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FRANCISCO BELTRÃO – PR
2020
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FRANCISCO BELTRÃO – PR
2020
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TERMO DE APROVAÇÃO
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Orientadora: Prof.ª Aldina Pagani
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Professor
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Professor
FRANCISCO BELTRÃO-PR
2020
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AGRADECIMENTOS
Theodore Roosevelt
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RESUMO
SUMÁRIO
INTRODUÇÃO............................................................................................................09
CONSIDERAÇÕES FINAIS........................................................................................53
REFERÊNCIAS...........................................................................................................55
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INTRODUÇÃO
Reportando-se à Idade Antiga, Martins (2017, p.4) comenta, “não se pode, com
segurança, dizer que houve Direito Comercial na mais remota antiguidade. Os
fenícios, que são considerados um povo que praticou o comércio em larga escala,
não possuía regras especiais aplicáveis às relações comerciais”.
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Escreve Roque (1992, p.12), que: “os fenícios, que desenvolveram ativo
comércio marítimo, devem ter elaborado vários estatutos, mas estes não chegaram
ao conhecimento do Direito”.
Segundo Arnoldi (1998, p.01): “não havia uma distinção entre o Direito Civil, o
Comercial e o Econômico, [...]. As primeiras regulamentações das atividades
econômicas foram encontradas no Código de Manu (Índia) e no Código de
Hamurabi, esculpidos entre 1750 e 1850 A.C.”.
Lembra Gonçalves Neto (1990, p.41): “embora nele predominem disposições
sobre agricultura, pecuária e regras sobre funcionários, médicos e mestres-de-obras,
são ali encontradas normas jurídicas peculiares ao comércio”.
Ainda sobre a Idade Antiga, Arnoldi (1998, p.2), dispõe que:
Além dos fenícios, houve a influência dos gregos, que nos deixaram o seu
principal instituto jurídico, o “empréstimo a risco” ou “câmbio marítimo”, do
qual se originou o seguro: o capitalista que fizesse empréstimo para
expedições marítimas só recebia o dinheiro com altas taxas se o navio
retornasse são e salvo. [...]. Os romanos, apesar de sua intensa atividade
comercial, não tiveram uma importância específica na evolução do direito
comercial, isto porque suas atividades eram voltadas inteiramente ao direito
civil, além do fato de o comércio e a indústria ser praticados pelos escravos,
e, à época, por influência do direito canônico, considerar-se pecado a
obtenção de lucro e o empréstimo com intenção de lucro.
Não se pode afirmar que o Direito Comercial tenha nascido na Idade Antiga, ou
mesmo na época romana, pois não pode ser identificado, tendo em vista o comércio
praticado entre os diversos povos, ser isolado e conter regras esparsas.
Comenta Rocha (2004, p. 22) que, “a evolução, todavia, não terminou aí. A
competência dos cônsules foi aplicada progressivamente, passando a abranger
aqueles que, embora não comerciantes, tivessem contratado um negócio mercantil
com um mercador matriculado”.
Neste sentido Arnoldi (1998, p.4), assevera que: “as decisões dos cônsules, ou
dos Tribunais Consulares, e os usos e costumes foram, ao longo do tempo, reunidos
em um repertório, o qual adquiriu grande autoridade pelos povos da época”.
Relata ainda Roque (1992, p.13): “com a intensa navegação marítima e a
expansão do comércio criaria a Revolução Comercial, onde surgem a Letra de
Câmbio e outros diversos institutos do Direito Comercial”. Com o passar do tempo,
essas regras acabaram sendo adotadas pelos governos da época, tornando-se de
caráter internacional.
Surgem ainda, as Compilações Marítimas, autênticos códigos que retratam
normas, pareceres, usos e costumes, decisões judiciais, que começam a
sistematizar o Direito Comercial, sendo as principais compilações segundo Roque
(1992, p.14):
a) Rolos de Oleron: encontradas em Oleron, ilha francesa, no Atlântico
Norte, contendo normas de Direito Marítimo, decisões judiciais e usos e
costumes, aplicados nos países europeus do Atlântico; b) Consulado do
Mar: elaborado em Barcelona (Espanha) e adotado comércio marítimo,
constituindo autêntico código marítimo, predominando no Mar
Mediterrâneo; c) Guidon de La mer: regulamentava o seguro marítimo,
com aplicação no comércio marítimo francês, predominando durante o
século XVII; d) Jus hanseaticum maritimum: Código da Hansa, surgiu no
século XVII; e) Coleção de Direito Marítimo de Wisby: uma versão dos
Rolos de Oleron, adotada na cidade de Wisby e outras cidades
nórdicas.
Salienta Bertoldi (2003, p.26), que: “com o surgimento dos Estados Nacionais,
aquele Direito Comercial consuetudinário, nascido da prática mercantil e apartado de
um estado soberano, acabou ganhando do próprio Estado sua legitimidade”. Ensina
Negrão (2011, p.32):
Nesse sentido Fazzio Júnior (2014, p.4) continua seu ensinamento: “Já no
século XVII, sob o mercantilismo, a França de Colbert produziu duas ordenações,
uma sobre o comércio terrestre (Code Savary) e outra atinente ao comércio
marítimo, elaborada em 1762, por Boutigny”.
Notoriamente, pode-se perceber que nos primeiros momentos da história
mercantil que o Direito Comercial foi concebido subjetivamente, com um sistema de
normas regidas pela classe dos comerciantes, como explana Fazzio Júnior (2014,
p.5):
Era um ramo jurídico iniciado e desenvolvido por e para mercadores, posto
que discriminados pela sociedade e pela legislação da época. As regras
corporativas e as decisões dos consoles (juízes corporativos) germinaram
um direito classista [...]. Afastados da legislação comum, os membros das
corporações produziram um direito próprio, a princípio marginal, mas que se
revelou, nos séculos seguintes, um repositório de privilégios sustentado pelo
capital.
Assim relata Gonçalves Neto (1999, p.53): “esse código teria rompido a
tradição histórica para transformar-se no Código de uma classe de atos, os atos do
comércio, independentemente da qualidade de sujeito que os praticasse”.
Em que pese ter José da Silva Lisboa (Visconde de Cairu), já nos seus
Princípios de Direito Mercantil e Leis da Marinha, publicado entre 1798
e1804, propugnado pela necessidade de um direito nacional, tal somente
tornou-se possível, após a vinda de D. João VI para o Brasil.
Para Fazzio Júnior (2008, p. 11), “as fontes primárias ou imediatas resumem-se
nas leis e nos costumes; já as fontes secundárias ou mediatas resumem-se na
doutrina e na jurisprudência”.
Por meio das fontes do Direito Comercial, assevera Requião (2014, p.53),
surgem “as normas jurídicas de natureza comercial, as quais constituem um direito
especial, que determina o que seja a matéria comercial e a ela se aplica
exclusivamente”.
Martins (2017, p.36), que “na falta de norma específica do Direito Comercial, deve-
se recorrer a essas fontes”.
Sobre as fintes secundárias, ensina Fazzio Júnior (2010, p.12), que:
É verdade que nem sempre a lei oferece todas as respostas, mas também,
é verdade que sua eventual omissão não pode ensejar lacunas no sistema
jurídico. Em outras palavras, no caso concreto, o órgão judiciário não pode
eximir-se de entregar a prestação jurisdicional a pretexto de falta de
previsão legal. A solução é lançar não de recurso a outros elementos
acessórios, coadjuvantes de interpretação e expedientes integradores da
norma jurídica, como alternativa para dirimir litígios, e assim, realizar-se a
necessária densificação do Direito, daí a importância das fontes
secundárias, expressão que compreende as técnicas integrativas ou
supletivas expressas no Artigo 4º da LICC: a analogia, os usos e os
princípios gerais do direito.
O profissional em vendas externas, que atua como vendedor externo, tem suas
normas previstas na Lei n.º 3.207/57. De acordo Medeiros (2002, p. 122) “a distinção
do vínculo empregatício entre representante comercial autônomo e o vendedor
externo está na subordinação jurídica que está vinculada ao caso do vendedor
externo e ausente no caso do representante comercial autônomo”.
Nesse mesmo sentido Martins (2017, p. 107) alerta, “os representantes não
autônomos ou dependentes são empregados na empresa.”
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Artigo 3º, CLT. Considera-se empregado toda pessoa física que prestar serviço de natureza não
eventual a empregador, sob a dependência deste e mediante salário.
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FGTS – Fundo de Garantia do Tempo de Serviço.
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Artigo 442, CLT. Contrato individual de trabalho é o acordo tácito ou expresso, correspondente à
relação de emprego
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1) Características:
a) Contrato de direito privado: Existe uma intervenção do Estado, estando
às partes livres para estipular as cláusulas, desde que respeitam as normas
de proteção existentes na Constituição Federal e na CLT. b) Intuitu
personae em relação ao emprego: A prestação de serviço deve ser pessoal,
sendo vedada a substituição do empregado, salvo concordância do
empregador. c) Consensual: surge da vontade das próprias partes,
resultantes de um acordo de vontades. d) Sinalagmático: Gera deveres e
obrigações entre cada uma das partes. O empregado tem a obrigação de
prestar o serviço para qual foi contratado; dever de obediência ao poder de
direção do empregador e o direito de receber sua remuneração. O
empregador tem a obrigação de pagar o salário ajustado e o direito de exigir
o serviço prestado. e) Sucessivo ou continuado: A relação apresenta
continuidade no tempo. O contrato pressupõe a continuidade da prestação
de serviço, não se tratando de obrigação instantânea; a obrigação de fazer
não se esgota em uma única prestação. f)Oneroso:Não se trata de trabalho
gratuito. O contrato implica o pagamento de uma remuneração como
contraprestação do serviço realizado.
2) Requisitos:
a) Pessoa física: O empregado é sempre uma pessoal física ou natural. b)
Pessoalidade: O empregado deve prestar pessoalmente os serviços, não
podendo fazer-se substituir por outra pessoa. O trabalho deve ser exercido
pelo próprio trabalhador, em razão de suas qualificações profissionais e
pessoais. c) Não eventualidade ou habitualidade: O empregado presta
serviço de maneira contínua, não eventual. O trabalho deve ser contínuo. d)
Subordinação: O empregado é um trabalhador cuja atividade é exercida sob
dependência de outrem, para quem sua atividade é dirigida: empregador; A
dependência ou subordinação é decorrente do contrato de trabalho, por isso
é chamado de “subordinação jurídica”; O trabalho é desta forma, dirigido
pelo empregador, que exerce o poder diretivo. e) Onerosidade: O trabalho é
exercido almejando o recebimento de salário.
realizada pela reclamada. Assim, não verificada nos autos a presença dos
requisitos ensejadores do vínculo de emprego, revela-se de forma cristalina
a improcedência da tese autoral quanto à natureza da relação havida entre
as partes. Recurso conhecido e improvido.
Requião (1999, p. 25) lembra, “não nos esqueçamos de que a Lei n.º 4.886 de
1965, no artigo 1º, ao definir representação comercial, o assenta também no negócio
de mediação”.
Segundo Fazzio Júnior (2016, p.500) a representação comercial pode ser
pessoa física ou jurídica:
A Lei n.º 4.886/1965, com os acréscimos introduzidos pela Lei n.º 8.420/1992,
é associada ao Código Civil 2002 pelo Artigo 710, que trata de uma hipótese de
contrato de agência e distribuição que assim legisla:
Artigo 710: Pelo contrato de agência, uma pessoa assume, em caráter não
eventual e sem vínculos de dependência, a obrigação de promover, à conta
de outra, mediante retribuição, a realização de certos negócios, em zona
determinada, caracterizando-se a distribuição quando o agente tiver à sua
disposição a coisa a ser negociada.
Nesse mesmo sentido Requião (2014, p. 274, 275) esclarece que “ a Lei n.º
4.886/1965, que “regula as atividades dos representantes comerciais autônomos”,
alterada pela Lei n.º 8.420, de 8 de maio de 1992. Agora surgem as disposições do
Código Civil (arts. 710 a 721), que rebatiza o contrato, denominado “agência”.”
A lei, como se vê é bastante explicativa ao mostrar que o representante não é
empregado na empresa (“sem relação de emprego”) e que a representação
comercial deve ter caráter permanente (“em caráter não eventual”) (MARTINS, 2017,
p.107).
Bertoldi (2008, p. 107) nesse mesmo sentido salienta:
O artigo 2º da Lei n.º 4.886/1965 diz que é obrigatório o registro nos Conselhos
Regionais (CORE)5, dos que exerçam a representação comercial autônoma.
Martins (2017, p. 107) conceitua, “os representantes comerciais devem ser
obrigatoriamente registrados nos Conselhos Regionais de Representantes
Comerciais [...], que lhes fornecem as carteiras profissionais”.
Fazzio Júnior (2014, p. 520) lembra os requisitos para o registro com
fundamentos no artigo 3.º da Lei n.º 4.886/1965:
Prova de identidade;
Prova de quitação com serviço militar, quando a ele obrigado;
Prova de estar em dia com as exigências da legislação eleitoral;
Folha corrida de antecedentes, expedida pelos cartórios criminais das
comarcas em que o registro houver sido domiciliado nos últimos dez
(10) anos;
Quitação com o imposto sindical; e
Prova de sua existência legal, se pessoa jurídica.
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CORE – Conselho Regional dos Representantes Comercais
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A lei n.º 4.886/1965 no artigo 4.º estabelece vedações quem não pode ser
representante comercial conforme ensina Martins (2017, p. 108):
Nesse sentido, Bueno (2010, p. 26, apud REQUIÃO, 2005, 59-74), explana:
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Para Saad (2008, p. 46), “O artigo sob análise apresenta um rol de faltas que,
como tal, são tidas no exercício da profissão e cuja prática implica punibilidade do
faltoso”.
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A palavra “linde” é utilizada pelo autor como sinônimo de limite, borda.
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Para que o representante comercial possa dar descontos nos preços fixados e
dilatar os prazos para liquidação das faturas, bem como representar judicialmente a
representada, somente com autorização e mandato expresso da representada.
Estamos diante do artigo que fixa os prazos para recusa, pelo representado,
das propostas ou pedidos encaminhados pelo representante. Esses prazos
prevalecem desde que o contrato não figure cláusula, prevendo, livremente,
outros. Não manifestada a recusa dentro dos prazos estabelecidos
contratualmente ou, na falta destes, pelos fixados em lei, ficará o
representado obrigado a creditar ao representante a respectiva comissão.
Requião (2007, p. 112) explica o texto da Lei, “É bem verdade que o art. 33 da
Lei n.º 4.886/1965 em parte resolve o problema, ao estabelecer prazos para a
recusa escrita do pedido. Não havendo recusa, executado ou não o negócio
agenciado, há débito das comissões”.
O artigo 33 fixa os prazos para recusa pelo representado, a não manifestação
por escrito no prazo, conforme localização do seu domicilio, ficará o representado
obrigado a pagar a respectiva comissão.
Sampaio (2013, p. 29) explica que “pela cláusula del credere, o representante
ficava responsável pelo pagamento da mercadoria se o comprador não honrasse o
compromisso”
Saad (2008, p. 92, 93) esclarece a cláusula del credere nos contratos de
representação comercial:
A Lei n. 4.886/1965 não fazia expressa menção à comissão del crede, por
outro não vedava sua inclusão nos contratos de representação comercial.
(...). A inclusão da cláusula del credere nos contratos de representação
comercial foi expressamente vedada pela lei n. 8.420 (11-5-1992), que
introduziu no texto da Lei n. 4.886/1965 este art. 43.
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Todo contrato determinado, que for prorrogado ou que suceder seis meses,
torna-se indeterminado, conforme fundamentos do artigo 27, inciso j, §2.º: “O
contrato com prazo determinado, uma vez prorrogado o prazo inicial, tácita ou
expressamente, torna-se a prazo indeterminado”.
A extinção por qualquer das partes sem justo motivo do contrato de
representação comercial e ajustado por tempo indeterminado por mais de seis
meses, obriga o denunciante à concessão de aviso prévio de trinta dias de
antecedência, ou ao pagamento de 1/3 das comissões do representante dos três
meses anteriores, conforme institui o art. 34:
Artigo 34. A denúncia, por qualquer das partes, sem causa justificada, do
contrato de representação, ajustado por tempo indeterminado e que haja
vigorado por mais de seis meses, obriga o denunciante, salvo outra garantia
prevista no contrato, à concessão de pré-aviso, com antecedência mínima
de trinta dias, ou ao pagamento de importância igual a um terço (1/3) das
comissões auferidas pelo representante, nos três meses anteriores.
Nesse mesmo sentido Fazzio Júnior (2016, p. 504) também esclarece sobre o
contrato por tempo indeterminado:
Art. 720. Se o contrato for por tempo indeterminado, qualquer das partes
poderá resolvê-lo, mediante aviso prévio de noventa dias, desde que
transcorrido prazo compatível com a natureza e o vulto do investimento
exigido do agente.
Parágrafo único. No caso de divergência entre as partes, o juiz decidirá da
razoabilidade do prazo e do valor devido.
Saad (2008, p. 74) salienta, “que o aviso prévio só é devido se o ajuste for por
prazo indeterminado e haja vigorado por mais de seis meses”.
O aviso prévio é um direito recíproco das partes, entretanto, havendo justo
motivo para o encerramento do contrato, a parte prejudicada fica dispensada da
comunicação prévia, consequentemente, poderá pleitear o direito à indenização do
período correspondente.
Os motivos que justificam o rompimento do contrato são de extrema relevância,
pois determinam os direitos e obrigações das partes em relação à extinção
contratual, ao aviso prévio e às indenizações correspondentes.
Quando, porém, não há distrato, nem caso fortuito ou força maior, mas
resolução por culpa de um dos contratantes, é devida indenização. Se o
contrato de representação é rescindido por culpa do represente – como nas
hipóteses de desídia no comprimento das obrigações, prática que leva o
representado a descrédito ou condenação definitiva por crime infamante
(art. 35, a a d) -, não estabelece a lei da representação comercial nenhuma
indenização.
Um aspecto importante citado por Saad (2008, p. 75) é a confiança da boa fé:
Para Negrão (2010, p. 299) a dispensa por justa causa alegada pelo
representado: “o agente tem direito à remuneração pelos serviços úteis. O
proponente pode exigir perdas e danos por prejuízos que sofrer (CC, art. 717)”.
Coelho (2008, p. 437) explana:
Negrão (2010, p. 299) explica a dispensa por justa causa alegada pelo agente:
Sampaio (2013, p. 31) nos esclarece “que a rescisão do contrato pode ocorrer
nas condições estipuladas para tanto no contrato, ou por denúncia (iniciativa) de
uma das partes”.
Para Coelho (2008, p. 437):
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LRCA – Lei de Representação Comercial Autônoma
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Saad (2008, p.95) explica, “o prazo de prescrição, todavia, passa a ser de cinco
anos, conforme expressa disposição do parágrafo ora comentado. É a chamada
prescrição extintiva, que se traduz na “perda da ação que assegura um direito em
virtude do não-uso dela durante certo período de tempo””.
Entendimento este do TJ-PR conforme jurisprudência:
3.6 COMPETÊNCIA
Significa dizer, que qualquer demanda judicial que tenha por objeto a discussão
do contrato de representação comercial, deverá ser proposta na sede do
estabelecimento do representante.
É com muita frequência, que nos contratos de representação, sejam
estabelecidas cláusulas de eleição de Foro, para definir a competência da Comarca
onde esta estabelecido o representado, para julgamento das lides de tal relação.
Num primeiro momento a jurisprudência dos tribunais foi contrária à eleição de
foro de forma diversa do que dispõe a lei, conforme se observa a seguir:
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<http://aplicacao5.tst.jus.br/consultaunificada2/inteiroTeor.do?action=
printInteiroTe or&format=html&highlight=true&numeroFormatado=RR%20-%
201102- 23.2010.5.12.0010&base=acordao&rowid=AAANGhAAFAAA3 AKA
AK&dataPub licacao=24/06/2016&localPublicacao=DEJT&query=> Acesso
em: 24/05/2020.).
Ainda nesse mesmo sentido Bueno (2010, p. 28-29, apud MARTINS, 2008, p.
263-265) complementa:
CONSIDERAÇÕES FINAIS
REFERÊNCIAS
_______. Tribunal Regional do trabalho 7.º turma - RO. Disponível em: https://trt-
7.jusbrasil.com.br/jurisprudencia/397900840/recurso-ordinario-ro-
3218120165070025?ref=serp=> Acesso em: 31/05/2020.
COELHO, Fábio Ulhoa. Curso de Direito Comercial: De acordo com a nova lei de
falência, v. 3, 5 ed., São Paulo: Saraiva 2005.
_______. Manual de Direito Comercial: Direito de Empresa. 20.º ed., São Paulo:
Saraiva, 2008.
57
FAZZIO JÚNIOR, Waldo. Manual de Direito Comercial. 15 ed., São Paulo: Atlas,
2014.
FAZZIO JÚNIOR, Waldo. Manual de Direito Comercial. 17 ed., São Paulo: Atlas
2016.
SAAD, Ricardo Nacim. Representação Comercial. 4 ed., São Paulo: Saraiva 2008.
SANTOS, Elisabete Teixeira Vido dos. Elementos do Direito: Direito Comercial. 7.ª
ed., São Paulo: Premier, 2008.