson Bandeira
nal para validação”, afirmou. 
DA

MpD sem grandes novidades

Nas próximas eleições autárquicas, o
MpD vai apostar essencialmente nos au-
tarcas em funções nos 18 concelhos onde é
poder. Contudo, poderá haver uma ou outra
mexida em relação a alguns autarcas cujos
desempenhos vêm sendo contestados.
Os presidentes das câmaras municipais
do Tarrafal e da Ribeira Grande de Santiago
podem estar com os seus lugares em risco.
Para o Tarrafal, conforme uma fonte
bem posicionada, está-se em “conversa-
ções” com o vice-presidente do Instituto
Nacional de Estatística, Celso Ribeiro, para
substituir José Soares. Em relação a Ma-
nuel de Pina ainda não há uma posição
bem definida.
A NAÇÃO sabe que Lourenço Lopes está
a ser “empurrado” para Mosteiros. Segun-
do o nosso interlocutor, Lopes “é uma apos-
ta do presidente do partido”. Ao que parece
Lourenço Lopes não está muito entusias-
mado com essa ideia. Aliás, a confirmar-se,
essa será a segunda vez que se fará a esse
cargo.
Pedro Alexandre
para Santa Cruz
Em Santa Cruz, onde também o MpD
não é poder, Pedro Alexandre, que fez dois
mandatos à frente dessa câmara, entre
1992 e 2000, será o próximo candidato des-
se partido nas próximas eleições autárqui-
cas.
Na Boa Vista e na Ribeira Brava, o MpD
vai apostar em José Luís Santos e Pedro
Morais, respectivamente. Esses dois autar-
cas venceram as eleições autárquicas de
2016, nos respectivos municípios, como in-
dependentes.
Também em declarações recentes ao A
NAÇÃO, a secretária-geral do MpD afirmou
que o processo autárquico do partido, com
vista às eleições do próximo mês de Outu-
bro, que já estava em marcha, foi suspenso
devido à pandemia da Covid-19. O ponto
alto desse processo seria a convenção au-
tárquica do partido, que deveria acontecer
no mês de Abril.
Conforme Filomena Delgado, nessa
convenção seriam anunciados os nomes do
candidatos. “Neste momento, está tudo pa-
rado e vamos ver como é que será depois”.
“Mas os trabalhos estão avançados”, ga-
rantiu Filomena Delgado, esclarecendo que
há uma comissão que está a trabalhar as
candidaturas que serão apresentadas à Co-
missão Política Nacional, antes de serem
Lourenço Lopes
divulgadas na convenção autárquica.  DA
6 | A Nação | Nº 665 | 28 de Maio de 2020 A

SOCIEDADE

Finalmente desconfinados em Santiago

P
ara os mais atentos, não
terá passado despercebi-
do o relaxamento que se
viveu um pouco nesta última
semana de confinamento obri-
gatório na ilha de Santiago.
Esse relaxamento não teve
tanto a ver com as medidas de
distanciamento social, ou regras
de higiene e uso obrigatório de
máscaras, mas sim mais com o
próprio acto de sair de casa.
Ontem, à tarde, por volta
das 14h30, era possível ver
um banhista, sozinho, a de-
liciar-se com a água limpa da
Quebra Canela – dias atrás a
cena era impossível.
Desde segunda-feira, 25,
data em que o uso de máscaras
passou a ser obrigatório, espe-
cialmente em lugares de aten-
dimento público, que se tem
notado mais pessoas nas ruas
da capital. “É preciso retomar
as nossas vidas”. Mais do que
uma frase, é um imperativo.

Ânsia de retoma
da normalidade
E não são precisos análi-
ses de grandes economistas
ou sociólogos para se perce-
ber a necessidade da maioria
da população que depende do
comércio informal e activida-
des liberais, para sustentarem
suas famílias, em retomarem
as suas vidas.
Pois, apesar das cestas bá-
sicas e outras medidas sociais
de mitigação dos efeitos da
Covid-19, como o Rendimento
Social Único, ou Rendimento
de Solidariedade, de 10 mil es-
cudos, houve quem tivesse ne-
cessidade de bater de porta em
porta a pedir alimentos. Daí
ser compreensível a ânsia po-
pular de retoma da “normali-
dade”.
Retoma económica
Gisela Coelho
Entre rabidantes, operários
da construção civil, e até em-
pregadas domésticas, entre ou-
tros, nesta última semana de
Depois de dois meses de confinamento obriga-
tório devido a quatro Estados de Emergência
consecutivos, a população de Santiago deverá
ser “libertada” este sábado, 30, com o levanta-
mento do último Estado de Emergência. Ainda
que, certamente, com muitas restrições previs-
tas, a ilha tenta retomar a normalidade.
Estado de Emergência, que ter-
mina a zero hora desta sexta-
-feira, 29, foi possível assistir,
assim, a um desconfinamento,
que, como já se nota, está a ser
faseado.
A Sol Atlântico, a única em-
presa de autocarros, a operar
nos transportes públicos de
passageiros, retomou na se-
gunda-feira, 25, as operações
na capital. Pese embora, ain-
da, com apenas 23 autocarros
e reduzindo a capacidade de lo-
tação para 50%, ou seja, trans-
portando apenas passageiros
sentados.
Este desconfinamento já vi-
nha, inclusive, sendo trabalha-
do mesmo aquando da pror-
rogação do último Estado de
Emergência em Santiago (entre
15 e 29 de Maio), altura em que
o presidente Jorge Carlos Fon-
seca anunciou publicamente
que, mesmo com o Estado de
Emergência, iriam ser retoma-
das algumas actividades eco-
nómicas, assim como alguns
direitos fundamentais. Exem-
plo disso foi o direito ao culto
em Santiago Norte, devido ao
reduzido número de casos.
O quarto e último Estado de
Emergência em Santiago trou-
xe assim limites mais flexíveis
permitindo, de alguma forma,
ao Governo a preparação para a
retoma gradual de algumas ac-
tividades como, por exemplo,
0 A Nação | Nº 665 | 28 de Maio de 2020 | 7
como já vimos, a construção
civil, os serviços da adminis-
tração pública, as actividades
agrícolas e similares.
De notar também, na capi-
tal, um aumento das activi-
dades desportivas ao ar livre,
ainda que de forma individual,
te-se revelado, como já noti-
ciou A NAÇÃO, essencial para
o bem estar físico e mental da
população, dado o stress e an-
siedade provocados pela situa-
ção e pelos dois meses de con-
finamento obrigatório.
Há três dias sem testes
Com o desconfinamento
faseado continua, contudo, o
processo de despiste de even-
tuais novos casos da Covid-19.
Até ao fecho desta edição, on-
tem, 27, Cabo Verde tinha 390
casos positivos por infecção
pelo novo coronavírus, quatro
óbitos (um turista e três nacio-
nais, todos acima dos 60 anos
e com antecedentes de outros
problemas de saúde), 155 recu-
perados, mantendo-se 229 ca-
sos activos.
Porém, há três dias que o la-
boratório de virologia estava
sem poder fazer testes de PCR.
Entre segunda-feira, 25, e quar-
ta-feira, 27, não foram apresen-
tados resultados de testes.
Conforme informou a presi-
dente do Instituto Nacional de
Saúde Pública, Maria da Luz
Lima, a ausência de resultados
deve-se a um problema técni-
co, relacionado com um novo
pacote de testes que estavam
deteriorados.
“Há reagentes que estavam
deteriorados e por uma ques-
tão de segurança não foram re-
velados os exames. Está-se a
fazer de tudo para se voltar à
normalidade. Está-se a reque-
rer mais testes e reagentes”.
A mesma garantiu que os
mesmos devem estar disponí-
veis entre 48 a 72 horas, pelo
que o INSP está a fazer os “pos-
síveis” para, rapidamente reto-
mar o processo com normali-
dade.
Até esta quarta-feira, 27, es-
tavam 300 amostras penden-
tes para serem analisadas, de-
vido aos referidos problemas
técnicos.
Além dos testes PCR (mole-
culares), realizados pelo labo-
ratório de virologia, as autori-
dades sanitárias estão a rea-
lizar testes rápidos de despis-
tagem de contato com o vírus
em bairros da capital onde se
regista transmissão comuni-
tária, para tentar apurar a cir-
culação do vírus. Entre segun-
da (25) e terça-feira (27) foram
realizados 1983 testes, tendo-
-se registado 32 resultados po-
sitivos. 
24% dos cabo-verdianos não usam
máscara quando saem de casa
Um estudo lançado hoje pela Afrosondagem
mostra que 66% dos cabo-verdianos usa másca-
ra sempre que sai de casa. O inquérito teve como
base uma amostra aleatória de 1.352 indivíduos
com idades superiores a 18 anos, distribuídos
pela Praia e interior de Santiago, São Vicente,
Sal e Boa Vista.
Segundo o documento, no Sal, onde não se
registou nenhum caso positivo de Covid-19, até
então, 54% dos inquiridos asseguraram que não
utilizam máscara protectora. Também no inte-
rior de Santiago, 35% disse não fazê-lo, e 28% em
São Vicente. Já na Boa Vista e Praia, apenas 16%
e 10%, respectivamente, admitiram não usar
máscara.
O estudo visa dotar o Governo de “informa-
ções credíveis sobre o impacto das medidas de
prevenção do Covid-19 em Cabo Verde”, avança
a Afrosondagem.
Medidas para prevenir infecção
Entre as medidas adoptadas para prevenir a
infecção pela Covid-19, 94% dos inquiridos disse
recorrer à lavagem de mãos e uso de álcool gel.
Também 85% disse sair de casa somente em ca-
sos indispensáveis. Quarenta e quatro por cento
admitiu ainda evitar espaços fechados com con-
centração de pessoas, enquanto 30% disse evi-
tar tocar em superfícies comuns com as mãos
(corrimão, maçaneta, botão do elevador, etc.)
Aproximadamente nove em cada 10 (88,3%)
declararam estar preocupados/muito preocu-
pados com o risco de virem a contrair o vírus ,
particularmente na Praia e nos concelhos do In-
terior de Santiago com 93% ex-áqueo, seguidos
pelos residentes nas ilhas da Boa Vista (81%), do
Sal (80%) e de São Vicente (78%).
Os dados revelam também que cerca de três
em cada 10 (28%) cabo-verdianos asseguraram
não ter saído de casa na última semana (entre 3
a 9 de Março), contrariamente a 22% que saíram
quase todos os dias/todos os dias.
De realçar ainda que metade garantiu ter saí-
do de casa poucas vezes no período em referên-
cia. Nos concelhos do interior de Santiago cer-
ca de 41% dos inquiridos asseguraram não ter
saído de casa durante a última semana, o que
representa quase o dobro do registado na Praia
(28%), contra 20% na Boa Vista, 17% em São Vi-
cente e somente 6% no Sal.
Por outro lado, nas ilhas do Sal e de S. Vicen-
te, 43% e 33%, respectivamente, afirmaram ter
saído de casa na última semana todos os dias/
quase todos os dias, contra 21% na Praia, 19% na
Boa Vista e somente 13% nos concelhos do inte-
rior de Santiago.
Avaliação das medidas adoptadas
De notar ainda que 92% dos inquiridos con-
siderou apropriadas/totalmente apropriadas as
medidas de prevenção à propagação do Covid-19
adoptadas pelo Governo no país.
Todas as autoridades envolvidas na preven-
ção e combate ao Covid-19 foram avaliadas posi-
tivamente pelos cabo-verdianos.
A começar pelo Presidente da República, que
mereceu a avaliação boa/muito boa de 69% dos
respondentes, um ponto percentual a mais com-
parativamente à classificação conseguida pelo
Governo que se situa nos 68%. Porém, a
Proteção Civil e os Bombeiros são as duas en-
tidades mais bem avaliadas, com cerca de 78% e
76%, respetivamente, de classificação boa/mui-
to boa, seguidas na terceira posição pela Polícia
Nacional com 73% de apreciação favorável. 
GC
8 | A Nação | Nº 665 | 28 de Maio de 2020
SOCIEDADE
Covid-19:
Grávidas receiam contaminação hospitalar
Lizy Sousa
M
aria Teixeira mos-
tra-se preocupada
com a sua situação
em à Covid-19. Grávida de cin-
co meses, receia os riscos de
contaminação na cidade da
Praia.
“A minha imunidade está
muito baixa e na condição em
que estou tenho muito medo
de contrair a infeçção e, quem
sabe, não sobreviver”, expõe
ao A NAÇÃO.
A gestante também se preo-
cupa com a possibilidade de
transmissão vertical da doen-
ça em caso de contágio. Ape-
sar da ciência desconhecer
os impactos da Covid-19 nas
grávidas assim como sobre
as transmissões verticais, a
preocupação faz-se presente.
A sensação de medo é por isso
constante.
No momento em que Cabo Verde ultrapassa os 350 casos positivos da Covid-19 e
quatro óbitos, duas grávidas abordadas pelo A NAÇÃO, temem os riscos de uma
eventual contaminação. A imunidade baixa aumenta os receios das gestantes.
As autoridades apelam as grávidas à tranquilidade e recomendam que é impor-
tante estarem alertas, seguindo e confiando nas recomendações médicas.
Ricénio Lima*
Sentimento de
insegurança
Maria Teixeira não se sente
segura em nenhum sítio, nem
tão pouco nas consultas de
pré-natal.
“Por estes dias tenho de fa-
zer uma análise. Não me sin-
to segura. Fico exposta desde
o transporte até ao hospital e
são vários os riscos que corro
neste percurso”, diz.
O medo de contágio tam-
bém é partilhado por Lizy
Sousa, residente em São Vi-
cente. A menos de dois meses
de dar à luz, sente-se preocu-
pada com os riscos de conta-
minação na maternidade.
“Preocupo-me com o am-
biente da materinidade e com
os riscos de contaminação
hospitalar. Estou grávida de
sete meses e ainda não co-
nheço o plano de contigência
da maternidade do Hospital
Baptista de Sousa. Não posso
ficar cem por cento tranquila
nem confiante. O hospital não
é um lugar seguro para nin-
guém”, diz a gestante.
Por ora, esta gestante sen-
Maria Teixeira
te-se segura nas consultas de
pré-natal devido à redução do
número de pessoas nos cen-
tros dos PMI e no reforço das
medidas de prevenção ado-
tadas pelos profissionais de
saúde.
Praia: mulheres
grávidas com Covid-19
Na Cidade da Praia já há
mulheres grávidas com Co-
vid-19, conforme informa a
técnica responsável pela ma-
ternidade do Hospital Agos-
A
tinho Neto (HAN), Yolanda
Landim.
“São grávidas de doze se-
manas e que estão isoladas
nos hospitais de campanha”,
diz.
Aquela maternidade ain-
da não recebeu nenhuma grá-
vida nem realizou partos de
pacientes Covid-19 positivo,
mas, segundo a técnica, “há
todas as condições no serviço
para fazer partos e cesarianas
com segurança”. “
“Foi adaptada uma das en-
fermarias da genecologia só
para casos positivos, onde fa-
rão o isolamento e trabalho
de parto. Anexo à enfermaria
temos um bloco operatório só
para os casos positivos. Temos
um outro bloco operatório
que ficou para as urgências e
cururgias ambulatoriais para
as grávidas que não estão in-
fetadas”, explica a mesma fon-
te.
Para reduzir o risco de con-
taminação hospitalar, as equi-
pas foram reeorganizadas, li-
mitada a entrada de familia-
res no hospital, promoção do
distanciamento das camas
nas enfermarias e a concesão
de altas precoces.
Os mesmos procedimentos
são também seguidos na ma-
ternidade do Hospital Baptis-
ta de Sousa, em São Vicente,
onde há também um espaço
só para casos positivos.
Todas as grávidas em traba-
lho de parto são submetidas
à triagem de despiste da Co-
vid-19 em ambas as materni-
dades. Yolanda Landim pede
que as grávidas fiquem tran-
quilas e que confiem nas me-
didas de prevenção das autori-
dades de saúde.
* Estagiário 
0 A Nação | Nº 665 | 28 de Maio de 2020 | 9
O
grupo de mais de 120
professores, em situa-
ção de contrato precá-
rio de trabalho, afirma-se des-
contente com o Ministério da
Educação quanto à sua situa-
ção laboral. Alegam que, des-
de 2016, vêm trabalhando me-
diante contrato de prestação
de serviços, depois de terem
passado nas provas de conhe-
cimento e de avaliação. Mes-
mo assim, ficaram na lista dos
“não selecionados” do concur-
so de recrutamento.
Segundo o grupo, o ME tem
colocado nos concursos um nú-
mero de vagas inferior ao exis-
tente, para depois obrigar os
“dispensados” a prestarem ser-
viços em condições precárias.
“Estamos indignados por-
que sentimo-nos injustiçados
com a atitude do Ministério da
Educação. Em algumas áreas,
o número de professores em
prestação de serviço, é cinco
(5) vezes maior do que o núme-
ro de vagas anunciadas”, alega
um dos denunciantes, median-
te anonimato, por temer repre-
sálias do ME.
Concurso outra vez?
Não obstasse o quadro aci-
ma descrito, os professores em
causa dizem-se “aflitos, cheios
de medo, angústia e pânico”,
diante da eventualidade de en-
grossar a lista dos desempre-
gados neste momento de in-
certeza ditada pela pandemia
da Covid-19. Isto porque não
têm nenhuma garantia de um
contrato definitivo, correndo
o risco de ir novamente para o
concurso.
“Ouvimos dizer que temos
de ir ao concurso novamente
para ocupar as vagas existen-
tes, o que achamos extrema-
mente injusto uma vez que, de
uma certa forma, já estamos a
ocupar estas vagas”, afirma a
mesma fonte.
Educação
Professores em “prestação de
serviços” pedem contrato definitivo
Mais de uma centena de professores que participaram no concurso de re-
crutamento no ano lectivo 2019/20, dizem-se indignados com o Ministé-
rio da Educação (ME) e a sua estratégia de contratar docentes por “presta-
ção de serviços”, em vez de “contrato definitivo”, quando há vagas dispo-
níveis no sistema. Apesar das reclamações, o ME mantém-se em silêncio.
Romice Monteiro
Além de mais, prossegue, “
se já é desgastante estar nesta
condição de prestação de servi-
ços, ainda temos de passar no-
vamente pela pressão dos tes-
tes e esperar resultados, entre
outras injúrias. A única coisa
que quero é um contrato de-
finitivo. Se tiver que ser cinco
anos numa outra ilha, onde
não resido neste momento, que
seja, desde que isso seja num
quadro claro. Sem isso, não há
como traçar planos para o fu-
turo”, desabafa.
Diante da situação que con-
sideram “injusta e intrans-
parente”, elementos do grupo
dizem ter enviado uma carta
à tutela e à Direcção Nacio-
nal da Administração Públi-
ca (DNAP) mas, que até ainda,
não receberam qualquer res-
posta.
“Além de contactar os sindi-
catos para defenderem os nos-
sos direitos, enviámos uma
carta ao ME e à DNAP que até
ainda não responderam”.
Sindicatos solidários
Tanto o SINDEP como o
SINDPROF, dois sindicatos de
professores, já se posicionaram
sobre o assunto e dizem estar a
fazer “de tudo” para que os di-
reitos desses docentes sejam
salvaguardados.
Nicolau Furtado, presidente
do SINDEP, diz que há docen-
tes que já laboram há mais de
dois anos no sistema criado
pelo ME, pelo que “exige” do
ME a alteração desta situação.
“O SINDEP entende que os
termos de trabalho sejam ime-
diatamente alterados com ur-
gência a termos que permitam
a sua renovação tácita no final
do corrente ano lectivo”, diz.
Furtado defende também
que que o tempo de servi-
ço prestado nos últimos anos
pela categoria seja considera-
do como um período de “prova
bastante” para efeitos de no-
meação na carreira, com efeito
a partir do próximo ano”.
De acordo ainda com aque-
SOCIEDADE
le sindicalista, um novo con-
curso, quando já se tem pro-
fessores para ocupar as vagas
existente, é um “tratamento
injusto, desnecessário e dis-
criminatório”. Ainda por cima,
acrescenta, “um procedimento
administrativo moroso e que
acarreta encargo para o pró-
prio Estado”.
“Vamos fazer tudo para aca-
bar com esta injustiça porque
há vagas e o Ministério tira es-
tas vagas conta-gotas para favo-
recer a sua clientela. Estes pro-
fessores estão todos colocados
com vagas próprias que mos-
tram que não há necessidade
para novos concursos”, avisa.
Por sua vez, o SINDPROF,
na sua pessoa da sua presiden-
te Ligia Herbert, manifestou-
-se também “solidário” com os
professores em causa, classifi-
cando de “injusto” o contrato
de prestação de serviços que o
ME mantém com eles.
“É inconcebível que todos os
anos, os professores sejam ca-
tapultados para um novo con-
curso”, salienta.
Para aquela sindicalista, os
professores não são culpados
pelo facto de o número de vagas
enviado à DNAP tenha sido in-
ferior as vagas existentes.
“Foram criadas expectativas
de emprego a esses jovens e ago-
ra são novamente levados a uma
situação de insegurança profis-
sional, uma vez que não sabem
se vão ser novamente seleciona-
dos ou não”. O SINDIPROF ape-
la por isso ao ME por um posi-
cionamento “mais humano”, em
prol do funcionamento do pró-
prio sistema educativo.
De realçar que, até o mo-
mento, apesar das cartas en-
viadas, tanto do grupo de pro-
fessores em causa, como dos
sindicatos, o Ministério da
Educação não respondeu. A
NAÇÃO tentou também ou-
vir uma reacção do ME, igual-
mente sem sucesso. 
10 | A Nação | Nº 665 | 28 de Maio de 2020 A

SOCIEDADE

Santo Antão

Santa Isabel, do alto vê-se Paul

Casas em Santa Isabel

Santa Isabel, zona do interior do município do Paul si-

tuada a quase mil e 600 metros de altitude, é um dos
pontos mais alto da ilha de Santo Antão. O isolamen-
to, a falta de energia eléctrica, desemprego e habitações
degradadas estão entre as principais preocupações das
30 famílias que ainda residem nesta comunidade iso-
lada. Santa Isabel é uma das zonas onde ainda se pro-
duz café, outrora um dos principais produtos da ilha.

António Chantre Neves

O
trajecto para se chegar a
Santa Isabel faz-se atra-
vés de caminhos vicinais,
via montanha, subindo a partir do
Eito, no Paul, ou descendo do Pico
da Cruz.
É uma das várias localidades
isoladas de Santo Antão, essen-
cialmente agrícola e também
com uma forte aposta na criação
de gado. A luz eléctrica ainda não
chegou à Santa Isabel.
Desemprego e habitações de-
gradadas também estão entre as
principais preocupações das 30
famílias que ainda residem na-
quela comunidade isolada.
Sem energia eléctrica
A electrificação de Santa Isa-
bel representa “um grande sonho”
que a população local gostaria de
ver concretizado, segundo nos
conta o presidente da associação
de desenvolvimento dessa comu-
nidade, Benvindo Melo.
No entanto, segundo diz, as
dificuldades de electricidade
ficaram atenuadas com a en-
trega, recentemente, à maioria
das famílias, de kits solares fo-
tovoltaicos com uma autono-
mia de oito horas, que permi-
tem ligar três lampas e telemó-
veis.
Trata-se de uma iniciativa da
Câmara Municipal do Paul, no
âmbito de um projecto financia-
do pela Plataforma das Organiza-
ções Não-Governamentais.
“É um compromisso assumi-
do com Santa Isabel e outras co-
munidades, embora não aten-
dam, na plenitude, às necessi-
dades das famílias. As popula-
ções enfrentavam sérias difi-
culdades em encontrar petróleo
para os candeeiros”, admite An-
tónio Aleixo.
Energia eléctrica a
partir de Pico da Cruz
A autarquia paulense, garan-
te António Aleixo, está à procu-
ra de parceiros para proceder à
interligação energética de San-
ta Isabel, a partir do Pico da
Cruz, ou à instalação de um sis-
tema fotovoltaico que permita
levar energia eléctrica durante
todo o tempo à localidade.
Para já, o município do Paul
está praticamente coberto com
energia eléctrica, faltando ape-
nas abranger Santa Isabel e ar-
redores, como Ribeirãozinho e
Seladinha, para atingir os 100
por cento (%) de cobertura.
Problemas habitacionais
As trinta famílias que vivem
em Santa Isabel esperam pela
requalificação das suas habita-
ções, na sua grande maioria co-
bertas de palha (25 das 30 casas
existentes) e com “precárias”
condições de habitabilidade.
“Há uma grande necessida-
de de recuperar as nossas habi-
tações. Esperamos também ser
contemplados com o tão falado
Programa de Requalificação,
Reabilitação e Acessibilidades
(PRRA)”, avisa Benvindo Melo.
Para António Aleixo, a me-
lhoria das habitações é “uma
prioridade” da sua edilidade
em relação a Santa Isabel, reco-
nhecendo também a necessida-
de de se proceder ao reforço do
abastecimento de água, à cria-
ção de emprego e à melhoria
dos caminhos vicinais.
Despovoamento
O isolamento e a seca, alia-
dos ao desemprego, são, efecti-
vamente, os factores que estão a
contribuir para que muitas co-
munidades em Santo Antão es-
tejam a ficar sem gente.
Exemplo disso é Santa Isa-
bel, que já perdeu, ao longo dos
anos, três quartos da sua po-
pulação, ou seja, cerca de 300
dos 400 habitantes, segundo as
contas do presidente da asso-
ciação local.
A localidade conta agora com
uma população de cerca de cem
habitantes, distribuídos por
trinta famílias que sobrevivem
de alguma agricultura de se-
queiro, quando chove, da cria-
ção de gado e do emprego pú-
blico.
Uma situação que, segundo
Benvindo Melo, deriva do en-
cravamento dessa zona, mas,
também, da seca que tem as-
solado Santa Isabel, obrigando
muitas famílias a procurarem
outras paragens para viver.
0 A Nação | Nº 665 | 28 de Maio de 2020 | 11
Escola vai ser encerrada
Em Santa Isabel, a escola lo-
cal (um edifício já degradado), es-
pelha o envelhecimento dessa
comunidadede e, segundo infor-
mações da Delegação do Minis-
tério da Educação no Paul, deve-
rá ser encerrada, por falta de alu-
nos, já no próximo ano lectivo
2020/2021.
Benvindo Melo
A escola tem apenas dois alu-
nos do quarto ano que deverão es-
tudar o quinto ano na cidade das
Pombas.
“Já há algum tempo que não te-
mos inscrições no primeiro ano e
o levantamento que fizemos in-
dica que não haverá crianças em
idade escolar nessa altura”, expli-
ca a delegada Linete Cruz.
Há café por aqui
Santa Isabel, assim como outras zo-
nas altas do Paul e Ribeira Grande fo-
ram, outrora, locais de grande produção
do café, sendo que ainda hoje se cultiva
este produto, embora de forma menos
intensa.
A cultura do café nas zonas altas de
Santo Antão é de forte tradição, mas
perdeu-se, ao longo dos tempos, devido
à degradação dos terrenos agrícolas, que
levou ao envelhecimento das explora-
ções.
Por outro lado, a seca dos últimos
anos e a demora na concretização de
investimentos previstos também têm
“Rota do Café” em fase de conclusão
O projecto “Rota do Café”, em Santa
Isabel, lançado em Julho de 2019, está
em fase adiantada de execução, estando
o término das obras previsto para breve.
O projecto é financiado em dois mil con-
tos pela Cooperação Luxemburguesa, no
quadro do programa “Turismo e comu-
nidades: iniciativas locais de criação de
emprego”. Está a ser executado pela Asso-
ciação Comunitária de Santa Isabel.
“Rota do Café” consiste na construção
comprometido a cultura do café.
Contudo, os produtores de café con-
seguiram, este ano, “alguma colheita”,
graças às chuvas ocorridas, inespera-
damente, em Março, que acabaram por
revitalizar esta cultura, sobretudo em
Santa Isabel e arredores.
“As explorações do café estavam mui-
to enfraquecidas devido à seca e às fer-
rugens, mas as chuvas de Março acaba-
ram por amenizar a situação desta cul-
tura, proporcionando, assim, alguma
produção. Os produtores acabaram por
conseguir alguma safra”, revela Benvin-
do Melo.  ACN
de uma sala etnográfica, uma esplanada,
cozinha e instalações sanitárias. Além de
Santa Isabel, abarca ainda outras zonas
altas da ilha de Santo Antão com grande
tradição a nível do cultivo do café.
O objectivo é aproveitar a história do
cultivo do café para a promoção turística
da ilha e criar oportunidades para as fa-
mílias poderem desenvolver uma activi-
dade geradora de rendimentos.
ACN
12 | A Nação | Nº 665 | 28 de Maio de 2020
SOCIEDADE
Movimento Eco-Feminismo adapta projecto “
A
gora, com a Covid-19, “Hor-
ta Nha Kaza” ressurge-se
como forma de ajudar fa-
mílias vulneráveis de comunida-
des em várias ilhas do país, e não
apenas na Cidade da Praia como
havia sido pensada anteriormen-
te.
O projecto-piloto foi imple-
mentado nos finais do mês de Fe-
vereiro e início de Março, no bair-
ro de Calabaceira.
Com as medidas de controlo
e prevenção da disseminação do
vírus, o projecto vem funcionado
através de uma campanha onli-
ne, procurando engajar jovens vo-
luntários e líderes comunitários
noutras ilhas que trabalham jun-
to das famílias mais afectadas pe-
las medidas de isolamento social,
dando-lhes ferramentas e méto-
dos de auto-sustento que vão ga-
rantir a sua segurança alimentar.
Representação nas ilhas
“Por enquanto já temos repre-
sentações nas ilhas de Santiago,
São Vicente, Sal, São Nicolau, Fogo
e Boa Vista.
O projeto pretende também
engajar ONG’s e instituições a fim
de desenvolver uma cadeia de va-
lor da agricultura urbana e per-
macultura e, consequentemente,
a economia circular”, sublinha a
coordenadora.
Devido à estratégia nacional de
mitigação da propagação do vírus
da Covid-19, as actividades no ter-
reno encontram-se suspensas.
Elaboração de cartilha
para as hortas
“Já elaborámos uma cartilha
de passo-a-passo para as hortas
e estamos no momento a dividir
equipas de trabalho para passar
à fase de implementação em Ju-
nho”, explica Gisseila Gracia.
O projecto “Horta Nha Kaza”,
adaptado à crise da Covid-19, in-
clui uma série de workshops e for-
mações de capacitação, nomeada-
mente nas áreas de comunicação
e advocacia, comunicação e lide-
rança comunitária em tempos
de crise, agroecologia, segurança
A
“Horta Nha Kaza” é um projecto desenvolvido pelo Movimento Eco-Femi-
nismo de Cabo Verde que procura promover a agricultura urbana sustentá-
alimentar e técnicas de canteiros
vel, de utilização colectiva, no seio de bairros e comunidades nas diversas sub-irrigados.
ilhas do país. No contexto da pandemia da Covid-19, o projecto ressurge
com foco, agora, na resiliência ambiental urbana e numa produção mais li- Assistência técnica
geira, capaz de suprir as necessidades das famílias mais vulneráveis. A assistência técnica será dada
através de uma página de Face-
book, que vai incluir um Chatbot,
Natalina Andrade ferramenta tecnológica que au-
xiliará os representantes de cada
bairro e ilha no cuidado dos can-
teiros e produtos agrícolas.
Os líderes comunitários enga-
jados no projecto vão ainda po-
der contar com um serviço de as-
sistência psicológica, através de
sessões de conversas reflexivas e
atendimento personalizado.
Aposta na plantação
de hortícolas
Tendo em conta a adaptação a
um problema actual (Covid-19) e
as novas necessidades das famí-
lias e comunidades, as hortas são
pensadas para ter uma produção
o mias breve possível.
Sendo assim, a aposta está as-
sente na plantação de hortíco-
las que demandam um tempo de
até três meses para estarem aptos
para o consumo, tais como: alface,
cenoura, quiabo, couve, repolho,
cebolinha, espinafre, rúcula, chu-
chu, tomate, pepino, beringela,
abobrinha, agrião, rabanete, nabo,
beterraba, vagem, acelga, ervilha,
tomilho, manjericão, coentro, pi-
mentos, etc.
Surgimento da
“Horta Nha Kaza”
Movimento Eco-feminismo de
Cabo Verde realizou mensal-
mente, no ano passado, diver-
sos encontros a partir do projecto
“Conversa Aberta”, para promover
reflecções de carácter científico,
visando informar, sensibilizar e
consciencializar sobre situações
diversas que afetam directa e/ou
indirectamente a vida das mulhe-
res e dos jovens cabo-verdianos e,
consequentemente, engajar os jo-
vens na luta pela justiça social e
climática em Cabo Verde.
“Horta Nha Kaza” surgiu, pre-
cisamente, na sequência de uma
0 A Nação | Nº 665 | 28 de Maio de 2020 | 13
“Horta Nha Kaza” ao contexto da Covid-19
destas conversas, a 16 de Janeiro
de 2020, sob o tema “Agricultura
Urbana e Permacultura”, seguida
de um workshop sobre técnicas
de canteiros sub-irrigados que é
um método de agricultura urbana
que consiste na utilização de pou-
ca água, materiais reutilizáveis,
combate ao uso de pesticidas, e na
promoção de uma economia cola-
borativa com a troca de bens, ha-
bilidades e conhecimentos.
Objectivos do projecto
O objectivo do projecto era pro-
mover um modelo/metodologia
com vista à implementação de
hortas urbanas de utilização co-
lectiva, para a produção de horta-
liças e ervas, envolvendo diversos
actores sociais e permeando as
dimensões social, cultural e am-
biental, segundo avançou a este
semanário, em Março último, a
coordenadora do projecto e res-
ponsável pelo comité científico
e escrita criativa do Movimento
Eco-feminista, Gisseila Garcia.
“A ideia fomentar a agricultu-
ra urbana e as trocas comunitá-
rias de famílias, para o acesso a
uma nutrição equilibrada, con-
tribuindo então para a segurança
alimentar e resiliência urbana aos
visíveis impactos das mudanças
climáticas em Cabo Verde, como
Gisseila Garcia
as secas, erosão do solo e aumento
do nível do mar, e dada a conjun-
tura actual, os impactos causados
pela pandemia da Covid-19”, ex-
plica Gisseila Gracia.
Missão do Movimento
Eco-Feminismo
O Movimento Eco-Feminismo
Cabo Verde (EFCV) tem a missão
de engajar os jovens e a socieda-
de civil das ilhas na luta pela jus-
tiça social e climática no contex-
to das alterações climáticas em
Cabo Verde, atuando com foco no
desenvolvimento sustentável. O
EFCV promove ainda a realização
plena dos direitos humanos fun-
damentais das mulheres e meni-
nas nas zonas rurais, urbanas e
piscatórias das ilhas de Cabo Ver-
de.
O projecto “Horta Nha Kaza”
está inserido na estratégia do mo-
vimento de “reconectar as mulhe-
res cabo-verdianas à natureza e
ao meio ambiente e defender os
seus direitos, através das ações de
advocacia e sensibilização sobre
a sua importância para a conser-
vação e proteção do meio ambien-
te, assim como a importância de
sua integração e participação nas
decisões em ações estratégias de
adaptação e mitigação face às mu-
danças climáticas».
14 | A Nação | Nº 665 | 28 de Maio de 2020
Ministério da Justiça e
Trabalho
Direção Geral dos Registos, Notariado e Identificação
EXTRACTO
Certifico, narrativamente, para efeitos de primeira publicação nos termos do disposto
no artigo 100º do Código do Notariado, alterado pelo Decreto-Lei nº45/2014 e 20 de Agosto,
que de fls. 100 do livro de notas para escrituras diversas número 44-B, a fls 01 do livro 45-B
desta Conservatória/Cartório se encontra exarada uma escritura de JUSTIFICAÇÃO NO-
TARIAL, com a data de vinte de Maio de dois mil e vinte, na qual a Sra. GISELA MOTA
CARVALHO ALVARENGA, com NIF105844390, solteira, maior, natural da freguesia de
Nossa Senhora da Ajuda, concelho dos Mosteiros, residente em Queimada Guincho, se de-
clara com exclusão de outrem, dona e legítima possuidora de um Prédio urbano construído
de blocos e pilares de betão, coberto de cimento armado, composto no rés-do-chão por um
pátio, uma sala, um quarto, uma casa de banho, no primeiro piso composto por uma sala de
visita, um corredor, uma cozinha, uma casa de banho, um quarto, três varandas e no segundo
piso composto por três quartos de dormir, uma casa de banho, um corredor, uma cozinha, três
varandas ambos, rebocados, pintados e com pavimento revestido a mosaico e uma escada
de acesso ao terraço, situado em Igreja, com área de oitenta e quatro vírgula setenta e nove
metros quadrados, confrontando ao norte com via pública, sul e este com Félix de Andrade
e oeste com via pública, inscrito na matriz predial urbana da freguesia de Nossa Senhora da
Ajuda, sob o número 1682/0, com o valor matricial de três milhões de escudos omisso no
registo predial.
Que o referido prédio foi por ela comprado por escrito particular no Sr. Filipe Dias
Oliveira, anterior possuidor do mesmo há mais de vinte anos, sem que pudesse, no entanto
dispor de título bastante para efeitos de registo predial.
Que, esta na posse e fruição do imóvel e o vem exercendo sucessivamente e em nome
própria, de forma pacífica, contínua, de boa fé e ostensivamente com conhecimento de toda
a gente e aonde vem atuando como verdadeira proprietária e sem oposição de outrem, pelo
que julga ter adquirido nas circunstâncias descritas o direito de propriedade sobre o referido
imóvel, o que ora invoca para efeitos de primeira inscrição no registo predial.
Está conforme o original.
São Filipe e Conservatória dos Registos e Cartório Notarial da Região de São Filipe, aos
vinte e dois de maio de dois mil e vinte.
Conta: Reg. Sob o n.º 45/05
Artigo 20º. 4.2……..1.000$00
Selo do acto……....…200$00
Soma:…....…..1.200$00 - São: Mil e duzentos escudos.-
Ministério da Justiça e
Trabalho
Direção Geral dos Registos, Notariado e Identificação
EXTRACTO
FÁTIMA ANDRADE MONTEIRO, Notária em exercício no Cartório Notarial da Região
da Primeira Classe do Sal, CERTIFICA, para efeitos da primeira publicação que foi lavrada neste
Cartório que no dia doze de Maio do ano de dois mil e vinte, a folhas 42 do livro de notas para
escrituras diversas número 225, foi exarada uma escritura de habilitação de herdeiros, no qual se
declara que no dia quinze do mês de Fevereiro do ano de dois mil e vinte na freguesia de Nossa
Senhora das Dores - ilha do Sal, faleceu, ARTUR ANTÓNIO LIMA GOMES, no estado de
solteiro, maior, natural que foi da freguesia de Nossa Senhora das Dores - Ilha do Sal, com últi-
mo domicílio na Cidade dos Espargos - ilha do Sal, sem descendentes e nem ascendentes vivos,
tendo-lhe sucedido como herdeira: -
A MÃE:
FILIPA JOANA LIMA, viúva, natural da freguesia de Nossa Senhora do Rosário - Conce-
lho de Ribeira Grande - ilha de Santo Antão, residente na Cidade dos Espargos - ilha do Sal.
CLASSIFICADOS A
Ministério da Justiça e
Trabalho
Direção Geral dos Registos, Notariado e Identificação
EXTRACTO
CERTIFICO, narrativamente, para efeitos da Primeira publicação nos termos do
disposto no artigo 86º-A do Código do Notariado, aditado pelo Decreto-Lei nº45/2014,
de 20 de Agosto, que no dia doze do mês de Março do ano de dois mil e vinte, de folhas
89 a 90 do livro de notas para escrituras diversas número 233, deste Cartório Notarial, a
cargo, da Notária, Lic em Direito, Cátia Sofia Teixeira Andrade, foi exarada uma escritura
de Habilitação de Herdeiros por óbito de Maria Tavares Moreira, nos termos seguintes:
Que no dia dois do mês de Novembro de dois mil e dez, em Safende, freguesia de
Nossa Senhora da Graça, faleceu Maria Tavares Moreira, aos cinquenta e seis anos de
idade, no estado civil de solteira, natural que foi da freguesia e concelho de Santa Catarina
de Santiago, filha de Pedro Moreira e de Natália Tavares, e que teve a sua última residência
em Safende, Praia.
Que a falecida não fez testamento, nem qualquer disposição de última vontade, e dei-
xou como único herdeiro legitimários o seus filhos:
a) Maria de Lourdes Tavares Moreira, solteira, maior, natural da freguesia de Nossa
Senhora da Graça, concelho da Praia, residente em Achada São Filipe, Praia;
b) Francisca Moreira da Veiga Saidy, casada com Malick Saidy, no regime de co-
munhão de adquiridos, natural da freguesia e concelho de Santa Catarina de Santiago, re-
sidente em Boa Vista;
c) João de Deus Moreira Mendes dos Santos, solteiro, maior, natural da freguesia de
Nossa Senhora da Graça, concelho da Praia, residente em Calabaceira, Praia;
d) Jassy Moreira Vaz, solteiro, maior, natural da freguesia de Nossa Senhora da Gra-
ça, concelho da Praia, residente em Calabaceira, Praia.
e) Maria Moreira da Veiga Freire, casada com Nataniel Freire Tavares, no regime
de comunhão de adquiridos, natural da freguesia e concelho de Santa Catarina Santiago,
residente em São Pedro, Praia;
f) Gracelino de Jesus Moreira da Veiga, divorciado, natural da freguesia e concelho
de Santa Catarina de Santiago, residente nos Estados Unidos da América;
g) Jacquelino Moreira Correia Tavares, solteiro, maior, natural da freguesia de Nos-
sa Senhora da Graça, concelho da Praia, residente em Boa Vista;
h) Fátima Moreira dos Santos, solteira, maior, natural da freguesia de Nossa Senhora
da Graça, concelho da Praia, residente em Achada São Filipe, Praia;
Que não existem outras pessoas que segundo a lei lhe prefira ou com ele possa con-
correr à sucessão.
Os interessados, querendo, podem proceder a impugnação judicial da escritura em
referência, nos termos do artigo 87.º do Código do Notariado, aprovado pelo DL n.º 9/2010,
de 29 de Março.
Cartório Notarial da Região de Primeira Classe da Praia, aos 18 de Março de 2020.
CONTA: 291 /2020
Art. 20.4.2 …… 1000$00
Selo do Acto ……200$00
Total ………….1.200$00. Importa o presente em mil e duzentos escudos
1º Cartório Notarial da Praia, Telefone-Fax 2617935-CP·184, Avenida da China, Encosta de Achada Santo António,
Notária. Lic.: Cátia Sofia Teixeira Andrade
NIF- 353331112
E que não existem outras pessoas que, segunda a lei, possam concorrer com os indicados
herdeiros, nesta sucessão, e na herança existe bens imóveis.
Cartório Notarial do Sal, aos dezoito dias do mês de Maio de 2020.
Art.º 20º,4.2: ------ 1.000$00,
Selo; ---------------200500.
lmporta o presente extrato em: 1.200$00 (mil e duzentos escudos).
Conta nº 187/2020
Cartório Notarial da Região de 1ª Classe
Moro Curral, ao lado do Tribunal – Cidade de Espargos – ilha do Sal
Notária: Lic. Fátima Andrade Monteiro
Telf. 2414225/25 Fax 2411324
0 A Nação | Nº 665 | 28 de Maio de 2020 | 15

SOCIEDADE

Covid-19

BemServir e Cafés de Cabo Verde apoiam Colmeia

As empresas BemServir e Cafés de Cabo Verde li-
gadas à distribuição de géneros alimentícios e co-
mercialização de café, respectivamente, doaram,
quarta-feira, 27, à associação Colmeia, um mon-
tante de 500 mil escudos em géneros alimentícios
para o reforço da ajuda às famílias vulneráveis
com jovens e crianças com necessidades especiais.

A redacção

I
vanilde Lopes, que repre-
sentou as empresas na en-
trega da doação, destaca o
engajamento destas duas ins-
tituições em várias causas, al-
gumas mais pontuais e outras
de forma continua, como é o
caso do apoio à Colmeia (As-
sociação de Pais e Amigos de
Crianças e Jovens com Neces-
sidades Especiais).
“Com esta pandemia, a maio-
ria destas famílias que traba-
lham mais no sector informal,
não possuem nenhuma liga-
ção com alguma instituição”,
explica Ivanilde, motivo pelo
qual considera crucial o enga-
jamento de empresas e insti-
tuições no sentido de apoiarem
as famílias mais vulneráveis,
muitas delas sem qualquer tipo
de rendimento nesta fase em
que as suas dificuldades foram
agravadas de forma dramática
pela Covid-19.
“Abraçámos esta causa há
já algum tempo, nomeada-
mente através de donativos.
Somos uma empresa ligada à
alimentação e não podemos
deixar uma família passar
fome”, considera.
Presente no acto de entrega
do donativo, Isabel Moniz, pre-
sidente da Colmeia, enalteceu o
gesto das empresas BemServir
e Cafés de Cabo Verde cuja doa-
ção conjunta, não só vai servir
para acudir famílias em situa-
ção difícil que há muito aguar-
dam por apoios da associação,
mas também vai alargar o nú-
mero de beneficiários.
“Este donativo veio em boa
hora porque, apesar dos apoios
que temos estado a dar durante
o Estado de Emergência, temos
famílias em situação de vulne-
rabilidade cada vez mais com-
plicadas e que aguardam a nos-
sa ajuda há muito tempo”, real-
çou Isabel Moniz.
Na ocasião, anunciou que
as doações da Colmeia já che-
garam a famílias da Cidade da
Praia e Santa Catarina, mais
precisamente Rincão e Ribeira
da Barca. As próximos doações
estão destinadas ao Tarrafal de
Santiago, Calheta de São Mi-
guel e Santa Cruz.
“Havendo mais apoios volta-
remos a contemplar famílias de
Ribeira da Barca e Rincão que
são famílias com muitas carên-
cias, que sempre precisam de
apoio”, prometeu Isabel Moniz.
Mais apoios
Sabendo que a Colmeia al-
meja expandir o número de fa-
mílias contempladas com ces-
tas básicas, as empresas Bem-
Servir e Cafés de Cabo Verde
manifestam-se disponíveis a
dar continuidade à parceria.
“A responsabilidade social
Ivanilde Lopes
é uma missão que já faz par-
te do nosso projecto empresa-
rial. Vamos continuar a apoiar
a associação à medida que
apareçam mais situações que
demandem a nossa interven-
ção. Desta vez foi à volta de
500 mil escudos em donati-
vos, mas também pode ser em
quantia monetária”, esclare-
ceu Ivanilde Lopes.
Esta jovem recorda que as
empresas são parte integrante
das comunidades onde estão
inseridas, pelo que não po-
Isabel Moniz
dem estar indiferentes às difi-
culdades.
“Se temos conhecimento de
um problema na nossa comuni-
dade temos de promover acções
de cariz social para ajudar, pois
não podemos ter lucro e não
partilhar com os que precisam.
No caso concreto, também será
muito difícil poderemos lucrar
sem ter uma comunidade com
saúde”, defendeu, alertando
que, se cada um fizer um pouco,
a sociedade muda e as pessoas
terão uma vida melhor.

Apoio a mais de 70 agregados familiares

A Associação de Pais e Amigos de Crian-
ças e Jovens com Necessidades Especiais -
“Colmeia” – já conseguiu apoiar, até agora,
cerca de 70 agregados familiares de famí-
lias carenciadas que têm a seu cargo crian-
ças e jovens com necessidades especiais e
que têm visto a sua situação agravar-se face
aos impactos da Covid-19.
Os pedidos de apoio, por parte destas fa-
mílias, aumentam de dia para dia durante
o Estado de Emergência e a tendência será
para aumentar ainda mais. Isabel Moniz,
presidente da associação, apela ao engaja-
mento de mais empresas e particulares no
apoio a quem mais precisa. Fraldas, produ-
tos de higiene e bens alimentares são “mui-
to bem-vindos”.
Alargar número de beneficiários
Sem fundos próprios para ajudar as fa-
mílias, a Colmeia tem contado com doa-
ções de várias empresas e instituições pú-
blicas e privadas, entre elas a ADEGA, uma
das suas principais parceiras habituais. Os
apoios recebidos têm sido maioritariamen-
te em géneros alimentícios e produtos de
higiene.
Para além dos géneros alimentícios, a
Colmeia recebeu doações de grupos anó-
nimos em produtos de higiene para a la-
vagem das mãos. A associação está a pla-
near, posteriormente, intervir junto das
famílias na questão da higienização das
crianças, dada a importância deste as-
pecto no combate à Covid-19. As famílias
contam ainda com assistência psicoló-
gica e psicossocial da Colmeia e com o
acompanhamento para o cadastro e pen-
são social.
Tendo em conta as medidas de preven-
ção em curso, os trabalhos têm sido feitos
essencialmente à distância. Entretanto,
segundo Isabel Moniz, haverá necessida-
de de retomar o acompanhamento presen-
cial e reorganizar o atendimento de forma
a proteger os colaboradores e as famílias.
A associação tem, igualmente, recebido
doações em fraldas e medicamentos, no-
meadamente vitaminas, que fazem parte
das necessidades básicas das famílias com
crianças e jovens com necessidades espe-
ciais.
A presidente da Colmeia realça ainda
que “há muita carência de fraldas” pelo que
apela às pessoas a apoiarem com estes pro-
dutos que são essenciais para a dignidade
humana das crianças e jovens com neces-
sidades especiais.
16 | A Nação | Nº 665 | 28 de Maio de 2020 A

OPINIÃO

Covid-19: liderança,
recuperação económica e
João Carlos Fidalgo*
reabertura das atividades
“ Sem uma clara compreensão do sentido do movimento não se podem esperar progressos reais” (Jigoro Kano)

A pandemia Covid-19 está
transformando a vida das empre-
sas e tirando o sono da grande
maioria dos líderes. O coronavírus
acelerou um processo de transfor-
mação tecnológica disruptiva, há-
bitos, consumo e da componente
liderança, abrangendo perfil, ha-
bilidades e atitudes que a crise
está exigindo.
De acordo com os dados reve-
lados pela Leadership Confidence
Index 2020, da Odgers Berndtson,
a falta de confiança reside na con-
dição de que os líderes não estão
preparados para lidar com avan-
Neste momento de grande incer-
teza, não se sabe ainda a configu-
ração de recuperação da economia.
Alguns cenários previstos poderão
ser traduzidos em letras V, U, L, e W.
De acordo com um dos cenários
de recuperação no World Econo-
mic Outlook, o cenário base, é que,
após uma queda de 3% em 2020,
o PIB mundial deverá crescer 5.8%
em 2021, uma recuperação em V
(in eco.pt).
Na recuperação em U retoma
seria forte, mas demoraria mais
tempo.
A recuperação em L- é um dos
mentas tradicionais dos governos
são limitadas, alguns economis-
tas propõe uma estratégia para
combate a quebra económica.
Alguns notáveis economistas
como Stanley Fisher e Phillipp
Hildebrand, prevêem, numa pri-
meira fase, a criação de uma facili-
dade fiscal financiada monetaria-
mente ou no caso de insuficiência
“going direct”, que significa colo-
car dinheiro nas mãos dos gover-
nos para gastarem.
É uma versão do “helicopter
money” de Milton Friedman (No-
bel de Economia) e Bernanke. Es-
mento de pessoas, a abertura gra-
dual e progressiva de atividades
económicas.
O aumento considerável da espe-
rança de vida nos dias de hoje deve-
-se mais às conquistas na área pre-
ventiva e à disseminação dos hábi-
tos de higiene do que dos melhores
remédios. A água limpa e rápida re-
moção de lixo, aliadas a mais asseio
pessoal marcaram a diferença.
O passado não pode ser modifi-
cado, mas o futuro está nas nossas
próprias mãos. Os grandes even-
tos históricos são frutos da crise.
Os vencedores da crise não são os

“
ços exponenciais de tecnologia, as
alterações profundas na expecta-
tiva dos consumidores e emergên-
cia de novos modelos de negócios.
Portanto, não são pró-ativos e
com resistência à mudança, há fal-
ta de visão clara de futuro, numa
Certamente que altura em que o mundo entrou em
rota de incerteza profunda à esca-
a população vai la global da pandemia Covid-19.
passar por um Neste particular é importan-
te, por um lado, recordar algumas
cenários mais pessimistas. Ape-
sar de entrar numa fase de recu-
peração, a economia não consegue
no curto prazo chegar ao nível pré-
-pandemia.
Em termos macroeconómicos
alguns efeitos imediatos já fazem
sentir, o rácio global da dívida pú-
blica atingiu 131,5% do PIB revis-
to no primeiro trimestre de 2020 e
com a baixa de Rating pela Agên-
cia Fitch para B-. Há previsão de
ses mecanismos teriam carácter
de emergência e seriam transitó-
rios, seriam abandonados quando
a situação melhorasse.
Certamente que a população
vai passar por um período de me-
nos rendimento, não há “helicop-
ter money” e o governo terá me-
nos recursos e teremos que convi-
ver com o vírus, mantendo as res-
trições do distanciamento social,
confinamento, condições de hi-
que nunca caiem, mas os que nun-
ca abandonam a corrida.
No caso específico do país, jul-
gamos que com liderança e enga-
jamento de todos e de cada um de
nós na prevenção, podemos ven-
cer o assassino, inimigo invisível
e letal.
Nu Previne. Stay Safe.
*Economista

período de menos
rendimento, não há
“helicopter money”
e o governo terá
menos recursos
e teremos que
conviver com o
frases de Peter Drucker sobre a li-
derança: 154% do PIB até final do ano.
. “Liderança é fazer as coisas
certas ....” ;
• “Se você quer algo novo,
você precisa parar de fazer
•
algo velho”;
“Planeamento de longo
prazo não lida com deci-
sões futuras, mas com um
futuro das decisões pre-
uma subida da dívida pública para
Em termos microeconómicos,
os efeitos de moratórias de crédi-
to até setembro 2020, como, por
exemplo em Portugal, “um gran-
de tsunami” há de vir quando aca-
barem as moratórias”, segundo o
CEO, Pedro Castro e Almeida do
Santander Tota.
E o Governador do Banco de
giene e de uso de máscaras. Algumas Referencias Bibliográficas :
Global Financial Stability Report:
O economista Paul Romer, prê-
mio Nobel de economia em 2018 e
Chapter 1https://www.imf.org › Publi-
cations › GFSR › Issues › 2020/04/14 ›
que foi do Banco Mundial, disse,
em entrevista à BBC News Brasil,
global-...
Global Financial Stability Report. April
que se o governo quer salvar vidas
2020. Foreword;
World Economic Outlook - Internatio-
e retomar a economia, o caminho
é aumentar os testes para corona-
nal Monetary Fundhttps://www.imf.
org › publications .
vírus e aumentar equipamentos A global pandemic - The Economist’s co-
verage of the coronavirus ...https://www.
de proteção para as pessoas pode-
rem voltar a trabalhar mesmo en-
economist.com › news › 2020/03/11 ›

social,
confinamento,
“
vírus, mantendo
as restrições do
distanciamento

condições de higiene
sentes”;
• “ Não podemos prever o fu-
turo, mas podemos criá-
-lo”;
• “Soluções dos problemas
apenas restaura a norma-
lidade. Aproveitar oportu-
nidades significa explorar
novos caminhos” ( in. Pe-
ter Drucker).
Portugal, Carlos Costa, alerta que
poderá existir o “ efeito precipício”
de acordo com eco.pt
No cenário de medidas de re-
cuperação, a pressão maior da
opinião pública está sobre os go-
vernos no sentido de estes imple-
mentarem políticas orçamentais
expansionista, seja para o reforço
dos orçamentos da saúde ou para
quanto o vírus está em circulação
no Brasil.
Em relação ao nosso país, as me-
didas anunciadas hoje pelo gover-
no, no sentido de reforço de pre-
venção e de realização de mais tes-
tes de despistagem (+ 50 mil para
próximos tempos) vão nesse senti-
do.
No que tange à criação de incen-
the-economists-coverag...

The World Economic Outlook (WEO)

e uso de máscaras. A economia mundial vai sofrer
um recuo de 3% do PIB, o que po-
derá ser maior recessão desde a
grande depressão.
medidas de apoio às empresas e
os bancos centrais com estímulos
monetários.
Num contexto em que ferra-
tivos legais para apoio à produção
de máscaras comunitárias, a obri-
gatoriedade de uso de máscaras
nos locais de significativo ajunta-
database contains selected macroeco-
nomic data series from the statistical
appendix of the World Economic Ou-
tlook report, ...
Global Economic Outlook - Coronavirus
Crisis ... - Fitch Ratingshttps://www.fi-
tchratings.com › research › sovereigns ›
global-economic-ou...
Jornais online sobre a economia e pan-
demia
Global Economic Outlook - Coronavirus
Crisis ... - Fitch Ratingshttps://www.fi-
tchratings.com › research › sovereigns ›
global-economic-ou...
0 A Nação | Nº 665 | 28 de Maio de 2020 | 17
Estratégia de reabertura, crescimento
e desenvolvimento pós-Covid-19
O mundo está enfrentando a emer-
gência de saúde global COVID-19, e suas
ramificações económicas e sociais. O
momento é de incerteza. Todos os seto-
res estão a ser afetados. As pessoas
tardam em ganhar confiança. Há que
se clarificar bem as previsões de reaber-
tura e retoma. O governo deverá conti-
nuar a apoiar a economia, em volume e
qualidade das medidas de políticas, e as
empresas devem reinventar os seus mo-
delos de negócios, o processo do cresci-
mento será naturalmente assegurado
através de uma ótica de acumulação de
capital pelos empresários (competentes e
ousados), na medida em que desse even-
tual lucro, dentro das motivações egoísti-
cas e individualistas que se entendem
devessem assegurar o máximo de bem-
-estar (moral dos negócios, e projetando
num período longo a necessária capaci-
dade produtiva (estimular o investimen-
to privado, através de uma ação de fo-
mento económico – benefícios fiscais e
créditos), expressa em termos formação
de capital, e definindo, etapa por etapa,
as parcelas de rendimento que vão ser
sucessivamente afetas ao crescimento
da capacidade produtiva – investimento
ou taxas de formação de capital) e da ne-
cessária e empreendedora atuação públi-
ca (formulação pública de capital – o Es-
tado tem de investir, não apenas nos do-
mínios tradicionais, como também na
criação de infraestruturas materiais, cul-
turais e técnicas, com níveis de exigência
cada vez mais maiores e manutenção de
uma máquina política, administrativa e
judicial mais moderna e melhor gerida, e
para isso tem de poupar e fazer poupar.
Para além desta equação, o investimento
publico poderá constituir também um
estimulo ao investimento privado, ge-
rando ou estimulando a procura privada,
sem fomentar a evidente promiscuidade
e corrupção, nepotismo e peculato e cri-
mes económicos na AP. Ao mesmo tem-
po, melhorando a produtividade, poderá
melhorara-se a parcela de rendimento
afeta a cada sujeito económico. A politi-
ca de crescimento é sobretudo (não só)
uma política de investimento, público
e privado. As estratégias de cresci-
mento definem-se pela forma como o
Estado intervém no processo de cres-
cimento, definindo as quantidades
necessárias e os respetivos setores,
fontes e afetações. Para além de uma
previsão programada dos reinvestimen-
tos anuais que se quer, é necessário nuns
casos, manter a nível elevado a taxa glo-
bal de investimento nacional (bruto ou
liquido) e, noutros, aumentar essas taxas
em volume sustentado neste momento
de arranque. O aumento da procura
global será demorado e incerto. O tu-
rismo, a nossa força motriz está mor-
ta. A não ser através da despesa públi-
ca. Mas há pressão da procura (despe-
sas de bem-estar, despesas públicas de
consumo, já que não tem resposta na
capacidade de oferta do aparelho pro-
dutivo. Por isso há que aumentar a
capacidade de oferta -, contribuirá para
isso investimento público, não já pelo
seu efeito de despesa, mas devido ao au-
mento de oferta que dele resultará. Para
isso torna-se necessário o Governo inten-
tar um regime excecional para o escoa-
mento de stocks (os que ficaram com o
aparecimento do Covid-19, não podemos
dar ao luxo de desperdiçar esses bens).
Não há produção, e as despesas au-
mentam diariamente com os necessá-
rios apoios a economia. Custos finan-
ceiros vertiginosos para o governo
(moratórias às famílias e empresas),
se as empresas não aguentarem, vão
muitas pessoas para o desemprego.
Entretanto, o país não tem espaço de ma-
nobra, pois está-se demasiadamente en-
dividada e dependente, com conjunturas
muito variáveis, e terá de haver uma es-
tratégia e programas e projetos exequí-
veis. Ademais, o imposto não é, entre
nós, um instrumento de desenvolvi-
mento, mas sim um modo de suprir a
falta de receitas para a realização de
despesa públicas. A Acão do Estado
tende a uma saída de emergência,
com o intuito de promover a melhoria
das condições sanitárias e de bem-es-
tar mínimos, que, de tão deficientes,
podem consistir nas mais básicas ne-
cessidades, designadamente a ali-
mentação, nos dias de hoje. Custo da
divida pública vai aumentar, e isto tem
consequência no financiamento da eco-
nomia. A transportadora aérea nacional
apresenta um quadro de negócio que não
dá garantia, desistam! Há que se garantir
o empréstimo de C/P ou capitalização!
Desta vez, as atenções devem ser centra-
das em medias de apoio às empresas, tra-
duzidas em obrigações convertidas,
equity (diretamente as empresas), etc. O
governo tem uma chance única de
uma recuperação verde, digital e in-
clusiva que deve aproveitar - uma re-
cuperação que não apenas fornece
emprego e rendimento, mas também
tem objetivos mais amplos, integra
ações fortes de clima e biodiversidade
e constrói resiliência. A pandemia nos
mostrou a importância de estar prepara-
do quando as crises ocorrerem. Também
nos mostrou que adiar decisões criativas
e inovadoras pode ter custos enor-
mes.  Não estávamos preparados para a
crise do Covid-19, e estamos ainda me-
nos preparados para as consequências
iminentes de desafios contínuos e agra-
vantes, como mudanças climáticas e
transformações digitais. A análise de im-
pacto deve ser feito, tão cedo quanto pos-
sível. E isto não pode ser reduzido a cer-
tos setores (com pouca dinâmica de pro-
cura). As empresas têm aqui uma opor-
tunidade única -, a sua reputação. Vamos
ter uma situação ainda mais débil, em
termos económicos e sociais. Hábitos de
consumo mudará, com o coronavírus, e
as marcas deverão estar ao lado dos con-
sumidores, pois consumidores são mais
conscientes e exigentes. As marcas na-
cionais deviam-se fazer sentir…perde-
ram oportunidade. As marcas chinesas
fizeram-se presente e os consumidores
aplaudiram. Os consumidores valorizam
os propósitos das marcas. A forma como
comunicam será determinante. Não de-
vem promover práticas abusivas, sob
pena de perdem em definitivo os clien-
tes. Pena que as marcas nacionais não fi-
zeram nenhum esforço nesta situação de
crise, em ação de solidariedade. Com ex-
ceção das marcas chinesas. As pessoas
estão com medo, e as compras fazem-se
gradualmente e em segurança. Os con-
sumidores estão pessimistas face à evo-
lução da COVID-19. A evolução, neste
momento, é impossível de se fazer, pois
não se sabe para onde caminha. A gestão
das expetativas dos consumidores deve-
rá ser percebida. Nesta circunstância, es-
sas empresas devem ativar com criativi-
dade e inovação os seus produtos e/ou
serviço. Muito rapidamente deverá haver
obrigação de respeitar as regras das fi-
nanças públicas (certas rubricas de des-
pesas públicas já foram utilizadas). Urge
conhecer e perceber o Programa Nacio-
nal de Recuperação (medidas de politi-
cas) - o trilho que o governo deve seguir,
quais as prioridades e os recursos a mo-
bilizar, e a gestão da lição desta crise …
nova vida. Não é certo que vamos conti-
nuar a receber apoios, e o governo não
pode ignorara esta realidade. Os mon-
tantes com medidas de lay-off terão de
levar em conta as condições de financia-
mento…dependência do país em relação
ao turismo, a resposta da burocrata e pe-
sada administração púbica, dinâmicas
do mercado de trabalho. Em fim, quais os
objetivos prioritários do País? Há nações
ricas e pobres exatamente porque uma
dispõe de muito capital acumulado e ou-
tras de pouco, daí que o rendimento cria-
OPINIÃO
do nos países desenvolvidos seja supe-
rior ao criado nos subdesenvolvidos. A
nossa situação (pobre) resulta da escas-
Pedro Ribeiro
sez de capital e, deste ponto de vista, o de-
senvolvimento tem aspetos comuns com
a manutenção do crescimento nos países
desenvolvidos. Os países subdesenvolvi-
dos são-no por razões mais profundas,
verificando-se neles certas condições so-
ciais e culturais diferentes, designada-
mente a inexistência de hábitos de pou-
pança; níveis culturais inferiores; inexis-
tências de técnicos evoluídos ou possibi-
lidade de aplicação dessas técnicas e ine-
xistência do desejo de inovação econó-
mica e criação de riqueza, típico dos paí-
ses desenvolvidos. Importa-se referir
que, no nosso caso, os investimentos não
foram acompanhados de modificação
das estruturas sociais e hábitos mentais.
Por mais que lhe injetem capitais e técni-
cas estrangeiras, e até por mais capital
que consiga formar, continuaremos atra-
sados. Dificuldades ainda maior é a de
conciliar técnicas e processos económi-
cos criados na Europa/EUA a culturas
muito diversas, com insatisfação de ne-
cessidades sociais mínimas e aumento
das distancias económicas entre uns e
outros. Entretanto, o desenvolvimento,
por ser um processo global, é contínuo:
“
há sempre novos níveis a alcançar, nos
planos cultural, social e económico. Em
todo o caso, o processo de desenvolvi-
mento resulta da conceção que se tenha
das causas do desenvolvimento, e nele se
integra sempre a intensificação da for-
mação do capital. E para prosseguir os
objetivos de desenvolvimento, são muito
insuficientes os meios estritamente fi- O Estado é
nanceiros – as nossas finanças públicas
são por si insuficientes para gerar o de-
dos sujeitos
senvolvimento económico, podem, em económicos que
todo o caso auxilia-lo. As finanças como
instrumento de toda a ação política, que melhor podem
uma estratégia de desenvolvimento terá prosseguir
de se realizar. O Estado é dos sujeitos eco-
nómicos que melhor podem prosseguir os fins do
os fins do desenvolvimento económico,
quebrando os ciclos vicioso de estagna-
ção, da miséria e da pobreza. Na falta do
setor privado dinâmico, só o capital es-
trangeiro ou aparelho politico-cultural
(com risco de estatização) podem atacar
com êxito o processo de desenvolvimen-
to tão almejado, em 2030, e isto pressu-
põe melhoria cultural continua; genera-
lização e intensificação da educação
(com qualidade elevada) e das políticas
económico, “
desenvolvimento
quebrando os
ciclos vicioso
de estagnação,
da miséria e da
pobreza
sociais asertivas; técnicas e quadros diri-
gentes competentes e com carácter e cre-
dibilidade; hábitos de participação ativa
na vida económica, etc.
18 | A Nação | Nº 665 | 28 de Maio de 2020
SAÚDIZANDO
Alerta. “Teste não é vacina”
para COVID-19
1- Aviso à navegação  tado” no combate à COVID-19.
O aviso é oportuno, razoável e perti-
nente.  terreno”, na companhia do ministro
Alex Semedo
E chama à razão, aos que, eventual-
mente, por excesso de optimismo, sen-
tem-se tentados a atirar foguetes sem
razões para tanto.  ção que representa, segundo as quais,
Foi feito em jeito de alerta, terça-
-feira, 26, pelo ministro da Saúde e da
Segurança Social, Arlindo do Rosário,
numa ronda  pelas tendas de “massi-
ficação de testes rápidos” - para ras-
treios de anti-corpos! -, montadas em
vários bairros da Cidade da Praia,
como uma das (diversas) medidas de
operacionalização das directivas das
autoridades sanitárias.
“O teste não é vacina contra CO-
VID-19. É preciso que as pessoas en-
tendam. Fazendo um teste hoje, com
resultado negativo, não significa que
amanhã não possa ter a doença. Por-
tanto, convém manter todas as me-
didas que vêm sendo recomendadas”,
remarcou Do Rosário, para esclarecer
que, em caso de “positividade”, deve
ser compelementado com PCR, feito
em Laboratório.  epicentro da Epidemia em Cabo Ver-
Ou seja: o teste rápido permite saber
se, até aquele momento, o rastreado teve
ou não contacto com o vírus.
Por isso mesmo, ele (o teste rápido)
não é recomendado pela OMS (Organi-
“
zação Mundial da Saúde).
Todavia, uma Equipa Multi-Secto-
rial está a aplicar testes rápidos na co-
munidade e a desenvolver acções de
sensibilização nos bairros da Praia,
desde o começo da segunda quinze-
na de Maio.
Grosso modo, o governante ficou
Uma Equipa satisfeito com a postura e o compor-
Multi-Sectorial tamento das pessoas - que acorreram
às tendas por onde passou! -, nomea-
está a aplicar damente, quanto ao uso de máscaras
testes rápidos faciais, no distanciamento (físico) e na
higienização das mãos, mas desafiou-
na comunidade -as a prepararem-se para “uma nova
acções de“
e a desenvolver
sensibilização nos
bairros da Praia,
desde o começo da
segunda quinzena
de Maio
normalidade” de convivência com o
novo Coronavírus, prosseguindo com
as medidas de prevenção, enquanto
durar esta Pandemia Global.
Que é real. Que também assola Cabo
Verde. 
E, para o qual, por ora (ainda!), não
existe vacina.
2- Elogio...
Comparando Cabo Verde com ou-
tros países desta nossa Aldeia Global,
o representante da OMS  (Organiza-
ção Mundial da Saúde) avalia que o
Arquipélago está a ter “um bom resul-
Hernando Agudelo, que estava “no
Arlindo do Rosário, admite que o País
“fugiu” ao modelo de cenários – mais
pessimistas! –, traçado pela Organiza-
presentemente – caso medidas não
fossem tomadas! -, poderia haver mui-
tos mais casos e vítimas.  na tentativa de “obter o pouco que vira
  “O trabalho é bastante positivo”,
manifesta Agudelo, remarcando “as
acções e decisões atempadas” que o
Governo tomou.  – aliás, prenda pelo sexto aniversário de
 
3- Enguiço...técnico  Os “padrinhos” foram as empresas
Cabo Verde regista(va) 390 conta-
minados (acumulados), e três mortes,
até à última divulgação do Boletim
Epidemiológico do Ministério da Saú-
de e da Segurança Social (MSSS), de
segunda-feira, 25, com dados referen-
tes ao dia anterior, domingo.  de vários parceiros.  ras faciais.
Nesta ocasião, havia o registo
de  390 contaminados, dos quais, 331
em Santiago, repartidos pelos conce-
lhos da Praia (323) – que é, agora, o
de -; São Domingos (quatro); Tarrafal
(dois); e Santa Cruz (dois) -; na Boa Vis-
ta (56); e São Vicente (três).
Havia o registo de 155 recuperados
e de três óbitos.  A partir de 25 de Maio do Ano 2020
Entretanto, na terça-feira, 26, o mi-
nistro Arlindo do Rosário deu con-
ta aos jornalistas da morte de uma
paciente de 55 anos – vítima de CO-
VID-19 -, que estava internada no
Hospital “Dr. Agostinho Neto” (na Ci-
dade da Praia) e que sofria de outros
problemas de saúde.  não haja dúvidas nem dribles! -, mas,
Quarta-feira, 27, o MSSS veio a ter-
reiro comunicar que “um problema
técnico, com um novo pacote de tes-
tes recentemente chegado ao País”,
impossibilitam a apresentação dos re-
sultados das amostras realizadas no
Laboratorio de Virologia.  figurar, obrigatoriamente, no rol da nos-
O mesmo Documento garante, to-
davia, que está-se “a fazer os possíveis
para, rapidamente, retomar o proces-
so, com normalidade”. 
Até lá, torcemos para que seja o úl-
timo enguiço...técnico.  
4- Prenda 
O Estado de Emergência, ainda vi-
gente na Ilha de Santiago - até ao dia
29! -, tem penalizado, “ao quadrado”, a
COLMEIA (Associação de Pais e Ami-
gos de Crianças e Jovens com Necessi-
dades Especiais).
Que o diga a sua incansável men-
tora e líder, Isabel Moniz, que não tem
olhado a esforços para minorar o so-
frimento dos que têm limitações de
mobilidade – e não só! -, mesmo nos
tempos ditos “normais”.  vírus, “mitiga” tal maleita.
Crente “acérrima” de que a solida-
riedade não é uma palavra vã,  bate, in-
cansavelmente, em várias portas – nes-
tas Ilhas do Altântico e na Diáspora! -,
muito”, qual multiplicação de pães re-
portada na Bíblia.
Um das mais recentes “mãozinhas”
vida! -, chegou nesta quarta-feira, 27.  o distanciamento físico! -, o confina-
“Bem Servir” e a “Torrefactora Santiago
– Cafés de Cabo Verde”.  6- Até quando?
Criada há seis anos, COLMEIA au-
xilia crianças e jovens com deficiências
- incluindo a deficiência intelectual -  e
suas respectivas famílias, com ajudas
Que espera aumentar na era pós-
-Pandemia.
Merece destacar que a acção da
COLMEIA é um complemento ao traba-
lho do Estado, visando dar respostas a
um público-alvo com alguma carência
e...na condição de deficiência.  mem da Bola, lá da antiga Metrópole.
  
5- Falsa blindagem…
de Nossenhor Jesus Cristo, passou a ser
obrigatório o uso de máscaras faciais
em locais interiores e fechados, com vá-
rias pessoas.
Que, na verdade, já virou uma obri-
gatoriedade – “canetiada” em Decreto-
-Lei nº 47/2020, de 25 de Abril, para que
também – cá para nós! -, que é uma ma-
nifestação cívico-cidadã, a par de ser –
quase que acima de tudo…a bem da ver-
dade! -, uma “meia” protecção pessoal.
Passa a ser, a partir desta segunda-
-feira, – como que – mais um acessório a
sa indumentária diária.
Mas mais do que uma peça indivi-
dual – entendemos! -, é um dispositivo
– quase que – cívico-cidadão, para não
molestar com quem cruza e/ou priva,
mas, também, para a nossa auto-pro-
tecção.
Na verdade, cria barreira às tais go-
tículas que podem conter “o oportunis-
ta, democrático, imprevisível e invisí-
vel” vírus de COVID-19, que tanto mal,
tristeza e razia tem causado – e está
causando, desconhece-se até quando! -,
nesta nossa Aldeia Global.
Destarte, a melhor, curial e mais avi-
A
sada opção, é mesmo blindarmo-nos
com as máscaras faciais, que, embora
não sendo o remédio para todos os nos-
sos males, aliás, contra o novo Corona-
“Mitiga”, minora e amortece o con-
tágio.
É isso mesmo,  já que a prevenção
– recomendam e insistem os entendi-
dos! – deve ser complementada, com a
higienização frequente e correcta das
mãos, assim como a etiqueta respira-
tória, o distanciamento social – que
nós teimamos em defender: deve ser
mento, entre diversas outras.
 
Ninguém – ou mesmo muito pou-
cos! – arrisca avançar prognósticos so-
bre o fim de COVID-19, e, consequen-
temente, o uso obrigatório de másca-
Jogando pelo seguro, mesmo os “ex-
perts” – digamos, peritos! - preferem
antes, empurrar toda e qualquer con-
jectura para o final da partida – aliás,
da Pandemia! -, como sabiamente, en-
sinou aí há tempos, um exímio Ho-
Voltando ainda às máscaras faciais,
cá no burgo.
Felizmente que as há muitas e varia-
das. Garridas, carnavalescas, recatadas,
cerimoniosas ou não.
Uma vez mais, é a criatividade criou-
la – inspirada nos ares destas Ilhas
Plantadas no Meio do Atlântico! – em
evidência.
Dizíamos, o mercado está recheado
de máscaras para todos os gostos, feitios
e bolsos,…rompendo, assim, toda e qual-
quer tentativa e tentação de qualquer
tipo de monopólio.
E têm magia: cabem, também, em
bolsas das mais diversas forma, tama-
nhos e feitios, embora desaconselha-
dos estes procedimentos e manusea-
mentos, que podem ser privilegiados
“ninhos” covídicos.
Em face disso, protocolos outros re-
comendam-se…
7- Recuperados 2,2 milhões 
A Pandemia de COVID-19 já ma-
tou mais de 346 mil pessoas e infec-
tou mais de 5,5 milhões, em 196 paí-
ses e territórios.
O balanço é da Agência “France
Press”, e cobre até quarta-feira, 27, al-
tura em que perto de 2,2 milhões de
pessoas foram dadas como curadas –
a nível Mundial. 
0 A Nação | Nº 665 | 28 de Maio de 2020 | 19

ZIG ZAG

La Caixa de Papel Desempenho medíocre

Esta quarta-feira uma agência da Caixa Mas o sucesso do assaltante cabo-verdiano
Económica no Mindelo iniciou o dia com um foi sol de pouca dura. Horas depois, as
assalto à mão armada. Sem perder tempo, os autoridades o reconheceram através do
internautas remeteram a cena para a série arquivo de vídeo vigilância. ZIG sabe que o
“La Casa de Papel”, que retrata um assalto, “actor” vinha protagonizando outras séries
de grande escala, ao Banco de Espanha. nas redes sociais, com o tema coronavírus.
Entretanto, como disfarce, e diferentemente Talvez foi dali que surgiu a inspiração para o
dos assaltantes espanhóis, o crioulo em causa inusitado disfarce. Tirando o susto, face a tão
recorreu-se de uma máscara de proteção mau desempenho, a série espanhola continua
contra o coronavírus. bem mais emocionante, embora demasiado
arrastada, como sempre, para fazer render o
peixe. Para emoções mais fortes resta ao ZIG
esperar pela próxima temporada.

Tirar a ferros
Ainda a propósito da linguagem que melhor se adequa à
nossa realidade política, esta semana tivemos o Parlamento
transformado numa sala de partos. Sim, isto mesmo. É que
segundo a oposição, pela voz de Rui Semedo (PAICV), o debate
mensal com o PM sobre a situação no campo foi tirada a ferros.
Joana Rosa (MpD), que deve entender do assunto melhor que
o seu colega, respondeu que o PAICV não tem força para tirar a
ferros nenhum debate com o PM. ZIG, sensível como é, quase ia
caindo para o lado só de pensar na quantidade de sangue que
um parto tirado a ferros normalmente exige. Please, senhores
deputados, tenham pena dos cabo-verdianos.

Rankings
O Governo anunciou esta quarta-feira, 27, que o país entrou pela primeira vez
no top 100 do Ranking Mundial de Ecossistemas de Inovação para Startups
e no Top 10 no Continente Africano. O ranking é elaborado pela Startup
Blink, sedeada em Israel. Curiosamente, esta boa nova surge um ano depois
de UCS ter visitado Israel, na companhia de Pedro Lopes, o jovem secretário
de Estado ligado a estas coisas de “startups”, para estreitar laços, incluindo
tecnológicos. Coincidências? Como dizia o desconfiado, acredita se quiser...

“Paz & Sossego”

Um octogenário da cidade da Assomada, preocupado com
a saúde, paz e sossego, resolveu chamar a atenção dos
importunadores. Colocou uma placa com os problemas
de saúde que sofre, acrescidos de um “etc.”, para alertar
os violadores do código de postura municipal. ZIG espera
que a condição deste cidadão seja respeitada pelos mui
ordeiros e urbanos moradores da Assomada. E, claro, etc.
20 | A Nação | Nº 665 | 28 de Maio de 2020 PUBLICIDADE A
 Parte integrante da edição nº 665 do A Nação de 28 de Maio de 2020. Não pode ser vendido separadamente.

Etc.

Jorge Humberto

O primeiro cabo-verdiano
a brilhar na Itália...
2 | Etc. | Edição nº 665 do A Nação | 28 de Maio de 2020 Etc. | Edição nº 665 do A Nação | 28 de Maio de 2020
DIÁSPORA
Para enfrentar o novo Coronavírus
Emigrantes na Holanda 
mandam donativos hospitalares 
E
Um lote de equipamentos hospitalares será entregue, brevemente, ao Ministério da sta é mais uma remessa, já
Saúde, destinado a reforçar a luta contra o novo Coronavírus, Pandemia Mundial que, regularmente, a Fun-
dação dirigida por Teresa
que, também, afecta Cabo Verde. Donativo da Fundação dos Amigos do Paúl na Segredo tem mandado contento-
Holanda (FAPH), que tem à frente a enfermeira-emigrante Maria Teresa Segredo, a res com donativos diversos, desti-
doação já está no Porto da Praia, sendo avaliada em mais de um milhão de euros.  nados a várias ilhas do Arquipéla-
go – e não só a Santo Antão.  librado e justo” destas ilhas.
Os donativos, recolhidos junto
Alexandre Semedo de oriundos de Santo Antão - com
destaque para os emigrantes do
Paúl -, amigos e parceiros holan-
deses na “Terra das Túlipas”, já es-
tão no Porto da Praia, à espera de
desalfandegamento.  dos amigos e parceiros”, manifes-
“Estes donativos vão para o Mi-
nistério da Saúde, e são consti-
tuídos por camas, colchões e de-
mais materiais hospitalares”, re-
velou ao  A NAÇÃO,  presidente da
FAPH, para quem, “seguramente,
vão ajudar, grandemente, os hos-
pitais”, nesse período de combate
à COVID-19.  ao  A NAÇÃO, revelando que
“O principal problema após a
recolha das doações, na Holanda,
prende-se com os custos de trans-
porte e enchimento dos conten-
tores, que têm de ser pagos logo a
seguir ao processo de arrumação”,
realça Segredo, notando que, des-
ta vez,  “as diligências de desalfan-
degamento” estão a cargo do Mi-
nistério da Saúde.
 “Solidariedade não
faz quarentena!”
 Teresa Segredo, que tem como
“segredo” e lema: “ajudar o seme-
lhante consoante as suas possibi-
lidades”, lembra que “solidarieda-
de não faz quarentena”, pelo que
“as actividades da Fundação con-
tinuaram durante esse período
de COVID-19, continuam e conti-
nuarão, normalmente”, nos próxi-
mos tempos.
“Duante esta situação de CO-
VID-19, e atendendo à   necessi-
dade que o momento exige, tive
que redobrar esforços e trabalho,
com vista a encontrar e mobili-
zar novos parceiros para Cabo
Verde”, remarca Segredo, notan-
do que “a minha forma de agir,
pensar e actuar, em nada alterou
Teresa Segredo
ou vai alterar”.
Realização? 
Um dos maiores desafios de
Teresa Segredo e da Fundação que
lidera “é continuar lutando e mo-
bilizando parcerias” para “o de-
senvolvimento sustentável, equi-
“Neste sentido, peço e espero
contar sempre com o Governo de
Cabo Verde, com vista a ajudar-
-nos no minoramento dos custos
de transporte dos produtos e equi-
pamentos que arrecadamos junto
ta esta activista-enfermeira, que
deixou Cabo Verde, “fisicamente”,
há mais de 30 anos.
Qual a sua maior satisfação?
“Ver cada Projecto realizado e de
pé, ver os sorrisos de amizade e sa-
tisfação em cada beneficiário, seja
ele criança ou adulto”, responde
“sentirei realizada, quando o
sonho de desenvolvimento de
Cabo Verde estiver materializado”. 
 “Sonhadora-optimista”  
“Sonhadora-optimista”– como
se auto-define ao  A NAÇÃO -, Te-
resa Segredo acredita “num Cabo
Verde desenvolvido, onde haja
bem-estar comum e respeito para
todos”.
Para tanto, defende que “deve
haver, em cada um de nós, um bo-
cadinho do nosso próximo, sentir
o anseio do próximo e amar o se-
melhante”, sem se olhar à sua ca-
tegoria nem estatuto social.
“Estes pressupostos são a cha-
ve-mestra para um mundo melhor,
onde todos – e cada um de nós! -de-
vemos dar e repartir o que temos
com quem mais precisa”, ressalta. 
A Fundação de Teresa Segredo
está na origem de várias iniciati-
vas em Cabo Verde, com destaque
para donativos para as áreas da
Saúde, Infância e Educação, Ter-
ceira Idade, Desporto e Ambiente,
cuja “marca mais impacatante” é
a “pioneira” Fábrica de Transfor-
mação de Plásticos em Azulejos,
baseda em Penedo de Janela, no
Paúl (na Ilha de Santo Antão). 
Etc. | Edição nº 665 do A Nação | 28 de Maio de 2020
De Santo Antão para Roterdão 
Natural de Santo António das Pombas, no
Paúl (Santo Antão) Maria Teresa David Segre-
do está em Roterdão (Holanda), há mais de
três décadas.
Mentora e presidente da Fundação dos
Amigos do Paúl na Holanda, enfermeira de
profissão, graças à sua acção e conhecimento
tem “conseguido vários apoios para o desen-
volvimento de Cabo Verde”.
Em reconhecimento ao seu “louvável e
Etc. | Edição nº 665 do A Nação | 28 de Maio de 2020 | 3
PUB
meritório trabalho voluntário”, feito em prol
de Cabo Verde, Segredo foi condecorada e dis-
tinguida, entre outras,  pela Rainha da Ho-
landa (em 2013); Casa Real Holandesa (2014);
e nomeada, em 2017, para o Programa “One
World – World People”. 
Em 2018, Segredo recebe a Medalha de
Mérito, concedida pelo Presidente da Repú-
blica de Cabo Verde, Jorge Carlos Fonseca.
 AS  
4 | Etc. | Edição nº 665 do A Nação | 28 de Maio de 2020
SOCIEDADE
São Vicente
Proprietários de ginásios querem a
reabertura das portas
Ginásio Energia
Eder Castro
C
om o verão às portas,
A maioria dos proprietários dos ginásios de São Vicen- veio à discussão uma
te querem reabrir os seus estabelecimentos e, para tal, eventual reabertura dos
ginásios em São Vicente, à se-
já se reuniram, pelo menos três vezes nos últimos dois melhança das praias balneares,
meses, para estudarem os parâmetros de um eventual porquanto, nessa época do ano,
como é sabido, a procura pelos
regresso à normalidade. A NAÇÃO falou com três desses
ginásios é maior.
proprietários que dão conta dos prejuízos e das pressões Antevendo esse cenário, os
por parte dos seus habituais utentes. proprietários dos seis ginásios
de São Vicente estiveram reu-
nidos nos últimos tempos para
Jason Fortes manifestarem o desejo de rea-
bertura desses estabelecimen-
Etc. | Edição nº 665 do A Nação | 28 de Maio de 2020
Marlon Mota
tos, apesar de não só não ha-
ver ainda uma determinação
governamental nesse sentido,
como também desconhecen-
do-se uma data certa para que
tal acontecça.
Entretanto, esses operado-
res, que se queixam dos efeitos
negativos do encerramento dos
ginásios, já estudam as alter-
nativas e eventuais soluções
caso venham a abrir as portas.
Eder Castro, proprietário do
ginásio Energia, defende a rea-
Aquiles Santos
bertura dos ginásios em São
Vicente para que possam fazer
face ao prejuízo registado du-
rante o Estado de Emergência
e não só, porquanto, neste caso
particular, os prejuízos come-
çaram a registar-se ainda antes
do confinamento ditado pela
Covid-19.
“O ginásio Energia já leva
aproximadamente seis anos de
existência. Antes do Estado de
Emergência, ou seja, no início
de Março, já tínhamos começa-
Etc. | Edição nº 665 do A Nação | 28 de Maio de 2020 Etc. | Edição nº 665 do A Nação | 28 de Maio de 2020 | 5

do a sentir os efeitos da pande-
mia. Começámos a ter menos
frequência do ginásio. Portan-
to, para mim, tendo em conta o
longo período que já temos sem
quaisquer casos de Covid-19 na
ilha, já se justificava a reaber-
tura, ainda que com restrições”,
diz Eder Castro.
Marlon Mota, proprietário
do ginásio Malu Djym, revela
que a paragem teve um peso
enorme a nível financeiro,
quando se sabe, que, além de
viver dos lucros do estabeleci-
mento, tem com ele mais qua-
tro funcionários.
“A questão das dívidas para
pagar aos bancos e as rendas
que muitos têm de 50 a 60 mil
escudos. Se tens família e não
tens como sobreviver, como é
que ficas? Queremos reabrir e
que nos digam quais as condi-
ções para o fazer”, expõe.
Aquiles Santos pede
mais tempo
Aquiles Santos é proprietá-
rio do Ginásio Esperança, si-
tuado na zona de Bela Vista
e um dos mais antigos de São
Vicente, isto é, conta com 40
anos de existêncica.
Contráriamente à maioria
dos seus pares, Aquiles San-
tos considera que ainda não é
o momento certa para a reaber-
tura dos ginásios já que, entre
outras razões nesses espaços
não se pode usar máscaras.
“Desde a situação de calami-
dade, encerrei o meu ginásio. A
fase que ainda estamos a atra-
vessar, temos, primeiramente,
que ver mais pela saúde. Como
vamos começar a ter a vinda de
cabo-verdianos de França, Por-
tugal, EUA e outros países, o me-
lhor será dar um tempo para que
possamos ver como a situação
pode ficar. Neste momento, não
é aconselhável abrir os ginásios,
porque, nesses espaços, não po-
deremos usar máscaras”, explica.
À semelhança dos demais
proprietários de ginásios con-
tactados pelo A NAÇÃO, Aqui-
les Santos confirma que tam-
bém vem sendo pressionado
pelos seus utentes visando a
reabertura do espaço, mas tem
mantido a convicta postura de
que o melhor é continuar com
as portas fechadas.
“Realmente, a maioria dos
frequentadores já está acostu-
mada e, a todo o momento, faz
pressão para abrirmos o giná-
sio, mas eu já tenho maturidade
suficiente para ver que primei-
ro é garantir a saúde e depois a
reabertura do ginásio”, conclui.
Reunião de proprietários
A NAÇÃO apurou que, desde Governo desmente documento
com calendário de medidas de
a declaração do primeiro Esta-
do de Emergência, a 28 de Mar-
ço, os proprietários de ginásios já
se reuniram em pelo menos três desconfinamento
ocasiões para estudarem os parâ-
metros de um eventual regresso Na última semana, este- tinha autorização para o
à normalidade. ve a circular, nas redes so- funcionamento de bares e
ciais, um documento não restaurantes até depois das
Na sequência desses econtros
oficial com o calendário 21 horas, a partir do dia 1 de
foi elaborado um documento das medidas de desconfina- Junho e, também, a autori-
com propostas dirigidas à Direc- mento. zação para a reabertura dos
ção Nacional de Saúde no senti- Tendo em conta as vá- ginásios do dia 1 de Julho
do desta entidade poder vir a au- rias partilhas que o referi- em diante.
torizar a reabertura dos ginásios. do documento foi tendo e a No seu comunicado, o
Segundo Éder Castro, até à data desinfirmação que terá ge- Governo informou que,
desta reportagem, não obtiveram rado, o Governo emitiu um no momento certo, comu-
comunicado dizendo que nicará ao país o plano de
quaisquer resposta. esse documento não era ofi- desconfinamento, ou seja,
Do rol de sugestões constam, cial e que sequer tinha sido “quando forem criadas to-
por exemplo, uma considerável emitido pelo Governo. das as condições para o
diminuição do número de uten- Entre outros aspectos, efeito”. 
tes, a definição de um períme- o referido documento con- JF
tro de dois metros para perma-
nência de cada utente e tam-
bém a definição de escalas e
horários para aqueles que esti-
verem interessados em frequen-
tar ginásios.
“No caso do ginásio Energia,
eu teria aqui dentro oito utentes
por hora. No início, as pessoas ti-
nham que estar sensibilizadas.
Teriamos álcool-gel constante-
mente aqui para que, o próprio
cliente, ao se levantar, da máqui-
na que estiver a usar, possa lim-
pá-la”, sugere Eder Castro.

Vox populi
Jeniffer Ferreira – Avenida 5 de Julho William da Luz - Fonte Inês
Concordo com a reabertura dos ginásios, mas Estou totalmente de acordo pois é
isso implicaria a adopção de medidas de seguran- o único lugar onde depois do trabalho
ça e implementação de algum sistema de controlo eu consigo aliviar o estresse. Porém,
de acesso às instalações para garantir que não haja desde que os ginásio  sigam as regras
aglomerações. estipuladas pelo Ministério da Saú-
Os ginásios deveriam implementar recomenda- de, mantendo a segurança e a higiene
ções sobre o uso de equipamentos, a sua imediata dos clientes e funcionários tudo cor-
higienização e a proibição do uso a dois. As aulas rerá bem.
de grupos devem ser intervaladas com períodos Até agora São Vicente não registou
mínimos para permitir a higienização e arejamen- mais casos de Covid-19 o que nos co-
to dos espaços. Também deveria ser feita a reco- loca numa boa posição para evitar a
mendação dos dois metros de distanciamento en- propagação desta pandemia.
tre utentes.
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DESPORTO

Sempre vestiu a camisola da Académica com orgulho

Jorge Humberto

O primeiro cabo-verdiano Equipa da Académica

a brilhar na Itália... telegrama a confirmar o interesse

dos italianos.
Jorge Humberto já frequenta-
va o quinto ano. Sentiu que podia
esperar. E que a oportunidade que
Helenio Herrera conhecia-o de quando treinou o Belenenses. Levou-o para o In- lhe ofereciam era rara, muito rara.
ter de Milão. Com o limite de dois estrangeiros esgotado, inventaram-lhe um pai Só um português jogara em Itá-
lia até então: Francisco dos San-
italiano. Foi o segundo internacional “português” a jogar na Itália. Jorge Hum-
tos, casapiano, escultor, que apro-
berto, cabo-verdiano, nascido em São Vicente, há muito radicado em Macau, cuja veitando uma fase de estudos em
história A NAÇÃO retoma a partir de um artigo do jornal “i”, com a devida vénia. Roma alinhou pela equipa da La-
zio. Mas isso fora em 1907.
Afonso de Melo Em Milão-Itália
afonso.melo@ionline.pt
Em Milão, Helenio Herrera e
concluir a cadeira em atraso de
Patologia Cirúrgica.
O Inter lidava com um proble-
ma. Convidara Jorge Humber-
to, vira-o ser aprovado no exame
com toda a distinção, mas já ti-
nha os postos dos dois estrangei-
ros permitidos por equipa ocupa-
dos pelo espanhol Suárez e pelo
inglês Garry Hitchens. Restava
uma porta aberta pela federação:
a de poder inscrever um oriundo,
ou seja, um estrangeiro de ascen-
dên- cia italiana.
RAGGI! A direção de Ange-
lo Moratti deitou mãos à obra.

C
hegou a Coimbra em ou-
tubro de 1955, vindo do
Mindelo, ilha de São Vi-
cente, em Cabo Verde, onde estu-
dava no Liceu Gil Eanes e jogava
na Académica do Mindelo. Com
apenas 17 anos, abria-se-lhe um
mundo novo.
Chamava-se Jorge Humberto
Gomes Nobre de Morais e não tar-
dou a marcar três golos ao União
de Coimbra pela equipa de junio-
res da Académica. Era um daque-
les fulanos que pareciam saber
sempre o lugar certo onde estar.
No ano seguinte, Cândido de Oli-
veira apostou em Jorge Humber-
to para as primeiras categorias.
Lesionou-se em Olhão. Ficou três
meses sem jogar, mas a equipa
continuou à sua espera.
Tinha uma capacidade de des-
marcação impressionante e uma
velocidade supersónica. Ainda
por cima, marcava golos de vez
em quando. Não era um avançado
como Manuel António ou, depois,
Artur Jorge. Preferia não se confi-
nar ao espaço, para ele curto, da
grande área.
Em julho de 1961, Jorge Hum-
berto vivia na Rua do Norte, 23,
rés-do-chão, ali junto à Sé Velha,
com outros colegas estudantes.
Aos 23 anos, o seu fito era concluir
o curso de Medicina. Foi então
que o telefone tocou. Chamada in-
terurbana, de Milão. Helenio Her-
rera do outro lado do fio. Fora trei-
nador do Belenenses, estava então
no Inter. Helenio queria que Jorge
fosse a Itália fazer um jogo à ex-
periência, com o objetivo de fazer
parte da equipa milanesa. O rapaz
pensou que era uma brincadeira e
desligou. Um minuto depois, o te-
lefone voltou a tocar. O treinador
estava furibundo. Iria mandar um
Luis Suárez, o grande jogador es-
panhol que pertencera ao Bar-
celona, esperavam por Jorge no
aeroporto. No dia seguinte, este
entrou no Estádio de San Siro en-
vergando a camisola do Inter para
fazer o seu teste frente ao Spar-
tak Subotica, da Jugoslávia. A seu
lado jogavam Buffon e Picchi, Fe-
chetti, Corso, Suárez e Mazzola...
O moço do Mindelo não se atra-
palhou. Continuava a saber estar
no lugar certo à hora certa. O Inter
venceu por 5-1, Suárez fez um jogo
tremendo e ofereceu três golos a
Jorge Humberto. Este recebeu seis
contos e voltou a Coimbra para
Aproveitando o facto de o regis-
to de nascimento de Jorge Hum-
berto ser bastante incompleto –
tinha como data 17 de fevereiro
de 1938, depois rasurada para 7,
e pai incógnito – , a máquina do
Inter não falhou.
A Gazzetta dello Sport noticiou:
“Si è trovato il padre di Humberto,
il giocatore verrà presto italiani-
zzato diventando oriundo a tutti
gli effetti”. O pai era um milanês
chamado Vittorio Raggi que con-
firmou, perante um notário, que
Jorge nascera de uma relação que
tivera com Maria Antónia Gomes.
À sua revelia, Jorge Humber-
Etc. | Edição nº 665 do A Nação | 28 de Maio de 2020 Etc. | Edição nº 665 do A Nação | 28 de Maio de 2020 | 7

to tornou-se, para a Federação

Italiana, Giorgio Raggi. E Raggi
perdeu-se no Inter. Helenio Her-
rera só lhe deu duas oportuni-
dades no campeonato. Sobrou a
Taça das Feiras. Num jogo de de-
sempate frente ao Colónia mar-
cou três golos na vitória interis-
ta por 5-3. Na ronda seguinte,
frente ao Hearts, marcou o úni-
co golo da vitória na Escócia (1-
0) e mais um na segunda mão
(4-0). Em seguida, o Inter cairia
aos pés do Valência.
Jorge, transformado em Raggi,
suportou a habitual ingratidão
de Herrera. O Vicenza ofereceu
ao Inter 30 milhões de liras pelo
português e este passou mais
dois anos no campeonato de Itá-
lia, no primeiro como suplente do
avançado brasileiro Vinício, mar-
cando quatro golos em 17 jogos
– um deles à Juventus – , no se-
gundo desaparecendo quase por
completo: oito jogos e um golo.
Voltou a Coimbra e à Acadé-
mica, jogando entre 1964 e 1966.
Viajou de Vicenza para Portugal
de automóvel, sem pompa. Ter-
minou o curso e foi ser pediatra
em Macau. Ainda lá está. Mas
Assinou pelo Inter de Milão
não é mais Raggi.
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SOCIEDADE

Santa Catarina

Ossadas humanas encontradas na “Igreja de Baixo”

O Instituto do Património Cultural (IPC) tem em

mãos um conjunto de ossadas humanas, nomeada-
mente crânios, descobertas no decurso das escava-
ções na Igreja Matriz de Santa Catarina, “Igreja de
Baixo”, em Cabeça Carreira. Também foram encon-
trados, rosários e objectos de cerâmica.

Silvino Monteiro

N
o decorrer das obras de
requalificação da Igreja
de Santa Catarina, mais
conhecida por Igreja de Baixo,
operários no local se depararam
com crânios humanos e objectos
como contas de rosários e peças
de cerâmica.
Conforme relato da arqueólo-
ga Nereida Pereira, os trabalha-
dores baixaram o nível do terre-
no um pouco abaixo do que esta-
va previsto e, nisso, começaram
a identificar pedaços de ossos e
crânio completo de ser humano.
“Fomos avisados e dirigimos
ao local, onde fizemos uma pe-
quena sondagem de reconheci-
mento no interior da igreja no
sentido de definir como fazer os
trabalhos”.
Pereira diz ainda que, infeliz-
mente, a equipa do IPC encon-
trou um “contexto” muito reme-
xido, o que não permitiu identifi-
car a estratigrafia e a sua comple-
xidade, dado que a terra do local
foi bastante removida.
Crânios em bom estado
de conservação
“Não encontrámos nenhum
esqueleto por inteiro. Encon-
tramos, sim, ossos espalhados.
Pensamos ser uma deposição
secundária, ou seja, ossos en-
terrados num sítio e depois re-
movidos e colocados em mon-
te. Podemos também identifi-
car várias partes soltas, desig-
nadamente, três crânios com-
pletos em bom estado de con-
servação”, frisa.
Conforme aquela fonte, para
além dos ossos, foram também
encontrados contas de rosário
e outros objectos antigos.
“Antigamente, quando as
pessoas faleciam, havia o cos-
tume de colocar rosários, pe-
ças de cerâmica e outros per-
tences pessoais dos falecidos
dentro da sepultura, deve ter
sido isso que aconteceu”.
No caso das ossadas, a sua
origem ou a quem terão per-
tencido é algo que se perde
no tempo, sem esquecer que a
igreja em questão data do sé-
culo XIX.
“Não podemos dizer se os
ossos e os obejctos encontra-
dos pertenciam a pessoas li-
gadas ao Clero ou não. O con-
texto não nos permitiu averi-
guar a forma como os corpos e
os objectos foram sepultados.
Como já disse, os esqueletos
não estavam conectados”. Inaugurações de capelas em breve
Contudo, pelo cenário en-
contrado, Nereida Pereira ad-
mite que, provavelmente, em O presidente do IPC, Jair Municipal de São Miguel.
todo o interior da igreja, terá Fernandes, revelou ao A NA- Importa salientar que, no
havido sepultamentos e até ÇÃO que a “inauguração” das decorrer das obras de requali-
capelas de Nossa Senhora da ficações da capela de Flamen-
mesmo à volta da igreja.
Imaculada Conceição e Nossa gos e das escavações realiza-
“Normalmente, nas igrejas Senhora de Socorro, na Acha- das pelo IPC, também foram
antigas, é costume encontrar da Pizarra, ambas no concelho encontrados vários ossos hu-
ossadas humandas. Isso acon- de São Miguel, no interior de manos.
teceu, já, nas igrejas na Cida- Santiago, estão previstas para E, pela forma que os esque-
de Velha e na Capela de Fla- primeira quinzena de Junho. letos estavam, de rosto para
mengos, no concelho de São As requalificações das duas cima e voltados para o altar,
Miguel”. capelas foram financiadas Tudo indica tratar-se de pes-
pelo Governo no âmbito do soas ligadas ao clero.
Importa referir que, cons- Programa de Reabilitação, Re- As inaugurações das requa-
truída no século XIX, a Igre- qualificação e Acessibilidade lificações das duas capelas es-
ja de Santa Catarina está em (PRRA). E, neste caso, conta- tão previstas para 12 de Junho.
obras de requalificação desde ram com a parceria da Câmara SM
meados de Março deste ano.
Os trabalhos estiveram sus-
pensos por causa do Estado
de Emergência e foram reto-
mados há duas semanas. As
obras decorrem no âmbito
do Programa de Reabilitação,
Requalificação e Acessibili-
dade (PRRA), financiado na
sua totalidade pelo governo Jair Fernandes
de Cabo Verde.
0 PUBLICIDADE A Nação | Nº 665 | 28 de Maio de 2020 | 9
10 | Etc. | Edição nº 665 do A Nação | 28 de Maio de 2020
OPINIÃO
Teletrabalho definitivo,
porque não?
Natacha Magalhães O dia em que tudo mudou
Uma das consequências mais notó-
rias da pandemia causada pelo covid19
foi a adoção do sistema de teletrabalho.
Olhar 15 Várias foram as instituições que, assim
que foi decretado o primeiro estado de
“
emergência, se organizaram e criaram
condições – computador e ligação à in-
ternet - para que os seus colaboradores
pudessem, a partir de casa, cumprir ta-
refas previamente atribuídas.
Muitos foram os trabalhadores que,
cumprindo as medidas de confinamen-
O país deve, sem to, asseguraram, a partir de suas casas,
que os processos continuassem para
receios, aproveitar que outras tantas pudessem ter acesso
serviços e bens.
a maré que se É justo reconhecer o trabalho abne-
criou e avançar gado de dezenas deles, particularmente
os que trabalharam para assegurar que
definitivamente para todas as pessoas inscritas no Cadastro
o teletrabalho. O Social e não só, pudessem beneficiar
das medidas delineadas pelo Governo.
discurso propagado Porém, aproveito para fazer aqui um
parênteses para reconhecer os outros
de que precisamos de que, dada as funções muito específicas
ser mais eficientes que exercem, não puderam permane-
cer no confinamento e, arriscando a sua
e produtivos pode saúde, trabalharam durante todo este
encontrar resposta tempo para permitir que o país não pa-
rasse e nós os outros tivéssemos acesso
nesse novo modelo, a bens essenciais ao nosso dia a dia.
claro está, com
todas as condições
propiciadas ao
colaborador, e,
simultaneamente,
com mecanismos de
“ Refiro-me concretamente aos pro-
fissionais das empresas de eletricidade,
água, gás, telecomunicações, entre ou-
tras, não deixando de frisar os agentes
da segurança e ordem publicas (as polí-
cias), o Serviço Nacional de Proteção Ci-
vil e Bombeiros, o Serviço Nacional de
Saúde
Aproveitar a maré
regulação e avaliação
Dizia que as nossas casas foram
transformadas em mini escritórios,
nossas salas em gabinetes. Troca-
ram-se ficheiros, realizaram-se reu-
niões através de plataformas como
o Skype ou o Zoom. Trata-se de um
contexto que abre oportunidade a
uma nova forma de trabalho, alterna-
tiva às tradicionais relações laborais,
nem sempre traduzidas naquilo que
é essencial, nomeadamente ganhos
de eficácia e de produtividade.
Num contexto em que teremos
que mudar quase por completo as
nossas vidas, o teletrabalho é um re-
curso que deve ser encarado como
uma oportunidade para se criar no-
vos processos firmados em objetivos
claros, definidos e pactuados entre as
partes, e uma alternativa para alguns
setores, que irá permitir, inclusive,
reduzir custos do funcionamento da
maquina laboral, nomeadamente de
eletricidade, água, internet, mate-
riais, de limpeza e consumíveis, en-
tre outros.
O país deve, sem receios, aprovei-
tar a maré que se criou e avançar de-
finitivamente para o teletrabalho. O
discurso propagado de que precisa-
mos de ser mais eficientes e produ-
tivos pode encontrar resposta nesse
novo modelo, claro está, com todas as
condições propiciadas ao colabora-
dor, e, simultaneamente, com meca-
nismos de regulação e avaliação.
O mote já está dado. O próprio vi-
ce-primeiro-ministro e ministro das
Finanças reconheceu, durante o se-
gundo Estado de Emergência, que a
máquina pública esteve mais eficien-
te e mais rápida, tendo registado “re-
sultados extraordinários”, não obstan-
te ter “muito menos gente a laborar”.
Ouvir isso de um governante,
mormente o responsável pela Ad-
ministração Pública, é sinal ani-
mador e deve constituir um incen-
Etc. | Edição nº 665 do A Nação | 28 de Maio de 2020
tivo para mais organizações. Trata-
-se de uma dinâmica que é preciso
aproveitar e dar continuidade, à se-
melhança do que vem acontecendo
em outros países.
Adeus às velhas praticas.
A hora de prestar contas
Para além disso, importa que to-
dos aqueles que decidem sobre essas
matérias saibam que para além dos
ganhos de produtividade, o teletraba-
lho traz ganhos a nível da qualidade
de vida das pessoas, ao eliminar cau-
sas propiciadoras de stress como a
pressão de ter que cumprir o horário
de entrada, o trânsito, os transportes
públicos, entre outras. E não é preci-
so ser-se psicólogo para se saber que
trabalhadores emocionalmente equi-
librados produzem mais e melhor, e
estarão mais aptos a identificarem-
-se com a missão e os valores das
suas intuições.
Todavia, para que isso seja rea-
lidade no país, é preciso, antes de
mais, que se acabe com determina-
das práticas enraizadas. As lideran-
ças devem abandonar práticas de li-
derança focadas na monitorização e
controlo e passar a confiar mais nos
seus colaboradores; é essencial que
lideranças deleguem, confiem, orien-
tem e peçam contas para que possam
avaliar a produtividade de cada cola-
borador.
Já não faz sentido manter cola-
boradores, no posto de trabalho, oito
horas por dia, se a estes não forem
dadas tarefas claras, com prazos de
execução definidos e recursos neces-
sários; não faz sentido manter fun-
cionários em gabinetes, gastando re-
cursos, quando poderia estar, em sua
casa, produzindo e apresentando re-
sultados. Sim, talvez seja isso o maior
desafio que nesse momento se impõe
a esta nova modalidade laboral: a
prestação de contas.
Não sendo a prestação de contas
uma prática corrente no país – bas-
ta ver que a maior parte das institui-
ções públicas não aplica o Sistema de
Avaliação de Desempenho, obrigató-
ria para efeitos de progresso e promo-
ção na carreira –, o teletrabalho só re-
sultaria na plenitude e com saldo po-
sitivo se, juntamente com as tarefas
e os recursos essenciais, fosse imple-
mentado a accountability.
Mas tudo isso são questões que
terão que ser equacionadas no qua-
dro de uma revisão do código laboral
com a participação de empregadores
e sindicatos, para que instituições
não incorram na tentação de querer
penalizar, sem coberto legal, colabo-
radores que incumprirem. Esse será
talvez o maior desafio do teletraba-
lho, mas que é essencial que se equa-
cione.
A par das condições criadas é fun-
damental que haja, não um sistema
de controlo, mas sim um que force
cada colaborador a prestar contas das
suas tarefas e, em caso de incumpri-
mento, ser alvo de penalizações, sem-
pre à luz da lei.
Temos que ousar e inovar em
tudo. Mudar não só o estilo de vida,
mas igualmente de trabalho. Pode-
mos ir começando à experiência. Já
embalámos, agora é ir seguindo. E
pelo caminho, as instituições, pú-
blicas e privadas, podem sempre ir
analisando e avaliando os ganhos
quer de produtividade quer de mo-
tivação dos seus colaboradores. Do-
ravante, devemos fazer-nos valer da
máxima “vislumbrar na crise uma
oportunidade”.
PUB
Etc. | Edição nº 665 do A Nação | 28 de Maio de 2020
Prato cheio
Doce de Azedinha
(Receita: Nham Nham Sabores de Cabo Verde)
Ingredientes
- 1 kg de azedinha / groselha
- 800 gramas de açúcar
- 2 colheres de sopa de vinho moscatel (opcional)
- Água q.b.
Modo de preparação
1- Coloque as azedinhas de véspera
em água para retirar um pouco da
acidez.
2- No dia seguinte, deite a água fora
coloque mais água e leve-as ao lume.
3- Depois de cozinhadas, escorra a
água.
4- Num tacho, coloque as azedinhas,
acrescente o açúcar e leve ao lume até
Talento
Léo Oliveira é um jovem maquiador, ma-
nicure e modelo mindelense, que descobriu
a sua paixão por maquiagem ainda adoles-
cente, aos 13 anos, assistindo programas de
moda na televisão. Encantado pelas trans-
formações que via acontecer nos modelos,
Leo começou a reproduzir o que via, utili-
zando a maquiagem da mãe e da irmã mais
velha.
“Eu ficava em casa sozinho e sempre as-
sistia vídeos e tentava reproduzi-los em
mim mesmo”, conta o jovem, que desenvol-
veu a aperfeiçoou a sua técnica, mesmo sem
diploma de nenhuma formação na área.
Actualmente Léo não vê a maquiagem
como o seu trabalho, mas como um hobby,
ganharem a consistência e a cor dese-
jada, mexendo de vez em quando;
5- A seguir, junte o moscatel e deixe ao
lume brando por mais 10 minutos.
6- Quando o doce estiver apurado
deixe arrefecer e reserve-o num reci-
piente seco.
Dica: para perfumar, coloque casa de
laranja e canela
que entretanto, diz, não é valorizado. “As
pessoas acham caro, mas não é por causa
disso que vou deixar de fazer aquilo que eu
gosto. Eu tenho as minhas clientes, elas gos-
tam e confiam no meu trabalho”, argumen-
ta.
Apesar de alguns obstáculos no início,
nomeadamente a falta de confiança por ser
iniciante na área, Léo diz que nunca encon-
trou dificuldades em fazer maquiagem por
ser homem e por exercer uma função que so-
cialmente, e até de forma preconceituosa, é
vista como sendo das mulheres. “Os grandes
maquiadores do mundo são, inclusive, ho-
mens”, recorda.
“A maquiagem me transmite a sensação
Etc. | Edição nº 665 do A Nação | 28 de Maio de 2020 | 11
VARIEDADES
Caça-palavras
Encontre o nome de dez
capitais africanas:
SOLUÇÕES:
LIMA
FERNANDES
FORTES
SEMEDO
GOMES
SANTOS
SILVA
TAVARES
MONTEIRO
LOPES
Jogo das Sete Diferenças
de poder. A moda, para mim, é mais do que
uma arte. Através dela expresso quem eu
sou e consigo criar personagens”, conta Léo
Oliveira, que diz ainda que qualquer pes-
soa com uma maquiagem bem feita se sente
mais bonita, confiante e poderosa.
Além da maquiagem, Léo também é ma-
nicure, profissão que exerce no dia a dia e da
qual tira o seu sustento.
Entre os seus grandes trabalhos constam
eventos como concurso de misses, desfiles
de moda, casamentos, festas de carnaval, en-
tre outros.
Com olhos no futuro, o jovem idealiza
uma formação profissional e ter a sua pró-
pria marca de cosméticos.
12 | Etc. | Edição nº 665 do A Nação | 28 de Maio de 2020 PUBLICIDADE
Etc. | Edição nº 665 d
| PPN | Edição nº 665 do A Nação | 28 de Maio de 2020 Parte integrante da edição nº 665 do A Nação de 28 dePPN
Maio de 2020.
| Edição Nãodopode
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Gerador Aslo Silencioso 5 KVA: 85.000,00 ECV

UPS: 25.000 ECV UPS: 25.000 ECV

Jantes: 5.000 ECV unidade Sistema completo de video vigilância, com 16 câmeras IP: 75.000,00- ECV
Classificados | Edição nº 665 do A Nação | 28 de Maio de 2020 Parte integrante da edição nº 665 do A Nação de 28 de Maio
Classificados
GCP/CVI/046/EC – Trabalhos de reabilitação do viveiro de Monte Velha,
ilha do Fogo
A Representação da FAO em Cabo Verde, anuncia que está aberto o concurso
para obras de reabilitação do viveiro florestal em Monte Velha - Ilha do Fogo.
Estão para o efeito convidadas a apresentar propostas, todas as empresas legal-
mente constituídas e com experiência comprovada.
O Dossier de Anúncio de Concurso (Invitation à Soumissionner - ITB), demais
documentos e informações relacionadas com o concurso poderão ser obtidas no
seguinte endereço: https://www.ungm.org/Public/Notice.
As propostas devem ser entregues conforme instruções existentes nos dossiers de
concurso através do endereço https://www.ungm.org/Public/Notice, até ao dia
08 de Junho de 2020 às 12h00 (hora de Cabo Verde). Após esse prazo, não será
aceite nenhuma proposta.
É garantida a confidencialidade sobre todos os documentos enviados juntamente
com as propostas.
A Representação da FAO em Cabo Verde, reserva-se o direito de anular o con-
curso, caso as propostas concorrentes não apresentarem as condições mínimas
estipuladas no Dossier de Anúncio de Concurso (ITB).
A única visita guiada ao local aonde serão realizados os trabalhos é obrigatória. A
visita será feita no dia 26 de Maio de 2020, às 10 horas da manhã a partir da
Delegação do Ministérios de Agricultura e Ambiente em Mosteiros.
Ministério da Saúde e
da Segurança Social
HOSPITAL DR. BAPTISTA DE SOUSA
Auto de Abandono de lugar/ Acusação
Pela presente informa-se, o Sr. Fredericson Pires Costa, solteiro, natural de S. Vicente, e
residente nesta Cidade, Ajudante Serviços Gerais (Apoio Operacional Nível I) do Hospital
Baptista de Sousa, que lhe foi instaurado um processo disciplinar por abandono de lugar,
tendo sido deduzida acusação em que lhe é imputada a infração prevista no artigo 244º do
Código Laboral, porquanto vem faltando ao serviço de forma ininterrupta sem justificar as
faltas e dar notícia, 28 de Abril até presente data.
A infração referida constitui motivo para se entender que se desvinculou do serviço, consti-
tuindo por isso justa causa de despedimento - artigo 2450 do Código Laboral
Mais se informa que querendo apresentar a sua defesa deverá fazê-lo no prazo de vinte dias,
contado a partir do oitavo dia posterior a data desta publicação.
Mindelo, aos 25 dias de Maio de 2020.
Classificados de 2020.
| Edição nº 665Não
do Apode ser|vendido
Nação de 2020 | I
separadamente.
28 de Maio
GCP/CVI/046/EC - Trabalhos de reabilitação dos viveiros de Rui Vaz,
Tarrafal de Santiago e INIDA
A Representação da FAO em Cabo Verde, anuncia que está aberto o concurso
para obras de reabilitação dos viveiros florestais na ilha de Santiago (INIDA, Rui
Vaz e Tarrafal).
Estão para o efeito convidadas a apresentar propostas, todas as empresas legal-
mente constituídas e com experiência comprovada.
O Dossier de Anúncio de Concurso (Invitation à Soumissionner - ITB), demais
documentos e informações relacionadas com o concurso poderão ser obtidas no
seguinte endereço: https://www.ungm.org/Public/Notice.
As propostas devem ser entregues conforme instruções existentes nos dossiers de
concurso através do endereço https://www.ungm.org/Public/Notice, até ao dia
18 de Junho de 2020 às 12h00 (hora de Cabo Verde). Após esse prazo, não será
aceite nenhuma proposta.
É garantida a confidencialidade sobre todos os documentos enviados juntamente
com as propostas.
A Representação da FAO em Cabo Verde, reserva-se o direito de anular o con-
curso, caso as propostas concorrentes não apresentarem as condições mínimas
estipuladas no Dossier de Anúncio de Concurso (ITB).
A única visita guiada ao local aonde serão realizados os trabalhos é obrigatória. A
visita será feita no dia 08 de Junho de 2020, às 08 horas da manhã a partir do
escritório da Representação da FAO – Achada Santo António - Santiago.
RÁDIO TELEVISÃO CABO-VERDIANA
ABANDONO DE TRABALHO
A RÁDIO TELEVISÃO CABOVERDIANA, S.A. (RTC), com sede social na Rua
13 de Janeiro, cidade da Praia, Cabo Verde, Caixa Postal nº 1/A, notifica a senhora
LENIRA DA CONCEIÇÃO LOPES TAVARES, arquivista, colaboradora da insti-
tuição, ausente do serviço desde o dia 1 de Fevereiro de 2020, que terá um prazo de 08
dias úteis, a partir da publicação deste aviso, para apresentar a justificação da sua au-
sência prolongada, nos termos da lei, sob pena de a conduta ser considerada, conforme
o artigo 244º do Código Laboral de Cabo Verde, aprovado pelo Decreto - Legislativo
nº 5/2007, de 16 de Outubro, como abandono de lugar de trabalho, considerando-
-se, para todos os efeitos legais, desvinculada do contrato desde o primeiro dia em que
deixou de comparecer ao serviço, nos termos do artigo 245º do mesmo diploma legal.
Praia, 21 de Maio de 2020.
2 | Classificados | Edição nº 665 do A Nação | 28 de Maio de 2020 Classificados | Edição nº 665 do A Nação | 28 de Maio de 2020

CONVOCATÓRIA

Nos termos legais e estatutários, são convocados, os Senhores Accionistas da

sociedade BAI CABO VERDE S.A., com sede no Edifício BAICenter, R/C, Chã
ANÚNCIO D’ Areia, Cidade da Praia, a reunirem em Assembleia-Geral Anual, que se rea-
lizará no dia 15 de Junho de 2020, às 10h00, com a seguinte ordem de trabalho:

A Watercare, Tratamento de Águas Lda faz saber ao trabalhador Dominik Micael
Tavares Almeida, nascido a 09-11-1994, que se considera o seu abandono de
local de trabalho com base no artigo 244 do Código de Trabalho Cabo Verdiano
e que este abandono é considerado desde o dia 20 de Março de 2020, uma vez
que desde este dia o trabalhador deixou de comparecer ao serviço. Para todos os
efeitos legais e com base no artigo 245 do Código de Trabalho Cabo Verdiano,
o trabalhador encontra-se desvinculado do contrato celebrado desde o dia 20 de
Março de 2020.
1. Apreciar e deliberar sobre o Relatório de Gestão, e Contas do exercício
findo a 31 de Dezembro de 2019, Relatórios de Auditoria Externa e do
Conselho Fiscal.
2. Apreciar e deliberar sobre a proposta de aplicação de resultado do exercí-
cio findo a 31 de Dezembro de 2019.
3. Proceder à apreciação geral da administração e fiscalização da sociedade.
4. Apreciar e deliberar sobre o Relatório Anual de Governo Societário 2019.
5. Apreciar e deliberar sobre a proposta de substituição do Secretário da Mesa
da Assembleia Geral, até ao final do período de mandato (2017/2021).
6. Outras informações de interesse para a sociedade.

Nuno Justino Atendendo ao actual contexto de Estado de Emergência, motivado pela situa-
Gerente ção epidemiológica que o País atravessa, a Assembleia-Geral Anual da sociedade
BAI CABO VERDE S.A. será realizada exclusivamente através de meios telemá-
ticos, nos termos do disposto na alínea b) do n.º 6 do artigo 298º do Código das
Sociedades Comerciais, com recurso ao software Microsoft Teams.

Cada accionista receberá a informação necessária para a sua participação na reu-

nião da Assembleia-Geral Anual por meios telemáticos e, terão acesso à transmis-
são em directo e dos registos do vídeo e áudio da reunião para poder deliberar nos
termos da presente convocatória.

Consigna-se o relatório de gestão, as contas do exercício e os demais documentos

COMUNICADO
DATA: 20/05/2020
ASSUNTO: Comunicação da relação de acionistas do Banco BAI Cabo Verde S.A.
O BANCO BAI CABO VERDE, S.A. com sede no edifício BAICENTER, R/C,
Chã D’ Areia, na cidade da Praia, matriculado na Conservatória dos Registos Predial,
Comercial e Automóvel da Praia sob o nº 2728/2008/03/31, com capital social de ECV
1.430.795.000,00 (Mil Quatrocentos e Trinta Milhões, Setecentos e Noventa e Cin-
co Mil Escudos), NIF 254746420, vem pelo presente, em cumprimento do disposto,
no nº 1 do artigo 53º da Lei 62/VIII/2014, de 23 de Abril, divulgar a identidade dos
accionistas detentores de participações superiores a 2%, e o montante das respectivas
participações:
de prestação de contas, incluindo a certificação legal de contas pelo Auditor Ex-
terno, e o parecer do Conselho Fiscal, os quais ficam à disposição dos Senhores
Accionistas, para consulta, a partir da presente data.
Os accionistas poderão fazer-se representar, na reunião da Assembleia Geral, por
pessoa a quem a lei imperativa atribua esse direito, com observância do previsto
nos Estatutos, e nos termos dos artigos 300º e 301º do Código das Sociedades
Comerciais.
As representações previstas no parágrafo antecedente devem ser comunicadas,
por escrito, ao Presidente da Mesa da Assembleia Geral e o (s) respectivo (s) ins-
trumento (s) entregue (s) na sede da sociedade, até ao início da sessão.

ACCIONISTAS % MONTANTE (ECV) Nº ACÇÕES Os membros dos Órgãos Sociais, que não sejam accionistas, poderão participar
Banco Angolano de
na reunião da Assembleia Geral, mas sem direito a voto.
83,85% ECV 1.199.737.000,00 1.199.737
Investimentos, S.A.
Sonangol Cabo Verde –
Sociedade de Investimentos, S.A. 13,45% ECV 192.505.000,00 192.505 Cidade da Praia, 20 de Maio de 2020.
SOGEI – Sociedade de Gestão 2,70% ECV 38.553.000,00 38.553
Investimentos S.A
TOTAL 100,00% ECV 1.430.795.000,00 1.430.795
* Cada acção tem o valor nominal de CVE 1.000$00 (mil escudos).
Classificados | Edição nº 665 do A Nação | 28 de Maio de 2020
Ministério das Infra-Estruturas, do
Ordenamento do Território e Habitação
ANÚNCIO DE CONCURSO PÚBLICO Nº
26/2020 _IMS_MJT_ SV/CPN
“EMPREITADA DE REMODELAÇÃO DO EDIFICIO AFETO AO
CARTÓRIO E CONSERVATÓRIA DOS REGISTOS PREDIAL,
COMERCIAL E AUTOMÓVEL DE SÃO VICENTE, ILHA DE
SÃO VICENTE”
1. Entidade Adjudicante
Infraestruturas de Cabo Verde, SA (ICV, SA).
2. Entidade responsável pela condução do procedimento
Direção de Projetos e Concursos (DPC) da Infraestruturas de Cabo Verde, Mi-
nistério das Infraestruturas, Ordenamento do Território e Habitação (MIOTH).
3. Entidade financiadora
As despesas inerentes à celebração do contrato são financiadas pelo Governo de
Cabo Verde.
4. Objeto do concurso
Execução da Empreitada de Remodelação do Edifício afeto ao Cartório e Con-
servatória dos Registos Predial, Comercial e Automóvel de São Vicente, Ilha de
São Vicente.
5. Prazo de execução de obra
O prazo de execução será de 6 (seis) meses, a contar da data da consignação da
obra.
6. Preço Base
O preço proposto não pode exceder o preço base de 25.000.000,00 CVE (vinte
e cinco milhões de escudos cabo-verdianos).
7. Obtenção e custo dos documentos do Concurso
Os documentos do concurso, em língua Portuguesa, estarão disponíveis no en-
dereço via email: infra.concursos@infraestruturas.cv, entre as 08h30 e às 16h00,
mediante o pagamento do montante de 30.000,00 CVE (trinta mil escudos) c/
IVA, por meio de depósito na conta corrente a indicar pelos serviços de contabi-
lidade. Para submissão das propostas cada concorrente terá de adquirir o dossier
sob pena de não admissão.
8. Requisitos de admissão
Podem ser admitidas as empresas nacionais que não se encontrem em nenhuma
das situações referidas no artigo 70º do Código da Contratação Pública e deten-
tores de alvará de 1 ª classe ou superior.
9. Prazo de manutenção das propostas
Os concorrentes ficam vinculados à manutenção das propostas pelo prazo de 90
(noventa) dias a contar da data de abertura das mesmas.
10. Entrega das Propostas
As propostas deverão ser enviadas até às 23:59:59 do dia 7 de Julho de 2020,
para o email: infra.concursos@infraestruturas.cv, de acordo com o Procedimento
do Ato Público Online (APO).
11. Critérios de Adjudicação
O critério de adjudicação é o da proposta economicamente mais vantajosa.
12. Ato Público Online
O ato público online de abertura das propostas efetuar-se-á em sessão pública, às
10h00 do dia 8 de Julho de 2020 na sala de reuniões da Infraestruturas de Cabo
Verde, onde deverão estar presentes os 3 (três) membros do júri e um represen-
tante do Procurador Geral da República e os concorrentes em videoconferência.
13. Lei aplicável ao procedimento
Código da Contratação Pública (CCP), aprovado pela Lei nº 88/VIII/2015 de 14
de abril, e o Regime Jurídico dos Contratos Administrativos (RJCA), aprovado
pelo Decreto-lei nº 50/2015 de 23 de Setembro.
Praia, 27 de Maio de 2020
Classificados | Edição nº 665 do A Nação | 28 de Maio de 2020 |3
Câmara Municipal
-Gabinete do Presidente-
ANÚNCIO DE CONCURSO PÚBLICO Nº 01/UGA/CMRGS/2020
EMPREITADA PARA “REQUALIFICAÇÃO DE RUAS EM
SÃO MARTINHO GRANDE”, ILHA DE SANTIAGO
1. Entidade Adjudicante
Câmara Municipal de Ribeira Grande de Santiago, Rua Calhau, Cidade Velha – Santiago
– República de Cabo Verde, C.P. nº02, Telef:2671140/3510100. Endereços eletrónicos:
zanysemedo@hotmail.com ou gregsdepina@hotmail.com
Órgão competente para a decisão de contratar e órgão competente para autorizar
despesa
Câmara Municipal de Ribeira Grande de Santiago
2. Entidade responsável pela condução do procedimento e para contratar
Camara Municipal de Ribeira Grande de Santiago, Rua Calhau, Cidade Velha – Santiago
– República de Cabo Verde, C.P. nº02, Telef:2671140/3510100. Endereços eletrónicos:
zanysemedo@hotmail.com ou gregsdepina@hotmail.com
Financiamento
As despesas inerentes à celebração do contrato são financiadas pelo Governo de Cabo
Verde.
3. Objeto do Concurso e Local da execução do contrato
O presente concurso destina-se a à “Empreitada para “Requalificação de ruas em São
Martinho Grande”, Ilha de Santiago.
4. Preço base
O preço proposto não pode exceder o preço base de 19.745.335 ECV (Dezanove Milhões
Setecentos Quarenta e Cinco Mil, Trezentos Trinta e Cinco Escudos cabo-verdianos)
sem IVA.
5. Obtenção e Custo dos documentos do concurso
Os documentos relativos ao presente concurso podem ser obtidos junto do Balcão Único
da Camara Municipal de Ribeira Grande de Santiago no endereço indicado no ponto 3,
nos dias úteis, entre às 08h30 e às 13:00 horas. O preço de compra dos documentos é de
40.000,00 (Quarenta Mil escudos cabo-verdianos). O pagamento deve ser efetuado junto
da Secretaria Geral da Câmara Municipal da Ribeira Grande de Santiago.
6. Requisitos de admissão
Podem ser admitidas as empresas nacionais que não se encontrem em nenhuma das situa-
ções referidas no artigo 70.º do Código da Contratação Pública. Só podem ser admitidos
os concorrentes que tenham as habilitações profissionais requeridas para execução das
prestações do contrato e alvará compatível.
7. Língua e Modo de apresentação das propostas:
As propostas serão apresentadas de acordo com o estabelecido no Programa de Concur-
so/Caderno de Encargos. As propostas e todos os documentos que a acompanham devem
ser redigidos em língua portuguesa.
8. Data de apresentação de propostas:
Os interessados devem entregar as propostas até às 10:30 horas do dia 15 de Junho de
2020, no endereço indicado no ponto 3.
9. Prazo de manutenção das propostas
Os concorrentes ficam vinculados à manutenção das propostas pelo prazo de 60 (Sessen-
ta) dias a contar da sua data de abertura.
10. Critério de adjudicação
O critério de adjudicação é o da proposta economicamente mais vantajosa, de acordo
com as seguintes pontuações:
• Proposta técnica: 40 Pontos
• Proposta financeira: 60 Pontos
11. Ato público
O ato público de abertura das propostas tem lugar às 11:00 horas do dia 15 de Junho de
2020, numa das salas de reuniões da Camara Municipal da Ribeira Grande de Santiago.
No endereço indicado no ponto 3, podendo no mesmo intervir todos os concorrentes e os
representantes dos concorrentes devidamente credenciados para o efeito.
12. Não há lugar a negociação
13. Cauções e garantias
De adiantamento e de boa execução conforme programa de concurso
14. Visita técnica obrigatória ao local da obra
A visita técnica obrigatória será realizada no dia 09 de Junho de 2020, pelas 10:30 horas,
com concentração no local da obra.
15. Consulta dos documentos do concurso
Os documentos relativos ao presente concurso podem ser consultados na Camara Muni-
cipal da Ribeira Grande de Santiago, sita no endereço indicado no ponto 3, nos dias úteis
e nas horas normais de expediente.
16. Identificação do autor do anúncio:
Câmara municipal da Ribeira Grande de Santiago
17. Lei aplicável ao procedimento:
Código da Contratação Pública (CCP), aprovado pela Lei nº 88/VIII/2015 de 14 de Abril
e pelo Regime Jurídico dos Contratos Administrativos (RJCA), aprovado pelo Decreto-
-lei nº50/2015 de 23 de Setembro.
Data do envio do anúncio
Cidade Velha, 26 de Maio de 2020
O Presidente da CMRGS
___________________________
Manuel Monteiro de Pina
4 | Classificados | Edição nº 665 do A Nação | 28 de Maio de 2020 Classificados | Edição nº 665 do A Nação | 28 de Maio de 2020

REPÚBLICA DE CABO VERDE

REPÚBLICA DE CABO VERDE TRIBUNAL JUDICIAL DA COMARCA DE SÃO FILIPE/FOGO
TRIBUNAL JUDICIAL DA COMARCA DE SÃO FILIPE/FOGO
JUIZO CÍVEL JUIZO CÍVEL

= ANÚNCIO = = ANÚNCIO =
=Nº 26/TJCSF/2020= REG. Nº 27/JP/TJCSF/2019/20
Dr. PAULO AIRES, Juiz de Direito do Tribu- José Monteiro, para assistir aos termos do
FAZ SABER que neste Juízo, correm banho, uma garagem e uma varanda, localizado
nal Judicial da Comarca de São Filipe-Fogo. mencionado processo, por óbito do de cujos; termos uns autos de Acção Especial de Justi- em Aleixo Gomes, confrontando ao Norte com
NOS AUTOS INFRA IDENTIFICADOS: António José Monteiro, conforme determina ficação Judicial, registado sob o nº 65/2020, Moradia, Sul com Terreno Agrícola, Este com
AUTOS DE: Inventário Facultativo Nº o nº 1 do artº 956º do Código de Processo movido pelo autor PATRIQUE JESUFINO Terreno Agrícola e Oeste com Via Pública, com
07/9. Civil Cabo- verdiano, pelos fundamentos CABRAL PIRES, maior de idade, solteiro, valor matricial de 1.639.000.00 (um milhão,
INVENTARIANTE (S): Manuela José constantes do duplicado da petição inicial que calceteiro, residente em Portugal e de passa- seiscentos e trinta e nove mil escudos), inscrito
Monteiro. se encontra a disposição na Secretaria deste gem por esta ilha em Aleixo Gomes, repre- na matriz predial urbana da freguesia de São
INVENTARIADO (S): António José Mon- juízo. sentado pelo mandatário judicial constituído Lourenço, sob nº 3215/0, e uma parcela de ter-
teiro. b) De que, querendo e necessário for, poderá Dr. AR TUR CARDOSO, com escritório e reno medindo 52. 20m2, localizado em Aleixo
ORDENA A CITAÇÃO DO/A (S): requerer o beneficio de Assistência Judiciária residência nesta cidade, contra os RÉUS RUI Gomes, pertencente ao prédio de semeadura e
ALBERTO GOMES DE PINA, MANUEL pastagem denominado Monte Diogo”.
Interessados: Daniel José Monteiro, João (arts. 5º e ss. Da LAJ); e ANTÓNIO DE PINA, CARLOS ANTÓNIO
Domingos José Monteiro, Júlio José Mon- c) De que goza ainda da faculdade de reque- RIBEIRO DE PINA, LAURA EDUARDA FAZ SABER ainda, de que e obrigatória
teiro e Manuel Inácio Monteiro Silveira, rer à Ordem dos Advogados de Cabo Verde, GOMES PINA, ANTONIETA RIBEIRO a constituição de Advogado na referida acção,
todos, naturais do Fogo, residentes em parte através da sua sede na Praia, o benefício de DE PINA, JOSÉ FLÁVIO RIBEIRO PINA, de que deverá no prazo de CINCO DIAS, a
incerta dos Estados Unidos de América, sendo Assistência Judiciária no que toca a Assistên- RICARDINA GOMES DE PINA E MARIA contar da data da entrega da contestação na Se-
este último em parte incerta de Angola, res- cia Judicial, por Advogado, dentro do prazo EUGÉNIA GOMES PINA MONTEIRO, to- cretaria do Tribunal da Comarca do Fogo - São
pectivamente, com última residência conheci- de DOIS DIAS úteis, a contar da citação dos residentes nos Estados Unidos de América Filipe, sob pena de cobrança deste acrescido
da em Ponta Verde. apresentando desde logo os elementos com- e, INTERESSADOS INCERTOS, são citados da taxa de justiça de igual montante, nos ter-
COM AS SEGUINTES ADVERTÊNCIAS provativos da sua insuficiência económica, e os réus, com as seguintes advertências legais: mos do artigo 110º Código das Custas judiciais
e que tem a faculdade para juntamente com a
LEGAIS: podendo aquela instituição ser contactada por a).. Para no prazo de VINTE DIAS, que oposição, requerer o benefício de Assistência
a) Pelo juízo de direito do Tribunal Judicial telefone. (+238) 2618755/56 - Fax: (+238) começa a correr depois de finda a dilação de judiciária, devendo este ser em requerimento
da Comarca de São Filipe/Fogo, são por 2618754- C.P. 782- Rua Serpa Pinto. Nº 9. 3º QUARENTA DIAS, contados da segunda autónomo e que poderá faze-lo em relação à
esta forma Citados os interessados supras, Andar - Plateau. E-mail: ordemadvogados@ e última publicação do anúncio, deduzirem, Ordem dos Advogados de Cabo Verde ou sua
para no prazo de VINTE DIAS, depois de cvtelecom.cv. quando se julguem com melhor direito ou com Delegação, solicitando a Designação de um
decorridos outros TRINTA DIAS de dilação, direito igual ao daqueles a justificação judicial Advogado, juntando desde logo os elementos
a contar da data da afixação do último edi- sobre o (s) prédio (s) infra descrimina do (s), comprovativos da sua insuficiência económica,
tal para deduzirem oposição ao inventário, pelos fundamentos constantes do duplicado da sendo no prazo máximo de DOIS DIAS, dias,
impugnarem a sua própria legitimidade ou petição inicial, cuja copia encontra-se deposi- contados da citação.
tado neste cartório para ser entregue logo que
das outras pessoas citadas, e a competência for solicitado;
de cabeça de casal, e do prosseguimento dos
autos supra referenciados, e no qual desempe- DESCRIÇÃO DO PRÉDIO - “Um prédio
nha as funções de cabeça de casal, Ildefonso urbano, coberto de betão armado, com uma
sala, uma cozinha, dois quartos, uma casa de

Ministério da Justiça e
Trabalho
Direção Geral dos Registos, Notariado e Identificação

REPÚBLICA DE CABO VERDE

TRIBUNAL JUDICIAL DA COMARCA DE SÃO FILIPE/FOGO
JUIZO CÍVEL
= ANÚNCIO =
= Nº 24/TJCSF/FA/2020 =
Dr. PAULO AIRES, Juiz de Direito do Tri-
bunal Judicial da Comarca de São Filipe-
-Fogo.
NOS AUTOS INFRA IDENTIFICADOS:
PROCESSO: Ação Declarativa Ordinária
(condenação) NÚMERO DO PROCESSO:
184/18.
AUTOR: João de Pina Fontes.
ORDENA A CITAÇÃO DE:
RÉU: Rodrigo Tavares, maior, emigrante,
residente em parte incerta dos Estados Uni-
dos de América, com ultima residência co-
nhecida nesta Cidade
COM AS SEGUINTES ADVERTÊN-
CIAS LEGAIS:
a) Pelo juízo de direito do Tribunal Judicial
de Comarca de São Filipe e na ação acima
referida correm éditos de VINTE DIAS,
depois de finda dilação de TRINTA DIAS,
a contar da data da última publicação deste
anúncio, para contestar, querendo os presen-
tes autos, movidos neste Tribunal pelo autor,
pelos fundamentos constantes do duplicado
da petição inicial, encontra-se neste cartório
para lhe ser entregue logo que for solicitado;
b) De que toda a sua defesa deve ser deduzi-
da na contestação (art. 449º do CPC).
c) De que é obrigatória a constituição de ad-
vogado (art.º 35º/1-a) do CPC do CPC;
d) De que, caso contestar a ação, deverá pagar
o preparo inicial no montante de 10.000$00,
dentro do prazo de CINCO DIAS, sob pena
de efetuá-lo acrescido da taxa de justiça igual
ao dobro da sua importância (artºs. 58º, 61º e
66º do CCJ), ficando advertido de que a falta
deste pagamento implica a imediata instaura-
ção de execução especial para a sua cobrança
coerciva;
e) De que, querendo e necessário for, poderá
requerer o benefício de Assistência Judiciá-
ria (artº. 5º e ss. da LAJ);
f) De que gozam ainda da faculdade de re-
querer à Ordem dos Advogados de Cabo
Verde, através da sua sede na Praia, o Be-
nefício de Assistência Judiciária no que toca
a Assistência Judicial, por Advogado, dentro
do prazo de DOIS DIAS úteis, a contar da
citação, apresentando desde logo os ele-
mentos comprovativos da sua insuficiência
económica, e podendo aquela instituição ser
contactada por telefone. (+238) 2618755/56
- Fax: (+238) 2619754- C.P. 782- Rua Serpa
Pinto, nº 9, 3º Andar Plateau. E-mail: orde-
madvogados@cvtelecom.cv.
EXTRACTO
Certifico narrativamente, para efei-
tos de primeira publicação que, a fls. 65vº
a 66vº do livro de notas para escrituras di-
versas número2-A desta Conservatória/Car-
tório, se encontra exarada uma escritura de
Habilitação Notarial, com a data de vinte e
seis de Março de dois mil e vinte, na qual se
declara que no dia sete de Junho de dois mil
e cinco, na cidade de Stoughton, Norfolk,
Estados Unidos da América, faleceu NA-
TÁLIA GREGÓRIA FONTES PIRES,
de setenta e cinco anos de idade, natural que
foi da freguesia de Santa Catarina, Concelho
de Santa Catarina do Fogo, residente que foi
em Brockton, no estado de viúva. Que a fa-
lecida não fez testamento, ou qualquer outra
disposição de última vontade, tendo deixado
como herdeiros os filhos: a) Francisca Fá-
tima Fontes Pires Vieira, casada com José
Vieira, sob o regime de comunhão de bens
adquiridos, natural da freguesia de Santa Ca-
tarina, concelho de Santa Catarina do Fogo,
residente nos Estados Unidos da América.
b) Aguinaldo Pedro Fontes Pires, solteiro,
maior, natural da freguesia de Santa Cata-
rina, concelho de Santa Catarina do Fogo,
residente nos Estados Unidos da América.
c) Vitalzinho Fausto Fontes Pires, casado
com Fátima Socorro Monteiro Fontes no re-
gime de comunhão de bens adquiridos, natu-
ral da freguesia de Santa Catarina, concelho
de Santa Catarina do Fogo, residente nos
Estados Unidos da América; d) Francisco
Raymundo Fontes Pires, solteiro, maior,
natural da freguesia de Santa Catarina, con-
celho de Santa Catarina do Fogo, residente
nos Estados Unidos da América;
e) Gregório Fontes Pires, solteiro,
maior, natural da freguesia de Nossa Senho-
ra da Ajuda, concelho dos Mosteiros, resi-
dente nos Estados Unidos da América.
Que, não há outras pessoas, que segun-
do a lei, prefiram aos mencionados herdeiros
ou que com eles possam concorrer á herança
da falecida.
Cova Figueira e Conservatória dos Re-
gistos e Cartório Notarial da Região de San-
ta Catarina do Fogo, aos catorze de maio de
dois mil e vinte.
Conta: Reg. Sob o n.º14/03
Artigo 20º. 4.2 ........... 1.000$00
Selo do acto .............. 200$00
Soma: ....................... 1.200$00 - São:
Mil e duzentos escudos
CONSERVATÓRIA/CARTÓRIO DA REGIÃO DE 2ª
CLASSE DE SANTA CATARINA DO FOGO
Cova Figueira-Telefone nº 2821050
Classificados | Edição nº 665 do A Nação | 28 de Maio de 2020 Classificados | Edição nº 665 do A Nação | 28 de Maio de 2020
Ministério da Justiça
Ministério da Justiça e e Trabalho
Trabalho
Direção Geral dos Registos, Notariado e Identificação CONSERVATÓRIA DOS REGISTOS E CARTÓRIO NOTARIAL DA REGIÃO
DE SEGUNDA CLASSE DE RIBEIRA GRANDE - SANTO ANTÃO
EXTRACTO EXTRACTO
Certifico, narrativamente, para efeitos de primeira publicação nos termos do disposto no
CERTIFICO, para efeito de segunda
artigo 100º do Código do Notariado, alterado pelo Decreto-Lei nº45/2014 e 20 de Agosto, que de publicação nos termos do disposto no arti-
fls. lvº a fls 3 do livro de notas para escrituras diversas número 45-B, desta Conservatória/Cartório go 100º do Código do Notariado, alterado
pelo Decreto-Lei nº 45/2014, de 20 de Agos-
se encontra exarada uma escritura de JUSTIFICAÇÃO NOTARIAL, com a data de vinte de Maio
to, B.O. nº 50 - Iª Série, que no dia treze de
de dois mil e vinte, na qual o Sr. FILIPE DIAS OLIVEIRA, com NIF152193561, divorciado, Maio de dois mil e vinte, na Conservatória
natural da freguesia de Nossa Senhora da Ajuda, concelho dos Mosteiros, residente em Feijoal- dos Registos e Cartório Notarial da Região
Mosteiros, se declara com exclusão de outrem, dona e legítima possuidora dos seguintes prédios: de 2.a Classe de Ribeira Grande - Santo An-
tão, perante o Conservador-Notário Substi-
Primeiro: Terreno de semeadura, no sitio de feijoal, medindo três mil e quarenta e oito metros tuição José Carlos Brandão de Oliveira,
quadrados, confrontando ao norte com Balbina José Rodrigues, sul com caminho, este com Er- foi lavrada no livro de notas para escrituras
nestina Jesus Rodrigues e oeste com Elvira Fernandes Pires, inscrito na matriz predial rústica da diversas n.º70, de folhas 52 à 52 v a Justifi-
cação Notarial em que é justificante Manuel
freguesia de Nossa Senhora da Ajuda, sob o número 4542/0, com o valor matricial de seiscentos
da Cruz Freitas, casado, natural de Cabo
mil escudos; Segundo: Parte de terreno de semeadura anteriormente inscrito sob os números Verde de nacionalidade Holandesa, residente
5124,10434,10547 e 10548, no sítio de Sumbango, medindo novecentos e trinta e dois metros em Holanda, se declara com exclusão de ou-
trem dono e legítimo possuidor de um prédio
quadrados, confrontando ao norte com proprietário, sul com herdeiros de Francisco R. Pires, este
urbano de 1a, construído de pedra, argamassa
com herdeiros de Mário Lopes e oeste com via pública, inscrito na matriz predial rústica da fre- e blocos de cimento, coberto de betão arma-
guesia de Nossa Senhora da Ajuda, sob o número 10713/0, com o valor matricial de um milhão de do sendo do rés-do-chão, com um quarto de
escudos; Terceiro: Prédio urbano feito de blocos e pilares, coberto de cimento armado, tendo uma dormir, uma casa de banho, uma cozinha/
copa, uma arrecadação e um espaço livre,
cave composto por um espaço aberto, duas casas de banho, uma garagem, uma caixa de escada, no 1º andar com três quartos de dormir, uma
cimentados, rebocados e pintados. No rés-do-chão: Composto por um espaço aberto destinado casa de banho e uma sala de visita, medindo
a minimercado, quatro casas de banho, dois escritórios, um espaço destinado a posto de venda 145.3 metros quadrados, situado em Lugar
de Guene - Ribeira da Torre, inscrito na ma-
medicamentosas, um bar café, um armazém, uma caixa de escada de acesso ao primeiro piso e va- triz predial da freguesia de Nossa Senhora
randas, cimentados, rebocados, pintados e com pavimento revestido a mosaico, no primeiro andar do Rosário, sob o nº 3475/0, confrontando
composto por um piso recuado com dois quartos de dormir, uma cozinha, sala de jantar, uma casa do Norte, com Maria Piedade dos Santos e
Caminho; Sul, com Herdeiros de Carolina
de banho privado, um escritório e um espaço aberto e terraço cimentado, rebocado com pavimento
Justina Freitas Cid; Este com Levada e do
revestido a mosaico e pintado, situado em Queimada Guincho, ocupando área de novecentos e três Oeste com Caminho. O justificante alega
metros quadrados, confrontando ao norte com proprietário, sul com Hermenegildo Resende, este
com herdeiros de Francisco Rodrigues Pires e oeste com via pública, inscrito na matriz predial ur-
bana da freguesia de Nossa Senhora da Ajuda, sob o número 4485/0, com o valor matricial de dez
Ministério da Justiça
milhões de escudos; Quarto: Uma parte de terreno de semeadura, no sítio de Laranjo, medindo e Trabalho
cinco mil, cento e trinta metros quadrados, confrontando ao norte com Lavas vulcânicas, sul com CONSERVATÓRIA DOS REGISTOS E CARTÓRIO NOTARIAL DA REGIÃO
Gerónima Resende do Canto, este com Estrada Pública e oeste com Gerónima Resende do Canto, DE SEGUNDA CLASSE DE RIBEIRA GRANDE - SANTO ANTÃO
inscrito na matriz predial rústica da freguesia de Nossa Senhora da Ajuda, sob o número 315010,
com o valor matricial de sete milhões de escudos, omisso no registo predial. EXTRACTO
Que o primeiro prédio foi por ele comprado por Escrito particular na Sra. Maria da Graça CERTIFICO, para efeito de segunda
Monteiro Rodrigues, anterior possuidora há mais de vinte anos. publicação nos termos do disposto no artigo
Que o segundo prédio foi também por ele comprado por escrito particular na Sra. Maria An- 86º-A do Código do Notariado, aditado pelo
Decreto-Lei nº 45/2014, de 20 de Agosto,
tónia Garcia Pires e Sr. António Marcelino Garcia Rodrigues Pires, também anteriores possuidores
B.O. nº 50 – Iª Série, que no dia cinco de
dos mesmos. Maio de dois mil e vinte, na Conservatória
Que o terceiro prédio foi por ele construído de raiz com recurso a seu material e dinheiro, dos Registos e Cartório Notarial da Região
num terreno comprado por escrito particular na Sra. Maria da Graça Monteiro Rodrigues, anterior de Segunda Classe de Ribeira Grande - San-
to Antão, perante o Conservador/Notário, P/
possuidora há mais de vinte anos;
Substituição José Carlos Brandão de Oli-
Que o quarto prédio foi também comprado por escrito particular na referida Sra. Maria Antó- veira, foi lavrada no livro de notas para es-
nia Garcia Pires, anterior possuidora do mesmo por volta dos anos noventa, sem que pudesse, em crituras diversas número 70 de folhas 47 v a
nenhum dos casos, dispor de título bastante para efeitos de registo predial. 48 a Escritura de Habilitação de Herdeiros,
por óbito de Manuel de Pazi Morais Lo-
Que, entretanto está na posse e fruição dos imóveis e o vem exercendo sucessivamente e em
pes, ocorrido no dia 24-06-2016, na Cidade
nome próprio, de forma pacífica, contínua, de boa fé e ostensivamente com conhecimento de toda da Ponta do Sol - Santo Antão, no estado de
a gente e aonde vem atuando como verdadeiro proprietário e sem oposição de outrem, pelo que casado, com Gertrudes Maria Silva Lopes,
julga ter adquirido nas circunstâncias descritas o direito de propriedade sobre os referidos imóveis, filho de Caetano Perpétua Lopes e de Maria
Teodora Morais, natural que foi da Fregue-
o que ora invoca para efeitos de primeira inscrição no registo predial.
sia de Nossa Senhora do Livramento do con-
Está conforme o original. celho de Ribeira Grande, tendo como última
São Filipe e Conservatória dos Registos e Cartório Notarial da Região de São Filipe, aos residência na Cidade da Ponta do Sol - Cida-
vinte e dois de maio de dois mil e vinte. de da Ribeira Grande e tendo deixado como
únicos herdeiros os seus filhos: 1- Carlos
Conta: Reg. Sob o n.º47/05
Manuel Silva Lopes, casado, com Maria
Artigo 20º. 4.2……………..1.000$00 do Livramento Gomes Monteiro, residente
Selo do acto………………….200$00 em França; 2- Maria do Livramento Silva
Soma:………………….……1.200$00 - São: Mil e duzentos escudos.- Lopes, solteira, maior, residente na Cidade
da Ponta do Sol; 3- João Manuel Silva Lo-
CONSERVATÓRIA/CARTÓRIO DA REGIÃO DE 2ª CLASSE DE SÃO FILIPE pes, solteiro, maior, residente na Cidade da
AV. Amílcar Cabral, C.P. 13-A- São Filipe - Telefone nº 2811371/2811154
Ponta do Sol; 4- Marcos do Rosário Silva
| 5
que o referido prédio lhe veio a posse por
herança do seu pai, Manuel Sebastião da
Cruz, e que após o falecimento do seu pai
ele justificante e a sua irmã Maria Manuela
Filipa da Cruz Martins, fizeram uma parti-
lha amigável, e nesse caso o referido prédio
ficou na posse dele justificante, o mesmo
fez a inscrição Camarária em seu nome e
desde então tem suportado os encargos de
obras e conservação, pagando as respectivas
contribuições e impostos e não tendo título
aquisitivo para efeitos de primeira inscrição
no registo predial, vem invocar a usucapião
como forma de aquisição, correspondendo
ao exercício de direito de propriedade, visto
que que exerce uma posse pública, pacífica,
continua e em nome próprio.
Os potenciais interessados têm um
prazo de quarenta e cinco dias a contar da
primeira e segunda publicação para eventual
impugnação.
ESTÁ CONFORME.
Conservatória dos Registos e Cartório
Notarial da Região de Segunda Classe de
Ribeira Grande – Santo Antão, aos 19 dias
do mês de Maio de dois mil e vinte.
Valor: 1.200$00
Registado sobre o nº 489/20
Lopes, casado, com Lúcia Maria Ramos Lo-
pes, residente em França; 5- Joana Baptista
Silva Lopes, solteira, maior, residente em
Luxemburgo.
Todos os herdeiros são naturais da fre-
guesia de Nossa Senhora do Livramento do
concelho da Ribeira Grande.
Que o falecido não deixou testamento
ou qualquer disposição de última vontade,
tendo deixado como herdeiros os seus filhos.
Que, não há quem com os indicados
herdeiros possam concorrer a sucessão na
herança do falecido. Mais se informa que,
nos termos do nº 5 do artigo 86-A e do ar-
tigo 87 do Código do Notariado, podemos
interessados, querendo, impugnar judicial-
mente a referida escritura de habilitação de
herdeiros.
ESTÁ CONFORME.
Conservatória dos Registos e Cartório
Notarial da Região de Segunda Classe de
Ribeira Grande – Santo Antão, aos dezoito
dias do mês de Maio de dois mil e vinte.
Valor: 1.200$00
Registado sobre o nº 481/20
6 | Classificados | Edição nº 665 do A Nação | 28 de Maio de 2020
Ministério da Justiça e
Trabalho
Direção Geral dos Registos, Notariado e Identificação
Notária: Lic. Jandira dos Santos Cardoso Vieira
EXTRACTO
Certifico narrativamente para efeitos de Segunda publicação, nos termos do nº 5 do
artigo 86º-A do Código do Notariado, aditado pelo Decreto-Lei número 45/2014, de 20 de
Agosto, que no dia vinte e seis de Agosto de dois mil e dezanove, neste Cartório Notarial,
perante mim, Lic. Jandira dos Santos Cardoso Vieira, Notária por substituição, no livro de
notas para escrituras diversas número setenta, a folhas cinquenta e seis verso a cinquenta
e sete verso, foi lavrada uma escritura de HABILITAÇÃO DE HERDEIROS, por óbitos
de:
José da Costa, falecido no dia quatro de Fevereiro de dois mil e dez, em França, onde
teve sua última residência , natural da freguesia e concelho de Santa Catarina, no estado de
casado com Isabel Gomes Varela, sob regime de comunhão geral de bens.
Que o falecido não deixou testamento ou qualquer outra disposição de última vontade,
e deixou como únicos e universais herdeiros seus filhos: a) - Alcides da Costa, a data de
óbito casado com Ricardina Sanches dos Santos Barbosa Vicente, sob regime de comunhão
de adquirido, atualmente casado com Katia Helena Silva Fernandes da Costa, sob regime
de comunhão geral de bens; b) - Austelino Varela da Costa, a data de óbito casado com
Alice Sanches da Silva, sob regime de comunhão de adquiridos, atualmente divorciado;
c) - Avelino Varela da Costa, casado com Celina Maria Miranda Semedo, sob regime
de comunhão de adquirido; d) - Emílio Varela da Costa, solteiro, maior; e) - Silvino
Varela da Costa, solteiro, maior; f) - Victor Manuel Varela da Costa, solteiro, maior;
g) - José Henrique Varela da Costa, casado com Sabrina Sekfali da Costa, sob regime de
comunhão geral de bens; Todos naturais da freguesia e concelho de Santa Catarina, ilha de
Santiago, residentes em França
Isabel Gomes Varela, falecida no dia doze de Junho de dois mil e catorze, em França,
onde teve a sua última residência, natural da freguesia e conselho de Santa Catarina, no
estado de viúva.
Que a falecida não deixou testamento ou qualquer outra disposição de última vontade
e deixou como únicos herdeiros legitimários os seus filhos: a) - Alcides da Costa, a data
de óbito divorciado, atualmente casado com Katia Helena Silva Fernandes da Costa, sob
regime de comunhão geral de bens; b) - Austelino Varela da Costa; c) - Avelino Varela
da Costa; d) - Emílio Varela da Costa; e) - Silvino Varela da Costa; f) - Victor Manuel
Varela da Costa; g) - Jose Henrique Varela da Costa;
Que não existem outras pessoas que, segundo a lei, prefiram aos indicados herdeiros,
ou com eles possam concorrer na sucessão a herança dos falecidos.
Mas se informa que, nos termos do número 5 do artigo 86º A e do artigo 87º do Código
Notariado, podem os interessados, querendo, impugnar judicialmente a referida escritura
de habilitação de herdeiros.
Está conforme o original.
Cartório Notarial de Santa Catarina, aos vinte e três dias do mês de Setembro do ano
dois mil e dezanove.
Emol: 1.000.00
lmp. de selo: 200.00
Total: 1.200.00 (mil e duzentos escudos)
Conta nº 2835/2019
Ministério da Justiça e
Trabalho
Direção Geral dos Registos, Notariado e Identificação
EXTRACTO
CERTIFICO narrativamente, para efeitos da Segunda publicação nos termos do disposto
no artigo 86º - A do Código do Notariado, aditado pelo Decreto-Lei nº 45/2014, de 20 de Agosto,
que no dia quinze do mês de Maio do ano de dois mil e vinte, de folhas 18 a 19 do livro de notas
para escrituras diversas número 235, deste Cartório Notarial, a cargo, da notária, Lic em Direito.
Cátia Sofia Teixeira Andrade, foi exarada uma escritura de Habilitação de Herdeiros por óbito de
António Ferreira Moreno, nos termos seguintes:
Que no dia três do mês de Julho de dois mil e dezanove, na freguesia de Alcântara, con-
celho de Lisboa, faleceu António Ferreira Moreno, aos noventa anos de idade, no estado civil
de casado com Luísa Nunes Tavares, no regime de separação de bens, filho de Cândido Moreno
Semedo e de Flora Mendes Ferreira, natural que foi da freguesia de São Nicolau Tolentino, con-
celho de São Domingos, que teve a sua última residência habitual na Rua Sousa Tavares, Oeiras
e S. Julião da Barra, Paço de Arcos e Caxias, Oeiras.
Classificados | Edição nº 665 do A Nação | 28 de Maio de 2020
Ministério da Justiça
e Trabalho
CONSERVATÓRIA DOS REGISTOS E CARTÓRIO NOTARIAL DA REGIÃO
DE SEGUNDA CLASSE DE RIBEIRA GRANDE - SANTO ANTÃO
EXTRACTO
CERTIFICO, para efeito de primeira publicação nos termos do disposto no artigo 86º-A
do Código do Notariado, aditado pelo Decreto-Lei nº 45/2014, de 20 de Agosto, B.O. nº
50 – Iª Série, que no dia onze de Maio de dois mil e vinte, na Conservatória dos Registos e
Cartório Notarial da Região de Segunda Classe de Ribeira Grande - Santo Antão, perante
o Conservador-Notário P/Substituição José Carlos Brandão de Oliveira, foi lavrada no
livro de notas para escrituras diversas n.º 70, de folhas 48 verso a 49, a Escritura de Habi-
litação de Herdeiros, por óbitos de:
Primeira Habilitação: Que têm pleno conhecimento de que no dia dois de Novembro do
ano de mil novecentos e oitenta, faleceu numa casa na cidade da Ponta do Sol, Freguesia
de Nossa Senhora do Livramento, Concelho de Ribeira Grande, António Teodora Mar-
tins, casado com Claudina Antónia Delgado Martins, filho de Teodora Arcângela Martins,
natural que foi da Freguesia de Nossa Senhora do Livramento, Concelho de Ribeira Gran-
de, tendo como última residência Cidade da Ponta do Sol, tendo deixado como herdeiros
legitimários os filhos: 1.º Maria Felicidade Delgado Martins, casada com Manuel de
Jesus Monteiro, residente em São Vicente, 2.º Manuel Delgado Martins, solteiro, maior,
residente na Cidade do Mindelo, 3.º Tiago Delgado Martins, casado com Joana Ângela
dos Reis Leite Martins, residente em Luxemburgo; 4.º Francisco Delgado Martins, casa-
do com Graciana Maria Lopes, residente na Cidade da Ponta do Sol, 5.º Maria do Livra-
mento Delgado Martins, solteira, maior, residente em São Vicente; 6.º Maria das Dores
Delgado Martins, solteira, maior, residente em São Vicente, ambos naturais da Freguesia
de Nossa Senhora do Livramento, concelho da Ribeira Grande.
Segunda Habilitação: Que também têm pleno conhecimento que no dia dois de Abril do
ano de dois mil e dezoito no seu domicílio, em Fonte Cónego, Freguesia de Nossa Senhora
da Luz, Ilha de São Vicente, CLAUDINA ANTONIA DELGADO MARTINS, no estado
de viúva, filha de Tiago Teófilo Delgado e de Antónia Maria Delgado, que era natural da
Freguesia de Nossa Senhora do Livramento, Concelho da Ribeira Grande, tendo como
última residência em Fonte Cónego, são Vicente tendo deixado como herdeiros os seus
filhos os acima identificados.
Terceira Habilitação: Que também têm pleno conhecimento que no dia vinte e cinco
de Outubro do ano de mil novecentos e noventa e seis, no seu domicílio, Bremerhaven
- Alemanha, ADALBERTO DELGADO MARTINS, solteiro, maior, filho de António
Teodora Martins e de Claudina Antónia Delgado Martins, que foi natural da Freguesia de
Nossa Senhora do Livramento, Concelho da Ribeira Grande, tendo como última residência
em Bremerhaven- Alemanha, não tendo deixado nem descendentes nem ascendentes tendo
como os seus Irmãos acima mencionados.
Que os falecidos não deixaram testamento ou qualquer disposição de última vontade, ten-
do deixado como herdeiros, os acima mencionados.
Que não existem outras pessoas que segundo a lei possam-lhes preferir a herança dos
falecidos.
ESTÁ CONFORME.
Conservatória dos Registos e Cartório Notarial da Região de Segunda Classe de Ribeira
Grande – Santo Antão, aos dezanove dias do mês de Maio de dois mil e vinte
Valor: 1.200$00
Registado sob o nº 484/20
Que o falecido não fez testamento, nem qualquer disposição de última vontade, tendo-lhe su-
cedido como único herdeiro seu filho, Maria Virgínia Ferreira Moreno, solteira, maior, natural
da freguesia de Nossa Senhora da Graça, concelho da Praia, residente em Portugal.
Que não existem outras pessoas que segundo a lei lhe prefira ou com ela possa concorrer à
sucessão.
Os Interessados, querendo, podem proceder à impugnação judicial da escritura em referenda.
nos termos do artigo 87º do Código do Notariado, aprovado pelo DL n.º 9/2010, de 29 de Março.
Cartório Notarial da Região de Primeira Classe da Praia, aos 15 de Maio de 2020.
CONTA: 33/2020
Art. 20.4.2……………... 1000$00
Selo do Acto………….…. 200$00
Total……………….….… 1.200$00. Importa o presente em mil e duzentos escudos
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Ministério da Justiça e
Trabalho
Direção Geral dos Registos, Notariado e Identificação
CARTÓRIO NOTARIAL DA REGIÃO DE PRIMEIRA CLASSE DE SÃO VICENTE
= EXTRACTO=
CERTIFICO, para efeito da primeira
Publicação nos termos do disposto no arti-
go 86ºA do Código do Notariado, aditado
pelo Decreto-Lei nº45/2014 de 20 de Agos-
to B.O.nº50-Iª Série, que no dia catorze de
Maio de dois mil e vinte, no Cartório No-
tarial da Região de Primeira Classe de São
Vicente, sito em Alto São Nicolau, ilha de
São Vicente, perante a Notária por acumu-
lação, Drª Tirza Francisca Pires Fernandes,
foi lavrada no livro de notas para escrituras
diversas número C/ 68, a folhas 22 verso, a
escritura de Habilitação de Herdeiros, por
óbito FRANCISCO ROSA SILVA, natu-
ral da freguesia de Nossa Senhora da Luz,
concelho e ilha de São Vicente – Cabo Ver-
de, com última residência em Monte – São
Vicente, no estado de casado com Arminda
Antónia Faial Delgado Silva sob o regime
de comunhão geral de bens, falecido no dia
treze de Fevereiro de dois mil e dezasse-
te, numa residência em Monte – São Vi-
Ministério da Justiça e
Trabalho
Direção Geral dos Registos, Notariado e Identificação
EXTRACTO
Certifico, narrativamente, para efeitos
de segunda publicação nos termos do dis-
posto no artigo 100º do Código do Nota-
riado, alterado pelo Decreto-Lei nº45/2014
e 20 de Agosto, que de fls. 64 vº a fls 65
vº do livro de notas para escrituras diversas
número 44-B desta Conservatória/Cartório
se encontra exarada uma escritura de JUS-
TIFICAÇÃO NOTARIAL, com a data de
dezassete de Março de dois mil e vinte, na
qual Sr. SILVESTRE HENRIQUE CA-
BRAL BARBOSA, com NIF135434580,
casado com Ângela Augusta Medina Bar-
bosa no regime de comunhão de adquiridos,
natural da freguesia de Nossa Senhora da
Conceição, concelho de São Filipe, residen-
te em São Filipe, se declara com exclusão
de outrem, dono e legítimo possuidor de um
prédio urbano, coberto de betão armado,
tendo rés-do-chão, primeiro e segundo andar
com divisórias não transparente, situado em
Achada São Filipe, ocupando área de cento
e quarenta metros quadrados, confrontando
ao Norte com via pública, Sul com lote vinte
e um, Este com lote dezassete e Oeste com
Lote vinte e três, inscrito na matriz predial
urbana da freguesia de Nossa Senhora da
Conceição, sob o número 5091/0, com o va-
lor matricial de oito milhões, cento e setenta
e um mil escudos, omisso no registo predial.
Que adquiriu o referido prédio o por ter
construído de raiz, com recurso a seu ma-
terial e dinheiro, num lote de terreno com-
prado por escrito particular no Sr. Fernando
cente.- Na referida escritura foi declarado
como única Herdeira legitimária a sua con-
jugue: a)– Arminda Antónia Faial Del-
gado Silva, viúva, natural de Angola, de
nacionalidade cabo-verdiana, residente em
Campinho, cidade do Mindelo, ilha de São
Vicente. Mas se informa que, nos termos
do nº5 do artigo 86-A e do Artigo 87 do Có-
digo do Notariado, podem os interessados,
querendo, impugnar judicialmente a referi-
da escritura de habilitação de herdeiros.
ESTÁ CONFORME
Cartório Notarial da Região de Pri-
meira Classe de São Vicente, em Mindelo
aos dezoito do mês de maio de dois mil e
vinte.
Conta:
Artº. 20º.4.2…………. 1.000$00
Imposto de Selo ………200$00
Total ………………. 1200$00 (Importa
em mil e duzentos escudos)
Processo nº____________/2020
Conta Reg. Sob o nº. ______/2020
José Barbosa Júnior, no ano de dois mil e
cinco, sem que pudesse, no entanto, dispor
de título bastante para efeitos de registo pre-
dial.
Que, o justificante encontra-se na posse
e fruição do imóvel desde a construção e o
vem exercendo sucessivamente e em nome
próprio, de forma pacífica, continua, de boa-
-fé e ostensivamente com conhecimento de
toda a gente e aonde vem atuando como
verdadeiro proprietário e sem oposição de
outrem, pelo que julga ter adquirido nas cir-
cunstâncias descritas o direito de proprieda-
de sobre o referido imóvel, o que ora invoca
para efeitos de primeira inscrição no registo
predial.
Está conforme o original.
São Filipe e Conservatória dos Registos
e Cartório Notarial da Região de São Filipe,
aos vinte e nove de Abril de dois mil e vinte.
Conta: Reg. Sob o nº 17/04
Artigo 20º. 4.2 .................. 1.000$00
Selo do acto....................... 200$00
Soma: 1.200$00 - São: Mil e
duzentos escudos.
CONSERVATÓRIA/CARTÓRIO DA REGIÃO DE
2a CLASSE DE SÃO FILIPE
AV. Amílcar Cabral, C.P. 13-A- São Filipe - Telefone
nº 2811371/2811154
Classificados | Edição nº 665 do A Nação | 28 de Maio de 2020
Ministério da Justiça e
Trabalho
Direção Geral dos Registos, Notariado e Identificação
Notária: Lic. Telma Filomena Barros Silva
EXTRACTO
Certifico narrativamente, aos efeitos
da Primeira Publicação que neste Cartório
Notarial a meu cargo, no dia onze do mês
de Março do ano de 2020, de Folhas 109 F
a 110 F do Livro de Notas para Escrituras
Diversas nº5, a Sra. Kim Lorraine Lark,
com o NIF 152 291 903, maior, divorciada,
de nacionalidade britânica, titular do Passa-
porte nº 501171594, emitido a 06.01.2011
pelas Autoridades Britânicas Competentes,
residente no Reino Unido, declara com ex-
clusão de outrem que:
É dona e legítima possuidora de uma
Viatura de Categoria ligeiro, Tipo passagei-
ro, marca Daihatsu, modelo Terios J210LG
– QMDF, Cor cinzenta clara metalizada, Nº
de Chassi JDAJ210G-001053251, ano de
fabrico 2007, matrícula SL-44-AU, regista-
da no Livro de IP nº7 sob o nº 347 do dia
15.02.2008 a favor de Fabrice Jean Baron-
net.
A referida Viatura lhe veio à posse por
compra efectuada por escrito particular ao
Sr. Fabrice Jean Robert, maior, solteiro,
residente anteriormente na Ilha do Sal, pelo
Ministério da Justiça e
Trabalho
Direção Geral dos Registos, Notariado e Identificação
EXTRACTO
Certifico, narrativamente, para efeitos
de primeira publicação nos termos do dis-
posto no artigo 100º do Código do Notaria-
do, alterado pelo Decreto-Lei nº 45/2014 e
20 de Agosto, que de fls.3 Vº a fls 4 Vº do li-
vro de notas para escrituras diversas número
45-B desta Conservatória/Cartório se encon-
tra exarada uma escritura de JUSTIFICA-
ÇÃO NOTARIAL, com a data de vinte e seis
de Maio de dois mil e vinte, na qual a AS-
SOCIAÇÃO DE DESENVOLVIMENTO
COMUNITÁRIA DE PONTA VERDE -
AGROVERDE, com NIF555749479, com
sede em Ponta Verde, se declara com exclu-
são de outrem, dona e legitima a possuidora
de parte do prédio anteriormente inscrito sob
o número 4442, que se achava inscrito sob o
número 3611, da segunda zona, situado em
Piasco, com área de cinco mil, quatrocentos
e oitenta e oito metros quadrados, confron-
tando ao norte e oeste com Estrada, Sul com
regato e este com Pedro Carvalho, inscrito
na matriz predial rústica da freguesia de São
Lourenço, sob o número 4443/0, com valor
matricial de setecentos e trinta e sete mil e
quinhentos escudos, omisso no registo pre-
dial.
Que a sua representada adquiriu o refe-
rido prédio por compra por escrito particular,
por volta de dois mil e um, no Sr. André Sa-
bino Baptista, anterior possuidor do mesmo
há mais de vinte anos, sem que pudesse dis-
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montante de 1.764.240$00 (um milhão se-
tecentos e sessenta e quatro mil duzentos
e quarenta escudos) no ano de 2009 sem
que, no entanto ficasse, a dispor de qualquer
título formal, mas desde logo entrou na pos-
se e fruição da referida Viatura, posse que a
justificante já possui há mais de 11 anos e
que sempre foi exercida por ela justifican-
te sem a menor oposição de quem quer que
seja desde o seu início, posse que sempre
exerceu à vista de todos e sem interrupção,
usufruindo de todas as utilidades da Viatura,
suportando os respectivos encargos de for-
ma pacífica, contínua e pública.
Assim, adquiriu a referida Viatura por
usucapião, não tendo-se, todavia, dado o
modo de aquisição que vem, justificar o seu
referido direito de propriedade, para efeitos
da Primeira Inscrição.
Conservatória dos Registos e Cartório
Notarial de Santa Maria, aos 25 de Março
de 2020.
por de título bastante para efeitos de registo
predial.
Que, não obstante, está na posse e frui-
ção do imóvel e o vem exercendo sucessiva-
mente e em nome própria, de forma pacífica,
de boa fé e ostensivamente com conheci-
mento de toda a gente e aonde vem atuando
como verdadeira proprietária e sem oposição
de outrem, pelo que julga ter adquirido nas
circunstâncias descritas o direito de proprie-
dade sobre o referido imóvel por usucapião,
o que ora invocam para efeito de primeira
inscrição no registo predial.
Está conforme o original.
São Filipe e Conservatória dos Registos
e Cartório Notarial da Região de São Filipe,
aos vinte e seis de Maio de dois mil e vinte.
Conta: Reg. Sob o nº 53/05
Artigo 20º. 4.2 ........... 1.000$00
Selo do acto................ 200$00
Soma: ...................... 1.200$00 - São: Mil e
duzentos.
CONSERVATÓRIA/CARTÓRIO DA REGIÃO DE
2ª CLASSE DE SÃO FILIPE
AV. Amílcar Cabral, C.P. 13-A- São Filipe - Telefone
nº 2811371/2811154
8 | Classificados | Edição nº 665 do A Nação | 28 de Maio de 2020
Ministério da Justiça e
Trabalho
Direção Geral dos Registos, Notariado e Identificação
CARTÓRIO NOTARIAL DA REGIÃO DE PRIMEIRA CLASSE DE SÃO VICENTE
= EXTRACTO=
CERTIFICO, para efeito da segunda
Publicação nos termos do disposto no artigo
86ºA do Código do Notariado, aditado pelo
Decreto-Lei nº45/2014 de 20 de Agosto
B.O.nº50-Iª Série, que no dia sete de Maio
de dois mil e vinte, no Cartório Notarial da
Região de Primeira Classe de São Vicente,
sito em Alto São Nicolau, ilha de São Vi-
cente, perante a Notária por acumulação,
Drª Tirza Francisca Pires Fernandes, foi
lavrada no livro de notas para escrituras di-
versas número B/68, a folhas 84 á 84 verso,
a Habilitação de Herdeiros, por óbito DO-
ROTEIA LOPES FORTES, natural da fre-
guesia de Nossa Senhora da Luz, concelho e
ilha de São Vicente – Cabo Verde, com últi-
ma residência em Fonte Francês, cidade do
Mindelo, no estado de solteira, dois de No-
vembro de dois mil e dezanove, no Banco de
Urgência do Hospital Dr. Baptista de Sousa,
cidade do Mindelo – São Vicente.- Na refe-
rida escritura foi declarado como Herdeiros
legitimários os seus filhos: a)– ANTÓNIO
LOPES FORTES LOPES, a data do óbito
casado com Ione Lopes, sob o regime de co-
munhão de adquiridos, natural da freguesia
de Nossa Senhora da Luz, concelho e ilha
de São Vicente – Cabo Verde, residente nos
Estados Unidos da América do Norte; b)–
ISABEL FORTES LOPES, a data do óbito
casada com Joseph Strait, sob o regime de
comunhão de adquiridos, natural da fregue-
sia de Nossa Senhora da Luz, concelho e
ilha de São Vicente – Cabo Verde, residente
nos Estados Unidos da América do Norte;
c)– DEOLINDA FORTES LOPES, a data
do óbito casada com Michael Strait, sob o
Ministério da Justiça e
Trabalho
Direção Geral dos Registos, Notariado e Identificação
CARTÓRIO NOTARIAL DA REGIÃO DE PRIMEIRA CLASSE DE SÃO VICENTE
= EXTRACTO=
CERTIFICO, para efeito da primeira
Publicação nos termos do disposto no arti-
go 86ºA do Código do Notariado, aditado
pelo Decreto-Lei nº45/2014 de 20 de Agos-
to B.O.nº50-Iª Série, que no dia catorze de
Maio de dois mil e vinte, no Cartório No-
tarial da Região de Primeira Classe de São
Vicente, sito em Alto São Nicolau, ilha de
São Vicente, perante a Notária por acumu-
lação, Drª Tirza Francisca Pires Fernandes,
foi lavrada no livro de notas para escrituras
diversas número C/68, a folhas 19F, a escri-
tura de Habilitação de Herdeiros, por óbito
GERMANA MARIA DELGADO, natural
da freguesia de Santo António das Pombas,
concelho do Paul, ilha de Santo Antão, no
estado de solteiro, falecido no dia cinco de
Maio de dois mil e dezoito, na freguesia de
Nossa Senhora da Luz, concelho e ilha de
São Vicente – Cabo Verde, onde teve a sua
última residência habitual, em Fonte D’Inês,
cidade do Mindelo – São Vicente.- Na refe-
rida escritura foi declarado como Herdeiros
legitimários os seus filhos: a) – Vicente Del-
gado Fernandes, à data do óbito solteiro,
maior, atualmente casado com Crisólita da
Luz Sousa Fernandes, sob o regime de co-
munhão geral de bens, natural da freguesia
de Nossa Senhora da Luz, concelho e ilha
de São Vicente, residente nos Estados Uni-
dos da América; b) – João Baptista Del-
gado Fernandes, à data do óbito solteiro,
maior, natural da freguesia de Santo Antó-
nio das Pombas, concelho do Paul, ilha de
Santo Antão, residente nos Estados Unidos
da América; - c) – Alcídia Delgado Fernan-
des, à data do óbito, solteira, maior, natural
da freguesia de Santo António das Pombas,
concelho do Paul, ilha de Santo Antão, resi-
Classificados | Edição nº 665 do A Nação | 28 de Maio de 2020
VENDE-SE
Terreno na localidade de Covão Lourenço no concelho de São Domingos –
Santiago, com 406.10m2. Uso habitação Misto.
regime de comunhão de adquiridos, natural
da freguesia de Nossa Senhora da Luz, con-
celho e ilha de São Vicente – Cabo Verde,
residente nos Estados Unidos da América
do Norte; d)– TERÊNCIO FORTES LO-
PES, a data do óbito casado com Arlette
Semedo Lopes, sob o regime de comunhão
de adquiridos, natural da freguesia de Nossa
Senhora da Luz, concelho de São Vicente –
Cabo Verde, residente nos Estados Unidos
da América do Norte; e)– CRISOLITA
LOPES CORREIA, a data do óbito sol-
teira, maior, natural da freguesia de Nossa
Senhora da Luz, concelho e ilha de São Vi-
cente – Cabo Verde, residente na cidade da
Praia. Mas se informa que, nos termos do
nº5 do artigo 86-A e do Artigo 87 do Có-
digo do Notariado, podem os interessados,
querendo, impugnar judicialmente a referida
escritura de habilitação de herdeiros.
ESTÁ CONFORME
Cartório Notarial da Região de Primei-
ra Classe de São Vicente, em Mindelo aos
oito do mês de Maio de dois mil e vinte.
Conta:
Artº. 20º.4.2………………. 1.000$00
Imposto de Selo …………200$00
Total……………………. 1200$00 (Impor-
ta em mil e duzentos escudos)
Processo nº 207320/2020
Conta Reg. Sob o nº.202027100/2020
Contacto: 9995269
FARMÁCIAS DE SERVIÇO
dente em Chã de Alecrim, cidade do Min-
delo - São Vicente; d) – Manuel José Fer-
nandes, à data do óbito divorciado, natural QUINTA - 28 de Maio
da freguesia de Santo António das Pombas,
concelho do Paul, ilha de Santo Antão, resi- AFRICANA NENA
dente em Holanda; e) – Orisa Delgado Fer- AV. Amílcar Cabral - T: 261 59 55 Mindelo - T: 232 22 92
nandes Fonseca, à data do óbito solteira,
maior, atualmente casada com Tiago Fortes SEXTA -29 de Maio
Fonseca, sob o regime de comunhão de ad-
quiridos, natural da freguesia de Santo An- AVENIDA HIGIENE
tónio das Pombas, concelho do Paul, ilha de Fazenda - T: 261 36 90 Mindelo - T: 231 00 06
Santo Antão, residente em Luxemburgo; f)
Maria Augusta Delgado Fernandes, à data
do óbito casada com Antero Matos, sob o SÁBADO - 30 de Maio
regime de comunhão de adquiridos, natural
da freguesia de Santo António das Pombas, SANTA ISABEL JOVEM
concelho do Paul, ilha de Santo Antão, resi- Largo Europa - Tel: 262 37 47 Mindelo - T: 232 45 30
dente na cidade da Praia, ilha de Santiago.
Mas se informa que, nos termos do nº5 do
artigo 86-A e do Artigo 87 do Código do No- DOMINGO - 31 de Maio
tariado, podem os interessados, querendo, SÃO FILIPE
impugnar judicialmente a referida escritura Ach. São Filipe - T: 264 72 56 MINDELO
de habilitação de herdeiros Mindelo - T: 232 74 65
ESTÁ CONFORME SEGUNDA - 01 de Junho
Cartório Notarial da Região de Primei-
ra Classe de São Vicente, em Mindelo aos UNIVERSAL
dezoito do mês de Maio de dois mil e vinte. AVENIDA
Avenida Santiago - T: 262 93 98 Monte Sossego - T: 232 45 88 / 231 17 17
TERÇA - 02 de Junho
Conta:
Artº. 20º.4.2……………. 1.000$00 FARMÁCIA 2000 LEÃO
Imposto de Selo …………200$00 Achadinha Baixo - T: 261 56 55 Mindelo - T: 232 66 04
Total …………………. 1200$00 (Importa
em mil e duzentos escudos)
QUARTA - 03 de Junho
Processo nº___________/2020 MODERNA NENA
Conta Reg. Sob o nº. __________/2020 Plateau - T: 261 27 19 Mindelo - T: 232 22 92
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