Introdução O DNA é a Fonte de Informação Genética, Constituído Por Um Açúcar Desoxirribose, Um Grupo Fosfato e Uma Base Nitrogenada. O Seu Formato é de Dupla Hélice, Pois as Duas Cadeias de Nucleotídeos Giram Ao Redo
O DNA é a fonte de informação genética, constituído por um
açúcar desoxirribose, um grupo fosfato e uma base nitrogenada. O seu formato é de dupla hélice, pois as duas cadeias de nucleotídeos giram ao redor uma da outra, ficando os açúcares e fosfatos fora da hélice e as bases presas em seu interior. Essas duas pontes são unidas por pontes de hidrogênio entre as bases, e as duas fitas são antiparalelas e complementares. A estrutura do DNA possui importantes implicações genéticas, que residem na sequência de bases do DNA. Entre as muitas modalidades de aprendizado sobre o DNA, uma modalidade muito popular e ensinada é a Extração do DNA de Vegetais. Historicamente, métodos simples de extração e isolamento de DNA de material vegetal apareceram primeiro em textos americanos, e a partir dessas primeiras experiências, textos e páginas da internet nacionais fizeram suas próprias publicações, traduções ou adaptações, difundindo ainda mais esse método de aprendizado. Há uma variedade de vegetais usados, os mais comuns são morango, ervilha, cebola e banana. Esse trabalho será um relato da extração do DNA de uma cebola, um vegetal que possui pequenas quantidades de pectinas (o que facilita a interpretação de resultados, não havendo confusão sobre o que seria o DNA e o que seria a pectina). Para extrair o material, é preciso dissociar o tecido da planta, romper a parede celular e as membranas plasmática e nuclear, remover as proteínas e isolar o DNA.
Materiais e Métodos
Os materiais utilizados para a extração caseira do DNA de
cebola são: Uma cebola média Uma faca de cozinha Dois copos Água quente Água filtrada Sal Detergente de louças transparente Álcool etílico 70% gelado Canudo de plástico resistente Pano de prato Felo Liquidificador
O método utilizado consiste em picar a cebola e triturá-la
no liquidificador juntamente com 50ml de água filtrada, para que haja a quebra da parede celular que envolve a célula vegetal. Depois se despeja o triturado no copo e acrescentar duas colheres de sopa de detergente incolor, que ajuda a dissolver a bicamada lipídica da membrana plasmática, as membranas das organelas e a carioteca que limita o núcleo. Adiciona-se também meia colher de chá de sal que ajuda a manter as proteínas dissolvidas no líquido extraído, impedindo sua precipitação junto ao DNA. Deve-se mexer bem essa mistura e colocá-la ao fogo dentro de uma panela com água durante 15 minutos, esse aquecimento visa o desarranjo dos fosfolipídeos das membranas e a desnaturação parcial das enzimas do tipo DNAse, evitando que o DNA seja cortado em pequenos fragmentos. Posteriormente, a mistura deve ser coada no pano de prato, recolhendo o líquido filtrado em um copo limpo, e adicionado o álcool 70% gelado vagarosamente, a função do álcool é promover o agrupamento dos filamentos, tornando-os visíveis. Serão formadas duas fases, sendo a superior alcoólica e a inferior aquosa. Após esse procedimento, mergulha-se o canudo e se mistura as duas fases, e nesse momento deve-se formar fios/grumos esbranquiçados que são os aglomerados de moléculas de DNA.
Resultados
O resultado obtido foi a visualização clara do DNA do
vegetal após a adição vagarosa do álcool gelado. O DNA aparenta ser viscoso nessa mistura, se aderindo facilmente ao canudo. Segue fotos do processo e do resultado A mistura da cebola triturada, com o detergente e o sal antes de ser aquecido
O triturado filtrado, após o aquecimento
Após a adição do álcool gelado à mistura, observa-se as duas
fases. Vista superior após a adição de álcool, ainda sem ter misturado as duas fases. Observa-se que já era possível ver sutilmente os grumos brancos de DNA, antes mesmo de se misturar.
As cinco fotos anteriores, registram o momento após a
mistura das fases superior e inferior, com o movimento do canudo é facilmente perceptível o DNA do vegetal, sendo esse o resultado final do procedimento. A foto acima, por fim, mostra o DNA da cebola em uma visão lateral do copo.
Conclusão
Conclui-se que esse método de aprendizagem é de grande
valia, sendo possível entender melhor a composição do DNA pelo estudo da ação de cada componente da extração (como o detergente e o aquecimento), além da interessante visualização do DNA do vegetal, colocando em prática os ensinamentos da sala de aula. O DNA é facilmente visível quando o procedimento é feito de maneira correta.
Referências
1. PIERCE, Benjamin A. Genética: um enfoque conceitual.
Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2004 2. Furlan, Cláudia Maria, et al. "Extração de DNA vegetal: o que estamos realmente ensinando em sala de aula." Química Nova na Escola 33.1 (2011): 32-36