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UNIVERSIDADE FEDERAL DO PIAUÍ

CENTRO DE CIÊNCIAS DA EDUCAÇÃO – CCE

DICIPLINA: METODOLOGIA DE ENSINO DE MÚSICA

DOCENTE: GABRIEL NUNES LOPES FERREIRA

DISCENTE: SORANE COSTA SOARES

RESENHA CRÍTICA

Émile Jaques-Dalcroze: A música e o movimento

TERESINA - PI

25 de Março de 2019
Émile Jaques-Dalcroze: A música e o movimento

O presente texto aborda primordialmente os ideais de Émile Jaques-Dalcroze,


mostrando seus métodos baseados no movimento para educar musicalmente
ultrapassando metodologias teóricas. A autora Silvana Mariani explana os principais
preceitos da pedagogia de Dalcroze ao mostrar que suas ideias se davam no
desenvolvimento e utilização da rítmica com o movimento corporal, ampliando assim
campo de interessados, que se estende a pessoas ligadas ao meio artístico, especialmente
dançarinos. Com essa abordagem, somam-se aglomerados de composições e exercícios
elaborados para a prática de suas teorias pedagógicas e ideias filosóficas, ampliando
assim, junto das transformações sociais da época, uma prática musical mais inclusiva.
Para o educador, tendo o corpo como elemento de expressão o aluno sai da educação
“livresca” que era submetido e passa a experimentar sensações físicas em relação à
música, abrindo caminhos para a criatividade.

Em sua proposta pedagógica, percebendo a dificuldade que seus alunos tinham


com a rítmica, concluiu que isso se dava pelo fato de que eles só tinham contato com a
audição somente no momento que deveriam escrever. Para que isso fosse solucionado,
propôs exercícios rítmicos que envolvessem elementos da linguagem musical por meio
do movimento corporal. Para desenvolver tal método, Dalcroze se apropria de três
ferramentas básicas que são a rítmica, o solfejo e a improvisação. A rítmica é
considerada a base de seu método, pois está presente nos outros dois elementos e deve
ser vivida antes de se passar adiante. Para o educador, é com o solfejo que o aluno
desenvolve o ouvido interno, a afinação, a aptidão vocal, a respiração, a leitura e a
interpretação, buscando sempre a interação entre a experiência auditiva e a experiência
física. A improvisação geralmente é entendida como algo que deva ser realizado depois
de alguns anos de estudo, porém o educador vai contra essa ideia, pois é o momento
onde o aluno pode criar e reproduzir suas ideias de acordo com o que foi visto durante
as aulas.

De maneira geral, tal proposta é interessante em inúmeros aspectos, pois no


ensino tradicional de música os professores costumam dar várias informações ao mesmo
tempo para seus alunos e com isso muitas vezes eles não se apropriam de tudo aquilo
por completo, acabando por acumular várias informações que não fazem sentido
naquele momento, caindo assim em seu esquecimento. O diferencial da pedagogia de
Dalcroze é fazer com que os alunos entendam a música em si antes de dizer que “sabem
daquilo”, que ao aprender eles possam pôr em prática tanto na mente como no corpo
conectando e decodificando as informações, de modo que vivenciem a música por
completo.

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