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A Postura Sistêmica e a Solução de Conflitos

Conteudista: Prof.ª Esp. Giselle Maltaca de Almeida


Revisão Textual: Esp. Maria Thereza Carvalho Rodriguez Guisande

Objetivos da Unidade:

Compreender os lugares de cada indivíduo na relação escola e família;

Reconhecer seu lugar em uma resolução de conflito; 

Identificar o que está oculto em uma situação de conflito.

ʪ Contextualização

ʪ Material Teórico

ʪ Material Complementar

ʪ Referências
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ʪ Contextualização

Considerando todo o percurso até aqui, agora, podemos aprofundar o entendimento das dinâmicas, olhar
para a solução com minúcia e trabalhar soluções na resolução de conflitos, sabendo que não serão
apontados vítimas ou agressores, e sim relações.

Nessa Unidade, também, iremos abordar as Ordens da Ajuda, como Bert Hellinger nos apresenta a ajuda
como relação; e, assim como, nas Ordens do Amor, não há como ajudar se está fora do lugar. Compreender
o destino do outro e aceitá-lo tal como é, para muitos, torna-se um fardo.

O constelador está nesse lugar, e a todo momento pode se deparar com situações em que precisa se
posicionar e mostrar ao cliente qual é o seu movimento para a solução do conflito ou liberação do sintoma.
Considerar o outro com sua narrativa e destino, e respeitar a história desse indivíduo, conforme já vimos, é
tomar a vida deste como ela é, sem se prender ou emaranhar-se com esse “outro”.

Enfim, nessa Unidade, iremos olhar para os movimentos do aluno, quais as percepções que dentro dos
atendimentos poderão surgir e como encaminhar a resolução.
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ʪ Material Teórico

O Olhar Sistêmico na Resolução dos Conflitos

De Onde Vêm os Conflitos


Iniciamos essa Unidade com estas palavras de Arun Ghandi, no prefácio do livro Comunicação Não Violenta
“Presumimos que não somos violentos porque nossa visão de violência é aquela de brigar, matar, (...) o tipo
de coisa que indivíduos comuns não fazem” (ROSEMBERG, 2006, p.14). No entanto, a violência está implícita
em palavras autoritárias dos que se consideram mais fortes. Essa é uma das causas dos conflitos, um
excesso de palavras ditas de maneira violenta, que carregam em si a raiva dos agressores e cultiva a raiva
nas vítimas. Na perspectiva sistêmica, vemos as repetições com a expectativa de que seja pago o mal que
foi feito. 

Podemos, agora, compreender os caminhos dos conflitos, de onde vêm, por qual razão e como podem
ajudar. Os alunos trazem de suas famílias dores e lealdades que, no ambiente escolar, serão ampliados e
poderão ser liberados. Quando esse movimento é aceito pelo campo, aí sim, apresentará uma solução
possível. Hellinger (2020) nos diz algo sobre resolução de conflitos, que culpado e vítima só poderão
equiparar-se quando tiverem sido igualmente maus, na mesma proporção. Portanto, quando se percebe
esse movimento na escola, se não houver um direcionamento para o mais, para a liberação, esses conflitos
tendem a continuar. 

Conforme já vimos, as crianças são leais às suas famílias, portanto, carregam consigo um amor
incondicional aos seus sistemas. Alguns apresentam comportamentos “difíceis” aos olhos dos
profissionais e são chamados de alunos problema e, nesse caso, a solução apresentada é a de concordar
com a história desse aluno. E quando acontece um conflito entre aluno e aluno, aluno e professor, professor
e aluno? Qual a primeira solução? No momento do confronto, há de se tomar algumas decisões importantes,
e a postura sistêmica fundamental é a de olhar para ambos sem buscar um culpado e vítima, e sim uma
resolução (Vieira, 2021).

Vídeo
Constelação Sistêmica e as Dificuldades de Aprendizagem 
No vídeo a seguir, vamos compreender um pouco mais sobre a dinâmica de lealdade dos
filhos aos pais, ou mesmo a outro membro da família excluído.

Constelação sistêmica e as di culdades de aprendizagem


Outro conflito comum nas escolas é o bullying, que se inicia, na maioria das vezes, na própria sala de aula, e
pode continuar por toda a escola. Como olhar para o aluno que “sofre” bullying? No caso da escola, ela olha
para um aluno como vítima e para o outro, como agressor; não será possível encontrar uma boa solução.
Mello (2018) reforça que a violência que chega na escola pode vir da própria família, de um ambiente de
desrespeito. Por exemplo, em um lar em que o casal vive em constante conflito, na escola, o filho pode
repetir o comportamento de “agressor” ou de “vítima”, por lealdade a esse pai ou a essa mãe. Observa-se,
na prática, que o aluno “vítima” de bullying se sente inseguro, e isso se percebe por não conhecer o pai, ou
um dos parceiros do casal ter outros filhos, ou outro parceiro. O “agressor” percebe essa insegurança e o
agride como forma de se mostrar mais seguro, embora, na verdade, também, sinta medo. Cada caso é um
caso e é preciso conhecer a história da família para poder identificar a origem e, assim, a solução. 

E como a escola deve posicionar-se nesses conflitos? Como já dissemos, deve reconhecer que ambos
sofrem de um sintoma que precisa ser acolhido. 

“ O bullying é sistêmico. Quando um aluno agride outros, seu comportamento sinaliza

tanto para a raiva que sente, como para o desejo de pertencimento. Quando estes
sentimentos são trabalhados e elaborados pelos alunos eles perdem a força.”

- MELLO, 2018 p. 66

E, ainda, podemos acrescentar que esse tipo de comportamento, assim como todos os outros que já
relatamos aqui, não é apenas entre alunos ou alunos e professores. Os docentes, mesmo sem perceber,
também, trazem essa postura ao formarem grupos exclusivos na escola, por exemplo, dos mais antigos ou
de trazerem falas sobre esse ou aquele professor. Apesar de serem vistas como atitudes engraçadas ou
brincadeiras, fomentam o comportamento agressivo, reflexo da história desses profissionais, que irá
repercutir em sala de aula. 

A partir do vídeo citado, podemos compreender que, na maioria das vezes, existe uma exclusão por trás do
comportamento. Ali, fica evidenciada a exclusão do masculino do paterno, no entanto, é importante lembrar
que somente com o posicionamento no campo, observando onde aparecem os sintomas, podemos
realmente trazer a solução possível para o conflito. 

Solução de Conflitos
Em situações de brigas e confrontos entre pares, ou mesmo entre professores, a maior dificuldade está em
como encontrar um ponto de acordo para que a relação se reestabeleça. Qual a postura adequada?
Comumente, vemos professores colocando os alunos frente a frente e dizendo para que se desculpem e
esqueçam o ocorrido. Na verdade, esse movimento pode, ainda, agravar o conflito. Geralmente, o pedir
desculpas acalma o conflito momentaneamente. Desculpar-se significa tirar a culpa do outro, ou seja, dizer
que o que houve não teve importância, porém, na verdade, existe sim, ali, uma dor. Com a compreensão
sistêmica, essa dor está em ambos os envolvidos. Portanto, para que haja sim uma compensação, faz-se
necessário que ambos digam que sentem muito, reconhecendo um a dor do outro e, quem sabe, até
colocando-se no lugar de assumir que o outro pode solicitar uma reparação. Assim, assume-se a
autorresponsabilidade, e não exime um nem o outro da sua parte no ocorrido (MELLO, 2018).

Figura 1 – Resolução de Conflito


Fonte: Adaptada de Getty Images
Nessa Figura, vemos em um primeiro momento apenas o pedido de desculpas e, aparentemente, a situação
se encerra. No segundo, quando há o reconhecimento, há ainda a percepção de que não foi por mal, foi uma
necessidade que despertou esse comportamento e já houve a consciência da reparação. Podemos analisar
os fatos e nos perguntar para onde olha esse aluno, qual necessidade ou lealdade está por trás desse
comportamento.

Para Onde a Criança Olha


Uma criança traz em sua experiência um lugar de amor e lealdade aos seus pais, primeiramente, pois é 50%
pai e 50% mãe. Ao tomar esse conhecimento e entendimento como alicerce na relação professor e aluno, já
irá trazer um maior conforto, por assim dizer, ao olhar para um comportamento ou um conflito no ambiente
escolar. 

Podemos fazer a pergunta a um aluno, cujo comportamento desafia o professor em seu processo de
ensinar: Com quem você se parece na sua família? Esse comportamento é mais parecido com quem?
Possivelmente, a criança irá responder: “eu sou igual a minha mãe” ou “eu sou igual ao meu pai”; e aí, o
professor pode apenas olhar para ela e dizer, internamente: “eu dou a ela ou a ele um lugar no meu coração”.

A criança olha para uma dor, para uma exclusão, algumas vezes para um irmão que não nasceu, para a dor
da mãe, que perdeu sua própria mãe ainda criança. Pode olhar para o pai, que não foi aceito por essa família,
ou que partiu ou, ainda, que está encarcerado e não pode acompanhar esse filho (MELLO, 2018).

Em um dos relatos de Hellinger, é apresentada a dinâmica de um aluno que fala muito baixo e quase nada; a
professora não soube como lidar com a situação e acabou agredindo-o. Durante a constelação, esse aluno
apresentou um olhar para uma morte, reconhecendo, ao final do movimento, que ele olhava para a avó morta
e que sua mãe não pode despedir-se; ele não falava, pois não podia dizer o que a mãe não disse. Ao olhar
para mãe e dizer querida mamãe, acontece, então, um movimento de conexão da mãe com a avó e, assim,
libera-se esse filho (HELLINGER, 2018).

Em seu trabalho com Constelação Pedagógica, será sempre importante reconhecer esse funcionamento do
campo. No relato anterior, não iria resolver o aluno desculpar-se com a professora por tê-la irritado e o
mesmo movimento inverso. Ao reconhecer e dizer que sente muito, devolve-se a ele essa dor, e permite que
algo no seu sistema seja liberado. 
E como você se posiciona em conflitos? Franke-Gricksch (2018) fala sobre o que fazer quando o “causar”
algo a outra pessoa, vai muito além da intenção. Por exemplo, um aluno que rasga o caderno de outro, ao
jogá-lo no chão, sente-se mal e deve pensar como reparar esse fato. Ele mesmo pode resolver comprar um
novo caderno e entregar para a vítima. A comunicação não violenta traz recursos que irão apoiar tanto os
professores e a equipe escolar quanto o constelador na sua prática, ficando no seu lugar e reconhecendo o
que precisa ser visto. Essa comunicação reconhece a necessidade não atendida por trás de um
comportamento desafiante em todas as relações. Aqui, nesse contexto escolar, cabe ao adulto perceber e
se posicionar diante dessa falta, fazendo o necessário para preencher ou dar possibilidades de atendimento
a essas necessidades.

Reflita
No exemplo do texto, quais necessidades do aluno dono do caderno não foram atendidas
quando o colega jogou seu caderno no chão?

Na perspectiva das Constelações, podemos alinhar essas necessidades às ordens sistêmicas não
respeitadas, por exemplo, em uma dinâmica de exclusão, há uma necessidade de reconhecimento não
atendida. Guedes (2012) nos diz que quando um adulto oferece apoio, segurança e permissão a uma
criança, ela se sente respeitada e pertencente. Rosemberg (2006), ainda, afirma que é necessário que a
outra pessoa escute verdadeiramente o sofrimento e o que ele quer dizer. Em muitas situações, apontamos
o culpado ou a vítima sem sequer compreender o que houve ou o que ambos estavam sentindo naquele
momento. A resolução ou solução de um conflito, na perspectiva sistêmica, vai muito além do aparente, do
que se vê e do que se sabe; permeia um campo de informações que só se tem acesso se realmente estiver
interessado. 
“ As pessoas não escutam a nossa dor quando acham que têm culpa de algo.”

- ROSEMBERG, 2006, p. 212

Que tal conhecer um pouco mais sobre as necessidades não atendidas e os sentimentos vinculados a elas?

Leitura
Materiais de Apoio e Webnários 
No link a seguir, você tem acesso a uma lista dessas necessidades e os sentimentos que se
manifestam a partir do atendimento ou não.

Clique no botão para conferir o conteúdo.

ACESSE

A partir dessa compreensão, o professor e a equipe escolar poderão apoiar, de maneira efetiva, os conflitos
que possam surgir na escola, e direcioná-los para a melhor solução. Compreender que é preciso diferenciar
as necessidades e o uso das palavras na comunicação, aproxima as relações e facilita a chegada a uma
solução possível. Rosemberg (2006) diz que quando duas partes em uma discussão puderam se expressar,
cada uma pode entrar em empatia com a outra e chegar à solução que atenda ambas ou, no mínimo,
discordar mutuamente.

No entanto, existem outras etapas que precisam ser observadas antes de se aplicar esses conhecimentos.
As ordens da ajuda vão elencar posicionamentos importantes antes de poder tomar atitudes em conflitos ou
em emaranhados sistêmicos.

Importante!
Na CNV, ainda, podemos observar que, em alguns conflitos, faz-se necessário o uso da força,
de maneira protetora. Por exemplo: um aluno que está prestes a agredir outro, o professor
coloca o braço na frente ou segura o braço do aluno, apenas para impedir essa agressão
(Rosemberg, 2006).

As Ordens da Ajuda na Educação


Afinal, como devemos olhar a ajuda na escola? Muitos professores desejam, internamente ou mesmo
verbalmente, salvar seus alunos, salvá-los de suas famílias difíceis, de seus pais negligentes. Entretanto,
não percebem que ali se apresenta uma desordem, que não é possível ajudar se colocando contrário ao
destino dessa criança, renunciando sua família. Hellinger (2020) apresenta a ajuda como uma arte, e como
tal, pode ser aprendida e praticada. Nós, como seres humanos, necessitamos ajudar e ser ajudados; isso
faz parte das relações e é recíproco. Voltando ao entendimento das Ordens do Amor, podemos ajudar e
receber ajuda de nossos iguais, no entanto, daqueles que são maiores, apenas fazemos algo como
compensação, de forma limitada, por exemplo, em relação aos nossos pais. Assim, retribuímos apenas com
o que é possível e nos sentimos fazendo algo que irá transbordar nas gerações seguintes, por exemplo, para
nossos filhos. 

Na educação, existe uma relação entre iguais. Lembrando que os professores vieram antes e se prepararam
para isso, podendo transferir aos seus alunos aquilo que receberam de seus próprios professores, fato este
que não os torna superiores. Por essa razão, devem se perguntar em qual lugar se posicionam quando
desejam ajudar o aluno.

Observe essa relação nas duas Figuras a seguir:

Figura 2 – Professor posiciona-se como superior ao aluno


Fonte: Getty Images
Figura 3 – E, agora, o professor como igual e o aluno disponível para receber
ajuda
Fonte: Getty Images

A seguir, iremos compreender quais são e o que apresentam as ordens da ajuda.

Dar apenas o que se tem e esperar que o outro receba apenas o que precisa:

A primeira Ordem da Ajuda é simples de se compreender e podemos traduzi-la como: ajudar somente com
aquilo que realmente tenho, sem deixar minhas prioridades, e receber apenas o necessário. O professor
pode ajudar seu aluno à medida que já tenha trabalhado em si mesmo suas próprias dores. Muitas vezes,
nessa relação, o professor se enxerga naquele aluno, naquela mesma idade, quando suas dores e suas
dificuldades não foram vistas e trabalhadas de maneira afetiva. Quando esse professor auxilia apenas com
o que lhe é possível, compreendendo que o outro irá receber o que precisa, tem, então, força para
ajudar/trabalhar. 
Um exemplo dessa dinâmica na escola, é:

“Um aluno apresenta dificuldades na escrita e a professora chama sua atenção, pois seus textos estão
sempre fora de contexto, sem início meio e fim. Diz que vai ficar na hora do intervalo com ele para ajudá-lo a
fazer um texto. Esse aluno fala para a professora que se sente mal, pois não poderá brincar com seus
amigos, ao passo que ela diz: “eu quero te ajudar e você ainda reclama?” Ele diz: “professora, eu quero
brincar. Não tenho irmãos e no recreio é quando eu posso me divertir.” Então, ela percebe que ele não está
disponível e que a melhor forma de ajudá-lo é encaminhá-lo para reforço no turno contrário, assim terá esse
tempo. 

Com a perspectiva sistêmica, essa professora percebe que estava repetindo com seu aluno a mesma
dinâmica que acontecia com ela: era punida por não conseguir terminar as tarefas em tempo, então ficava
sem recreio e ainda era chamada de lenta, desatenta, que vivia no mundo da lua. Quando, na verdade, ela
pensava no irmão pequeno que estava em casa com a mãe, enquanto ela precisava ir para a escola, por
isso, a “distração”. Quando o professor se dá conta dessa dinâmica por meio da fala do aluno, o libera e o
ajuda de maneira eficaz.” (Relato reduzido de uma cliente em um atendimento). 

Só Posso Ajudar Quem Deseja ser Ajudado


A segunda ordem é compreender que, após reconhecer que posso ajudar, o outro só irá tomar aquilo que
precisa e é necessário que este deseje receber ajuda. Só se deve ajudar quem pedir ajuda. Caso contrário,
ao entrar em ressonância com o aluno, o professor acaba saindo do seu lugar e assumindo algo que não é
seu; essa dinâmica faz com que o aluno tenha uma resistência em receber essa ajuda. Pessoas que fazem
esse tipo de movimento acabam se tornando invasivas, colocando-se como maiores, os salvadores e
repelindo qualquer tentativa de aproximação.

Vamos observar a Figura 4:


Figura 4 – Charge
Fonte: Reprodução
Reflita
Nessa charge do Horácio, que tipo de relação podemos observar na ajuda?

Considero essa uma ajuda apenas olhando para um pedido, no entanto, Horácio não tinha o que o gigante
procurava, pois seu espaço era pequeno demais. Muitas vezes, é assim que terapeutas, professores e
qualquer outra pessoa no lugar de ajudante se posiciona. Entregar o que não se tem, na realidade, é uma
falsa maneira de ajudar.

Observamos esse padrão de comportamento na escola, na relação professor e aluno: aquele professor que
deseja salvar seu aluno, acreditando ter o que ele precisa. Na verdade, o movimento é mais simples:
concordar com a criança tal como ela é e respeitar o seu destino, fazendo apenas o que lhe cabe.

Só é Possível Ajudar em uma Postura Adulta


Aqui, entramos em um movimento de se reconhecer adulto e reconhecer o aluno como criança na sua
integridade e verdade, ou seja, o professor não deve posicionar-se como melhor que esse aluno ao querer
ajudá-lo. Quando o docente assume o lugar de ter pena do discente, ou de julgar seu comportamento, está
em uma posição infantil, como vimos anteriormente, olhando para suas feridas e querendo curar-se através
dessa dinâmica. Quando reconhece que o estudante tem um destino, e ele está ligado ao seu sistema
familiar, o professor o reconhece como igual e, só assim, a ajuda poderá ser eficiente. Hellinger (2020)
afirma que somente o ajudante olhando para o ajudado como adulto, evita de posicionar-se no lugar dos
pais, fazendo somente o necessário do seu lugar. 

O professor ajuda seu aluno reconhecendo suas circunstâncias externas, quer dizer, reconhecendo suas
conquistas escolares, o que serve à evolução e ao crescimento como ser humano desse aluno. Ao
reconhecer o que acontece, sem sentir pena do aluno, o professor está reforçando a autoestima deste e
fortalecendo sua concordância com seu destino, tal como foi. Em circunstâncias internas, aquelas que se
referem intimamente às lealdades familiares, o professor ajuda ao concordar com a história e a família dos
seus alunos, trazendo harmonia na relação entre família e escola. 

O Professor Olha para Todo o Sistema e não Somente para o Aluno


Essa é a percepção, podemos dizer, fundamental para poder atuar em uma postura sistêmica: reconhecer
que o aluno é parte de uma família e o que ele precisa encontrar em sua origem. Nessa postura, o ajudante,
no caso o professor, percebe que essa família precisa de seu respeito para que seja permitida o auxílio ao
seu aluno.

Hellinger (2020) diz que nessa relação de ajuda, a desordem estaria em não olhar para o essencial, nesse
caso, para onde o aluno olha. Ele diz que seriam as pessoas as portadoras da chave na mão para a solução.
E que seriam, na maioria das vezes, os que foram excluídos, talvez porque trouxeram vergonha à família. Por
exemplo, na escola, alunos que repetem as séries e que não se dedicam, podem estar vinculados a um
outro excluído que também apresentava esse comportamento.

A partir dessa perspectiva, respeita-se o destino da família, sabendo que não cabe ao professor assumir o
lugar de salvador desse aluno, e sim compreender que só assim o aluno tem possibilidade de evoluir e
liberar seu sistema.

Reflita
Como o professor pode observar além do seu aluno? Por exemplo, um repetente, ao se
perguntar: quem nessa família não pode estudar? Quem viu-se obrigado a abandonar a
escola?
Essas e outras perguntas podem nortear a postura do professor, que passa a deixar de olhar
apenas para o repetente e olha para o aluno.

Após essa reflexão, podemos pensar nas razões pelas quais esse professor questione ou queira modificar
esse aluno. Mello (2018) afirma que, algumas vezes, esse professor traz suas vivências para a escola e
esquece que elas são diferentes das dos alunos. Quando se acredita que o aluno é uma vítima da sua
família e se deseja que ele mude, o educador está interferindo no seu destino e saindo da sua posição
nessa relação. Essa é uma postura arrogante, pois cada um sabe lidar com suas dificuldades, porque já tem
conhecimento do seu sistema. A ajuda do professor não deve ser intencionada a mudar o aluno, e sim em
perceber até onde pode ir e permitir que o movimento aconteça.

Dou um Lugar no Coração a Cada Um, por Mais Diferente que Seja de Mim
A ajuda tem um movimento interessante: o de juntar o que havia sido separado. Essa é a visão de uma
constelação, organizar um sistema, devolver o lugar a quem estava excluído ou fora de ordem. O ajudante
não deve prender-se a um conceito de bom e mal, certo e errado; a compreensão de que todos fazem parte e
podem ter um lugar no seu coração é parte do processo de ajuda.

Por exemplo, um aluno que reclama de seus pais. O professor com postura de ajuda eficaz, carrega esses
pais em seu coração e, sendo assim, proporciona ao aluno o reconhecimento desses pais como os pais
certos. O ajudante que está em paz com seu sistema é aquele que, verdadeiramente, pode ajudar, como
vimos na primeira ordem (HELLINGER, 2020). 

Podemos trazer as palavras de Hellinger sobre ajuda:


“ A desordem da ajuda seria o julgamento sobre os outros, que geralmente é uma

condenação e a indignação moral ligada a isso. Quem realmente ajuda, não julga.”

- HELLINGER 2020, p. 116

A partir desse conhecimento e de assumir essa postura de ajuda, trazemos mais força ao nosso lugar e,
sendo assim, é possível a inclusão do todo e o respeito para com todos, pois me reconheço como igual e
faço parte do todo. Aí está o impulso para a vida, sendo visto e aceito, sentindo o pertencimento e sendo
levado para o mais, para a alegria, que é viver. Assim, reconhecer o outro como é, mesmo que nada se
modifique, é a maneira de realmente ajudar. Quando você se liberta de todas as expectativas e aceita o que
é seu, esse caminho se abre sem limites e sem julgamentos, apenas o é (VIEIRA, 2021).

O Professor e os Rótulos na Educação


Vamos, agora, trazer a perspectiva da abordagem sistêmica para os comportamentos apresentados na
escola, a partir do entendimento dos emaranhados que esses alunos podem estar envolvidos com suas
famílias. Emaranhados, segundo Mello (2018), surgem quando um membro do sistema vive
inconscientemente um destino que não é o seu, ou seja, um roteiro de vida de um familiar excluído ou fora
de ordem. Na escola, os alunos que apresentam esses comportamentos são diagnosticados com alguns
transtornos ou déficits de aprendizagem e, na maioria das vezes, vistos como alunos difíceis de serem
atendidos e de serem acompanhados nos processos de aprendizagem.

Sintomas e Possíveis Lealdades


Podemos trazer alguns sintomas para ilustrar as possíveis lealdades dos alunos com algum comportamento
diferente do considerado ideal pelos professores, como por exemplo, TDAH (Transtorno de Déficit de
Atenção e Hiperatividade) que, segundo a Associação Brasileira de Déficit de Atenção, é caracterizado por
desatenção, inquietude e impulsividade. Ao observar esses movimentos, podemos trazer a compreensão de
que esse aluno pode, inconscientemente, querer dizer, “eu olho para minha mãe que está em casa
depressiva”; “eu olho para o meu irmãozinho que não nasceu”. Esses alunos podem estar exaustos em ficar
“olhando,” cuidando da sua família, de seus pais ou mesmo fazendo algo por alguém que foi excluído, “não
posso parar, tenho que dar conta de tudo”. Esses são alguns exemplos da dinâmica que pode estar
acontecendo nesse sistema. 

Podemos observar outros sintomas e perceber que as dificuldades se iniciam na linguagem e na


comunicação. Como se referir a uma criança que apresenta qualquer deficiência, seja física, intelectual ou
alteração genética, comumente chamada de especial? Todas as crianças são especiais. O termo correto é
criança com deficiência. E o que observamos nas deficiências? Observamos o movimento, o que “falta”,
afinal, a etimologia da palavra, do latim deficientia, significa “falta, enfraquecimento”. Ao observar o
movimento da criança, podemos trazer a compreensão do que pode estar vinculado e, assim, trazer a
solução para esse sintoma.

Significa que o sintoma irá embora? Na maioria das vezes, a criança fica mais tranquila e a família consegue
se posicionar de outra maneira diante dessa necessidade, o que traz leveza. Para olhar e trabalhar cada
sintoma, devemos voltar o olhar, primeiramente, para a criança e o seu sistema, conhecer as dinâmicas
envolvidas nessa família para, só então, poder realizar um movimento ou intervenção necessária e
adequada ao aluno. Na escola, costuma-se olhar para um sintoma como único, que se repete e para o qual
acaba sendo aplicada a mesma conduta para os mesmos diagnósticos. Por exemplo, alunos com
Transtorno do Espectro Autista (TEA) apresentam comportamentos diferentes, classificados em grau de
comprometimento, assim, a postura sistêmica vai além, devendo orientar-se pela história desse aluno e o
que precisa ser dado lugar nesse contexto.

Em nossas videoaulas, trarei maiores detalhes e experiências clínicas para alguns casos em alunos. 

A escola que assume uma postura sistêmica fica atenta a esses e a outros sintomas, como medo,
ansiedade e incertezas, que podem trazer dificuldades na aprendizagem e que, na verdade, só querem
apontar para algo que precisa ser visto pela família. Assim sendo, é possível trabalhar uma intervenção em
conjunto, trazendo a solução de maneira leve e efetiva (MELLO, 2018).

E como os professores e a equipe escolar podem ajudar esse aluno, sem interferir na família? A seguir,
algumas frases que, quando utilizadas, trazem segurança ao aluno.
Importante!
“Seus pais são os certos para você”. “Seus pais estão ligados a você e ao seu coração”.
“Aqui, eu sou apenas a professora”. “Eu me alegro por você aprender comigo”.

Com o uso de frases semelhantes a essas e outras dentro do contexto, Marianne Franke-Gricksch (2018)
observou as mudanças nos comportamentos de seus alunos, trouxe mais segurança e pertencimento para
eles e, sendo assim, mais presença e entusiasmo em sala de aula.

Eu sigo o papai
Uma cliente, certa vez, trouxe o caso de seu filho, que falava demais na escola.
Professores e colegas de classe reclamavam por ele falar muito e acabar
atrapalhando o andamento da disciplina. 

O pai da criança havia sido assassinado na frente da mãe, ainda gestante. Alguns
anos depois, a mãe casou-se novamente e o filho ficou na casa da avó. A mãe
falava que o filho estava acima do peso e que não fazia nada certo. Perguntei se
ele se parecia com o pai, e ela disse que sim. Ela relatou que cada vez que olhava
para o filho, lembrava da morte do pai dele e não percebia que estava sendo dura
com a criança. Afinal, a lembrança da morte trazia a ela dor e sofrimento por ter
ficado sozinha. O menino, com esse comportamento, queria incluir o pai em sua
vida e, também, ser visto pela mãe. 

A solução veio quando essa mãe olhou para o pai do seu filho e disse que sentia
muito e, assim, deu a ele um lugar no seu coração; em seguida, olhou para o filho
e permitiu que ele amasse seu pai. Com pai e mãe, o menino passou a se sentir
visto na escola e diminuiu, consideravelmente, as falas durante as aulas.

Quando olhamos para a realidade dos alunos ou, no caso, o facilitador para o cliente, e dizemos sim,
concordamos com o que foi. Por exemplo se ao conhecer histórias que envolvem mortes, abandonos e
compreender que mesmo diante destes acontecimentos existiu uma justa razão, trazemos o entendimento
de um grande amor envolvido. Através desse movimento a vida chegou até o cliente e isso o faz ser quem é.
Somente quando concordamos com o destino do outro, é que podemos fazer a nossa parte e ele segue para
o novo, porque sente-se acolhido (VIEIRA, 2021).

O Alinhamento do Constelador, da Família e da Escola


Após a compreensão de como a escola se posiciona diante da família de um aluno que precisa de atenção
por conta do sintoma, você pode se perguntar: e eu, como constelador, onde atuo?

Como já vimos as leis do amor e as ordens da ajuda, agora você já sabe que, para poder ajudar essa escola
e essas famílias, é necessário que sua ajuda seja solicitada por alguma das instâncias. 

Por exemplo, em uma escola com um aluno com Transtorno Opositor Desafiador – TOD, a escola não pode
contratar o serviço de um constelador para olhar para esse aluno, pois estaria fora de ordem. Nesse caso, a
escola pode olhar para a dinâmica dessa relação e se perguntar, primeiramente: “a quem ele desafia?”;
“Quem sente-se desafiado?” 
Tenho algo a acrescentar, ainda, sobre os movimentos vistos até aqui. Hellinger (2018) diz que as crianças,
muitas vezes, tomam as dores e os sofrimentos dos seus pais por acreditarem que assim seus pais estarão
melhores; elas se sentem como maiores que seus pais. Assim também é com um adulto que acredita poder
mudar o destino de alguém; acredita que tem o poder da vida em suas mãos quando, na verdade, só se torna
adulto ao compreender sua impotência diante de certas situações e que só é possível ajudar
verdadeiramente quando se assume que não é capaz de transformar o mundo. 

Vamos pensar neste caso: o aluno, em sala de aula, apresenta um comportamento adequado e com os
professores não apresenta dificuldades, no entanto, com a direção e inspetoria, acaba apresentando
conflitos. Então, é nesse sentido que se deve observar: ele desafia as autoridades e a autoridade se sente
desafiada; pode sim o diretor olhar para essa dinâmica, para observar onde está seu emaranhado com
desafiadores; não irá olhar para o aluno em si, mas para a dinâmica que ele apresenta. Algumas vezes, ele
pode apresentar esse sintoma apenas em casa, pois está em disputa com os pais, querendo ser visto por
eles, pode haver um excluído nessa família que, através do comportamento do filho, está aparecendo, como
um irmão não nascido, desse ou de outro relacionamento, por exemplo. 

Hellinger (2018) fala que existe uma ideia de uma família ideal e de que outras famílias deveriam ser iguais.
Porém, nas famílias com dinâmicas difíceis, por assim dizer, esse “difícil” fortalece essas crianças, com
recursos que na família ideal não existiriam, tornando-se, assim, fundamental a atitude de concordar com o
que existe, sem nada modificar. 

Assim, os comportamentos difíceis dos alunos e dos filhos são, na verdade, movimentos de cura para
liberar algo que precisa ser visto, reconhecido. Só assim podemos crescer. Franke-Gricksch (2018) relata
que é natural encontrarmos alunos inquietos, e que esse comportamento desafia o professor. Algumas
vezes, esses alunos apresentam esse comportamento diante de todo o grupo, o que faz com que eles
sejam colocados em um lugar de destaque pelo grupo. Em uma de suas experiências, Marianne, diante de
um desses alunos que se sentia ameaçado pelos colegas por seu comportamento, colocou-o no centro de
uma roda e, numa espécie de dinâmica, pediu para que um a um, os outros alunos dissessem àquele que se
sentia ameaçado: “você é um de nós”, a fim de ele se sentisse pertencente. Em algumas semanas, ele se
integrou à turma. 
“ A espécie humana faz o seu trabalho e nos prepara para o processo de perpetuação, disso

ninguém escapa. Devemos confiar no processo de cuidado durante a infância que colherá
seus frutos na adolescência. (...) os pais se esquecem que eles devem ser cuidadosos
somente o necessário (...).”

- GARCIA, 2019, p. 45

Essa postura de Garcia nos traz que os pais fazem o suficiente e a escola complementa com o que é de sua
ordem. Esse é o movimento da integração, conexão, família e escola. Em alguns casos, o professor e a
equipe pedagógica irão precisar de um apoio externo ao ambiente escolar, e na posição de facilitador
sistêmico, o constelador ajuda a encontrar a melhor solução para essas dinâmicas, a fim de trazer força e
alegria novamente ao aluno e ao professor, para que cada um possa existir em seu lugar.

Em Síntese
O professor, na postura sistêmica, irá atender, compreender e diferenciar suas necessidades
das do seu aluno, trazendo, assim, uma conexão única com cada estudante. O entendimento
da resolução de divergências onde não exista vítima e agressor, e sim um contexto
sistêmico a ser observado, uma repetição familiar que precisa ser liberada e acolhida, fará
com que a escola se libere de responsabilidades assumidas por estar fora de ordem,
tomando um movimento empático, a partir do olhar da Comunicação Não Violenta (CNV)
para os conflitos, sem nomear vítimas e agressores. A postura do professor traz solução
para os desacordos, fazendo com que os alunos compreendam suas escolhas e as
consequências das suas atitudes, podendo repará-las dentro do que é possível para cada
um.
Na perspectiva de ajuda eficaz, aplicar tanto em sala de aula quanto no seu dia a dia, as
Ordens da Ajuda, permitirá à escola e à família assumirem suas responsabilidades em
relação ao aluno e à sua educação, sem interferir uma no lugar da outra. Dessa forma,
haverá a percepção sobre o quanto é benéfico para todos os lados, manter o sistema na
ordem básica.

Ao concluir essa Unidade, a postura do constelador diante de uma questão escolar, se


ampliará. O olhar para um comportamento difícil virá seguido da compreensão de uma
lealdade invisível, e a melhor solução será um caminho de fácil acesso, pela inclusão e pelo
reconhecimento da família desse aluno. Ainda acrescento que na prática dos movimentos
de constelação, o facilitador que observar os movimentos, as sensações e os sentimentos
presentes, terá uma leitura de campo leve e as soluções apresentadas virão despertar a
consciência desse sistema que reverbera para todos os envolvidos.
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ʪ Material Complementar

Indicações para saber mais sobre os assuntos abordados nesta Unidade:

  Livro  

O Outro Jeito de Falar: um Curso para as Pessoas com Distúrbios de Fala e


seus Ajudantes 
Constelações conduzidas por Bert Hellinger.
HELLINGER, B. O outro jeito de falar: Um curso para as pessoas com distúrbios de fala e seus ajudantes. Belo
Horizonte: Atman, 2007.

  Vídeos  

The Little Prince(ss)


Curta metragem da Disney sobre preconceito e bullying.

The Little Prince(ss) | O cial Trailer | Disney+


Pedagogia Sistêmica – Um Novo Olhar para uma Nova Educação 
O mundo mudou e com ele mudaram, também, as formas de se olhar para a educação.

Pedagogia Sistêmica - Um novo olhar para uma nova educação

  Leitura  
A Pedagogia Sistêmica como Estratégia para Resolução de Conflitos entre
Professores e Alunos na EMEF Alexandre Vannucchi Leme
Experiência de uma professora com a aplicação da abordagem sistêmica em sua escola.

Clique no botão para conferir o conteúdo.

ACESSE
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ʪ Referências

CAPRA, F.; LUISI, P. L. A visão sistêmica da vida: uma concepção unificada e suas implicações filosóficas,
políticas, sociais e econômicas. 1. ed. São Paulo: Cultrix, 2014.

FRANKE-GRICKSCH, M. Você é um de nós: percepções e soluções sistêmicas para professores, pais e


alunos. 4. ed. Belo Horizonte: Atman, 2018.

GARCIA, A. P. O. Pedagogia Hellinger. São Paulo: Terra Humida, 2019.

GUEDES, O. Além do aparente: um livro sobre constelações familiares. 1. ed. Curitiba: Appris, 2015.

________. Pedagogia sistêmica: o que traz quem levamos para a escola? 1. ed. Curitiba: Appris, 2012.

HELLINGER, B.; HÖVEL, G. T. Constelações familiares: o reconhecimento das ordens do amor. Trad. Eloisa
Giancoli Tironi; Tsuyuko Jinno-Spelter. 1. ed. São Paulo: Cultrix, 2007.

HELLINGER, B. A fonte não precisa perguntar pelo caminho. 1. ed. Belo Horizonte: Atman, 2019. 

________. Ordens da ajuda. 6. ed. Patos de Minas: Atman, 2020.

________. O amor do espírito na Hellinger Sciencia. 6. ed. Belo Horizonte: Atman, 2020.

________. Olhando para a alma das crianças. 2. ed. Belo Horizonte: Atman, 2018.
MELLO, F. Constelações pedagógicas: segundo a abordagem sistêmica de Bert Hellinger. 1. ed. São Paulo:
Leader, 2018.

ROSENBERG, M.B. Comunicação não-violenta: técnicas para aperfeiçoar relacionamentos pessoais e


profissionais. São Paulo: Ágora, 2006.

VIEIRA, J. L. T. Introdução à Pedagogia Sistêmica: uma nova postura para pais e educadores. 2. ed. Campo
Grande: Life Editora, 2021.

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