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Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais

Cinema e Audiovisual

Trabalho Linguagem Audiovisual


Capitulo 4

Integrantes:
André Coelho
Anna cotta
Arthur Assis
Arthur Ribeiro
Camila Freesz
Catarina Guarino

Gabriel Oliveira
Gustavo Borges
Isabela baeta
Maria Júlia Martins
Paulo Avelar
Pedro Melo

Belo Horizonte

2022
André Coelho
Anna cotta
Arthur Assis
Arthur Ribeiro
Camila Freesz
Catarina Guarino

Gabriel Oliveira
Gustavo Borges
Isabela baeta
Maria Júlia Martins
Paulo Avelar
Pedro Melo

Trabalho Linguagem Audiovisual


Capitulo 4

Trabalho apresentado à
disciplina de linguagem audiovisual
no 1° Período do Curso cinema e
audiovisual.

Orientador: Edmundo De
Novaes Gomes

Belo Horizonte

2022
Índice:

Pag 1 -------------------------------------- Introdução e resumo

Pag 2 à 7 --------------------------------- Desenvolvimento

Pag 8 -------------------------------------- Conclusão

Pag 9 -------------------------------------- Referências


1

Introdução:

O presente trabalho é sobre o capítulo 4 do livro “A estética do filme”, obra de Jacques Aumont e
outros, onde o objetivo desse trabalho será dissertar sobre as questões propostas nesse capítulo,
afim de sanar todas as dúvidas e passar todas as informações presentes neste respectivo capítulo.

Resumo:

No seguinte trabalho, iremos apresentar todo o conteúdo observado pelo grupo no capítulo 4 do livro
de Jacques Aumont “A estética do filme”, analisando tópico a tópico conseguimos realizar a melhor
compreensão do capítulo, transferindo o melhor do nosso entendimento com base nos ensinamentos
que o autor desejou repassar, trazendo para o nosso modo de enxergar e demonstrar sobre todos os
determinados assuntos tratados neste capítulo, de maneira coesa e com a maior clareza possível.
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Desenvolvimento:

Sobre o Autor:

Jaques Aumont é um escritor Frances que ficou mundialmente famoso por seus livros sobre as
teorias do cinema, como “ a estética do filme” o livro em questão, “A imagem”, “ teoria dos cineastas”
e “ dicionários teórico e critico de cinema”. Atualmente ele leciona na Universidade de Paris e na
EHESS (Escola de Estudos Avançados em Ciências Sociais), alem de escrever regularmente na
revista Cinéma e dirige o Centro de História do Cinema da Cinemateca Francesa.
Em contra partido mesmo o livro sendo do Jacques, o tópico 4 foi escrito pelo também francês e
critico do cinema Michel Marie, que não só ajudou Jacques nesse livro como também nos livros “
L'analyse des films” e“ Dicionário teórico e crítico de cinema” .

A Linguagem Cinematográfica:

A Linguagem cinematográfica é uma linguagem específica, que se difere da linguagem da literatura e


do teatro. A ideia dos teóricos, então, é opor-se a qualquer tentativa de assimilação da linguagem
cinematográfica pela linguagem verbal.
Uma característica essencial dessa nova linguagem é sua universalidade, que permite contornar o
obstáculo da diversidade das línguas nacionais. Ela não precisa ser traduzida, ou seja, é
compreendida por todos e permite reencontrar uma espécie de "estado natural" da linguagem,
anterior ao arbitrário das línguas.
A linguagem cinematográfica é duplamente determinada. Primeiro pela história, depois pela
narratividade.
Ela se afasta notavelmente da linguagem articulada.
A linguagem cinematográfica é uma linguagem específica e tem suas próprias características, a
diferenciando das outras.
De acordo com o teórico Béla Balázas, quatro princípios que caracterizam a linguagem
cinematográfica são a distância variável entre espectador e cena representada, a subdivisão da
imagem total de cena em uma série de planos, a variação de enquadramento e a operação de
montagem.
O cinema é uma arte da imagem, e tudo que não é ela, deve aceitar sua função prioritária.

O CINEMA, LÍNGUA OU LINGUAGEM?

Jean Epstein: cinema é uma língua universal por serem de fato repertórios das predominâncias de
cada escrita fílmica e sua própria época
Jean Mitry: Assim como muitos outros autores confrontaram termos como meios de "expressão",
"linguagem" ou "língua" a propósito do filme, sem levarem em consideração o estudo da própria
língua.
Christian Metz: constata que o cinema é tido como linguagem mas é estudado gramaticalmente
como língua.
Assim, inspirando-se na linguística saussuriana, Metz define a linguagem cinematográfica através do
estudo de sua semiologia
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Inicialmente estuda os problemas da narrativa, Então parte para o estudo das trucagens e do
espectador, com uma abordagem psicanalítica.
Com isso o autor concluirá que sua semiologia é um corpo de referencias iniciais retrabalhadas.

Na parte mencionada sobre Linguagem cinematográfica e língua, Saussure em seu curso de


linguística distingue a língua da linguagem, sendo que a língua não passa de uma parte determinada
da linguagem. A liguagem eu diria ser multiforme pois se manifesta através de diferentes tipos de
signo, e heteróclita, pois sempre é recriada conforme a necessidade de criar novas realidades. A
língua é um todo em si e um princípio de classificação.
Existe um grande número de línguas, os filmes podem variar de um país para outro, em razão das
diferenças socioculturais de representação, não existe linguagem cinematográfica própria a uma
comunidade cultural. O cinema falado registra cada língua em particular, porém quando era mudo, a
língua escrita era presente em letreiros, com frequência nos filmes. Os que não tinham legendas, a
escrita intervinha dentro da própria imagem.

A língua permite a qualquer momento a junção entre o locutor e o interlocutor. No cinema não ocorre
isso, pois você não consegue dialogar diretamente com um filme, a não ser em um sentido
metafórico. O cinema nesse ponto se diferencia na comunicação verbal, o espectador jamais pode
responder ao personagem, mesmo se algum comentador lhe fala diretamente. Na televisão ocorre
de forma diferente, pois tem uma simultaneidade entre emissão e recepção, assim pode ocorrer um
intercâmbio comunicativo por intervenção do receptor.
No nível analógico da linguagem cinematográfica, Jean Mitry insiste que um filme, antes de mais
nada, são imagens, e enfatiza o nível analógico da linguagem cinematográfica. A imagem é um
material significante de base no cinema, mas o som gravado também, o que deixa mais perto do
real.

O que caracteriza a percepção de um filme é a qualidade, a linearidade do desfile, com sua base de
impressão de continuidade, assim o espectador nunca verá unidades descontinuas ou diferentes.
É apresentado uma hipótese de Christian Metz sobre cinco níveis de articulação para um filme: 1- A
própria percepção, 2- Identificação dos objetos visuais e sonoros na tela, 3- O conjunto dos
“simbolismos” e das conotações de diversas ordens que se vinculam aos objetos, 4- O conjunto de
estruturas narrativas, 5- O conjunto de sistemas cinematográficos que organizam em um discurso de
tipo específico os elementos fornecidos ao espectador
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A inteligibilidade do filme:

Se a língua é um dos códigos internos da linguagem, pode-se igualmente considerar que existem
certos aspectos da percepção cinematográfica que permitem que o espectador compreenda e leia o
filme. São precisamente essas características que justificam emprego do termo linguagem.
- O cinema não é considerado como uma língua, mas sim como uma linguagem, na medida em que
organiza elementos significativos dentro de arranjos organizados.
A "inteligibilidade" do filme passa por 3 instâncias principais:
• A analogia perceptiva: visão e audição não identificam objeto a partir de seu aspecto sensível.
•Os "códigos de nominação icônica": que servem para dar nome dos objetos e aos sons.
•As figuras significantes propriamente cinematográficas: que constituem a linguagem cinematográfica
no sentido escrito.

Analogia perceptiva:
• A imagem cinematográfica ou fotográfica só é legível quando reconhecemos objetos.
Disso resulta que, no cinema, apesar do grau elevado de iconicidade próprio a seu significante, a
primeira compreensão dos dados audiovisuais é igualmente garantida pelo conjunto desses códigos
constitutivos da analogia.
Como por exemplo a zebra. Não precisamos analisar a silhueta ou formato do focinho pois as listras
dela já nos remete ao animal.
O reconhecimento visual e sonoro se baseia em certos traços sensíveis do objeto ou de sua imagem,
excluindo os outros.

Códigos de nomeação icônica:

Refere-se à operação de nomeação, o ato de dar um nome a objetos visuais.


Essa operação de transcodificação é acompanhada de uma outra relação qualificada de
"metacódigo", que consiste em um código utilizado para estudar um outro código, como a
metalinguagem que serve para estudar as outras linguagens.
• A nomeação remata a percepção tanto quanto traduz.
Estes permitem reconhecer os objetos visíveis e audíveis que aparecem nos filmes gracas à
semelhança pela qual são responsáveis.
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As figuras significantes propriamente cinematográficas


• Eles participam muito diretamente da produção de sentido literal.
• O sentido literal é igualmente produzido por outros códigos, por exemplo a montagem

A Heterogeneidade da língua cinematográfica:

O autor disserta sobre, a heterogeneidade da linguagem cinematográfica,afirmando que a imagem


não é a totalidade dessa linguagem e que, quando analisamos o cinema sonoro, ele não inclui
somente a palavra mas também todos os componentes do som, como ruídos e a música. Jacques
Aumont cita a declaração do linguista Louis Hjelmslev onde ‘cada linguagem caracteriza-se por um
tipo ou combinação de materiais da expressão’ e aí entende-se ‘material da expressão’ como a
natureza física e sensorial dele. A linguagem cinematográfica caracteriza-se como heterogênea pois
combina a trilha de imagem, composta por várias imagens fotográficas que se movem e são
colocadas em série, além de letreiros que podem substituir as imagens letreiros) ou legendas e
menções gráficas que se sobrepõem internamente à imagem, e a trilha sonora, composta pelo som
fônico, musical e analógico.

Baseando-se nas noções semiológicas de A.J. Greimas e Roland Barthes, estabelece uma definição
mais genérica de código, sendo ele um campo de comutações, em que significantes e significados
adquirem sentido de maneira associativa, fazendo do conceito algo inerentemente cultural. Se
tratando de uma ideia abstrata, é mais fácil compreendê-la com exemplos.

No livro “A Estética do Filme”, é feita uma diferenciação entre códigos específicos e não-específicos
ao cinema. Esta primeira categoria - a mais numerosa em casos específicos - está ligada a uma
característica essencial da mídia cinematográfica, a imagem em movimento. Nela estão incluídos
códigos como o ritmo, escalas de plano, uso de cores, uso de trajes e, principalmente, raccords
dinâmicos e o movimento de câmera. Os dois últimos exemplos recebem destaque porque são os
que possuem maior grau de especificidade com o cinema, embora valha ressaltar que isso, apenas,
não é indicativo do quão valioso é o uso de um determinado código.

Quanto aos códigos não-específicos, não há muito de concreto a ser citado. Sendo noções muito
mais amplas da comunicação, como a palavra escrita ou a língua de sinais, o cinema, por ser uma
linguagem recém estabelecida e altamente especializada, não possui muitas comparações definidas
dentro dessa categoria. Portanto, a mídia cinematográfica compõe um espaço de reunião de
inúmeros códigos específicos e não-específicos, e é importante ter isso em mente porque são essas
as ferramentas mais básicas que um cineasta possui para expressar sua visão artística.
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A noção de texto fílmico em “Langage et Cinéma”:


E considerado como discurso significante, analisando seu sistema interno, estudando todas as
configurações significantes que é possível nele observar. Essa abordagem pode ser de duas formas
diferentes
- Uma estuda o filme como uma mensagem: trata-se do estudo da linguagem cinematográfica, ou de
uma das suas figuras
- A outra estuda o sistema próprio a um filme: O papel da montagem, em relação às outras
configurações significantes.

Texto VS Texto Fílmico:

O texto é um processo de desenvolvimento significante, um processo, uma série de imagens, na


medida em que desenvolve seus significantes no espaço, enquanto o texto fílmico é um filme
funcionando como objeto percebido por espectadores durante seu tempo de projeção.

O texto fílmico se opõe ao sistema quando o processo do filme é seu processo de coerência, sua
lógica interna, e esse sistema não tem uma existência concreta, enquanto o texto tem.
O filme é estruturado de maneira original, por uma montagem paralela generalizada à sua
construção de conjunto:
Essa montagem paralela é um tipo particular de construção sequencial que pertence a um código
especificamente cinematográfico, o da montagem no sentido de organização sintagmática dos
segmentos do filme. Ela necessita da sucessão dinâmica de imagens em movimento para transmitir
o efeito visual ou emocional.

Características principais da análise textual;


- A precisão e a ênfase na forma, nós elementos significantes;
- Uma interrogação constante sobre a metodologia empregada, uma auto-reflexao teórica em todas
as fases da análise;
No texto fala sobre as dificuldades da análise textual, principalmente pelo fato de que para constituir
o filme em texto, é necessário se introduzir na obra. Esse gesto é muito mais difícil do que por
exemplo seria com obras literárias. Mostrando o quão importante e minucioso é este processo.

Livros e Sugestões:

Film Language: A Semiotics of the Cinema;


Sinopse: Um pioneiro na área, Christian Metz compartilha sua visão sobre a estrutura de linguagem
para a linguagem do filme.
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A Linguagem Cinematográfica;
Sinopse: Escrito por Marcel Martin, esse livro apresenta um estudo clássico sobre a linguagem
característica do cinema, indispensável para estudantes, amantes e praticantes da sétima arte.
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Conclusão:

Indubitavelmente que neste trabalho conseguimos demonstrar todo nosso compreendimento de


acordo com os ensinamentos que o capítulo nos trouxe, juntamente com as grandes possibilidades
interpretativas que ele nos permite, de forma instrutiva e educativa, a partir disso decidimos , para
facilitar a transmissão da nossa ideia, repassamos todo nosso conhecimento adquirido, baseando-se
no que o autor demonstrou neste capítulo 4.
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Referências:

https://docero.com.br/doc/c1svn0

https://pt.scribd.com/document/529860796/Resenha-do-Livro-A-Estetica-do-Filme-Vinicius-Hoffmann

https://www.skoob.com.br/livro/resenhas/8712/edicao:9972#:~:text=Apresenta%20hist%C3%B3rias
%20sobre%20a%20discuss%C3%A3o,sobre%20fazer%20ou%20avaliar%20filmes.

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