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Análise de Produção de texto

3º Ano

Objetivo:

- Compreender e consolidar saberes acerca da linguagem escrita (aluno)

- Observar as produções dos alunos para nortear o trabalho com as produções textuais
(professor)

Reescrita

Procedimentos:

1 – Compartilhe com os alunos os objetivos da atividade: Agora, vamos fazer uma leitura
coletiva. Vocês devem prestar bastante a atenção. Em alguns momentos da minha leitura, vou
parar de ler para conversarmos sobre algumas palavras ou partes do texto. Nestes momentos,
farei perguntas. Para dar as respostas, vocês devem levantar a mão quando quiserem falar.

2 – Faça a leitura compartilhada do texto, seguindo as instruções.

3 – Proceda a retomada dos episódios, lembrando com as crianças tudo que é importante.
Podemos aqui, fazer um reconto oral, sempre lembrando aos alunos que devem contar como
se estivesse lendo. Solicite que os alunos contem pequenos trechos, um continuando a partir
de onde o outro parou.

4 – Após a retomada, explique às crianças que farão reescrita do começo da história.

O CEGO QUE NÃO ERA BOBO

Era uma vez um cego que andava mendigando de porta em porta para sobreviver. Muito
prudente, do pouco que ganhava ainda conseguia economizar algumas moedas, que
enterrava nos fundos de sua casinha, junto à raiz de um carvalho.

Um dia, seu vizinho percebeu que ele escondia ali alguma coisa. Sorrateiro, à noite, o
espertalhão foi até lá, cavou a terra e roubou as moedas.

Defina o contexto de produção

- Gênero ( o que?): Escreveremos um conto

- Propósito ( Para que?) ´Precisamos aprender a produzir bons textos e vamos apender,
escrevendo

- Interlocutor: ( Para quem?) Temos que caprichar, pois enviaremos nosso começo para a
Professorea.............. ler para seus alunos, dando nosso exemplo de como somos caprichosos
na hora de escrever.

- Portador: (Onde?) Depois, faremos um painel com os vários trechos de contos que
reescreveremos e escreveremos.
5 – Atividade coletiva - Explique aos alunos que deverão fazer um Planejamento daquilo que
precisam escrever. O planejamento é importante, pois não podemos nos pautar só na
memória na hora da escrita. Também serve para que analisemos antes da escrita, tudo que
não se pode deixar de escrever de jeito nenhum para não comprometer a coerência do texto.
Nâo podemos esquecer que os contos, geralmente trazem muitas características de suas
personagens e isto, deve ser colocado no planejamento, para não esquecer quando forem
textualizar

EX:

- Como poderemos começar nosso conto?

 Era uma vez...


 Há muitos anos, vivia...
 Em um reino distante, no tempo em que se amarravam cachorro com linguiça....

Professor: traga vários outros textos para modelizar as várias formas de se escrever um
começo de conto.

- Caracterizar o personagem – dizer como ele era

Planejar os próximos episódios, lembrando que este não é um momento de textualizar e sim
colocar tópicos que lembrem o que deve ser escrito.

6 – Planificação – atividade coletiva

Esta etapa é muito importante porque coloca em evidência o uso da linguagem que se usa
para escrever. Se no planejamento refletimos sobre “o que escrever”, na planificação a
reflexão fica em torno de “como escrever”. É importante que os alunos compreendam que é
importante um esforço em tornar o texto compreensível e bonito, condição para outras
pessoas se interessem pela leitura e compreendam o que estão lendo.

7 – Textualização

A sequência didática ideal para o ensino da produção de texto passa por um movimento
metodológico coerente que começa com o coletivo, em duplas e por fim, individualmente.

No entanto, sem querer parecer inconsequente, nesta sequência vamos atacar em duas
frentes: formação e avaliação. Desta forma, a textualização deverá ser feita individualmente

8 – Revisão – Conteúdo à parte que será discutido posteriormente.

O CEGO QUE NÃO ERA BOBO


Era uma vez um cego que andava mendigando de porta em porta para sobreviver. Muito
prudente, do pouco que ganhava ainda conseguia economizar algumas moedas, que enterrava
nos fundos de sua casinha, junto à raiz de um carvalho.

Um dia, seu vizinho percebeu que ele escondia ali alguma coisa. Sorrateiro, à noite, o
espertalhão foi até lá, cavou a terra e roubou as moedas.

Dali a uns dias, quando o cego voltou ao local para acrescentar uma moeda ao seu tesouro,
descobriu o furto. Indignado, quis gritar, mas controlou-se; de nada adiantaria lamentar-se. Em
vez disso, voltou para casa e começou a pensar numa maneira de recuperar seu dinheiro.
Desconfiou de que o ladrão só poderia ser o vizinho e armou um plano para enganá-lo.

Na manhã seguinte, procurou-o dizendo assim:

__Caro vizinho, estou numa grande dúvida e pensei que você poderia aconselhar-me.
Acontece que hoje fiquei sabendo que herdei de uma velha tia uma fortuna em moedas de
ouro. Eu tenho um esconderijo secreto onde guardo minhas economias, mas não sei se lá é um
lugar seguro, a salvo de ladrões. Você não acha que talvez fosse melhor entregar essa fortuna
para o vigário da aldeia guardar?

Os olhos do vizinho piscaram de cobiça. E já pensando em pôr as mãos em todo o tesouro,


assegurou ao cego que o melhor seria guardar tudo junto no esconderijo, com certeza um
lugar muito seguro, sim!

O cego agradeceu o conselho e partiu para a aldeia, dizendo que ia buscar a herança. Sem
perder tempo, o vigarista recolocou o que furtara no buraco ao pé da árvore; cobriu tudo com
terra e foi embora.

Dali a pouco o cego voltou e, conforme esperava, encontrou no lugar de sempre as suas
preciosas moedas.

À noite, quando o vizinho ladrão retornou, só encontrou ao pé do carvalho um buraco vazio,


tão vazio quanto sua pobre cabeça de tolo...

(PAMPLONA, Rosana. Novas Histórias Antigas. São Paulo (SP): Brinque-Book, p.43-45.)

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