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LEISHMANIOSES NO BRASIL:

EPIDEMIOLOGIA E CONTROLE
Ciclo biológico
Lutzomyia
• Reservatórios
• Vetores
Leishmaniose Visceral
Leishmaniose Tegumentar
Americana
Padrões epidemiológicos
da LTA segundo o
Ministério da Saúde:

 PADRÃO 01 - Surtos epidêmicos


 Associados à derrubada de matas para a
construção de estradas, instalação de
povoados em regiões pioneiras, extração de
madeira, atividades de agricultura, pecuária e
outra.
 Zoonose de animais silvestres, que pode
atingir o homem quando ele entra em contato
com focos zoonóticos na mata.
PADRÃO 2 – Ocorrência endêmica em regiões de
colonização antiga

 Relacionada ao processo migratório, ocupação de


encostas e aglomerados semiurbanizados nas
periferias de centros urbanos.
 Não associada à derrubada de matas.
 Cães, equinos e roedores podem ter papel importante
como novos reservatórios do agente, discutindo-se a
possível adaptação de vetores e parasitas a ambientes
modificados e a reservatórios.
Padrões epidemiológicos da LV

PADRÃO CLÁSSICO: Ambiente rural


e periferia das grandes cidades,
baixo nível socio-econômico,
Natal - RN
pobreza.
Imperatriz - MA

PADRÃO RECENTE: Ambiente


urbano – periferias de médias e
Campo Grande - MS
grande cidade – Regiões Sudeste e
Centro-Oeste.
Leishmanioses no mundo

Ocorrência em 88 países

• Estimativa da existência de
14 milhões de LT & LV

• Casos detectados: 2 milhões


casos/ano (1,5 LT e 0,5 LV)

• Estimativa de 59.000 óbitos/ano

• Doença com pouca visibilidade


WHO, 2009
• Definida pela OMS como doenças negligenciadas
Casos de LTA – Brasil,1980 A 2010*

FONTE: SINAN/DEVEP/SVS/MS
* dados sujeitos a revisão.
Casos de LTA por município – Brasil, 2010*

1 PONTO = 5 CASOS

FONTE: SINAN/DEVEP/SVS/MS
* dados sujeitos a revisão.
Situação epidemiológica LTA – Brasil, 2010*

 22.296 casos

 90,8% dos casos ≥ 10 anos

 71,4% Sexo masculino

 94,5% Forma cutânea

 Coeficiente de incidência de 11,7 casos por 100.000 habitantes

 40,6% dos casos na Região Nordeste

FONTE: SINAN/DEVEP/SVS/MS
* dados sujeitos a revisão.
Casos

0
500
1.000
1.500
2.000
2.500
3.000
3.500
4.000
4.500
5.000
19
80
19
81
19
82
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85
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Ano
19
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00
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Casos de LV - Brasil, 1980-2009

04
20
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20
0
20 8
09
*
Casos de LV por regiões brasileiras (2001-2009)
2.500

2.000

1.500
Nº de casos

1.000

500

0
2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009
Ano
Norte Nordeste Sudeste Centro Oeste Sul

Fonte: SVS/MS.
Casos de LV, segundo município de infecção - Brasil, 2009

Fonte: Sinan- SVS/MS


Áreas com maior concentração de casos de LV, segundo
município de infecção e rodovias , Brasil - 2009

Rodovias
brasileiras

Fonte: Sinan- SVS/MS


Casos de coinfecção LV e HIV, segundo município de
infecção, Brasil 2001 – 2009*

Fonte: Sinan-SVS/MS. * Dados sujeitos a revisão


Casos e percentual de coinfectados LV e HIV – Brasil,
2007 a 2010*

FONTE: SINAN/DEVEP/SVS/MS
* dados sujeitos a revisão.
Situação epidemiológica – Brasil, 2010*

 Nú mero absoluto de casos - 3.755

 Coeficiente de incidência -2,0 casos por 100.000 habitantes

 Taxa de letalidade - 6,2%

 Porcentagem de casos em crianças < 10 anos - 46,6% dos

 Porcentagem de casos no sexo masculino - 61,8%

 Porcentagem de casos na Regiã o Nordeste - 47,9%


Leishmaniose visceral
Estado de São Paulo

Histórico

1997: identificação do vetor Lutzomyia longipalpis em área urbana


de Araçatuba

 1998: identificação do agente etiológico Leishmania chagasi em


cães do município

 1999: confirmação do 1° caso humano autóctone do ESP


Casos humanos autóctones de LV no estado da São Paulo

1999 2000

2001 2002
2001
Casos humanos autóctones de LV no estado da São Paulo

2003 2004

2005
2005 2006
Casos Humanos Autóctones de LV por Região Administrativa e
Municípios no Estado de São Paulo 2010

Região Araçatuba
Região de Jales

Região de
Presidente
Venceslau

Região de Marília

Região de Baurú

Fonte:Divisão Zoonoses/CVE/SES
Programa de Vigilância e Controle de Leishmaniose Visceral no Estado de São
Paulo

Sem LV canina CLASSIFICAÇÃO Com LV canina


e/ou humana DOS MUNICÍPIOS
e/ou humana
autóctone 645
autótoctone

COM
SILENCIOSOS TRANSMISSÃO
Sem conf. vetor Com conf. vetor 100

CANINA
NÃO
RECEPTIVO CANINA HUMANA E
RECEPTIVO
29 5 HUMANA
520
66

NÃO NÃO
VULNERAVEL VULNERAVEL
VULNERAVEL VULNERAVEL
330 33
180

contíguos a municípios com casos de LV,


possuem fluxo migrató rio intenso ou fazem
parte do mesmo eixo rodoviá rio de
municípios com casos;.

Fonte: Boletim Epidemiológico Paulista. 2011; 8 (96).


Número de casos, óbitos e letalidade de LV, 1999 a 2011, ESP
NÚMERO DE CASOS E ÓBITOS

300 35.0
280
260 30.0

% DE LETALIDADE
240
220 25.0
200
180
20.0
160
140
15.0
120
100
80 10.0
60
40 5.0
20
0 0.0
1999 2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011

ANO
Distribuição de municípios com presença de
Lutzomyia longipalpis no Estado de São Paulo, dezembro de 2011

125 municípios

Fonte: Boletim Epidemiológico Paulista. 2011; 8 (96).


Distribuição de municípios do Estado de São Paulo
segundo a classificação epidemiológica para
leishmaniose visceral, dezembro 2011

Fonte: Boletim Epidemiológico Paulista. 2011; 8 (96).

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