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Glamping
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Introdução
O presente trabalho, que tem como tema “Glamping – Uma nova forma de acampar”,
foi elaborado no âmbito da unidade curricular de Seminários de Especialização de
Produtos Turísticos, lecionada pelo docente Jorge Umbelino no Mestrado de Turismo,
Ramo de Gestão Estratégica de Destinos Turísticos, da Escola Superior de Hotelaria e
Turismo do Estoril.
Desta forma, a discente, após alguma pesquisa sobre diversos produtos turísticos,
acabou por escolher o tema “Glamping”, por ser um tema sobre o qual nunca tinha
trabalhado e pela vastidão de ofertas deste novo tipo de alojamento, tanto em Portugal
como no resto do mundo.
2
Parte I: Contextualização do conceito de Glamping
1. A Origem do Glamping
O conceito de glamping deverá ter sido introduzido na Grã-Bretanha, uma vez que os
pioneiros deste tipo de turismo eram membros da alta sociedade inglesa no século XIX,
destacando-se Thomas Holding, que escreveu o livro “Ciclismo e Camping em
Connemara” em 1898. (Portela, 2019)
As tendas, mesmo com características diferentes das que conhecemos atualmente, são
utilizadas há cinco séculos enquanto habitação para viver ao ar livre, fornecendo abrigo,
nomeadamente em campanhas militares ou religiosas.
Assim, é curioso analisar como as tendências atuais são, muitas vezes, baseadas no
passado, transportando costumes e comportamentos do antigamente para o presente.
3
2. Conceito de Glamping
O turismo e a procura turística estão em constante mudança, seguindo-se tendências,
novos tipos de turismo e novas experiências. Atualmente, o turista, procura cada vez
mais experiências diferenciadoras que o permitam sentir-se único, experiências estas
que se podem encontrar nas atividades oferecidas num certo destino, através da
gastronomia, nos eventos, no desporto e até mesmo durante a sua estada.
Ainda que em França seja uma prática comum há mais de 20 anos, só mais
recentemente é que a tendência tem crescido, sendo que a sua procura no motor de
pesquisa Google só começou a ser significativa em 2007, sendo os destinos mais
pesquisados a Irlanda e o Reino Unido. (Lopes, 2016)
Cintando Silvestre (2011), Rebôcho (2016) define o glamping como uma nova tendência
do campismo que surge da fusão de camping e glamour, conseguindo aliar o contacto
com a natureza que é procurado no campismo e o conforto e qualidade que se espera
com glamour.
Long & Lane (2000), acrescentam que esta nova forma de turismo combina o conforto
do hotel e o contacto com a natureza, sendo que o cliente procura um serviço autêntico,
personalizado e que permita a interação real entre o turista e a comunidade local,
procurando o consumo de produtos biológicos e regionais, ao mesmo tempo que se
apresentam enquanto ambientalmente responsáveis.
Henriques (nd) define alguns pressupostos que devem ser incluídos no conceito de
glamping, distinguindo facilmente esta tipologia de alojamento. Desta forma, o autor
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afirma que o glamping deverá manter a raiz do campismo, mantendo o uso de tendas,
ainda que com maior dimensão e com materiais de construção diversos; não deverá ser
necessário que o turista tenha que levar objetos básicos para a sua estadia, como tenda,
colchão e toalhas; o interior deverá oferecer as comunidades como camas, armários e
eletricidade e pressupõem-se ainda que a tenda deverá possuir casa de banho, se
possível; glamping, estando diretamente ligado à natureza, deverá demonstrar
comportamentos de preocupação ambiental, desde os materiais utilizados, à poupança
e recuperação das águas; por fim deverá proporcionar atividades ligadas ao turismo de
natureza, que complementam o alojamento.
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3. Tipos de Glamping
Sendo o glamping um tipo de alojamento que pressupõe a inovação, são vários os tipos
de alojamentos oferecidos ao cliente.
As tipis são tendas em forma de cone, semelhantes a uma tenda de índio, inspiradas no
estilo nativo americano, possuindo apenas uma entrada. Por serem altas, o espaço
interior é espaçoso e acolhedor. São ainda suportadas por paus assentes na base
cilíndrica1.
As tendas Yurt, originárias da Mongólia, destacam-se pela base cilíndrica que termina
em cone no telhado. São as tendas mais espaçosas, permitindo incluir uma casa de
banho no interior e decoração que pode ser temática2.
Por sua vez, as tendas Safari, inspiradas nos safaris africanos, apresentam uma forma
em V, com um interior espaçoso que poderá ser dividido em divisões como cozinha e
casa de banho. Na parte exterior costumam ter uma varanda3.
A domos, espaçosas e com casa de banho no interior, tem como principal característica
a sua forma arredondada, em forma de Domo Geodésico4.
As tendas Sino, também em forma de cone e com uma dimensão variável, são
identificáveis pelo suporte da estrutura através de um ferro ou madeira no centro do
interior5.
1 Consultar anexo 1
2 Consultar anexo 2
3 Consultar anexo 3
4 Consultar anexo 4
5 Consultar anexo 5
6
Já as tendas, segundo Henriques (nd) são consideradas todas as restantes formas de
alojamento que se insiram no glamping, não apresentando nenhumas características
singulares ou identificadoras
Já Pereira (2013), admite que a divisão seja feita da seguinte forma: tendas, vilas e
cabanas, cubos e iglôs, yurts e tepees, casas de árvore, Eco-Chalés e Safari-Chalés e
outro tipo de alojamento invulgares com um forte componente de inovação em termos
de design.
Portela (2019), cita Perkins e Twose, que identificaram e dividiram os diferentes tipos
de alojamento de glamping em três grandes grupos: as Tendas, os Pods e os Espaços
Naturais.
Dentro do grupo das tendas incluem as tendas luxuosas, definidas como grandes tendas
de lona, mobiliadas com camas e, em alguns casos, casa de banho completa, e as
tendas de safari, tendas de estilo colonial que servem como acomodações em
organizações africanas de safari.
Apesar das diversas denominações dadas pelos diversos autores em relação às várias
tipologias de glamping, torna-se consensual que estes alojamentos se caracterizam pela
singularidade
6 Consultar anexo 6
7
4. Tendências e o Mercado
Sendo o glamping uma tendência crescente na procura e na oferta turística de diversos
destinos da Europa e do mundo, a discente acredita que seria uma mais valia apresentar
alguns dados e informações relativos às tendências e mercados atuais deste tipo de
alojamento.
No que diz respeito ao mercado, segundo o Google Trends, o país que mais procura
este tipo de alojamento é a Eslovénia, seguido pela Irlanda e pelo Reino Unido.8 A nível
nacional, as cidades que mais procuram informação sobre o tema são Castelo Branco
e Coimbra, e, nas pesquisas efetuadas, destaca-se a procura do empreendimento
turístico Reserva Alecrim, no Alentejo, e a procura por glamping no Fundão e na
Madeira.9
7 Consultar anexo 7
8 Consultar anexo 8
9 Consultar anexo 9
8
5. O Glamping a Nível Internacional
Tanto a nível internacional como nacional, os alojamentos de glamping localizam-se em
locais ricos em recursos naturais, que por si só é uma vantagem para o desenvolvimento
destes locais, do alojamento e das atividades que aqui podem ser realizadas.
Desta forma, é necessário assegurar que os segmentos-alvo são compatíveis, uma vez
que o público-alvo e o conceito de alojamento são bastante distintos.
Contudo, apesar de ser uma maioria, o glamping não está apenas relacionado com a
natureza, sendo que o “glamping urbano” é uma nova tendência, principalmente na
austrália.
Segundo Lopes (2016), a América do Norte é a região do mundo com maior número de
alojamentos glamping, contado com um total de 2528 alojamentos. Destacam-se ainda
o continente europeu, com 830 alojamentos, e a região do Pacifico Sul, com 272.10
Portela (2019), defende ainda que, a nível global, os resorts de glamping podem ser a
solução e uma oportunidade para reduzir ou até mesmo superar a sazonalidade,
atraindo novos segmentos de mercado para o campismo.
10 Consultar anexo 10
9
6. Glamping em Portugal
Portugal apresenta-se como um destino privilegiado no que diz respeito ao turismo de
natureza, possuindo cerca de 9,2% de superfície como áreas protegidas por
localização geográfica, sendo 21% do território nacional comporto por áreas
classificadas. (INE, 2020)
Lopes (2016) defende ainda que o maior número de alojamentos glamping encontra-
se na região Centro e as tipologias mais utilizadas são as tendas tipi, yurts, domos,
pods, gipsy caravans, casas na árvore e casas de campo.
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7. O Glamping e o Turismo de Natureza
Como foi referido anteriormente, o glamping está intrinsecamente ligado ao turismo de
natureza uma vez que os seus clientes procuram o contacto com a natureza, mantendo
o conforto e luxo ao qual estão habituados.
Este é ainda considerado um tipo de turismo que, em princípio, deverá ser amigo do
ambiente uma vez que pressupõe que a energia utilizada para a sua construção seja
reduzida e que os espaços estejam equipados com energia solar, estruturas de apoio
para a reutilização de águas, sanitários de compostagem e a utilização de materiais
reciclados.
Tendo em conta que o princípio de capacidade de carga é tido como o número máximo
de visitantes que poderão visitar a área turística sem que esta e as suas características
sejam postas em causa, procurando sempre um desenvolvimento turístico sustentável,
o facto de os alojamentos de glamping partirem do principio de que os seus
empreendimentos turísticos não são feitos para as massas, traduz-se na redução do
impacto dos turistas na região, minimizando os aspetos negativos associados ao
turismo.
Sakáčová (2013) realizou um estudo para tentar entender a relação entre a procura do
glamping e as preocupações com os fatores ecológicas que, à partida, estão ligados à
prática de glamping. Assim, o autor dividiu os glampers em três categorias: os glampers
que são motivados pelo facto deste tipo de alojamento ter um impacto ecológico
relativamente baixo; os glampers que apreciam e acreditam que o facto do glamping ser
eco-friendly melhora a experiência, contudo não o praticam necessariamente por essa
característica; e os glampers que assumem que não praticam glamping por ser mais
sustentável.
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8. Dimensões da experiência
A experiência turística pode ser constituída por diversas dimensões e sendo este setor
um setor de experiências e inovação, é importante que as experiências oferecidas
estejam em constante melhoria e crescimento, procurando surpreender o turista a cada
visita.
Desta forma, o turismo de experiências tem vindo a crescer, uma vez que já não chega
ao turista ser um espetador na sua própria viagem, querendo ser o protagonista da
mesma.
Lopes (2016), cita Bartaletti (1998) e Pine & Gilmore (1999), defendendo que é
importante para o turismo criar experiências compensadores através da inovação e
desenvolvimento de novos produtos e serviços, devendo compreender quatro
dimensões: o entretenimento, a educação, a estética e a escapista.
A natureza, como foi referido anteriormente é uma das dimensões mais associadas ao
glamping, quer seja através do contacto e proximidade à natureza, a presença de
elementos naturais e a possibilidade de relaxar, ao mesmo tempo que há a interação
com os aspetos naturais do local, a nível visual e estético.
A comida, ou gastronomia, está diretamente relacionada com o glamping uma vez que
os turistas procuram conhecer e provar os alimentos biológicos e frescos, o sabor
tradicional e a cozinha local, deixando claro que uma das razões da procura de glamping
é o disfrutar de comida de qualidade. Desta forma, é importante que os alojamentos
tenham em atenção a qualidade e variedade dos alimentos e das refeições.
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Os equipamentos, ou alojamento, são, possivelmente, a característica mais
diferenciadora do glamping, uma vez que se destacam pela singularidade e inovação.
Assim, o cliente poderá fazer turismo num bungalow, numa tenda, numa casa da árvore
ou até mesmo numa cabine, tendo sempre experiências diferentes. Este novo conceito,
veio trazer a possibilidade de estar num ambiente mais natural e selvagem, com as
comodidades, privacidade e conforto de um quarto de hotel ao mesmo tempo que se
preserva as caraterísticas tradicionais da região.
Finalmente, os serviços são uma ferramenta importante na experiência uma vez que há
a constante preocupação com a personalização e qualidade do serviço a prestar, com
a simpatia e prontidão dos colaboradores e com a atenção ao detalhe. No contexto de
glamping, o conceito de autenticidade é também bastante importante para o turista.
13
Parte II: Empreendedorismos de Glamping
1. Portugal
1.1. Eco-lodge Brejeira, Silves
O Eco-lodge Brejeira, situa-se em São Marcos da Serra, na Brejeira, Silves, no sul de
Portugal.
Localizado num terreno com seis hectares, o Eco-lodge Brejeira encontra-se no meio
de montes, num ambiente selvagem que une a natureza ao conforto.
Segundo a NIT (nd), este alojamento turístico permite que o seu cliente pernoite numa
antiga caravana cigana, numa carrinha de bombeiros dos anos 60 ou numa tenda Yurt.
A caravana terá vindo da Holanda e possui uma sala de estar, uma cozinha e uma cama
de casal; a carrinha dos bombeiros é alemã e tem cozinha e sala de estar que se
transforma em quarto; e a tenda Yurt possui um quarto com cama e sofá e um terraço
de madeira com vista para a serra de Monchique.11
Numa propriedade com 28 hectares e 32 alojamentos, o seu cliente poderá usufruir com
o contacto total com a natureza, quer pelo mar, as estrelas, o sol, a fauna e a flora.
11 Consultar anexo 11
12 Consultar anexo 12
14
Também neste parque existe o glamping, constituído por cabanas de tipologias
diferentes, entre duas e seis pessoas, construídas sobre o lago das Freiras existente no
parque. 13
O Eco Camping é servido de uma casa de banho e área de chuveiro partilhada, mas
cuidadosamente cuidado, projetada com matérias naturais como a madeira e o bambu,
situada numa árvore de cortiça, junto ao rio. Toda a água utilizada, nomeadamente para
banhos, é aquecida através do aquecimento solar.
O lago, que também serve com piscina, é o local ideal para os turistas se refrescarem
ao mesmo tempo que estão em pleno contacto com a natureza.
Atualmente o Aterra é constituído por três tendas Rajasthani, duas tendas Tipi e dois
Yurts, todos equipados com um grande quarto mobilado, com casa de banho privada e
ainda um terraço privado.14
1.5. Bukubaki
O Bukubaki Eco Surf Resort é um resort localizado em Monte Medo em Peniche que
une uma das atividades mais reconhecidas da região, o surf, e o conceito de glamping
ecológico.
Este eco resort afirma-se como um resort que pretende unir a sustentabilidade ao
conforto e à aventura, sendo este um local onde são praticadas diversas atividades e
experiências únicas.
13 Consultar anexo 13
14 Consultar anexo 14
15 Consultar anexo 15
15
1.6. Banana Glamping
O Banana Glamping é um projeto que ainda não está de todo concluído, mas que
apresenta um conceito bastante interessante.
Para ser construído na Madeira, este deverá ser feito de materiais provenientes da
transformação de folhas de bananeira da Madeira, um espaço projetado por três jovens
das áreas do Turismo, Marketing e Engenharia Mecânica que tinham como objetivo criar
um complexo turístico sustentável na ilha. (NIT, 2021)
Este local venceu o prémio do Tomorrow Tourism Leaders Super Edition, promovido
pelo Fórum Turismo e o Super Bock Group, que visa identificar novas oportunidades
nas regiões turísticas nacionais, tornando Portugal mais sustentável.
2. No Mundo
2.1. The 72 Hour Cabin, Suécia
O The 72 hours Cabin consistiu, inicialmente, num estudo que pretendeu promover a
Suécia enquanto destino de natureza e de descanso.
Este estudo decorreu durante três dias nos quais cinco pessoas com empregos
stressantes, nomeadamente um taxista francês e um polícia alemão, trocaram o seu
estilo de vida urbano por uma experiência de conceção com a natureza na ilha
Henriksholm. Durante estes três dias, os participantes viveram em cabines de vidro e
experienciaram atividades outdoor, como pesca.
Atualmente é possível alugar estas cabines que se encontram espalhadas por várias
regiões da Suécia.16
16 Consultar anexo 16
16
2.2. Levin Lapinkylä Oy, Finlândia
Localizado na Finlândia, este glamping está inserido no meio da natureza e
tranquilidade, sendo o local ideal para observar o céu e as famosas Auroras Boreais
através do telhado de vidro transparente.
O glamping apresenta uma imagem genuína, estando localizado numa antiga quinta de
Levi, que pertence à mesma família há mais 174 anos. 17
Atualmente, existe um campo na vila de Inari, onde estão reunidas as cabines que irão
ser alugadas, e todos os serviços: a cozinha, casas de banho, chuveiros…
Entre as 20h e 21h, o guia leva os seus clientes, dentro destas cabines, para o lago
onde irão pernoitar. Estas cabines têm um grande vidro que permite que os turistas
contemplem o céu e as auroras.18
Atualmente o campo é composto por nove tendas, todas com casa de banho privativa,
e algumas com lareiras.
Para além das tendas para aluguer, o campo possui duas tendas principais onde estão
as áreas de refeição e convívio.
A sua qualidade foi distinguida através de diversos prémios, incluindo o “Best Tented
Camp in the World”, “Travel Award in the Trip of a Lifetime” e o “Global Eco-sphere
Retreat”.19
17 Consultar anexo 17
18 Consultar anexo 18
19 Consultar anexo 19
17
2.5. Baan Talay Resort, Tailândia
O Baan Talay é um glamping localizado em Koh Tao, na Tailândia, que se distingue
pela privacidade e beleza natural do local onde está situado.
Atualmente, o resort possui três tipos de alojamento: as cabanas com vista para o mar,
as cabanas “cottage”, relativamente maiores, e o campismo de luxo, realizado através
de grandes tendas.
O alojamento é feito em tendas de luxo que unem a parte selvagem do campismo com
as conveniências de um hotel moderno. As suas tendas são importadas da África do Sul
e foram desenhadas com o objetivo de garantir a segurança dos clientes e estão
equipadas com camas, eletricidade, casa de banho privativa e ainda um grande
terraço.21
Este resort oferece ainda uma série de serviços e atividades como mergulho, pequeno
almoço num barco, circuito de spa e um campo de ténis.22
20 Consultar anexo 20
21 Consultar anexo 21
22 Consultar anexo 22
18
2.8. Mendocino Grove
Localizado em Mendocino, na Californa, o Mendocino Grove possui um total de trinta e
sete tendas, divididas em tendas familiares e tendas estilo safari, todas elas equipadas
com camas aquecidas, mobília e um terraço.
Este glamping possui ainda uma série de atividades como yoga e canoagem, e um
espaço para BBQ em cada tenda.23
23 Consultar anexo 23
19
Parte III: Análise Critica do Produto – Problemáticas e Estratégias
Apresentando-se como uma nova tipologia de alojamento que se preocupa com o meio
que o rodeia, ao mesmo tempo que se preocupa com o ambiente e com o bem-estar e
conforto do seu cliente, o glamping pode ser considerado uma solução viável e segura
para assegurar a sustentabilidade no turismo.
Contudo não se de aspetos positivos é feito o glamping. Segundo Filipe et al. (2018),
existe uma serie de obstáculos para o glamping, obstáculos estes mencionados pelos
participantes do estudo. Um dos aspetos negativos ou obstáculos mais mencionados
foi, sem dúvida, o preço do alojamento por noite; sendo o campismo uma forma de viajar
mais barata, ao associar o luxo ou glamour ao camping, o valor acresce
consideravelmente, sendo ainda importante mencionar que, muitas vezes, não é só o
alojamento, mas a experiência que o glamping proporciona e que, muitas vezes, se
torna inacessível a muitos. Outro aspeto bastante referido foi a falta de conhecimentos
e informação relativa ao glamping, sendo que muitos dos participantes afirmaram
apenas terem ouvido falar deste conceito recentemente. Um terceiro aspeto
mencionado foi a sobrelotação dos espaços de camping, os turistas afirmam que, por
haver pouca opção de glamping, as que existem são sempre mais caras e estão sempre
esgotadas. Foi ainda referida a questão da autenticidade do contacto com a natureza e
com pessoas; para alguns dos inquiridos, ao contrário do campismo que promove o
contacto com os “vizinhos”, o glamping orgulha-se de promover o conceito de
20
“privacidade”, contudo, para muitos turistas, ao realizar glamping, sentem falta do
contacto com desconhecidos que viram amigos.
No que diz respeito à falta de informações em Portugal sobre o glamping quer para o
público em geral, quer para os profissionais de turismo, Henriques (nd), defende a
criação de um Guia Técnico, criado pelo Turismo de Portugal, onde se fornecesse
informação relativamente ao conceito e evolução do glamping, um mapa interativo onde
os turistas pudessem consultar, por região, os empreendedorismos de glamping
existentes, quais as tipologias de alojamento fornecida por cada um deles e informações
gerais como contactos e moradas.
No trabalho de campo realizado por Henriques (nd), e numa entrevista a Luís Lucas,
proprietário do alojamento Azenhas da Seda, demonstrou-se o descontentamento do
proprietário face à legislação atual do glamping em Portugal, uma vez que não existe
paramentos legislativos que definam concretamente o que são e o que não são
alojamentos de glamping. Desta forma, seria importante o Turismo de Portugal
apresentar estes parâmetros, definindo as tipologias e características necessárias para
as tendas, evitando a criação de falsos glamping.
21
building. Através deste mercado, conseguir-se-ia incentivar não só o alojamento
diferente e inovador como também uma série de atividades.
No que diz respeito aos empreendedorismos por sim só, é importante que possuam uma
estratégia comercial e de marketing ativa. No que diz respeito ao marketing é
fundamental que tenham uma presença ativa na internet e redes sociais, com
informação simples e acessível e imagens apelativas. No que diz respeito ao
departamento comercial, é importante que se venda o glamping enquanto experiência
que engloba uma série de aspetos, como o alojamento e as atividades, em vez de se
venderem apenas como mais uma tipologia de alojamento.
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Conclusão
Após a elaboração deste trabalho, a discente acredita que o campismo de luxo é um
produto turístico de grande relevância e que tem a possibilidade de crescer e inovar.
Assim, o glamping, apresenta-se como um novo tipo de alojamento que, ainda que
esteja relacionado com luxo, poderá ser acessível para quase todas as pessoas,
apresentando-se ainda como um alojamento mais sustentável para o ambiente e para
as comunidades locais. Ficou ainda claro que o glamping não é só um alojamento, mas
uma experiência, acrescentando valor ao produto.
No que diz respeito aos objetivos estabelecidos pelo docente e pela própria discente,
esta acredita que estes tenham sido alcançados através da análise co conceito e de
todas as componentes relacionadas com o glamping, e apresentando uma série de
exemplos de glampings, tanto em Portugal como no mundo, demonstrando a
diversidade de alojamentos possíveis.
23
Bibliografia
Henriques (nd) Glamping: Contributos para uma Tipologia Turística de Alojamento (tese
de mestrado). Escola Superior de Gestão de Tomar
Instituto Nacional de Estatísticas (2020) Proporção de superfície das áreas protegidas
(%) por Localização geográfica (NUTS - 2013); Anual. Disponível em
24
https://www.ine.pt/xportal/xmain?xpid=INE&xpgid=ine_indicadores&indOcorrCod=0009
054&contexto=bd&selTab=tab2 [obtido a 4/5/2021]
Long & Lane (2000). Rural tourism development. Trends in outdoor recreation, leisure
and tourism. (pp. 299-308)
MacLeod (2017) Glamping. In: Lowry, Linda L. (ed.) The SAGE International
Encyclopedia of Travel and Tourism. SAGE Publications, Inc. ISBN 978-1483368948
NIT (2021) Banana Glamping: o incrível complexo turístico da Madeira que reaproveita
bananeiras. Disponível em https://www.nit.pt/fora-de-casa/turismos-rurais-e-
hoteis/dom-banana-glamping-o-incrivel-complexo-turistico-da-madeira-que-
reaproveita-bananeiras [obtido a 4/5/2021]
Reserva Alecrim Glamping & Eco Suites Boutique Resort (2018) Reserva Alecrim.
Disponível em https://pt.reservaalecrim.com/ [obtido a 4/5/2021]
25
Schmitt (1999) Experiential Marketing. In Journal of Marketing Management V. 15.
VisitSweden (2020) About the 72 Hour Cabin case study and the results. Disponível em
https://visitsweden.com/where-to-go/southern-sweden/vastsverige/72hcabin/72hcabin-
results/ [obtido a 4/5/2021]
26
Anexos
27
Anexo 5: Tenda Sino
Anexo 6: Eco-Pods
Fonte:
https://ae01.alicdn.com/kf/HTB1stEkIpXXXXbAXVXXq Fonte:
6xXFXXXg/Tenda-de-algod-o-com-glamping-sino-4m- https://i.pinimg.com/originals/02/f1/fa/02f1fa3af5ef1355f
5m-6m.jpg_Q90.jpg_.webp a42e77aedfc2dd7.jpg
Fonte: https://trends.google.pt/trends/explore?date=today%205-y&q=glamping
Fonte: https://trends.google.pt/trends/explore?date=today%205-y&q=glamping
28
Anexo 9: Pesquisas por “glamping” por sub-região nacional
Fonte: https://trends.google.pt/trends/explore?date=today%205-y&geo=PT&q=glamping
Anexo 13: Parque dos Moges Anexo 14: Aterra Eco Camping
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Anexo 15: Bukubaki Anexo 16: The 72 Hour Cabin
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Anexo 19: Cottars 1920s Safari Camp Anexo 20: Baan Talay Resort
Anexo 21: Safiki Safari Lodge Anexo 22: Four Seasons Bora Bora
Fonte: https://media-cdn.tripadvisor.com/media/photo-s/0b/62/3e/34/our-roomy-safari-tents.jpg
31