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Leishmaniose humana
Doença negligenciada associada ao aspecto social (OMS,
2014)
Leishmaniose visceral
Etiologia
ORDEM Kinetoplastida
FAMÍLIA Trypanosomatidae
GENERO Leishmania
SUB-GÊNERO Leishmania (LT) e Viannia (LT)
Didelphis spp
Lutzomyia sp.
Cerdocyon thous
Rattus rattus
Cães (reservatório primário)
Animais silvestres (reservatório primário ou
secundário)
Índia
(TL=2,4%)
Bangladesh
Sudão (TL=1,5%)
Iraque
Brasil
(TL=7,2%)
Etiópia
Sudão do Sul
(TL=20%)
OMS (2012)
90% dos casos de
leishmaniose
mucocutânea se
concentram no Brasil
(maior morbidade da
América), Bolívia e
Peru
Tabela 1. Incidência da Leishmaniose visceral humana na
América Latina, 2003 a 2008
95% dos
casos da
região
Figura 5. Distribuição dos casos de Leishmaniose visceral humana no mundo, 2010 OMS (2010)
Epidemiologia (LT)
Entre 1988 e 2007, 554.475 casos humanos foram notificados no
Brasil, com uma média anual de 27.723 casos (17,3 casos/ 100 mil
habitantes)
Durante os anos 1980, LT e LM se limitavam a 17 estados; em 2003 se
expandiram para 27 estados brasileiros
A LM ocorre a taxas inferiores a 5% dos casos, variando entre
regiões; geralmente sua ocorrência está associadas a regiões de
introdução recente da LT e a epidemias
Forma epidemica (derrubada de matas – animais silvestres); forma
endêmica (cães, equinos e roedores como reservatórios)
Rio Grande do Sul
Primeiro caso – ano 2001; 2009 - 0,01 caso / 100 mil habitantes
Epidemiologia (LV)
Doença com apresentação crônica e sistêmica, cuja
letalidade, em caso de não tratamento, pode chegar a 90%
(BRITO et al., 2014)
Brasil (1995 e 2010): 53.633 novos casos de LV, com TI=2,0
casos / 100.000 (Brasil, 2012)
Rio Grande do Sul
Primeiro caso de LVC –2008 e LVH – 2009 (São Borja)
Até 2012: 12 casos (7 São Borja; 2 Itaqui; 1 Uruguaiana;
2 alóctones)
Epidemiologia
Fatores de risco
Leishmaniose tegumentar
Doença de áreas desmatadas, rurais, peri-urbanas e urbanas
Leishmaniose visceral
Caráter social, essencialmente ligados à pobreza e baixo nível
educacional, que conduzem a uma maior vulnerabilidade da
população, não apenas a LV, que pode funcionar como doença
secundária a outras enfermidades, como por exemplo, a aids (Argaw
et al., 2013; Belo et al., 2013)
Controle
PVC-LV e PVC-LT
Vigilância epidemiológica de casos suspeitos, vigilância etiológica e
entomológica, estratificação de áreas de risco da transmissão e
prevenção do contato humanos e cães-vetores, por meio de medidas
individuais e coletivas (vacinas, repelentes, dentre outras)
COURTENAY, O., QUINNELL, R. J., GARCEZ, L. M., SHAW, J. J., DYE, C. Infectiousness in a cohort of Brazilian
dogs: Why culling fails to control visceral leishmaniasis in areas of high transmission. Journal of
Infectious Diseases , V. 186, P. 1314–1320, 2002.
QUINNELL, R.J., COURTENAY, O. Transmission, reservoir hosts and control of zoonotic visceral leishmaniasis.
Parasitology, v. 136, p. 1915-1934, 2009. doi:10.1017/S0031182009991156.
Leishmaniose medidas preventivas
Vigilância Entomológica:
• Reservatórios silvestres
• Animais domésticos
Presença de animais, a fim de verificar possíveis fontes alimentares
e ecótopo favorável ao estabelecimento do vetor;
Presença de lixo, que poderá atrair animais sinantrópicos para as
proximidades do domicílio;
Condições de moradia, que facilitam o acesso do vetor.
Reservatórios Silvestres
Animais Domésticos
• Limpeza periódica dos abrigos de animais domésticos;
• Manutenção de animais domésticos distantes do intradomicílio durante a
noite, de modo a reduzir a atração dos flebotomíneos para este ambiente;
• Em áreas potenciais de transmissão, sugere-se uma faixa de segurança de 400
a 500 metros entre as residências e a mata. Entretanto, uma faixa dessa
natureza terá que ser planejada para evitar erosão e outros problemas
ambientais.
• Manejo ambiental por meio de limpeza de quintais e terrenos, a fim de
alterar as condições do meio que propiciem o estabelecimento de
criadouros para formas imaturas do vetor (Inseticidas indicados para o
controle químico de vetores);
• Poda de árvores, de modo a aumentar a insolação, a fim de diminuir o
sombreamento do solo e evitar as condições favoráveis(temperatura e
umidade) ao desenvolvimento de larvas de flebotomíneos;
• Destino adequado do lixo orgânico, a fim de impedir a aproximação de
mamíferos comensais, como marsupiais e roedores,prováveis fontes de
infecção para os flebotomíneos;
Diagnóstico Parasitológico para Leish. tegumentar
a) Demonstração direta do parasito