Você está na página 1de 77

Psicoterapia Breve

Análise Bioenergética - Dante Moretti Local trainer Supervisor (CBT/ IIBA)


Psicoterapia Breve

1° Aula - 02/04/22 - História, bases teóricas, metodologia;


História
A história da Psicoterapia Breve circunda a da
Psicanálise freudiana onde, no início, Freud e seus
discípulos obtinham curas por meio de tratamentos
psicanalíticos de curta duração. O tratamento de Anna
O. durou 2 anos. O Homem dos ratos 11 meses. O
pequeno Hans (por correspondência) durou 4 meses.
Ferenczi, Rank e Reich
Com as contribuições iniciais de Sándor
Ferenczi, Otto Rank e Wilhelm Reich, o
objetivo de diminuir a extensão do
processo analítico ganhou mais destaque
dentro da Psicanálise, dando lugar à
elaboração de um método que pudesse
provocar e acelerar a investigação do
material psíquico do paciente.
Sándor Ferenczi (16/07/1873 a 22/05/
1933), pertencente a primeira geração de
analistas, um dos mais íntimos
colaboradores de Freud, analisado por
ele, criador da IPA. Analista de Melanie
Klein e Ernest Jones. Freud e Ferenczi
compartilharam várias férias de verão.
Introduziu o corpo na Psicanálise antes de
Reich. Com sua técnica ativa direcionava
a análise. Após ser presidente da IPA
(1918) rompe com Freud devido as suas
idéias sobre a técnica (1918). “Principio de
relaxamento e neocatarse”.
Otto Rank (22/04/1884 a 31/10/1939).
Nascido em Viena, foi do círculo íntimo de
Freud por 20 anos. Editor do Jornal
Internacional da Psicanálise por 12 anos.
Analisou Henry Miller. Desenvolveu o
conceito de “Terapia da vontade" como
força guia. Tentou diminuir o tempo da
terapia psicanalítica para apenas alguns
meses. Era um analista ativo com o
objetivo de mobilizar a vontade do
paciente. Como Reich, focava inicialmente
nos sentimentos negativos. Direcionava a
análise.
Wilhelm Reich (24/03/1897 a 03/11/1957).
Da segunda geração de analistas,
pertenceu ao círculo íntimo de Freud.
Analisou Fritz Perls. De 1924 a 1930
presidiu os Seminários da Teoria da
Técnica. Freud lhe passava os casos que
não apresentavam resultados.
Desenvolveu a Análise do Caráter. E
introduziu a leitura corporal na
Psicanálise.
O tratamento por Freud do famoso caso
“O Homem dos Ratos”, em 1908, durou 4
meses.
Elizabeth Roudinesco - “Sigmund Freud”, p. 225 - 227.
O também famoso "Caso Dora”, de outubro
de 1900, durou 11 semanas. Tempo que Freud
levou, baseando-se em dois sonhos, para
reconstruir a verdade inconsciente do drama.
Elizabeth Roudinesco - “Sigmund Freud”, p. 103.
“As atividades
terapêuticas do
psicanalista não tem um
alcance muito vasto.”

Sigmund Freud - Danto, “As Clínicas Públicas de Freud”,


2019, p. 10
“Por meio de uma
espécie de Psicanálise
simpli cada consegui…
alcançar relaxamento e
melhoria abrangentes.”

Karl Abraham - Danto, “As Clínicas Públicas de freud”, 2019, p.


16
fi
“Empenhei-me para
abreviar a duração
do tratamento… A
duas ou três
sessões."

Ernst Simmel - Danto, “As Clínicas Públicas de Freud", 2019, p.


16
“Ferenczi introduziu o
conceito técnico de
terapia ativa… Propunha
uma técnica psicanalítica
com limite de tempo, de
objetivos e de
proibições.”

Danto, “As Clínicas Públicas de Freud”, 2019, p. 18


“O inconsciente não deve
ser interpretado da
maneira como ele vem…
Deve existir uma análise
sistemática das
resistências."

Wilhelm Reich - “Análise do Caráter"


“Na década de 1920… a maioria dos analistas, especialmente
Freud, fez uso praticamente de todas as variações de lexibilidade
clínica. A disputa sobre o que constitui uma duração adequada de
tratamento ressurgiu em cada clínica e em quase todas as séries
de anotações clínicas. Em Berlim, a terapia breve foi inalmente
considerada uma técnica curativa o icial chamada de análise
“fracionada”. Em Viena, os médicos indagavam se “deveriam se
esforçar para alcançar sucessos rápidos, a im de encurtar a
duração do tratamento.""

E. A. Danto, “As Clínicas Públicas de Freud”, 2019, p. 176.


f
f
f
f
“Eitington pedia aos analistas que
investigassem esquemas fracionados, isto é,
limitados no tempo ou intermitentes. “Ele
gostava de experimentar interrupções“,
recordava Franz Alexander, “e a expressão
análise fracionada era usada com frequência“…
Eitington considerava que a duração do
tratamento era determinada pelo paciente ou se
isso não fosse possível por uma decisão mútua
do terapeuta e do paciente. Ele gostava de
desenvolver vantajosos programas fracionados
planejados para pacientes… Um mês no Natal,
três semanas na Páscoa etc. Para se adequar ao
seu calendário… A equipe da policlínica tinha
como objetivo encontrar soluções exíveis para
os dilemas clínicos práticos e, na década de
1920, a duração da hora clínica e do tratamento
estava sujeita a tanto debate, ou mais, como
atualmente.”
E. A. Danto, “As Clínicas Públicas de Freud”, 2019, p. 225
fl
“Erik Erikson… lembrava-
se que, durante as
sessões, ela [Anna Freud]
tricotava uma pequena
manta para o lho dele,
recém-nascido.”

E. A. Danto, “As Clínicas Públicas de Freud”, 2019, p. 220


fi
“O mais notável é que o próprio estudo de
casos de Freud era impressionante pela sua
displicente desatenção às suas próprias
recomendações técnicas nos âmbitos do
anonimato (não revelar relações pessoais), da
neutralidade (não dar diretrizes) e da
con dencialidade (não compartilhar
informações do paciente com terceiros). Ele
dava um aperto de mão aos seus pacientes no
início e no nal de cada sessão e, em quase
todas as áreas, desviava-se consistentemente
de suas próprias instruções publicadas em
1913. Cada um dos casos de Freud
registrados entre 1907 e 1939 revela, no
mínimo, sua tendência de instar pacientes a
que adotassem medidas concretas
especí cas em suas vidas e também seu
prazer em conversar, brincar e até mesmo
fofocar com eles.”
E. A. Danto, “As Clínicas Públicas de Freud”, 2019, p. 221
fi
fi
fi
“Das 721 análises realizadas
na policlínica de fevereiro de
1922 a janeiro de 1930… 363
tratamentos foram concluídos
com sucesso… 70 pacientes
foram tratados por 6 meses;
108 por um ano inteiro; 74 por
1,5 ano; 51 por 2 anos; 29 por
2,5 anos; 15 por 3 anos; e 16
foram analisados por mais de
3 anos."

E. A. Danto, “As Clínicas Públicas de Freud”, 2019, p. 254


Wilhelm Reich na década de 1950
https://youtu.be/aN-ZCObMwNs

Como namorar em 2015

https://youtu.be/-8xOdiMGeHM

2021
Qual o app mais baixado no mundo em 2021?!
Up to date
A vida moderna contraria os princípios da
análise tradicional. Principalmente hoje,
após a pandemia/ lockdown que
perturbaram em muito o equilíbrio da
humanidade. A pulsão de morte ronda
nossas vidas. A necessidade de apagar
incêndios, a falta de tempo, as condições
nanceiras e a restrição à locomoção,
di cultam que a população usufrua dos
benefícios da psicoterapia standard.
fi
fi

De nição
Uma terapia que auxilia — com tempo e
objetivo de nidos — o paciente a sair de
uma crise emocional aguda.

Visa abreviar a duração do tratamento.

O segredo é estabelecer um foco bastante


especí co e limitar a terapia a este foco. Se
você trabalha em apenas um foco, a
terapia torna-se mais curta.

Baseado na teoria psicanalítica, exige o


manejo dos elementos essenciais da
psicanálise: interpretação, transferência e
neutralidade.
fi
fi
fi

A psicoterapia breve baseia-se no tripé: foco,


atividade e planejamento/ foco, objetivo e
estratégia.

É necessária atividade e planejamento por


parte do terapeuta: descrição da intenção dos
objetivos terapêuticos dentro de um limite de
tempo.

"A e cácia de um tratamento nem sempre é


equivalente ao seu tempo de duração…
Nesta forma aprimorada de psicoterapia, os
pacientes são estimulados de forma mais
ativa e exível, porém ainda assim
cuidadosa. Esse princípio é válido atualmente
e, se usado de forma errada pode ser mais
prejudicial do que terapêutico…"
fi

fl

Dilema

O paciente nos paga, precisa, que


completemos o óleo…

A paciente quer conseguir terminar com o


namorado que abusa…

“O paciente precisa primeiro perceber que resiste,


segundo como resiste, e, por último, contra o que."

Wilhelm Reich - “Análise do Caráter"


"Serão favoráveis os pacientes que
possuam um Ego forte, boa motivação,
tolerância à frustração, desenvolvimento
da transferência, a possibilidade de
delimitar um foco, capacidade de insight,
de aprender com a experiência e de

Público alvo desenvolver uma sólida aliança


terapêutica com o analista. Poderemos
citar a grande soma de pacientes
neuróticos que, embora não fechem
critérios para um transtorno mental em
específico, apresentam um grau de
sofrimento ou desadaptação em alguma
área da sua vida."
"Nem todos os pacientes são adequados a
esta forma de psicoterapia. Quadros
severos, assim como os transtornos de
substrato predominantemente biológico ou
cujo teste da realidade esteja prejudicado
não constituem indicações para a T.B.
Conforme a atual classificação do Manual
Diagnóstico e Estatístico de Transtornos
Mentais (DSM-IV-TR), podemos citar a

Contra indicação anorexia, esquizofrenia e outros transtornos


psicóticos, transtorno do humor bipolar,
transtorno de déficit de atenção, uso
abusivo de substâncias e, principalmente,
os chamados transtornos da personalidade.
Cabe ressaltar que, nos transtornos acima,
nenhuma forma de psicoterapia breve
assume caráter exclusivo; a efetividade do
tratamento dependerá do uso concomitante
de psicotrópicos e do oferecimento de um
suporte emocional."
"Diferentemente da análise standard,
em que o paciente irá associar
livremente, na T.B. a associação
também acontece, porém com seu foco
específico. Permitir que o paciente
associasse tendo um foco como base

Análise do Caráter requer “jogo de cintura” por parte do


analista para que o tratamento não se
disperse. Então, as associações serão
“intencionalmente dirigidas”. Embora a
associação livre favoreça a exploração
do inconsciente, ela não é a única via
possível e poderá ser empregada em
determinadas ocasiões."
Análise do Caráter
Técnica
O inconsciente não deve ser interpretado da maneira
como ele vem/ a incapacidade de seguir a regra básica;

Análise sistemática das resistências/ o analista seleciona


material;

"O paciente precisa primeiro perceber que está resistindo,


depois como o faz, e nalmente contra o que." (p. 18);

Primeiro as resistências do ego;

Da análise do sintoma para a análise do caráter;

“O paciente deve, não apenas recordar, mas também


experimentar aquilo de que se recorda.”(p. 51);

Não existe transferência positiva genuína no início da


análise/ os sacrifícios analíticos;

fi

"Visto que todas as neuroses, sem exceção, formam-se a partir de con itos da
infância, antes dos quatro anos de idade - con itos que não puderam ser
tratados na ocasião, mas são revividos na transferência -, a análise da
transferência, isto é, da parte dela que tem a ver com a quebra das resistências,
constitui a parte mais importante do trabalho analítico. Já que, além do mais,
o paciente tenta, na transferência, suplantar o trabalho explicativo da análise
- por exemplo, satisfazendo as antigas exigências amorosas e impulsos de ódio
que permaneceram insatisfeitos - ou recusa-se a tomar conhecimento dessas
atitudes, a transferência transforma-se geralmente em resistência, impedindo
o progresso do tratamento."

Wilhelm Reich - “Análise do Caráter”, p. 19


fl
fl
Caráter
Liane Zink
https://youtu.be/9g6gsT2efS8

Com base na anamnese, o terapeuta


desenvolve uma hipótese
psicodinâmica sobre a evolução do
sofrimento. Estipula um contrato e o
número de sessões. A atenção
flutuante será flexivelmente utilizada
em alternância com a seleção do
material a ser trabalhado, havendo a

Metodologia necessidade de um raciocínio rápido


por parte do terapeuta. O analista
sempre terá em vista identificar algum
padrão ou repetição no
comportamento dos relacionamentos
(familiares ou interpessoais), na forma
e no conteúdo das comunicações.
Estimula-se o contato com a realidade,
sintonia entre id, ego e superego e o
grounding.
“O paciente precisa experimentar
aquilo de que se recorda."

Wilhelm Reich - “Análise do Caráter"


1. Cobertura;

2. Os cinco campos;

3. Temperamento, personalidade e caráter;

Conceitos básicos
4. As três camadas;

5. Os três cérebros;

6. Grounding;

7. Análise do caráter;

8. A couraça é uma estrutura de auto-gozo;


Orienta-se o terapeuta a preparar o


paciente para o término da terapia,
trabalhar com os sentimentos de luto ou
fantasias de abandono que
eventualmente possam aparecer. É
importante que analista e paciente façam
uma avaliação conjunta dos objetivos do
tratamento, se foram ou estão sendo

Sobre o nal
alcançados, tendo por referência o
acordo inicial. Formalmente, essa
avaliação será feita apenas depois do
final do tratamento; no entanto, o
analista deve ficar atento a certos
aspectos ao longo da terapia. Caso aja
alguma incoerência, esta poderá ser
corrigida o mais rápido possível. Também
se verifica a manutenção dos resultados
obtidos, através de entrevistas com o
próprio paciente e/ou familiares.
fi

1. 10 sessões individuais - ocular, oral, escapular, cardíaco,


diafragmático, abdominal e pélvico e 3 sessões coringa;
2. 5 sessões individuais - ocular, oral, anal, fálica e genital;
3. 26 sessões em grupo - 3 sessões para cada fase
(ocular, oral, anal, fálica e genital) , 3 sessões coringa e 5
sessões de fechamento;

Metodologias
4. 1 sessão de Grupo de Movimento - ocular, oral,
escapular, cardíaco, diafragmático, abdominal e pélvico;
tensão, carga, descarga e relaxamento;
5. 3 sessões - pele, músculos e ossos/ id, ego e
superego/ pensamento, sentimento e ação;
6. Vegetoterapia - Federico Navarro;
7. 7 sessões em grupo - 7 clientes/ pacientes, uma sessão
para cada um, com todo o grupo a sua disposição; ocular,
oral, escapular, cardíaco, diafragmático, abdominal e
pélvico;

1. Esquizoide - rejeição;

Metodologias 2. Oral - abandono;

Análise Bioenergética
3. Masoquista - humilhação;

4. Psicopata - sedução e rejeição;

5. Rígido - traição;

Odila Weigand
Ligia castro
e
Lucidea Tenório
1. Esquizoide -
Na dor (medo) - rejeição
Na força (recurso) - criatividade
2. Oral -
Na dor (medo) - abandono
Na força (recurso) - comunicação
3. Masoquista -
Na dor (medo) - humilhação
Na força (recurso) - organização/força/trabalho
4. Psicopata -
Na dor (medo) - sedução e rejeição
Na força (recurso) - liderança
5. Rígido -
Na dor (medo) - traição
Na força (recurso) - realização/ competência/
determinação

"Não queira simpli car demais o que é complexo por


natureza.” O. Weigand
Qual o medo maior de cada caráter, contra o qual se erguem defesas. Vale a pena se reportar ao artigo do Lowen onde ele fala dos
direitos de cada caráter: Uma Hierarquia em Caracterologia.

• esquizoide – direito de exis r. O medo de aniquilação. Sensação que não devia ter
nascido. Não lhe foi dado um lugar. Mas também os sofrimentos durante a gestação,
onde houve perigo de morte, de aborto por algum motivo de saúde do corpo da mãe;
mesmo que a criança fosse desejada, registrou memória de um útero que não garante
a vida.
• oral – direito de ser acolhido, aconchegado e cuidado e atendido em suas
necessidades. On Demand. O medo é de separação/ abandono. O próprio
desenvolvimento cria separações: parto, desmame. Abandonos mesmo na presença da
mãe, quando ela não está conectada ao bebê. Há separações inevitáveis que fazem
parte do crescimento e separações traumáticas.

ti
fi
• psicopatia/ narcisismo – a criança carrega ainda carência oral. Mas pelos 18 meses ela
se descobre - no espelho – a criança maravilhosa, cheia de energia de vida. Grandiosa,
especial. O espelho também revela que ela e sua mãe são duas, separadas, não são
mais uma só. Isso angustia e esta angustia precisa ser evitada/negada.
Com essa nova energia que surge, a motricidade, a verbalização, ele começa a ser
apreciado e valorizado. O ego começa a ser capaz de seduzir e manipular – antes não
tinha esse amadurecimento. Ao se exibir, pode sofrer humilhação. A humilhação pode
ser por ridicularização, por pai competir com lho, ou porque os pais colocam a criança
em situação de exposição excessiva. Ex. Canta lhinha você canta tão bem (coloca a
menina em cima da mesa do bar, num grupo de homens). A responsabilidade é enorme:
se eu não agradar, vou humilhar meu pai! As conquistas da criança não são para ela,
são para a glória do pai ou da mãe. Passa a agir para o outro e ser avaliado pelo outro.
Perde contato consigo. Internamente há a dor oral, da qual precisa se afastar e negar.
Para não car só, precisa ter poder para atrair pessoas. Medo maior: falhar aos olhos
dos outros. Ser descoberto como uma fraude. “Se eu não sou o meu Ego in ado, Eu
não sou nada”.
fi
fi
fi
fl
• masoquista – mesmo período da psicopatia, talvez um pouco mais tarde começando
aos 2 anos. O impulso de exibicionismo é sufocado. Incute-se vergonha quanto ao
exibicionismo, as falas inocentes são ridicularizadas. Sujar-se é vergonhoso e nojento.
Rebeldia é fortemente reprimida. Obediência e submissão são recompensadas.
Qualidades como ordem e limpeza são super valorizados. Bem como ajudar nas tarefas
da casa. Cuidar de plantas e animais. A vergonha é temida e situações que podem
causar vergonha são evitadas. Como a interiorização é favorecida, tem boa percepção
do corpo. Em vez de ego in ado, é over grounded, excessivamente concreto e
cumpridor de tarefas. Atividades artísticas não são valorizadas, artesanato ou coisas
práticas sim.
fl
• rígido – aqui nesta transição se inserem os obsessivos-compulsivos, que chegam com
forte traço masoquista, porém com mais agressividade. Se a energia da sexualidade
chega aos genitais bastante livre, vai acender os traços fálicos e histéricos. Alta
energia, alta excitação, impulso para realizar e fazer, busca resultado e sucesso. Maior
medo: repetir a dor da infância onde a fantasia de se unir amorosa e sexualmente a um
dos pais foi frustrada (castração). A sombra da castração perdura como uma dor que
seria a morte, caso o coração que já foi partido na infância, seja partido de novo. Para
prevenir, é preciso vigiar: controlar o outro, veri car com frequência se está ocupando
os pensamentos do outro. Enquanto alimenta a fantasia de um terceiro que vai entrar e
se intrometer na relação. Inconscientemente busca criar triângulos e se atormenta com
a ideia de ser suplantada/o pelo/a rival. A fantasia e o medo é de ser trocada. Quando a
relação ca estável, sente a monotonia e pode buscar excitação em novas conquistas.
fi
fi
Kaplan, Sadock e Grebb
“Compendio de Psiquiatria” - 7° ed, Editora
Artes Médicas, Porto Alegre, 1997, p. 779

Psicoterapia Focal Breve


- Michael Balint, na
Clínica Tavistock, em
Londres nos anos 50

Psicanalista húngaro. Analisado por Ferenczi.


Participou da Policlínica…

Objetivo: clari car a natureza da defesa,


ansiedade e impulsos. Ligar o presente, passado
e a transferência;
Critérios de seleção: paciente capaz de pensar
em termos de sentimentos; alta motivação; boa
resposta a interpretação experimental;
Foco: con ito interno presente desde a infância;
Duração: 20 sessões, até um ano;
fl
fi

Estabelecer e interpretar a transferência;


interpretar também a transferência
negativa; ligar a transferência à relação do
paciente com seus pais; paciente e
terapeuta devem estar dispostos a se

Técnica envolverem profundamente e a


suportarem a tensão decorrente;
predomina a interação dinâmica efetiva;
formula-se um foco circunscrito e se
estabelece antecipadamente uma data de
término; elaboram-se o luto e a raiva
acerca do término.
Psicoterapia de Tempo
Limitado - J. Mann, na
Universidade de Boston,
no início doas anos 70
Objetivo: resolução da dor atual e cronicamente
suportada e da auto-imagem negativa do paciente;
Critérios de seleção: altos recursos egóicos; capaz
de se engajar e desengajar; o terapeuta é
rapidamente capaz de identi car um tema central;
exclui transtorno depressivo maior, psicose aguda e
transtorno de personalidade borderline;
Foco: dor atual e cronicamente suportada; imagem
particular de si mesmo;
Duração: 12 sessões;

fi

Estrita limitação a 12 sessões; predomínio


precoce da transferencia positiva;
especificação e estrita aderência a uma
questão central, envolvendo a
transferência; identificações positivas,
fazendo a reparação um evento maturativo

Técnica para o paciente; absoluta perspectiva de


término, evitando o desenvolvimento da
dependência; clarificação de experiencias
e resistências presentes e passadas; um
terapeuta ativo que apoia e encoraja o
paciente; educação do paciente mediante
informação direta; reeducação e
manipulação.
Psicoterapia Dinâmica
Breve - Habid Davanloo,
na Universidade McGill

Objetivo: resolução do con ito edipiano, foco sobre


a perda;
Critérios de seleção: disposição psicológica; pelo
menos um relacionamento signi cativo; capaz de
tolerar afeto; boa resposta a interpretação
experimental da transferência; alta motivação;
defesas exíveis; falta de projeção, dissociação e
negação;
Duração: entre 5 e 25 sessões;

fl

fl
fi
Flexibilidade (o terapeuta deve adaptar sua
técnica às necessidades do paciente);
controle das tendências regressivas do
paciente; interação ativa, de modo a não

Técnica permitir o desenvolvimento de uma


dependência excessiva em relação ao
terapeuta; insight intelectual, somado a
experiências emocionais do paciente na
transferência; experiências emocionais
corretivas, como resultado da interação.
Psicoterapia Breve
Provocadora de Ansiedade
- Peter Sifneos, Hospital de
Massachusetts, 1950

Objetivo: resolução do con ito edipiano;


Critérios de seleção: inteligência acima da
média; pelo menos um relacionamento passado
signi cativo; alta motivação; queixa principal
especí ca; capaz de interagir com o avaliador;
capaz de expressar sentimentos; exível;
Duração: entre 12 e 16 sessões;
fi
fi
fl
fl

Encontro paciente-terapeuta. Estabelecer uma aliança de trabalho, usar


um rápido rapport, e os sentimentos positivos surgidos. Uso criterioso de
perguntas abertas e para definir um foco. O terapeuta especifica as
expectativas mínimas a serem alcançadas.

Início da terapia. Na transferência, os sentimentos do paciente pelo


terapeuta são logo clarificados, levando ao estabelecimento da aliança
terapêutica.

Auge do tratamento. Concentração ativa nos conflitos edipianos


escolhidos como foco: uso repetido de perguntas e confrontações

Técnica
provocadoras de ansiedade; evitação de questões caracterológicas e pré-
genitais (usadas defensivamente pelo paciente); evitação, a todo custo, de
uma neurose de transferência; repetitiva demonstração dos modos
neuróticos ou padrões comportamentais mal-adaptativos do paciente;
concentração no material carregado de ansiedade (mesmo antes de
clarificados os mecanismos de defesa); repetida demonstração dos
vínculos de transferencia parental, mediante o uso da interpretação;
estabelecimento de uma experiencia emocional corretiva; encorajamento
e apoiado paciente; neo-aprendizado e padrões de solução de problemas;
repetida apresentação e recapitulação da psicodinâmica do paciente, até
que sejam compreendidos os mecanismos de defesa usados para lidar
com os conflitos edipianos.

Evidência de mudança e término da psicoterapia. Salientar a mudança


tangível de mudanças no comportamento do paciente fora da terapia e
início da discussão do término do tratamento.

Psicoterapia
Interpessoal -
Myrna Weissman

Objetivo: melhora nas habilidades


interpessoais atuais;
Critérios de seleção: paciente externo,
depressão não-bipolar, não psicótica;
Duração: 12 a 16 semanas, um encontro
por semana;

Os pacientes aprendem a avaliar


realisticamente suas interações com os
outros a se tornarem concientes de como
isolam a si mesmos, o que contribui ou
agrava a depressão acerca da qual se

Técnica queixam. O terapeuta oferece conselhos


diretos, auxilia o paciente a tomar
decisões, e ajuda a esclarecer áreas de
conflito. Pouca ou nenhuma atenção é
dada à transferência. O terapeuta tenta ser
consistentemente apoiador, empático e
flexível.
1. D.;

2. M.;

3. M.;

4. A.;

Exemplos
5. S.;

6. Grupo de Movimento;

7. Grupo de Movimento;

8. Grupo de Movimento;

9. Recortes;

Exemplos
D. (relacionamento - 10 sessões individuais - presenciais)

• 1° sessão - Homem, 77, lho único, não desejado, a mãe quis abortar, casaram porque engravidou, eram primos, se separaram quando ele tinha 3
anos e foi criado pelos avós… dormiu no quarto junto com eles até os 12 e os via transando… não tem lembranças de toques e afetos. QUEIXA:
"Não sinto nada, não sei porque estou vivo. Não sei se co casado ou se separo…”;
• 2° sessão - Deitado, joelhos dobrados pressionando a bola e vibrando. “Eu deveria, me ressinto e aprecio…” com a esposa;

• 3° sessão - Preparei "pedir com o abraços estendidos”, mas ele falou de si a sessão inteira. Acolhi, esquentei seu peito, massageei, dei grouding;

• 4° sessão - Trouxe o objeto fantasma… a amante virtual… olhamos pra ela: “eu deveria…”;

• 5° sessão - A esposa pegou suas conversas com o objeto fantasma: “Não falo da minha vida pra ninguém… Não sabe o que fazer... Se ca com a
esposa ou com a amante fantasma... Não tenho amigos… Nunca tive… Não trabalho com o que eu gosto…”;
• 6 ° sessão - Saiu de casa. Bater braços e pernas;

• 7° sessão - Queria desistir após ser rejeitado no Grupo de Movimento... Stool comigo entre seus joelhos vibrando. Acolher e confortar;

• 8° sessão - Acolher e confortar. Suspender o quadril me olhando e assumindo seus desejos;

• 9° sessão - Vibrar no quadril e me olhar dizendo dos seus desejos. Acolher e confortar;

• 10° sessão - Grounding em pé. Limites com as mãos. Negar meus pedidos. Fechamento;
fi

fi

fi

Exemplos
M. (relacionamento - 10 sessões individuais - online)

• 1° sessão - Mulher, 88, foi concebida no nal do relacionamento dos pais, já sem amor. O pai não quis, se afastou e sugeriu o aborto, a mãe quis. O pai constituiu outra família e ela foi hóspede na casa dele. Foi pra
creche com 3 meses. “Eu sempre era a última a ser buscada na escola e fazia todos os esportes pra não focar sozinha.”… a cada 15 dias via o pai. Que nanceiramente dividia todas as despesas com a mãe. “Eu
sempre emendei um relacionamento no outro.” Se sustenta. Fez terapia por um ano em 2017. Naquela época: ”morro de medo de ser rejeitada… Quero sempre provar que estou bem… Me preocupo demais com a
opinião alheia…" Voltou dizendo não ter aproveitado bem… Hoje mora na Alemanha. Com um homem que a trata igual seu pai a tratou. Queixa: não sabe se ca na Alemanha (casada) ou volta pro Brasil (se
separa).
• 2° sessão - Deitada, joelhos dobrados pressionando a bola e vibrando. Olhar pro pai, “eu deveria… eu espero de você… você me afasta quando… eu co puta…” Interrompe o exercício: "A ESPOSA DELE SEMPRE
ME COBROU UMA UNIVERSIDADE PÚBLICA COBRANDO A GRANA DA ESCOLA PARTICULAR, RODEI... chorou... MUITO DESAMPARO POR PARTE DO PAI... QUE GASTA COM O IRMÃO E VIAJA P CARALHO E
NÃO DA NEM UM NOTEBOOK, E NÃO DEU O CARRO Q PROMETEU NA FACULDADE..." "eu me ressinto…”
• 3° sessão - Terminar olhar pro pai, “eu quero ouvir de você… se eu pudesse… eu repito você… eu me culpo… se eu fosse você… você me fortalece… eu te perdoo… me perdoa pai… eu agradeço… eu aprecio… "

• 4° sessão - Deitada, joelhos dobrados pressionando a bola e vibrando. “Olhar pra mãe, “você me afasta quando… eu tenho raiva… eu escondo de você… eu culpo você… eu não aceito… eu não te perdoo… se eu
fosse você…” pacto de não agressão com a mãe, pois essa “suou a camiseta” para criá-la sozinha;
• 5° sessão - Terminar a mãe, “eu abandonei você quando… eu não fui legal quando… você me prende quando… eu repito você… eu sou má… eu manipulo você… eu sou venenosa…” Interrompe o exercício… “SE EU
FOR MÁ E PENSAR EM MIM, QUEBRO O CONTRATO DE SER A BOAZINHA E PERCO O AMOR DA MÃE…" “eu adoro homem… eu adoro sexo…” "EU NAO TINHA COM QUEM CONTAR... TIVE Q ENDURECER...
SEMPRE EM OUTRAS CASAS... COM PESSOAS QUE NÃO TINHAM PACIÊNCIA... "
• 6 ° sessão - Deitada, joelhos dobrados pressionando a bola e vibrando. Terminar a mãe. “Eu não aguento… Eu deveria… Eu me ressinto… Me envergonha… Eu agradeço… Eu aprecio…” E Começar com o marido.
“Eu escondo de você… Eu compito com você… Eu me sinto inferior… Eu me sinto superior… Eu seduso/ manipulo… Eu nunca vou assumir… Eu me ressinto… Se eu fosse você… Eu aprecio… Eu deveria… Eu espero
de você…"
• 7° sessão - Inversão de papéis com o marido… Ela foi o marido e eu fui ela… Anjinho vs diabinho, assumir que controla com a submissão…

• 8° sessão - Ela no centro… grounding… conectar cabeça, tronco e quadril… sentimento, pensamento e ação… capacidade de experimentar o prazer… narcisismo saudável…

• 9° sessão - cadeira na parede… suportar a frustração… bater braços e pernas… grounding

• 10° sessão - grounding… limites… olhar pro medo de car sozinha… feedback… fechamento.

fi
fi

fi
fi
fi

Exemplos
M. (surto psicótico - 10 sessões - presencial)

• 1° sessão - Homem, 03, surtou na noite anterior porque não conseguia ver o rosto do pai, foi ao bar, pagou 500 reais por uma cerveja, roubou um cavalo e foi
espancado na favela... vive com a mãe, tia e irmã (estudante de psico.), fanático religiosas que o invadem diariamente… não tem seu quarto… trabalhar limites... o
pai batia na mãe... existe ódio do masculino… sexo é pecado… não tem celular… não tem amigos…
• 2° sessão - chegou surtado... após o Grupo de Movimento, saiu na euforia e não voltou mais... SAMU... UMIMED... 2 meses internado… medicado… o visitei no
hospital…
• 3° sessão - arrogância: “eu provoquei meu surto”... nega as fragilidades... postura superior... não sabe dizer dos sentimentos... “surtar é bom, me levou pra outra
realidade, gostosa”... está perdido de si... não sabe pra onde ir... não terminou o ensino médio... não trampa... não faz faculdade... onipotência e megalomania...
• 4° sessão - grounding, corpo… colocando o pé no chão... mas sua realidade é dura... embora tenha possibilidades... triste...
• 5° sessão - não fala nada... ca olhando desa adoramente... quer q o terap. corra atrás dele... feliz por estar sem rumo... esnobe... arrogante... quem na vida dele
curte quando ele não existe!? a mãe!... ele tem prazer em desa ar... o príncipe não quer se descabelar...
• 6 ° sessão - assumir sua responsabilidade... assumir as forças q o controlam... suas fraquezas... e dançar no campo minado... grounding…
• 7° sessão - “não sabe” dizer porque é fechado... mesmo comigo perguntando sobre a in uência dos pais na sua personalidade... grounding…
• 8° sessão - “preciso fazer alguma coisa, não posso car só me divertindo.”… caiu num golpe… que prometia dinheiro fácil… grounding…
• 9° sessão - não se permite se apaixonar... alto astral vs baixo astral... ele tem possibilidades!!!!
• 10° sessão - voltando pro mundo... resolver o q não resolveu das outras vezes... vergonha de trocar com pessoas mais adequadas...

fi
fi
fi
fi
fl

Exemplos
A. (surto psicótico!? - 10 sessões - online)

• 1° sessão - Homem, 78, contato por WhatsApp… indicação de uma aluna… ele pediu e insistiu muito… “preciso de ajuda”…
matou a mulher a facadas em 2007... 5 anos na cadeia, 2 de condicional… Édipo mal resolvido com o pai... abandonado aos
14... TOMOU O NEGÓCIO DO PAI... se sustenta... desejado, veio da virgindade da mãe, “mas eu não queria, disse a
astróloga”... Segundo a astróloga: NA IDADE MÉDIA O PAI FOI SUA ESPOSA E EU MANDEI MATAR ELA PORQUE ERA
MUITO CHATA… Parece q o corpo não me deixa buscar ajuda... parece q eu não mereço ser pleno... sempre q vou atingir o
ápice essa fala vem, desde criança... OLHAR PRO PAI... ele está bravo com cara de raiva, olhar de julgamento... da
ansiedade, não me sinto a vontade... uma sensação de não quisto, dele não ta gostando da minha presença... “OLHO NO
OLHO DELE E OLHO PRA BAIXO”... estamos na casa dele do Paraguai... queria pedir perdão, chora... eu queria tar
trabalhando com ele e com meus irmãos... que bosta... chora... “eu não tive paciência... chego metendo o pé... meus irmãos
acharam q eu era loco... ele não assimilou... eu dei varias ideias…"
• 2° sessão - Parece q o corpo não me deixa buscar ajuda... parece q eu não mereço ser pleno... sempre q vou atingir o ápice
essa fala vem, de olhar pro pai… “eu tenho medo… eu não aguento… quando estamos com a namorada, ca seduzindo as
namoradas da gente, sensualizando, cheio de frescura, tem que respeitar a mulher dos outros… eu não te perdoo… por ser
casado com uma mulher guerreira como a S. e car falando que a lha dela é gostosinha, é verdade ela é gostosinha, mas
isso não se fala, te falta hombridade, vc é lascivo… eu deveria…
• 3° sessão - desistiu… “Não tenho paciência pra car lembrando passado e nem quero reviver coisas… Não tô a m de
mergulhar em mim não…”
fi
fi

fi
fi
fi
Exemplos
S. (A espera de um milagre - 10 sessões - online)

• 1° sessão - Mulher, 77… depressão... tentou suicídio… já passou por três psicoterapias…
"mas nenhuma funciona”… religiosa… nunca se masturbou… Namorou 4 anos sem sexo
porque esta na bíblia… Após lhe dizer que suas resistências iriam ser bem difíceis… Pedi
que deita-se e relaxa-se: “Eu tenho q levantar, tenho q fazer alguma coisa, estou perdendo
tempo... não posso relaxar...” E precisava mesmo de movimento, estava empacada na sua
vida… Mas exatamente porque não se aceitava, não relaxava… Tentei outro caminho, bater
braços no colchão: “Eu tenho vergonha… não me entrego, sempre estou na defensiva.” Ela
percebeu sua resistência e disse que gostaria de somente chorar… Acolhi: “Acho q minha
depressão tem raizes genéticas (meu pai é depressivo e alcoólatra), e o ambiente, os
traumas q tive na infância... Eu preciso de um milagre, ser curada dessa depressão, se eu
fosse uma pessoa normal... mais inteligente... teria mais dinheiro, prazer, disposição…”…
Quando lhe perguntei se ela sentia que merecia um milagre, me disse que não… Lhe
indiquei para uma analista bioenergética de con ança que terá tempo para acolher e
reestrutura-lá… E disse que quando terminado com ela, será bem vinda de volta.
fi
Exemplos
Grupo de Movimento

• Dança Contemporânea setembro 2011 – SESC Piracicaba – Paula Pi - Em roda falar seu
nome e como vê a relação entre a música e o movimento... caminhar pela sala ocupar os
espaços vazios parar e observar... deitar e azeitar todas as articulações...  por partes,
primeiro somente os dedos dos pés, depois somente os tornozelos, somente os joelhos,
somente o quadril e depois um por um até todos juntos – o corpo o mais em contato com o
chão possível – o mesmo com os membros superiores começando dos dedos das mãos... e
por nal mexer somente a coluna, da lombar pra cervical... em roda cada um escolhe uma
parte do corpo, a que mais gosta e compartilha com o grupo através de um movimento...
um por um faz e todos repetem... assim que todos zerem o grupo caminha e faz duplas e
cada um agrega na sua movimentação o movimento do outro, faz umas quatro duplas...
feito isso cada um faz sua movimentação sozinho, encadeando os quatro movimentos, criar
uma dança... depois caminhar pela sala e fazer esses movimentos enquanto sentamos,
deitamos e levantamos... primeiro lentamente e depois mais rápido e depois com paradas...
responder ao som agudo e ao som grade do violino dela... colocar um som e uma emoção
em cada movimento... ao nal cada um fez uma apresentação de tudo... roda e bate papo...
fi
fi
fi
Exemplos
Grupo de Movimento

• Michael Brennan - San Diego - 21ª International Conference - 2011 - anel ocular... Andar
pela sala e fazer pares de 7 segundos, olhar nos olhos, trocar umas 7 vezes... Deitar e
sentir como ressoou... Repetir a instrução mas agora observar o outro, o olhar do outro,
7 segundos, 7 vezes... Deitar e sentir como ressoou... Fazer uma dupla e, olhos nos
olhos, A busca a melhor distancia pra olhar B, mais ou menos 2 minutos e troca-se...
Deitar e sentir... Fazer uma dupla e, sentados frente a frente, A tampa seu olho
esquerdo e observa B que está com seus dois olhos abertos, após 2 minutos ambos
fecham os olhos, respiram e A tampa o olho direito e completa o exercício... Deitar e
sentir... Troca-se... Deitar e sentir... A escolhe uma posição deitado, tapa primeiro um
olho por 2 minutos e olha para B que está com os dois olhos abertos... Ambos fecham
os dois solhos, respiram e A repete o exercício com o olho direito tampado... Ambos
deitam e relaxam de olhos fechados... Troca-se... Conversa em duplas sobre o que
sentiu em si e no outro... Conversa em roda com todos.
Exemplos
Grupo de Movimento

• Debora Colker - Teatro Municipal Piracicaba - 12/11/11 - ela passou oito gestos, cocar a
cabeça, o nariz, olhar pra traz, pra baixo e a frente, colocar as mãos no joelho e olhar
mais ao chão entre as pernas (a formiga), olhar por cima do ombro, colocar a mão na
boca e por último a outra mão na boca e o peito pra traz... Após repetirmos pediu que
andássemos e os zéssemos nessa seqüência na sua contagem... Após zemos o
mesmo em duplas... Feito isso deu cinco minutos para que cada um criasse oito
gestos... Passado o tempo cada um foi ao meio da roda e mostrou ao grupo os seus
oito gestos... Pra nalizar pediu que andássemos e zéssemos primeiro os dela e
depois os nossos e por m passou movimentos com as pernas e os juntou a estes oito
movimentos.
fi
fi
fi
fi
fi
Exemplos (psicodinâmica)
Recortes
• J. - A mãe teve um caso extra conjugal um pouco antes de sua gravidez e o pai descon ava da paternidade… os pais estavam em
viagem para outro país (mestrado e doutorado) uma de suas queixas é não gostar de si mesma… sempre duvida do amor dos
companheiros;
• C. - O pai só a reconheceu após teste de paternidade aos 14 anos… Na terceira sessão ela diz: “quero resgatar esse pai que
nunca tive”… competente, rejeita boas oportunidades pro ssionais e se sujeita a um trabalho árduo na empresa desse pai super
mal remunerada, pra poder exigir reconhecimento e amor… para poder descarregar sua raiva;
• S. - A mãe não amava o pai, casou por interesse, quando ele nasceu trocou o pai por ele… O super protegeu após um acidente…
controlou, vigiou… Hoje ele é dominado pelas companheiras, sempre mais sábias, articuladas e controladoras. E impotente;
• H. - A mãe tinha raiva de homem, castrava todo impulso masculino nele: “meu lho não será um macho escroto!” … Hoje ele não
aceita sua homossexualidade…
• B. - Ela não foi desejada. Veio num péssimo momento para a família. Aos 7 anos nasceu a irmã desejada. Que roubou a pouca
atenção que tinha. Hoje precisa do desejo dos homens para suprir a ferida narcísica;
• C - Trouxe um sonho com um cavalo. Sabemos pela linguagem simbólica dos signi cados do cavalo (potência/ vida). Mas, na
anamnese, descobriu-se que seu pai tinha um aras, criava éguas… Um pai que quando ela nasceu, perdeu a vida sexual com sua
mãe, que dizia a todos que elogiavam sua sensualidade: “Ela vai car solteira para me cuidar na velhice.”
• M. - É constantemente agredida pelos companheiros. Psicológica e sicamente. Ela reclama deles. Na psicodinâmica recebemos
que seu pai agredia a mae, a abandonou e maltratou. Ela se excita com homens brutos. Quando encontra um boy afetivo perde
todas a excitação. Investe muita libido na imagem corporal. Posta sempre fotos sensuais de biquíni e reclama que homens
mandam imagens se masturbando no direct;

fi
fi
fi
fi
fi

fi

Psicodinâmica
Recortes

• Em P.B. entender a psicodinâmica se faz necessário. Em 10 sessões, não teremos


tempo de aprofundar nas questões do obsessivo, o que podemos fazer, e que será de
grande ajuda, é valorizar, questionar, pontuar, interpretar os caminhos saudáveis que
ele encontrou e apontar, desenvolver, construir os que ele ainda não descobriu.
• Ir a fundo na sua infância e trazer material ics não é indicado em 10 sessões. Não
teremos tempo para elaborar e reorganizar o psiquismo. Corre-se o risco de
desorganizar ainda mais o aparelho psíquico.
• Nossa potencia se encontra em apagar o incêndio. Para que a oresta possa respirar
novamente, para que os animais parem de fugir desesperados, para que o ritmo volte
ao padrão saudável. Feito isso, se indica um processo terapêutico tradicional e
terminamos nosso trabalho. Conscientes de nossa função.
• O psicoterapeuta breve é um bombeiro, ele apaga o incêndio.

fl

Psicoterapia Breve

Fim.

Você também pode gostar