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Hegel

1. Introdução
O mais sistemático dos idealistas alemães e o último (no sentido mais preciso)
FIlosofia teleológica da história

Há comtemporaniamente menos interesse na sua lógica, mas ainda há interesse na sua


política, sociologia e teologia

2. Hegel’s Philosophhy

“Philosophy is its own time comprehended in his thoughts”

Há aqui um reconhecimento da historicidade da filosofia, que ela está inserida num estádio
temporal, mas no entanto, ela também trata de eternidades, daí poder tratar-se do Conceito
(o eterno, universal) nas suas determinações concretas (o particular, o histórico).
Por outro lado filosofia é o tempo a compreendendo-se a si mesmo no pensamento, ou seja
é um processo de reconhecimento de si próprio, onde um estádio histórico pode reflectir
sobre si próprio, descobrir o que ele é, e por sua vez, reconhecer-se como uma parte, um
estádio do desenvolvimento do Absoluto

Isto faz parte de uma conceptualização maior no sistema de hegel o par “finito-infinito” como
uma unidade

E isto é bué giro porque leva a diferentes leituras de Hegel, umas que focam mais no finito
outras no infinito.

2.1. Background: Idealism as understood in the german tradition

Leibniz → funda o idealismo como contrário do materialismo


Idealismo (Berkeliano, que é um bom exemplo) → aquilo que nos parece material pode ser reduzido
apenas à mente finita do Eu e a mente infinita de Deus

Hegel e outros alemães entendem o idealismo de uma forma neo-platónica aristotélica – o


pensamento divino imana na natureza e não é puramente transcedente à realidade material
(aproximam-se mais do panteísmo de Espinoza assim)

2.2 The traditional metaphysical view of Hegel’s Philosophy

Visão dos analiticos sobre Hegel: visão metafisico-teológico de Deus (Espírito Absoluto)
como realidade última que o podemos conhecer pelo pensamento apenas.
AKA estragar tudo o que Kant fez e reerguer a metafisica pre-kantiana

Frase incriminadores do Hegel: “O objecto da filosofia é Deus e portanto filosofia é pretty


much teologia racional”

Em Hegel, a mente divina só se atualiza nas mentes particulares das “suas” criaturas
“Thus in our consciousness of God, we somehow serve to realize his own self-
consciousness and thereby perfection”
A metafisica hegeliana na História e no desenvolvimento histórico → a história desenvolve de forma
necessária e lógica tendo em conta o seu telos a priori

A materialidade é espírito objectivado

Hegel faz um idealismo absoluto, onde integra o espirito objectivo com o espírito subjectivo,
no desenvolvimento da auto-consciência e auto-aperfeiçoação divina

Por muito que tem o ser teor teológico, hegel foi precursor de outras correntes como o
existencialismo (que retira do hegel apenas as relações do espírito subjectivo) e do
marxismo (que pegam na dialética histórica só que tiram o idealismo)

Na academia normalmente se dava esta visão metafisica de hegel até que alguem tem a
excelência ideia de tentar ver hegel na sua continuidade com a filosofia critica de Kant

2.3 The post-Kantian (sometimes called the non-metaphysical) view of Hegel

Argumenta-se que há certas áreas do pensamento de Hegel que podem ser lidas sem
recorrer à sua metafisica-teológica (especialmente o pensamento politico e ético)

O pós-kantianos hegelianos vêem em hegel, um critico kantiano a tentar escapar do


metafisico, e vêem uma extensão da critica de kant ao incorporar a universalidade
transcedental com o contexto histórico

2.4 The revised metaphysical view of Hegel

Os metafisiquistas tradicionais acusam os pós-kantianistas de projectarem sobre Hegel o


que eles queriam que lá estivesse

Hã ainda leituras hegelianas que á visão revista que foca-se principalmente nas criticas de
Hegel a Kant que pressupõem alguma metafísica, no entanto, não de forma tão exagerada
como pensamos

Tanto os pós-kantianos como os revised dizem:


● a metafisica hegeliana n tem de ser visra por este espelho teológico
● A importância da critica de Kant em hegel e por sua vez a sua meta-critica, dizendo
que Kant não escapara aos pressupostos metafisicos que ele proprio critica
○ Mas os pós-kantianos vêem nesta critica uma aperfeiçoação do sistema
kantiano
○ Mas os revised vêem nesta critica uma fundanção de uma nova metafisica
(fundada na aristotétlica ou na espinoziana)

3. Hegel’s Published Works

5 tipos de livros diferentes:


● Grandes Obras – Fenomenologia do Espírito e Ciência da Lógica
● Manuais das Lições – Enciclopédia das Ciências Filosóficas, Elementos da Filosofia
de Direito, etc.
● Conjuntos de Lições Póstumas (construídas por editores, apontamentos de alunos,
sebantas do hegel, etc.) – Lições de Estética, História da Filosofia, etc.
● Trabalhos miscelâneos
● Trabalhos de juventude

3.1 Books

3.1.1 Phenomenology of Spirit

Fenomenologia (em Kant) → estudo dos principios da sensibilidade


Fenómeno (em Kant) → aparição, aparencia de algo
Noumeno (em Kant) → a coisa em si

A Fenomenologia do Espírito é um estudo de fenómenos (que Hegel no entanto não contrasta com
noumenos), é uma propedeutica à filosofia → levar o leitor da aparência do espírito no mundo ao
estudo puramente conceptual do espírito (aka Filosofia)

Pode ser comparado a um Bildungsroman (romance de maturidade, obra onde se vê o


desenvolvimento de um protagonista da infância à maturidade, por sua vez é suposto o leitor aprender
e se reflectir nele) → neste caso o protagonista é o espírito <3 (A jornada do espírito absoluto,
paralela a jornada do espírito subjectivo)

A Jornada do Espírito é uma sucessão evolutiva de estados de consciência até que surge a
civilização e aí o Hegel começa a fazer mais uma mapeação e história das várias
sociedades e dos seus pensamentos acerca de si próprios e do mundo (claro que isto está
tudo ligado, pois nestas sociedades Hegel vê o desenvolvimento do espírito)

Ponto Final (época de Hegel): Saber Absoluto (ponto de partida da filosofia a sério, aka,
quando reconhecemos pela primeira vez o espírito absoluto)

O desenvolvimento da sociedade ocidental está ligado com a manifestação e compreensão


do espírito absoluto (Deus) de si a si

O telos metafísico de Hegel pode ser visto como uma continuação do pensamento kantiano
pré-crítico (que achava que ainda era possível criar uma metafisica a partir de pensamento
puramente conceptual e analitico)

Os que leiem Hegel como kantiano pós-critica vêm o desenvolvimento histórico de uma
espécie de razão especial que finalmente aboliu todos os dogmas (no entanto, parece-me
que estas leituras são compativeis)

Os primeiros 3 capítulos são os mais filosoficos e que melhor mostram o método


fenomenologico
Capitulos 1 a 3 → desenvolvimento de estágios de consciência que levam consigo visões
epistemológicas (critérios para o conhecimento) e ontológicas (critéiro para a natureza dos objectos
desse conhecimento)

No capítulo 1, o que rege é a percepção imediata → os objectos conhecidos são as percepcões simples

MAS aponta Hegel, nós apreendemos que até esta percepções simples são apreendidas de
forma conceptual, que por sua vez, remete a um objecto individual (pelo menos é o que eu
estou a entender?) ou a uma determinação do objecto individual

No final do capítulo o protagonista descobre que a consciência não pode ser algo de
simplesmente imediato e singular mas que tem de conter em si algo de universal
(conceptualização), por sua vez já não compreendemos o objecto sensorial como algo
simples mas percebemo-lo como objecto de percepção que instancia várias propriedades
gerais

Ao tentar fazer o implicito critério epistemológico e ontológico explicito, o protagonista


encontra nele contradições que devem ser resolvidas, e a partir daí surge agora o
Entendimento, que já não apenas se importa com o objecto percepcional, mas importa-se
com as forças subterrâneas que produziram esse objecto

(Pequeno aparte que isto aqui segue letra a letra o processo dialético, primeiro há uma tese,
encontra-se contradições nessa tese, boom resolve-se as contradições, por sua vez, esta
solução torna-se nova tese com contradições… etc etc)

Capitulo 3 a 4 há uma instância em que a Consciência se torna Auto-consciência, e a


dificuldade do auto-reconhecimento:

Para ter consciência de um objecto externo como algo diferente do próprio é preciso o
próprio ter autoconsciência – o reconhecimento de um como sujeito para o qual surgem
objectos como conhecidos, nisto Kant e Hegel concordam

Hegel no entanto aprofunda isto pegando numa Ideia de Fichte – é também necessário o
reconhecimento de outros sujeitos auto-conscientes para o qual os objectos aparecem como objectos
externos; é preciso portanto um processo mútuo de reconhecimento entre sujeitos como cada um deles
sendo auto-consciente → A matriz do espírito objectivo permite a existência do espírito subjectivo

E é a partir daqui que o Hegel pode parar de falar do espírito subjectivo e começar a falar
do espírito objectivo e dos padrões de autoconhecimento distincito que permitem a
existência do espírito individual

Espírito Objectivo: padrões objetivos de interação social culturalmente distintos a ser


analisados pelos padrões de autoconhecimento que eles encorpam

No entanto isto é visto de fora, visto de dentro, pelo protagonista auto-consciente, ainda não está claro
como é que ele reconhece o espírito objectivo (há algum presságio como na relação entre um padre e
deus, ams nada de explicito) → boom razão como porta de saída
A discussão de Hegel sobre o espírito começa com o cenceito de Sittlichkeit(ordem ética,
moral, etc.)

O Espírito objectivo comporta certas ordens éticas, costumes, modos de vida que por sua
vez são partilhadas pelas individuos que os atualizam internalizando-os.
(Isto não nos tem necessariamente de fazer agarrar a uma interpretação de um ser supra-
individual)

Por muito que Kant provavelmente acabaria a Fenomenologia no capitulo 6, onde o ser
encontra a razão prática e moral, para Hegel é preciso reconciliar o aspecto prático e o
aspecto teórico da razão e portanto temos mais dois capitulos um acerca de religião e um
acerca do conhecimento absoluto. Este será o ponto de partida para o segundo livro a
ciência da lógica

3.1.2 Ciência da Lógica

A ciência da lógica está divida entre três livros com três temas separados diferentes: Ser,
Essência, Conceito

Leituras ontologicas da ciência da lógica ou leituras de uma teoria das categorias que por
sua vez representa as estruturas do ser e do pensamento são formas de saltar por cima da
parte “Lógica” da ciência da Lógica, já que é uma lógica bem outdated

Outros argumentam que a devemos ler similarmente aos capítulos da Critica da Razão Pura
como uma Lògica Transcedental

Cada um dos três capítulos da ciência da Lógica por sua vez está divido em três
subcapitulos. A estrutura tríadica da obra tem inspiração nas categorias kantianas, onde a
última é sempre uma integração das duas últimas opostas

No Primeiro capítulo tratamos de Ser porque é a questão mais fundemental do pensamento


(tudo o que pensamos existe em alguma medida)
O ser aparenta ser imediato e simples mas ao o explicitamos ele aparece-nos
necessariamente algo apenas como oposto a outro algo – O Não-ser
É preciso resolver o dualismo e daqui surge o devir – o devir integra o ser e o não-ser pois o
devir é a passagem do não-ser para o ser, e é só desta maneira, como partes superadas de
uma síntese maior que podemos entender o Ser e o Não-ser

Há duas ferramentas metodológicas da Ciência da Lógica


– a determinação como negação, onde duas partes determinadas se negam uma à outra e
que por sua vez devem ser sobrenegadas para dar caso a uma síntese
–o pensamento e o pensamento apenas consegue desdobrar e resolver as contradições
dentro das próprias categorias do pensamento – a capacidade do pensamento para toronar
os seus conteúdos determinados, consistentes e incontraditóriso

A lógica de Hegel, oposta a de Kant que trabalha apenas a mente e pensamento do ser
finito, trabalha a razão universal (logos) e portanto tem uma qualidade ontológica
Livro 2: A doutrina da Essência
O pensamento sobre a essência dos seres é por sua vez mais desenvolvido do que o mero
pensamento sobre o ser, o pensamento das essências existe no par essência-aparecer

Este par leva-nos a pensar sobre uma realidade subterrânea que existe sub a realidade da
mera aparência e daqui surge uma nova tensão que é resolvida ao entendermos que a
essência subterranea que existe só faz sentido se ela explicar o mundo aparente que se vê

Livro 3: A doutrina do Conceito

O conceito passa por três momentos – o de singularidade, particularidade e universalidade

Teoria do Juízo Hegeliana (Inspirada em Hölderin):


Todo o juízo é uma união e separação
“S é P” separa S de P e vice-versa, no entanto ao afirmar “S é P” afirma-se a uniáo entre as
partes

Duas maneiras de entender isto → ou o S e o P são partes diferentes que são unidas, ou o Juízo “S é
P” é uma união que se divide em S e P

(Segue-se word soup que eu estou cansado para entender)

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