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UNIVERSIDADE FEDERAL DO MARANHÃO

CENTRO DE CIÊNCIAS HUMANAS


CURSO DE LICENCIATURA EM TEATRO
TEATRO INFANTO-JUVENIL
DOCENTE: ANA TERESA DESTERRO RABELO
DISCENTE: GRAZIELLA NOGUEIRA FROTA E MICAEL BEZERRA
SOARES

Reverbel, Olga. Teatro na Sala de Aula

(...) A função do professor é de orientar o desenvolvimento dessa atividade, de oferecer


informações, de proporcionar elementos de pesquisa e de avaliar, em conjunto com seus
alunos, cada etapa da experiência. (pág. 94)

(...) As atividades dramáticas realizadas na escola partem dos princípios que norteiam o teatro
propriamente dito, tendo porém um objetivo educacional definido, que é o de desenvolver a
auto-expressão do aluno, estimulando-lhe a espontaneidade. (pág. 94)

(...) O professor não terá que adotar a posição de um diretor teatral, tomando a si o encargo
de ensaiar atores e determinar a construção e colocação de elementos cênicos, mas deverá,
com habilidade, criar um clima de confiança para que a montagem se desenvolva sob a auto
direção dos alunos. (pág.94 e 95)

(...) Sempre estará presente o espírito de jogo infantil, no qual as regras são respeitadas
porque os resultados proporcionam prazer. Bastam a constante presença e o entusiasmo do
professor, ao “entrar no jogo" com seus alunos, para que haja uma disciplina consciente, para
que se estabeleçam as normas indispensáveis a esta atividade global, sem as quais haveria o
risco de um saldo negativo. (pág. 95)
(...) Há dois momentos marcantes na vida do aluno: o primeiro é o tempo de descobrir e agir, o
segundo é o de descobrir e maravilhar-se diante de um espetáculo teatral adequado ao seu
nível emocional e intelectual. (pág. 97)

(...) Se queremos levar nossos alunos ao teatro e se bem compreendemos o teatro,


destacamos, antes de tudo, que a figura do ator é decisiva, pois ele se projeta para a criança
como personagem real da trama. Por isto, o ator que representar para um público infantil deve
interpretar sua personagem de forma a manter as crianças atentas, interessadas e, sobretudo,
emocionalmente abertas para uma identificação positiva. (pág. 103)

(...) Na educação da criança, abandonar o elemento fantástico e mitológico - contos e lendas


nas quais a realidade está praticamente entendida é como eliminar aquilo de que a criança
tem necessidade mais imediata para apreciar a arte e a poesia. Essas narrativas nascem
sempre das fontes escondidas da ilusão poética, alimentada e cultivada durante os anos da
infância como um dos mais profundos valores dessa quadra. Quem não recorda, quem não
tem o gosto da participação pessoal na invenção, não encontrará nenhuma sugestão pura sua
fantasia. Sua vida é apoucada pelo mais monótono realismo, onde, do ponto de vista
espiritual, nada é importante e decisivo. (pág. 105)

(...) Cabe aos professores a indicação do espetáculo a seus alunos, considerada a faixa etária
dos 14 aos 18 anos, pois nesta idade, o pensa mento vai atingindo gradualmente a capacidade
plena de movimentar-se na abstração. Nota-se no adolescente uma atitude extremamente
crítica contra todas as opiniões preexistentes. Os problemas são examinados a fundo. Mas o
adolescente tem também, nesta faixa, uma tendência ao exagero; é absoluto em relação a
seus ideais e aos seus modelos, sente uma grande necessidade de viver o fantástico. Possui
uma desmesurada imaginação criadora e uma extrema sensibilidade. Por todos estes motivos,
a escolha de uma peça é particular mente difícil e complicada para esta idade. (pág. 111)

(...)Espetáculos de alta qualidade humana, artística e técnica, especialmente concebidos para a


infância e para a juventude em conjunto com os educadores - por artistas e artesãos
conscientes da grandeza de semelhante tarefa e da responsabilidade de quem a empreende -
podia contribuir enormemente para o progresso espiritual do povo e para a extensão da
cultura e do gosto. Podem preparar gerações de espectadores, de críticos, de criadores
informados e, ao mesmo tempo oferecer aos postas, aos cenógrafos, aos atores e aos
diretores desse tempo uma excepcional e autêntica ocasião de pesquisa, de renovação e de
afastamento das convenções, dos conformismos e de tantos outros impedimentos para sua
livre inspiração, oferecendo-lhes um imenso público, ainda não deformado, não sofisticado,
entusiasta e exigente, magnificamente exigente: o público das crianças e dos adolescentes.
(pág. 113)

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