1.desenvolvimento de Produtos em Turismo 1

22/03/2021
Desenvolvimento de Produtos
Turísticos
1. Desenvolvimento de Produtos em Turismo
Márcio Ribeiro Martins (PhD)
Introdução
• O turismo é uma atividade económica vital e cada vez mais
importante de uma economia regional e local.
• O desenvolvimento bem-sucedido de produtos turísticos
disponíveis para visitantes e habitantes locais aumenta a
diversidade e o apelo de um destino, atraindo mais visitantes
e clientes com maior poder de compra.
Concordam? Porquê?
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Introdução
Introdução
• O desenvolvimento de produtos turísticos envolve olhar
sistematicamente para uma região, áreas, ofertas, mercados
e nichos para determinar quais são as empresas, mercados e
produtos turísticos certos a serem desenvolvidos: aqueles
com potencial não apenas para prosperar economicamente,
mas também para melhorar a oferta no seu todo e a
experiência de visita da região.
• Também visa ajudar a identificar o “tipo errado” de
desenvolvimento: aqueles que são suscetíveis de falhar,
impactar negativamente no meio ambiente local, ou
degradar ou desvalorizar o território e a oferta regional.
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Introdução
• Os Produtos turísticos na Estratégia Turismo 2027
– No processo de participação pública - Focus Groups e reuniões bilaterais - em alguns dos
principais mercados emissores (mais de 80 participantes), um dos ASPETOS A MELHORAR é
a Estruturação do produto (p.14);
– Na análise do contexto interno, uma das fragilidades apontadas é a falta de estruturação do
produto (p.35);
– Na análise do ambiente externo, uma das oportunidades é a Procura crescente por hábitos
saudáveis e produtos de saúde e bem-estar (p.35);
– Na operacionalização, dentro do Eixo “Valorizar o território e as comunidades”, uma das
tipologias de projetos prioritários são as Ações de valorização dos produtos endógenos
regionais, nomeadamente, no âmbito do ativo estratégico Gastronomia & Vinhos (p.55);
– Dentro do Eixo “Afirmar o turismo na economia do mar”, uma das uma das tipologias de
projetos prioritários é a Valorização dos produtos do mar associados à Dieta
Mediterrânica (p.55);
– Dentro do Eixo “Estruturar e promover ofertas que respondam à procura turística”, são
necessárias iniciativas de estruturação de produtos ajustados a diferentes segmentos da
procura (em que se incluem, produtos específicos, designadamente, para famílias, séniores,
jovens, surf, turismo equestre, turismo militar).
1.1. Definições
• Um produto é um conjunto de atributos tangíveis e
intangíveis, que incluem a embalagem, cor, preço,
qualidade e marca, além dos serviços e reputação do
vendedor.
• Um produto é qualquer coisa que pode ser oferecida a
um mercado para atenção, aquisição, uso ou consumo e
que possa satisfazer um desejo ou necessidade.
• Um produto pode ser um bem, serviço, lugar, pessoa ou
ideia.
– Inclui: objetos físicos, serviços, eventos, pessoas, lugares,
organizações, ideias, combinações dos itens anteriores.
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1.1. Definições
• Classificação dos Produtos

Na perspetiva do Consumidor
– Destinado ao consumo pessoal ou uso doméstico
Na perspetiva empresarial/negócio
– Destina-se à revenda, produção de outros produtos, prestação de
serviços na organização
1.1. Definições
• Produtos na perspetiva do consumidor e das empresas
– Se um produto é considerado um produto para o consumidor ou
para um negócio depende do mercado-alvo pretendido; como é
usado e por quem.
– Alguns produtos são vendidos apenas para consumidores com fins
não comerciais; outros são vendidos a organizações para uso no
próprio negócio, para revenda ou para fornecer serviços.
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1.1. Definições
• Um produto é mais do que um conjunto de atributos.
1.1. Definições
• O que é um serviço?
– Um serviço é uma forma de produto que consiste em atividades,
benefícios ou satisfações oferecidos para venda que são essencialmente
intangíveis e não resultam na propriedade de nada.
• Exemplos:
• Bancos
• Hotéis
• Turismo
• A maioria dos serviços incorporam as seguintes qualidades:

– Intangibilidade
– Inseparabilidade
– Variabilidade
– Perecibilidade
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1.1. Definições
Natureza e características de um serviço
Intangibilidade
• Não pode ser visto, saboreado, sentido, ouvido ou cheirado

antes da compra.
Inseparabilidade
• Não pode ser separado dos fornecedores do serviço.
Variabilidade
• A qualidade depende de quem os fornece e quando, onde e

como.
Perecibilidade
• Não pode ser armazenado para venda ou uso posterior.
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1.1. Definições
Core Product & Augmented Product
• Produto – um conjunto de características; Um conjunto de vantagens;
Uma coleção de benefícios para o comprador, onde se incluem
serviços.
• Produto central - o item/objeto tangível mais os serviços habituais.
• Produto melhorado (augmented) - o produto tangível mais os serviços
habituais e exclusivos/personalizados compreendem o produto
melhorado.
– Um meio de superar as expectativas do cliente
– Deve ser feito cliente a cliente
– É realizado adicionando serviços exclusivos/personalizados ao produto principal
– Ajuda na construção de fortes parcerias com clientes
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Classificações do Produto: Produtos de Consumo

• Comprados com frequência e de forma imediata
Produtos de • Preço baixo
• Publicidade em massa
conveniência • Muitos locais de compra
Produtos de • Comprados com menos frequência

• Preço mais alto
compras • Menos locais de compra
• Comparação de lojas (roupas, carros, eletrodomésticos)
(shopping)
• Esforços especiais de compra
• Preço alto
Produtos especiais • Características únicas
• Identificação com uma marca
• Poucos locais de compra ( Porsche, Rolex…)
Produtos não • Novas inovações

Procurados • Produtos sobre os quais os consumidores não querem pensar
• Requer muita publicidade e venda cara a cara (seguros de vida, doação de sangue…)
(Unsought)
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Fases no planeamento de um produto
Atributos do produto
Branding
Embalagem
Rotular
Serviços de Suporte ao Produto
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Atributos de um produto
Qualidade do Produto
• Capacidade de um produto para executar suas

funções. Inclui nível e consistência
Características do Produto
• Ajuda a diferenciar o produto em relação à

concorrência
Design do produto
• Processo de desenho do estilo e função de um

produto
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1.1. Definições
• O “produto” é um elemento-chave do mix de marketing do destino e refere-
se às atrações, experiências, infraestruturas, equipamentos e
comodidades oferecidas aos potenciais viajantes (OMT, 2007).
• O conceito de "desenvolvimento de produto" em termos de destino implica
uma variedade de ações por parte da Organização de Gestão do Destino
(DMO), incluindo:
– Criação de estruturas de planeamento e estratégias para o desenvolvimento e
melhoria de novas atrações, experiências e instalações pelo setor público e privado.
– Desenvolvimento e melhoria de atrações públicas, experiências e instalações
– Promover e facilitar o investimento do setor privado em atrações turísticas,
experiências e instalações.
– Promover e facilitar o estabelecimento e a melhoria de Pequenas, Médias e
Microempresas (SMME) para garantir que o turismo enquanto atividade económica
se estenda o mais amplamente possível pelo território.
– Packaging e apresentação de atrações turísticas, experiências e instalações para
garantir um planeamento e aproveitamento mais fácil pelos viajantes.
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1.1. Definições
• Segundo a UNWTO, há dois aspetos chave no desenvolvimento
de produtos turísticos:
– É uma atividade que é parte integrante de um processo extenso e
interligado;
– A pesquisa de mercado, o desenvolvimento de produtos e o marketing
representam um continuum. A existência de uma falha num destes
componentes chave fará com que o destino não alcance o seu potencial.
• O desenvolvimento de produtos turísticos pode ser entendido
como abrangendo todos os elementos do destino com os quais os
visitantes entram em contacto: infraestruturas, alojamentos,
atrações, atividades…
• Ou também pode ser definido como compreendendo apenas as
atrações, atividades e equipamentos que são especificamente
fornecidos aos visitantes.
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1.1. Definições
• O desenvolvimento de produtos turísticos não deve ser
feito de forma isolada.
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1.1. Definições
• No desenvolvimento de produtos turísticos, o que é importante para as autoridades, é

compreender precisamente que combinação de objetivos se pretende atingir através do
seu apoio ao desenvolvimento.
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1.1. Definições
• O “produto” de destino é a combinação de elementos que criam a
experiência total que pode ser oferecida aos potenciais clientes.
• A experiência turística estende-se por toda a cadeia de valor,
– por ex. quando o turista “compra” uma experiência de aventura, isso inclui
investigá-la, reservá-la, ter acesso a ela, a atividade real, instalações no local,
integridade ambiental da área, normas de segurança, instrutores e guias de
aventura, feedback posterior, etc.
• Segundo a UNWTO, qualquer produto turístico é constituído por três
fatores:
– Fator experiencial (festivais, atividades, comunidade, eventos, restauração e
entretenimento, compras, segurança, serviço)
– Fator emocional (pessoas, recursos naturais e históricos, hospitalidade)
– Fator Físico (infraestruturas, recursos naturais, alojamentos, restaurantes)
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1.1. Definições
Fonte: UNWTO (2011, p.4)
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1.1. Definições
• As experiências de destino no local incluem características
intangíveis (acontecimentos únicos, paisagens, qualidade
ambiental, níveis de serviço, simpatia das pessoas, etc.),
bem como aspetos tangíveis, como infraestruturas
públicas, produtos e serviços privados, atrações e serviços
públicos, estilos de vida da comunidade, atrações e serviços.
• Um elemento fraco na combinação das componentes
de um produto é capaz de reduzir significativamente a
satisfação geral do cliente. Uma abordagem perfeita para
fornecer qualidade é essencial.
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1.1. Influências e determinantes no

desenvolvimento de produtos turísticos
• É essencial considerar as influências e determinantes da

procura turística no sentido de desenvolver os produtos
turísticos que melhor se adequam – aquilo que o mercado
quer ou deseja e que traz mais benefícios económicos,
criando o mínimo impacte ambiental possível ou eventuais
conflitos sociais.
• Segundo a UNWTO existem alguns fatores qualitativos que
moldam o padrão, a escala e as formas de desenvolvimento
turístico: fatores económicos, tecnológicos, políticos e
demográficos…
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• Fatores económicos
– O crescimento económico pós II
Guerra Mundial conduziu ao
aumento da disponibilidade de
rendimento e de mais tempo livre.
– A existência de crescimento
económico conduz ao aumento do
número de pessoas a viajar em todo
o mundo.
– Enquanto existir crescimento
económico, os consumidores
continuarão a utilizar parte dos
seus rendimentos na atividade
turística.
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• Fatores tecnológicos
– Os fatores tecnológicos também contribuíram bastante para o crescimento
da atividade turística: avião comercial, inovações nas telecomunicações e na
eletrónica…
– A utilização de novas tecnologias no desenho e comercialização de produtos
turísticos continuará a crescer.
– O número de pessoas que utiliza sites de internet para pesquisar, procurar
viagens, reservar voos e alojamentos também cresceu exponencialmente 8e
vai continuar a crescer).
– Nos EUA as reservas online atingiram, em 2009, 100 biliões de Dólares.
– Todos os destinos devem, por isso, utilizar as novas tecnologias disponíveis
em todos os aspetos e fases de planeamento, distribuição e marketing; os
que não o fizerem, irão perder mercado para os seus concorrentes.
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– 82% de todas as reservas de viagens (2018) foram feitas online por meio de
um aplicativo móvel ou site, sem interação humana.
– 148,3 milhões de reservas de viagens são concluídas online todos os anos.
– A projeção do mercado de viagens online (US$ 756 biliões em 2019) deve
crescer para US$ 817 biliões até 2020.
– As vendas de viagens online em todo o mundo cresceram 15,4% e as reservas
de hotéis online aumentaram 10,3%.
– A indústria de viagens em todo o mundo vale uns impressionantes US$ 1,2
triliões.
– Segunda-feira é o dia mais popular para os viajantes comprarem suas
viagens, em comparação ao sábado, que é o dia mais sossegado.
Fonte: https://www.condorferries.co.uk/online-travel-booking-statistics
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– As reservas de viagens online devem chegar a US$ 817 biliões até 2020.
– Até 2023, 700 milhões de pessoas reservarão online seus quartos de hotel.
– 70% dos viajantes pesquisam viagens nos seus smartphones.
– As vendas de viagens digitais on-line em 2019 totalizaram US $755 biliões, em todo
o mundo.
– 83% dos adultos americanos agora preferem reservar suas viagens online.
– 33% dos consumidores dizem que usaram um assistente de viagens virtual para
ajudar a organizar e planear a sua próxima viagem.
– Os dados do Google mostram que as pesquisas relacionadas a viagens, incluindo
“today" e “tonight", cresceram mais de 519% nos últimos cinco anos.
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– 45% dos viajantes do Reino Unido sentem-se confortáveis para pesquisar, planear e
reservar viagens para novos destinos usando apenas o smartphone.
– 72% das reservas feitas pelo smartphone acontecem 48 horas após as pesquisas de
última hora no Google.
– Todos os anos 148,3 milhões de reservas de viagens são concluídas online.
– Espera-se que as agências de viagens online que oferecem aos clientes "um balcão
único" possuam 41% do mercado de viagens digitais online até 2020.
– A geração “milénio” (nascidos após 1980) prefere reservar hotéis por meio de
agências de viagens, mas 52% navegam no site do hotel para obter mais
informações.
– 82% de todas as reservas de viagens em 2018 foram feitas online por meio de um
aplicativo móvel ou site, sem interação humana.
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• Fatores políticos
– No passado, as restrições políticas relacionadas com vistos de entrada limitaram o crescimento do turismo.
– Como a turismo foi sendo reconhecido como uma importante atividade económica, a tendência foi de
eliminação de barreiras à passagem das pessoas entre países.
– Nos países onde ainda existem restrições, o uso da tecnologia como os passaportes eletrónicos, controlos
automáticos das passagens ou controlos de retina, facilitam as entradas.
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• Fatores demográficos
– A tendência de envelhecimento da população dos países desenvolvidos é
uma realidade.
• A população ativa vai diminuindo
• Verifica-se o aumento da emigração Sul-Norte.
– O segmento dos turistas mais idosos irá continuar a aumentar
– O segmento VFR entre países do Norte e países do Sul irá também aumentar.
– As alterações na estrutura familiar dos países ocidentais (aumento de
divórcios, casamentos tardios, adiamento do nascimento do primeiro filho)
levam ao surgimento de novos segmentos: pais solteiros que viajam com
filhos, gays…
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• Outras influências
– Globalização vs. Local
– Preocupações ambientais e sociais
– Estilos de vida e trabalho
– Procura por experiências autênticas
– Marketing
– Segurança para viajar
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Implicações para a estratégia do Produto

• Todo o destino pode ser considerado uma “fábrica de turismo”, criando uma experiência
turística global, composta por uma variedade de ingredientes, oferecidos num Pacote, de
forma integrada.
• A DMO pode ser considerada o "coordenador da fábrica", com as seguintes
responsabilidades principais:
– Proporcionar liderança e incutir uma visão de destino entre os stakeholders;
– Planeamento para o desenvolvimento e promoção do destino.
– Promover o destino em associação com outros parceiros públicos e privados e ser o responsável pela
marca do destino.
– Colocar em prática um conjunto de mecanismos e ferramentas (por exemplo, estruturas de organização,
identidade de marca coletiva, assistência financeira, co-op marketing, novas tecnologias, etc.) para garantir
que todos os ingredientes se reúnam para uma experiência ideal.
• No entanto, a DMO na maioria das vezes não possui nenhum dos componentes que compõem
a experiência turística - nem a "planta" (alojamentos, transportes, parques temáticos, etc.),
nem as matérias-primas (características naturais, culturais) e mão-de-obra envolvida na sua
produção.
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Implicações para a estratégia do Produto

• As seguintes questões relacionadas ao produto devem ser
abordadas pelas DMO’s:
– Como a DMO pode identificar, orientar e direcionar os principais
componentes do mix de produtos da região?
– Como a DMO pode trabalhar com organizações parceiras e grupos
de interesse para melhorar a estratégia do produto de uma forma
coordenada e orientada para o mercado?
– Como a DMO pode ajudar e participar efetivamente no
lançamento de novos produtos turísticos?
– Que variações nas estratégias de marketing são necessárias para
atender o consumidor em diferentes estágios do (s) ciclo (s) de vida
do produto de destino?
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Objetivos da DMO relacionados com o produto

• Oferecer uma experiência de turismo excecional para
segmentos de mercado, selecionados com base nas suas
expectativas, exigências e requisitos particulares.
• Cumprir com a promessa da marca - não há nada pior
para a marca do destino que uma experiência real que não
correspondeu às expectativas.
• Preparar as experiências de acordo com as metas e
objetivos da DMO, por exemplo, aumentando o tempo de
permanência, aumento dos gastos dos turistas, disseminar o
turismo pelo território, suavizar a sazonalidade, etc.
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Estratégia do destino para o desenvolvimento de

Produtos Turísticos
• Os principais fatores que determinam uma aproximação à
estratégia do destino no desenvolvimento do seu setor turístico
são:
– O que tem, ou pode ser desenvolvido para atrair e satisfazer turistas de
uma forma sustentável (recursos naturais, históricos e culturais…);
– Quais são as oportunidades de mercado para os produtos que podem ser
desenvolvidos, tendo em conta a concorrência, tendências de mercado e
gostos;
– Quão forte são:
• Os fatores de produção do destino (trabalho, capital, empresas…) no que diz
respeito à criação e apoio do desenvolvimento turístico, e;
• a sua posição na atração de investimento estrangeiro;
– Que prioridades e níveis de apoio existem da parte das autoridades.
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1.2. Princípios e Procedimentos no

• Antes de iniciar o processo de desenvolvimento de produtos

turísticos, a UNWTO aconselha a ter em conta o quadro
completo: as políticas, o planeamento e a gestão do setor do
turismo.
• Este pode ser dividido em dois grupos amplos:
– Fundamentos (aspetos que precisam de ser tidos em
consideração antes do desenvolvimento de produtos turísticos
sustentáveis, ou seja, o necessário hardware);
– Princípios e procedimentos (as etapas no desenvolvimento de
produtos turísticos e respetiva fruição, ou seja, o software)
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Estruturas
(estabelecem
todos os
arranjos
institucionais
apropriados
para o
turismo);
Há três aspetos Coordenação

fundamentais em entre instituições
coordenação entre
relação aos quais, os departamentos
as autoridades do governo central
devem ter muito e administrações
cuidado e atenção: regionais e locais.
Sistema de
Planeamento
(existência de um
sistema de
planeamento que
fornece orientação
adequada e que
encoraje a
originalidade e
estimule o
investimento)
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• Princípios que sustentam o planeamento e desenvolvimento de produtos
turísticos:
– Compreender os gostos do mercado e tendências (pesquisa de mercado);
– Mercado e correspondência do produto;
– Indicar áreas/zonas de desenvolvimento turístico;
– Realizar uma ampla consulta aos stakeholders – incluir comunidades locais;
– Perseguir oportunidades de desenvolvimento;
– Identificar oportunidades para clusters, circuitos e eventos;
– Assegurar que o pessoal com capacidades técnicas no âmbito do turismo estão no
lugar certo, tanto a nível nacional, regional como local para poderem conduzir o
processo de desenvolvimento de produtos turísticos;
– Desenhar uma estratégia de marketing e de promoção que sustente o
desenvolvimento de produtos turísticos e implementar um programa de
comunicação e marketing.
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Fonte: UNWTO (2011, p.18)
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• A Procura não é estática e está sujeita a conjunto alargado de
influências.
• O grande desafio para os destinos é compreender os padrões de
mudança da Procura e traduzi-los em produtos, apresentando-os de
forma criativa, apelativa e direcionada.
• A estratégia de desenvolvimento do produto vai depender da
natureza dos recursos disponíveis:
– Se existe uma importante atração, a estratégia de promoção pode ser destinada à
mesma;
– Se existirem várias atrações de menor importância pode-se recorrer ao seu
agrupamento (clustering) criando um produto capaz de atrair visitantes.
– O recurso aos festivais e outros eventos pode ajudar a atrair visitantes que de
outra forma não viriam e ajudam a combater a sazonalidade.
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4. Áreas de
5. 8.
1. Pesquisa desenvolvime
Desenvolvi Desenvolvim 9.
nto do
de turismo e do
mento de ento de Desenvolvimento
ideias/produ Recursos do produto e
mercado produto
tos-chave Humanos Marketing
turístico
3. 7. Portfolio do
2. Consulta e
Correspondê 6. Cluster, produto, plano
colaboração
ncia do circuitos, de
dos
Produto ao eventos investimento e
stakeholders
Mercado financiamento
Fonte: UNWTO (2011, pp.37-64).
Adaptado.
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• Planeando um produto
– Identificar a necessidade básica do consumidor a ser satisfeita.
– Projetar o produto para atender a essas necessidades e;
– Encontrar maneiras de completar ou facilitar a compra e consumo
do produto pelo consumidor.
• A maior parte da competição ocorre no nível de melhoria
(augmentation level) do produto - criar valor adicional.
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Planeando um produto
• Criação de valor para o cliente
– Mas o que exatamente é valor?
• Toda a experiência do produto:
• Primeiro conhecimento do cliente sobre um produto
• Todos os pontos de contato com o cliente,
• O uso do produto e atendimento pós-compra ao Cliente,
• Os elogios que um consumidor recebe dos amigos ao usar o produto.
• O valor é definido totalmente pelo cliente.
• O valor envolve as expectativas do cliente. Se a experiência real do produto
ficar aquém de suas expectativas, os clientes ficarão desapontados.
• O valor é aplicado a todos os níveis de preços.
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• O aumento da oferta de produtos disponíveis pode
impulsionar significativamente a indústria do turismo.
• Devem ser desenvolvidos produtos turísticos que sejam
específicos para a região e que representem a região.
• Para isso, é necessário identificar oportunidades específicas
de desenvolvimento de produtos.
• No entanto, embora possa haver oportunidades para o
desenvolvimento de produtos e as pessoas locais possam ter
muitas ideias, podem não saber que ideias são mais viáveis e
como proceder para desenvolvê-las e comercializá-las.
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• Objetivos do Desenvolvimento de Produto
Turístico
– Atrair visitantes de novos mercados
– Gerar estadas mais prolongadas
– Aumentar os gastos de cada visitante
– Prolongar a temporada de turismo reduzindo a
sazonalidade
– Atrair turistas de nicho/interesse especial
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• Central para o sucesso da estratégia de
desenvolvimento de um produto será a
implementação de uma série de conceitos
específicos:
– Uma variedade de experiências turísticas -
“coisas para fazer e ver”;
– criar novas “razões para visitar” que atrairão os
mercados;
– interpretar e apresentar o património natural e
humano existente (conte-me uma história);
– fornecer uma variedade de alojamentos
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• … Oferecer aos clientes uma vasta gama de produtos que satisfaça todo
o tipo de gostos e a preços diferentes!
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• Cada vez mais os “novos turistas” (Poon, 1993, WTTC, 2003) optam por
visitar destinos com atrações históricas, tradições culinárias, eventos
culturais e festivais.
• Afastem-se da padronização - os turistas querem o que é diferente;
• Cultura e patrimônio como “atrativos”;
• Produtos que entregam os 3 "E's": emoção, educação e entretenimento.
• Produtos de “aventura suave” onde o desafio e atividade se combinam com
conforto;
• “Turismo verde”: a crescente incidência de atrações e atividades baseadas na
natureza;
• Eventos especiais, incluindo festivais, têm vindo a ser usados cada vez mais
como motivadores de viagens.
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• A Experiência como base para definir produtos turísticos…
• O turismo é…. Experiência
• Os turistas procuram Experiências…
• Menos interessados em fazer turismo (sightseeing) e mais
interessados em vivenciar a cultura viva e o dia-a-dia do
quotidiano do destino…
• Sensações e memórias criadas pelas experiências que
aumentam e potencializam o chamamento do território,
fornecendo mais motivos para o visitar.
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• O que é que os novos turistas procuram?
– Aprender algo;
– Participar na cultura e estilo de vida das comunidades anfitriãs para
vivenciar, em vez de serem meros observadores;
– Experiências pessoais autênticas sobre as quais eles possam falar;
• As pessoas querem autenticidade, mas não necessariamente realidade (a
romantização e não as adversidades)
– São sociáveis e gostam de se envolver e interagir com os habitantes
locais;
– A oportunidade de ser aventureiro e viajar para se desafiar - física,
emocional e mentalmente;
– Desfrutar de uma variedade de experiências únicas e pessoalmente
atraentes em qualquer viagem;
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1.1. Definições, influências e determinantes
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• “Criar experiências marcantes e memoráveis

tornou-se central, não apenas para as indústrias
de lazer e entretenimento, mas para uma
número crescente de negócios, à medida que as
empresas procuram desenvolver o
envolvimento emocional que as acompanha”.
O Ciclo de Lucro da Experiência, The London School of Business, 2003
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• Qual é a diferença entre um produto turístico e

uma experiência turística?
- Um produto turístico é o que você compra. Uma experiência turística é

o que você lembra.
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Gestão do ciclo de vida do produto (destino)

• O mix de produtos turísticos de um destino compreende todas as linhas de produtos
e itens de produtos que são disponibilizados aos turistas na região.
• Uma linha de produtos turísticos é um grupo de produtos turísticos que estão
intimamente relacionados, seja porque oferecem os mesmos benefícios ou estão
posicionados nos mesmos mercados-alvo, por exemplo, produtos culturais (edifícios
históricos, museus, monumentos), produtos relacionados ao ar livre (caminhadas,
pesca, mergulho), produtos relacionados ao entretenimento (casinos, boates e parques
temáticos), etc.
• Um item de produto é uma unidade distinta dentro de uma linha de produtos que
pode ser distinguida por tamanho, aparência ou outros atributos.
• As linhas de produtos e itens de produtos turísticos, como os produtos manufaturados,
passam por fases da vida que vão do nascimento à morte.
– O produto turístico é lançado, cresce até à maturidade, estabiliza-se e depois diminui
gradualmente. Se for identificado a tempo, um produto pode ser renovado e reintroduzido
sob outra “capa” ou com uma nova injeção de publicidade, evitando o seu declínio.
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Estender o Ciclo de Vida do Produto

• O ciclo de vida pode ser estendido através:
– Promoção do uso mais frequente das ofertas turísticas no destino entre os
turistas atuais, o que muitas vezes requer vendas direcionadas e incentivos à
promoção.
– Desenvolvimento e promoção de usos mais variados dos produtos nos
mercados atuais, criando “pacotes” mais eficazes de produtos existentes - novos
recursos, experiências, etc.
– Criar novos usos e experiências desenvolvendo novas atrações ou
(re)desenvolvendo experiências existentes desenvolvimento de produto).
– Encontrar novos turistas expandindo o mercado e acompanhando os novos
segmentos de mercado emergentes e as suas necessidades (desenvolvimento de
mercado).
• Isso pode exigir uma abordagem focada por parte das autoridades governamentais e órgãos de
turismo para incentivar o desenvolvimento de nichos de produtos específicos para atender a
segmentos em crescimento e pesquisa de mercado eficaz, a fim de obter uma melhor
compreensão das necessidades do mercado e tendências de crescimento
– Rever atrações mais antigas, juntamente com o desenvolvimento de novas
combinações.
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Estender o Ciclo de Vida do Produto: alguns

exemplos
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exemplos
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exemplos
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4. Áreas de
5. 8.
nto do
de turismo e do
mercado produto
turístico
3. 7. Portfolio do
2. Consulta e
colaboração
dos
stakeholders
Adaptado.
69

• A pesquisa de mercado é o ponto de partida para o
1. Pesquisa desenvolvimento de produtos turísticos (DPT).
de
mercado
• Permite compreender as tendências e as preferências dos
turistas num determinado momento.
• Nenhum destino pode criar um portefólio de desenvolvimento
de produtos sem:
– Um amplo sistema de recolha, análise e interpretação de estatísticas
relacionadas com o turismo no destino;
– um programa regular de pesquisa de mercado e de investigação sobre
a escala, estrutura, perfil, características e tendências dos principais
mercados e segmentos.
70
35
22/03/2021

• A pesquisa de mercado pode ser feita na perspetiva da oferta e
1. Pesquisa da procura.
de
mercado
71

• Orientações para a pesquisa de mercado:
1. Pesquisa
de
– Compreender como os visitantes/potenciais visitantes observam e
mercado percebem o destino e os seus principais concorrentes (forças,
fraquezas…);
– Identificar os mercados/segmentos com mais interesse ou de
potencial interesse para o destino;
– Identificar as características e perfil dos mercados/segmentos com
maior potencial para o destino.
• O próximo passo é proceder a pesquisas em fontes primárias e
secundárias sobre produtos existentes, análises das tendências turísticas,
aplicação de questionários a visitantes e análise da concorrência.
72
36
22/03/2021

4. Áreas de
5. 8.
nto do
de turismo e do
mercado produto
turístico
3. 7. Portfolio do
2. Consulta e
colaboração
dos
stakeholders
Adaptado.
73

• Dada a multiplicidade de interesses dos atores envolvidos na atividade
2. Consulta e
colaboração turística, é necessário encontrar um equilíbrio entre a variedade de
dos
stakeholders valores e necessidades dos mesmos, de forma a construir/reforçar a
confiança entre eles.
• A consulta/audição dos stakeholders deve ocorrer a todos os níveis, na
administração do destino, no setor privado e nas comunidades locais.
• Esta consulta permite ao planeador sentir que tipos e escalas de
desenvolvimento turístico se pretendem para o destino - sustentável.
– Esta consulta precisa de ser genuína e minuciosa, uma vez que o “espírito” da
comunidade e as suas atitudes perante os visitantes é um aspeto chave da
experiência turística e do turismo sustentável.
74
37
22/03/2021

• Princípios para uma correta e efetiva consulta:
2. Consulta e
colaboração
dos – Consulta real e regular (começar desde o início do processo de
stakeholders planeamento e ser inclusiva em relação a todos os stakeholders);
– Desenvolver uma base de informação comum;
– Os planos de ação devem envolver vários stakeholders (desenhados
para encorajar um diálogo contínuo e futuras cooperações,
antecipando dificuldades);
– Utilizar uma variedade de mecanismos, incluindo mediação,
zoneamento…
75

• É importante que o planeamento turístico e que a consulta pública
2. Consulta e
colaboração enquanto parte integrante do mesmo, tenha em atenção os valores e as
dos
stakeholders perceções pessoais relativas à verdade dos factos.
• A consulta pública pode ser feita de várias formas:
– Inquéritos;
– Reuniões públicas;
– Grupos de discussão com interesses locais;
– (…)
• É muito importante que todas as partes reconheçam a vantagem mútua
de trabalharem em conjunto, juntando forças no desenho, na prestação
de serviços e no marketing dos produtos turísticos – “coopetition”
76
38
22/03/2021

2. Consulta e
colaboração
dos
stakeholders

Adaptado.
77

4. Áreas de
5. 8.
nto do
de turismo e do
mercado produto
turístico
3. 7. Portfolio do
2. Consulta e
colaboração
dos
stakeholders
Adaptado.
78
39
22/03/2021

• Nenhuma estratégia de marketing pode ser elaborada sem uma
3.
Correspondência compreensão detalhada dos produtos disponíveis.
do Produto ao
Mercado
• Os produtos e os mercados correspondem à mesma imagem refletida
num espelho.
• O ponto de partida do desenvolvimento de um produto turístico é a
avaliação abrangente da política geral, económica, sociocultural e
tecnológica do destino – PEST.
• Faz-se depois um inventário dos recursos existentes.
• Tudo isto deve ser combinado com uma análise SWOT que permite avaliar
como a situação atual pode ser desenvolvida.
79

• Que produtos os destinos oferecem?
3.
Correspondência
do Produto ao • Como é que esses produtos estão talhados para satisfazer as necessidades
Mercado
de um segmento de mercado específico?
• Em turismo, pode-se dizer que o papel do marketing precede o
desenvolvimento do produto.
– O responsável pelo marketing recolhe informação em relação
às expetativas do mercado alvo (nacionais e internacionais) e posteriormente, o
destino usa essa informação para desenvolver produtos adequados/direcionados.
• Os operadores individuais são responsáveis pela promoção dos seus

próprios negócios.
80
40
22/03/2021

• No entanto, as entidades nacionais responsáveis pelo Turismo assumiram a
3.
Correspondência
responsabilidade pela estratégia de marketing e promoção dos destinos –
do Produto ao
Mercado
melhoria da imagem do destino.
– Funciona como uma espécie de guarda-chuva sob o qual os operadores
privados fazem a sua própria campanha de marketing.
• Muitos destinos dão mais ênfase ao marketing do que ao desenvolvimento de
produtos.
• Esta situação exige que os destinos tenham produtos que suportem a imagem de
marca promovida pelos organismos nacionais nas suas campanhas.
• O marketing necessita dos produtos certos; e os produtos têm de ser
desenhados de acordo com os gostos e tendências do mercado.
81

• A não existência de uma entidade nacional que lidere o processo de
3.
Correspondência
desenvolvimento de produtos turísticos resultará numa descoordenação de
do Produto ao
Mercado
esforços.
82
41
22/03/2021

• Uma estratégia de desenvolvimento turístico associada ao desenvolvimento de
4. Áreas de produtos turísticos pode ser melhor desenvolvida através da criação de Áreas de
desenvolvimento
do turismo e do
Desenvolvimento Turístico (ADT) baseadas em zonas com caraterísticas
produto turístico distintivas,
• Vantagens:
– Dá ao destino a autoridade e a habilidade para influenciar – até mesmo controlar – a
localização e o tipo de turismo que se pretende desenvolver.
• Um destino pode ter:

– ADT 1 (aberta ao desenvolvimento de todas as formas de turismo)
– ADT 2 (aberta a algumas formas de desenvolvimento, limitada pelo tipo e escala)
– ADT 3 (mantem-se livre de novas formas de desenvolvimento turístico à exceção de pequenos
negócios locais)
83

• Há muitas variantes deste sistema (ADT).
4. Áreas de
desenvolvimento
do turismo e do
• O destino pode ser dividido de acordo com o tipo de recursos disponíveis e
produto turístico acessibilidade aos mesmos;
– Neste caso, cada ADT deve ter uma “porta de entrada” principal (“hub”) de uma rede de
clusters turísticos e circuitos – deve ainda existir um projeto orientador/guia.
• É necessário uma abordagem estratégica:

– As cidades ou outros lugares com bom acesso a infraestruturas podem servir de entrada
(gateway) a uma região mais alargada;
– Lugares individuais, atrações e outras infraestruturas de apoio existentes na região e à volta do
gateway podem ser apresentadas ao mercado num cluster e visitadas na forma de um circuito.
84
42
22/03/2021

4. Áreas de
desenvolvimento
do turismo e do
produto turístico
85

4. Áreas de
desenvolvimento
do turismo e do
produto turístico
86
43
22/03/2021

4. Áreas de
desenvolvimento
do turismo e do
produto turístico
87

4. Áreas de
desenvolvimento
do turismo e do
produto turístico
88
44
22/03/2021

4. Áreas de
5. 8.
nto do
de turismo e do
mercado produto
turístico
3. 7. Portfolio do
2. Consulta e
colaboração
dos
stakeholders
Adaptado.
89

5.
• Um componente central para a diferenciação de um destino é a existência de uma
Desenvolvime “flagship attraction” – atração importante!
nto de
ideias/produto
s-chave • Um produto turístico de características “flagship” é aquele que desperta a atenção
do mercado, determinando a decisão da viagem e a escolha do destino.
• Se um destino tiver uma destas atrações, todos os elementos do setor turístico são
beneficiados.
• Os produtos turísticos do tipo “flagship” podem assumir uma ou a combinação de
três formas:
1. Desenvolvimento principal – major development (pode ser um edifício
histórico/cultural, como as pirâmides do Egipto, que funcionam como um ícone para o
destino ou uma atração construída propositadamente, como por exemplo a Torre Eifel ou
o London Eye);
90
45
22/03/2021

2. Cluster ou Produtos individuais (atrações turísticas complementares com potencial
5.
Desenvolvime para desenvolver e contribuir para a implementação de uma estratégia de marketing
nto de coerente);
ideias/produto
s-chave • Dependendo da localização do destino, o seu nível de desenvolvimento turístico a dimensão da
sua população residente e o raio de atração e tipo de atrações existentes, podem ser
especificados critérios para a organização de clusters:
• O numero mínimo de atrações a incluir no cluster;
• O seu papel como gateway ou hub na ADT;
• A sua capacidade para obter alojamento comercial adequado na área;
• O numero mínimo total de investimento necessário.
3. Evento principal (organização de eventos regulares ou de um grande evento de natureza
desportiva, cultural… que contribuem para melhorar a reputação do destino)
91

5.
Desenvolvime
nto de
ideias/produto
s-chave
Fonte: UNWTO (2011, p.50).
92
46
22/03/2021

4. Áreas de
5. 8.
nto do
de turismo e do
mercado produto
turístico
3. 7. Portfolio do
2. Consulta e
colaboração
dos
stakeholders
Adaptado.
93

• O desenvolvimento de circuitos como atrações turísticas não corresponde apenas à
6. Cluster, construção de uma rota baseada na localização de alguns atrativos e infraestruturas de apoio.
circuitos,
eventos • Deve ser selecionado um tema central e a rota deve disponibilizar um conjunto de atrações
e atividades, juntamente com um conjunto de infraestruturas de apoio localizadas em
lugares estratégicos ao longo da mesma.
• As rotas podem ser de longas distâncias, envolver vários países (internacional)… exemplo do
Caminho de Santiago.
• A Escócia tem 12 rotas turísticas – uma delas dedicada ao Whisky;
• Em Portugal existem várias rotas, como a Rota do Românico ou a mais recente rota da EN2.
• As rotas mais pequenas podem ser percursos pedestres, que permitam aos visitantes sair do
“beaten track” e conhecer lugares menos conhecidos e localizados em áreas mais remotas ou
periféricas.
94
47
22/03/2021

6. Cluster,
circuitos,
eventos
Fonte: UNWTO (2011, p.55).
95

• A organização de eventos e festivais pode ir ao encontro de vários objetivos do setor turístico
6. Cluster, de um destino:
circuitos, – Compensar os desequilíbrios sazonais, realizando eventos durante e fora da época alta (exemplo do carnaval, feiras
eventos de artesanato ou produtos regionais…);
– Melhorar a perceção e imagem internacionais do destino/país;
– Atrair segmentos de visitantes para os quais as demais atrações do destino não conseguem atrair (Festival de
Paredes de Coura…);
• A celebração de um aniversário de um acontecimento ou figura histórica pode também ser

utilizada no desenvolvimento de novos produtos turísticos.
96
48
22/03/2021

• Plano de investimento (Produto)
7. Portfolio do
produto, plano
de
– Os responsáveis pela gestão do destino deve demonstrar um apoio proativo no
investimento e desenvolvimento de novos produtos através:
financiamento
• da preparação de uma estratégia clara,
• Preparação de um portefólio de oportunidades para desenvolver novos produtos,
• e ainda um plano de investimento.
– A capacidade do destino em atrair investimentos locais ou estrangeiros depende da
performance do setor turístico (incluindo o grau de apoio do governo) e do clima de
investimento existente (leis e regulamentos, acesso a financiamento, sistema
fiscal…).
– Os investidores esperam que o destino tenha um portefólio de desenvolvimento de
produtos turísticos preparado com base nas oportunidades oferecidas pelas políticas
do momento, identificando gaps e fraquezas.
97

• Plano de investimento (Produto)
7. Portfolio do
produto, plano
de
– Um programa de investimento deve definir o total de investimento nas
investimento e infraestruturas turísticas e ter em conta, por exemplo, os impostos e incentivos
financiamento fiscais.
– Além do investimento direto do Estado, o setor privado deverá liderar os
investimentos realizados. O plano terá de identificar os investimentos efetuados por
todas as partes.
– O nível de investimento requerido por cada região precisa de ser detalhado:
• Apresentar uma justificativa para a intervenção;
• Apresentar uma estratégia e sequência a ser seguida;
• Apresentar o conjunto de medidas que irão ser empregues;
• Encontrar fundos realistas e alcançáveis e parâmetros de custos.
– Cada ADT deve identificar as suas atrações primárias e potenciais ícones e o

conjunto de infraestruturas de suporte à atividade turística. Desta forma é mais fácil
identificar onde é possível gastar menos e hierarquizar prioridades.
98
49
22/03/2021

• Fase de pré-viabilidade
7. Portfolio do
produto, plano – Este é o ponto de partida para o desenvolvimento de um plano de investimento.
de
investimento e – Pressupondo que os projetos estão em linha com as estratégias regionais e nacionais de desenvolvimento turístico,
financiamento a priorização deverá ser feita de acordo com os seguintes critérios:
1. O lugar ou o terrenos estão disponíveis para o desenvolvimento turístico e possuem todas as autorizações, nomeadamente, ao
nível da ocupação dos solos?
2. O lugar está acessível às principais redes de transporte?
3. O lugar encontra-se à distância de 1-2 horas (condução) de lugares densamente povoados ou de importantes hub de
transportes?
4. O lugar/destino possui o seu próprio mercado turístico e respetivos padrões de visita?
5. O projeto/destino está próximo de outras infraestruturas turísticas e de possíveis concorrentes?
6. A opinião da comunidade local em relação ao desenvolvimento turístico foi devidamente sondado e apoia o desenvolvimento
de novas ideias para a área?
7. O projeto tem a escala e o potencial para criar novos pontos de trabalho?
8. O projeto está localizado numa área com uma taxa de desemprego acima da média?
9. O projeto pode ser desenvolvido de uma forma sustentável sem impactes negativos no ambiente e comunidade local?
10. O projeto pode ser desenvolvido em fases?
11. Até que ponto o projeto poderá depender do apoio ao desenvolvimento de imóveis?
99

7. Portfolio do
• Necessidades do investidor
produto, plano
de
investimento e
• Os investidores procuram, junto dos responsáveis pela gestão do destino:
financiamento
– Vontade em partilhar estatísticas e estudos de mercado que ajudem a compreender o
potencial do destino e as necessidades do mercado;
– Uma porta de entrada (departamento) na entidade responsável pela gestão do destino.
Esse ponto de acesso deverá funcionar como uma espécie de loja do cidadão onde estejam
conectadas todas as organizações que operam nesse mesmo destino.
– Abertura *as opiniões e pontos de vista do setor privado – experiência e conhecimento do
mercado;
– Assistência prática entre a fase de planeamento e implementação de projetos;
– Fornecer as infraestruturas e serviços necessários que facilitem a atuação dos novos
operadores.
100
50
22/03/2021

7. Portfolio do
• O papel dos incentivos
produto, plano
de
investimento e • Os investimentos em Turismo são
financiamento
caracterizados por:
– Grande investimento de capital
inicial;
– Baixa procura e retorno no início da
atividade, o que cria dificuldades de
cash-flow e de períodos de
investimento mais prolongados;
– Influência de uma variedade de
fatores exógenos que criam incerteza
no lado da procura do mercado
turístico.
101

4. Áreas de
5. 8.
nto do
de turismo e do
mercado produto
turístico
3. 7. Portfolio do
2. Consulta e
colaboração
dos
stakeholders
Adaptado.
102
51
22/03/2021

8. • A capacidade de um destino, planear, implementar e operar atrações e
Desenvolvim atividades turísticas está totalmente dependente da existência de
ento de
Recursos pessoal treinado e com elevadas qualificações em todos os níveis do
Humanos governo e no setor privado.
• Será necessário promover ações de formação para os funcionários
ligados à atividade turística e promover a abertura de cursos
profissionais, licenciaturas e pós-graduações sobre Turismo.
103

4. Áreas de
5. 8.
nto do
de turismo e do
mercado produto
turístico
3. 7. Portfolio do
2. Consulta e
colaboração
dos
stakeholders
Adaptado.
104
52
22/03/2021

• Numa atividade como o turismo em que o cliente está localizado
9. remotamente não só em relação ao lugar que considera visitar, como
Desenvolvimen
to do produto e também dos produtos turísticos e serviços disponíveis, o marketing e a
Marketing
promoção são uma componente central do turismo.
• Os produtos desenvolvidos devem refletir os gostos e tendências do
mercado. O desenvolvimento de produtos turísticos é apenas metade
da tarefa de desenvolver um destino turístico com sucesso.
• Os produtos têm de chamar a atenção do mercado e de ser
apresentados de uma forma que estimule o interesse, o desejo e a
ação/ato de compra.
105

• Todos os que já visitaram um
9. destino tornam-se numa parte
Desenvolvimen
to do produto e ativa das atividades de
Marketing promoção do memso através
do passa a palavra (word-of-
mouth) relativa à experiência
vivida.
• A utilização da internet e das
redes sociais torna a difusão da
informação mais rápida e mais
alargada, pelo que a satisfação
dos clientes é fundamental.
106
53

1.desenvolvimento de Produtos em Turismo 1

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22/03/2021

Márcio Ribeiro Martins (PhD)

• Classificação dos Produtos

• A maioria dos serviços incorporam as seguintes qualidades:

• Não pode ser visto, saboreado, sentido, ouvido ou cheirado

• Não pode ser separado dos fornecedores do serviço.

• A qualidade depende de quem os fornece e quando, onde e

• Não pode ser armazenado para venda ou uso posterior.

Classificações do Produto: Produtos de Consumo

Produtos de • Comprados com menos frequência

Produtos não • Novas inovações

Fases no planeamento de um produto

Serviços de Suporte ao Produto

• Capacidade de um produto para executar suas

• Ajuda a diferenciar o produto em relação à

• Processo de desenho do estilo e função de um

• No desenvolvimento de produtos turísticos, o que é importante para as autoridades, é

Fonte: UNWTO (2011, p.4)

1.1. Influências e determinantes no

• É essencial considerar as influências e determinantes da

1.1. Influências e determinantes no

1.1. Influências e determinantes no

1.1. Influências e determinantes no

1.1. Influências e determinantes no

1.1. Influências e determinantes no

1.1. Influências e determinantes no

1.1. Influências e determinantes no

1.1. Influências e determinantes no

Implicações para a estratégia do Produto

Implicações para a estratégia do Produto

Objetivos da DMO relacionados com o produto

Estratégia do destino para o desenvolvimento de

1.2. Princípios e Procedimentos no

• Antes de iniciar o processo de desenvolvimento de produtos

1.2. Princípios e Procedimentos no

Há três aspetos Coordenação

1.2. Princípios e Procedimentos no

1.2. Princípios e Procedimentos no

Fonte: UNWTO (2011, p.18)

1.2. Princípios e Procedimentos no

1.2. Princípios e Procedimentos no

1.2. Princípios e Procedimentos no

1.1. Definições, influências e determinantes

• “Criar experiências marcantes e memoráveis

• Qual é a diferença entre um produto turístico e

- Um produto turístico é o que você compra. Uma experiência turística é

Gestão do ciclo de vida do produto (destino)

Estender o Ciclo de Vida do Produto

Estender o Ciclo de Vida do Produto: alguns

Estender o Ciclo de Vida do Produto: alguns

Estender o Ciclo de Vida do Produto: alguns

1.2. Princípios e Procedimentos no

1.2. Princípios e Procedimentos no

1.2. Princípios e Procedimentos no

1.2. Princípios e Procedimentos no

1.2. Princípios e Procedimentos no

1.2. Princípios e Procedimentos no

1.2. Princípios e Procedimentos no

1.2. Princípios e Procedimentos no

1.2. Princípios e Procedimentos no

Fonte: UNWTO (2011, pp.42-43).

1.2. Princípios e Procedimentos no

1.2. Princípios e Procedimentos no