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Capacitação

Situação das
em Eventos Leishmanioses no
Brasil
Área de Produção Editorial e Gráfica
Dr.Ricardo Marins
Núcleo de Comunicação
Coordenador Geral de Doenças Transmissíveis
Secretaria de Vigilância em Saúde
DEVEP/SVS/MS
23 e 24 de junho de 2010

São´Paulo, 24 de agosto de 2011


Leishmanioses
AGENTE ETIOLÓGICO
LEISHMANIOSE TEGUMENTAR
AMERICANA

 Leishmania (Viannia) braziliensis *


 L. (V.) guyanensis*
 L. (V.) lainsoni
 L. (V.) naiffi
 L. (V.) shawi
 L. (V.) lindenberg
 L. (Leishmania) amazonesis*

LEISHMANIOSE VISCERAL

 Leishmania (L.) chagasi


Leishmanioses
VETORES
LV LTA
Leishmaniose Tegumentar
Americana
Leishmanioses
Reservatórios Silvestres
LEISHMANIOSE TEGUMENTAR AMERICANA

 Roedores silvestres
Prochymus, Oryzomys e Neacomys
 Marsupiais
Metachirus, Didelphis e Marmosa
 Preguiça de “dois dedos”
Choloepus didactilus
 Tamanduá-mirim
Tamandua tetradactyla

LEISHMANIOSE VISCERAL

 Canídeos
Lucalopex vetulus e Cerdocyon thous
 Marsupiais
Didelphis
Leishmanioses
Reservatórios Domésticos

LEISHMANIOSE TEGUMENTAR AMERICANA

 Não há evidências quanto


ao papel dos equinos e cães

LEISHMANIOSE VISCERAL

 Cão
Leishmaniose Tegumentar Americana
Padrões de transmissão
PADRÃO 01 - Surtos epidêmicos

 Associados à derrubada de matas para à


construção de estradas, instalação de povoados
em regiões pioneiras, extração de madeira,
atividades de agricultura, pecuária e outra

 Antropozoonose de animais silvestres, que


pode atingir o homem quando entra em contato
com focos zoonóticos na mata

PADRÃO 02 - LTA em regiões de colonização


antiga

 Relacionada ao processo migratório, ocupação


de encostas e aglomerados semiurbanizados nas
periferias de centros urbanos

 Não associada à derrubada de matas


Leishmaniose Tegumentar Americana

CASOS DE LTA – BRASIL,1980 A 2010*

FONTE: SINAN/DEVEP/SVS/MS
* dados sujeitos a revisão.
Leishmaniose Tegumentar Americana
CASOS DE LTA POR MUNICÍPIO – BRASIL, 2007-2009 E
2010*
Média casos 2007 a 2009 Casos 2010*

1 PONTO = 5 CASOS

FONTE: SINAN/DEVEP/SVS/MS
* dados sujeitos a revisão.
Leishmaniose Tegumentar Americana

SITUAÇÃO EPIDEMIOLÓGICA – BRASIL, 2010*


 22.296 casos
 90,8% dos casos ≥ 10 anos
 71,4% Sexo masculino
 94,5% Forma cutânea
 11,7 casos por 100.000 habitantes
 40,6% dos casos na Região Nordeste

FONTE: SINAN/DEVEP/SVS/MS
* dados sujeitos a revisão.
Fonte – Regina Lunardi
Leishmaniose Visceral
Padrões de transmissão

 PADRÃO CLÁSSICO:
Ambiente rural e periferia
das grandes cidades, baixo
nível socio-econômico,
pobreza Natal - RN
Imperatriz - MA

 PADRÃO RECENTE:
Ambiente urbano – Cidades
de médio e grande porte –
Regiões Sudeste e Centro- Campo Grande - MS

Oeste
Leishmaniose Visceral Canina

Reservatório mais importante

Assintomáticos Oligossintomáticos Sintomáticos


Leishmaniose Visceral

CASOS DE LV – BRASIL,1980 A 2010*

FONTE: SINAN/DEVEP/SVS/MS
* dados sujeitos a revisão.
Leishmaniose Visceral
CASOS DE LV POR MUNICÍPIO – BRASIL, 2009 E 2010*

Casos 2009 Casos 2010*

FONTE: SINAN/DEVEP/SVS/MS
* dados sujeitos a revisão.
Leishmaniose Visceral
ÓBITOS DE LV POR MUNICÍPIO – BRASIL, 2010*

1 PONTO = 1 ÓBITO

FONTE: SINAN/DEVEP/SVS/MS
* dados sujeitos a revisão.
Leishmaniose Visceral
TAXA DE LETALIDADE DE LV – BRASIL, 1994 A 2010*

FONTE: SINAN/DEVEP/SVS/MS
* dados sujeitos a revisão.
Leishmaniose Visceral

SITUAÇÃO EPIDEMIOLÓGICA – BRASIL, 2010*


 3.755 casos
 6,2% letalidade
 46,6% dos casos em crianças < 10 anos
 61,8% Sexo masculino
 2,0 casos por 100.000 habitantes
 47,9% dos casos na Região Nordeste
Leishmaniose Visceral
CASOS E PERCENTUAL DE COINFECTADOS LV E HIV –
BRASIL, 2007 A 2010*

FONTE: SINAN/DEVEP/SVS/MS
* dados sujeitos a revisão.
Leishmaniose visceral e Aids
LV: Urbanização
Casos por município
residência, Brasil 1983-2008

2001-2008

1995-2000

2005-2009
1989-1994

2000-2004
1983-1988

1995-1999 Aids: Interiorização


Municípios com pelo menos 1 caso de Aids,
1980-1994 Brasil 1980-2009
Leishmaniose Visceral: Ações de
Vigilância e Controle

Vigilância e
controle de
reservatórios

Vigilância e Redução da
transmissão Vigilância e
assistência
controle de
dos casos e da vetores
humanos Letalidade

Educação
em Saúde

ATIVIDADES INTEGRADAS
Leishmaniose Visceral: Ações de
Vigilância e Controle

Vigilância epidemiológica
Objetivos:

♦ Reduzir as taxas de letalidade e grau de morbidade;

♦ Diminuir os riscos de transmissão mediante controle da


população de reservatórios e do agente transmissor.

Vigilância entomológica
Vigilância de casos humanos
Vigilância de casos caninos
Leishmaniose Visceral: Ações de
Vigilância e Controle
Vigilância entomológica

Investigação

Vig.
entomológica

Levantamento Monitoramento

♦Levantar as informações de caráter quantitativo e qualitativo


sobre os flebotomíneos transmissores da LV.
LEISHMANIOSE VISCERAL

Vigilância entomológica

Investigação entomológica
♦ Verificar a presença de L. longipalpis e/ou L. cruzi, em
municípios com a ocorrência do primeiro caso de LV ou em
situações de surto.

Confirmar a área como de


transmissão autóctone
LEISHMANIOSE VISCERAL

Vigilância entomológica

Monitoramento entomológico
♦ Conhecer a distribuição sazonal e abundância relativa das
espécies L. longipalpis e/ou L. cruzi;

♦ O monitoramento deverá ser realizado mensalmente por no


mínimo dois anos e as coletas de flebotomíneos deverão ser
preferencialmente no mesmo período de cada mês.

É recomendado em municípios com


transmissão moderada e/ou intensa
Leishmaniose Visceral: Ações de
Vigilância e Controle
Controle do vetor
Controle Químico
• Inseticidas de ação residual (Alfacypermetrina) –
Fornecido pelo MS.
• Paredes internas e externas do domicílio e abrigos de
animais ou anexos
• 2 ciclos de tratamento: primeiro ao final do período
chuvoso e o segundo, 3 a 4 meses após o primeiro ciclo.

Saneamento Ambiental
Eliminação e destinação dos resíduos sólidos
orgânicos e fonte de umidade (limpeza de quintais,
terrenos e praças públicas)
Leishmaniose Visceral: Ações de
Vigilância e Controle
Vigilância e controle de casos caninos
• Monitoramento
 Inquérito sorológico amostral

• Monitoramento e Controle
 Inquérito canino censitário
 Eutanásia do cães infectados

• Investigação
 Busca ativa e passiva de cães sintomáticos

• Prevenção
 Coleira deltametrina a 4%: uso individual – uso coletivo
em avaliação.
 Vacinas: não recomendadas para o uso coletivo
Leishmaniose Visceral: Ações de
Vigilância e Controle
Municípios sem transmissão

Não Vulnerável
• Não há recomendação

Vulnerável não receptivo


• Levantamento Entomológico

Vulnerável receptivo

• Inquérito canino amostral confirmação


parasitológica e
• Busca ativa e passiva de cães sintomáticos caracterização
• Notificação compulsória (2010)

• Saneamento Ambiental
Leishmaniose Visceral: Ações de
Municípios com registro de 1° caso Vigilância e Controle
Ações referentes ao homem
• Notificar e investigar o caso
• Estruturar a rede de saúde para o diagnóstico clínico, laboratorial e
tratamento
• Alertar os profissionais de saúde e a população

Ações referentes ao vetor


• Saneamento ambiental
• Investigação entomológica
• Controle químico imediato no local de transmissão Presença do
• Programar dois novos ciclos vetor

Ações referentes ao reservatório


• Busca ativa e passiva de cães sintomáticos
• Inquérito canino censitário no local de transmissão
• Programar anualmente
Ações de Educação em Saúde
LEISHMANIOSE TEGUMENTAR

Vigilância epidemiológica
Objetivos:

♦Diagnosticar e tratar precocemente os casos


detectados, visando reduzir as deformidades
provocadas pela doença

Vigilância entomológica
Vigilância de casos humanos
Vigilância de reservatórios
LEISHMANIOSE TEGUMENTAR

Vigilância entomológica
• Objetivo:

Levantar as informações de caráter quantitativo e qualitativo


sobre os flebotomíneos em áreas de transmissão, bem
como naquelas sem transmissão

Bioecologia das espécies de flebotomíneos


de importância medico-sanitária.
LEISHMANIOSE TEGUMENTAR

Vigilância entomológica

Monitoramento entomológico

O monitoramento entomológico consistirá em capturas entomológicas


sistemáticas em estações de monitoramento (EM).

O monitoramento deverá ser realizado mensalmente por no mínimo


dois anos e as coletas de flebotomíneos deverão ser
preferencialmente no mesmo período de cada mês.
LEISHMANIOSE TEGUMENTAR

Controle químico
• Recomendação

♦ Ocorrência de mais de um caso humano de LTA, num período


máximo de seis meses do início dos sintomas, em áreas novas ou
em surto, associado a evidências de que a transmissão venha
ocorrendo no ambiente domiciliar.

♦ Ocorrência de casos humanos de LTA na faixa etária inferior a 10


anos, num período máximo de seis meses do início dos sintomas,
entre a ocorrência de um caso e outro, associado a evidências de
que a transmissão venha ocorrendo no ambiente domiciliar.
LEISHMANIOSE TEGUMENTAR

Controle químico
Como delimitar a área para o controle químico?

♦ A área borrifada deverá compreender um raio inicial de 500 metros


em torno dos domicílios onde ocorreram os casos humanos.

♦ Em áreas rurais, em que os domicílios estejam muito dispersos, este


raio é estendido a 1km, excluindo-se as áreas da mata, pois não há
indicação do controle químico em ambiente silvestre.

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