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ASSESSORIA DE

IMPRENSA

Formador(a): Sónia Costa


OBJETIVOS GERAIS

No final deste módulo o e-formando deverá ser capaz de:

OBJETIVOS GERAIS MÓDULO 1:

a) Comunicação organizacional;
b) Comunicação e organização;
c) História da comunicação organizacional;
d) Comunicação integrada;
e) O assessor de imprensa e os media;
f) Características
g) Funções.

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COMUNICAÇÃO ORGANIZACIONAL

“Eu sei que você acha que entendeu o que você


pensa que eu disse, mas não estou certo de você
tenha percebido que o que você ouviu não é
precisamente o que eu quis dizer”

Aviso na Sala de Imprensa do Pentágono

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“Um processo que consiste em um emissor transmitindo uma mensagem, através de um meio, para
um recetor que reage” Kotler (1977)

Faltando qualquer um dos elementos (emissor, mensagem, recetor), a comunicação não acontece.

Emissor estimulo mensagem canal recetor resposta

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Deriva da palavra em latim communicare que “significa ‘estar em relação com’, representa a ação de
pôr em comum” (Menezes, 1973).

A comunicação, em linhas gerais, pode ser definida como “o processo de transferir uma pequena
informação selecionada (uma mensagem) de uma fonte de informação a um destinatário” (Redfield,
1966).

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https://www.researchgate.net/figure/Figura-7-Modelo-basico-de-comunicacao-Fonte-Menezes-1973_fig2_26977647

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COMUNICAÇÃO ORGANIZACIONAL

A comunicação organizacional é um processo, dependente da cultura, de trocas de informações e


criação de relacionamentos dentro de ambientes empresariais, orientados por objetivos.

(Fisher, 1993)

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Comunicação Interna
Conjunto de informações que circulam apenas entre os funcionários da empresa

Comunicação Externa
Conjunto de informações que circulam entre a empresa e o meio envolvente

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COMUNICAÇÃO
INTERNA

COMUNICAÇÃO
ORGANIZACIONAL
COMUNICAÇÃO
EXTERNA

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Comunicação Interna

A comunicação Interna tem uma importância crucial para o desenvolvimento de um quadro de


referência comum a todos os trabalhadores do que é a empresa e, consequentemente, na consolidação
da entidade da organização.

É um sistema de interações onde o emissor e recetor se interinfluenciam e partilham significados


simbólicos. É através desta partilha de significados, em termos da Missão, Cultura e Objetivos da
Empresa que se desenvolve o conceito do que é a empresa, o qual serve de referência para o seu
comportamento.

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Comunicação organizacional ou empresarial

Organograma: é um gráfico que representa a estrutura formal de uma organização. Ou seja, é a


representação gráfica clássica de uma estrutura organizacional.
Os organogramas mostram como estão dispostas unidades funcionais, a hierarquia e as relações de
comunicação existentes entre estes.

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COMUNICAÇÃO ORGANIZACIONAL

Meios de comunicação interna

Definição dos meios depende da dimensão da empresa e do orçamento que foi disponibilizado
para a execução do plano de comunicação. Podem ser utilizados:
√ Meios orais
√ Meios escritos
√ Meios audiovisuais
√ Novas tecnologias

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Formalidade no processo

Informal - Relacionado a aspetos não planeados previamente, mas que são importantes para
o ajustamento das atividades da organização.

Formal - Referente a processos que são estruturados de acordo com as necessidades


operacionais da organização, em que os indivíduos diretamente executam as tarefas, funções
ou cumprem o regulamento.

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VANTAGENS DESVANTAGENS

REUNIÃO É um dos meios mais Excesso de reuniões acaba


eficazes para comunicar de por provocar desinteresse
forma ativa nas PME. É
imediato e transmite
informação de referência.

PLACARD Simples, fácil gestão e Custo variável (depende se


adequado para todo tipo de utiliza designers ou placards
mensagens. Indicado para luminosos por exemplo).
informar aspetos legais e ações
da empresa.

FOLHETO Dá a conhecer as novidades da Dispendioso.


empresa e todas as ações.
Chega a toda equipa.

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VANTAGENS DESVANTAGENS

MANUAL DE ACOLHIMENTO Apresentação da empresa e Leva tempo a sistematizar


dos seus procedimentos.
Facilita a integração.
CARTA PESSOAL Documento assinado pelo Pode ter interpretações
administrador ou diretor erradas, se não for objetiva.
focando aspetos importantes
da vida da empresa. Dirigida
e personalizada. Eficiente no
combate aos rumores.

INQUÉRITOS Diagnóstico do clima da Tempo na realização e


empresa. Permite expressão análise
das opiniões dos
colaboradores.

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VANTAGENS DESVANTAGENS
JORNAL DA EMPRESA Pode ser distribuído na empresa e Dispendioso. Envolvimento de
para o domicílio de todos os recursos humanos especializados
colaboradores. Considerado por (jornalistas ou assessor de
muitos como um canal de imprensa). Tempo de redação,
comunicação interno de paginação, impressão e
referência. Numa PME, a sua distribuição.
dimensão pode não justificar,
sobretudo pelos encargos
financeiros. Mas, uma versão
"caseira" de algumas folhas A4
com notícias, fotocopiadas e
distribuídas na empresa, já é
possível fazer. O mais importante
é quem escreve e a capacidade
que tem de captar a atenção dos
leitores.

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VANTAGENS DESVANTAGENS

CAIXA DE SUGESTÕES Encoraja o espírito de Custo da aquisição da caixa


iniciativa, a criatividade e a e consulta das sugestões
participação. Possibilidade regularmente.
de todos os colaboradores
darem sugestões.

INTRANET Adapta-se facilmente a Variam consoante o grau de


empresas de pequenas, informatização da empresa
médias e grandes
dimensões. Permite a
circulação rápida de
informação e pode facilitar os
processos burocráticos. Uma
ferramenta do século XXI.

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VANTAGENS DESVANTAGENS
EMAIL É uma ferramenta que pode necessário a existência de
ser utilizada por empresas um programa informático
de várias dimensões, que permita o acesso a toda
sobretudo por aquelas que a empresa.
não têm uma Intranet. É um
meio rápido e barato de
envio de uma newsletter
interna ou uma informação
flash.

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Canais de comunicação

√ Comunicação Ascendente: a iniciativa do comportamento de comunicação parte dos níveis


hierárquicos inferiores estabelecendo-se com os níveis hierárquicos superiores.
√ Comunicação Descendente: a iniciativa do comportamento de comunicação parte dos níveis
hierárquicos superiores estabelecendo-se com os níveis hierárquicos inferiores.
√ Comunicação Horizontal: diz respeito a relações de comunicação que se processam de forma não
hierárquica - comunicação entre departamentos, no mesmo departamento ou no mesmo nível
hierárquico.

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Canais de comunicação (continuação):

√ Oral – ex.: conversa, aula e telefone


√ Escrito – ex.: carta, memorando e bilhete
√ Digital – ex.: e-mail, blog, site e MSN
√ Não verbal – ex.: gestos e expressões faciais
(Giovannini, 1987)

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COMUNICAÇÃO ORGANIZACIONAL

Canais de comunicação (continuação):

√ Presença física (comunicação face-a-face): meio mais rico, atende a todas as características
(incluindo linguagem corporal).
√ Canal interativo (telefone e digital): permite o rápido feedback e trabalho com o foco personalizado,
mas perde no suporte a informações (linguagem corporal) e o elemento presencial.
√ Canais personalizados estáticos (cartas, memorandos e relatórios específicos): diminui o suporte a
múltiplas informações, continua personalizado, mas o feedback é lento.
√ Canais impessoais estáticos (notas, regras e relatórios generalizados): não trabalha com foco
personalizado, limitado suporte a informações e o feedback é raro.

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Comunicação Externa
√ Áreas funcionais da organização e ambiente

PRODUÇÃO ORG ORG ORG

FINANÇ MK ORG ORG ORG

ORG ORG ORG


RH
AMBIENTE

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Fases do processo de comunicação

√ Registo da Informação
√ Compreensão
√ Interpretação
√ Memorização / Ação

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COMUNICAÇÃO ORGANIZACIONAL

Barreiras à comunicação

Ideias pré-concebidas Credibilidade da fonte

Recusa de opiniões Pouca habilidade do emissor

Significados personalizados Clima psicossocial

Motivação e interesses Complexidade do meio

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COMUNICAÇÃO ORGANIZACIONAL

Condicionantes da perceção

INDIVIDUAIS/INTERNAS SOCIAIS/EXTERNAS

Crenças • Valores
• Necessidades • Estatuto do emissor
• Emoções • Ambiente físico
• Desenvolvimento intelectual • Relações interpessoais

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COMUNICAÇÃO E ORGANIZAÇÃO

►O sistema comunicacional é fundamental para o processo de funções administrativas internas e nas


relações da organização com o meio externo. (Kunsch, 2003).

►Teoria da Agulha ou da Bala (Lippman, Tchakhotine, Doobs, Cantril, Lasswel, Rogerson, Herzog,
Gallup e Roger são alguns dos autores responsáveis pelos primeiros estudos)

“A teoria defende que as mensagens lançadas pela media, são como balas mágicas que atingem
a todos”

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COMUNICAÇÃO E ORGANIZAÇÃO

Estrutura da Teoria da Bala

►Surgiu no período entre guerras mundiais e foi o primeiro modelo de Teoria da Comunicação;
►Baseia-se na suposição de que qualquer estímulo causado por uma mensagem enviada, terá uma
resposta imediata, sem qualquer resistência do recetor;
►Assume o público como passivo, anónimo e isolado.
►Porém, é encarada como limitadora, pois assume a massa de indivíduos recetores como homogénea,
sem qualquer particularidade social, política, religiosa ou histórica, onde todos os indivíduos absorvem
a mensagem da mesma forma.

Neste contexto, foi facilmente superada!


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COMUNICAÇÃO E ORGANIZAÇÃO

Estrutura da Teoria da Bala

EMISSOR RECETOR

E
ESTIMULO
> R
RESPOSTA

Emissor ativo vs Recetor passivo

Vantagem da fonte emissora, pois o emissor e ativo e o recetor

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COMUNICAÇÃO E ORGANIZAÇÃO

Estrutura da Teoria da Bala

Numa sociedade de massa, que possíveis efeitos poderão ter os mass media?

Aqui, é importante referir que a principal componente desta teoria é precisamente a


existência de uma sociedade de massa.

Consequência direta da industrialização e da revolução dos transportes;


• As elites perdem exclusividade
• Homem-massa afigura-se como pouco culto e idêntico a todos os outros

Em suma, a massa não possui qualquer estrutura organizativa, com pessoas que nunca se conheceram e que,
provavelmente, nunca se virão a conhecer!
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COMUNICAÇÃO E ORGANIZAÇÃO

Lasswel evoluiu dessa teoria, superando-a com a sua própria teoria:


Modelo de Lasswel

Para se compreender os processos de comunicação de massas, é necessário estudar os estádios do


seu modelo:

“Quem
Diz o quê
Em que canal
Com que efeito?”

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HISTÓRIA DA COMUNICAÇÃO ORGANIZACIONAL

“… a história da humanidade é a história de organizar; o que por sua vez é atingido pela
comunicação.”
(Eisenberg Goodall Jr, 2004, p. 19)

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HISTÓRIA DA COMUNICAÇÃO ORGANIZACIONAL

Surgiu nos Estados Unidos, no início do século XX, em 1906, ano em que Ivy Lee decidiu
abrir o primeiro escritório de Relações Públicas do mundo.
A Comunicação Organizacional desenvolveu-se desde a década de 70.

Inicialmente, era tratada como Comunicação Empresarial.

“Não há mais sentido em se restringir a comunicação ao exclusivo mundo das empresas”


[Torquato (2008)], pois outras organizações, até sem fins lucrativos, passaram a usar a
comunicação dentro de seus contextos, como a sindical, a associativa, a partidária, as sociais,
entre outras.

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HISTÓRIA DA COMUNICAÇÃO ORGANIZACIONAL

“Embora alguns autores sugiram que o estudo da comunicação nas organizações data da
antiguidade (ver Allen et al. 1993), a génese da disciplina como campo académico identificável
parece localizar-se entre 1940 e 1950 (Putnam & Cheney, 1983; Redding, 1985; Redding &
Tompkins, 1988; Taylor et al., 2001; Jablin & Putnam, 2001).

“Tal leva-nos a considerar que o percurso da Comunicação Organizacional está marcado por uma
herança diversa, recebida de muitas disciplinas científicas, que cunham o atual “estado da arte”.

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HISTÓRIA DA COMUNICAÇÃO ORGANIZACIONAL

Taylor et al. (2001) referiram que as raízes conceptuais da área podem ser encontradas na teoria
retórica clássica, nas teorias das relações humanas, e nas primeiras teorias organizacionais e de gestão.
Estes autores consideraram, ainda, que várias outras disciplinas contribuíram significativamente para
o nascimento do campo, como a Ciência da Administração, a Antropologia, a Psicologia Social, a
Ciência Política, a Sociolinguística, a Sociologia, a Retórica e, até, a Crítica Literária.

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HISTÓRIA DA COMUNICAÇÃO ORGANIZACIONAL

Evolução dos estudos em Comunicação Organizacional

1900 - 1940 Fase de preparação para a emancipação - Abordagens


“formulário prescritivas”: estudos sobre as competências comunicativas;
empírica, desenvolvimento
das premissas teóricas do
Crescimento da pesquisa

1940 - 1970 Fase da identificação e consolidação - Abordagens “empírico


prescritivas”: aparecimento das publicações especializadas no campo e o
campo.

nascimento dos primeiros cursos de licenciatura.


1959 - reconhecimento académico da área

1967 - realização da primeira conferência especializada, em Hunstville –


Alabama (EUA), que permitiu a produção de uma revisão sobre a pesquisa
realizada

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HISTÓRIA DA COMUNICAÇÃO ORGANIZACIONAL

Evolução dos estudos em Comunicação Organizacional

As pesquisas centraram-se nas questões da eficiência organizacional, para treino e


prescrição das competências comunicativas, e estudaram o processo comunicativo em
contexto organizacional, os canais de comunicação, a comunicação superior-
subordinado, o clima organizacional e as redes informais.

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HISTÓRIA DA COMUNICAÇÃO ORGANIZACIONAL

Evolução dos estudos em Comunicação Organizacional

1970 - 2000 Fase da maturidade e inovação

1970 - 1980 Período de viragem para as abordagens interpretativas

Período de viragem na investigação em Comunicação Organizacional pela integração


das dimensões simbólicas e expressivas na análise das organizações, com crescentes
abordagens à questão da cultura organizacional (Taylor & Trujillo, 2001)

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HISTÓRIA DA COMUNICAÇÃO ORGANIZACIONAL

Evolução dos estudos em Comunicação Organizacional

1980 – 1990 Período de crise de legitimidade e representação face à aplicação das teorias
críticas ao seu domínio (Taylor & Trujillo, 2001)

1990 – 2000 Período de afirmação, abordagens interpretativas e críticas acompanhando os


últimos desafios que se impunham ao campo, e que Taylor e Trujillo (2001) identificaram,
como: a teoria crítica, o feminismo, os estudos étnicos e o pós-modernismo.

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HISTÓRIA DA COMUNICAÇÃO ORGANIZACIONAL

Evolução dos estudos em Comunicação Organizacional

Na atualidade: O quadro atual reflete todo este percurso histórico, que está particularmente marcado
pelo movimento interpretativo de meados do século XX.

Trata-se de um panorama que Redding e Tompkins (1988) resumiram, identificando três tendências
na investigação em Comunicação Organizacional, a partir de 1970:

a abordagem modernista, que emergiu de um repensar das posições positivistas


anteriores, mas manteve o pressuposto de que as organizações são algo natural e objetivo,
pelo que passíveis de previsão e controlo;

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HISTÓRIA DA COMUNICAÇÃO ORGANIZACIONAL

Evolução dos estudos em Comunicação Organizacional

a abordagem naturalista ou interpretativa, que considera que as organizações são, pelo


contrário, formas subjetivas, socialmente construídas pelos seus membros;

a abordagem crítica, que analisa os processos sociais e comunicativos que criam


condições à emergência da hegemonia nas organizações, por se tratar de um fenómeno
marcante da capacidade humana de organizar.

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COMUNICAÇÃO INTEGRADA

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COMUNICAÇÃO INTEGRADA

Toda organização
possui comunicação organizacional.

No entanto, ela pode ser boa ou má!

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COMUNICAÇÃO INTEGRADA

Para ser boa,


deve considerar um
composto de comunicação:

A COMUNICAÇÃO INTEGRADA

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COMUNICAÇÃO INTEGRADA

Segundo Kunsch (1986): interdisciplinar

►Atuação conjunta dos profissionais da área

►Interação das atividades de áreas afins da comunicação

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COMUNICAÇÃO INTEGRADA

"A comunicação integrada pressupõe uma junção da


comunicação institucional,
da comunicação mercadológica
e da comunicação interna,
que formam o composto da comunicação organizacional”
(Kunsch, 1986).

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COMUNICAÇÃO INTEGRADA

Este conjunto de comunicação dever ser harmonioso, apesar das


diferenças e das especificidades de cada setor.
A soma de todas as atividades resultará na eficácia da
comunicação nas organizações.

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COMUNICAÇÃO INTEGRADA

► Coerência da linguagem adotada;

►Racionalização das atividades;

►Realização das tarefas de comunicação em equipas multifuncionais desde


a sua conceção.

►A comunicação integrada é arma estratégica para a sobrevivência e o


desempenho de uma organização numa realidade complexa e que se altera
de forma muito rápida.

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COMUNICAÇÃO INTEGRADA

“Não é possível mais pensar em realizar uma brilhante assessoria de imprensa, criar
campanhas retumbantes ou produzir peças publicitárias impactantes de forma isolada,
sem o envolvimento de todas as subáreas da comunicação organizacional”.

(Kunsch, 1997).

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COMUNICAÇÃO INTEGRADA

Os conceitos de comunicação integrada centram-se nas seguintes premissas:

conteúdo das mensagens, através de diferentes instrumentos de comunicação,


transmitem uma ideia única;

integração das atividades entre os profissionais das diferentes habilitações de


comunicação social a saber: publicitários, relações-públicas, jornalistas e
administradores de marketing;

planeamento das ações comunicativas.

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COMUNICAÇÃO INTEGRADA

Desafios: novas tecnologias da informação

A Internet e as suas aplicações (e-mails, páginas, chats, blogs, etc.);

Telemóveis, smartphones, PDA’s, tablets, etc.

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COMUNICAÇÃO INTEGRADA

Frente às novas tecnologias de informação, a unicidade da mensagem deve ser


repensada. O recetor busca em cada uma das suas fontes de informação elementos novos
que possibilitem a composição do seu quadro de referência num processo de
aprendizagem denominado:
Bricolage

“um processo de exploração teórica anárquica [...] pelo qual os indivíduos e as culturas
usam os objetos que os rodeiam para desenvolver e assimilar ideias”

(Levi-Strauss apud Turkle, 1997, p.70).

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COMUNICAÇÃO INTEGRADA

► O conhecimento é construído em “pedaços”, ao invés da compreensão linear da


informação.

► Da mesma forma, nos processos de comunicação, os recetores constroem a mensagem


que está disseminada em diversos veículos, para posteriormente compor o conteúdo.

► A repetição de um conteúdo único em diferentes canais não é apropriada. As pessoas


buscam informações distintas em cada veículo de comunicação.

► As expectativas do recetor são ampliadas com a multiplicidade dos meios de


comunicação.

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COMUNICAÇÃO INTEGRADA

► A estratégia de comunicação passa a ser fragmentada, mas capaz de transmitir a


mensagem através da multiplicidade.

► A ideia da comunicação integrada é a coordenação de mensagens para um impacto


máximo.

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COMUNICAÇÃO INTEGRADA

PLANEAMENTO DE COMUNICAÇÃO INTEGRADA

Diante dos novos desafios e contínuas mudanças de cenário, as organizações precisam ser ágeis
na tomada de decisão.
Devem coordenar os seus esforços de marketing para obter o máximo impacto junto ao público-
alvo e alcançar metas.
Análise de Oportunidades e Ameaças,
O planeamento estratégico é uma Forças e Fraquezas (Análise SWOT).
poderosa ferramenta para a
Análise de Cenários (fatores económicos,
construção e a consolidação da imagem
socioculturais, políticos/legais,
de qualquer organização
tecnológicos, concorrência, fatores internos).

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ASSESSOR DE IMPRENSA E OS MEDIA

ASSESSORIA DE IMPRENSA

Serviço prestado a instituições públicas e privadas, que se concentra no envio frequente de


informações jornalísticas, dessas organizações para os veículos de comunicação em geral (jornais
diários; revistas semanais, mensais e/ou especializadas, emissoras de rádio e televisão, agências de
notícias, sites, portais de notícias).

Um trabalho continuado de Assessoria de Imprensa permitirá à empresa criar um vínculo de confiança


com os veículos de comunicação e sedimentar sua imagem de forma positiva na sociedade.

ASSESSORIA DE IMPRENSA
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ASSESSOR DE IMPRENSA E OS MEDIA

ASSESSORIA DE IMPRENSA

Caso algum veículo de comunicação se interesse pelo assunto divulgado pela assessoria de
imprensa, utilizará o texto para publicar notas ou agendar entrevistas. Tanto a publicação de notas,
como o agendamento de entrevistas e a publicação posterior de informações, são gratuitas.

Chamamos de media espontânea. Não se paga por essa publicação. Paga-se à assessoria para
trabalhar de forma a conseguir esse resultado

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ASSESSOR DE IMPRENSA E OS MEDIA

ASSESSORIA DE COMUNICAÇÃO

A ampliação das atividades das Assessorias de Imprensa nos últimos anos levou o profissional jornalista
a atuar em áreas estratégicas das empresas, tornando-se um gestor de comunicação. E isso privilegiou a
integração de outros profissionais – relações públicas, propaganda e publicidade – numa equipa
multifuncional e eficiente.

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ASSESSOR DE IMPRENSA E OS MEDIA

ASSESSORIA DE COMUNICAÇÃO

Ao jornalista têm-se aberto oportunidades de atuar como estrategas na elaboração de planos de


comunicação mais abrangentes. Esses planos devem privilegiar uma comunicação eficiente não apenas
junto à imprensa, mas posicionando as organizações de forma a estabelecer uma interlocução com ética e
responsabilidade social, comprometida com os valores da sociedade junto aos seus mais diversos
públicos.
Nesse sentido as organizações podem contar com equipas de assessorias de comunicação internas ou
terceirizadas, cujas funções são*:

ASSESSORIA DE IMPRENSA
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ASSESSOR DE IMPRENSA E OS MEDIA

FUNÇÕES DA ASSESSORIA DE COMUNICAÇÃO

► criar um plano de comunicação (estabelecer a importância deste instrumento tanto no


relacionamento com a imprensa como os demais públicos internos e externos);

► colaborar para a compreensão da sociedade do papel da organização ;

► estabelecer uma imagem comprometida com os seus públicos;

► criar canais de comunicação internos e externos que divulguem os valores da organização e


suas atividades;

ASSESSORIA DE IMPRENSA
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ASSESSOR DE IMPRENSA E OS MEDIA

FUNÇÕES DA ASSESSORIA DE COMUNICAÇÃO

► detetar o que, numa organização, é de interesse público e o que pode ser aproveitado como
material jornalístico;

► desenvolver uma relação de confiança com os veículos de comunicação ;

► avaliar frequentemente a atuação da equipa de comunicação, visando o alcance de resultados


positivos;

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ASSESSOR DE IMPRENSA E OS MEDIA

FUNÇÕES DA ASSESSORIA DE COMUNICAÇÃO

► criar instrumentos que permitam mensurar os resultados das ações desenvolvidas, tanto junto à
imprensa como aos demais públicos;

► preparar as fontes de imprensa das organizações para que atendam às demandas da equipa de
comunicação de forma eficiente e ágil

ASSESSORIA DE IMPRENSA
ASSESSORIA DE IMPRENSA
CARACTERISTICAS DO ASSESSOR DE IMPRENSA

O assessor de imprensa tem como objetivo primordial cultivar e difundir a boa imagem de quem o
contrata; para além de ser um especialista nesta área, é um gestor de informação e de relações.

A sua formação deve partir, preferencialmente do jornalismo ou das relações públicas, pelas suas
características pessoais e pela facilidade em se relacionar.

Deve ser conhecedor dos labirintos da comunicação social, ter visão estratégica e atenção ao
evoluir na sua área.

ASSESSORIA DE IMPRENSA
ASSESSORIA DE IMPRENSA
CARACTERISTICAS DO ASSESSOR DE IMPRENSA

Bom relacionamento com a imprensa

• Uma das mais importantes características que o assessor de imprensa deve possuir é uma boa
abertura e um bom relacionamento com a media em geral, pois dentre as suas funções – como
realizar coletiva de imprensa, elaborar releases, divulgar eventos, sugerir pautas aos meios de
comunicação – há uma relação inerente de interdependência, que deve ser cultivada de maneira
sadia.
Credibilidade

A credibilidade é outra característica essencial para um assessor, pois tanto os veículos de


comunicação como os clientes devem ter total confiança no profissional que presta este serviço.
Caso este elo por ventura seja rompido, a relação do assessor fica bastante prejudicada entre as
partes, dificultando trabalhos futuros e até a carreira profissional.
ASSESSORIA DE IMPRENSA
ASSESSORIA DE IMPRENSA
CARACTERISTICAS DO ASSESSOR DE IMPRENSA

Carisma

Pode até não se tratar de uma característica essencial, mas com certeza é uma condição facilitadora
para se comunicar com pessoas, conseguir informações privilegiadas e até auxiliar no ganho de
confiança dos clientes e meios de comunicação.

Persistência e paciência
Enquanto a persistência deve ser administrada em doses homeopáticas, a paciência, por sua vez,
deve vir como característica a ser utilizada todos os dias. Saber o momento de oferecer determinada
matéria, esperar e enxergar as oportunidades, manterse firme nos seus propósitos e entender a
importância do tempo nas suas variáveis.

ASSESSORIA DE IMPRENSA
ASSESSORIA DE IMPRENSA
CARACTERISTICAS DO ASSESSOR DE IMPRENSA

Escrever bem

O profissional de assessoria de imprensa deve escrever muito bem, afinal, é através das palavras
que ele monta as suas estratégias, divulga seu trabalho e se diferencia no mercado. É muito
importante que os textos sejam cuidadosos e não apresentem erros, sejam eles gramaticais ou
referentes a nomes e datas.

ASSESSORIA DE IMPRENSA
ASSESSORIA DE IMPRENSA
FUNÇÕES DO ASSESSOR DE IMPRENSA

► Deve manter uma forte relação de cooperação com os OCS (Órgãos de Comunicação
Social), enviando com regularidade algumas matérias;

► Deve ter um leque vasto de contactos, que lhe permita ser flexível no desempenho das
suas funções.

► Estes contactos não devem passar só por emails ou nº de telefone, devem conhecer-se
pessoalmente, com relações informais, com acesso a essas pessoas, tendo-as como parceiras.

► É considerado a “face visível e ativa” no relacionamento entre a instituição/empresa/pessoa


que representa e os OCS.

ASSESSORIA DE IMPRENSA
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FUNÇÕES DO ASSESSOR DE IMPRENSA

Neste contexto, o assessor tem de saber responder à maioria das perguntas que lhe vão fazer e,
para tal, tem de dedicar tempo a:

► Conhecer as normas da empresa;

► Conhecer os produtos e serviços comercializados (devendo participar até na


elaboração dos manuais promocionais);

► Preparar uma estratégia de contactos com a Imprensa (criar relações profissionais e


pessoais com jornalistas, devendo ter sempre mais informação que os jornalistas);

ASSESSORIA DE IMPRENSA
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FUNÇÕES DO ASSESSOR DE IMPRENSA

Neste contexto, o assessor tem de saber responder à maioria das perguntas que
lhe vão fazer e, para tal, tem de dedicar tempo a: (cont.)

► Contactar com os principais meios de comunicação (quem não aparece


acaba por ser esquecido);

► Pesquisar notícias sobre o próprio assessorado (clipping e/ou pré-preparação,


isto é, notícias que estão para ser lançadas);

► Identificação de temas como sugestão de assunto;

ASSESSORIA DE IMPRENSA
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FUNÇÕES DO ASSESSOR DE IMPRENSA

Neste contexto, o assessor tem de saber responder à maioria das perguntas que
lhe vão fazer e, para tal, tem de dedicar tempo a: (cont.)

► Efetuar, periodicamente, o levantamento de informação sobre o assessorado;

► Preparar entrevistas individuais ou coletivas (sempre que haja matéria que


possa trazer mais-valias à empresa);

► Organizar ações empresariais (que possam ser transformadas em assunto


relevante para os meios de comunicação social de forma a que a sua presença
seja notícia);

ASSESSORIA DE IMPRENSA
ASSESSORIA DE IMPRENSA
FUNÇÕES DO ASSESSOR DE IMPRENSA

Neste contexto, o assessor tem de saber responder à maioria das perguntas que
lhe vão fazer e, para tal, tem de dedicar tempo a: (cont.)

► Estabelecer a aproximação dos jornalistas com o assessorado (com um dia de


“porta aberta”, permitindo visitas ou workshops, pe);

► Redigir e distribuir (Press releases);

► Enviar material para a imprensa (pode complementar o press realease);

► Elaboração de relatórios das atividades realizadas (mensal, trimestral, semestral ou,


até mesmo, anual´; tudo dependerá da dimensão da empresa.)

ASSESSORIA DE IMPRENSA
ASSESSORIA DE IMPRENSA
FUNÇÕES DO ASSESSOR DE IMPRENSA

Neste contexto, o assessor tem de saber responder à maioria das perguntas que
lhe vão fazer e, para tal, tem de dedicar tempo a: (cont.)

► Preparar o Kit de Imprensa (Press Kit – fundamentando o evento que se vai


realizar);

► Fornecimento de clipping (recortes de revistas e jornais e impressões de


jornais digitais);

► Formação e treino de líderes de opinião e porta-vozes (dentro da empresa);

ASSESSORIA DE IMPRENSA
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FUNÇÕES DO ASSESSOR DE IMPRENSA

Planeamento Estratégico
Atendimento à imprensa
Fortalecimento da marca
Media training
Follow up
Gestão de crises
Clipping

ASSESSORIA DE IMPRENSA
ASSESSORIA DE IMPRENSA
FUNÇÕES DO ASSESSOR DE IMPRENSA

► O assessor não deve mentir, nem inventar notícias, não havendo bases para tal;

► Deve usar a informação disponível e trabalhá-la no sentido de a transformar em “conteúdo


apetecível” para o público e para os jornalistas.

► Em situações de crise e mais agressivas, o assessor nunca deve culpar os jornalistas, porque
nessa batalha tem grande probabilidade de sair derrotado.

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