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FICHA N.

º 11

I - Afonso, pressionado pelos seus Pais, decide, em 1980, casar com Matilde, dona de grande
fortuna. Convencionam que os bens que os nubentes levam para o casamento e os que Matilde,
durante o casamento, adquirir a título gratuito se comunicarão, mas que os bens que Afonso
adquirir a título gratuito durante o casamento serão próprios dele. Convencionam também que
será Afonso a administrar os bens comuns do casal. Convencionam também que será Afonso a
administrar os bens comuns do casal. Convencionam também que será Afonso a administrar os
bens comuns do casal. Os Pais de Matilde, no mesmo documento, oferecem ao casal, para a
posterior comunhão, um palacete. Três anos depois do casamento, católico, sem que nascessem
filhos, o casal consulta um especialista que lhes transmite que Afonso é infértil. Afonso e
Matilde, face a isto, conseguem ver declarada a nulidade do seu casamento. Afonso, entretanto,
conhece Beatriz e pretende imediatamente casar com ela, uma vez que já foi proferida sentença
do Tribunal Eclesiástico. Pretende manter as vantagens do regime de bens, incluindo a doação
feita pelas Pais de Matilde, mas Matilde e os Pais, naturalmente, discordam.

II - Em 1992, Afonso e Beatriz já são casados, também na comunhão geral de bens, e, para grande
surpresa de Afonso, Beatriz engravida. Beatriz convence Afonso que o diagnostico dos médicos
tinha sido errado e que era, afinal, Matilde quem era infértil. Beatriz herdara dos seus Pais
muitas propriedades e Afonso insistia que, sendo ele o marido, devia ser ele a gerir este
património.

Contratou um enólogo e decidiu que vinhas plantar no Douro. deu de arrendamento vários
apartamentos e decidiu vender um dos carros antigos do falecido sogro, carro que, aliás, só ele
usava, porque Beatriz não gostava de conduzir. Em 2022 Afonso descobre que Beatriz mantinha
vários amantes e que não é, afinal, o pai biológico de nenhum dos filhos nascidos do casamento.
Confronta Beatriz e, depois de uma enorme zanga, já nenhum deles quer manter o casamento,
mas não estão de acordo quanto à partilha dos bens, já que Beatriz insiste o seu quinhão é
bastante maior do que o de Afonso e, além disso, quer reaver presentes que fez a Afonso, mas
este, porque entende que foi Beatriz quem deu causa ao divórcio, quer mantê-los. Afonso insiste
que, face a este desacordo, o divórcio terá de ser requerido no Tribunal.
III - Um dos filhos de Beatriz e, presuntivamente, de Afonso, Dinis, casa com Isabel. Isabel adora
comprar roupa, malas e sapatos, que não paga, e, executada, Isabel pretende que Dinis se
responsabilize pela dívida com ela.

Isabel também não paga as contas da mercearia, mas vai conseguindo crédito porque deixa nas
mãos do merceeiro um cheque em branco para este poder preencher e executar, se ela não
pagar. O merceeiro, um dia, cansado de promessas, resolve executar os dois cônjuges e penhora
imediatamente um bem comum do casal e um bem próprio de Dinis.

Diante de tudo isto, o casal decide que, em conjunto, vão requerer a separação de pessoas e
bens para que o casamento passe a reger-se pelo regime da separação, ainda que não tenham
qualquer intenção de viver separados. Decretada a separação, fazem a partilha dos bens e, dois
anos mais tarde, reconciliam-se. Quid juris?

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