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FACULDADE MAURICIO DE NASSAU / MÉTODOS E TÉCNICAS DA PESQUISA PSICOLÓGICA / PROF ME.

MATHEUS BATALHA / CRISTINA LÚCIA MACEDO COSTA

(1994) Destaca que a escrita de si não seria


um registro somente do eu, porém desde a Não muito diferente de Frida Kahlo, fez na poesia sua vida
antiguidade até os dias atuais, faz parte da
manter-se sempre na tensão aberta desses pontos, recusando
constituição do próprio sujeito e performa a
noção do individuo. qualquer marca de identidade, juízos, valores, como também
prescrições também como deveria comportar-se ou se
Subjetivação: Por Foucoult, havia uma relacionar com sua poética. Expressou que era tentado a todo
extensão de dispor desta escrita como uma momento para que lado encaminharia sua vida, se fez
ferramenta para agir, sobre si mesmo de reconhecer suas próprias linguagens e ato que são possíveis
MICHEL
forma ética, como uma estética da existência.
FOUCOULT empreender na busca do sentir, do apalpar e escutar as rotas e
explosões do seu próprio pensamento e invenção.
ÉTICA: A existência que o sujeito de si mesmo
promovendo segundo sua vontade e desejo
uma forma ou estilo de vida culminando em ARTHUR
uma “estética da existência”, e fazer um auto RIMBAUD
exame sobre sua própria alma.
Quanto a função da escrita, no sentido de não só
transgredir as prerrogativas quanto ao lugar que a
A relação do governo do outro implica diretamente na forma que objetividade e a neutralidade ocupam no formato
governamos a nós mesmos. da escrita acadêmica, mas também de produzir
interferências seja naquele que escreve, e seja
naquele que lê.
Escrita em si (2004), tem uma representação a expressão passou
a caracterizar os textos em que o narrador em primeira pessoa se
identifica explicitamente com o autor empírico, biográfico
entendo da relação de si para consigo como experiência
espiritual escrever para si e para o outro
ESCRITA DE SI E EXPERIENCIANDO DESVIOS

Não falava em nome próprio, mas em nome de A medida que se escreve sobre a singularidade de sua própria experiência, esse
muitos, ou de vários outros que nos diversos nos fala de si somente produzir narrativas que façam tocar de modo a dialogar as
marcas de quem escreve com as marcas de quem as lê. A escrita então torna-se
contextos também enfrenta cruamente uma vida exercício de um pensamento que não coincide com a razão.
sofrida e insuportável.
A medida que se escreve sobre a singularidade de sua própria experiência, esse
nos fala de si somente produzir narrativas que façam tocar de modo a dialogar as
marcas de quem escreve com as marcas de quem as lê. A escrita então torna-se
Diário: Ela falava de suas experiências no exercício de um pensamento que não co com a razão.
momento mesmo que ocorriam, era por forma de
escritas, desenhos, elas eram a experimentação de FRIDA MACHADO Cuidado de si estaria ligado a uma prática da espiritualidade. Dentre eles, três
KAHLO princípios básicos:
si, uma forma de perceber o mundo e as coisas
que vivia e sentia.
1 - Entendia que a verdade jamais seria dada de pleno direito ao sujeito por um simples ato
de conhecimento.
A vida era uma constante mutação de si. “Eu sou a
desintegração” Kahlo, 1995, p. 225. 2 – Demandaria a necessidade do sujeito se transformar, se modificar, tornar-se
até certo ponto outro que não ele mesmo para que tivesse acesso a verdade.

3 – A verdade seria dada ao sujeito por certo preço. Que pudesse em jogo o ser mesmo o
sujeito que afetasse esse mesmo sujeito.
Uma mulher considerada muito além do seu
tempo e sofreu em toda a sua vida.
Cuidado de si é então atravessar por práticas que circunstanciam uma estética da existência, e a vida dos homens
percebidas como uma obra de arte.

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