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O PAPEL DA IMA
AGINAÇÃO NA FILOSOFIA DE BE
BERGSON
Elaine Guinever
vere de Melo Silva
Doutorado – Universid
rsidade Federal de
São C
Carlos (UFSCar)
elaineguineve
evere@gmail.com
Em “A Evolução Criadora”,
C Bergson coloca a questão de co
como se poderia
reproduzir o movimento na
natural e a variedade da vida. Em seguida, el
ele nos apresenta
uma maneira simples e efic
ficaz de fazê-lo. Obtenha uma série de fotograf
rafias de uma cena
animada, projete estas imag
agens na tela através de um cinematógrafo, apa
aparelho pelo qual
estes instantâneos ganham
m movimento ao substituí-los rapidamente uns
un pelos outros.
Dessa maneira, a mobilidad
ade da cena é reconstituída pelo movimento qu
que o aparelho dá
a cada imagem, fazendo co
com que elas recuperem a sua animação. Sen
Sendo preciso que
haja movimento em algum
m lugar, aqui o movimento está no aparelhoo ccinematográfico.
Eis o artifício do cinema
ma, que coincide com aquele do nosso con
onhecimento. Ele
abandona o movimento inte
nterior e natural das coisas, para recompô-lo de forma artificial,
através de cortes instantâne
neos praticados no devir. Para Bergson, essa é a maneira como
a inteligência geralmentee pprocede, como se “uma espécie de cinemat
atógrafo interior”
tivesse sido acionado, as
assim é o “mecanismo de nosso conhec
hecimento usual”
(BERGSON, 2005, p. 95).
Na mesma obra, encontramos
enc a inteligência atuando na repres
resentação de um
objeto através das vistas in
instantâneas que tomamos dele, representand
ndo-o através dos
símbolos justapostos que fo
formamos ao seccioná-lo. Isso considerado,, B
Bergson observa
que, contrariamente ao po
ponto de vista que sentenciava que “todass aas operações da
inteligência visavam a intro
troduzir certa unidade na diversidade dos fenôm
ômenos” (Ibidem,
p.165), há no trabalho da in
inteligência uma ação de dividir, mais do quee dde unificar.
A percepção, por sua
ua vez, solidifica a continuidade do real em uuma sucessão de
imagens descontínuas, e, ao apresentar-nos o universo desse mod
odo, ela faz um
detalhamento do filme imagem
im por imagem (Ibidem, p.327). Essa
sa deficiência da
percepção prolonga-se noo hhábito da nossa inteligência de representar-no
nos o movimento
como uma série de posiçõe
ões e a mudança como uma série de estados.
s. O tempo, assim
dividido e justaposto, suas
as partes se sucedem à maneira das imagens
ns do cinema: “o
ponto de fazer com quee eelas se fundam em uma nova imagem, de uma qualidade
1987, p.62). Então, juntamente com Sartre, no
irredutível?” (SARTRE, 19 nos perguntamos:
ação criadora?”
“como explicar a imaginaçã
A Função Fabuladora
BIBLIOGRAFIA
GILSON, Bernard. La
L Révision Bergsonienne de la Philosophiee dde l'Esprit. Paris:
Vrin, 1992
WORMS, Frédéric. Le
L Vocabulaire de Henri Bergson. Paris: Ellip
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