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Nós somos seres humanos, temos questões que nenhum outro animal tem. Sempre necessitamos
humanizar nossas relações. Humano refere-se àquilo que é mais humanizado no indivíduo. Tudo o
que é técnica/máquina é possível corrigir. O humano possui erros, é singular.
Humanismo:
- Como movimento literário e filosófico, com origem na Itália renascentista, na segunda metade do
séc XIV;
- Como qualquer movimento filosófico que considera como fundamento a natureza humana, seus
limites ou seus interesses; ou seja, toda filosofia que tome o homem como a “medida de qualquer
coisa”. - O ponto central do humanismo é o próprio homem.
- Termo generalizado para qualquer filosofia que coloque o homem no centro de suas
preocupações, ou como adjetivo aplicável a outros movimentos, como é o caso da “psicologia
humanista”;
- Humanismo: atitude concreta em favor do homem;
- Valorização do relativismo da subjetividade: singularidade do indivíduo;
- Renascimento do ideal de poder e potencialidade do ser humano;
- Valorização da interioridade, introspecção, mundo interno e privacidade;
- Valorização do humano: de sua independência, singularidade e seu destaque do mundo da
natureza - ver o ser humano como único, que vai se desenvolver e se transformar;
- O homem que se define por si próprio e a partir das suas realizações pessoais.
Em vez disso, propunham que as qualidades que melhor caracterizam os seres humanos eram:
- O livre-arbítrio - O indivíduo pode tudo o que quer e tem condições de conseguir, pois pode
desenvolver sua potencialidade para conseguir. Diferente da Existencial, que acredita que o
indivíduo não pode ter tudo o que quer e sim, somente aquilo que seu mundo sustenta;
- A sensação de responsabilidade e propósito - obtém livre arbítrio, porém, obtém
responsabilidades;
- A busca eterna e progressiva de sentido na vida;
- A tendência inata de crescer rumo à assim chamada , ou seja, atingir seu potencial de vida em
toda a sua plenitude - Indivíduo está no mundo para se autorrealizar.
1. Força - Behaviorismo:
Calcado numa ênfase objetivista, empirista e positivista, este modelo buscou aplicar os métodos
e valores das ciências físicas ao estudo do ser humano, o que gerou uma série de críticas, como a
exclusão da subjetividade de sua consideração do ser humano, além de não abordar a
complexidade da personalidade e de seu desenvolvimento.
2. Força - Psicanálise:
Emergiu da psicanálise freudiana e das chamadas “psicologias profundas” de Adler, Erikson, Jung,
Klein, entre outros. A ênfase desse modelo estava na dinâmica do inconsciente e na crença de que
o comportamento humano seria determinado prioritariamente pelo que ocorre na mente
inconsciente.
O centro de seu enfoque referencial é a pessoa em um contexto único e que tem o potencial de
transformar a vida dentro de si, de maneira continuada e infinita.
- Seria uma “resposta” à negação do espírito humano motivada pelas ciências sociais e
comportamentais.
- O homem não é o bicho que fala, mas ele é a própria palavra - Discurso, linguagem;
- Não é a linguagem que se encontra no homem, mas o homem que se encontra na palavra;
- O humanismo não se trata de mudança de objeto, nem de uma mudança de método, nem de uma
mudança teória. Trata-se de uma mudança na relação com o objeto;
- Visão mais abrangente, capaz de conter a visões anteriores, só que como parciais;
- Algo mais amplo: consideração do sentido;
- Ser humano como movimento: não como resultado, mas como processo;
- O homem só aparece naquilo que ele tem de mais próprio, com a questão do sentido, não com a
questão de causa explicativa;
- O homem é constituído pelas questões do sentido.
Surge da reação da insatisfação sentida face aos dois conjuntos teóricos - behaviorismo e
psicanálise, porém, não desconsidera as descobertas anteriores.
- Diferentes teorias podem vir a ser humanistas, dado que o que as une não são suas ideias, mas
uma atitude em comum diante do homem e sua realidade - Trazer a concepção do homem enquanto
potência e senhor de si (obtém condições e potencialidades de transformar-se);
- Em seu sentido contemporâneo, uma psicologia humanista seria uma resposta à "crise" do
homem e de sua humanidade, numa época de crise de valores e crise moral; como uma
alternativa a questionamentos não respondidos e alento a anseios não satisfeitos, ou seja, a
expectativa de uma nova psicologia - Vem como uma terceira via, em uma postura que diferencia-se
do behaviorismo e psicanálise, sendo outra possibilidade de atuação;
- A ideia de uma Psicologia Humanista se insere, numa tradição filosófica que resgata o
significado e questiona a ciência em sua base mais fundamental - sua pretensão de neutralidade -
Obtém uma concepção do homem como um todo, questionando a ciência por ser determinista e
fundamentalista.
Existencialismo:
Há elementos similares entre ambas. A Psicologia Humanista foi diretamente influenciada por
dissidentes freudianos de origem europeia e ambas as abordagens associam-se ao pensamento
fenomenológico e ao movimento existencial (também de origem europeia).
A polêmica que se criou ao redor desses dois movimentos calca-se muito mais em uma questão
semântica e hermenêutica do que em reais vínculos de diferenciação conceitual ou filosófica. -
Ambas se influenciam. Psicologia Humanista é influenciada pela Existencial.
Há atitudes de uma psicologia humanista e de uma existencial. Além disso, há atitudes que
transitam de uma para outra.
Necessidade de separação:
2. A ideia de que o humanismo seria um sistema filosófico fechado, composto de ideias ordenadas,
conceitos próprios, gênese e desenvolvimento particulares, além de possuir um mentor intelectual.
Todavia, isto não acontece. O humanismo é uma ideia, não uma corrente independente de
pensamento. Em cada época do desenvolvimento do conhecimento e da humanidade, encontramos
figuras "humanistas";
3. A característica de ser "humanista" (relativo ao humano, ao homo, humanus) seria distinto de ser
"existencial" (relativo a existência, existere), e que, assim, seria
possível destacar o humano de suas relações com o mundo.
Psicologias Humanistas e Existencial: Se fosse realizado um quadro onde fossem estabelecidas
as bases das psicologias humanistas e existencial, seria algo assim:
Humanista:
- Fundamentos filosóficos: Implícitos;
- Bases: Fenomenologia, Existencialismo;
- Origem: Europa -> EUA
Existencial:
- Fundamentos filosóficos: Explícitos;
- Bases: Fenomenologia, Existencialismo;
- Origem: Europa
Mesmo assim, tem-se problemas em delimitar tão clara e forçosamente essas fronteiras. É
preferível, então, destacar suas similaridades.
O ser humano é livre para fazer escolhas e se tornar o que fizer da sua vida, nos limites das
condições físicas, psicológicas e sociais que o envolvem - Possibilidades que sustentam os sentidos
do mundo do indivíduo.
Não existe uma natureza humana que determine nossa existência, mas ela se forma e se transforma
na prática - Indeterminação originária.
Acredita que desde o nosso nascimento somos lançados no mundo e somos nós que criamos
nossos valores através de nossa própria liberdade e sob nossa responsabilidade - Indeterminação,
ter de ser.
Não há essência que nos defina previamente, mas existimos no mundo e construímos nossa
essência por meio de nossas escolhas existencias - Posicionamento e escolhas do indivíduo traz o
sentido de sua essência.
- O cerne do existencialismo é a liberdade, pois cada indivíduo é definido por aquilo que ele
faz - A questão da liberdade tem a ver com a indeterminação originária, indivíduo é livre desde que
seu mundo sustente essas questões.
- Sempre se está fazendo escolhas, mesmo quando decide não escolher, está-se escolhendo não
escolher;
- Porém, não há liberdade sem responsabilidade - O indivíduo se posiciona, decide, escolhe e se
responsabiliza. Isto é, banca suas decisões;
- Somos responsáveis por nós mesmos, pelas escolhas que fazemos e por tudo aquilo que
nos cerca - O indivíduo obtém autonomia e é dono de si. A maturidade é chegar no nível de tutelar
a vida, sabendo o que é seu e não responsabilizando outros por aquilo que você é;
- O fato de ser livre coloca o ser humano eticamente responsável pelas consequências das
escolhas que faz;
- "O homem primeiramente existe, se descobre, surge no mundo; e só depois se define " - Só
se define quando morre.
Apesar disto, há algumas ideias subjacentes ao existencialismo, que perpassam seus teóricos.
Assim o existencialismo:
- Não é natural. Não há uma natureza universal que defina o modo de ser das pessoas - Igualmente
o discurso. Tudo o que o ser humano faz, é aprendido.
Aprende aquilo que experimenta, não é natural, por exemplo, o andar;
- Não é atemporal, ou seja, igual em qualquer tempo. Cada pessoa vive concretamente em um
tempo e espaço, num período histórico, num contexto e em uma série de relações que constituem
seu modo de ser - Há uma amplitude como, por exemplo, a cultura;
- Não é essência, como algo prévio que defina o ser humano antes mesmo de sua existência
material. Cada pessoa se faz de acordo com suas escolhas e irá se tornar o que fizer de si - Não é
determinado, a essência se faz a cada vez, a vivência antecede a essência;
- Não é alma, que habita um corpo e segue para outro corpo. O ser humano é o corpo que está
vivendo concretamente.
- Mortal: Toda pessoa um dia vai morrer. A vida acontece na condição de finitude, tudo o que fizer
de si um dia vai acabar;
- Em transformação: A pessoa nasce de um modo e se transforma de outro modo, estando sempre
em mutação;
- Emocional: Vivencia as emoções e se altera afetivamente de acordo com nossas experiências -
Sempre atravessados por afetos;
- Ser no mundo: Habita em um espaço físico, espacial, temporal e contextual, e nele se desenvolve,
estabelece valores, conceitos, desejos, gostos e etc. - Vê o homem como ser no mundo;
Existem condições (é pra todos, a existência é atravessada por essas condições): Não há ser
humano que não experiencie essas condições
- Liberdade: Todos somos livres para fazer escolhas e responsáveis pelas escolhas que fazemos;
- Conflitos: Ao convivermos com outras pessoas atravessamos conflitos e contradições, pois temo
valores e desejos diferentes;
- Angústia: Nos angustiamos por não conseguir realizar todas as nossas possibilidades existenciais,
por sermos seres limitados;
- Sentidos da vida: Cada pessoa se move de acordo com o que faz sentido para si, em direção do
que a torna realizada.
O existencialismo:
Reconhece e valoriza os afetos (a partir do afeto irá fazer a leitura do paciente; "que afeto que surge
no discurso?” e emoções humanas. Entende que o ser humano não é somente razão, mas que,
antes de tudo, nossas experiências com o mundo são afetivas, e os afetos desempenham forte
papel em nossa existência e tomada de decisões. - O afeto sempre dará dicas do que está se
apresentando no paciente.
O ser humano não é um organismo neutro, isolado no mundo, mas um ser que habita e
convive com o mundo (Ser-aí, ser-com). Não há uma consciência separada do mundo, todo ser
se relaciona com o mundo numa relação dialética - É uma coisa só. Co-originários. O mundo irá
possibilitar ou não as decisões do indivíduo.
Ao contrário de uma concepção determinista, entende que nossa vida não é previamente
determinada, mas que nós a fazemos por meio de nossas escolhas, dentro de nossas
condições e da situação que vivemos.
Não há como entender modos de ser de cada pessoa sem compreender sua história e sua relação
com condições materiais.
O Devir ou 'vir a ser”, representa transformação. Para o existencialismo, tudo está sempre em
transformação, tanto os seres quanto o mudo e as coisas. Nada permanece o mesmo, tudo está
sempre se alterando, se reconfigurando e se transmutando em outro. Estamos sempre em
transformação e nunca somos iguais. - Na psicoterapia existencial o principal feito é a
transformação.
A angústia não é algo ruim na visão existencial, mas um sentimento que surge da contatação de
nossa liberdade, finitude e de nossos limites. Nos angustiamos perante a dificuldade de escolher, na
não aceitação de limites ou da compreensão de que as coisas terminam.
Lida-se com a finitude e morte das coisas, das pessoas e de nós mesmos durante a vida. A
consciência dessa finitude pode ser angustiante, mas nos coloca a viver intensamente e com
sentido.
A subjetividade é característica do sujeito referente a tudo aquilo que é pessoal, interior e
individual. O modo como cada um percebe, sente e se relaciona com o mundo e consigo mesmo,
envolvendo sua constituição cultural, seus valores pessoais e seus afetos em relação às coisas.
A vida não é entendida como algo que possua em si um sentido já posto ("o sentido da vida"). Cada
pessoa dará sentido para sua vida, diante de suas escolhas. Este sentido se transforma todo mundo.
O que une então estes pensadores tão individualizados nas suas concepções filosóficas? O que os
une, e nisso concordam todos os autores, é a concepção de uma filosofia:
“Que seja concebida e se exerça como análise da existência, desde que por 'existência' se entenda
o modo de ser do homem no mundo. O existencialismo é assim caracterizado, em primeiro lugar,
pelo fato de questionar o modo de ser do homem; e, dado que entende este modo de ser como
modo de ser no mundo, caracteriza-se em segundo lugar pelo fato de questionar o próprio
'mundo', sem por isso pressupor o ser como já dado ou constituído. A análise da existência não
será então o simples esclarecimento ou interpretação dos modos como o homem se relaciona com o
mundo, nas suas possibilidades cognoscitivas, emotivas e práticas, mas também, e
simultaneamente, o esclarecimentos e a interpretação dos modos como o mundo se manifesta ao
homem e determina ou condiciona as suas possibilidades. A relação homem-mundo constitui
assim o tema único de toda filosofia existencialista (Abbagnano, 1984, p. 127) - Ponto de vista de
Heidegger. Dasein. Compreende o mundo a partir de seus sentidos e significados, a partir de suas
vivências singulares. Trama singular. Das possibilidades de cada um. Filosofia existencial -> homem
e mundo.
O termo "existencialismo" parece ter sido cunhado pelo filósofo francês Gabriel Marcel em meados
da década de 1940 e adotado por Jean-Paul Sartre. Período pós-guerra.
O rótulo foi aplicado retrospectivamente a outros filósofos para os quais a existência e, em particular,
a existência humana eram tópicos filosóficos fundamentais. - Questionamento do ser do mundo e
sua relação com ele.
O ser humano é mais que qualquer teoria e não há como classificar uma pessoa em sistemas
explicativos, pois eles acabam a reduzir sua descrição.
Classificar é uma forma de rotular, isto desconsidera a singularidade de cada ser: “Quando você me
rotula, você me nega” (Kierkegaard).
Desta forma, o esquema de conceitos, qualquer que seja, é apenas uma possibilidade entre
outras; sua concretização depende inteiramente dos sujeitos e não dos conceitos e si.
O homem existente, portanto, não pode ser assimilado por um sistema de ideias, afirma ainda
Sartre, “por mais que se possa dizer e pensar sobre o sofrimento, ele escapa ao saber, na medida
em que é sofrido em si mesmo, para si mesmo, onde o saber permanece incapaz de transformá-lo”
(1987, p. 116). - Os conceitos, os pensamentos não dão conta de expressar o que se passa na
"pele" do indivíduo, principalmente quando se fala em sofrimento. Pode chegar muito perto, mas não
acessa a experiência. A solidão é viver a experiência da singularidade.
Grande parte de sua obra são dedicadas às questões existenciais, como a liberdade, angústia,
desespero, subjetividade e indeterminação do ser humano. - Kierkegaard grande influencia do
Heidegger. Fala da indeterminação do ser humano.
As generalizações tratam apenas de hipóteses genéricas, mas nada dizem sobre uma pessoa
específica. - A ciência faz isso o tempo todo, mas a nossa existência vai muito além e é anterior às
explicações. Existe o genérico, mas também existe o singular que a ciência não consegue abarcar.
Não existe escolha que não seja subjetiva, fruto de uma escolha interna. Somente o indivíduo
pode se aproximar de sua realidade, que é subjetiva.
Europa:
América do Norte:
- Humanismo - influência do existencialismo (traduziu e nomeou de humanismo);
- Kieergaarg - Anterior a fenomenologia, influenciou Heidegger, Freud e Lacan;
- Humanista Existencial considera que a existência é a pessoa, indivíduo. O homem é;
- Angústia negativa, atrapalha, deve ser curado;
- Intencionalidade é sujeito/vontade, tem a ver com intenção, vontade do eu;
- “Mantém a dicotomia, a vontade é soberana;
- “Mantém-se a moral, homem carrega culpa pelo o que sua vontade não alcança;
- Análise -> superação, mudança de comportamento.
Psicopatologia [de psic(o)+patologia.] se define como patologia das doenças mentais ou como o
estudo das causas e natureza das doenças mentais.
No entanto, cada época histórica vai tratar deste fenômeno de um modo característico,
marcado pelo horizonte racional, cultural, social e político predominante no momento. Desta
forma, a loucura na Idade Média era possessão demoníaca e na modernidade, época do
Racionalismo, passa a ser a perda da razão. Em tempos de cuidados médicos torna-se
psicopatologia, concebida enquanto doença mental.
Para cuidar precisa de uma conexão e uma relação com o mundo do paciente.
Uma pessoa que obtém patologia experiencia uma vivência com uma patologia, ou seja, está restrito
a um modo de ser patológico, que encurta suas possibilidades.
Campo da psicopatologia:
Manuais classificatórios:
História dos manuais: Surgem no período pós-guerra como uma solicitação dos planos de saúde
norte americanos para lidar com as questões traumáticas da Guerra.
- A do Ser;
- Das relações do fenômeno psicopatológico com a existência do que padece. - Como o
homem experimenta sua vivência obtendo uma enfermidade.
Binswanger adverte:
- Extravagância;
- Excentricidade;
- Amaneiramento.
Amplidão -> Quanto mais próximo do que o outro vê, o indivíduo se aproxima do centro. Quanto
mais perto do centro, mais saudável. Há uma proporção. Quanto mais se afasta, mais longe do eixo
e menos saudável.
Desproporção Vertical: O indivíduo acha que é o mais incrível, porém ninguém o vê assim.
Proporção Antropológica: Quando existe uma aproximação da forma que nos vemos com a
maneira que somos vistos -> Saúde
- Extravagância: Indivíduo está desconectado. Vaga por fora do eixo. Sai do eixo, já perdeu a
conexão com o outro. Trata o outro como objeto, perde a afinação. Fica coisificado;
- Excentricidade: Fora do centro. Patologia da identidade, desproporção do eixo vertical. Não
consegue manter uma identidade que permaneça no tempo. "maria vai com as outras" - reproduz o
modo de ser do outro;
- Amaneiramento: Pessoa que de certa maneira tem um compromisso em asusumir uma
personalidade que considera uma personalidade que deveria ser -> Inventa um modo de ser racional
e social. Presta muita atenção o tempo todo para que ele não cometa nenhum deslize.
No final do dia está sempre esgotado. Está sempre tentando parecer ser algo que ele somente
parcialmente é.
Objeto da psicoterapia:
- Nosso objeto de trabalho então é esse ser-aí, que não é um ser aí na sua estrutura
ontológica formal, mas é o ser-aí implicado hermeneuticamente dentro de um mundo;
- Trabalho é ôntico -> diferente disto é filosofia -> ser na realidade real que o mesmo enfrenta;
- O objeto da psicoterapia -> indivíduo concreto. Experiência concreta, como o fenômeno
acontece.
Acreditava que a psicopatologia muito se enriqueceria por um pensamento que não permitia a
colocação da distinção (separação) cartesiana sujeito-objeto e que, por outro lado, aproximava
a medicina da psicologia.
Concepção daseinsanálise:
- O homem pode se relacionar de diferentes modos, mas não pode não se relacionar - Por mais
que o indivíduo tente não se relacionar, ele está sempre em relação.
- Indiferença é um modo de relação -> Todo modo de ser é um modo de relacionar, mesmo a
indiferença;
- Embora o mundo seja particular, é um mundo compartilhado, cheio de conceitos.
A essência fundamental do homem sadio caracteriza-se pela liberdade (do ponto de vista
Sartreano) - Condenado a ser livre, somos livres para tomar decisões, mas não somos livres das
coisas, liberdade tem limitadores. Homem que
pode decidir-se por si.
Na doença ocorre uma privação mais acentuada do existir -> psicopatologia vem para mostrar esta
privação da liberdade.
1. Ser-doente -> Perturbação da Corporeidade do existir humano -> Questões do corpo. Ex:
estética, transtornos alimentares, hipocondríaco;
3. Modo do ser-doente -> caracterizado por uma limitação da disposição própria à essência da
pessoa/perturbação prevalente na realização da afinação existencial do afeto-> (temporalidade no
biswanger) -> Tonalidades afetivas fundamentais e cotidianas, disposições afetivas -> Ex. humor
deprimido, eufórico ->
Quando o humor perde a medida.
4. Modo de ser-doente -> Ser aberto e da liberdade -> Somos aberturas de mundo e poder-ser.
Na psicopatologia há uma restrição da abertura, fica restrito. Há uma possibilidade, mas há uma
condição para essa possibilidade, sendo uma psicopatologia.
Qualquer redução corpórea toca sempre e imediatamente o ser-no-mundo, e por isso todas as
possibilidades de relação com o mundo. - A experiência da corporalidade vem primeiro. Tudo do
mundo atravessa a questão corporal. Com isso, o ser-doente é caracterizado pela perturbação da
corporeidade.
Nas psicoses orgânicas e demência senil da psiquiatria clássica, os pacientes estão reduzidos na
amplitude de sua abertura espaço temporal, ou seja, a dimensão temporal, (passado, presente e
futuro) está praticamente reduzida ao presente.
- Melancolia;
- Mania;
- Psicose maníaco-depressiva (Transtorno afetivo-bipolar);
- Depressão
- Citamos a esquizofrenia
Situação clínica.
Sanar o sofrimento - Psicológico não cura nenhum sofrimento e sim acompanha o sofrimento do
indivíduo.
Compreender o motivo da dor para conseguir ajudar -> Possibilita investigação do fenômeno