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SEMINÁRIO TEOLÓGICO NAZARENO DO BRASIL

Cátedra: Ética Ministerial

Trabalho sobre Ética Ministerial

Por

Sandro Rogério Ribeiro

Hortolândia, SP
2013
SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO ..................................................................................................... 3
2 ÉTICA CRISTÃ .................................................................................................... 4
3 A IDENTIDADE VOCACIONAL DO OBREIRO DE DEUS ................................... 5
3.1 IDENTIDADE ................................................................................................ 5
3.2 CHAMADO .................................................................................................... 5
3.3 MINISTÉRIO ................................................................................................. 6
3.4 ENVOLVIMENTO.......................................................................................... 6
3.5 LUGAR.......................................................................................................... 6
3.6 OBJETIVO .................................................................................................... 7
4 ETICA MINISTERIAL ........................................................................................... 8
4.1 O OBREIRO E A FAMÍLIA ............................................................................ 8
4.2 O OBREIRO E A IGREJA ............................................................................. 9
4.3 O OBREIRO E OUTROS OBREIROS ........................................................ 10
4.4 O OBREIRO E A SEXUALIDADE ............................................................... 11
4.4.1 SEXO FORA DO CASAMENTO .......................................................... 11
4.4.2 O PAPEL DO SEXO NO CASAMENTO .............................................. 11
4.4.3 O DIVÓRCIO ....................................................................................... 12
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS .......................................................................... 13
ANEXO – UM TESTEMUNHO PESSOAL................................................................. 14
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1 INTRODUÇÃO

Ética é o estudo dos juízos de apreciação referentes à conduta humana,

do ponto de vista do bem e do mal. Conjunto de normas e princípios que norteiam a

boa conduta do ser humano. É uma série de normas que leva à aquisição de hábitos

e a formação do caráter dos indivíduos para que possam cumprir seus deveres e

viver corretamente.

Ética também pode ser definida como o estudo crítico da moralidade.

Consiste da análise da natureza da vida humana, incluindo os padrões do “certo” e

do “errado”, pelos quais sua conduta possa ser guiada e dirigida. Em resumo: “ética”

é na prática aquilo que você pensa e faz.

Neste trabalho será abordada a Ética Cristã, como sendo o sistema de

valores morais associado ao Cristianismo e que retira dele a sustentação teológica e

filosófica de seus preceitos.


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2 ÉTICA CRISTÃ

Ética Cristã é o sistema de valores fundamentados na obra de Jesus

Cristo. Opera a partir dos conceitos revelados nas Escrituras Sagradas por Deus.

Também contempla o conjunto de valores morais e vivenciais baseados nas

Escrituras Sagradas, pelo qual o homem deve regular sua conduta nesse mundo,

diante de Deus, do próximo e de si mesmo.

O termo “ética”, vem do grego “ethos”, aparece várias vezes no Novo

Testamento, significando conduta, comportamento, porte e compostura habituais.

Portanto, pode ser definida como um somatório de princípios que formam

e dão sentido à vida cristã normal.


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3 A IDENTIDADE VOCACIONAL DO OBREIRO DE DEUS

“Tendo chamado os seus doze discípulos, deu-lhes Jesus


autoridade sobre espíritos imundos para os expelir e para
curar toda sorte de doenças e enfermidades.”
Mateus 10:1
“E, chegando-se Jesus, falou-lhes, dizendo: É-me dado
todo o poder no céu e na terra. Portanto ide, fazei
discípulos de todas as nações, batizando-os em nome do
Pai, e do Filho, e do Espírito Santo; Ensinando-os a
guardar todas as coisas que eu vos tenho mandado; e eis
que eu estou convosco todos os dias, até a consumação
dos séculos. Amém.” Mateus 28:18-20

Todo homem ou mulher chamado por Deus ao ministério deve fazer um

minucioso exame sobre sua própria vida, antes de iniciar a carreira ministerial.

Alguns pontos são relevantes para a indentidade vocacional do obreiro

chamado por Deus ao ministério.

3.1 IDENTIDADE

O obreiro deve avaliar sua própria identidade para se posicionar diante de

uma possível carreira ministerial. São importantes os questionamentos como: quem

sou eu? Por que sou assim? O que eu quero da minha vida? Assim, os preparativos

para uma carreira ministerial ganham produtividade e foco.

3.2 CHAMADO

O obreiro precisa ter convicção, dada através do testemunho do Espírito

Santo em seu coração, que de fato tem um chamado para servir a Deus em alguma

área ministerial. Certeza da salvação, clareza de como ficou claro em seu coração o
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chamado de Deus e consciência de suas condições emocionais precisam ser

cuidadosamente avaliados.

3.3 MINISTÉRIO

Ministério é, essencialmente, serviço. Servir a Deus em sua obra é, ao

mesmo tempo, um privilégio e um encargo que requer responsabilidade. Portanto é

fundamente buscar o entendimento do da forma e do lugar onde o Senhor que usar

o obreiro. O obreiro de ser zeloso em sua preparação para o serviço.

3.4 ENVOLVIMENTO

É importante observar que o envolvimento no ministério e na obra de

Deus deve ser algo natural para o obreiro. As dificuldades de uma carreira ministerial

são inerentes ao chamado. Porém, o desejo por servir a Deus é a chama que

mantém o obreiro firme em seu chamado.

3.5 LUGAR

O obreiro deve buscar diligentemente o rumo ministerial que Deus está

lhe propondo, sob risco de ter uma experiência frustruda ou improdutiva. Existe um

preço a ser pago pelo obreiro, mas a promessa de Deus é confortante e

esclarecedora em Josué 1:9:

“Não to mandei eu? Esforça-te, e tem bom ânimo; não


temas, nem te espantes; porque o Senhor teu Deus é
contigo, por onde quer que andares.”
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3.6 OBJETIVO

O mesmo Deus que chama o obreiro ao ministério, provê todas as

condições para o capacitar, bem como dá as estratégias para o desenvovimento do

chamado. Buscar com humildade o apoio de sua liderança é saudável para o obreiro

e contrubui muito com o desenvolvimento do seu chamado.


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4 ETICA MINISTERIAL

Ética Ministerial é o conjunto de princípios e normas que serve para

orientar a vida pessoal e ministerial do obreiro. Diz respeito ao obreiro como pessoa

diante de Deus, diante de si mesmo, diante da família, diante da Igreja e diante da

Sociedade.

O obreiro toma decisões morais todos os dias em sua responsabilidade

de ajudar outros. Isso só é possível seguindo os padrões éticos cristãos.

Na sua ação surgem três fatores importantes, como a virtude, o caráter e

a conduta. Esses constituem os pilares da Ética Ministerial.

A seguir, alguns pontos de relacionamento do obreiro, balisados pela

Ética Ministerial.

4.1 O OBREIRO E A FAMÍLIA

Independente das circunstâncias da vida de um obreiro, espera-se que

ordem de suas prioridades seja: Deus, família, ele próprio, a igreja e o mundo, nessa

ordem.

Família do obreiro pode enfrentar dificuldades, dependendo da forma

como ele administra seu chamado, como a falta de assistência do obreiro ao cônjuge

e aos filhos, ausência na família, discrepância entre o que o obreiro vive em casa e o

que ensina na Igreja, falta de equilíbrio no relacionamento pastor/família/Igreja,

abuso de “autoridade pastoral”, entre outras atitudes e posturas prejudiciais a sua

própria familia.

A contrapartida ética cristã é que o obreiro chamado por Deus deve dar

mostras do Fruto do Espírito (Gl 5:22) dentro sua própria casa, a seus familiares.
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O obreiro deve ser exemplo de bom filho, que respeita e ama seus pais;

bom marido que, acima de tudo ama sua esposa como Cristo ama a igreja (Ef 5:25);

bom pai, que ama e supri as necessidades de seus filhos.

4.2 O OBREIRO E A IGREJA

O obreiro, devido ao seu chamado ministerial, é um líder por vocação.

Entretanto, lideranca ministerial, antes de tudo é renúncia e serviço.

Todo obreiro está debaixo de autoridade. E não apenas debaixo da

autoridade de Deus. Mas depois dessa, de autoridade de seus lideres.

Deus dá ao pastor poder e autoridade para realizar a obra do Reino e não

dos homens. Isso deve estar sempre em sua consciencia, a fim de evitar desvios de

seu chamando.

O exercício ministerial em benefício da Igreja, entre outros deveres,

implica em pregrar a Palavra com temor e tremor; orar e meditar na Palavra;

preparar aqueles que tem chamado para servir e ministrar a ceia do Senhor e o

Batismo; celebrar o matrimônio; evangelizar os perdidos; visitar, corrigir, exortar,

ensinar com paciência e amor as pessoas sob seus cuidados na igreja.

O obreiro deve tratar a Igreja com toda consideração e estima tendo em

mente que mesma é a noiva de Cristo. Deve ser imparcial no seu pastorado não se

deixando levar por partidos, fofocas ou preferências pessoais. O pastor deve pautar

por uma vida ética e de santidade, de acordo com o esclarecedor ensino de 1

Timoteo 3:1-7:

“Esta é uma palavra fiel: se alguém deseja o episcopado,


excelente obra deseja. Convém, pois, que o bispo seja
irrepreensível, marido de uma mulher, vigilante, sóbrio,
honesto, hospitaleiro, apto para ensinar; Não dado ao
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vinho, não espancador, não cobiçoso de torpe ganância,


mas moderado, não contencioso, não avarento; Que
governe bem a sua própria casa, tendo seus filhos em
sujeição, com toda a modéstia (Porque, se alguém não
sabe governar a sua própria casa, terá cuidado da igreja
de Deus? ); Não neófito, para que, ensoberbecendo-se,
não caia na condenação do diabo. Convém também que
tenha bom testemunho dos que estão de fora, para que
não caia em afronta, e no laço do diabo”.

4.3 O OBREIRO E OUTROS OBREIROS

“O verdadeiro lider é o que levanta e prepara outros


líderes”. (Apotila Ética Geral).

O obreiro deve ser um facilitador ministerial de outros líderes. Não deve

temer outros líderes, ou líderes em potencial. Pelo contrário, deve ter sempre em

seu coração:

“Então, disse aos seus discípulos: A seara é realmente


grande, mas poucos os ceifeiros. Rogai, pois, ao Senhor
da seara, que mande ceifeiros para a sua seara.”
Mateus 9:37-38

O obreiro tem o desafio de ser um discipulador, promovendo meios para o

aperfeiçoamento do chamado das pessoas sob seus cuidados.

Espera-se também que o obreiro seja um cooperador ministerial de seus

pares, tendo sempre em seu coração que a obra é de Deus, é que o objetivo

supremo de seu chamado ministerial é levar o Evangelho de Jesus Cristo ao mundo,

e que nada deve se colocado como obstáculo à essa missão.


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4.4 O OBREIRO E A SEXUALIDADE

As Escrituras Sagradas dão toda orientação sobre os apectos da

sexualidade humana, o casamento e a família. Nesse sentido, os três fundamentos

éticos a seguir devem ser observados pelo obreiro.

4.4.1 SEXO FORA DO CASAMENTO

“Não adulterarás”. (Êxodo 20:14). O adultério está entre os principais

motivos da dissolução familias, pois gera feridas profundas no cônjuge, filhos,

familiares afetando negativamente também outras esferas de relacionamento, como

a igreja e amigos.

Pelo envolvimento do obreiro com as pessoas e seus problemas

(normalmente de carência afetiva), sempre existe a possibilidade aprofundamento

desse relacionamento. Isso pode levar a relacionamentos adoecidos e de

dependência, culminando muitas vezes em relacionamento físico.

O obreiro deve vigiar e orar, para não cair nas cildadas do inimigo de sua

vida (Mateus 26:41, aplicado como regra geral).

4.4.2 O PAPEL DO SEXO NO CASAMENTO

Constitue-se um erro de interpretação bíblica afirmar que o ato sexual é

exclusivo para procriação. O sexo faz parte da intimidade do casal, alegrando-o,

promovendo intimidade profunda, fazendo-os tornarem-se “uma só carne” (Gn 2:24).

O homem e a mulher devem procurar satisfazer um ao outro, conforme

ensina a Bíblica (1 Pe 3:7).


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4.4.3 O DIVÓRCIO

O divórcio não faz parte do plano de Deus para o homem e a mulher, poiis

trata-se de uma quebra de compromisso. O divórcio deixa sequelas no homem, na

mulher e nos filhos, sendo muitas vezes principal causador de traumas.

O casamento deve ser cuidado e tratado diariamente com amor e

dedicacão, para que o divórcio nunca seja uma possibilidade.


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REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

SEMINARIO TEOLÓGICO NAZARENO DO BRASIL. Ética Geral: Apostila.


Hortolândia, SP, 2013.

http://missoesmil.com.br/janela-evangelistica/estudo-etica-ministerial/ por Ministério


Interdenominacional de Libertadors, acessado em 22/09/2013).
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ANEXO – UM TESTEMUNHO PESSOAL

Minha salvação aconteceu em 26/02/1995, no acampamento de verão da

Igreja do Nazareno, após a ministração do Pr Luciano Duarte, em I João 5:12.

Tive a experiência da santificação numa vigília no Bairro Parque da

Represa, Paulinia, em julho de 1996. O propósito da vigília era buscar enchimento

com o Espírito Santo para servir a Deus com mais amor, sinceridade e

comprometimento. Após algum tempo em oração fiquei em silêncio por alguns

instantes e senti uma poderosa presença do Espirito Santo em mim. Fui tomado por

uma vontade irresistível abraçar a todos que estavam no local e compartilhar minha

experiência. Naquele momento experimentei um amor por Deus e pelas pessoas

que eu não imaginava que existisse.

Nos dias e semanas seguintes fui percebendo que sentimentos como

medo, timidez, culpa, dúvida e baixo auto-estima haviam sido erradicados da minha

vida, e que havia um próposito de Deus para minha existência. Também ficou

evidente pra mim que não me sentia mais impelido ao pecado, como se fosse uma

força irresistível. A presença do Espírito Santo em mim transformou o meu coração,

purificando-o.

Abracei com amor e motivação a causa do evangelho e tive a convicção

do meu chamado ao ministério pastoral. Iniciei minha preparação e ingressei no Eted

em 1997.

Servi como presidente da JNI Local por vários anos e também como vice-

presidente da JNI Distrital, na época, no Distrito Sudeste Paulista. Obtive as licenças

de Ministro Local, e posteriormente, Distrital. Atualmente sirvo como conselheiro da

JNI Local da Igreja do Nazareno Monte Calvário, Paulínia, e membro da equipe


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pastoral.

A chama do Espirito Santo continua acesa em mim, renovando e

capacitando minha vida por completo, para ser um bom filho e servo de Deus.

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