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Providências Cautelares

Caso Prático 9
FRANCISCO SILVA, residente na Praia, foi vítima de um acidente de viaçã o ocorrido em 25 de Setembro de
2020 pelas 15 horas à entrada da cidade de Assomada, quando conduzia o seu motociclo marca Yamaha
com a matrícula 17-89-CV, no sentido Sul-Norte.
O dito FRANCISCO foi embater no automó vel marca BMW de matrícula 93-13-CV, propriedade de
ANTÓ NIO, que, desrespeitando um sinal de STOP e ignorando as regras da prioridade se atravessou à
frente do motociclo de FRANCISCO, provocando um aparatoso embate do qual resultou o imediato
internamento hospitalar de FRANCISCO com lesõ es graves e a destruiçã o total do motociclo e do capecete
que ele trazia na cabeça.
FRANCISCO adquiriu o motociclo em Janeiro de 2016 por 500.000$00.
ANTÓ NIO havia transferido a responsabilidade civil emergente da circulaçã o do veículo acima identificado
para a companhia de seguros Vida CV S. A .
FRANCISCO tem 28 anos de idade, trabalha por conta pró pria como marceneiro e na sua actividade ganha
mensalmente um valor médio de 100.000$00, é casado e tem dois filhos menores, tendo a sua mulher sido
recentemente despedida de uma fá brica têxtil.
Desde o dia do acidente, o mesmo está incapacitado de trabalhar, pois sofreu vá rias fracturas nos
membros inferiores e superiores e está internado no Hospital a aguardar a realizaçã o de uma série de
intervençõ es cirú rgicas, uma delas inclusive ao maxilar.
Procurado (a) pela mulher do Francisco que está desesperada, pois que não tem recursos mínimos
para sobreviver com os seus filhos, o que lhe aconselharia, para, de imediato e judicialmente,
obviar à situação de necessidade vivida pelo agregado familiar do referido Francisco?

CASO 10
Daniel, residente em Santa Catarina, e Eliseu residente no Tarrafal, celebraram um contrato promessa de
compra e venda de um apartamento sito em Santa Cruz, que Eliseu herdara de uma tia recentemente
falecida. Entretanto, Daniel começou a residir nesse apartamento logo apó s a celebraçã o do contrato-
promessa, tendo ficado convencionado que a escritura seria realizada no prazo de quinze dias a contara
da data do contrato.
Sucede porém, que Daniel teve conhecimento de que Eliseu, nã o obstante o contrato-promessa de compra
e venda, se prepara para vender o mesmo apartamento a Francisco. Como poderá Daniel reagir
processualmente de forma a obstar este facto?
CASO 11
Antó nio celebrou um contrato de mú tuo com Berto pelo qual o primeiro mutuava ao segundo a quantia de
10.000.000$00. Ficou convencionado nesse contrato que Berto restituiria essa quantia, acrescida de juros
à taxa legal de 4%, até 15 de Maio de 2018.
No entanto, verificado o termo do prazo, Berto nada pagou a Antó nio, sendo que, entretanto, Antó nio
soube por intermédio de Carlos, amigo comum, que Berto se preparava para alienar os seus bens mais
valiosos, nomeadamente o seu apartamento e automó vel, na tentativa de impedir a eficá cia de eventual
acçã o executiva que contra ele viesse a ser intentada. Face ao comportamento de Beto, o que poderá
Antó nio fazer?

CASO 12
Antó nio, viú vo, reside em Santo Antã o com o seu filho mais novo, Berto, de 25 anos. Em Abril de 2020,
Antó nio faleceu vítima de um acidente de viaçã o, tendo Berto continuado viver na residência do seu pai.
Antó nio era colecionador de antiguidades e possui uma valiosa coleçã o de moedas, avaliadas em cerca de
5.000.000$00.
Suponha que, apó s o funeral, o filho mais velho de Antó nio, Carlos, residente em sã o Vicente, sobe que o
seu irmã o mais novo, mesmo antes de proceder a partilha dos bens do falecido Antó nio, se preparava para
vender a Daniel, proprietá rio de uma loja de antiguidades, a coleçã o de moedas do seu pai por
8.000.000$00.
O que poderá fazer Carlos para impedir este acto de alienaçã o.

CASO 13
Antó nio colocou seu automó vel na oficina de Berto para que fosse reparado o respetivo motor, tendo
ficado convencionado que Antó nio procederia ao levantamento do automó vel na manhã seguinte. Ocorre,
porém, e para o seu espanto, que quando se dirigiu à oficina de Berto para levantar o automó vel, este
recusou-se a restituí-lo, tendo, inclusive, proibido o acesso de Antó nio ao interior da oficina. Como poderia
Antó nio reagir perante este facto tendo em conta que necessita diariamente da sua viatura por motivos
profissionais e familiares?

CASO 14
Carlos e Daniela, residentes na Praia, sã o casados desde 2004.Carlos é um empresá rio de sucesso e
Daniela nã o exerce qualquer atividade profissional, dedicando-se à s lides domésticas. Em Setembro,
Daniela ficou a saber que Carlos mantinha uma relaçã o extraconjugal com a sua secretá ria, Filipa, pelo que
intentou uma açã o de divó rcio litigioso e pediu a condenaçã o de Carlos na prestaçã o de uma pensã o de
alimento. Entretanto, uma vez que Daniela nã o aufere qualquer rendimento, tem passado por algumas
dificuldades econó micas, pelo que pretende obter uma prestaçã o mensal que lhe permita fazer face as
suas necessidades. Como poderá atuar processualmente?

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