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º ano
1. Seleciona a opção correspondente aos instrumentos repressivos utilizados pelo Estado Novo
para impor o regime.
“Desde 1926 que as Forças Armadas portuguesas sustentam no poder o regime que arrancou à Nação as
liberdades públicas fundamentais e os direitos cívicos reconhecidos ao povo pela República. […] Jamais estes
e outros factos – como as fraudes cometidas contra as votações em favor do General Humberto Delgado –
levaram as altas patentes das Forças armadas a um momento de reflexão e discordância. […]
Portugal, grande potência ultramarina, e podendo por esse facto, ao menos na metrópole, fazer os
portugueses desfrutarem de um nível de vida comparável aos padrões europeus, mantinha-se uma vergonha
nas estatísticas mundiais: os mais baixos índices de produção e consumo, as mais baixas médias de
rendimento e salários, de vida económica, social, sanitária e educativa. O mais pobre país da Europa, como
recentemente fomos classificados […].
Os protestos e as manifestações, que a imprensa e a televisão relataram, (até com imagens falsificadas)
como desagravo às declarações proferidas pela ONU, foram organizados, como todos sabem, pelos
departamentos oficiais ou conduzidos através de processos de coação […].”
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História A 12.º ano
Título IV
Do governo
Artigo 106.º
O Governo é constituído pelo Presidente do Conselho, que poderá gerir os negócios de um ou de mais
Ministérios, e pelos Ministros.
1.º - O presidente do Conselho é nomeado e demitido livremente pelo Presidente da República. Os Ministros
e os Subsecretários de Estado, quando os haja, são nomeados pelo Presidente do Conselho […].
Artigo 108.º
Compete ao Governo:
1.º Referendar os atos do Presidente da República.
2.º Elaborar decretos-leis no uso de autorizações legislativas ou nos casos de urgência e necessidade pública
3.º Elaborar os decretos, regulamentos e instruções para a boa execução das leis.
4.º Superintender no conjunto da administração pública, fazendo executar as leis e resoluções da Assembleia
nacional […].
Constituição Política da República Portuguesa, 1933
O Estado Novo é…
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“Portugal é um velho país livre, homogéneo na sua formação, de fronteiras imutáveis quase desde que se
constituiu em Estado independente, pacífico na história acidentada da Europa, mas afadigado no mar, para
onde se desenvolveu a sua força de expansão, descobrindo novos territórios, que povoou, colonizou,
civilizou, incorporou no seu próprio ser nacional. Somos filhos desse passado, e não por mera deferência
pela vontade inequívoca de nossos pais, mas pela clara consciência do serviço que prestamos à paz da
Europa e à civilização no mundo, nós afirmamos serenamente a vontade de sermos no presente e no futuro
o que sempre fomos no passado – livres, independentes, colonizadores.
Temos por nós, aqui e ao longe, o direito – da ocupação, da conquista, da descoberta, da ação colonizadora,
da fazenda e sangue dos Portugueses regando a terra por todas as partes do mundo, cultivando solo,
desbravando floresta, comerciando, pacificando, instruindo. É a vontade do povo; é o imperativo da
consciência nacional.”
Salazar, Discurso de 17 de maio de 1931
Coluna I Coluna II
1 – Antiparlamentarismo A – O Estado Novo repudia as velhas fórmulas “Autoridade sem
liberdade, Liberdade sem Autoridade” e substitui-as por
“Autoridade e liberdades”.
2 – Autoritarismo B – Não há Estado forte onde o Poder Executivo o não é. O
parlamentarismo subordinava o Governo à tirania da assembleia
política, através da ditadura irresponsável e tumultuária dos
partidos. O Estado Novo garante a existência do Estado Forte pela
segurança, independência e continuidade da chefia do Estado e do
Governo.
3 - Antidemocrático C - Todos os portugueses têm direito a uma vida livre e digna,
mas deve ser atendida, antes de mais nada, em conjunto, o direito
de Portugal à mesma vida livre e digna. O bem geral suplanta – e
contém – o bem individual. Salazar disse: “Temos obrigação de
sacrificar tudo por todos. Não devemos sacrificar-nos todos por
alguns. […]”
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10. Associa o número do item da coluna I à letra identificativa do elemento da coluna II.
Estabelece a correspondência correta entre as instituições do Estado Novo e os seus objetivos.
Coluna I Coluna II
1 – Mocidade Portuguesa A – Destinada à formação das futuras mulheres e mães.
2 – Legião Portuguesa B – Instituição de inscrição obrigatória, destinada a
enquadrar ideologicamente a juventude nos valores
nacionais e patrióticos do Estado Novo.
3 - FNAT - Fundação C - Controle dos tempos livres através de atividades
Nacional para a Alegria no recreativas, devidamente enquadradas pela moral oficial.
Trabalho
4 - Obra das Mães para a D - Destinada a defender o património espiritual da Nação, o
Educação Nacional Estado corporativo e a conter a ameaça bolchevista.
Define Carbonária.
Oliveira Salazar, cit. Por António Ferro, em Salazar, o Homem e a sua Obra, Lisboa, ENP, 1933
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16. Associa o número do item da coluna I à letra identificativa do elemento da coluna II.
Estabelece a ligação entre as bases fundamentais do modelo económico do Estado Novo e o seu
significado.
Coluna I Coluna II
1 – Autarcia A – Política interventora na economia, de apoio externo e
enquadrador do Estado às atividades económicas – conter e
disciplinar.
2 – Nacionalismo B – Proteção do mercado nacional e colonial para a produção
económico nacional, substitutiva das importações sem ferir os interesses
fundamentais do comércio internacional de forma excessiva.
3 – Intervencionismo C – Procura da autossuficiência possível, sem originar drásticas
económico ruturas externas ou internas (mantendo as trocas externas
indispensáveis à defesa das exportações e fornecimentos básicos à
economia).
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1. a)
2. a); b)
3. b)
6. Salazar era visto como Salvador da pátria, de acordo com o mito alicerçado no grande feito
conseguido após 15 anos de efetivação orçamental positiva. O slogan: “Tudo pela Nação, nada
contra a Nação” foi pronunciado por Salazar, em 1299. Era visto também como o chefe
providencial, austero, promotor da moralidade, figura discreta e carismática
7. a)
9. 1 – B; 2 – A; 3 – C
10. 1 – B; 2 – D; 3 – C; 4 - A
11.
a) Áreas de ação: imprensa, música, arquitetura, artes plásticas, folclore, rádio, cinema,
organização de exposições, concursos e prémios públicos de promoção da arquitetura regional
portuguesa, como o caso das “aldeias portuguesas”, do folclore, do fado ou qualquer outra área
de promoção e valorização do “sentir português”.
b) Desempenhou um papel crucial na divulgação do ideário e dos valores do regime, padronizando
a cultura a as artes.
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12. A Carbonária portuguesa era considerada uma sociedade secreta, essencialmente política,
adversa do clericalismo e das congregações religiosas, tendo por objetivo as conquistas da
liberdade e a perfeição humana. A sua influência exerceu-se de maneira intensiva em quase todos
os acontecimentos de caráter político e social do País.
13.
a) Contexto de instabilidade política e económica e falta de autoridade dos estados de vários
países europeus. Portugal era, nos inícios dos anos 30, uma sociedade periférica, dependente, a
braços com limitações económicas marcantes.
b) Limitações do foro moral.
c) As contradições são patentes na afirmação do não uso da violência em Portugal que, como
sabemos, foi utilizada para calar e amedrontar os adversários políticos.
14. A informação do cartaz pretendia revelar não só a tutela metropolitana sobre as colónias,
como também o caráter inalienável das possessões além-mar e a solidariedade política e
económica subjacente; meio de fomento do orgulho nacionalista.
15. A construção de barragens para melhor irrigação dos solos; a criação da Junta de Colonização
Interna, destinada a promover a fixação das populações nas zonas do interior; a política de
arborização, de cultura da vinha; alargamento das produções de azeite, vinho, cortiça, batata;
instituição da Campanha do Trigo – crescimento da produção cerealífera – promoção da
autossuficiência do país.
16. 1 – C; 2 – B; 3 – A
18. a); b) e d)
19. a); c)
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