Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
beneficiária com contabilidade organizada, e recibos sem aquela retenção, se emitidos a entidade beneficiária sem
contabilidade organizada ou a entidade não residente sem estabelecimento estável em território nacional. Nestes
últimos, o valor da contribuição devida pela entidade beneficiária é pago ao trabalhador independente, somado ao
valor por ele faturado.
De notar que se este profissional da área da cultura estiver no regime de contabilidade organizada, a entidade
beneficiária não procede à retenção da contribuição do regime geral/previdencial (21,4 %). Esta informação é
considerada automaticamente aquando da emissão do recibo. Este trabalhador independente continua a pagar as
suas contribuições (21,4 %) diretamente à Segurança Social, com base no apuramento a partir do lucro tributável.
2.ª situação
O trabalhador independente emite recibo SEM retenção a entidade beneficiária com contabilidade organizada,
porque NÃO está inscrito no RPAC.
A entidade beneficiária é responsável pelo pagamento à Segurança Social apenas da contribuição a seu cargo para
o Fundo (5,1 %). E o trabalhador independente continua a pagar a sua Segurança Social (os 21,4 %) através da
declaração trimestral, como até aqui fazia, ou com base no apuramento a partir do lucro tributável, caso esteja em
regime de contabilidade organizada. E não tem o encargo dos 3,8 % para o Fundo.
3.ª situação
O trabalhador independente emite recibo SEM retenção a entidade beneficiária sem contabilidade organizada ou a
entidade não residente sem estabelecimento estável em território nacional, e ESTÁ inscrito no RPAC. O trabalhador
independente é responsável pelo pagamento à Segurança Social de:
– A sua contribuição para a Segurança Social (21,4 %),
– A sua contribuição individual para o fundo (3,8 %),
– E a contribuição da entidade beneficiária para o Fundo (5,1 %), que esta pagou previamente ao trabalhador
independente.
4.ª situação
O trabalhador independente emite recibo SEM retenção a entidade beneficiária sem contabilidade organizada ou a
entidade não residente sem estabelecimento estável em território nacional e NÃO está inscrito no RPAC. O
trabalhador independente é responsável pelo pagamento à Segurança Social de:
– A sua contribuição para a Segurança Social (21,4 %), que pagará através da declaração trimestral, como até aqui
fazia, ou com base no apuramento a partir do lucro tributável, caso esteja em regime de contabilidade organizada,
– E contribuição da entidade beneficiária para o Fundo (5,1 %), que esta pagou previamente ao trabalhador
independente.
E não existe o encargo do trabalhador independente com os 3,8 % para o Fundo.
Que fique claro que a contribuição da entidade beneficiária é sempre devida, sempre que existir recibo na área da
cultura, mesmo que o trabalhador independente não esteja inscrito no RPAC. A inscrição no RPAC, como vimos,
tem apenas o efeito de as contribuições do trabalhador independe passarem a ser feitas no âmbito do novo regime
contributivo criado pelo Estatuto. E, neste caso, difere a forma de pagamento: por retenção da entidade beneficiária
do serviço, ou diretamente pelo trabalhador, conforme condições já explicadas.