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Unidade Curricular Enfermagem Avançada

Prof. Rita Marques

Conteúdos:

1. O Desenvolvimento da Enfermagem como Profissão e como Disciplina:


a) Prática Avançada de Enfermagem
b) A Enfermagem enquanto Profissão da Saúde e Disciplina Cientifica
c) Uma abordagem ontoepistemológica da Enfermagem
d) Cuidar em Enfermagem e Cuidados de Enfermagem

Ano Letivo de 2019/20 – 1º Ano / 1º Semestre

13º CPLEESMO 1
Mod.CPD.05.03
Cuidar existe desde o início da Humanidade…

Atualmente, a enfermagem é entendida como uma ciência e uma arte, a arte de


cuidar, englobando cuidados técnicos, científicos e humanos, baseados na relação de
alteridade e de encontro intersubjetivo.

Cuidar implica competência técnica e a sensibilidade afetiva:


“O verdadeiro cuidar não implica desvalorizar a ciência e a técnica mas, pelo contrário,
utilizá-las para prestar cuidados globais à pessoa, não menosprezando nunca nenhumas
das necessidades do doente, incluindo aquelas para as quais se torna necessário a
intervenção técnica”. (Pacheco, 2002, p. 34)

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A Teoria de Patrícia Benner

“De iniciado a perito: Excelência e Poder


na Prática de Enfermagem”

"É ao longo do tempo que uma enfermeira


adquire a experiência, e o conhecimento
clínico - mistura entre os conhecimentos
práticos simples e os conhecimentos teóricos
brutos - se desenvolve."
(Benner, 2001, p.37)

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- Teoria com base no Modelo de Aquisição


de Perícia de Dreyfus;
Perito - O conhecimento é adquirido com o tempo e com
a aprendizagem experiencial.

Proeficiente

Passagem de mero observador a


executante envolvido
Competente

Modificação da maneira como o


Principiante avançado formando se apercebe de uma
situação

Iniciado
Passagem de uma confiança em
princípios abstratos à sua aplicação

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Saber Saber - Fazer

Forma como o individuo passa a Aquisição de competências que pode


saber, estabelecendo relações desafiar “o saber que”.
causais entre os acontecimentos. Isto é, o individuo pode “saber como”
(Benner, 2001: 32) antes da elaboração de uma explicação
teórica. (Benner, 2001: 32)

Saber como ➔ conhecimentos e


habilidades clinicas (experiência) +
investigação sobre a clinica

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Perito

Especialista

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Perito
• “tem uma enorme experiência, compreende de maneira intuitiva cada
situação e apreende diretamente o problema sem se perder num largo
leque de soluções e diagnósticos estéreis, articulando a sua formação
teórica com a sua experiência prática”. (Benner, 2001: 58).

Especialista
• Deve possuir conhecimentos teóricos e técnicos, ser capaz de tomar
decisões, comunicar eficazmente (pessoa/família/equipa), ser flexível,
responsável e criativo, ter espírito crítico e de iniciativa e ter uma
conduta ética e deontológica.
• Este percurso é construído ao longo da sua vida profissional, consolidado
através da formação académica pós-licenciada e formação contínua.

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Especialista
Enfermagem avançada / Prática avançada de Enfermagem

“... maior competência para o desempenho centrado numa lógica mais conceptual e
concretizada pela inter-relação pessoal – baseado em teorias de enfermagem que têm
por “Core”: o diagnóstico e a assistência em face das respostas humanas às transições
vividas;” Paiva (2007:18)

ESMO - Desenvolver competências cientificas, éticas, técnicas e relacionais para a


prestação de cuidados especializados à mulher inserida na família e comunidade
durante:
- o período pré-natal
- o trabalho de parto e otimizar a adaptação do recém-nascido à vida extrauterina
- durante o período pós-natal, apoiando o processo de transição à parentalidade

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Teoria das Transições (Afaf Meleis)

Uma teoria proveniente da prática e para a prática dos cuidados

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Metaparadigma

Pessoa Saúde
Pessoa = Ser holístico
É mais do que ausência de doença;
As mudanças na condição de saúde entre
É homeostasia interna
outras transições, implicam alteração da
Adaptação
definição de si próprio no novo contexto.

Ambiente Cuidados de enfermagem


= Conceito central para a enfermagem Facilitadores de transição
Meio onde as pessoas vivem e se Alvo dos cuidados ➔ cliente
desenvolvem, constituído por elementos Pessoa ➔ visão holística
que vão influenciar os estilos de vida e Modelo humanista, de totalidade do ser, de
que se vão refletir no conceito de saúde integralidade, de inter-disciplinaridade…
Pessoa ➔ interação constante com o
ambiente; capacidade de adaptação Intervenções de enfermagem ➔ prescritas
de forma a evitar riscos, detetar problemas
• Riscos, doenças ou potenciais doenças
e resolvê-los ou minimizá-los.
➔ desequilíbrio (Meleis et al., 2000)
.
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TRANSIÇÃO…
• Implica passagem
• Envolve mudança
• Ocorre a partir de disrupção
• Decorre com a presença de fases
• Exige consciência da mudança
• Implica construção de nova realidade
(Bridges, 2001, 2004; Meleis et al., 2000)

… é entendida como “a passagem de um estado bastante estável para outro estado bastante
estável e é um processo acionado por uma mudança. As transições são caracterizadas por
diferentes etapas dinâmicas, marcos, e pontos de viragem e podem ser definidas através de
processos e/ou resultados finais” (Meleis, 2010, p. 11).

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Enfermeiro como facilitador da transição e parceiro de cuidados

“Experienciando Transições” (Meleis et al, 2000)

Cuidados Centrados

Parceira de Cuidados Pessoa Alvo de Cuidados

Família

❖ Adoção de medidas de conforto, cuidado e até responsabilização para a superação da transição


❖ Promoção do conforto físico, psico-espiritual, sociocultural, ambiental

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Enfermeiro como facilitador da transição e parceiro de cuidados

Enfermeiro
Integrado no
contexto
família e Problema ➔ Diagnóstico de
socio cultural
enfermagem

Ação entre o
Processo de enfermeiro e a pessoa
Transição alvo dos cuidados
(Parceria de cuidados)

Pessoa Intervenções Terapêuticas


Vulnerabilidade (física,
psicológica e social)
de Enfermagem
Insegurança,
Revolta, Medo
Aumento da capacidade individual
através do empowerment
Contexto especifico de transição saúde-doença e a intervenção terapêutica de enfermagem

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A teoria das transições em Enfermagem

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Natureza das Transições Condicionantes da Transição: Padrões de Resposta


Facilitadores/Inibidores
Tipos Pessoais Indicadores de processo
Desenvolvimental: nascimento (bebé prematuro) Significados: mãe forte, lutadora (+); Sentir-se ligado: ao filho prematuro,
Situacional: assumir papel de mãe/cuidadora de um Experiência negativa UCIN (-) equipa de saúde, família
filho prematuro (30 semanas) Crenças culturais e atitudes: Interagir: com confiança com filho
Saúde/doença: prematuridade procurar aprender (+); dever de prematuro, equipa de saúde, família
Organizacional: novas rotinas aprender, dever de cuidar, dever de Estar situado/aceitar situação de:
… (+/-) medo, angústia,… (-) condição de prematuridade,
Padrões
Status socioeconómico: recursos experiência de prematuridade
Múltiplos de função/papel – função de monetários / rede de apoio (+); Desenvolver confiança e coping:
mãe/cuidadora/ mulher; limitação de recursos e apoios (-) para o cuidado ao longo do tempo
Simultâneos e relacionadas – assumir papel de Preparação e conhecimento:
mãe, mãe de um bebé prematuro, hospitalização, Capacitação (+); imposição do papel
alta. sem preparação (-)

Propriedades Indicadores de Resultado:


Conscencialização: de ser mãe de um bebé Comunidade: Familia/profissionais Maestria: no cuidado ao filho no
prematuro. de saúde domicilio
Empenhamento: Aprender a cuidar do filho Sociedade: recursos de apoio Integração fluida da identidade:
Mudança e diferença: aperceber-se do facto de ser como mãe de bebé prematuro
uma mãe de um bebé prematuro com as suas Intervenções terapêuticas de Enfermagem
especificidades; procurar adaptar-se à situação
Espaço temporal de transição: tempo, adaptação Estar presente com frequência, Acolher
física, psicológica Escutar a mãe/pai
Eventos e pontos críticos: ter um bebé prematuro, Disponibilizar-se para esclarecer dúvidas, medos, receios; Orientar
internamento na UCIN, privação da relação mãe- Disponibilizar-se para processo de vinculação
filho, dificuldades no aleitamento, medos, relações Disponibilizar ajuda no cuidado
familiares Avaliar
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Operacionalização de uma situação de cuidados (papel maternal: nascimento de bebé prematuro) segundo o Modelo transacional de Meleis et al. (2000)
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Atividade:

Identifique/descreva uma situação de transição:


Sumariamente identifique uma pessoa/grupo numa situação de transição:

1) Qual o tipo de transição selecionada?


2) Identifique condições facilitadoras/inibidoras?
3) Quais os recursos identificados?
4) Quais as intervenções de enfermagem facilitadoras do processo de transição?

Resposta às situações de transição

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Gravidez na adolescência / Alterações corporais da gravidez / Imagem corporal / Sexualidade /


Preparação para o parto / Empowerment da mulher

Ambiente seguro durante o parto / Transição para a parentalidade / Aleitamento materno / Humor
depressivo no período pós-parto

Resposta às situações de transição

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Natureza das Transições Condicionantes da Transição: Padrões de Resposta


Facilitadores/Inibidores
Tipos Pessoais Indicadores de processo
Desenvolvimental: nascimento de bebé com Significados: esperança (+); Sentir-se ligado: ao filho, equipa de
doença crónica grave Desesperança (-) saúde, família
Situacional: esperança/desesperança Crenças culturais e atitudes: Interagir: com esperança com filho
Saúde/doença: nascimento de bebé com doença conseguir viver com a situação com prematuro, equipa de saúde, família
crónica grave esperança (+); medo, angústia, Estar situado/aceitar situação de:
Organizacional: novas rotinas desesperança (-) condição de saúde com esperança
Status socioeconómico: recursos Desenvolver confiança e coping:
Padrões
monetários / rede de apoio (+); esperança na relação mãe/filho;
Múltiplos de função/papel – função de limitação de recursos e apoios (-)
mãe/cuidadora/ mulher; Preparação e conhecimento:
Simultâneas e relacionadas – assumir papel de aprender estratégias promotoras de
mãe, mãe de um bebé com doença crónica grave, esperança (+); Desistência (-)
hospitalização, alta.

Propriedades Indicadores de Resultado:


Comunidade: Familia/profissionais Maestria: aceitação da condição
Consciencialização: ser mãe de um filho com
de saúde Integração fluida da identidade:
doença crónica grave.
Sociedade: recursos de apoio como mãe de bebé com doença
Empenhamento: esperança do dia-a-dia
crónica grave
Mudança e diferença: procurar alimentar a sua
esperança Intervenções terapêuticas de Enfermagem
Espaço temporal de transição: continuo
Eventos e pontos críticos: ter um bebé com doença (…)
crónica grave, dificuldade na vinculação mãe-filho,
medos, relações familiares

Operacionalização de uma situação de cuidados (esperança: nascimento de bebé com doença crónica grave) segundo o Modelo
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transacional de Meleis et al. (2000)
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Atributo de esperança Intervenção
-Motivar a participação em rituais religiosos e práticas espirituais
-Assistir na procura de sentido/significado do momento presente
Processo
-Promover a valorização de pequenas coisas
Espiritual/Transcendente
-Encorajar a deixar um legado
-Aconselhar literatura, filmes e arte que explorem o significado do sofrimento
-Encorajar a “desligar a mente”/pensar em outras coisas
-Aconselhar o envolvimento em atividades agradáveis, criativas e divertidas
-Otimizar o humor
-Aconselhar literatura, filmes e arte que realcem o belo da vida
Processo Experiencial
- Assistir na identificação de objetos significativos
-Assistir a focalização nas alegrias do passado e do presente
-Estimular a recolha de símbolos/objetos de esperança
-Promover a partilha de histórias positivas inspiradoras de esperança
-Apoiar no reconhecimento da importância da manutenção de relacionamentos positivos
-Promover relações terapêuticas
Processo Relacional -Promover uma relação de ajuda
-Assistir na identificação de pessoas significativas
-Facilitar a comunicação do próprio sentido da esperança
-Assistir a pessoa na reformulação de objetivos e metas
-Motivar a identificação de recursos disponíveis e necessários para a realização de objetivos
-Motivar a definição de prioridades
-Assistir na identificação de mecanismos de coping
Processo Racional -Promover o desenvolvimento de habilidades de resolução de problemas que se centram no âmbito da
gestão do tempo, sobrecarga de papéis e controlo emocional
-Facilitar a incorporação de mecanismos de resolução de problemas e capacidade de enfrentar o dia a dia
-Assistir na identificação/coordenação dos recursos existentes
-Providenciar informação adequada
(Herth, 1993; Farran, Herth & Popovich, 1995; Ersek, 2006; Duggleby et al, 2007b; Quinlan & Duggleby, 2009; Duggleby & Williams, 2010).

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ÁREAS DE INTERVENÇÃO / Atividades

Viver um dia de
Identificar recursos e cada vez
ameaças à esperança Planear o Futuro
Alguém próximo que o Viver melhor Valorizar o presente e
inspira, uma sensação, uma determinar objetivos de
o presente Identificação dos domínios
crença, uma experiência curto prazo.
importantes da vida e
passada superada definição de objetivos
Diário de Esperança /
realistas.
A MINHA HISTÓRIA DE Gratidão;
Relembrar memórias Definir objetivos realistas
ESPERANÇA Clarificar valores
do passado Contar o percurso de vida Cartas Terapêuticas
referindo os pontos altos e
COLECÇÃO “SOBRE MIM” baixos
Álbum de esperança Viver o momento
fotos, poemas, livros, imagens
do passado Capacidade de transcendência como estratégia
Kit DE ESPERANÇA -“caixa para lidar com a situação
do tesouro de Esperança” Lista pessoal de alegrias
onde pode guardar objetos Momento de relaxamento / alívio de tensão
reais que alimente a sua
esperança https://iconline.ipleiria.pt/bitstream/10400.8/4884/3/Guia%20de%20esperan%c3%a7a%20CUIDADOR%20-%20ebook.pdf

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Teoria do Conforto de katharine kolcaba

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“ O conforto é algo a que os seres humanos querem aceder desde que nascem.
É por isso que uma criança pára de chorar quando um joelho ferido é beijado,
ou um doente idoso se acalma quando é tocado na mão ou ouve palavras delicadas”

Malinowski & Stamler (2002)

Necessidade do ser humano em todos os


estádios e situações da sua vida

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DESAFIO

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NOME E ADJETIVO:
“estado ou perceção de consolo, ânimo, coragem, comodidade, o
que fortalece e revigora, ou um estado de se sentir confortado,
experiência agradável, sensação de prazer, de bem-estar, de
plenitude” (Dicionário da Porto Editora, 2017)
“uma ação e um estado de consolo recebido ou prestado em
momento de preocupação, de aflição”
“bem estar material, comodidade física satisfeita”, sendo
substituível por “comodidade, conchego, bem-estar, alívio,
descanso” (Dicionário da Porto Editora, 2017)

VERBO:
“auxílio, ajuda, consolação, apoio numa aflição, numa situação de dor,
de infelicidade”
“dar forças a; fortalecer; fortificar; animar; alentar; consolar”
“renovar as forças, o vigor, o ânimo, tornar forte” (Dicionário da Porto Editora, 2017)

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Duplo sentido:

(i) estado ou perceção que resulta de ações confortadoras

(ii) área de intervenção no processo de cuidar – cuidados de conforto que


requerem um processo de ações confortantes
(Morse 1983; Kolcaba & Kolcaba, 1991; Kolcaba, 1994, 2003; Tutton & Seers, 2003; Sousa, 2014).

O conforto é, uma necessidade ao longo da vida, que deve fazer parte integrante da promoção
da saúde a todos os níveis - na saúde e na doença. (Malinowski & Stamler, 2002)
“…uma resposta confortadora de uma pessoa para outra num momento de necessidade, que
visa o desenvolvimento do bem-estar…” (Meleis, 2005)

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O CONFORTO:
- é um dos elementos do CUIDADO de SAÚDE, universalmente desejável e revelador da
QUALIDADE do mesmo.

- é uma necessidade humana básica


- um processo ou intervenção
- um objetivo ou resultado desejável…
…. para fortalecer o estar bem ou o estar melhor da pessoa
… um resultado imediato emergente desejado

- permite ganhos na performance física, psicológica, social e espiritual


… é mais do que o alívio do desconforto. É entendido como um fenómeno positivo,
multidimensional
(Morse, 2000; Malinowski & Stamler, 2002; Yousefi, Abedi, Yarmohammadian & Elliott, 2009;Marques, 2014; Sousa, 2014)

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Cuidar em 1.4 A cultura confortadora:
Enfermagem modos
e os Cuidados dee Enfermagem
formas de “olhar” o Conforto

Cuidado confortador

o Agir Refletido - implica


conhecimentos,
competências e perícia
através da utilização de INTENCIONAL
competências de
REFLETIDO o Agir Intencional - requer uma
relação interpessoal e
apreciação das reais e totais
de comunicação
necessidades através da
CONHECIMENTO
DAS perceção objetiva e subjetiva
NECESSIDADES/
DESEJOS
por parte do enfermeiro
(desejos, motivações,
necessidades e expectativas)

o Compromisso de Cuidado -
constrói-se mediante ações e
B P
OAS RÁTICAS intenções dos prestadores de
cuidados dirigidas à Pessoa –
Melhor Qualidade de Vida, Bem-estar e Felicidade! atenção “às pequenas coisas”

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O cuidado de conforto é:
“(…) uma arte de enfermagem que compreende o processo de
confortar por uma enfermeira a um doente e o resultado de conforto
aumentado”

Salienta a importância de intervenções dirigidas para suprir as necessidades específicas (quando não
satisfeitas pelo próprio ou pelo seu sistema de suporte) como também se o conforto (resultado) foi
conseguido, quer subjetiva quer objetivamente (a avaliação das medidas ou intervenções).

Kolcaba considera o conforto como:


um estado holístico e resultante das intervenções de enfermagem …
“a experiência imediata de ser fortalecido por ter as necessidades de alívio, tranquilidade e
transcendência satisfeitas em quatro contextos: físico, psicoespiritual, sociocultural e ambiental”…
“muito mais que a ausência de dor ou outros desconfortos físicos, podendo ser perspetivado como
a experiência de ser ajudado, suportado ou encorajado”.
(Kolcaba, 2003)

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Pressupostos básicos da teoria:


i. O conforto é um resultado desejável, holístico e as pessoas procuram ativamente satisfazer ou
ter as suas necessidades de conforto satisfeitas
ii. Os enfermeiros, em conjunto com outros membros da equipa, identificam as necessidades não
satisfeitas do doente, definem e planeiam intervenções de acordo com essas necessidades, no
sentido de aumentar o conforto
iii. Os doentes e os enfermeiros concordam sobre o que é desejável e realista e o objetivo
intencional do aumento do conforto é conseguido, se as intervenções forem apropriadas e
implementadas de forma correta
iv. As variáveis intervenientes são tidas em conta no planeamento das intervenções, com o
objetivo de aumentar o conforto
v. Se o aumento de conforto é atingido, os doentes sentem-se fortalecidos e são incentivados a
procurar estilos de vida saudáveis;
(Kolcaba, 2003)

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Estados e Contextos da Experiência

ALÍVIO - Estado em que as FÍSICO - sensações corporais


necessidades necessárias ao
funcionamento habitual estão
satisfeitas C
PSICOESPIRITUAL - Consciência de si, incluindo
E O a auto-estima e o auto-conceito, sexualidade e
S TRANQUILIDADE - Estado de N sentido de vida, podendo também envolver
calma ou satisfação, necessário uma relação com uma ordem ou ser superior.
T T
para o desempenho eficiente
A E
D X SÓCIOCULTURAL - Relações interpessoais,
familiares e sociais
O TRANSCENDÊNCIA - Estado em T
que a pessoa sente que pode O
S superar problemas ou dor, isto é,
tem competência ou potencial S AMBIENTAL - Elementos naturais ou artificiais
para planear, controlar o seu do meio - luz, barulho, temperatura,
destino e resolver os seus equipamento , cor.
problemas.
(Kolcaba, 2003)

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Atores de Conforto e estratégias/intervenções/medidas confortadoras

Necessidades
Necessidades de
de Conforto
Conforto da
da
pessoa em Contexto
pessoa em Contexto hospitalar
hospitalar

(…) relacionadas com (…


(… )) relacionadas
relacionadas
(…) (…) relacionadas com (…)
(…) relacionadas
relacionadas
(…
(… )) (…) relacionadas
relacionadas atitudes dos
atitudes dos
com
com atitude
atitude com
relacionadas
relacionadas com
com aa situação
situação de
de semelhantes, perante
perante sisi mesmo
mesmo com
com hospitalização semelhantes, atitudes/postura
atitudes/postura da
da
com oo processo
processo hospitalização familiares,
familiares, amigos/
amigos/
e à vida
e à vida equipa de saúde
de doença
de doença pessoas significativas equipa de saúde
pessoas significativas

Apoio familiar e Sentimentos e Obter informação/


Ambiente sossegado, de amigos emoções, esclarecimento,
Atender à dor, autonomia,
alimentação, privacidade (presença) estar com,
desconforto apoio espiritual,
física, individualidade/ conversa,
privacidade territorial promoção da carinho e atenção,
esperança, massagens
ter controle corporais
(Sousa, 2014)

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Atores de Conforto e estratégias/intervenções/medidas confortadoras

Estratégias Promotoras de Momentos particulares de


Conforto Conforto
• Informação / Esclarecimento • Acolhimento
• Interação / comunicação positiva • Cuidados de higiene e arranho
• Musicoterapia pessoal
• Toque • Visita da família
• Sorriso
• Humor
• Presença incondicional
• Silêncio / presença
• Relação de empatia / cumplicidade
• Promover a autonomia
• Atender às necessidades / desejos da
pessoa
• Integrar a pessoa como parceira de
cuidados
• Respeito pela identidade de género
• Alívio de desconfortos através da
massagem / mobilização / terapêutica
(Sousa, 2014)

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O Conforto e a Família

Sendo a família…

“Grupo: unidade social ou todo coletivo composto por pessoas ligadas


através de consanguinidade; afinidade; relações emocionais ou legais; sendo
a unidade ou o todo considerados como um sistema que é maior do que a
soma das partes”. (ICN, 2015: 142)

13º CPLEESMO – Enfermagem Avançada – 2019/20 – 1º Ano /1º Sem. – Prof. Rita Marques
C u i da r e m E n fe rma gem e o s C u i da do s d e E n fe rma gem

Será que também a família / cuidadores tem necessidades de conforto?

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Enquadramento conceptual
Quais os fatores promotores / inibidores de conforto?

Físico
DESAFIO

Conforto
Ambiental Sociocultural

Psicoespiritual

(Kolcaba, 1991, 2003; 2001;Yousefi et al, 2009; Rezende et al, 2010; Marques, 2014)

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Físico
▪ Dormir / descansar / descontrair / alimentar-se / ter apetite
▪ Manter higiene adequada / sentir-se arranjado
▪ Ter acesso a meios auxiliares confortáveis (cama, cadeira,…)
▪ Sentir-se capaz / com força para fazer “coisas”
▪ Ter capacidade / disponibilidade para realizar atividades

Conforto
Ambiental Sociocultural

(Kolcaba, 1991, 2003; 2001;Yousefi et al, 2009;


Psicoespiritual Rezende et al, 2010; Marques, 2014)

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Enquadramento conceptual
Físico

Sociocultural

▪ Ter apoio de familiares e amigos;


▪ Estar bem nas relações pessoais e familiares
Ambiental Conforto ▪ Sentir compreensão, carinho, amor;
▪ Sentir presença de amigos / receber visitas, mensagens ou
telefonemas;
▪ Ter a quem recorrer quando precisa de ajuda / conseguir
dizer o que necessita
▪ Sentir preocupação dos profissionais de saúde;
Psicoespiritual ▪ Ter informação adequada

▪ Estar preocupado com a família;


▪ Ter receio de voltar às responsabilidades anteriores;
▪ Conseguir realizar / manter atividades de lazer

(Kolcaba, 1991, 2003; 2001;Yousefi et al, 2009; Rezende et al, 2010; Marques, 2014)

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Enquadramento conceptual
Físico

Conforto
Ambiental Sociocultural

▪ Ambientes agradáveis, sossegados, limpos e


acolhedores
▪ Temperatura agradável;
▪ Privacidade;
Psicoespiritual
▪ Gosto / confiança no local;
▪ Sentir como se fosse o seu próprio meio
▪ Presença de objetos / vista que leva à imaginação
positiva;

(Kolcaba, 1991, 2003; 2001;Yousefi et al, 2009; Rezende et al, 2010; Marques, 2014)

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Enquadramento conceptual Físico

Ambiental Conforto Sociocultural

Psicoespiritual
▪ Fé /crença → força interior, acreditar / ter confiança em algo ou ser superior;
▪ Bem-estar espiritual (paz de espirito)
▪ Esperança;
▪ Valor da vida;
▪ Encontrar sentido na experiência;
▪ Sentido de utilidade e satisfação geral com a vida;
▪ Sentir-se com forças para ultrapassar a situação;
▪ Reviver memórias positivas do passado;
▪ Pensar /acreditar no futuro (definir metas / objetivos realistas)
▪ Ausência de medos; angústias; solidão; sentimento de culpa
▪ Ausência de sentimentos negativos como depressão, stress, ansiedade, preocupação ou nervosismo

(Kolcaba, 1991, 2003; 2001;Yousefi et al, 2009; Rezende et al, 2010; Marques, 2014)

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Esperança

Qualidade
Conforto
de vida

(Siefert, 2002; Sousa & Marques,2011; Sousa, 2014; Marques, 2014)

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COMFORT QUESTIONNAIRES- Kolcaba (http://www.thecomfortline.com/resources/cq.html)
1) General comfort questionnaire (48 items) 18) General comfort questionnaire - adapted for
2)Shortened general comfort questionnaire (28 items) deaf clients

3)Comfort behaviors check list - conforto aparente - 19)Immobilization comfort questionnaire


pacientes em coma, muito frágeis Comfort Daisies - crianças 20)Childbirth comfort questionnaire
4)Perianesthesia comfort questionnaire 21)Holistic comfort questionnaire - caregiver
5)Radiation therapy comfort questionnaire (portuguese) - Contact bsrpaiva@gmail.com
6)Urinary incontinence and frequency comfort 22)Urinary incontinence & frequency comfort
questionnaire questionnaire (turkish)
7)End of life comfort questionnaire - patient 23)General comfort questionnaire (turkish)
8)End of life comfort questionnaire - family 24)Psychiatric comfort questionnaire (portuguese) -
apostolo@esenfc.pt
9)Hospice comfort questionnaire
25)Breast cancer cq (portuguese) - apostolo@esenfc.pt
10)Healing touch comfort questionnaire
26)Caregivers of women w/ terminal cancer
11)Advance directives comfort questionnaire (portuguese) - derchain@fcm.unicamp.br
12)Verbal rating scale questionnaire 27)General comfort questionnaire (italian)
13)Visual discomfort scale questionnaire 28)General comfort questionnaire (spanish)
14)Nurses comfort questionnaire 29)Nurses comfort questionnaire (spanish)
15)Pediatric comfort assessment 30)Perianesthesia comfort questionnaire (farsi)
16)Psychiatric comfort questionnaire - contact 31)Primipara patients after perineal care (visayan)
apostolo@esenfc.pt
32)Comfort and architecture (portuguese)-
17)Glbt comfort questionnnaire iso@ufpr.br
41
Em Portugal a construção e validação de instrumentos capazes de medir o conforto tem-se mostrado uma área em desenvolvimento
Referências Bibliograficas
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