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O Nascimento do Trágico: livro sobre estética que fala também sobre Hegel e da filosofia da
época. Qual seria a conexão entre o trágico e o nosso curso? O Roberto Machado nesse livro
baseia-se no Peter Szondi, que discute temas importantes da teoria literária. Aristóteles,
Poética, tragédia grega, fala do ponto de vista da substância. A partir do Kant a tragédia
passou a ser considerada do ponto de vista do sujeito, da Filosofia do Trágico. (Filosofia do
Trágico vs Poética da Tragédia).
Lenin: "como posso estudar Hegel? Leia a Estética". Lá está cheio das explicações da
filosofia de Hegel.
Esse livro serve como uma boa introdução a estética, passando sobre uma série de autores
que compõem o quadro da época.
§1 o caminho da ciência é também ciência. Ela não pode pressupor seus métodos como já
foram dados imediatamente. [De onde veio deus? ele não estava presente na introdução e no
prefácio da fenomenologia. No processo da fenomenologia do espírito, a religião é a
antepenúltima figura do desenvolvimento do espírito. O Deus aqui não deve ser pensado
como um Deus religioso. Ele está diretamente relacionado com o processo da consciência].
Existem semelhanças entre a religião e a fenomenologia. Ambos tratam da verdade. A
filosofia precisa estar junto do absoluto, ela já tem que se colocar no campo da aparência, e
esse é o seu único pressuposto. E é a partir daí que temos o movimento da consciência.
No segundo parágrafo do primeiro, Hegel discute a abordagem que devemos dar à dedicação
absoluta. Não podemos previamente dizer algo, em relação ao absoluto. É preciso percorrer
um processo, não ficar em uma imediatez. Isso é muito semelhante aos parágrafos §3 e §4 da
introdução e do começo do prefácio. Não adianta somente ter uma familiaridade, é preciso
trabalhar com essa familiaridade, deixando que a consciência trabalhe. Esse é o problema do
começo da filosofia. Ela não pode pressupor algo. Para o saber ser gerado, ele precisa
participar de um processo. Por isso que ele não pode ser pressuposto.
§3 representações ou conceitos
a determinidade é único na consciência "é um só e o mesmo". Afinal, só existe um pensar,
que possui diferentes formas: imagens, intuições, sentimentos. Ele pode estar misturado, puro
(lógica). Nessas diferentes formas, o conteúdo é objeto da consciência".
"A filosofia põe, no lugar das representações, pensamentos, categorias e, mais precisamente,
conceitos". A filosofia transforma as representações em categorias, conceitos. A filosofia está
no campo da lógica, ela fala uma outra linguagem da realidade. Uma coisa é representação
(sentimentos, intuições, etc...), outra coisa são conceitos. A representação vai para o conceito,
e o conceito vai para a representação (é o caminho da fenomenologia para a lógica e da lógica
para a fenomenologia). Uma coisa é misturar representações com pensamentos. A
consciência ordinária faz isso quando trata dos assuntos cotidianos ("isso é verde"). Outra
coisa é tratar o objeto puro, o pensamento longe das representações, sendo esse o campo da
lógica.
crítica àqueles que querem acesso direto ao saber no plano das representações. Existem esses
dois níveis: representação e conceito.Há pessoas que querem misturar esses dois níveis. A
consciência tem uma certa resistência à linguagem pura, longe das representações. Ela se
sente perdida, que está fora do mundo. Quando ela começa a seguir o caminho do conceito,
ela fica perdida, chegando no caminho do desespero. Em um sentido existem duas
linguagens: a linguagem da representação e a linguagem do conceito. A rigor, o conceito só
pode ser aprendido como conceito. "Nada há mais que pensar do que o conceito". Entretanto
há uma saudade na consciência, de algo bem definido e imediato, uma certa saudade da
certeza que a representação traz. Por conta disso nós apegamos as figuras físicas, aos
escritores, pregadores e oradores".
§4 a quem pense que a filosofia tem que provar os objetos da religião. Mas são campos
diferentes: existe a consciência comum e a filosófica. Se esse é o caso, não tem como a
filosofia despertar a consciência comum e provar para ela que ela pode fazer inteligível os
mesmos objetos da religião. Isso é desnecessário, pois os modos são diferentes.
Considerações gerais:
É possível ver que o movimento dialético sempre está presente nas obras do Hegel, do em-si
para-si que depois vira em-si-para-si. Isso se manifesta no Direito, na História e na Estética.
O núcleo sempre é o mesmo.
A prova será feita durante o tempo de aula, 3 ou 4 páginas, manda pelo email o word para o
professor. Isso será feito nas próximas duas aulas.
O em-si e para-si é sempre um mesmo movimento, pois apesar do em-si vir primeiro, ele já
contém o para-si. É um movimento duplo. O para-si percebe seu para-si no em-si, e é a partir
daí que ela consegue realizar esse movimento. Se ela não fosse capaz de se enxergar no em-
si, ela não seria diferente dos animais.
Hegel fala sobre o pensamento pois estamos no último momento do saber filosófico, estamos
na Enciclopédia, estamos falando de tudo que pode ser aprendido. Bourgeois. A enciclopédia
é um círculo. Há essa ideia circular do em-si e para-si que forma essa ideia da ciência
filosófica.
A história não é um capricho humano, ele é uma necessidade humana. Há uma necessidade
de resolver uma contradição interna humana. E resolver essa contradição significa fazer
história. Essa é a distinção significativa entre os animais e os humanos, e é por isso que temos
histórico e os animais não.
Sentimentos, intuições, representações, são pensamentos. Mas não são pensamentos que se
pensam. Eles possuem uma forma diferenciada. Uma coisa seria pensar sobre formas, outra
coisa é caminhar para essa forma da consciência.
dentro do em si há o para si. Dentro do ato há a potência. Na natureza isso não se distingue.
Mas no ser humano existem esses dois movimentos. Ele é um e duplo. Ato e potência são a
mesma coisa. Para o indivíduo, não existe ato sem potência. Eu não consigo fazer um ato sem
uma potência. Eu não posso ter uma potência se eu não tiver realizado pelo menos uma vez o
ato. Há uma inter-relação entre a potência e o ato, entre o em-si e o para-si.
Por trás das representações existem categorias lógicas. As representações são metáforas para
essas categorias lógicas. Por conta disso, existe uma diferença na linguagem ordinária, das
representações, e da linguagem lógica, que trata as categorias, dos puros conceitos.
"reflexão no seio do absoluto por meio da consciência natural que percorre um caminho rumo
ao saber"