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PLANO DIRETOR DE CARUARU

PREFEITURA DE CARUARU
PLANO DIRETOR

GOVERNO DO ESTADO DE PERNAMBUCO


SECRETARIA DE PLANEJAMENTO E DESENVOLVIMENTO SOCIAL

FUNDAÇÃO DE DESENVOLVIMENTO MUNICIPAL – FIDEM

INSTITUTO DE PLANEJAMENTO E APOIO AO DESENVOLVIMENTO


TECNOLÓGICO E CIENTÍFICO – IPAD

MULTICONSULTORIA S/C LTDA.

PROURBIS – CONSULTORIA, ASSESSORIA E PLANEJAMENTO LTDA.

CONSULTURISMO – CONSULTORES ASSOCIADOS LTDA.

Novembro/2002

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PLANO DIRETOR DE CARUARU

APRESENTAÇÃO

O IPAD apresenta à Prefeitura de Caruaru o Plano Diretor de Caruaru,


correspondendo à 2ª fase dos trabalhos objeto do convênio firmado entre essa
Prefeitura e o Governo do Estado de Pernambuco, através da Secretaria de
Planejamento e Desenvolvimento Social e a Fundação de Desenvolvimento
Municipal – FIDEM.

Este documento contempla um conjunto de diretrizes que balizarão o


desenvolvimento urbano do município nas dimensões sócio-cultural, ambiental,
econômica e urbana.

São definidos e espacializados o Zoneamento Ambiental, as áreas de


preservação, o Zoneamento do Núcleo Urbano e a estrutura viária. Em seguida é
abordada a gestão do Plano Diretor e apresentado um conjunto de recomendações.

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ÍNDICE
1. INTRODUÇÃO ......................................................................... 04

2. POLÍTICAS DE DESENVOLVIMENTO .......................................... 09


2.1. FUNDAMENTOS ............................................................ 09
2.2. O RETRATO DO MUNICÍPIO ........................................... 10
2.3. DIRETRIZES ESPECÍFICAS ............................................. 16

3. ORDENAMENTO DO TERRITÓRIO ............................................... 20


3.1. O MUNICÍPIO ................................................................ 20
3.2. O NÚCLEO URBANO ..................................................... 22
3.2.1. OS ELEMENTOS ESTRUTURADORES ................... 22
3.2.2. OS INSTRUMENTOS URBANÍSTICOS .................... 23
3.2.3. O MACROZONEAMENTO .................................... 26
3.2.4. O ZONEAMENTO E PARÂMETROS URBANÍSTICOS ... 28
3.2.5. TRANSPORTE E SISTEMA VIÁRIO ........................... 51

4. GESTÃO DO PLANO ............................................................... 55


4.1. OBJETIVOS .................................................................. 55
4.2. DIRETRIZES ................................................................. 56
4.3. MODELO DE GESTÃO .................................................... 56

5. RECOMENDAÇÕES ................................................................. 62
5.1. NA DIMENSÃO SÓCIO-CULTURAL .................................... 62
5.2. NA DIMENSÃO AMBIENTAL ............................................. 63
5.3. NA DIMENSÃO ECONÔMICA ............................................ 64
5.4. NA DIMENSÃO URBANA ..................................................65
5.5. DA GESTÃO INSTITUCIONAL ............................................. 80

6. ANEXOS
I – QUADRO DE PARÂMETROS
II – GLOSSÁRIO
III – LISTA DE MAPAS
IV – OFICINA II – ORDENAMENTO DO NÚCLEO URBANO DE CARUARU
V – PLANTA DE VALORES
VI – MAPA SÍNTESE DIAGNÓSTICO
VII – MAPA SÍNTESE – PLANO DIRETOR – ZONEAMENTO MUNICIPAL
ZONEAMENTO DO NÚCLEO URBANO
SISTEMA VIÁRIO
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1. INTRODUÇÃO

MOBILIDADE E MUDANÇA:
OS CAMINHOS DA CIDADE PERDIDA E DA CIDADE DESEJADA

A humanidade nasceu no campo e foi morar na cidade.

Resultado: o mundo contemporâneo é um mundo urbano.

Esta movimentação teve ritmos e preços.

Os ritmos variaram de acordo com o maior ou menor grau de


mobilidade humana, determinada pela tecnologia; já os preços variaram de acordo
com a maior ou menor capacidade humana de influir no desenho do futuro o que é
determinado pela política e pela gestão estratégica das cidades.

Com efeito, o século XIX fez da mobilidade um fenômeno espetacular.


Com o legado das ferrovias e do navio a vapor, cruzar fronteiras e atravessar
oceanos deixou de ser uma perigosa aventura. De outra parte, sair do campo em
direção às cidades teve o seu ritmo acelerado e os migrantes – qualquer que fosse o
seu destino – passaram para a história como desbravadores de horizontes e
passageiros da esperança.

E o que dizer do século XX?

O século XX produziu a estranha sensação de vertigem.

Tudo acontece e muda com tamanha rapidez, que a ficção parece não
resistir diante dos avanços da ciência e da tecnologia que geraram a sociedade do
conhecimento.

Ao ocorrer mudanças, em ritmo acelerado, substituindo as “ondas


longas” pelas “ondas curtas” da história, pelo menos, dois impactos podem ser
constatados: um que afeta cada pessoa por conta do medo primitivo em relação ao
aleatório, ao incerto, ao súbito e conseqüente mal-estar frente ao futuro; o outro
impacto opera efeitos no plano coletivo e se materializa no desafio político que é o
de aumentar o número de beneficiários e diminuir o preço a ser pago pelas vítimas
das mudanças.

Decorre, daí, o grande paradoxo das mudanças e do progresso: seus


arquitetos podem se tornar também seu mártires. E entre os arquitetos – e
potenciais mártires das mudanças –, estão aqueles que detêm um potente
instrumento de mudança que é o poder político

A razão é simples: toda transição do velho para o novo – a nova


política, a nova ética, a nova estética – carrega um enorme risco de contaminação
com a desordem, com a falta de rumo e com a paralisia. Por sua vez, esta
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contaminação gera tal estado de perplexidade e confusão nos espíritos que pode
resultar numa pane estratégica da classe dirigente.

Neste ponto, é aconselhável atentar para duas ordens de consideração


capazes de iluminar os caminhos de passagem.

A primeira refere-se à compreensão da política como um “fazer”


humano que diz respeito a todos e ao futuro de todos. “Fazer” humano precedido de
um “pensar” cujo discurso deve balizar o comportamento e a ação política.

A segunda é aquela que desafia a não confinar a política aos limites da


“arte do possível”, relativizando, de certo modo, o realismo pragmático que,
reconhecidamente, se apresenta como uma das forças orientadoras da ação
política.

Traduzindo: é preciso que as pessoas não percam a capacidade de


fazer sonhando. Até porque oportunidades e tendências não devem ser encaradas
como um produto de determinismos históricos ou do misterioso acaso;
oportunidades e tendências são construções da vontade coletiva que nada mais é
senão a força realizadora dos sonhos através da ação planejada.

A UTOPIA POSSÍVEL: CONSTRUIR A CIDADE DESEJADA.

Tudo indica que não há outro caminho para enfrentar os enormes


problemas decorrentes do fenômeno da urbanização.

Quando a humanidade, seguindo uma tendência infrene, veio morar


nas cidades – primeiro alojando-se nos subúrbios, depois nas metrópoles, hoje nas
megalópoles -, perdeu-se o sentido original das cidades, definido pelos gregos como
uma “reunião de homens por causa da segurança e da vida boa”.

A cidade dos tempos atuais é uma espécie de paraíso perdido.

Há quem diga, com certa razão, que o inferno está nas cidades.

Existem, pois, duas cidades: a cidade que se perdeu (que está à nossa
volta); a cidade que se deseja (que é uma utopia possível).

A cidade perdida é um espaço desfigurado. Resiste como um lugar de


aglomeração, habitado por passantes, assustados e, em grande maioria, reclusos
nas suas intimidades, porque dela foram extraídos os espaços públicos, ou seja, o
coração das cidades que dava vida, integrava e protegia a cidadania.

A cidade desejada é a busca por um espaço que pertença ao conjunto


da cidadania; propicie identificação entre as pessoas; permita o clima de animação e
vitalidade social; estimule as múltiplas formas de expressão humana.

Transitar de uma cidade para outra é o compromisso político central


dos gestores urbanos contemporâneos.

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Não se trata de uma utopia no sentido de projeto ideal e, portanto,


irrealizável. É uma possibilidade concreta desde que limites e dificuldades sejam
enfrentados e superados pela mobilização da forças política da comunidade, força
fundadora de um amplo consenso social em torno da imagem da cidade desejada.

É exatamente neste ponto que ganha força a visão estratégica dos


gestores urbanos e, dentro dela, os instrumentos de planejamento com ênfase nos
Planos Diretores das Cidades.

O ESTATUTO DA CIDADE E OS PLANOS DIRETORES:


OS NOVOS INSTRUMENTOS DA TRANSFORMAÇÃO URBANA.

No caso brasileiro, seria um exagero afirmar que as cidades chegaram


ao atual estado de deterioração por conta da ausência de planejamento, em
especial, por falta de planos diretores.

Descontadas as insuficiências e distorções das macro-políticas, o que


atesta a nossa história é a prevalência de um tipo de planejamento urbano que ficou
longe de se caracterizar como um processo político, democraticamente concebido e
democraticamente realizado.

De um modo geral, os bons propósitos dos planejadores não


corresponderam às boas práticas da formulação e da gestão democrática.

A bem da verdade, atualmente, contam a favor de uma nova orientação


o aprofundamento da democracia e o aparato institucional dele decorrente, fatos que
operam efeitos saudáveis na sociedade brasileira, inclusive, sobre a gestão das
cidades.

É o que certificam as normas contidas na Lei 10257, de 10 de julho de


2001, o Estatuto da Cidade, que estabelece diretrizes gerais de política urbana.

A rigor, o novo Estatuto, após uma década de tramitação no Congresso


Nacional, abre nova perspectiva para o desafio de repensar e intervir
adequadamente na questão urbana brasileira.

Nunca é demais lembrar: por si só, como as leis de modo geral, o


Estatuto não assegura a realização do bom governo. Todavia, sua existência não só
confere funcionalidade e efetividade aos dispositivos constitucionais, federal e
estadual, às Leis Orgânicas Municipais, relativas ao tema, como também consagra
os instrumentos necessários à transformação do espaço urbano.

De outra parte, o Estatuto propõe, ao lado da indução quanto às formas


de uso e ocupação do solo e às possibilidades de regularização das posses
urbanas, uma nova estratégia de gestão que incorpora a idéia de participação direta
do cidadão em processos decisórios sobre o destino da cidade.

Dentro da instrumentalidade proposta, o Plano Diretor assume


natureza diversa dos mecanismos clássicos de intervenção planejada e contém dois
componentes: um componente jurídico-legal de força imperativa; um componente
político ao redefinir o planejamento como um processo dialógico que pressupõe a
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multiplicidade de agentes, a explicitação dos conflitos de visões e interesses, a


permanente busca de consensos e do compartilhamento de responsabilidades, de
forma aberta, dinâmica, em contínua atualização e aperfeiçoamento, tudo
convergindo para um propósito estratégico na direção da cidade desejada.

Inegável, pois, o conteúdo inovador dos Planos Diretores.

Colocar em prática as inovações, porém, exige dos representantes do


povo e, portanto, líderes do processo político, legitimamente investidos,
compromissos explícitos com alguns pressupostos entre os quais cabe destacar:

 a revalorização do espaço público no ambiente urbano;

 a identificação do cidadão não só como beneficiário, mas como sujeito


das políticas urbanas;

 a ampliação da mobilidade e conseqüente acesso da cidadania aos


espaços físicos, à informação, à cultura, ao trabalho, enfim, às
oportunidades criadas pela sociedade do conhecimento;

 a utilização dos mecanismos de participação da cidadania nos


processos decisórios;

 a utilização dos meios de comunicação com a comunidade de modo a


assegurar transparência às políticas públicas;

 o exercício de um governo de proximidade o que significa uma


permanente articulação e cooperação entre os poderes públicos e a
sociedade civil.

Dentro desta moldura, a elaboração do Plano Diretor para a cidade de


Caruaru, mais do que cumprir com um mandamento legal, representa um divisor de
águas entre a improvisação, o conformismo com o acaso e a ação planejada, fruto
da vontade coletiva, na direção de um futuro almejado.

E chega para dar conteúdo e forma a uma decisão estratégica da


sociedade caruaruense em relação à cidade do futuro que abrigará os descendentes
da atual geração.

O ponto de partida não se limita a um profundo diagnóstico de


problemas e limitações. O ponto de partida, também, resulta de grandes
potencialidades de uma cidade dotada de forte personalidade histórico-cultural, de
alma resistente e sensível, espírito empreendedor que, apesar do jeito hospitaleiro
de vila que não perdeu de todo, assumiu a centralidade majestosa de metrópole
regional.

O seu destino, a sua vocação, a qualidade de vida da sua gente será


uma nova página de sua história a ser escrita por todos os caruaruenses, sob a
inspiração das esperanças do passado e da memória do futuro.

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2. POLÍTICAS DE DESENVOLVIMENTO

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2. POLÍTICAS DE DESENVOLVIMENTO

2.1. FUNDAMENTOS

O Plano Diretor do Município de Caruaru, instrumento básico da


política de desenvolvimento e expansão urbana, está apoiado no arcabouço
normativo consubstanciado pelos seguintes instrumentos legais:

 Constituição 1988
Artigo 182

 Constituição Estadual
Artigos 144, 145, 146 e 148

 Lei Orgânica do Município de Caruaru


Artigos 5, 6, 35, 65, 118, 119 e 120

 Estatuto da Cidade
Lei nº 10.257 de 10.07.2001

Esse conjunto de normas reguladoras orienta a feitura do Plano Diretor


que encontra no Estatuto da Cidade o eixo condutor para sua execução
contemplando conceitos, objetivos, conteúdo, processo de elaboração e de gestão.

Assim, o Estatuto recomenda para os Planos Diretores um conjunto de


diretrizes gerais abrangentes e complementares que objetivam alcançar:

 condições dignas de vida urbana

 pleno desenvolvimento das funções sociais da cidade

 cumprimento da função social da propriedade.

De outra parte, o Plano Diretor fundamenta-se na Lei Orgânica do


Município de Caruaru, cujo objetivo contido em seu preâmbulo estabelece:
“assegurar o exercício dos direitos sociais e individuais, a liberdade, a
segurança, o bem-estar, o desenvolvimento, a igualdade e a justiça como
valores supremos de uma comunidade fraterna e sem preconceitos
ideológicos, raciais, escorada na paz, no progresso e no respeito à pessoa
humana”.

Dessa forma, o Plano Diretor está sintonizado com os instrumentos


jurídicos pertinentes, agregando em sua base conceitual os seguintes fundamentos:

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 a consolidação do desenvolvimento do município de Caruaru


considerando sua localização estratégica na região Agreste e no
Estado de Pernambuco, assegurando a sua vocação de liderança
regional;

 a integração e complementaridade entre as atividades urbanas e


rurais, visando alcançar a sustentabilidade do processo de
desenvolvimento;

 a orientação do planejamento e desenvolvimento da cidade de


Caruaru, visando a adequada distribuição espacial de sua
população e das atividades econômicas, de modo a evitar e corrigir
as distorções inerentes ao crescimento urbano, em especial, os
impactos negativos sobre o meio ambiente;

 a ampliação e diversificação da economia e do trabalho, orientados


por políticas e estratégias voltadas para a inclusão social;

 a garantia do uso da propriedade urbana em benefício da


coletividade, da segurança e do bem estar dos cidadãos, bem
como do equilíbrio ambiental;

 o exercício pleno da gestão democrática através da participação


da população na formulação, na execução e no acompanhamento
do Plano Diretor ,bem como, dos programas e projetos para o
município de Caruaru;

 a distribuição equânime dos benefícios e ônus decorrentes do


processo de urbanização, com ênfase na recuperação dos
investimentos públicos.

2.2. O RETRATO DO MUNICÍPIO

O processo de elaboração do Plano Diretor requer a análise


contextualizada do município em seus vários aspectos – uma leitura da realidade
local. Para tanto, aspectos sociais, econômicos, ambientais, culturais e urbanos são
objeto de apreciação, visando a construção do embasamento referencial para a
formulação das diretrizes e do macrozoneamento requerido pelo Plano.

O município de Caruaru, registra em seu território mais de 253 mil


habitantes. É o maior município do interior do Estado, polarizando uma área no raio
de 100Km ,onde está contida uma população de cerca de 1,5 milhão de pessoas.

Sua localização estratégica, na interseção das BR 232 e BR


104 ,somado ao empreendedorismo característico do município, conferem a Caruaru
uma condição privilegiada de inserção no processo de desenvolvimento econômico
do Estado e ainda ,oferece oportunidades para a melhoria da qualidade de vida dos
seus cidadãos.
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Na interpretação da realidade local, as dimensões sócio-culturais,


ambientais, econômicas e urbanas são destaque no espaço de referência para a
construção do Plano, sendo objeto da síntese descritiva inserida neste capítulo.

 A dimensão sócio-cultural

De acordo com o diagnóstico realizado para subsidiar o Plano, nas


últimas três décadas o crescimento demográfico (2% a.a., em média) da cidade, tem
sido superior à média do estado. Entre 1970 e 2000 a população apresentou um
incremento absoluto de 110.659 habitantes. A taxa de crescimento da população
urbana, durante o período, foi de 2,5% a.a. e a população rural, nas décadas de 70 e
de 80, teve um decréscimo absoluto, voltando a crescer a uma taxa anual média de
1,5% na última década.

A pirâmide populacional de Caruaru se modificou profundamente nos


últimos 30 anos: a população juvenil (0/14 anos) decresceu de 41,2%, em 1970,
para 29,9%, em 2.000. A população adulta (15/59 anos), ao contrário, cresceu de
52,7%, em 1970, para 60,8% em 2.000.

Esta evolução tem feito diminuir a taxa de dependência da população


total, em relação à população economicamente ativa, criando um cenário econômico
favorável para as próximas duas décadas.

Extrapolando a mesma taxa de crescimento da população urbana


observada nas últimas três décadas e considerando que a população rural se
manterá estável, a população total do município projetada para o ano 2.010 será de
314.114 habitantes e, para o ano de 2.020, de 391.945 habitantes.

Nos anos noventa melhorou sensivelmente o nível e a distribuição de


renda do município. O percentual de chefes de família com renda mensal de até 1
salário mínimo diminuiu de 41%, em 1991, para 29,2%, em 2.000. E, pelo contrário,
durante este período, aumentou o percentual de chefes de família situados em todas
as faixas de renda mensal superior a 3 salários mínimos.

O IDH (que agrega os índices de longevidade, educação e renda) de


Caruaru, em 1996, foi de 0,607, bem acima do IDH médio da microrregião (0,457) e
o mais alto alcançado entre todos os municípios do interior de Pernambuco.

A infraestrutura de educação do município tem um porte adequado às


necessidades da sua população em idade escolar. O número de alunos matriculados
em todos os níveis de ensino do município (excluindo o ensino superior) é de
80.882, dos quais, 31.000, na rede estadual; 29.481, na rede municipal e 20.391, na
rede particular.

No entanto, a taxa de evasão escolar ainda é de 13,4 % e a taxa de


reprovação de 10,2%. Apesar da drástica redução do número de professores leigos
e dos esforços desenvolvidos na capacitação dos professores, o nível de qualidade
do ensino ainda não tem acompanhado na forma desejada o ritmo de crescimento
quantitativo da sua oferta.
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O ensino superior tem-se desenvolvido rapidamente, existindo


atualmente três instituições particulares que oferecem 14 diferentes cursos, com
4.154 alunos matriculados.

As condições de saúde da população são assemelhadas aos demais


centros urbanos do País, com fragilidades no atendimento aos mais pobres. Mas o
quadro da saúde local é melhor do que o observado na sua microrregião por conta
tanto do seu maior índice de desenvolvimento, quanto pelo fato de concentrar uma
infra-estrutura destinada, também, aos municípios do seu entorno.

A oferta de leitos hospitalares no município é de 687, o que propicia


uma média de 2,7 leitos por mil habitantes, abaixo do padrão estabelecido pela
Organização Mundial de Saúde de 4,5 leitos por mil habitantes.

Na última década têm melhorado sensivelmente alguns indicadores


básicos de saúde como a taxa de mortalidade infantil que diminuiu de 102, em 1991,
para 25,62 (por mil crianças nascidas vivas), em 2.000.

No que se refere aos aspectos culturais, dois produtos são relevantes:


o artesanato e o período junino. A estes deve-se agregar ainda a peculiar condição
de centro regional de comercialização da produção de arte figurativa e outros
segmentos do artesanato popular.

O município de Caruaru tem valorizado o seu patrimônio cultural


tornando-o fator competitivo para o seu desenvolvimento econômico, constituindo-se
no principal componente de sua imagem no mercado. Apresenta uma ampla oferta
de espaços culturais, com destaque para o Alto do Moura, núcleo da produção
artesanal, para o Espaço Tancredo Neves, e para o Pátio de Eventos Luís Gonzaga
- pólo maior das festas juninas de destaque nacional. A tradição junina incorpora a
musicalidade nordestina e consagra o artista popular da região, tornando Caruaru o
espaço de referência da cultura local na sua expressão substantiva.

 A dimensão ambiental

Em todo o município, observa-se um elevado grau de antropismo,


marcado por grande número de pequenas áreas de agricultura e pastagem.

Essa característica reflete a composição do solo e por conseguinte de


vegetação bastante diferenciadas para o meio rural e, para o perímetro urbano.
Constata-se que 56% do território municipal apresenta solo raso, encontrando-se
uma região (equivalente a 12% do território), localizada próximo a Lajedo do Cedro,
onde localizam-se solos propícios a Produção Agrícola.

A predominância de solos rasos não propicia perenidade aos riachos,


embora se disponha de três bacias que cortam o município: Ipojuca, Capibaribe e
Una, todas comprometidas pela poluição de efluentes domésticos e industriais.

Por outro lado, o substrato cristalino não favorece a ocorrência de


reservação de águas subterrâneas, exceto aquelas contidas nas zonas de fraturas,
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mesmo assim com baixas vazões. Por essas razões, a produção de água no
território municipal não é suficiente para atender as demandas do núcleo urbano,
conferindo a Caruaru a condição de expressivo importador de água das bacias
vizinhas.

No tocante a preservação do meio ambiente, destaca-se o Parque


Ecológico João Vasconcelos Sobrinho, cujo plano de manejo está sendo
implementado pelo município. Além desta área, existem ocorrências de cobertura
vegetal característica da região, que são preservadas por lei federal, necessitando
entretanto, de regulamentação. As áreas de preservação do município ocupam 359
hectares, como reservas legais e cerca de 8.000 hectares referentes a florestas
remanescentes em bom estágio de preservação.

A cidade de Caruaru está em sua maior parte, assentada sobre solo


raso e com forte presença de afloramento rochoso. Essa condição dificulta a
implantação de árvores e até mesmo de áreas verdes expressivas – Parques
Urbanos.

Nesse contexto, o Rio Ipojuca, que corta a cidade em toda a sua


extensão oeste-leste, se impõe enquanto espaço diferenciado de intervenção
paisagística, de preservação e de melhoria da qualidade de vida, tanto pelas áreas
circundantes do Açude Taquara, com solos planos a ondulados e vegetação de
porte arbustivo, quanto pelos solos aluviais que compõem grande parte de suas
margens.

 A dimensão econômica

O município de Caruaru, possui o nível mais elevado do PIB per capta,


entre todos os municípios do Vale do Ipojuca, atingindo em 1998 U$ 1.881, para um
PIB total de U$ 458,6 milhões.

A economia de Caruaru tem como base o setor terciário e dentro dele,


o setor comercial. Este é o seu negócio principal, o comércio, cuja relevância é
expressa na pujança da original atividade identificada como SULANCA – um cluster
singular – segmento econômico predominante no município. É na Feira da Sulanca
que 20.000 barracas (pontos de venda) recebem em média 50.000 pessoas por
semana para adquirir produtos do Pólo de Confecções do Agreste (Caruaru,
Toritama e Santa Cruz do Capibaribe e outros municípios periféricos).

Além da indústria tradicional, o município possui um setor dinâmico da


economia informal, basicamente de confecções, de uma extraordinária importância
no contexto regional e nacional.Neste sentido começa a surgir, também, um setor
formal de confecções, induzido pelas encomendas de empresas de marcas fortes do
Sul do País.

O setor de serviços, como em todos os municípios com elevado grau


de urbanização, tem uma grande importância tanto na formação do PIB municipal,
como no emprego da mão-de-obra local, alcançando 65,5% da população ocupada.

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O setor turístico do município vem tendo um desenvolvimento aquém


daquele que poderia ser esperado considerando a sua forte imagem nos mercados
emissores. A oferta de meios de hospedagem é satisfatória, mas o fluxo turístico é
extremamente sazonal e concentrado em curtos períodos durante o ano.

O setor agropecuário tem reduzida participação na formação do PIB


municipal e vem perdendo importância relativa no passado recente em face do
crescimento das atividades terciárias. A produção agrícola se concentra em reduzido
número de culturas, tanto no que diz respeito à dimensão da área cultivada quanto
ao valor da produção. Nesse aspecto, as culturas temporárias têm importância
superior às permanentes em função do período de chuvas que responde a
necessidade de água para o cultivo.

Atualmente começam a surgir experimentos significativos da agricultura


familiar, cujo desempenho assegura ganhos de produtividade e ampliação de
renda,apresentando–se como uma alternativa consistente para largos segmentos da
população rural.

 A dimensão urbana

A ocupação urbana do município de Caruaru é caracterizada por uma


forte concentração populacional no núcleo urbano principal compreendendo 99% da
população urbana do município. Os núcleos dos demais distritos são pequenos
aglomerados com população e atividades basicamente rurais.

O uso e ocupação do solo da cidade de Caruaru ocorre de acordo com


a formação de seu núcleo original, acompanhando a configuração espontânea de
seu traçado. Significa dizer que é no núcleo central, com traçado irregular e ruas
estreitas que formou-se a cidade, onde se concentram o comércio varejista, os
serviços, os usos institucionais e o patrimônio histórico.

O núcleo urbano agrega ainda algumas características de sua origem,


como o Morro do Bom Jesus, referencial simbólico da cidade, a linha férrea e o Rio
Ipojuca. O Morro do Bom Jesus vem sendo ocupado desordenadamente, esse
processo de degradação vem comprometendo a paisagem e seu potencial turístico.
O Rio Ipojuca apresenta-se com alto grau de poluição de esgotos, despejo de lixo
das feiras, além da descarga de resíduos e efluentes industriais, tendo esparsas
áreas livres nas suas margens, embora contenha o mais importante espaço
ambiental existente da malha urbana. E a linha férrea, pela sua desativação, vem
sendo tomada por invasões na sua faixa de domínio, marcadamente por habitações
precárias.

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Destaca-se ainda, no perímetro urbano, dois componentes relevantes


para a cidade: o Alto do Moura – centro de produção de arte figurativa e, o pátio da
Feira de Caruaru, onde se encontra a Feira Permanente de Artesanato e a Feira da
Sulanca.

A área urbana de Caruaru dispõe de poucos espaços públicos e/ou


livres, especialmente poucas áreas verdes, e inexpressiva arborização de ruas,
parques e praças. Dentre os espaços ainda desocupados destaca-se parte das
margens do rio Ipojuca, à oeste da BR-104, no trecho próximo ao distrito industrial,
uma pequena fatia ao longo do rio, na margem da Feira da Sulanca e uma área mais
a leste já ocupada por habitações isoladas, mas com áreas livres utilizadas como
campos de futebol.

O patrimônio construído está intimamente ligado ao cultural e imaterial.


Assim, o Pátio do Forró é um exemplo da importância do patrimônio cultural sobre o
edificado, como também o espaço cultural Luiz Gonzaga, na antiga Fábrica de
Caroá.

A morfologia urbana predominante é típica de assentamentos


interioranos, com áreas de estagnação e áreas dinâmicas em expansão. Neste
aspecto, destaca-se o adensamento e verticalização pela construção de edifícios
residenciais com uma média de dez pavimentos, fato que vem se consolidando de
forma acelerada nos últimos anos.

No entorno do núcleo central, distribui-se a moradia com seus vários


padrões econômicos, explicitados na forma dos parcelamentos e nas tipologias das
edificações. Destaca-se ainda no território urbano de Caruaru a presença de
grandes equipamentos de caráter regional, como a Aeroporto, o Autódromo, o
Centro de Abastecimento, o Shopping Center, o Campus Universitário, o Hospital
Regional e o Pátio de Feiras.

No espaço urbano, a estrutura instalada determina alguns


desequilíbrios na oferta de serviços básicos, como por exemplo, a insuficiente rede
de distribuição d´água na periferia e o precário sistema de coleta e tratamento de
esgoto urbano, determinando sérios comprometimentos à qualidade da água do Rio
Ipojuca - corpo receptor dos resíduos líquidos domésticos e industriais.

O sistema de coleta e destino final do lixo é satisfatório, com registro


especial para o aterro sanitário – primeiro aterro sanitário a operar eficazmente no
Estado.

O sistema viário da cidade se expandiu sem um planejamento


adequado, dispondo de poucas vias com pistas duplas e as existentes não
apresentam interligações satisfatórias – ausência de continuidade geométrica,
gerando estrangulamento em conexões com vias estreitas da área central. Isto
porque grande parte da rede primária e secundária é tipicamente radial, convergindo
para o centro original da cidade, inibindo a boa distribuição de fluxos na malha
urbana.

Algumas barreiras físicas, como a linha férrea, o Rio Ipojuca e o Morro


do Bom Jesus comprometem ainda mais as conexões na rede viária existente. Do
ponto de vista da macro-acessibilidade, a cidade dispõe de dois eixos conectores de
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porte regional – as BRs 232 e 104, ambas operando também como corredores de
atividade múltiplas.

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PLANO DIRETOR DE CARUARU

2.3. DIRETRIZES ESPECÍFICAS

A partir da compreensão da realidade local, baseada na análise do


diagnóstico situacional, o arcabouço metodológico do processo de elaboração do
Plano Diretor requer a explicitação de diretrizes específicas para orientar os vetores
de ordenamento do território.

Dessa forma, mantendo a lógica adotada – as quatro dimensões foram


elencadas diretrizes específicas que objetivam subsidiar a modelagem de
estruturação do Plano, em especial , o seu macrozoneamento.

 Diretrizes para a dimensão sócio-cultural

▪ Incentivar a participação da comunidade e de suas entidades representativas na


identificação e na solução dos problemas locais, além de promover uma gestão
democrática dotada de instâncias administrativas de cooperação, capazes de
construir e operar parcerias entre o governo municipal e a comunidade.

▪ Promover uma política integrada de emprego, renda e de gestão dos serviços


sociais de consumo coletivo, aproximando a estrutura administrativa do Governo
Municipal da comunidade e do terceiro setor.

▪ Priorizar os investimentos na área de educação, no combate ao analfabetismo e


na formação profissional dos cidadãos, inclusive no meio rural, bem como apoiar
a expansão e a elevação da qualidade do ensino superior do município para
atender as necessidades locais e as demandas dos municípios do entorno
territorial de Caruaru.

▪ Promover e apoiar a ampliação da qualidade dos serviços de saúde – público e


privado - localizados no município, vocacionados também, para o atendimento da
população da região Agreste do Estado.

▪ Elevar a eficiência operacional do modelo de gestão da administração municipal,


priorizando uma atuação voltada para a redução da exclusão social.

▪ Promover ações que objetivem a formação, atualização e capacitação dos


artesãos, de modo a preservar as raízes da cultura local e resgatar o processo
produtivo original da arte figurativa da região.

 Diretrizes para a dimensão ambiental

▪ Estimular a participação da sociedade nas ações de controle e valorização do


meio ambiente, envolvendo a comunidade na promoção do desenvolvimento
sustentável.

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PLANO DIRETOR DE CARUARU

▪ Induzir a incorporação da população na recuperação e preservação do Rio


Ipojuca, ampliando o espaço de participação no Comitê Estadual da Bacia do Rio
Ipojuca.

▪ Assegurar a preservação das áreas de reconhecido valor ambiental, buscando


conservar a biodiversidade e os ecossistemas naturais existentes no território de
Caruaru.

▪ Viabilizar a implantação de ações no setor de saneamento básico, em especial, o


esgoto doméstico, visando a redução da poluição hídrica e das endemias.

▪ Fortalecer as estruturas de controle ambiental, objetivando o equilíbrio de


ecossistemas e padrões saudáveis de qualidade de vida da população.

▪ Garantir que a oferta de recursos naturais do município possa atender as


demandas atuais e futuras do desenvolvimento, preservando os padrões
desejáveis de qualidade ambiental.

 Diretrizes para a dimensão econômica

▪ Promover o aproveitamento das potencialidades endógenas do município –


basicamente, o empreendedorismo e a ambiência de trabalho – visando agregar
valor interno e multiplicar oportunidades de emprego.

▪ Priorizar o apoio às iniciativas que tenham como objetivo a incorporação das


potencialidades logísticas do município – notadamente aquelas derivadas da sua
vocação para desempenhar a função de retroterra do Porto de SUAPE.

▪ Apropriar as potencialidades funcionais do município – como pólo sócio-


econômico de um amplo território do Agreste, visando: agregar valor econômico;
ampliar e melhorar a sua função de entreposto comercial; ampliar a composição
e melhorar a qualidade dos serviços públicos e privados de Caruaru destinados à
região Agreste.

▪ Prevenir e superar os riscos identificados no sistema econômico de Caruaru,


basicamente o caráter informal de parcela significativa das suas atividades,
assim como a expressiva ocorrência de práticas irregulares, sem, no entanto,
desarticular a consistência do modelo vigente.

▪ Apoiar iniciativas que tenham como objetivo reduzir os principais problemas do


setor agropecuário, como a natureza extensiva das culturas, os baixos padrões
tecnológicos adotados e a não exploração de culturas agrícolas de crescente
demanda.

▪ Promover o desenvolvimento turístico do município, adequando-o as


potencialidades dos seus recursos culturais e à força da sua imagem nos
mercados emissores regional e nacional.

18
PLANO DIRETOR DE CARUARU

 Diretrizes para a dimensão urbana

▪ Assegurar a preservação das peculiaridades locais, em especial o seu patrimônio


histórico-cultural e ambiental.

▪ Promover a diversificação e equilíbrio de usos – residencial, comercial e de


serviços – de forma a reduzir o deslocamento das pessoas, aproximando os
locais de moradia, trabalho e atividades essenciais.

▪ Adotar padrões de expansão urbana compatíveis com os limites de


sustentabilidade ambiental e com a capacidade de suporte da infra-estrutura
básica.

▪ Reduzir os custos de urbanização, através da otimização dos investimentos e da


orientação da ocupação urbana em áreas com infra-estrutura sub-utilizada.

▪ Implantar um processo de planejamento urbano flexível e de fácil percepção,


apoiado em modelo urbanístico que responda às demandas e expectativas da
população.

▪ Instituir um sistema de gestão democrática do planejamento urbano articulado


com a comunidade caruaruense, através da cooperação, da participação popular,
e do compartilhamento de responsabilidades.

19
PLANO DIRETOR DE CARUARU

3. ORDENAMENTO DO
TERRITÓRIO

20
PLANO DIRETOR DE CARUARU

3. ORDENAMENTO DO TERRITÓRIO

3.1 – O MUNICÍPIO

O modelo de ocupação espacial do território de Caruaru, caracteriza-se


por duas formas distintas de utilização. A área rural que constitui a grande maioria
do município e, a área urbana.
BR 104
TORITAMA

Juá

ZONA
RURAL

Carapotós

Lajedo
do Cedro
Rafael
Gonçalves
Ferreira
ZONA
URBANA BR 232

BR 232
RECIF
SÃO Murici E
CAETANO

BR 104
MACEIÓ

No meio rural ocorrem extensas áreas de solo raso com uma ocupação
dominante de pastagem. Pequenas áreas de solos mais desenvolvidos ocorrem no
limite oeste do município, próximo a Lajedo do Cedro, onde se situa a zona de
produção agrícola do município. A predominância dos solos rasos não propicia a
perenidade aos riachos, embora o Município seja cortado por três bacias: Ipojuca,
Capibaribe e Una.

As áreas destinadas à preservação necessitam de melhor definição


sobre a sua condição de áreas especiais, não utilizadas para fins econômicos e
recomendadas para o refúgio silvestre, por se enquadrarem como área de
preservação legal, descritas no artigo 2º, da Lei nº 4771 de 15 de setembro de 1965
– Código Florestal. Essas áreas ocorrem em diferentes setores do município,
predominantemente nas regiões Sul e Oeste. São formadas por elevações de maior
porte, ora isoladas “ inselbergs”, ora em forma de colar, definindo as serras que
compõem a paisagem local.

21
PLANO DIRETOR DE CARUARU

Nesse contexto, a definição das diretrizes de ocupação do território


Municipal, considera como condicionantes prioritários, os elementos que estruturam
o ambiente natural :

 Tipo de solo ( MAPA 01)


 Cursos d’água (MAPA 02)
 Tipo de Vegetação ( MAPA 03)

Partindo desses critérios foram definidos os Usos Recomendados


(MAPA 04) e, as Áreas de Preservação( MAPA 05)

Usos Recomendados – O uso atual das terras guarda estreita correspondência


com o uso recomendado, cabendo ao município manter os padrões de uso dessas
áreas. Estão classificados em quatro categorias de usos:

- Agricultura
- Pastagem
- Agricultura e Pastagem e,
- Refúgio Silvestre

 Áreas de Preservação – as áreas de Preservação estão classificadas em duas


categorias:

-Brejo de Altitude - caracterizam-se por uma cobertura vegetal florestal de


Mata Atlântica, situada no maciço Florestal da Serra dos Cavalos.
-Refúgio Silvestre – caracterizam-se por relevo forte ondulado e
montanhoso prestando-se ao refúgio silvestre para a proteção da flora e da
fauna, apresentando considerável qualidade ambiental.

Além dos condicionantes ambientais, a proposta de uso do solo do


Município considera ainda, a distribuição da população. A divisão geopolítica de
Caruaru compõe-se de quatro distritos (MAPA 06).

POPULAÇÃO
DISTRITO
RURAL URBANA TOTAL
1º CARUARU 17.039 216.139 233.178

2º CARAPOTÓS 12.565 431 12.996

3º GONÇALVES FERREIRA 4.618 652 5.275

4º LAGEDO DO CEDRO 2.005 180 2.185

TOTAL 36.227 217.407 253.637

O Distrito Sede apresenta uma expressiva concentração de população,


correspondendo a 99,4% da população urbana do Município. Essa concentração
caracteriza a hegemonia do núcleo principal , uma vez que os núcleos dos demais
distritos se apresentam como pequenos aglomerados com população e atividades
rurais.

22
PLANO DIRETOR DE CARUARU

O desenvolvimento da cadeia produtiva de confecções vem


promovendo,de forma incipiente, o crescimento de alguns povoados como Juá ao
Norte, na direção de Toritama; Rafael com características de núcleo dormitório na
direção de Riacho das Almas; bem como Murici, ao Sul, na direção da Serra dos
Cavalos. O MAPA 07 apresenta as vias que necessitam de melhorias visando
otimizar a acessibilidade a esses núcleos.

3.2. O NÚCLEO URBANO

3.2.1. Os Elementos Estruturadores

São elementos estruturadores do espaço urbano aqueles que por suas


características orientam atividades que promovem a dinâmica da cidade,
possibilitando a melhoria da qualidade de vida de seus habitantes, o
desenvolvimento econômico e a preservação ambiental.

Dessa forma, foram considerados como elementos estruturadores de


Caruaru, o Rio Ipojuca, a Rede Viária Estrutural, a Rede Estrutural de Transporte
Público, a Rede de Pólos Culturais e o conjunto de Feiras.

O Rio Ipojuca é uma referência facilmente identificável no sítio urbano


de Caruaru, além do que a preservação de suas margens é uma rígida
determinação do Código Florestal. A proposta de definição de uma área “non
aedificandi” ao longo das margens define zonas de intervenção e recuperação
ambiental, criando progressivamente espaços de lazer contemplativo e parques
lineares, de modo a ofertar uma consistente área verde para a cidade.

A Rede Viária Estrutural é definida pelas principais vias públicas da


cidade que cumprem o papel de interligar bairros, entre si, e a cidade com os demais
povoados do município e com a região. A consagração dessas vias permite que se
conheçam as áreas mais adequadas para instalação das diversas atividades,
orientando o processo de expansão urbana. Neste aspecto, a Rede Estrutural de
Transporte Público se incorpora, sintonizando os fluxos na malha viária,
prioritariamente, para o deslocamento da população, e criando condições favoráveis
de mobilidade urbana.

A Rede de Pólos Culturais compõe o diferencial positivo de Caruaru,


na medida em que realça o patrimônio histórico-cultural, tratando-o como fator de
agregação econômica. Na composição da Rede de Pólos Culturais destacam-se:

▪ o Alto do Moura, que ostenta o título concedido pela UNESCO de


maior centro de arte figurativa das Américas;

▪ o Espaço Cultural que ocupa a antiga Fábrica de Caruá e abriga a


Fundação de Cultura e Turismo de Caruaru, o Museu do Barro, o
Pavilhão de Exposições, o Museu do Forró Luís Gonzaga, e a
Escola de Música.;

23
PLANO DIRETOR DE CARUARU

▪ o Pátio de Eventos Luís Gonzaga ou Pátio do Forró, que constitui o


centro das celebrações juninas reconhecidas nacionalmente;

▪ o Morro do Bom Jesus, com 630 metros de altura, o ponto mais alto
da cidade, que está intrinsecamente ligado à imagem de Caruaru,
por localizar-se isoladamente no núcleo urbano.

O Conjunto de Feiras, conhecidas regionalmente pela sua diversidade


e dimensão, representam uma parcela significativa da economia caruaruense,
estando diretamente ligada à imagem da cidade. Do conjunto de feiras destacam-se:

▪ a Feira da Sulanca

▪ a Feira de Artesanato

▪ a Feira de Gado e,

▪ a Feira Livre.

3.2.2. Os Instrumentos Urbanísticos

A tarefa de promover o ordenamento do território requer a utilização de


instrumentos que assegurem a implementação de políticas urbanas voltadas para a
garantia da função social da cidade e da propriedade. Assim, amparado no Estatuto
da Cidade, o Plano Diretor incorpora o conjunto de instrumentos descritos a seguir,
visando a viabilização do processo de gestão/planejamento urbano.

Esses instrumentos estão contidos em três grupos: os de indução ao


desenvolvimento urbano; os de financiamento da política urbana; e, os de gestão
urbana.

3.2.2.1. Instrumentos de indução ao desenvolvimento urbano

São instrumentos de indução:

▪ Parcelamento, Edificação ou Utilização Compulsórios; IPTU


Progressivo no Tempo; Desapropriação com Pagamento em
Títulos; Consórcio Imobiliário.

O objetivo destes instrumentos é induzir a ocupação de terrenos vazios ou


subutilizados dentro da malha urbana, em áreas já dotadas de infra-estrutura,
garantindo a função social da propriedade.
Por meio do instrumento de edificação compulsória, pode-se estabelecer um prazo
para utilização das áreas vazias ou subutilizadas. O proprietário que não cumprir
esse prazo será penalizado com a aplicação do IPTU progressivo, que deverá ser
aplicado por um período de 5 anos. Esgotando-se mais esse prazo, o imóvel poderá
ser desapropriado com pagamento em títulos da dívida pública.

O consórcio imobiliário é um recurso que viabilizará empreendimentos no caso do


proprietário não poder fazê-lo sozinho. Nele, o proprietário transfere ao Poder
24
PLANO DIRETOR DE CARUARU

Público um imóvel para realização de obras e recebe, como pagamento, unidades


resultantes do empreendimento.

▪ Outorga Onerosa do Direito de Construir


Este instrumento tem por objetivo separar a propriedade dos terrenos urbanos do
direito de edificação. De acordo com a formulação presente no Estatuto da Cidade, o
proprietário pode conceder o direito de construir sobre ou sob o seu terreno. Dessa
forma, reconhece-se que o direito de construir tem um valor em si mesmo,
independente do valor da propriedade.

▪ Transferência do Direito de Construir


Tem por objetivo viabilizar a preservação de imóveis ou área de valor histórico ou
ambiental, compensando eventuais perdas econômicas, através da possibilidade da
transferência total ou parcial da área construída atribuída ao terreno pelo coeficiente
de aproveitamento básico, determinado pela legislação.

▪ Operações Urbanas Consorciadas


Busca viabilizar intervenções urbanísticas especiais voltadas para a transformação
estrutural de um setor da cidade que sofreu esvaziamento em função de processos
de reconversão produtiva, partilhadas entre o poder público e a iniciativa privada.
Estas operações envolvem o redesenho de espaços públicos e privados, a
alteração, manejo e transação dos direitos de uso e edificabilidade do solo,
obrigações de urbanização e a combinação de investimentos privados e públicos.

▪ Direito de Preempção
Este instrumento visa priorizar a aquisição, por parte do poder público, de áreas para
realização de projetos específicos, tais como regularização fundiária, programas
habitacionais de interesse social, implantação de equipamentos comunitários,
espaços públicos e de lazer ou áreas de preservação ambiental.

3.2.2.2. Instrumentos de regulação urbanística

São instrumentos de regulação urbanística e financiamento da política


urbana:

▪ Regularização Fundiária
É o processo de intervenção pública, sob os aspectos jurídico, físico e social, que
tem por objetivo a legalização e a permanência da população em áreas urbanas
ocupadas, para fins de habitação.

▪ Usucapião Especial de Imóvel Urbano


É o instrumento que faculta àquele que ocupou imóvel urbano, como única moradia,
por mais de cinco anos, obter judicialmente a propriedade deste bem.

▪ Concessão de Direito Real de Uso


É a faculdade que tem o poder público de ceder ao particular, de forma onerosa ou
gratuita, o uso e gozo de bem imóvel sem, no entanto, transmitir-lhe a propriedade,
condicionado às regras que forem estabelecidas em contrato.

25
PLANO DIRETOR DE CARUARU

3.2.2.3. Instrumentos de gestão urbana

São instrumentos de gestão urbana:

▪ Órgãos Colegiados
São fóruns de deliberação e decisão, constituídos de representantes dos segmentos
mais representativos da sociedade. O Conselho de Desenvolvimento Urbano e
Ambiental - CDU, se constitui em um órgão colegiado deste tipo e tem funções
centrais no modelo de gestão do Plano Diretor e na definição e implementação das
políticas urbanas em Caruaru. Porém, já existem e devem ser fortalecidos, vários
outros Conselhos Setoriais, todos participando como instrumentos de gestão urbana.

▪ Audiência e Consultas Públicas


São reuniões promovidas com as populações interessadas nos processos de
implantação de empreendimentos e atividades com efeitos potencialmente negativos
sobre o meio ambiente natural ou construído, o conforto ou a segurança da
população.

▪ Estudo de Impacto de Vizinhança


Refere-se à produção de informações técnicas abalizadas sobre os possíveis
impactos dos empreendimentos, atividades e usos do solo sobre a população e o
meio ambiente de sua vizinhança. São de responsabilidade daqueles que solicitam
ao Poder Municipal licenciamento, autorização de construção, ampliação ou
funcionamento para empreendimentos e atividade, públicos ou privados,
previamente definidos por Lei Municipal.

No que se refere ao embasamento legal específico, a regulação


urbanística requer, além do Plano Diretor, dos seguintes instrumentos:

▪ Lei de Uso e Ocupação do Solo


Destina-se a estabelecer as utilizações convenientes às diversas partes da cidade e
a localizar em áreas adequadas as diferentes atividades urbanas que afetam a
comunidade.

▪ Lei de Parcelamento do Solo


É o instrumento legal que rege as várias formas de modificação das divisões
voluntárias do solo transformando-as em unidades destinadas ao exercício das
funções urbanas.

▪ Lei de Edificações
É o estabelecimento de normas para o exercício do controle pelo poder público
relativo aos preceitos de construção urbana, considerando os aspectos de estrutura,
função, forma e uso.

▪ Lei de Estética Urbana


Compreende as regras edilícias destinadas a compor harmonicamente o sítio urbano
e dar boa aparência às edificações urbanas.

No sentido de subsidiar os instrumentos legais acima citados, faz-se


necessária a elaboração de Planos Setoriais, indicados no Estatuto da Cidade,
prioritariamente o de circulação e transporte.
26
PLANO DIRETOR DE CARUARU

3.2.3. O Macrozoneamento

A proposta de macrozoneamento está baseada na identificação das


áreas relevantes para o planejamento, ordenamento e desenvolvimento urbano, com
base no diagnóstico situacional, e tem como pressupostos o uso e ocupação do solo
em sintonia com os fundamentos e diretrizes do Plano Diretor.

A leitura da realidade local permite extrapolar a análise contextual e


exprimir no território o estágio de ocupação segundo indicadores que contemplem
uso, densidade, disponibilidade de espaço e infra-estrutura, resultando na
identificação de diferentes áreas na cidade.

A tendência de crescimento espontâneo da cidade de Caruaru se


direciona no sentido norte, seguindo o eixo da BR104, que apresenta topografia
adequada e que é objeto de valorização pelo mercado imobiliário. Nesta área se
localizam loteamentos de padrão econômico mais elevado, e a tendência é de
verticalização das habitações.

Ao leste e a oeste do núcleo urbano, induzido pelo setor público, se


observa a presença de conjuntos habitacionais populares de padrão médio, com a
intenção de direcionar a expansão urbana nessas regiões.

De um modo ou de outro, o importante é salientar que o núcleo urbano


de Caruaru localiza-se ao norte da BR 232, constatando-se uma tendência de
expansão nessa mesma direção, o que minimiza a fragmentação do núcleo pela
rodovia.

Ao contrário, ao sul da BR 232, encontram-se equipamentos regionais


que podem servir de âncora para usos compatíveis com o entorno da rodovia, como
é o caso da Central de Abastecimento de Caruaru - CEACA, do Hospital Regional ou
de hotéis de grande porte.

O núcleo central concentra as atividades de comércio, serviços e os


equipamentos vocacionados para as feiras, apresentando elevado grau de
congestionamento e complexidade de fluxos, em especial quando da ocorrência da
Feira da Sulanca e dos festejos juninos.

Com efeito, o macrozoneamento tem por objetivo maior orientar ou


induzir o desenvolvimento e crescimento do núcleo urbano. Para tanto,
primeiramente são delineadas as áreas ocupadas, constituídas pelo tecido urbano
consolidado e as áreas contíguas destinadas ao crescimento projetado para os
próximos dez anos.

Com base nesta configuração da ocupação território, propõe-se a


criação de três macrozonas, (MAPA 08), a saber:

27
PLANO DIRETOR DE CARUARU

Macrozona de Consolidação e Estruturação – São as áreas destinadas à


concentração de atividades eminentemente urbanas, configurando diferentes graus
de ocupação e utilização do solo, subordinados às características dos elementos
estruturadores, à capacidade da infra-estrutura instalada ou projetada e as
características físicas e ambientais do terreno.
Nesta macrozona está previsto o adensamento das áreas consolidadas e a
estruturação das áreas a serem ocupadas pela demanda do crescimento projetado
para os próximos 10 anos, otimizando a infra-estrutura instalada e oferecendo
melhores condições de moradia.

Projeção da população residente, por situação do domicílio


Ano: 2012

Situação do População População projetada Incremento


domicílio atual populacional

URBANA 217.407 291.954 74.547

Macrozona de Proteção Ambiental – Esta macrozona compreende áreas dotadas


de recursos naturais, cujo uso e ocupação estarão subordinados à necessidade de
manter ou restaurar a qualidade do ambiente natural e respeitar as características
do terreno.
O conceito desta macrozona está ancorado no uso sustentável das áreas destinadas
à criação de espaços verdes na área urbana ainda desocupada nas margens dos
cursos d´água ou de morros. Está ainda suportado pela necessidade de
conservação e recuperação de áreas ambientais indevidamente ocupadas.

É importante destacar a inserção do ambiente natural em uma macrozona para


enfatizar a necessidade de reverter o quadro de aridez apresentado atualmente na
área urbana de Caruaru.

Macrozona de Expansão Urbana – Esta macrozona corresponde às áreas de


transição entre a paisagem urbana e rural, com diretrizes que garantam a ocupação
rarefeita e atividades que fazem a mediação entre os usos urbanos e rurais.

3.2.3.1 Perímetro Urbano

A Macrozona de Consolidação e Estruturação Urbana e a Macrozona


de Proteção Ambiental definem a Área Urbana de Caruaru.

As Macrozonas de Consolidação e Estruturação Urbana, de Proteção


Ambiental e de Expansão Urbana, definem o Perímetro Urbano do distrito sede
de Caruaru. Além dessas Macrozonas, o município se constitui basicamente de
área rural.

28
PLANO DIRETOR DE CARUARU

A descrição do Perímetro Urbano se desenvolve em pontos


consecutivos de coordenadas UTM,(MAPA 09) abaixo descritos:

PONT COORDENADA COORDENADA PONT COORDENADA COORDENADA


O UTM GEOGRÁFICA O UTM GEOGRÁFICA
Nº E N S W Nº E N S W

8º18´06,65 35º55´06,22 8º15´04,52 36º02´06,30


01 178501 9081146 15 165592 9086650
´´ ´´ ´´ ´´
8º18´11,08 35º55´05,24 8º14´18,19 36º01´31,41
02 178532 9081010 16 166650 9088083
´´ ´´ ´´ ´´
8º18´34,84 35º56´58,20 8º13´58,17 36º00´42,30
03 175078 9080254 17 168150 9088710
´´ ´´ ´´ ´´
8º18´33,69 35º57´12,91 8º14´21,40 35º59´14,10
04 174627 9080286 18 170857 9088016
´´ ´´ ´´ ´´
8º18´27,20 35º57´41,47 8º13´43,96 35º59´14,41
05 173751 9080479 19 170839 9089167
´´ ´´ ´´ ´´
8º18´53,24 35º58´08,96 8º13´44,96 35º57´08,61
06 172915 9078672 20 174693 9089165
´´ ´´ ´´ ´´
8º19´05,85 35º59´49,55 8º14´22,13 35º57´08,92
07 169837 9079261 21 174692 9088022
´´ ´´ ´´ ´´
8º18´12,40 35º59´35,04 8º14´36,62 35º56´26,13
08 170269 9080908 22 176006 9087586
´´ ´´ ´´ ´´
8º19´07,37 36º02´54,04 8º15´22,82 35º55´44,45
09 164187 9079171 23 177293 9086175
´´ ´´ ´´ ´´
8º17´57,86 36º03´26,44 8º16´10,99 35º55´08,47
10 163178 9081301 24 178406 9084702
´´ ´´ ´´ ´´
8º17´02,92 36º03´53,99 8º16´06,47 35º54´35,98
11 162321 9082984 25 179400 9084848
´´ ´´ ´´ ´´
8º17´04,91 36º02´57,43 8º16´47,17 35º54´29,98
12 164054 9082936 26 179593 9083598
´´ ´´ ´´ ´´
8º16´24,85 36º03´00,98 8º17´58,86 35º54´33,22
13 163936 9084167 27 179510 9081393
´´ ´´ ´´ ´´
8º15´16,78 36º02´36,27
14 164677 9086266
´´ ´´

Sistema de Referência: SAD 69


Sistema de Projeção: UTM
Meridiano Central: 33º w Gr.
Acrescidas as constantes 10.000km e 500km, respectivamente.

O mesmo mapa indica, na altura da BR 104, a linha de mudança entre


os fusos 24 e 25.

3.2.4. O ZONEAMENTO E PARÂMETROS URBANÍSTICOS

Entende-se por zoneamento a divisão do território do município,


visando uma melhor utilização de cada área específica da cidade em função do
sistema viário, da topografia da infra-estrutura urbana disponível ou projetada, da
ocupação já existente, da disponibilidade de espaços vazios e/ou de baixa
densidade, da existência de ambientes naturais e ecossistemas a serem
preservados, bem como dados referentes ao valor da terra.

29
PLANO DIRETOR DE CARUARU

Dentre todos os instrumentos de indução ao desenvolvimento urbano,


instituídos por este Plano, a Transferência do Direito de Construir e a Outorga
Onerosa fazem parte desde já, da concepção da proposta do zoneamento. Assim,
encontram-se definidas as áreas que serão objeto da exportação do potencial
construtivo, bem como aquelas receptoras.

Considerando os critérios acima relacionados, foram definidas cinco


zonas que buscam saudáveis condições de moradia, bom desempenho das
atividades econômicas e preservação do patrimônio natural, construído e cultural,
listadas e descritas a seguir (MAPA 10):

ZR - residenciais
ZAM - de atividades múltiplas
ZPA - de preservação ambiental
ZPC - de proteção cultural
ZRA - de restrição do aeroporto

As zonas residenciais garantem espaços predominantemente


residenciais com o apoio do comércio e serviços local. São classificadas em quatro
categorias. Três zonas residenciais com tipologias e parâmetros diferenciados (ZR
1, ZR 2 e ZR 3), e a Zona Especial de Interesse Social – ZEIS, visando a
regularização das ocupações irregulares consolidadas, na forma estabelecida no
Estatuto da Cidade.

As zonas de atividades múltiplas têm por objetivo incentivar e


consolidar a atividade de comércio e serviços do núcleo central e prevê a expansão
da atividade industrial do comércio atacadista de Caruaru, como pólo de distribuição
regional. São duas: a zona central (ZAM 1) e a expansão do pólo industrial e de
distribuição (ZAM 2).

As zonas de proteção cultural preservam as peculiaridades culturais


que se encontram agregadas espacialmente, configurando um sítio histórico-cultural.
Pelas suas características diferenciadas, são três as zonas de proteção cultural. A
saber, a ZPC 1, Alto do Moura; a ZPC 2, que corresponde ao conjunto ferroviário da
estação, pátio e armazéns, e da antiga fábrica de caroá, com o pátio Luiz Gonzaga;
a ZPC 3, constituída pelo Parque 13 de Maio e nele inserido o conjunto das feiras e
a ZPC 4 que institui uma área para atividades culturais ligadas à pecuária.

As zonas de preservação ambiental possuem três características


diferentes. As áreas que são margens de cursos d´água constituem a ZPA 1. Esta
zona caracteriza-se pelas áreas protegidas no Código Florestal, e aquelas de maior
dimensão destinadas a parques urbanos. As áreas identificadas com relevo e
vegetação diferenciadas, configuram a ZPA 2,a ZPA 3 consagra o Morro e a Igreja
do Bom Jesus e, por fim, áreas com topografia levemente acidentada, mas que
exigem tratamento especial da paisagem, são a ZPA 4.

As zonas de restrição do aeroporto, são áreas reguladas pelo cone


de ruído, estabelecido pela INFRAERO / Departamento de Aviação Civil – DAC,
objetivando o pleno funcionamento do aeroporto. São classificadas em duas
categorias: ZRA 1 e ZRA 2, em função do nível de restrição de usos.

30
PLANO DIRETOR DE CARUARU

Os Eixos de Atividades Múltiplas EAM, buscam compatibilizar em


determinadas vias, a forte tendência de mudança de uso habitacional para comércio
e serviço.

31
PLANO DIRETOR DE CARUARU

3.2.4.1 Esquema de Zoneamento

O zoneamento descrito está contido na matriz esquemática que


estabelece no perímetro urbano a segmentação do território em dois níveis:
Macrozonas e Zonas.

PERÍMETRO URBANO

ESTRUTURAÇÃO E EXPANSÃO PROTEÇÃO


CONSOLIDAÇÃO
URBANA URBANA AMBIENTAL

RESIDENCIAL ATIVIDADES PROTEÇÃO RESTRIÇÃO PRESERVAÇÃO


CULTURAL DO AMBIENTAL
MÚLTIPLAS AEROPORTO

ZR 1 ZAM 1 ZPC 1 ZRA 1 ZPA 1

ZR 2 ZAM 2 ZPC 2 ZRA 2 ZPA 2

ZR 3 EAM ZPC 3 ZPA 3

ZEIS ZPC 4 ZPA 4

3.2.4.2 Parâmetros Urbanísticos

Os parâmetros urbanísticos fazem parte do conjunto de regras, definido


no zoneamento, que orientará o desenvolvimento da cidade. Portanto, visam nortear
a ocupação do solo, de forma clara para a população. Para a definição dos
parâmetros foram considerados alguns aspectos tais como o conforto ambiental da
vizinhança, a harmonia do conjunto construído, e a densidade construtiva.

Os parâmetros estão agrupados de modo a regular a implantação das


edificações e dos parcelamentos.

No caso das edificações, buscou-se a simplificação da utilização de


índices, adotando-se parâmetros cujos objetivos estão descritos a seguir:

o a Taxa de ocupação e o Coeficiente de Utilização que controlam a


densidade construtiva conjuntamente com o Afastamento Progressivo,
face a tendência de verticalização de edificações; foi adotado um
coeficiente único de utilização (=1.5), para toda a área urbana.
32
PLANO DIRETOR DE CARUARU

o A Taxa de Solo Natural, que é a forma de garantir a permeabilidade do


solo privado.

DEFINIÇÃO DOS PARÂMETROS:

Taxa de ocupação:
- é a relação entre a área da projeção horizontal da edificação ou edificações e
a área do lote.

Taxa de solo natural:


- é a relação entre a parte do lote que permite a infiltração da água e a área
total do mesmo.

Coeficiente de Utilização:
- é o fator pelo qual deve ser multiplicada a área do lote ou gleba para se obter
a área máxima de construção permitida para a edificação.

Afastamento:
- são as distâncias entre as projeções horizontais dos perímetros externos das
edificações e as divisas entre lotes ou glebas, medidas perpendicularmente
às divisas; podem ser também as distâncias entre as edificações de um
mesmo lote ou gleba, ou ainda, as distâncias entre as edificações e as vias
particulares de circulação.

Com relação aos parâmetros que irão nortear o parcelamento e as


modificações do solo, foram definidos: a dimensão mínima do lote urbano, que
garante as condições mínimas de ocupação para qualquer edificação, em especial a
moradia popular, e as formas de divisão do loteamento e dos condomínios
residenciais horizontais, buscando garantir adequada estrutura viária e circulação de
automóveis e pedestres, distribuição de equipamentos urbanos, áreas verdes e
espaços públicos. Considerou-se importante distinguir os loteamentos dos
condomínios, devido a natureza da propriedade pública ou privada das áreas
comuns.

Para os loteamentos foram definidos os seguintes parâmetros:

Lote mínimo:
- É a parcela mínima de terreno resultante do arruamento e loteamento de
glebas contidas em uma quadra.

Testada mínima do lote:


- Dimensão do lote voltada para o logradouro.

Testada máxima de quadra:


- É a dimensão máxima de uma quadra ao longo de um logradouro.

Largura mínima de vias:


- É a distância mínima entre os alinhamentos de uma via.

33
PLANO DIRETOR DE CARUARU

Percentual mínimo de áreas de uso público:


- Área a ser ocupada por vias, praças e equipamentos.

Para condomínios foram definidos os parâmetros a seguir:

Percentual de área parcelável:


- É o percentual em relação à área total da gleba que poderá ser parcelado,
constituindo o conjunto de frações mínimas.

Taxa de solo natural:


- É a relação entre a parte da gleba que permite a infiltração da água e a área
total do mesmo.

Fração mínima:
- É a fração ideal do terreno que caberá a cada unidade como parte
inseparável da gleba.

Área mínima da gleba:


- É a menor área passível para instalação de condomínios residenciais
horizontais.

Área máxima da gleba:


- É a maior área passível para instalação de condomínios residenciais
horizontais.

Percentual de área verde concentrada:


- É a área verde concentrada incluída no percentual de taxa de solo natural.

Percentual máximo de vias:


- Corresponde a área máxima de vias pavimentadas.

Com relação à ocupação do solo na Macrozona de Expansão Urbana,


optou-se por definir a gleba mínima igual a 10.000m 2. Os parâmetros para a
implantação de condomínios residenciais horizontais estão definidos no anexo 01.

3.2.4.3. Diretrizes Gerais de Ocupação

O estabelecimento do zoneamento urbano requer a explicitação de


diretrizes de ocupação que respondam ao conjunto de objetivos preconizados.
Assim, faz-se necessário definir indicadores gerais que orientarão a construção da
cidade, a saber:

- O coeficiente de utilização único para toda a área urbana igual a 1,5 (=1,5);

- Na Zona Residencial 3 (ZR 3), o coeficiente de utilização poderá ser acrescido de


mais 1,5 (=3,0), através da outorga onerosa e da Transferência do Direito de
Construir (TDC);

34
PLANO DIRETOR DE CARUARU

- As Zonas de Preservação Ambiental e de Proteção Cultural poderão transferir o


seu potencial construtivo através do mecanismo da Transferência do Direito de
Construir – TDC;

- Nos casos de transferência de potencial através do mecanismo TDC –


Transferência do Direito de Construir – será obrigatória a utilização da outorga
onerosa correspondendo a 50% do potencial a ser acrescido;

- O valor da outorga onerosa corresponde a um percentual do Valor Venal (VV) do


terreno. Cada metro quadrado de construção a ser acrescido no coeficiente de
utilização, terá o valor igual a 70% do metro quadrado do Valor Venal do terreno;

- As receitas oriundas das operações de venda de coeficiente de utilização através


de Outorga Onerosa, serão destinadas, exclusivamente, ao Fundo de
Desenvolvimento Urbano;

- Todo e qualquer parcelamento deverá observar a proposta de macroestrutura


viária;

- A largura mínima dos passeios públicos será de um metro e cinqüenta


centímetros (1,5 m) em cada lado de uma via;

- Ao longo das margens dos cursos d´água deverá ser preservada uma faixa non
aedificandi de, no mínimo, trinta metros (30 m) de largura;

- Foi definida uma Área de Interesse Público, destinada a uma possível ampliação
do aeroporto, indicada no MAPA 10.

- Todas as áreas contidas em um raio de treze mil metros (13.000 m) contados a


partir da pista do aeroporto, estão sujeitas às restrições da Área Horizontal
Externa, definida pelo Departamento de Aviação Civil – DAC – Infraero, conforme
esquema que segue:

13.000
6.000 m
m
4.000m
7.000m
pista

Área horizontal externa


altura máxima = 145,00m
Área cônica
rampa 20%
Área horizontal interna
rampa 1 / 20%

35
PLANO DIRETOR DE CARUARU

3.2.4.4. Empreendimentos Geradores de Impacto à Vizinhança

Considerando que a proposta de zoneamento traz, no seu bojo, a


lógica da ocupação funcional, isto é, prioriza a instalação de usos afins, fica reduzido
o incômodo gerado pelos empreendimentos que impactam a vizinhança, embora
ainda assim poderão vir a acontecer. Esses empreendimentos são entendidos como
aqueles que, público ou privado, residencial ou não residencial, possam causar
impacto ao ambiente natural ou construído, bem como sobrecarga na infra-estrutura
urbana, gerando incômodo aos moradores de seu entorno. Devem ser considerados
como empreendimentos geradores de impacto à vizinhança, aqueles cuja natureza
possa provocar:

o poluição de qualquer tipo;


o geração de tráfego;
o risco de segurança.

Os Empreendimentos Geradores de Impacto à Vizinhança devem ser


regulamentados, visando garantir satisfatória convivência com os demais usos,
sobretudo nas zonas residenciais, nos eixos de atividades múltiplas e na zona de
atividades múltiplas 1. No caso da Zona de Atividades Múltiplas 2, o uso
predominante constitui-se daqueles geradores de impacto, enquanto habitação é
uso complementar e sujeito à análise especial.

A instalação desses empreendimentos deve estar condicionada à


apresentação do “Estudo de Impacto à Vizinhança - EIV”, de modo a permitir
uma análise diferenciada. Para tanto, o estudo deve observar, no mínimo, alguns
aspectos destacados pelo Estatuto da Cidade, descritos a seguir:

I. adensamento populacional;
II. equipamentos urbanos e comunitários;
III. uso e ocupação do solo;
IV. valorização imobiliária;
V. geração de tráfego;
VI. demanda por transporte público;
VII. ventilação e iluminação;
VIII. paisagem urbana e patrimônio natural e cultural.

Independentemente de seu porte ou natureza, os empreendimentos com mais


de 20.000 m² de área de construção ou instalados em área superior a 2ha, devem
ser considerados como geradores de impacto à vizinhança, em qualquer zona, com
exceção da ZAM-2

3.2.4.5 Zonas

De acordo com os indicadores e padrões urbanísticos referenciados


para o território urbano, a descrição das zonas, suas diretrizes e os parâmetros
urbanísticos, estão indicados a seguir visando a facilitação da percepção de cada
uma delas sobre a cidade.

36
PLANO DIRETOR DE CARUARU

 ZONA RESIDENCIAL:
Áreas destinadas predominantemente ao uso habitacional e complementarmente ao
comércio e serviço de âmbito local.

QUADRO 1

ZONA RESIDENCIAL 1 – ZR1

LOCALIZAÇÃO:
Compreende os bairros de Salgado, Boa Vista, Vassoural, Santa Rosa, Rendeiras, João Mota,
Caiucá, Divinópolis, Centenário, São Francisco e parte dos bairros Universitário, Kennedy,
Cedro, Riachão, Cidade Alta e Maurício de Nassau.

USO PREDOMINANTE:
Habitacional unifamiliar.

CARACTERIZAÇÃO:
Área com predominância de traçado reticulado, composto por loteamentos de padrão popular,
ruas estreitas, média densidade construtiva, predominância de edificações unifamiliares,
geminadas ou isoladas no lote.

DIRETRIZES:
 Manter a ocupação predominantemente residencial unifamiliar e comércio e serviços de
âmbito local;
 Implantar vegetação arbustiva e/ou arborização nos passeios respeitando as características
do solo;
 Implementar áreas verdes e de lazer de pequeno porte;
 Estruturar o atendimento de transporte coletivo;
 Consolidar a tipologia de conjuntos habitacionais;
 Complementar o saneamento básico e a pavimentação de vias.

PARÂMETROS URBANÍSTICOS
 Lote isolado:
Coeficiente de utilização – 1,5
Afastamentos – frontal – 3,00m
lateral – 1,00m
fundos – 3,00m
Taxa de solo natural – 20%
 Loteamentos
Lote mínimo – 160m2
Testada mínima de lote – 8,00m
Testada máxima de quadra – 250,00m
Largura mínima de vias – 7,00m
% mínimo de áreas públicas – 35
RESTRIÇÕES:
 Observar as exigências para instalação de empreendimentos geradores de impacto à
vizinhança.

37
PLANO DIRETOR DE CARUARU

QUADRO 2

ZONA RESIDENCIAL 2 – ZR2

LOCALIZAÇÃO:
Compreende os bairros de Nova Caruaru, parte de Petrópolis, Universitário e Indianópolis.

USO PREDOMINANTE:
Habitacional unifamiliar.

CARACTERIZAÇÃO:
Área com traçado misto, lotes de tamanho médio, ocupação de padrão social alto e
médio,residencial unifamiliar, condomínios residenciais e complementarmente comércio e
serviços locais, ruas largas, baixa densidade construtiva e edificações isoladas no lote.

DIRETRIZES:
 Implementar áreas verdes e de lazer de pequeno porte.
 Complementar o saneamento básico e a pavimentação de vias.
 Estruturar o serviço de transporte coletivo visando atender a demanda gerada pelos
equipamentos de educação de nível superior.

PARÂMETROS URBANÍSTICOS
 Lote isolado:
Coeficiente de utilização – 1,5
Afastamentos – frontal – 5,00m
lateral – 1,50m
fundos – 3,00m
Taxa de solo natural – 50%
 Loteamentos
Lote mínimo – 360m2
Testada mínima de lote – 12,00m
Testada máxima de quadra – 250,00m
Largura mínima de vias – 9,00m
% mínimo de áreas públicas – 35%
 Condomínios
Fração mínima – 360m2
Área máxima da gleba – 100.000m2
Área parcelável – 50%
Taxa de solo natural – 50%
Área verde concentrada – 25%
Vias – 10%

RESTRIÇÕES:
 Observar as exigências para instalação de empreendimentos geradores de impacto à
vizinhança.

38
PLANO DIRETOR DE CARUARU

ZONA RESIDENCIAL 3 – ZR3

LOCALIZAÇÃO:
Compreende parte dos bairros de Maurício de Nassau, Universitário e Indianópolis.

USO PREDOMINANTE:
Habitacional unifamiliar e multifamiliar

CARACTERIZAÇÃO:
Área com predominância de traçado regular, com ruas largas, edificações unifamiliares e
multifamiliares, tendência a verticalização e alta densidade. Parte desta zona encontra-se ainda
desocupada, apresentando potencialidade para implantação de edificações multifamiliares, face
a presença do Shopping Caruaru.

DIRETRIZES:
 Exigência de infra-estrutura viária e saneamento básico compatível com a densidade exigida
pela demanda da tipologia verticalizada;
 Zona receptora de potencial construtivo excedente, proveniente da utilização da
Transferência do Direito de Construir, até o limite =1,5 para cada empreendimento.
 No caso de usos multifamiliares,deverá ser previsto, no mínimo, uma vaga de
estacionamento para cada 50m2 de área contruída.
 Implementar áreas verdes e de lazer de pequeno porte.

PARÂMETROS URBANÍSTICOS PARÂMETROS URBANÍSTICOS


habitacional unifamiliar habitacional multifamiliar

 Lote isolado:  Lote isolado:


Coeficiente de utilização – 1,5 Coeficiente de utilização – 1,5
Afastamentos – frontal – 5,00m Afastamentos – frontal – Afr=5+(nx0,25)
lateral – 1,50m lateral – Al=3+(nx0,25)
fundos – 3,00m fundos – Af=Al
Taxa de solo natural – 50% Taxa de solo natural – 30%
 Loteamentos  Loteamentos
Lote mínimo – 360m2 Lote mínimo – 360m2
Testada mínima de lote – 12,00m Testada mínima de lote – 12,00m
Testada máxima de quadra – 250,00m Testada máxima de quadra – 250,00m
Largura mínima de vias – 9,00m Largura mínima de vias – 9,00m
% mínimas de áreas públicas – 35% % mínimas de áreas públicas – 35%
 Condomínios  Condomínios
Fração mínima – 360m2 Fração mínima – 360m2
Área máxima da gleba – 100.000m2 Área máxima da gleba – 100.000m2
Área parcelável – 50% Área parcelável – 50%
Taxa de solo natural – 50% Taxa de solo natural – 50%
Área verde concentrada – 25% Área verde concentrada – 25%
Vias – 10% Vias – 10%

RESTRIÇÕES:
 Observar as exigências para instalação de empreendimentos geradores de impacto à
vizinhança.

39
PLANO DIRETOR DE CARUARU

 ZONA ESPECIAL DE INTERESSE SOCIAL:


Área destinada à consolidação e regularização fundiária de assentamentos
irregulares, através de plano específico de urbanização.

QUADRO 4

ZONA ESPECIAL DE INTERESSE SOCIAL - ZEIS

LOCALIZAÇÃO:
Ocupa parte do Morro do Bom Jesus.

USO PREDOMINANTE:
Habitacional unifamiliar.

CARACTERIZAÇÃO:
Área com predominância de traçado desordenado, área crítica de pobreza, ocupação
consolidada e irregular.

DIRETRIZES:
 Elaborar Pano Urbanístico específico, visando a sua integração ao tecido urbano da cidade
e reordenamento da ocupação existente;
 Dotar a área de infra-estrutura urbana;
 Preservar as áreas do Morro do Bom Jesus ainda desocupadas, com valor paisagístico,
ambiental e turístico;
 Promover a regulamentação fundiária;

PARÂMETROS:
 Definidos por plano específico.

RESTRIÇÕES:
 Proibido o remembramento de lotes.

40
PLANO DIRETOR DE CARUARU

 ZONA DE ATIVIDADES MÚLTIPLAS:


Áreas prioritariamente destinadas à consolidação, estruturação e ampliação de usos
industriais, de comércio e de serviços.

QUADRO 5

ZONA DE ATIVIDADES MÚLTIPLAS 1 – ZAM 1

LOCALIZAÇÃO:
Compreende o núcleo central, correspondendo ao bairro de N. Sra. das Dores.

USO PREDOMINANTE:
Comércio e serviços.

CARACTERIZAÇÃO:
Área com traçado irregular, espontâneo, com lotes e ruas estreitas, elevada densidade, núcleo
principal de atividades comerciais e de serviços, com edificações sem afastamento frontal e
lateral.

DIRETRIZES:
 Incentivar a ocupação de comércio varejista e serviços, combinando, complementarmente,
usos institucional, habitacional, lazer, entre outros;
 Requalificar a paisagem urbana com a implantação de vegetação, renovação do mobiliário
urbano e recuperação de fachadas;
 Desenvolver projetos de requalificação dos espaços públicos.
 Incentivar a instalação de usos mistos (habitacional e não habitacional).
 Estruturar / adequar transporte coletivo, tendo em vista ser o Centro um espaço de grande
convergência de pessoas e atividades;
 Implantar as modificações e ajustes propostos para o sistema viário, visando a melhoria da
circulação de veículos

PARÂMETROS URBANÍSTICOS
 Lote isolado:
Coeficiente de utilização – 1,5
Afastamentos – frontal – ---
lateral – ---
fundos – 3,00m
Taxa de solo natural – ---
RESTRIÇÕES:
 Observar as exigências para instalação de empreendimentos geradores de impacto à
vizinhança.

41
PLANO DIRETOR DE CARUARU

QUADRO 6

ZONA DE ATIVIDADES MÚLTIPLAS 2 – ZAM 2

LOCALIZAÇÃO:
Compreende os Distritos Industriais existentes e áreas de expansão no seu entorno, ao norte
do aeroporto e ao sul da BR 232.

USO PREDOMINANTE:
Indústria, comércio e serviços pesados.

CARACTERIZAÇÃO:
Área com traçado regular, grandes lotes projetados para uso industrial, razoavelmente
ocupado, presença de galpões com dois pavimentos, isolados no lote.

DIRETRIZES:
 Consolidar e expandir a tipologia e o uso predominante de indústrias e galpões;
 Observar as exigências de controle de emissão de poluentes que possam comprometer a
qualidade do ar e, em especial, a qualidade das águas do rio Ipojuca, devido à sua
proximidade com os Distritos Industriais;
 Promover a implantação de novas atividades que venham a desenvolver nesta zona os
setores de logística, abastecimento, armazenamento, entre outros;
 Implantar a infra-estrutura de saneamento básico condizente com o porte e a natureza das
atividades a serem instaladas;
 Promover e articular o setor produtivo (ZAM 2) e as áreas habitacionais da cidade (ZRs)
através da implantação dos Corredores de Transporte Coletivo.

PARÂMETROS URBANÍSTICOS
 Lote isolado:
Coeficiente de utilização – 1,5
Afastamentos – frontal – 8,00m
lateral – 5,00
fundos – 5,00m
Taxa de solo natural – 20%
 Loteamentos
Lote mínimo – 6.000m2
Testada máxima de quadra – 960,00m
Largura mínima de vias – 15,00m
% mínimas de áreas públicas – 35%

RESTRIÇÕES:
 Condicionar o uso habitacional a análise especial;

42
PLANO DIRETOR DE CARUARU

 EIXO DE ATIVIDADES MÚLTIPLAS:


Corredores viários destinados a consolidar e estruturar, prioritariamente, os usos de
comércio, serviços e misto.
QUADRO 7

EIXO DE ATIVIDADES MÚLTIPLAS – EAM

LOCALIZAÇÃO:
Lotes lindeiros a Av. Agamenon Magalhães, Av. José Rodrigues de Jesus, a via férrea urbana,
a BR 104 e a estrada municipal que liga o centro ao Alto do Moura.

USO PREDOMINANTE:
Comércio e serviços.

CARACTERIZAÇÃO:
Vias largas, com potencial para grande fluxo de veículos, apresentando forte tendência à
mudança do uso habitacional para comércio e serviços.

DIRETRIZES:
 Prever, na tipologia verticalizada, no mínimo uma vaga de estacionamento para cada 50 m 2
de área construída;
 Exigir vagas de estacionamento para as edificações com mais de 2 pavimentos instalados
nos eixos;
 Incentivar a ocupação de comércio varejista e serviços, combinando, complementarmente,
usos institucional, habitacional, lazer, entre outros;
 Promover a instalação de usos mistos na mesma edificação(habitacional e não
habitacional);
 Garantir a acessibilidade dos transportes coletivos a esses Eixos;
 Desenvolver projetos de qualificação da paisagem desses eixos, contemplando a
arborização, o mobiliário urbano, a iluminação pública e os passeios.

PARÂMETROS URBANÍSTICOS PARÂMETROS URBANÍSTICOS


(até 02 pavto.) (acima de 02 pavto.)
 Lote isolado:  Lote isolado:
Coeficiente de utilização – 1,5 Coeficiente de utilização – 1,5
Afastamentos – frontal – 5,00m Afastamentos – frontal – Afr=5+(nx0,25)
lateral – 3,00m lateral – Al=3+(nx0,25)
fundos – 3,00m fundos – Af=Al
Taxa de solo natural – 30% Taxa de solo natural – 30%
 Loteamentos  Loteamentos
Lote mínimo – 360m2 Lote mínimo – 360m2
Testada máxima de quadra – 250,00m Testada máxima de quadra – 250,00m
Largura mínima de vias – 9,00m Largura mínima de vias – 9,00m
% mínimas de áreas públicas – 35% % mínimas de áreas públicas – 35%
 Condomínios  Condomínios
Fração mínima – 360m2 Fração mínima – 360m2
Área máxima da gleba – 100.000m2 Área máxima da gleba – 100.000m2
Área parcelável – 50% Área parcelável – 50%
Taxa de solo natural – 50% Taxa de solo natural – 50%
Área verde concentrada – 25% Área verde concentrada – 25%
Vias – 10% Vias – 10%
RESTRIÇÕES:
 Observar as exigências para instalação de empreendimentos geradores de impacto à
vizinhança.

43
PLANO DIRETOR DE CARUARU

 ZONA DE PRESERVAÇÃO AMBIENTAL:


São porções do território destinadas a proteger ocorrências ambientais isoladas e
paisagens naturais notáveis.

QUADRO 8

ZONA DE PRESERVAÇÃO AMBIENTAL 1 – ZPA 1

LOCALIZAÇÃO:
Compreende áreas do entorno do Açude Taquara e os aluviões marginais ao rio Ipojuca, que
cortam a cidade em toda sua extensão leste/oeste.

USO PREDOMINANTE:
Área non aedificandi / parques.

CARACTERIZAÇÃO:
As margens dos cursos d´água, em especial do rio Ipojuca, que se encontram ora parcialmente
ocupadas por moradias irregulares, principalmente a leste da BR 104, ora apresentando
grandes vazios.

DIRETRIZES:
 Preservar a área non aedificandi, de acordo com o estabelecido no Código Florestal, ao
longo de todos os cursos d´água, recuperando, onde couber, a mata ciliar;
 Mapear as ocupações irregulares implantadas na faixa non aedificandi, visando sua
relocação;
 Elaborar planos específicos para os parques urbanos e áreas de lazer a serem implantados
nos espaços ainda desocupados, indicados no mapa de zoneamento;
 Preservar a vegetação natural circundante do Açude do Taquara, bem como introduzir
espécies nativas para enriquecimento da paisagem e diversificação florística;
 Esta zona poderá exportar o potencial construtivo correspondente a =1,5, proveniente das
operações de transferência do direito de construir.
 Elaborar legislação específica

PARÂMETROS URBANÍSTICOS
 Observar o Código Florestal e demais legislações ambientais;
 Definidos por Plano Específico.

RESTRIÇÕES:
 Não é permitido o remembramento de lotes e desmembramento de glebas;
 Observar as restrições contidas no plano específico.

44
PLANO DIRETOR DE CARUARU

QUADRO 9

ZONA DE PRESERVAÇÃO AMBIENTAL 2 – ZPA 2

LOCALIZAÇÃO:
Morros situados à oeste da pista do aeroporto e formações serranas ao norte da via férrea, no
limite leste da área urbana.

USO PREDOMINANTE:
Área non aedificandi.

CARACTERIZAÇÃO:
Áreas ainda desocupadas, com topografia diferenciada por elevações, vegetação e paisagem
natural.

DIRETRIZES:
 Garantir a preservação da vegetação natural;
 Manter as áreas desocupadas sem qualquer tipo de ocupação;
 Incentivar com atividades ecológicas e turísticas, compatíveis com a proteção da
paisagem;
 Esta zona poderá exportar o potencial construtivo correspondente a 1 (um), proveniente
das operações de transferência do direito de construir;
 Elaborar legislação específica.

PARÂMETROS URBANÍSTICOS
 Observar o Código Florestal e demais legislações ambientais;
 Definidas por Plano Específico.

RESTRIÇÕES:
 Não permitir edificações de qualquer natureza;
 Não permitir o remembramento de lotes e desmembramentos de glebas.

45
PLANO DIRETOR DE CARUARU

QUADRO 10

ZONA DE PROTEÇÃO AMBIENTAL 3 – ZPA 3

LOCALIZAÇÃO:
Área do Morro do Bom Jesus, não ocupada por habitações.

CARACTERIZAÇÃO:
Área dotada de relevante potencial paisagístico, onde existe a Igreja do Bom Jesus (1902) e
mirantes.

USO PREDOMINANTE:
Preservação.

DIRETRIZES:
 Garantir a preservação da paisagem natural;
 Incentivar a instalação de usos de apoio turístico;
 Implantar mobiliário urbano específico;
 Elaborar plano e legislação específica.

PARÂMETROS URBANÍSTICOS:
 Serão definidos por plano específico.

RESTRIÇÕES:
 Toda e qualquer intervenção nesta área será objeto de análise especial.

46
PLANO DIRETOR DE CARUARU

QUADRO 11

ZONA DE PRESERVAÇÃO AMBIENTAL 4 – ZPA 4

LOCALIZAÇÃO:
Constitui-se de duas grandes áreas: a primeira situada entre o bairro Indianópolis e a BR 232;
e a segunda em parte do bairro de Cidade Alta.

USO PREDOMINANTE:
Permitindo uso habitacional controlado, com instalação de condomínios residenciais
horizontais.

CARACTERIZAÇÃO:
Essas áreas apresentam solos rasos, com afloramento de rocha, relevo ondulado e cobertura
vegetal arbustiva rala. Encontram-se ainda sem ocupação.

DIRETRIZES:
 Ocupação rarefeita de baixa densidade, subordinada às condições de topografia do
terreno;
 Recomposição da superfície do terreno com adição de solo importado de outro local, nos
casos de intervenções de melhoria paisagística ou instalação de infra-estrutura;
 Esta zona poderá exportar o potencial construtivo correspondente a =1,5, proveniente das
operações de transferência do direito de construir.

PARÂMETROS URBANÍSTICOS:
 Lote isolado:
análise especial
 Loteamentos
Lote mínimo – 720m2
Largura mínima de vias – 7,00m
% mínimas de áreas públicas – 50%
 Condomínios
Fração mínima – 720m2
Área máxima da gleba – 300.000m2
Área parcelável – 40%
Taxa de solo natural – 60%
Área verde concentrada – 30%
Vias – 10%
RESTRIÇÕES:
 Observar as exigências para instalação de empreendimentos geradores de impacto à
vizinhança.

47
PLANO DIRETOR DE CARUARU

 ZONA DE PROTEÇÃO CULTURAL:


São áreas formadas por sítios e conjuntos urbanos de relevante expressão
arquitetônica ou cultural, destinadas à preservação, recuperação e manutenção do
patrimônio cultural e construído.

QUADRO 12

ZONA DE PROTEÇÃO CULTURAL 1 – ZPC 1

LOCALIZAÇÃO:
Sítio correspondente ao Alto do Moura.

USO PREDOMINANTE:
Habitacional e 4apoio turístico.

CARACTERIZAÇÃO:
Área ocupada com edificações térreas, isoladas/geminadas e traçado espontâneo, onde se
encontra a produção e comercialização do artesanato que consagra Caruaru como grande
centro de arte figurativa.

DIRETRIZES:
 Manutenção do traçado e da tipologia predominante;
 Incentivo à instalação de atividades culturais, usos de apoio turístico e habitação;
 Requalificação da paisagem urbana através da elaboração de projeto urbanístico que
valorize a peculiaridade do local, renovando o mobiliário, a sinalização, etc;
 Esta zona poderá exportar o potencial construtivo correspondente a =1,5, proveniente das
operações de transferência do direito de construir;
 Elaborar plano específico de preservação do patrimônio;
 Melhorar a infra-estrutura viária e implantar o saneamento básico.

PARÂMETROS URBANÍSTICOS:
 Serão definidos por plano específico.

RESTRIÇÕES:
 Não é permitido o remembramento de lotes e desmembramento de glebas;
 Observar as exigências para instalação de empreendimentos geradores de impacto à
vizinhança;
 Toda e qualquer intervenção nesta área será objeto de análise especial.

48
PLANO DIRETOR DE CARUARU

QUADRO 13

ZONA DE PROTEÇÃO CULTURAL 2 – ZPC 2

LOCALIZAÇÃO:
Área correspondente ao conjunto urbano composto pelo Pátio, estação e armazéns
ferroviários, antiga Fábrica de Caroá e Pátio de Eventos Luiz Gonzaga.

USO PREDOMINANTE:
Comércio e serviços específicos.

CARACTERIZAÇÃO:
Área constituída de espaços públicos com forte apelo cultural relacionado às manifestações
populares do período junino. Abriga grande número de museus e atividades culturais.

DIRETRIZES:
 Preservação do conjunto urbano;
 Requalificação da paisagem urbana da área protegida através de elaboração de projeto
urbanístico que valorize a peculiaridade local, o seu mobiliário, a sinalização, etc;
 Incentivo à instalação de atividades turísticas e habitação que contribuam com a utilização
da área de forma mais intensa ao longo de todo o ano;
 Esta zona poderá exportar o potencial construtivo correspondente a =1,5, proveniente das
operações de transferência do direito de construir.

PARÂMETROS URBANÍSTICOS:
 Serão definidos pelo plano específico.

RESTRIÇÕES:
 Não é permitido o remembramento de lotes e desmembramento de glebas;
 Observar as exigências para instalação de empreendimentos geradores de impacto à
vizinhança;
 Toda e qualquer intervenção nesta área será objeto de análise especial.

49
PLANO DIRETOR DE CARUARU

QUADRO 14

ZONA DE PROTEÇÃO CULTURAL 3 – ZPC 3

LOCALIZAÇÃO:
Área constituída pelo Parque 13 de Maio, denominado de Campo de Monta, incluindo as
edificações do Antigo Matadouro, Chalé e Casa da Cultura.

CARACTERIZAÇÃO:
Área dotada de edifícios de relevante valor cultural e intensa utilização comercial com o
funcionamento do conjunto de feiras.

USO PREDOMINANTE:
Atividades culturais, comércio e serviços específicos e feiras.

DIRETRIZES:
 Elaborar projeto urbanístico que contemple:
- a preservação das edificações de relevante valor cultural;
- compatibilização da feira com os demais usos do seu entorno, considerando os dias
em não ocorre a feira;
- melhoria das condições de acesso e circulação de automóveis e pedestres;
- tratamento paisagístico das margens do rio Ipojuca.

PARÂMETROS URBANÍSTICOS:
 Serão definidos por plano específico.

RESTRIÇÕES:
 Não é permitido o remembramento de lotes e desmembramento de glebas;
 Observar as exigências para instalação de empreendimentos geradores de impacto à
vizinhança;
 Toda e qualquer intervenção nesta área será objeto de análise especial.

50
PLANO DIRETOR DE CARUARU

QUADRO 15

ZONA DE PROTEÇÃO CULTURAL 4 – ZPC 4

LOCALIZAÇÃO:
Compreende a porção do território que se encontra entre a linha férrea e o Distrito Industrial no
bairro Kennedy..

CARACTERIZAÇÃO:
A área apresenta grande potencial de desenvolvimento da atividade pecuária, através da feira
de gado, dispondo de boa acessibilidade e áreas ainda desocupadas no seu entorno.

USO PREDOMINANTE:
Comércio e serviços específicos, apoio turístico.

DIRETRIZES:
 Incentivar o uso prioritário de atividades turísticas e culturais;
 Promover a instalação de grandes equipamentos que abriguem eventos vinculados a
atividade principal da zona, tais como: exposição de animeis, parque de vaquejada
(SOVACA), cavalhadas, etc.

PARÂMETROS URBANÍSTICOS:
 O uso habitacional unifamiliar obedecerá aos parâmetros definidos para a Zona Residencial
1 (ZR 1).

RESTRIÇÕES:
 Toda e qualquer intervenção nesta área será objeto de análise especial.

51
PLANO DIRETOR DE CARUARU

 ZONA DE RESTRIÇÃO DO AEROPORTO:


São áreas reguladas pelo cone de ruído, objetivando o funcionamento pleno e
seguro do aeroporto.

QUADRO 16

ZONA DE RESTRIÇÃO DO AEROPORTO 1 – ZRA 1

LOCALIZAÇÃO:
Compreende o entorno imediato da pista de decolagem do aeroporto de Caruaru.

CARACTERIZAÇÃO:
Área que se encontra parcialmente ocupada, predominantemente por habitações.

DIRETRIZES:
 Nesta zona deverá ser exercido um controle absoluto da ocupação;
 Elaborar regulamentação específica.

PARÂMETROS URBANÍSTICOS:
 Observar regulamentação específica.

RESTRIÇÕES:
 Não permitir edificação de qualquer natureza.

QUADRO 17

ZONA DE RESTRIÇÃO DO AEROPORTO 2 – ZRA 2

LOCALIZAÇÃO:
Compreende área de entorno secundário do Aeroporto, no bairro Kennedy.

CARACTERIZAÇÃO:
Área que se encontra parcialmente ocupada, predominantemente por habitações.

DIRETRIZES:
 Relocação do matadouro;
 Nesta zona deverá ser exercido controle absoluto da ocupação.

PARÂMETROS URBANÍSTICOS:
 Observar regulamentação específica.

RESTRIÇÕES:
 Não permitir edificações educacionais, hospitalares ou similares.

52
PLANO DIRETOR DE CARUARU

3.2.5. TRANSPORTE E SISTEMA VIÁRIO

3.2.5.1. Transporte

A projeção do crescimento da frota geral dos veículos registrados no


município de Caruaru, pelas mesmas taxas dos últimos onze anos, indica que, no
ano 2012, quase 80.000 veículos estarão em circulação, dos quais 25%
motocicletas. Em 2001, as motos perfizeram 21,5% do total de 50.491
veículos.Esse aumento irá promover também o crescimento dos conflitos no
trânsito.

A implantação de corredores de tráfego, bem como a estruturação do


sistema viário, constitui-se no objetivo principal das recomendações desta proposta.

O resultado obtido com reestruturação do STPP/Caruaru,


desenvolvida ao longo dos últimos anos, foi a otimização da frota em movimento,
com o aumento da quilometragem por veículos do sistema de 1.263 km para
347.724km, dados comparativos dos anos 1977 e 2001, representando um fator de
expansão de 275%. Atualmente Caruaru possui um serviço de transporte coletivo
eficiente, abrangente e com reduzida espera. As modificações ainda necessárias
em algumas linhas, tais como subdivisão ou remanejamento do seu itinerário,
dependem de mudanças de trânsito ou abertura de novas vias de ligação no sistema
viário, além da definição dos corredores de transporte, considerando a definição dos
os eixos estruturadores.

O traçado morfológico de Caruaru, configurado por ruas estreitas com


traçado irregular, representa um empecilho na implantação de uma rede de vias
exclusivas para coletivos. O maior desafio para o Sistema de Transporte Público de
Passageiros de Caruaru é portanto, promover a integração de todas as linhas
urbanas numa rede, através de estações de transbordo em pontos estratégicos.

A utilização do trecho urbano da LInha Férrea para o transporte de


passageiros, ira permitir a interligação entre o modal rodoviário com o ferroviário,
viabilizando o deslocamento do passageiro, entre quaisquer paradas da cidade,
inclusive em áreas pouco atendidas, com um único bilhete.

Característica constante nas médias e grandes cidades, Caruaru


apresenta uma carência de áreas para estacionamento no centro da cidade. A
alternativa sugerida é o controle de estacionamento através do sistema Zona Azul,
onde há limitação de tempo de permanência variável, de acordo com a intensidade
da demanda.

53
PLANO DIRETOR DE CARUARU

3.2.5.2. Sistema Viário

As estruturas viárias são forte indutoras do crescimento urbano,


devendo promover de forma ordenada a segurança e a fluidez do tráfego, bem como
orientar a expansão/adensamento da cidade.

Para que se estabeleça a eficiência de sistemas viários urbanos, é


necessário determinar de que forma as vias devem ser tratadas e utilizadas,
resultando daí a sua hierarquização.

A Cidade de Caruaru, possui uma hierarquização viária definida pelo


Plano Diretor elaborado em 1977, onde encontram-se definidas as vias primárias,
secundárias, coletoras e locais.

O sistema viário de Caruaru, no entanto, se expandiu desarticulado


dessas recomendações. O adensamento e crescimento da área urbana nos últimos
vinte anos, inviabilizou a implantação das intervenções planejadas, demolindo a
hierarquia desejada.

Em 1984, a Prefeitura de Caruaru assumiu o gerenciamento do trânsito


da cidade, através da Diretoria de Transportes e Trânsito, que vem adotando
medidas paliativas e tentando promover melhorias na circulação.

Dentre os objetivos do Plano Diretor, a estruturação do sistema viário e


a atualização da hierarquia viária, além da melhoria na circulação, na segurança e
na fluidez do tráfego, compõe o conjunto de proposições essenciais para o
redesenho da cidade.

 A macroestrutura

A Macroestrutura Viária da cidade de Caruaru constitui-se basicamente


de três grandes eixos: dois no sentido Leste – Oeste – a BR 232 e a Linha Férrea e,
um no sentido Norte-Sul – a BR 104.Como elementos articuladores desses eixos
destaca-se o Anel Viário – Deputado José Liberato e o Sub-Anel Interbairros
(MAPA 11).

 A BR 232 – margeando a área urbana de Caruaru, consolida a posição


estratégica da cidade como Centro Urbano Regional do Agreste
Pernambucano.
 O Corredor Linha Férrea – utilizando a faixa preservada pela antiga
ferrovia, permite a implantação de um corredor exclusivo para transporte
de passageiros, possibilitando o deslocamento da população das áreas
residenciais localizadas ao leste da cidade, para ao Distrito Industrial na
zona oeste.
 A BR 104 – atravessa o núcleo urbano em toda a sua extensão norte-sul,
promove a articulação de Caruaru com as demais cidades da região,
principalmente os núcleos produtores de confecções.

54
PLANO DIRETOR DE CARUARU

 O Anel Viário Deputado José Liberato – contornando a área urbana da


cidade, possibilita convergências modais de transporte rodoviário,
ferroviário e aéreo.
 O Sub-Anel Interbairros – constituído basicamente, por vias existentes,
permite através de processos binários, a articulação dos bairros centrais
com as demais áreas da cidade.

 A Hierarquização Viária

A hierarquia proposta resgata a definição hierárquica do Plano Diretor


elaborado em 1977, promovendo a sua adequação à realidade atual e considerando
o crescimento urbano de Caruaru para os próximos 10 anos (MAPA 12).

 VIAS PRIMÁRIAS – são os eixos que compõem a Macroestrutura viária,


caracterizados por vias de elevada e média capacidade, com traçado
prioritariamente contínuo, e atendendo à mobilidade do tráfego.
 VIAS SECUNDÁRIAS – compreendem as vias que fazem conexão entre
bairros e sua ligação com o centro ou com vias primárias.
 VIAS COLETORAS – atendem ao tráfego originado das áreas de maior
densidade demográfica nos bairros, fazendo a ligação com as vias
primárias e secundárias.
 VIAS LOCAIS – compreendem todas as demais vias do município, que
não se encontram nas categorias anteriores.
 CICLOVIAS – são vias ou faixas destinadas a utilização específica de
bicicletas, podendo atender a usos específicos de lazer, quando
localizadas em parques.
 VIAS DE PEDESTRES – são aquelas destinadas ao uso prioritário de
pedestres, podendo atender ao lazer, pistas de cooper ou de passeio,
calçadões ou vias exclusivas.

55
PLANO DIRETOR DE CARUARU

4. GESTÃO DO PLANO

56
PLANO DIRETOR DE CARUARU

4. GESTÃO DO PLANO

No Diagnóstico do Plano Diretor de Caruaru, foram levantadas


limitações e inadequações dos órgãos e instrumentos de regulação da cidade, que
muitas vezes não têm conseguido acompanhar a dinâmica da realidade urbana,
impedindo uma atuação mais adequada e eficiente para o alcance dos seus
objetivos, razão porque devem ser objeto de reformulação e aperfeiçoamento.

Os problemas do uso do solo urbano em Caruaru estão associados a


vários e diferentes aspectos, destacando-se o elevado preço do solo para habitação,
acarretando a ocupação ilegal de terras; a ausência de uma legislação específica e
atualizada de regulação urbana como o plano diretor, zoneamento, leis de
parcelamento, códigos de edificação, etc., e a insuficiente capacidade gerencial da
administração, especialmente no que diz respeito ao planejamento e à gestão e
controle dos assentamentos urbanos.

Com efeito, a montagem da estrutura de gestão do Plano Diretor de


Caruaru está inserida em uma proposta mais ampla, que atende à demanda do
município por um sistema de planejamento permanente, adequado à sua realidade,
contínuo e respaldado num processo de participação.

4.1. OBJETIVOS

A Gestão do Plano Diretor tem como principal desafio combinar


flexibilidade com eficiência e eficácia na implementação das ações, o que exige
coordenação, responsabilidades compartilhadas e, principalmente, competência
gerencial para mobilizar e articular uma rede de relações institucionais.

A implementação das ações que compõem o Plano Diretor será gerida,


acompanhada e avaliada através de um conjunto de organismos que se organizam e
articulam, formando uma estrutura institucional que explicita a distribuição de
responsabilidades do Município (e suas diversas instituições) e dos atores sociais
nessas diversas atividades.

O modelo de gestão do Plano Diretor tem os seguintes objetivos:

 Assegurar a implementação eficiente - com economia de meios -


eficaz - cumprimento e realização de metas - e efetiva das
transformações que levam ao desenvolvimento equilibrado do
Município de Caruaru;

 Criar um processo permanente e articulado de execução e


acompanhamento das ações, de modo a assegurar velocidade de

57
PLANO DIRETOR DE CARUARU

ajustes e retificações da estratégia e dos projetos propostos no


Plano Diretor;

 Promover a articulação e a sinergia das iniciativas e ações nas


diversas áreas e instâncias públicas e privadas em torno das
melhorias no território do município e na qualidade de vida de sua
população.

4.2. DIRETRIZES

O Modelo de Gestão do Plano Diretor baseia-se em um conjunto de


diretrizes voltadas para a democratização das decisões e para a eficientização das
ações de melhoria do ambiente natural e construído do município e da qualidade de
vida da população.

 Participação e Co-responsabilidade - Garantir a participação das várias


instâncias de governo e dos diferentes segmentos da população do
município na gestão do seu território, assegurando a responsabilidade
coletiva pelos resultados e apostando nas parcerias

 Coordenação das Ações - Definir processos e articulações entre os


vários entes participantes assegurando a convergência e a sinergia das
ações propostas pelo Plano Diretor.

 Flexibilidade e Negociação - Adotar uma postura flexível e negociadora


na gestão e regulação do uso e ocupação do solo, considerando as
especificidades e as necessidades dos grupos sociais mais pobres;

 Capacitação Técnica e Gerencial - Promover o fortalecimento dos


órgãos responsáveis pelas atividades de planejamento e gestão e a
capacitação técnica e gerencial dos seus recursos humanos,
particularmente na área de controle urbano e ambiental;

 Modernização Administrativa - Modernizar os instrumentos de


administração e gestão do territorial municipal, inclusive os instrumentos
técnicos de gestão do espaço.

4.3. MODELO DE GESTÃO

O Estatuto da Cidade, no Inciso III do Art. 42, preconiza a proposição,


já no Plano Diretor, de uma estrutura de Acompanhamento e Controle da sua
implementação. Assim, propõe-se para a Prefeitura de Caruaru a criação de um
Modelo de Gestão do Plano Diretor cujo objetivo específico será o Monitoramento e
Controle da Implementação do Plano Diretor.

Esse Modelo de Gestão Urbana será composto de cinco elementos


básicos que serão integradores da Administração Municipal no esforço de
58
PLANO DIRETOR DE CARUARU

implementação do Plano Diretor. Estes elementos estão descritos abaixo e


indicados esquematicamente na Figura 1.

 Secretaria de Desenvolvimento Urbanístico e Ambiental – SEPLAN

Essa secretaria funcionará como a instituição de articulação,


negociação e formulação de programas e projetos urbanos e ambientais decorrentes
do Plano Diretor, assim como pela coordenação interna das demais atividades
referentes à implementação das ações propostas no Plano. Deverá ter unidades
voltadas para as seguintes atividades:

 Produção de planos, programas e projetos urbanísticos e ambientais


de caráter municipal;
 Planejamento e Gestão das ações de regularização fundiária e
elevação das condições de habitabilidade das Zonas Especiais de
Interesse Social;

 Coordenação do Sistema de Informações Municipais, cujo objetivo é a


produção e difusão de informações urbanas e ambientais por todas as
Secretarias Municipais, visando o Planejamento Urbano, o
monitoramento das estruturas urbanas e ambientais e o
acompanhamento da Implementação do Plano Diretor;

 Controle urbano e ambiental, que será responsável pelas atividades de


licenciamento e fiscalização do uso e da ocupação do solo e
monitoramento da conservação das estruturas urbanas e ambientais;

 Desempenho das funções de Secretaria Executiva do Conselho de


Desenvolvimento Urbano e Ambiental – CDU e Secretaria Executiva do
Comitê de Gestão do Plano Diretor – COMGEST.

 Conselho de Desenvolvimento Urbanístico e Ambiental – CDU

Visando reestruturar e ampliar os espaços de negociação e decisão


política, conforme orientação do Estatuto da Cidade, o CDU se constitui no órgão
superior de decisão sobre questões urbanísticas e ambientais no município. É o
órgão central de articulação e mobilização externa do processo geral de execução,
acompanhamento, avaliação e controle do Plano Diretor.

O CDU tem como funções principais:

 Deliberar, no âmbito do poder executivo, sobre os processos de


elaboração, atualização, acompanhamento, avaliação e controle do
Plano Diretor e da Lei de Uso e Ocupação do Solo do Município,
formulando proposições para sua revisão e reformulação;

 Fiscalizar a aplicação e a gerência do Fundo de Desenvolvimento


Urbanístico;

59
PLANO DIRETOR DE CARUARU

 Participar na elaboração dos PPAs e dos Orçamentos Anuais do


Município.

O CDU será composto de 24 (vinte e quatro) membros conselheiros e 1


(um) presidente. Cada conselheiro terá um suplente que o representará em caso de
falta ou impedimento. Nenhum conselheiro ou suplente poderá receber remuneração
de qualquer natureza por esta condição.

A composição será feita por 2 grupos de 12 membros:

 Sociedade civil, incluindo representantes das classes produtoras (4),


entidades profissionais e sindicatos (4), associações comunitárias e
ONGs (4);
 Poder Público, incluindo 10 entidades governamentais, das três
esferas atuantes no Município de Caruaru e 2 representantes do
Legislativo Municipal.

A estrutura organizacional do CDU é composta da Presidência,


exercida pelo Secretário de Planejamento Urbanístico; Pleno, composto de todos os
conselheiros; e Secretaria Executiva, exercida por um dos Diretores de Secretaria de
Planejamento Urbanístico, que também é suplente do Presidente.

Na condição de parte estratégica do sistema de planejamento


municipal, o CDU poderá convidar o Prefeito do Município, uma vez a cada semestre
e, uma vez a cada trimestre, qualquer Secretário Municipal, para prestar
informações e esclarecimentos e apresentar relatórios de atuação da Prefeitura ou
Secretaria sobre as ações propostas no Plano Diretor.

O CDU deverá reunir-se uma vez a cada mês em sessão ordinária e,


extraordinariamente, quando convocado pelo Prefeito ou pelo seu Presidente, ou por
1/3 dos Conselheiros. Das reuniões serão lavradas atas, arquivadas
cronologicamente, para efeito de controle e registro das deliberações sobre as
matérias em discussão.

As reuniões serão realizadas com a maioria simples dos Conselheiros,


sendo vedada representação por terceiros, salvo os suplentes. As deliberações
serão tomadas por votação mínima de 2/3 dos Conselheiros.

As reuniões do Pleno do CDU serão abertas ao público. Nelas,


somente os Conselheiros Titulares terão direito a voto e voz. Os suplentes terão
direito apenas a voz, quando não estiverem substituindo os seus titulares.

 Comitê de Gestão do Plano Diretor - COMGEST

O COMGEST tem a função de acompanhar internamente à Prefeitura a


implementação do Plano Diretor. Deverá ser presidido pelo Secretário de
Planejamento Urbanístico e Ambiental e terá como Secretaria Executiva a Diretoria
que desempenha a função de Secretaria Executiva do CDU.

60
PLANO DIRETOR DE CARUARU

O COMGEST será composto por servidores das diversas secretarias


Municipais que compõem a administração municipal (1 membro por Secretaria). Os
membros do COMGEST têm as seguintes atribuições:

 Garantir a produção e difusão das informações do SIM;


 Monitorar e avaliar e controlar a implementação das ações do Plano
Diretor na sua Secretaria;
 Implementar os Projetos Institucionais de responsabilidade do
COMGEST.

 Sistema de Informações Municipais – SIM

O funcionamento do Modelo de Gestão do Plano Diretor, com


agilidade, eficiência e orientação para resultados, requer a montagem de um sistema
de informações, técnicas e gerenciais, informatizado e integrado que permita o
acesso e a troca de dados e informações em tempo real sobre o andamento, o
desempenho e os resultados das ações. Este sistema constitui a principal
ferramenta e o suporte gerencial para o processo de acompanhamento e avaliação
do Plano Diretor.

Assim, propõe-se que a gestão, o acompanhamento e a avaliação da


implementação do Plano Diretor estejam baseados no Sistema de Informações
Municipais - SIM. Esse sistema deverá viabilizar o monitoramento das ações
implementadas pelas Secretarias Municipais, contando com subsistemas específicos
para temas especiais - a exemplo de questões urbanísticas e ambientais como o uso
do solo nas escalas municipal e urbana, conservação ambiental e de áreas de risco.

 Fundo de Desenvolvimento Urbanístico e Ambiental – FDMA

O Fundo será administrado pela Prefeitura Municipal de Caruaru e


gerido pela Secretaria de Desenvolvimento Urbanístico e Ambiental, sob a
fiscalização do Conselho de Desenvolvimento Urbanístico e Ambiental. Os recursos
para o desempenho das atividades serão oriundos das seguintes receitas:

 Valores em dinheiro decorrentes de arrecadação da indenização pela


outorga onerosa do direito de construir;
 Receitas decorrentes das cobranças de multas, por infração à
legislação urbanística municipal;
 Receitas provenientes da aplicação financeira dos seus próprios
recursos;
 Receitas provenientes da arrecadação de taxa de utilização dos
espaços públicos por concessionárias de serviços;
 Outros recursos e rendas que lhe sejam destinados.

Os recursos do Fundo serão aplicados de acordo com o Plano Anual


específico, a ser aprovado juntamente com a Proposta Orçamentária.

61
PLANO DIRETOR DE CARUARU

Figura 1 – Modelo de Gestão do Plano Diretor

CDU

FDUMA SIM

SEDUMA/
COMGEST

Sec 1 Sec 2 Sec 3 Sec 4 Sec n

Para garantir a gestão democrática e eficiente do Município, além dos


instrumentos acima explicitados, o Modelo de Gestão do Plano Diretor deverá contar
com outros instrumentos de gestão, como os sugeridos pelo Estatuto da Cidade,
dentre os quais destacamos:

 Órgãos Colegiados de políticas públicas;


 Audiências Públicas

62
PLANO DIRETOR DE CARUARU

5. RECOMENDAÇÕES

63
PLANO DIRETOR DE CARUARU

5. RECOMENDAÇÕES

O desenvolvimento de um território é determinado fundamentalmente


pela dinâmica que move os atores sociais, ambientais e econômicos.

Nesse sentido, o Município de Caruaru deverá adotar um conjunto de


ações que atuarão como orientadores e balizadores do seu crescimento visando,
sobretudo, a qualidade de vida e o bem estar da população. Esse conjunto de
recomendações e propostas de intervenção estão em sintonia com as diretrizes do
Plano Diretor, realçando a aplicabilidade dos seus objetivos, na forma estruturada e
indicada a seguir:

5.1. NA DIMENSÃO SÓCIO-CULTURAL

a) Incentivar o modelo de orçamento participativo na alocação dos


recursos destinados ao atendimento das demandas emergenciais das
comunidades.

b) Criar estratégias de incentivo à participação da cidadania, melhorando


o funcionamento operacional dos Conselhos Municipais, investindo na
capacitação dos Conselheiros e divulgando, na comunidade, os
resultados das ações desenvolvidas nestes órgãos.

c) Implantar, no município, uma política ativa de geração de emprego


articulado as secretarias fins da Prefeitura, com os programas sociais
desenvolvidos pela Secretaria de Ação Social e com as atividades de
promoção econômica da Prefeitura.

d) Promover a adaptação permanente do conteúdo temático dos


currículos escolares às condições econômicas, sociais e culturais
específicas do município.

e) Desenvolver, no âmbito da Secretaria de Educação, ações integradas


voltadas para a diminuição das taxas de reprovação e de evasão
escolar.

f) Reforçar os programas de Alfabetização de Adultos, especialmente


entre os chefes de família que residem no meio rural.

g) Articular, junto ao Governo Federal, com o apoio do Governo do


Estado, a possibilidade de transferência do Campus da Universidade
Federal Rural de Pernambuco, do município de Recife, para o
município de Caruaru.
64
PLANO DIRETOR DE CARUARU

h) Priorizar, continuadamente, as ações preventivas de saúde pública,


através da cobertura integral do Programa de Saúde da Família,
principalmente na zona rural do município.

i) Promover a ampliação e melhoria da qualidade da rede pública de


saúde do município e apoiar iniciativas privadas de instalação de novos
equipamentos de saúde, para o atendimento das demandas geradas
nos municípios localizados no seu entorno territorial.

j) Promover no âmbito da Secretaria de Educação da Prefeitura, a


inserção no currículo escolar de conteúdos culturais vinculados às
raízes e aos valores culturais do município.

k) Estimular a renovação e a melhoria de qualidade da produção


artesanal de Caruaru.

l) Estabelecer um programa de ocupação intensiva dos principais


espaços culturais do município.

m) Promover e apoiar iniciativas de uso econômico – principalmente no


setor turístico - do acervo cultural do município.

n) Promover ações de sensibilização e de capacitação dos recursos


humanos alocados nas Secretarias fins, em parceria com o Programa
BNDES/PNUD ou com outras instituições que adotem metodologias de
gestão participativa.

5.2. NA DIMENSÃO AMBIENTAL

a) Implantar regulamentação específica para as áreas de proteção


ambiental, definidas pelo Código Florestal, que representam um
patrimônio natural de raro valor para a preservação da biodiversidade
do município, indicadas no MAPA 05.

b) Incentivar a correta utilização dos diversos solos buscando a melhoria


da produção (MAPA 04).

c) Aumentar a oferta de áreas verdes e de lazer através da implantação


de Parques Urbanos, sobretudo nas Margens do Rio Ipojuca.

d) Elaborar o Plano Municipal de Desenvolvimento Rural Sustentável –


PMDRS;

e) implantar um controle eficaz da poluição ambiental através de


levantamento e identificação das fontes poluidoras do município,
principalmente às vinculadas ao Rio Ipojuca.

65
PLANO DIRETOR DE CARUARU

f) Fortalecer as instituições, implantar instrumentos de gestão para


preservação e conservação dos recursos naturais e promover
programas de educação ambiental.

g) Universalizar a oferta de serviços de Saneamento Básico (distribuição


d’água, esgotamento sanitário e drenagem), visando a redução da
poluição hídrica e das endemias.

h) Priorizar as ações de distribuição d’água considerando o crescimento


vegetativo e econômico do município para os próximos 20 anos, bem
como promover o monitoramento qualitativo e quantitativo da água nos
reservatórios municipais.

5.3. NA DIMENSÃO ECONÔMICA

a) Promover o desenvolvimento dos setores industriais cujas atividades


permitam o uso de tecnologias “intensive trabalho”, como calçados,
cerâmica e outros, em padrões similares aos adotados no
desenvolvimento do setor de confecções.

b) Implantar o Pólo Industrial e de Serviços contemplando o setor Químico


e Farmacêutico,o setor Metal-mecânico, o setor Elétrico-eletrônico e o
Porto Seco de Caruaru.

c) Fortalecer e ampliar as feiras de Gado e de animais exóticos e, ampliar


o raio de ação do Parque de Exposição de Animais.

d) Relocar o matadouro industrial público, atribuindo-lhe funções


regionais.

e) Articular com o Poder Público Estadual e Federal a implantação de um


Centro Administrativo Regional, com a descentralização, para Caruaru,
de atividades públicas até hoje desenvolvidas na capital do estado
(órgãos de planejamento estadual, delegacias regionais de órgãos
federais etc).

f) Promover e/ou apoiar a implantação de culturas alternativas, com


demanda crescente no mercado, como flores, frutas, produtos
orgânicos e outros, incentivando a prática da agricultura familiar.

g) Universalizar, para o conjunto de pecuária local, a modernização


tecnológica ocorrida em alguns dos seus segmentos, apoiando a
introdução de novos padrões tecnológicos na agricultura local.

h) Promover e apoiar a renovação da produção do artesanato e a


melhoria dos seus padrões de qualidade.

i) Elaborar o Plano de Desenvolvimento Turístico de Caruaru.

66
PLANO DIRETOR DE CARUARU

j) Ampliar e diversificar a oferta de produtos turísticos do município,


diminuindo a atual dependência do setor em relação aos visitantes de
eventos.

k) Utilizar o produto mais forte do município – as manifestações folclóricas


- com maior freqüência, mesmo que em escala reduzida, nos pacotes
turísticos de convenções ou de outra espécie.

l) Fortalecer o órgão de gestão turística do município e dotá-lo dos


instrumentos necessários para levantar e sistematizar as informações
turísticas do município, assim como para realizar a sua promoção nos
mercados turísticos estadual, regional e nacional.

5.4. NA DIMENSÃO URBANA

5.4.1. No território municipal

a) Promover melhorias no Sistema Viário Principal, visando maior


integração das diversas áreas do município e a otimização do
escoamento da produção e da circulação de mercadorias, bem como
dos transportes coletivos.

b) Elaborar Plano de Desenvolvimento Sócio-econômico para o município


visando a identificação e o incentivo ao crescimento de novas
nucleações vinculadas à atividade econômica, em especial à produção
de confecções.

c) Desenvolver traçado alternativo da Ferrovia Transnordestina, liberando


o trecho urbano para uso por transporte coletivo.

5.4.2. No núcleo urbano

a) Elaborar normas urbanísticas básicas – parcelamento; uso e ocupação


do solo; edificações; posturas e estética urbana – de modo a assegurar
um referencial atualizado e integrado, em termos de contexto urbano
para nortear a intervenção sobre o espaço por parte dos agentes
privados e públicos;

b) Desenvolver ações articuladas visando o atendimento e a cobertura da


área urbana por serviços de infra-estrutura (saneamento básico,
pavimentação e iluminação pública).

c) Regulamentar as áreas especiais de interesse social, para


normatização e gestão específica de áreas de favelas e loteamentos
irregulares consolidados;

d) Elaborar Plano Setorial de Circulação e Transportes, tomando como


premissa a utilização do trecho ferroviário urbano como corredor
exclusivo de transporte coletivo;
67
PLANO DIRETOR DE CARUARU

e) Implantar plano de intervenções e melhoria no sistema viário;

f) Elaborar projeto de pesquisa e identificação de edifícios isolados de


reconhecido valor histórico e cultural, visando a elaboração de
legislação específica de preservação;

g) Elaborar planos e projetos específicos para as Zonas de Proteção


Cultural, Ambiental, ZEIS e Zonas de Restrição do Aeroporto.

5.4.3. Na área de Transportes

A seguir, apresenta-se recomendações para a Elaboração do Plano


Diretor de Transportes, itemizadas por áreas de atuação:

a) Promover, em parceria com as diversas mídias, campanhas


educativas, sobre os efeitos do álcool e da velocidade no trânsito.

b) Implantar fiscalização eletrônica ao longo dos corredores, e nas


avenidas com semáforos sincronizados, objetivando garantir uma
velocidade constante ao tráfego principal.

c) Elaborar estudos para implantação de uma estação de transbordo


centralizada na área da Estação Ferroviária, objetivando integrar todas
as linhas urbanas que passam pelo atual terminal de ônibus localizado
em frente à Estação.

d) Elaborar estudos para o aproveitamento da faixa de domínio da linha


férrea entre COHAB III e Alto do Moura para a implantação de um
sistema de transporte de massa em via fixa com veículos leves. O
novo sistema deve ser integrado às estações de transbordo na Estação
Ferroviária, nos anéis interbairros e no futuro Anel Viário Deputado
José Liberato.

e) Implantar terminais de bairro em todas as linhas urbanas, além de


sinalização vertical e horizontal, de acordo com a orientação do Código
de Trânsito Brasileiro, nas 550 paradas de ônibus existentes na cidade.

f) Implantar, a curto prazo, um novo percurso para os ônibus e lotações


intermunicipais que trafegam pelo Centro.

g) Estudar a possibilidade de ativar o terminal de ônibus distrital e de


lotações intermunicipais e da zona rural, no Parque Dezoito de Maio.

h) Definir em conjunto com os taxistas e a comunidade locais para


implantação de pontos de taxi.

i) Elaborar estudos para implantar o sistema Zona Azul de


estacionamento na área central.

68
PLANO DIRETOR DE CARUARU

69
PLANO DIRETOR DE CARUARU

5.4. 3. Programas urbanísticos

O ordenamento do núcleo urbano, através do macrozoneamento, aponta para o desenvolvimento de programas e


projetos, ancorados nas diretrizes para a dimensão urbana destacando-se: a infra-estrutura existente e projetada, a melhoria da
qualidade da paisagem e a sustentabilidade sócio-cultural (MAPA 13).

PROGRAMAS PROJETOS
DIRETRIZES AMBIENTAL Parque do rio Ipojuca;
Tem por objetivo o equilíbrio Cinturão Verde do Anel Viário;
ambiental, preservando, Preservação da paisagem dos Morros;
INFRA-ESTRUTURA GESTÃO recuperando e monitorando as Saneamento básico.
PARTICIPATIVA áreas e paisagens naturais

HABITACIONAL ZEIS Morro do Bom Jesus;


Promover a melhoria das Reassentamentos João Mota / Salgado /
condições de moradia da Vassoural.
população menos favorecida.

QUALIDADE DA
ACESSIBILIDADE Plano de melhorias viárias;
PAISAGEM Garantir a plena mobilidade na Qualificação de corredores estruturais de
cidade através da interligação e transporte;
hierarquização de vias e
corredores.

VALORIZAÇÃO DOS Alto do Moura;


PÓLOS CULTURAIS Morro do Bom Jesus;
Pátio Luiz Gonzaga
Dinamizar os espaços culturais
SUSTENTABILIDADE desenvolvendo atividades
SÓCIO-CULTURAL turísticas e apoiando a cultura
local.
QUALIFICAÇÃO DE Eixo urbano BR 104;
ESPAÇOS PÚBLICOS Parque 13 de Maio;
Renovação do Centro;
Melhorar a qualidade dos locais
Recomposição do Verde Urbano;
de encontro da população,
promovendo o convívio coletivo.

Em consonância com os planos propostos, seguem-se diretrizes para a elaboração de projetos estratégicos:
70
PLANO DIRETOR DE CARUARU

 Parque do Rio Ipojuca

Localização: Margens do rio Ipojuca, inseridos no perímetro urbano.


Caracterização: No trecho urbano, as margens do Rio Ipojuca encontram-se
parcialmente ocupadas, sobretudo a leste da BR 104, desrespeitando a legislação
ambiental de proteção dos cursos d´água e agravando o problema da poluição.
Encontram-se ainda trechos desocupados com a possibilidade de criação de áreas
de amenização da paisagem.
Objetivo: dotar o núcleo urbano de Caruaru de áreas verdes, de amenização e de
lazer, concentrados e articulados entre si, promovendo o tratamento e a recuperação
da paisagem do rio Ipojuca e a despoluição de suas águas.
Diretrizes:
- Elaboração de projeto específico para instalação de parques urbanos, nas
quatro grandes áreas livres abaixo indicadas,
- Programa básico para os parques – parques infantis, áreas de lazer
contemplativo, pistas de Cooper, bicicross, ciclovias, espaço para ginástica /
patinação, espaço para educação ambiental, sanitários públicos;
- Recompor, onde couber, a mata ciliar;
- Implementar projeto de arborização;
- Remoção de edificações localizadas na faixa non edificandi, estabelecida por
lei, especialmente as pocilgas e criadouros de animais;
- Criação de elementos de articulação entre os parques, consolidando a área
non aedificandi, tais como ciclovias e pistas de Cooper;
- Busca de parcerias com o setor privado para elaboração, implantação e
gestão de projetos.

71
PLANO DIRETOR DE CARUARU

 Cinturão Verde do Anel Viário

Localização: Ao longo do anel viário Deputado José Liberato, do lado oposto à área
urbana ocupada.
Caracterização: Área desocupada na sua quase totalidade.
Objetivo: dotar a área urbana de um cinturão verde de amenização do clima e da
paisagem.
Diretrizes:
- Criar uma faixa contínua de vegetação ao longo de todo o anel;
- Definir, sempre que possível e próximo às áreas residenciais, espaços de
maior porte que permitam a instalação de parques;
- Utilizar a vegetação nativa e referências culturais locais;
- Respeito às características do solo com relação à implementação da
vegetação.

 Preservação da paisagem dos morros

Localização: situados a oeste da pista do aeroporto e formações serranas ao norte


da via férrea, no limite leste da área urbana.
Caracterização: Áreas ainda desocupadas, com topografia diferenciada por
elevações, vegetação e paisagem natural.
Objetivo: Combinar a preservação dos morros com a utilização das áreas pela
população e visitantes, através de atividades de lazer ecológicas e educação
ambiental.
Diretrizes:
- Garantia da preservação da vegetação natural;
- Manutenção das áreas desocupadas sem qualquer tipo de ocupação;
- Incentivo às atividades ecológicas e turísticas, compatíveis com a proteção da
paisagem.

 Saneamento básico

Localização: áreas sem saneamento básico, na macrozona de consolidação e


estruturação urbana.
Caracterização: Áreas não servidas por esgotamento sanitário, abastecimento d
´água e coleta de lixo.
Objetivo: Dotar toda a área urbana de infra-estrutura básica, visando melhores
condições de saúde e conforto ambiental.
Diretrizes:
- Implantação prioritária na ZR 1, considerando os projetos já elaborados;
- Promoção de parcerias com o setor privado, especialmente o industrial, no
sentido de implantar a infra-estrutura de saneamento básico.

72
PLANO DIRETOR DE CARUARU

 ZEIS Morro do Bom Jesus

Localização: Parte do Morro do Bom Jesus, principalmente a área voltada para


leste.
Caracterização: Extensa área habitacional ocupada de forma irregular, com grande
parte das edificações em alvenaria, em precárias condições de habitabilidade.
Objetivo: Consolidar a ocupação inserindo-a no traçado urbano do entorno, dotando
a área de infra-estrutura urbana e melhorando o nível das habitações.
Diretrizes:
IGREJA
- Regularização da BR 104 ÁREA DE INTERVENÇÃO
posse da terra;
- Implantação de
infra-estrutura,
equipamentos
urbanos e áreas
verdes;
- Melhoria de
acessos.

RIO IPOJUCA

 Reassentamentos João Mota, Salgado e Vassoural

Localização: - João Mota: Área crítica situada no bairro João Mota, à oeste da BR
104;
- Salgado: Área crítica situada em pequena elevação no bairro do
Salgado, à leste da BR 104;
- Vassoural: Áreas críticas conhecidas como Bonança e Salgadinho,
situadas às margens de córregos no bairro de Vassoural.
Caracterização: - João Mota: é uma ocupação irregular, de pequena dimensão,
com grande número de habitações em alvenaria, ao longo da faixa de domínio da
ferrovia.
Salgado: é um pequeno grupo de habitações caracterizadas pela utilização de
materiais improvisados, localizado em área de risco.
Vassoural: é um pequeno grupo de habitações caracterizadas pela utilização de
materiais improvisados, localizado em área non aedificandi.
Objetivo: Relocar as famílias de baixa renda que ocupam habitações inadequadas,
em área de risco, para áreas urbanizadas e de fácil acesso, inseridas na macrozona
de consolidação e estruturação urbana.
Diretrizes:
- A área identificada para relocação deverá, prioritariamente, estar próxima à
ocupação atual, dotada de infra-estrutura básica, sendo observados o preço
da terra, constante da Planta de Valores;
- O plano de ocupação atenderá aos parâmetros definidos para ZEIS.
73
PLANO DIRETOR DE CARUARU

 Plano de melhorias viárias

Localização: Toda a macrozona de consolidação e estruturação urbana, com


ênfase para a área central.
Caracterização: Pontos de conflito da circulação de veículos e de pedestres.
Objetivo: Melhorar a articulação viária potencializando a malha existente e
promovendo o melhor fluxo de automóveis de passeio e de carga, priorizando o
transporte coletivo e a circulação de pedestres.
Diretrizes:
- Estabelecimento de uma visão programática com intervenções de curto,
médio e longo prazo;
- Tratamento diferenciado da área central considerando a sua capacidade de
atração em relação ao restante da cidade.
- Especial atenção aos acessos à feira da Sulanca;
- Incentivo à utilização de vias com infra-estrutura ociosa.
Indicações de projetos específicos:
As intervenções propostas para o sistema viário de Caruaru, estão
espacializadas e distribuídas temporalmente em três níveis de prioridades – curto,
médio e longo prazo. A ordem de prioridade levou em consideração a urgência na
resolução do problema, o grau de dificuldade e as oportunidades apresentadas
(MAPA 14).

Destaca-se, a seguir, quatro intervenções que isoladas e/ou em


conjunto darão início à estruturação viária e a melhoria da circulação de veículos em
Caruaru.

 Anel Viário – Deputado José Liberato

O anel viário, proposta da atual gestão, constitui-se de uma via de contorno


da área urbana de Caruaru, tem início a leste da cidade na intersecção com a
BR 232 (atualmente em obras), segue contornando o bairro de Indianópolis,
promovendo a primeira interligação com a Linha Férrea, continua margeando
o bairro do Salgado até se confundir com a PE 95 e encontrar a BR 104,
segue contornando os bairros de Nova Caruaru e Boa Vista até encontrar o
Aeroporto e novamente a Linha Férrea e o Distrito Industrial, possibilitando o
acesso ao Alto do Moura e finalmente encontrar a BR 232.

O seu traçado promove a articulação da cidade com as áreas de expansão,


adicionando condição de acessibilidade às vocações e tendências locais.

A confluência de corredores e vias otimiza oportunidades, o traçado do anel


apresenta quatro convergências modais de transporte rodoviário e ferroviário
e, uma com rodoviário, ferroviário e aéreo.

74
PLANO DIRETOR DE CARUARU

 O Anel Interbairros

Os atuais estrangulamentos nos bairros ocorrem em função da falta de vias


perimetrais adequadas para atender as demandas de tráfego entre bairros. As
vias são estreitas, com fluxos de tráfego em mão dupla de baixa capacidade,
além da concentração de movimentos de veículos em cruzamentos
inadequados.

Com base nos estudos elaborados, anteriormente, na preparação de Planos


Funcionais de Circulação, foi realizado um trabalho de unificação e
complementação visando a inserção no Plano Diretor. O resultado é uma
ampla rede de vias de tráfego, a maioria em forma de binário, podendo ser
implantada por etapas, de acordo com a disponibilidade dos recursos
financeiros do município, e sempre considerando as necessidades de fluidez
do trânsito.

A implantação do anel interbairros e suas ligações em binário são da maior


importância para Caruaru, pois oferecerá novas opções de acesso seguro e
de alta capacidade a áreas da cidade, carentes de acessibilidade,
notadamente os bairros do Vassoural, Santa Rosa e Salgado. O benefício
sócio-econômico para os moradores dessas áreas de alta densidade
populacional será imediato, bem como a eliminação dos estrangulamentos. O
sistema de binários interligados garante a manutenção, no futuro, da alta
capacidade, fluidez e segurança do conjunto, em função das condições ideais
para o controle dos cruzamentos simplificados através de semáforos
sincronizados, operando em onda verde.

 O Acesso ao Parque 18 de Maio

Em dias de Feira Livre e Feira da Sulanca, a grande demanda de veículos em


direção à Ponte Aristides Veras, o principal acesso ao lado do Colégio
Sagrado Coração, tende a sobrecarregar as vias do centro da cidade. Os
fluxos intensos causam sérios estrangulamentos nas ruas estreitas de Duque
de Caxias, Vidal de Negreiros e na sua convergência na Travessa 13 de Maio
até a Ponte. Esse tráfego oriundo dos bairros, e das BR 232 e 104 deve ser
direcionado ao Parque 18 de Maio sem passar por essas estreitas ruas
centrais, para tanto, é necessário implantar novos acessos dos lados oeste e
leste, propostos a seguir:

- Lado oeste: prolongamento da Avenida Paralela pela rua Deputado José


Bezerra Alves em sentido único, e construção de uma nova travessia do
Rio Ipojuca com implantação de uma rótula de distribuição na curva do
lado da Casa dos Pobres. Retorno pela Ponte da Amizade e rua Marcílio
Dias.

- Lado leste: prolongamento da rua General Osório pelo terreno da antiga


favela Motor de Luz em sentido único, e construção de uma nova travessia
do Rio Ipojuca. Continuação do traçado ao longo da via de ao lado do
canal e seu prolongamento para uma nova via entre a Maçonaria e os

75
PLANO DIRETOR DE CARUARU

fundos do SESC, passando em frente à Casa Rosa (antigo matadouro) até


a Avenida José Lourival da Silva. Retorno pela Avenida Rui Limeira (em
binário) e sua continuação pela rua Antônio Martins.

- Implantação de uma via beira-rio (com sentido único à jusante) margeando


o Parque 18 de Maio entre o acesso à Ponte Aristides Veras e a curva no
acesso à Casa da Cultura, e sua continuação pela Travessa Antônio
Martins até a rua do mesmo nome.

Essas intervenções oferecem duas novas opções de acesso às Feiras, promovendo


um melhor ordenamento na circulação do tráfego.

 Melhorias no Centro

A difícil circulação de veículos na área central de Caruaru reflete a


convergência das vias radiais secundárias, que são utilizadas como elemento
de ligação e rota de passagem entre os diversos bairros.

As intervenções propostas procuram minimizar esses conflitos, criando


alternativas de circulação e interligação entre os bairros.
No sentido sul-norte, o tráfego passa pela rua Vigário Freire, juntamente com
o tráfego leste-oeste, como alternativa propõe-se a implantação de uma via de
ligação em linha reta, com três faixas de largura e 200m de extensão, entre a
rua Minas Gerais, a partir dos fundos da igreja do Rosário, e a rua Júlio de
Melo.

Essa obra viária absorverá todo o tráfego de passagem da Avenida José


Rodrigues de Jesus e dos Guararapes em direção ao norte da cidade, e boa
parte do tráfego em direção ao oeste, que atualmente passa pelas ruas
Duque de Caxias e Leão Dourado e que será desviado pela Avenida Rui
Barbosa. De todas as recomendações sobre o sistema viário de Caruaru,
esta recomendação é considerada como da mais alta prioridade.

Com a concentração do tráfego neste novo corredor sul-norte, será


fundamental manter um fluxo contínuo de veículos através da sincronização
dos semáforos, bem como as interseções livres de congestionamentos,
propõe-se complementarmente:

- Alargamento da rua Nunes Machado, em uma faixa, no lado da Praça e da


Igreja do Rosário, para acomodar o fluxo de veículos proveniente dos
Guararapes antes do novo giro à esquerda, nos fundos da igreja. O atual
giro à esquerda na frente da igreja ficará obsoleto, podendo o leito da via
ser anexado à praça ou utilizado, em parte, como acesso à igreja.

- No projeto de urbanização da Estação Ferroviária, deve-se manter uma


faixa de reserva para alargamento da rua Frei Caneca, em uma faixa,
entre o quartel do Exército e o giradouro Major Clementino, bem como
para um retorno à Praça Silva Filho.

76
PLANO DIRETOR DE CARUARU

- Alargamento da rua Cleto Campelo, em uma faixa, no lado da Estação


Ferroviária, entre esta e o cruzamento com a rua Capitão Velho, bem
como prolongamento da rua Mestre Pedro atravessando a Estação até rua
Silvino Macedo.

- Otimização da Avenida Rui Barbosa com a implantação de novos retornos


e travessias, tornando-a o principal corredor de distribuição de tráfego
proveniente do oeste da cidade.

- Implantação da Radial Leste de acordo com as etapas indicadas no mapa


de proposições, a partir da rua Cleto Campelo até o entroncamento com o
Anel Viário no Cedro.

- Implantação do prolongamento da rua Dácio Spósito de Lima (Travessa


Porto Alegre), interligando as Praças Nova Euterpe e Maciel Pinheiro às
ruas Augusto e 27 de Janeiro, além de possibilitar a humanização da rua
Duque de Caxias e Praça Henrique Pinto.

 Qualificação de corredores troncais de transporte

Localização: Anel viário José Liberato, sub anel inter-bairros, BR 104 e corredor ao
longo da via férrea.
Caracterização: Vias existentes ou propostas, com capacidade de circulação de
transporte coletivo, ligando pontos estratégicos, isto é, áreas residenciais aos
principais locais de trabalho ou permitindo o escoamento da produção econômica
local.
Objetivo: Garantir a priorização da circulação do transporte público de passageiros
e o de cargas, com qualidade, sem comprometer a infra-estrutura viária, prevendo o
atendimento da demanda futura.
Diretrizes:
- Atendimento equânime da demanda de circulação de transporte coletivo em
toda a área urbana;
- Garantia do escoamento da produção do Distrito Industrial e atividades afins;
- Tratamento diferenciado para os corredores, com relação ao mobiliário
urbano, à iluminação e à instalação de canteiros centrais e vias locais;
- Possibilidade de adoção de um sistema de transporte inter-modal articulado.

77
PLANO DIRETOR DE CARUARU

 Alto do Moura

Localização: situa-se no extremo oeste do núcleo urbano de Caruaru, dispondo de


bom acesso.
Caracterização: O Alto do Moura tem papel de destaque na formação da imagem
simbólica de Caruaru. O núcleo guarda ateliês de artesãos, os museus do Mestre
Vitalino e do Mestre Galdino, e habitações pitorescas. Porém, vem se expandindo
sem qualquer controle ou ordenamento, colocando em risco a manutenção de suas
características originais.
Objetivo: Preservar e valorizar o conjunto urbano e a produção de artesanato,
incentivando a instalação de usos e equipamentos que apóiem o artesão e
dinamizar a cultura local.
Diretrizes:
- Definição de usos e parâmetros de ocupação compatíveis com a preservação
da tipologia existente;
- Criação de espaços públicos e marcos urbanos que se utilizam das
referências do artesanato local;
- Manutenção das características do traçado urbano;
- Criação de atividades e eventos que apóiem e valorizem a produção
artesanal;
- Incentivo à consolidação do uso habitacional e de atividades turísticas;
- Busca de parcerias com o setor privado para elaboração, implantação e
gestão de projetos.

78
PLANO DIRETOR DE CARUARU

 Morro do Bom Jesus

Localização: Área não ocupada por habitação, situada especialmente no lado oeste
do Morro.
Caracterização: O Morro do Bom Jesus é o ponto mais alto de Caruaru e marco
mais significativo da paisagem da cidade. Hoje, constata-se a degradação da área
pela presença de quantidade significativa de antenas instaladas no seu ponto mais
alto e de habitações nas encostas mais íngremes. A igrejinha datada de 1902, a
vista da cidade que se tem do alto do morro, sinalizam o potencial desta área
importante para a cidade.
Objetivo: Preservar a área do Morro ainda desocupada enquanto ambiente natural,
patrimônio histórico-cultural e local de visitação e lazer.
Diretrizes:
- Valorização da igreja do Bom Jesus através da criação de elementos
paisagísticos no seu entorno, recuperação do edifício, iluminação, entre
outros recursos;
- Criação de espaços que permitam o lazer contemplativo, como mirantes;
- Instalação de infra-estrutura mínima para atendimento do visitante, prestando
serviços básicos e oferecendo o comércio da produção local;
- Melhoria de acessos;
- Inserção dos moradores do entorno nas atividades a serem desenvolvidas na
área do projeto;
- Busca de parcerias com o setor privado para elaboração, implantação e
gestão de projetos.

IGREJA

BR 104 ÁREA DE INTERVENÇÃO

RIO IPOJUCA

79
PLANO DIRETOR DE CARUARU

 Pátio Luiz Gonzaga

Localização: Área correspondente ao conjunto urbano composto pelo Pátio,


estação e armazéns ferroviários, antiga fábrica de Caroá e Pátio de Eventos Luiz
Gonzaga

Caracterização: Área constituída de espaços públicos com forte apelo cultural


relacionado às manifestações populares do período junino. Abriga grande número
de museus e atividades culturais.

Objetivos: Potencializar e valorizar a área sob o aspecto da preservação do


relevante patrimônio arquitetônico; atividades turísticas e culturais, em especial as
festas juninas, através da utilização desse espaço pelos moradores durante todo o
ano.

Diretrizes:
- Preservação do conjunto ferroviário e antiga fábrica de Caroá e proteção do
conjunto urbano do seu entorno, através de tombamento municipal;
- Requalificação da paisagem urbana da área protegida de modo a valorizar a
peculiaridade local, o seu mobiliário, a sinalização, etc;
- Incentivo à instalação de atividades turísticas e habitação que contribuam
com a utilização da área de forma mais intensa ao longo de todo o ano;
- Busca de parcerias com o setor privado para elaboração, implantação e
gestão de projetos.

 Eixo urbano BR 104

Localização: Corta o núcleo urbano do município de Caruaru no sentido norte / sul.


Caracterização: É um dos principais acessos à cidade de Caruaru. Caracteriza-se
como uma via de trânsito rápido e é um eixo de atividades múltiplas, com destaque
para o comércio de produtos automotivos.
Objetivo: Implantar vias locais possibilitando sua articulação com a malha viária de
Caruaru e qualificar a paisagem do eixo através da implantação de vegetação e
iluminação, em canteiros centrais e laterais, e instalação de mobiliário urbano
diferenciado.
Diretrizes:
- Compatibilização do fluxo da rodovia com o trânsito urbano e travessias de
pedestres;
- Observação dos requisitos de segurança rodoviária, tais como sinalização,
faixa de domínio, retornos etc.;
- respeito às características do solo e a utilização de vegetação nativa;
- Busca de parcerias com o setor privado para elaboração, implantação e
gestão de projetos.

80
PLANO DIRETOR DE CARUARU

 Parque 13 de Maio

Localização: ocupa toda a área do Campo de Monta, nas margens do rio Ipojuca,
nos bairros de Petrópolis e Vassoural.

Caracterização: A Feira da Sulanca ocupa toda a área do Parque 13 de Maio sendo


indiscutível a sua importância para a economia de Caruaru. Porém, do ponto de
vista urbanístico e de gestão, vem provocando conflitos causados pela grande
concentração de vendedores e compradores (cerca de 20.000 barracas) em uma
área relativamente pequena, transbordando suas atividades para vias, terrenos
baldios e até margens do rio Ipojuca.
Objetivo: Otimizar a utilização do Parque 13 de Maio e arredores no sentido de
organizar a atividade da feira, minimizando os conflitos desta atividade com a
vizinhança, qualificando a paisagem urbana e valorizando a área enquanto espaço
público.
Diretrizes:
- Identificação dos feirantes visando o ordenamento e controle de localização
das barracas;
- Detalhamento da proposta de acesso à feira, inserida no plano de
intervenções viárias do Plano Diretor;
- Definição de área para estacionamento de ônibus e automóveis, liberando
uma área central que permita melhor circulação de pedestres;
- Remoção das ocupações na margem do rio Ipojuca para implantação de área
verde;
- Verificar alternativas para redução da área ocupada por barracas nos dias
que não acontece a feira, seja através do aluguel das barracas ou utilização
de um modelo desmontável;
- Busca de parcerias com o setor privado para elaboração, implantação e
gestão de projetos.

81
PLANO DIRETOR DE CARUARU

 Renovação do Centro

Localização: Bairro N. Sra. das Dores.


Caracterização: Área densamente ocupada por atividades de diversas naturezas,
em especial comércio e serviços, com carência de espaços verdes.
Objetivo: Melhorar a circulação de veículos e de pedestres e a qualidade da
paisagem urbana, implementando as intervenções viárias propostas, criando /
qualificando espaços públicos, pequenas praças, iluminação e mobiliário específico.
Diretrizes:
- Observação do plano proposto de Intervenções Viárias;
- Redução da aridez através da implantação de vegetação de pequeno e médio
porte, onde não for possível a arborização;
- Tratamento das fachadas visando a harmonia do conjunto urbano;
- Padronização de sinalização;
- Busca de parcerias com o setor privado para elaboração, implantação e
gestão de projetos.

 Recomposição do Verde Urbano

Localização: Em toda a área urbana, em especial nas zonas residenciais projetadas


ou, sempre que possível, nas áreas já consolidadas.
Caracterização: Áreas desocupadas, passíveis de serem adquiridas pelo município
e transformadas em praças ou passeios públicos.
Objetivo: Incrementar a área urbana com espaços públicos de lazer, contribuindo
para amenizar a falta de vegetação, melhorando a qualidade da paisagem.
Diretrizes:
- respeito às características do solo;
- utilização da vegetação nativa e referências culturais locais;
- implantação de pista de cooper, ciclovias, play-ground e áreas de lazer
contemplativos.

82
PLANO DIRETOR DE CARUARU

5.5. DA GESTÃO INSTITUCIONAL

a) Definir instrumentos e estratégias comuns para efetivo exercício do


controle urbano, iniciando com seminários e oficinas intermunicipais
específicos sobre o tema para troca de experiências, até a construção
de diretrizes e referenciais comuns para a regulação e a prática da
fiscalização e controle;

b) Capacitar a modernizar a gestão municipal nas áreas tributária e


financeira, de modo a aumentar a capacidade de arrecadação e a
eficiência nos gastos públicos.

c) Atualizar as bases cartográficas e estruturar o sistema de


geoprocessamento municipal;

d) Realizar capacitação profissional de técnicos municipais, bem como


estruturação e disponibilização de sistemas de informação para o
planejamento na escala municipal, de forma integrada tanto em termos
físicos - por meio de redes.

e) Informatizar integralmente o sistema de cadastro de loteamentos, com


ferramentas de geoprocessamento, constituindo base pública
acessível, de modo local e remoto, via Internet, e agilizando o
andamento de processos de solicitação de parcelamentos urbanos;

f) Promover a articulação dos órgãos e instituições atuantes na regulação


ambiental, e ampliar a Rede de Monitoramento, favorecendo o controle
dos efluentes domiciliares, industriais e hospitalares.

5.5.1. Projetos Estratégicos Institucionais

Os problemas institucionais diagnosticados na Prefeitura de Caruaru sugerem


um conjunto de ações estratégicas, abaixo apresentadas na forma de Projetos
Institucionais, cuja implementação se faz necessária para a efetiva implantação das
ações proposta no Plano Diretor de Caruaru.

 Sistema de Auditoria Interna

Objetivo
Este projeto tem como objetivo o desenvolvimento e a implantação de um Sistema
de Auditoria Interna para o Plano Diretor. As auditorias são instrumentos importantes
em dois níveis:

 Para o acompanhamento e a avaliação da implementação das ações propostas


pelo Plano Diretor nas diferentes instituições envolvidas, dentro e fora da
Prefeitura;

83
PLANO DIRETOR DE CARUARU

 Para a avaliação do nível de atingimento dos objetivos do Plano Diretor, através


da implementação das ações propostas.

Ações
Este projeto tem como atividades básicas:

 Criação de um Modelo de Auditoria do Plano Diretor


 Treinamento de Auditores Internos
 Realização de Auditorias Internas
 Divulgação dos Resultados das Auditorias

 Indicadores de Excelência

Objetivo
Para que seja possível a avaliação da implementação das ações propostas no Plano
Diretor, assim como para a avaliação das melhorias efetivamente obtidas com a sua
implementação, é fundamental o desenvolvimento e a aplicação de um conjunto de
Indicadores de Excelência, que deverão ser associados aos objetivos do Plano
Diretor, através das seguintes etapas:

Ações
 Levantamento de dados relacionados com os objetivos do Plano Diretor
 Criação de um modelo de Indicador de Excelência;
 Treinamento do pessoal para a utilização de Indicadores de Excelência;
 Definição de metas, para cada Secretaria ou órgão, associadas aos objetivos do
Plano Diretor;
 Estruturação de um sistema de coleta de dados para a atualização dos
Indicadores;
 Implantação de uma metodologia para a realização de Reuniões de Gestão.

 Padronização

Objetivo
Com o duplo objetivo de eficientizar a implementação das ações propostas no Plano
Diretor, e para facilitar e agilizar as atividades de monitoramento e avaliação dessa
implementação, propõe-se o desenvolvimento e aplicação de um Sistema de
Padronização das atividades relacionadas com os objetivos do Plano Diretor,
através das seguintes etapas:

Ações
 Definição de um Plano de Padronização para cada Secretaria ou órgão da
Administração Municipal;
 Treinamento do pessoal na atividade de padronizar;
 Realização da padronização das principais atividades em cada setor;
 Desenvolvimento de um procedimento de auditoria da atividade de padronização.

84
PLANO DIRETOR DE CARUARU

 Planos Diretores Setoriais

Objetivo
O objetivo desse projeto é coordenar e integrar a formulação e a implementação de
Planos Diretores Setoriais pautados pelo Plano Diretor Municipal, nos termos do
Estatuto da Cidade. Assim, seria assegurado o desdobramento coordenado das
orientações e proposições do Plano, elevando a qualidade dos resultados e
economizando recursos humanos, técnicos e financeiros.

Ações
 Planejamento integrado da elaboração dos estudos técnicos necessários aos
Planos Setoriais;
 Definição de um Calendário integrado de elaboração dos Planos Setoriais;
 Coordenação da elaboração dos Planos Setoriais;
 Divulgação e circulação dos Planos Setoriais integrados.

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PLANO DIRETOR DE CARUARU

6. ANEXOS

86
PLANO DIRETOR DE CARUARU

ANEXO I
QUADRO DE PARÂMETROS
LOTE ISOLADO LOTEAMENTOS CONDOMÍNIOS

ZONAS USOS PREDOMINANTES COEFICIENTE AFASTAMENTOS TAXA DE LOTE TESTADA TESTADA LARGURA % MÍNIMO ÁREA ÁREA TAXA DE
FRAÇÃO % DE ÁREA % DE ÁREA VERDE % MÁX. DE
DE SOLO OBSERVAÇÕES MÍNIMO( MÍNIMA DO MÁXIMA DE MÍNIMA DE DE ÁREAS MÍNIMA DA MÁXIMA DA SOLO
MÍNIMA PARCELÁVEL CONCENTRADA VIAS
UTILIZAÇÃO FRONTAL LATERAL FUNDOS NATURAL m2) LOTE QUADRA VIAS PÚBLICAS GLEBA(m2) GLEBA(m2) NATURAL

ZR 1 habitacional unifamiliar 1.5 3,00 1,00 3,00 20 3 160 8,00 250,00 7,00 35 - - - - - - -

ZR 2 360 12,00 250,00 9,00 35 360 - 100.000 50 50 25 10


habitacional unifamiliar 1.5 5,00 1,50 3,00 50 3

habitacional unifamiliar 1.5 5,00 1,50 3,00 50 3


ZR 3 360 12,00 250,00 9,00 35 360 - 100.000 50 50 25 10

habitacional multifamiliar 1.5 5,00 3,00 3,00 30 2, 3, 4, 5 e 7

PLANO URBANÍSTICO
ZEIS habitacional unifamiliar 125 5,00 - 5,00 - - - - - - - -

ZAM 1 comércio e serviços 1.5 - - 3,00 - 3 - - - - - - - - - - - -


indústria, comércio e
ZAM 2 serviços pesados 1.5 8,00 5,00 5,00 20 1e3 6000 - 960,00 15,00 35 - - - - - - -

EAM comércio e serviços 1.5 5,00 3,00 3,00 30 3, 4 e 7 360 - 250,00 9,00 35 360 - 100.000 50 50 25 10
Área Non PLANO ESPECÍFICO
ZPA 1 Aedificandi/Parques

PLANO ESPECÍFICO
ZPA 2 Área Non Aedificandi

PLANO DE PRESERVAÇÃO
ZPA 3 preservação

ANÁLISE ESPECIAL
ZPA 4 Unifamiliar / Condomínio 720 - 7.00 50 720 - 300.000 40 60 30 10
habitacional / apoio PLANO ESPECÍFICO
ZPC 1 turístico
comércio e serviços PLANO ESPECÍFICO
ZPC 2 específicos
atividades culturais/comércio e PLANO ESPECÍFICO
ZPC 3 serviços específicos/feiras

comércio / serviços específicos / ANÁLISE ESPECIAL


ZPC 4 apoio turístico

LEGISLAÇÃO ESPECÍFICA
ZRA 1 Área Non Aedificandi
habitacional com LEGISLAÇÃO ESPECÍFICA
ZRA 2restrições
condomínios horizontais
EXP. URBANA residenciais - - - - - 6 - - - - 10.000 200.000 600.000 30 70 - -
OBS: 1. As indústrias localizadas no Distrito Industrial 1 e 2 deverão observar os parâmetros estabelecidos pela AD-DIPER;
2. No caso de usos multifamiliares, deverá ser previsto, no mínimo, uma vaga de estacionamento para cada 50m 2 de área construída;
3. A largura mínima dos passeios públicos é de 1,50m (um metro e cinqüenta centímetros) em cada lado da via;
4. No caso das edificações com mais de 2 pavimentos, os afastamentos serão iniciais, devendo-se observar os cálculos de afastamento progressivo: Afr = 5+ (n x 0,25); Al = 3 + (n x 0,25); Af = Al;
5. O coeficiente de utilização poderá ser acrescido em 1,5, através da utilização da Transferência do Direito de Construir ou da Outorga Onerosa;
6. Outros usos deverão ser objeto de análise especial;
7. Nos terrenos de meio de quadra com até 13,00m (treze metros) de testada, será admitida a construção de edificações com até 4 pavimentos (pilotis+3), obedecendo aos afastamentos iniciais.
87
PLANO DIRETOR DE CARUARU

ANEXO II
GLOSSÁRIO

Área Edificada ou Construída:


- é a área construída sobre coberta, não se considerando como tal as que
estiverem situadas sob beirais, marquises, pórticos ou pérgolas.

Áreas Públicas:
- são áreas de parcelamento destinadas à circulação, à implantação de
equipamentos urbanos e comunitários bem como espaços livres de uso
público.

Área de Uso Comum:


- é a área edificada ou não, que se destinada ao uso comum dos proprietários
ou ocupantes de uma gleba ou de uma edificação, constituída de unidades
autônomas.

Área Verde
- é toda área de domínio público ou privado, em solo natural onde predomina
qualquer forma de vegetação, distribuídas em seus diferentes extratos:
Arbóreo, Arbustivo e Herbáceo/Forrageira, nativa ou exótica.

Calçada ou Passeio:
- é a parte do logradouro destinada ao trânsito de pedestre e de bicicletas
quando este for dotado de ciclofaixa, segregada e em nível diferente à via,
dotada quando possível de mobiliário urbano, sinalização e vegetação.

Canteiro Central:
- é o espaço compreendido entre as bordas internas das pistas de rolamento,
objetivando separá-las física, operacional, psicológica e esteticamente.

Canteiro Lateral:
- é o espaço compreendido entre as bordas externas das pistas expressas e a
borda interna da pista coletora objetivando separa-las física, operacional,
psicológica e esteticamente.

Comércio Atacadista:
- consiste na atividade comercial de vendas a grosso, que exigem grandes
espaços de estocagem e gera tráfego pesado de carga e/ou descarga de
mercadorias.

Comércio Varejista:
- consiste na atividade comercial de vendas a varejo, podendo instalar-se me
pequenos ou grandes espaços.

Conjunto Habitacional:
- é o agrupamento de habitações isoladas ou acopladas, unifamiliares ou
multifamiliares, obedecendo a uma planificação urbanística preestabelecida.

88
PLANO DIRETOR DE CARUARU

Demarcação:
- é o processo de regularização quanto a forma, dimensões e área, sem
alteração da natureza de sua identificação e seu registro imobiliário.

Desmembramento:
- é a subdivisão de gleba em lotes destinados a edificação com aproveitamento
do sistema viário existente , desde que não implique na abertura de novas
vias e logradouros públicos, nem no prolongamento, modificação ou
ampliação dos já existentes.

Divisa do lote:
- é a linha que demarca os limites de um lote ou terreno.

Edificação:
- é uma estrutura física e rígida para abrigar e acomodar pessoas, animais,
materiais ou equipamentos.

Edificação Habitacional Unifamiliar:


- é a edificação destinada a habitação de uma única família.

Edificação Habitacional Multifamiliar:


- é a edificação destinada a mais de uma unidade habitacional.

Edificação Mista:
- É uma edificação que abriga mais de um uso ou mais de uma atividade.

Equipamentos Comunitários:
- são espaços destinados a:
a) Campos de esportes e “play-grounds” abertos à utilização pública gratuita ou
restrita.
b) Edificações e instalações destinadas a atividades de assistência médica e
sanitária, promoção de assistência social, educação, abastecimento, cultura,
segurança, esporte e lazer da administração direta do poder público ou com
ela conveniada.

Estrutura Viária Urbana:


- Consiste na rede viária da cidade, organizada hierarquicamente de acordo
com a otimização do desempenho da circulação urbana.

Fachada:
- Designação da face de uma edificação.

Faixa de Domínio de Vias:


- é a área que compreende a largura ou caixa da via acrescida da área “non
aedificandi”.

Gleba:
- é o terreno que ainda não foi objeto de parcelamento , sob qualquer forma.

Habite-se:

89
PLANO DIRETOR DE CARUARU

- documento expedito pelo órgão técnico competente, que autoriza a ocupação


de uma obra nova.

Largura de uma Via:


- é a distância entre os alinhamentos de uma via.

Logradouro Público:
- É o espaço livre ,de uso público inalienável, reconhecido pela Municipalidade,
e designado por nome próprio destinado ao tráfego de veículo e trânsito de
pedestres. Pode ser: avenida,rua, galeria, praça, jardins e outros.

Lote:
- É a menor área resultante de parcelamento, situada à margem de um
logradouro público ou particular.

Loteamento:
- É a subdivisão de gleba em lotes destinados a edificação, com abertura
novas vias de circulação, de logradouros públicos ou prolongamento,
modificação ou ampliação dos já existentes.

Lote Lindeiro:
- São considerados lotes lindeiros a um logradouro público aqueles que são
limítrofes com este logradouro.

Meio-Fio:
- Fiada de pedra ou concreto marginal ao logradouro, destinado a servir de
separação entre o passeio e a faixa de rolamento.

Mobiliário Urbano:
- é o equipamento urbano, público, destinado ao uso da população, localizado
em logradouros públicos e que visem proporcionar um maior nível de
conforto, de segurança e urbanidade à população usuária, tais como: abrigos
e paradas de ônibus, lixeiras, bancos, cabines telefônicas e policiais, caixas
de coletas de correspondência, equipamentos de fisicultura e de lazer,
hidrantes, etc.

Paramento:
- alinhamento oficial, existente ou projetado, correspondente à face externas
dos muros que definem o limite entre a propriedade privada e a via pública.

Parâmetros Urbanísticos:
- números pelos quais se definem e regulam as condições de implantação das
edificações no solo urbano.

Potencial construtivo:
- é a área de construção permitida em um lote.

Profundidade do Lote:
- é a distância média entre a frente e o fundo do lote.

Projeto Urbanístico:

90
PLANO DIRETOR DE CARUARU

- é o projeto desenvolvido para determinada área urbana, mediante prévia


aprovação do Município, considerando, entre outros os seguintes aspectos:
a) revitalização do espaço urbano;
b) criação de áreas e equipamentos de uso público;
c) preservação de edificações e espaços de valor histórico;
d) definições de usos;
e) definição do sistema de circulação;
f) reserva de áreas para alargamento do sistema viário;
g) reserva de áreas para estacionamento e terminais de transporte público.

Quadra:
- unidade especial de parcelamento do solo delimitado por logradouro público.

Testada do Lote:
- é a dimensão da face do lote voltada para o logradouro.

Remembramento:
- é a unificação de lotes ou partes de lotes, para construir um novo lote.

Reurbanização:
- é o processo pelo qual uma área urbanizada sofre modificações que
substituem, total ou parcialmente, suas primitivas estruturas físicas e
urbanísticas.

91
PLANO DIRETOR DE CARUARU

ANEXO III

LISTA DE MAPAS

MAPA 01 – SOLOS
MAPA 02 – HIDROGRAFIA
MAPA 03 – VEGETAÇÃO
MAPA 04 – USOS RECOMENDADOS
MAPA 05 – ÁREAS DE PRESERVAÇÃO
MAPA 06 – DISTRITOS
MAPA 07 –ACESSIBILIDADE MUNICIPAL
MAPA 08 – MACROZONEAMENTO
MAPA 09 – PERÍMETRO URBANO
MAPA 10 – ZONEAMENTO
MAPA 11 – MACROESTRUTURA VIÁRIA
MAPA 12 – HIERARQUIA VIÁRIA
MAPA 13 – INTERVENÇÕES URBANÍSTICAS PROPOSTAS
MAPA 14 – INTERVENÇÕES VIÁRIAS

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PLANO DIRETOR DE CARUARU

ANEXO IV

OFICINA II
Ordenamento do Núcleo Urbano de Caruaru

APRESENTAÇÃO

Para a realização da OFICINA II, que versou sobre o Ordenamento do Núcleo


Urbano de Caruaru, adotou-se metodologia de planejamento participativo, buscando
o envolvimento e a contribuição efetiva dos participantes.

A OFICINA II contou com a presença de 34 (trinta e quatro) pessoas representantes


do poder público, da sociedade organizada e da comunidade em geral, a saber:

Poder Público: Sociedade Organizada

 Fundação de Cultura e Turismo  ASSERPE


 Secretaria de Programas Especiais e  Câmara Municipal
Ação Social  FAVIR
 Secretaria de Infra-estrutura e da  ABIH
Juventude  Associação dos Contabilistas
 Secretaria de Obras  Rotary Clube
 Secretaria Municipal de Saúde  Lions Clube
 Secretaria de Finanças  AMAEPE
 Secretaria de Educação  OAB
 Secretaria de Desenvolvimento Rural  Natureza Viva
 Secretaria de Serviços Urbanos  Diocese de Caruaru
 Secretaria de Desenvolvimento  CDL
Econômico
 STR Caruaru
 ACIC
 Federação das Associações
 Movimento Pólo
 CRECI
 Associação Sulanca
 CEACA
 CREA

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PLANO DIRETOR DE CARUARU

PARTICIPANTES

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PLANO DIRETOR DE CARUARU

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PLANO DIRETOR DE CARUARU

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PLANO DIRETOR DE CARUARU

OFICINA II
Ordenamento do Núcleo Urbano de Caruaru

PROGRAMAÇÃO

9:00 – Abertura – Prefeito Tony Gel


Coordenação - Luiz Siqueira
9:10 – Informação aos Participantes
Apresentação, metodologia e acordos de grupos

9:30 Momento Temático


- Abertura
- Zoneamento

10:30 Pausa com café

10:45 Organização dos grupos

11:00 Resultado dos grupos


(10 minutos para cada grupo)

12:15 Debates

12:45 Avaliação e encaminhamentos

GRUPOS:


PRESERVAÇÃO AMBIENTAL
 VERTICALIZAÇÃO
 IMPACTOS POSITIVOS E NEGATIVOS DA DUPLICAÇÃO DA BR 232

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PLANO DIRETOR DE CARUARU

OFICINA II
Ordenamento do Núcleo Urbano de Caruaru

Objetivo: Apresentação da proposta do Plano Diretor com ênfase para o


Ordenamento do Núcleo Urbano.

Processos Desenvolvidos:

1. Momento Temático :
- Conteúdo do Plano Diretor
- Zoneamento.

2. Atividades de grupos a partir de três eixos de discussão :

- Preservação Ambiental
- O processo de Verticalização
- Impactos da Duplicação da BR-232

Cada tema foi trabalhado em grupos, com troca de idéias, sugestões e criticas, com
base na apresentação e principalmente no conhecimento de realidade vivenciado
por cada um enquanto cidadãos e conhecedores da realidade do território.

Dando continuidade às atividades os grupos apresentaram em plenária a


sistematização das conclusões para reflexão, debates e encaminhamentos.

Sistematização dos Trabalhos de Grupo :

 IMPACTOS DA BR-232

Aspectos Negativos

1- comércio ( elite)
2- trânsito ( núcleo urbano)
3- carência de infra-estrutura( novas demandas)
4- atração de pessoas carentes( mercado da informalidade)
5- lazer.
6- shopping(com relação a Recife).

Aspectos Positivos

1- sulanca
2- saúde( pólo médico regional)
3- industria (crescimento do parque industrial)
4- crescimento de emprego
5- crescimento da arrecadação municipal
6- crescimento da capacitação profissional
7- maior poder de polarização nos municípios vizinhos( comércio, saúde ,lazer)

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PLANO DIRETOR DE CARUARU

Desafios

1-Como conseguir recursos para atender a demanda gerada pelos impactos da BR-
232?
2-Como aproveitar todas as oportunidades criadas pela duplicação da BR-232?

 Preservação Ambiental

Propostas:

1- Criação de um cinturão verde em torno da extensão do anel viário;

2- Recomendação para elaboração de um Plano Municipal de Desenvolvimento


Rural Sustentável (PMDRS);

3- Elaboração de um Programa de Educação Ambiental;

4- Observar o que a Lei Orgânica já classifica como Área de Preservação


Ambiental:
- O Morro Bom Jesus
- Rio Ipojuca
- Parque Vasconcelos Sobrinho:

5- Recomendação para a criação de uma secretaria de meio ambiente.

 O Processo de Verticalização
Propostas
1- Entorno do shopping- não possui potencial de verticalização, para mais de 4
pavimentos, sendo necessária a implantação de infra-estrutura ou equipamentos
que contribuam para alavancar investimentos..

2- Ampliação dos limites da ZR3 no Bairro de Maurício de Nassau

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PLANO DIRETOR DE CARUARU

ANEXO V

PLANTA DE VALORES - 1997

Valores de Terrenos

NÍVEL ZONA TERRENO (R$) NÍVEL ZONA TERRENO (R$)


1 4.000,00 11 113,00
2 2.800,00 12 79,00
3 1.960,00 13 55,00
4 1.372,00 14 40,00
5 960,00 15 32,00
6 672,00 16 26,00
7 470,00 17 21,00
8 330,00 18 17,00
9 231,00 19 13,00
10 162,00 20 10,00

Indicação do menor e maior nível de terrenos, por bairros


NÍVEL
LOCALIDADES MAIOR MENOR
VALOR VALOR
Agamenon Magalhães 7 20
Alto do Moura 10 14
Boa Vista 5 14
Caiucá 7 14
Cedro 7 14
Centenário 8 14
Centro 1 14
Cidade Alta 7 12
Cohab III 11 14
Distrito Industrial 7 20
Divinópolis 4 14
Indianópolis 2 20
João Mota 7 14
Kennedy 7 20
Maurício de Nassau 2 14
Morro do Bom Jesus 7 14
Nova Caruaru 8 13
Petrópolis 3 14
Rendeiras 10 12
Riachão 5 14
Salgado 4 14
Santa Rosa 6 14
São Francisco 4 14
São João da Escócia 10 14
Universitário 5 14
Vassoural 6 14
Vila Kennedy 10 14

100
PLANO DIRETOR DE CARUARU

ANEXO VI

MAPA SÍNTESE DO DIAGNÓSTICO

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PLANO DIRETOR DE CARUARU

ANEXO VII

PLANO DIRETOR – ZONEAMENTO MUNICIPAL

ZONEAMENTO DO NÚCLEO URBANO

SISTEMA VIÁRIO

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PLANO DIRETOR DE CARUARU

Equipe Técnica:

Coordenação Geral:

Paulo Roberto de Barros e Silva


Gustavo Krause Gonçalves Sobrinho

Coordenação Técnica:

Celecina Pontual
Paulo Gomes Pimentel
Fernando José Amynthas de Barros

Consultores:

Jesus Zapata
Maria de Fátima Gusmão Furtado
Francis Richardson
José Carlos Borba

Apoio:

Emília Lapa Teixeira Avelino


Cláudia Cavalcanti Lopes Viana

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