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Não falava em nome próprio, mas em nome de A medida que se escreve sobre a singularidade de sua própria experiência, esse
muitos, ou de vários outros que nos diversos nos fala de si somente produzir narrativas que façam tocar de modo a dialogar as
marcas de quem escreve com as marcas de quem as lê. A escrita então torna-se
contextos também enfrenta cruamente uma vida exercício de um pensamento que não coincide com a razão.
sofrida e insuportável.
A medida que se escreve sobre a singularidade de sua própria experiência, esse
nos fala de si somente produzir narrativas que façam tocar de modo a dialogar as
marcas de quem escreve com as marcas de quem as lê. A escrita então torna-se
Diário: Ela falava de suas experiências no exercício de um pensamento que não co com a razão.
momento mesmo que ocorriam, era por forma de
escritas, desenhos, elas eram a experimentação de FRIDA MACHADO Cuidado de si estaria ligado a uma prática da espiritualidade. Dentre eles, três
KAHLO princípios básicos:
si, uma forma de perceber o mundo e as coisas
que vivia e sentia.
1 - Entendia que a verdade jamais seria dada de pleno direito ao sujeito por um simples ato
de conhecimento.
A vida era uma constante mutação de si. “Eu sou a
desintegração” Kahlo, 1995, p. 225. 2 – Demandaria a necessidade do sujeito se transformar, se modificar, tornar-se
até certo ponto outro que não ele mesmo para que tivesse acesso a verdade.
3 – A verdade seria dada ao sujeito por certo preço. Que pudesse em jogo o ser mesmo o
sujeito que afetasse esse mesmo sujeito.
Uma mulher considerada muito além do seu
tempo e sofreu em toda a sua vida.
Cuidado de si é então atravessar por práticas que circunstanciam uma estética da existência, e a vida dos homens
percebidas como uma obra de arte.