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UNIVERSIDADE FEDERAL DO TOCANTINS

CURSO: NUTRIÇÃO

Maria Eduarda Duarte de Souza


Rayane Lira Rodrigues

RELATÓRIO DA AULA PRÁTICA: Extração do


DNA de Cebola

PALMAS-TO
2022
Introdução

O DNA é a fonte de informação genética, constituído por um


açúcar desoxirribose, um grupo fosfato e uma base
nitrogenada. O seu formato é de dupla hélice, pois as duas
cadeias de nucleotídeos giram ao redor uma da outra,
ficando os açúcares e fosfatos fora da hélice e as bases
presas em seu interior.
Essas duas pontes são unidas por pontes de hidrogênio
entre as bases, e as duas fitas são antiparalelas e
complementares. A estrutura do DNA possui importantes
implicações genéticas, que residem na sequência de bases
do DNA. Entre as muitas modalidades de aprendizado sobre
o DNA, uma modalidade muito popular e ensinada é a
Extração do DNA de Vegetais. Historicamente, métodos
simples de extração e isolamento de DNA de material
vegetal apareceram primeiro em textos americanos, e a
partir dessas primeiras experiências, textos e páginas da
internet nacionais fizeram suas próprias publicações,
traduções ou adaptações, difundindo ainda mais esse
método de aprendizado. Há uma variedade de vegetais
usados, os mais comuns são morango, ervilha, cebola e
banana.
Esse trabalho será um relato da extração do DNA de uma
cebola, um vegetal que possui pequenas quantidades de
pectinas (o que facilita a interpretação de resultados, não
havendo confusão sobre o que seria o DNA e o que seria a
pectina). Para extrair o material,
é preciso dissociar o tecido da planta, romper a parede
celular e as membranas plasmática e nuclear, remover as
proteínas e isolar o DNA.

Materiais e Métodos

Os materiais utilizados para a extração caseira do DNA de


cebola são:
Uma cebola média
Uma faca de cozinha
Dois copos
Água quente
Água filtrada
Sal
Detergente de louças transparente
Álcool etílico 70% gelado
Canudo de plástico resistente
Pano de prato
Felo
Liquidificador

O método utilizado consiste em picar a cebola e triturá-la


no liquidificador juntamente com 50ml de água filtrada,
para que haja a quebra da parede celular que envolve a
célula vegetal. Depois se despeja o triturado no copo e
acrescentar duas colheres de sopa de detergente incolor,
que ajuda a dissolver a bicamada lipídica da membrana
plasmática, as membranas das organelas e a carioteca que
limita o núcleo. Adiciona-se também meia colher de chá de
sal que ajuda a manter as proteínas dissolvidas no líquido
extraído, impedindo sua precipitação junto ao DNA. Deve-se
mexer bem essa mistura e colocá-la ao fogo dentro de uma
panela com água durante 15 minutos, esse aquecimento
visa o desarranjo dos fosfolipídeos das membranas e a
desnaturação parcial das enzimas do tipo DNAse, evitando
que o DNA seja cortado em pequenos fragmentos.
Posteriormente, a mistura deve ser coada no pano de prato,
recolhendo o líquido filtrado em um copo limpo, e
adicionado o álcool 70% gelado vagarosamente, a função do
álcool é promover o agrupamento dos filamentos,
tornando-os visíveis. Serão formadas duas fases, sendo a
superior alcoólica e a inferior aquosa. Após esse
procedimento, mergulha-se o canudo e se mistura as duas
fases, e nesse momento deve-se formar fios/grumos
esbranquiçados que são os aglomerados de moléculas de
DNA.

Resultados

O resultado obtido foi a visualização clara do DNA do


vegetal após a adição vagarosa do álcool gelado. O DNA
aparenta ser viscoso nessa mistura, se aderindo facilmente
ao canudo. Segue fotos do processo e do resultado
A mistura da cebola triturada, com o detergente e o sal antes
de ser aquecido

O triturado filtrado, após o aquecimento

Após a adição do álcool gelado à mistura, observa-se as duas


fases.
Vista superior após a adição de álcool, ainda sem ter
misturado as duas fases. Observa-se que já era possível ver
sutilmente os grumos brancos de DNA, antes mesmo de se
misturar.

As cinco fotos anteriores, registram o momento após a


mistura das fases superior e inferior, com o movimento do
canudo é facilmente perceptível o DNA do vegetal, sendo
esse o resultado final do procedimento.
A foto acima, por fim, mostra o DNA da cebola em uma
visão lateral do copo.

Conclusão

Conclui-se que esse método de aprendizagem é de grande


valia, sendo possível entender melhor a composição do
DNA pelo estudo da ação de cada componente da extração
(como o detergente e o aquecimento), além da interessante
visualização do DNA do vegetal, colocando em prática os
ensinamentos da sala de aula. O DNA é facilmente visível
quando o procedimento é feito de maneira correta.

Referências

1. PIERCE, Benjamin A. Genética: um enfoque conceitual.


Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2004 2. Furlan, Cláudia
Maria, et al. "Extração de DNA vegetal: o que estamos
realmente ensinando em sala de aula." Química Nova na
Escola 33.1 (2011): 32-36

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