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Resumo
Abstract
Accidents involving machinery and equipment is frequent. The presses are one of
the most used equipment in metal forming, but represent 21% of the equipment
causing accidents in industries. Thinking in reducing accidents NR12 has
undergone significant modifications to guide and require that equipment be changed
and are only sold these regulations will be adequate. The goal of this article is to
demonstrate what is required to implement changes ancient hydraulic presses
aimed at reducing risks and impending comply with the guidelines of NR12. The
article demonstrates through a case study of the major changes that can be made
for this type of improvement of an old press. The analyzes showed that the risks
were reduced and the press now has only rare and mild scratches.
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acidentes do trabalho (SAT). Na previdência social este gasto foi ainda maior com
o pagamento de benefícios acidentários e aposentadorias especiais, sendo na
ordem de R$ 14 bilhões. Estes valores quantificam apenas as questões financeiras
de um problema grave que já ocorre há muitos anos. Como nem todas as
indústrias são completamente automatizadas necessita-se em algum momento que
hajam intervenções humanas, que são geradoras de riscos de acidente. O que
preocupa mais nesta questão é a saúde e segurança dos trabalhadores que
passam todos os anos por situações de risco e em pior caso incorrem em
acidentes de trabalho resultando, muitas vezes, em fatalidades que custam o bem-
estar ou até mesmo a suas vidas. Nem os próprios operários se dão conta destes
riscos.
Uma parcela dos acidentes que ocorrem em empresas está ligada a
operações em máquinas e equipamentos. Baseado neste problema, em 1978 foi
criada a norma regulamentadora NR12 a qual visa estabelecer “requisitos mínimos
para a prevenção de acidentes e doenças do trabalho nas fases de projeto e de
utilização de máquinas e equipamentos de todos os tipos [...] em todas as
atividades econômicas [...]”, e desde então proíbe a comercialização de tais
equipamentos desprovidos de características adequadas para operação com
segurança.
Dados mostram que nas indústrias de conformação por Forjamento, o
equipamento mais utilizado para o processo são as prensas. Sem dúvidas são
máquinas indispensáveis para a produção de peças forjadas.
Entretanto, informações de 2002 a 2005 mostram que as máquinas e
equipamentos que mais provocaram acidentes nas indústrias foram as prensas e
similares, representando 21% dos casos.
Tal porcentagem é significativa e demonstra o quanto é necessária garantir a
aplicação da norma NR12 em prensas neste setor. Por isso esta norma vem
sofrendo várias atualizações, as principais ocorridas nos anos de 2010 e 2013.
Muitos equipamentos já estão sendo projetados e vendidos dentro das
obrigações da norma, entretanto inúmeras indústrias possuem equipamentos
antigos fora desta norma e que necessitam adequação imediata. É necessário
entender um pouco da norma, entender sua importância e solicitar as alterações de
equipamentos para empresas especializadas.
Com o passar do tempo os processos de conformação e corte passaram a
ser feitos através de prensas industriais, que são máquinas capazes de realizar
grandes forças.
No forjamento, as operações podem ser feitas de duas formas, basicamente:
por martelamento (impacto) ou por pressão (prensagem gradual) (1).
Na área de forjamento, só foi possível avançar mais devido ao
desenvolvimento e ampliação da capacidade das prensas.
As prensas hidráulicas realizam a prensagem gradual e são umas das
prensas mais utilizadas no forjamento, pois conseguem realizar grandes
deformações e com velocidade controlada em qualquer ponto do curso do punção
(martelo).
Entretanto, conforme mencionado, são equipamentos que oferecem um alto
risco à saúde e segurança de trabalhadores.
O objetivo deste artigo é demonstrar como a aplicação das normas da NR12
sobre uma prensa hidráulica de grande porte pode reduzir os riscos técnicos e
humanos, tornando-as mais segura.
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PRENSAS
Estrutura de uma prensa hidráulica
Figura 1 - Formato da estrutura das prensas hidráulicas (a) Tipo C (b) 4 colunas c) Tipo H
bomba hidráulica;
motor elétrico de acionamento da bomba;
reservatório de óleo;
válvulas direcionais de acionamento por solenóide;
válvulas de segurança (alívio);
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Figura 2 – Unidade Hidráulica
Fonte: WWW.omegaoleohidráulica.com.br
Conexões Êmbolo
Haste
Camisa
Figura 3 Cilindro Hidráulico
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que entrar em estado seguro imediatamente, por meio da ação de algum
dispositivo de desarme destinado à segurança, impedindo o descontrole do sistema
visando evitar a probabilidade de ocorrência de acidentes como danos pessoais ou
materiais. Portanto, este princípio de falha segura, parte da ideia de que tanto
máquinas, quanto seres humanos falham, e então, sistemas devem reduzir os
riscos de lesão e descontrole.
Falha técnica (ou falha material ou do equipamento) ocorre quando a
máquina entra em uma condição de perda da função projetada de um componente
material do sistema podendo ser (mecânico, elétrico, hidráulica, pneumático,
eletrônico material, etc) em decorrência de fatores variáveis como erro de
construção, erro de especificação entre outros.
Falha humana (ou falha de indivíduo) é uma falha do operador em
decorrência de falta de qualificação, experiência, ou outro fator como esquecimento
ou distração.
Pela norma, procedimentos não podem ser as únicas formas de prevenção
de acidentes. Portanto, cada equipamento pode ter sua condição segura. No caso
das prensas Hidráulicas, a principal condição segura é o travamento imediato do
cilindro hidráulico e do martelo.
Para poder atender à condição de falha segura existem 3 princípios a serem
adotados no equipamento.
1. Auto teste: Gerar um teste automaticamente na inicialização e em
alguns períodos para verificação de alguma falha ou defeito, levando
para uma condição segura. Sensores são instalados para emitir sinais
sobre determinado dispositivo ou equipamento.
2. Diversidade: dispositivos de diversos princípios destinados a reduzir a
probabilidade de ocorrer uma condição perigosa. Por exemplo,
disjuntor para sobre carga.
3. Redundância: é utilização de mais de um dispositivo com as mesmas
funções de trabalho. Caso ocorra a falha de um deles o outro atuará
automaticamente.
No próximo capítulo será descrito a aplicação da norma NR12 em uma
prensa Hidráulica visando demonstrar como estes princípios e normas formam
implementados e como eles podem garantir condições de operação e falha segura
do equipamento.
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Zona de prensagem
3 ESTUDO DE CASO
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Figura 5 - Prensa Hidráulica (antes adaptações)
Figura 6 - Bloco Hidráulico Não monitorado (antes) Figura 7 - Bloco Hidráulico monitorado (depois)
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Além disso, há uma válvula interna de contrabalanço, que só permite avanço
do cilindro quando há pressão positiva sobre ela, ou seja, esta válvula não permite
passagem de óleo pela força externa, (como o peso do martelo) apenas quando
houver acionamento da válvula direcional é que o avanço ocorre. Isso evita o
descontrole do martelo, por conta do peso da ferramenta ou vazamentos internos.
Em relação ao painel elétrico Figura 8 (antes) e Figura 9 (depois) as alterações
seguiram as principais recomendações da norma que definem que os quadros
elétricos devem possuir:
1. Circuitos identificados e protegidos, pois nenhuma parte energizada pode
ficar exposta;
2. Porta de acesso mantida permanentemente fechada;
3. Sinalização sobre o risco de choque elétrico e restrição de acesso a pessoas
não autorizadas;
4. Bom estado de conservação;
5. Grau de proteção (IP) adequado em função do ambiente de uso (normas
NBR6146 e NBR 9884);
Figura 8 - Painel elétrico fora de norma sem Figura 9 - Painel Elétrico com CLP para controle
controle lógico de operação e segurança lógico e monitoramento de sinais
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sistema possui um intertravamento ao circuito elétrico que impede qualquer
acionamento do equipamento quando o calço é retirado de sua base (livro). Mesmo
que a prensa seja automatizada, não haverá como acioná-la quando o calço estiver
sendo utilizado. Este calço deve ser utilizada em conjunto com a válvula de
retenção hidráulica. Isso gera uma segurança redundante.
Figura 10 - Calço de segurança sem chave de Figura 11 - Calço de segurança com chave de
intertravamento eletrônico (antes) intertravamento cat. 4 (depois)
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Segundo item 12.4.2 as máquinas devem dispor de comandos de partida
e/ou acionamento com dispositivos que impeçam seu funcionamento automático ao
serem energizadas.
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4 ANÁLISES E CONCLUSÃO
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Tabela 3 - Risco operação da Prensa (após alteração)
Agradecimentos
REFERÊNCIAS
1 MICHELS, L. B. et al. Uma visão geral sobre os equipamentos utilizados no
processo de forjamento. Ferramental, Curitiba, n. 49, Setembro/Outubro 2013.
2 ABIMAQ. Princípios Básicos de sua Aplicação na Segurança do Trabalho
em Prensas e Similares. Porto Alegre: [s.n.], 2012.
3 TECHNOSUPPLY. Cortinas de luz. Technosupply, 2014. Disponivel em:
<http://www.technosupply.com.br/>. Acesso em: 20 junho 2014.
4 RENE MENDES. Máquinas e acidentes de trabalho. Brasília: MTE/SIT; MPAS,
v. 13, 2001.
5 SILVA, K. P. D. A. Identificação de riscos e prevenção de acidentes em
prensa e similares. Faculdades Integradas de Araraquara. Araraquara. 2008.
6 PRESSFORM. Retrofitting de Máquinas hidráulicas (adequação a norma NR-12).
http: //www.pressform.com.br/, 2014. Disponivel em:
<http://www.pressform.com.br/retrofitting-de-maquinas-hidraulicas-adequacao-a-
norma-nr-12>. Acesso em: 19 jun. 2014.
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