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PORTO ALEGRE
2022
PROTEÇÃO DO TRABALHO DA MULHER: UMA ANÁLISE DAS
LEGISLAÇÕES DE PROTEÇÃO ÀS TRABALHADORAS
PORTO ALEGRE
2022
MATHEUS ACOSTA PUJOL
PORTO ALEGRE
2022
PROTEÇÃO DO TRABALHO DA MULHER: UMA ANÁLISE DAS
LEGISLAÇÕES DE PROTEÇÃO ÀS TRABALHADORAS
RESUMO
This article aims to analyze the constitutional rights for the Brazilian worker. The
main purpose of this article is to analyze: the specific legislation to protect women;
applicability and effectiveness of norms in the labor sphere to women's rights;
adequate treatment of workers. Historically, women's work has been discussed
and put on the agenda of several debates about constitutional gender equality.
However, feminist activists fight in our society for equality both in the labor sphere
and in other legal spheres. The legal system has been evolving with social
changes, successively and following the activity of women in the labor market in
order to ensure the minimum acceptable treatment to the segment. This evolution
of the legal system caused the legislator to seek a closer look at the segment,
consequently providing for a chapter directed to women's rights in the
consolidation of labor laws. Women gained more space in the labor market and
reached positions that were dominated by the opposite gender, a consequence
of their outstanding and meticulous persistence in fulfilling the rights provided for
in the constitutional norm. The economy, nowadays, has made a huge gain with
women in key positions in companies of various branches. The norms protect the
biological aspect of the worker, with the biological limitations of the woman. The
gestational period, sensitive for women, is in fact protected by our legal system,
but in a veiled way it is still a taboo to be broken in the economic sphere within
companies of different branches, even though it is notorious that the worker when
placed in key positions tends to stand out for its work. Thus, I emphasize the
importance of analyzing whether these norms are in fact adequate for women's
work activity.
.
SUMÁRIO
INTRODUÇÃO; 2. NOÇÕES
INTRODUTÓRIAS À PROTEÇÃO DO
TRABALHO DA MULHER ; 2.1 BREVE
CONTEXTO HISTÓRICO DO DIREITO DA
MULHER; 3. MEDIDAS DE
PROTEÇÃO À TRABALHADORA
GESTANTE; 3.1 EMPREGADA GESTANTE
E LACTANTE EM AMBIENTE INSALUBRE;
A. ADICIONAL INSALUBRIDADE; B.
AMBIENTE INSALUBRE PARA
GESTANTE E LACTANTE; 3.2
ESTABILIDADE DO CONTRATO DE
TRABALHO DA GESTANTE; 3.3
INTERVALO PARA AMAMENTAÇÃO; 3.4
TRABALHO NA PANDEMIA; 3.5
MEDIDAS TOMADAS PARA PROTEGER
GRÁVIDAS DURANTE A PANDEMIA; 4.
CONSIDERAÇÕES FINAIS;
REFERÊNCIAS.
3
BRUSCHINI, CRISTINA. “O TRABALHO DA MULHER BRASILEIRA NAS DÉCADAS
RECENTES.” Estudos Feministas, 1994, pp. 179–
24,< http://www.jstor.org/stable/24327170. Accessed > Acesso em: 29 de abril de 2022.
4
A igualdade de gênero ou gênero, também denominada de igualdade entre os sexos ou igualdade
sexual é um conceito que def ine a busca da igualdade entre os membros dos dois gêneros
humanos, homens e mulheres, derivado de uma crença numa injustiça, existente em diversas
f ormas, de desigualdade entre sexos. Não existe coincidência entre a identidade natural (sex o) e a
de género (construção social), sendo que o mesmo acontece relativamente às noções de raça,
classe, idade e etnicidade. O conceito contrário à igualdade e género não é dif erença de género,
mas sim o de desigualdade de género, uma vez que este pressup õe estatutos, direitos e dignidade
hierarquizados entre homens e mulheres. Diversos organismos internacionais def iniram a
igualdade entre os sexos como relacionada aos direitos humanos, especialmente aos direitos da
mulher, e ao desenvolvimento econômico. O UNICEF def ine a igualdade entre os sexos como
"nivelar os campos de jogo de garotas e rapazes, assegurando de que todas as crianças tenham
oportunidades iguais de desenvolver seus talentos." O Fundo para as Populações das Nações
Unidas declarou a igualdade entre os sexos como "acima de tudo, um direito humano." A igualdade
entre os gêneros também é uma das metas do Projeto Milênio das Nações Unidas, que visa
terminar com a pobreza mundial até 2015; o projeto alega que "cada uma das metas está
diretamente ligada aos direitos das mulheres, e sociedades nas quais as mulheres não possuem
direitos iguais aos homens nunca poderão conseguir atingir o desenvolvimento de maneira
sustentável." (Alessandra Moreira dos Santos, Advogada. Secretária da OAB Mulher da OAB-RJ)
5 Dos Santos, Alessandra Moreira. (DIREITOS DA MULHER: EVOLUÇÃO LENTA E GRADUAL.
Por sua vez, reforça a tese que as atividades consideradas insalubres são
as que expõem o empregado a condições que desgastam a saúde em razão da
exposição direta ou indireta a agentes em específico, mensurando-se sua
percentagem a partir do tempo de exposição, nível de ruído, de calor, radiações
ionizantes, trabalhos em condições em que há alterações atmosféricas,
vibrações, umidade, frio, agentes químicos.
Tal norma não vislumbra uma melhor condição para os trabalhadores, mas
somente uma compensação pecuniária extra pelo trabalho em condições
prejudiciais para saúde, de certa forma com intuito de se eximir da
responsabilidade.
6
Dicionário Online de Português - Insalubre <https://www.dicio.com.br/insalubre>
Acesso em 04 de maio de 2022.
7
Luiz Henrique Menegon Dutra, Rafael Ody Haas - Um Olhar Reflexivo Sobre O
Adicional De Insalubridade.
8
BRASIL. Lei nº B6.514, de 22.12.1977. Disponível em:
<http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/l6514.htm> Acesso em: 04 de maio de 2022.
9
BRASIL, Constituição de 1934. Diponivel em <
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/constituicao34.htm>, Acesso em 29
abril de 2022.
Nesse contexto, fica claro que retirar a mulher do local de insalubridade e
colocando-a em local salubre é uma evidente demonstração de proteção integral
conferida à mulher, à maternidade e à saúde das trabalhadoras. Com a redação
dada pela Lei nº 13.467/2017 o afastamento só poderia ocorrer nos casos de
insalubridade para as gestantes em grau máximo, as quais são poucas hipóteses,
ou seja, a maior parte das gestantes empregadas se encontram em ambientes de
grau médio de insalubridade e não no grau máximo.
Está previsto na norma do art. 396 da CLT o direito de que haja um intervalo
para a trabalhadora poder amamentar o seu filho, disposição de grande relevância
para a saúde e o crescimento saudável da criança, considerando que o aleitamento
materno nos primeiros meses de vida é de extrema importância.
A propósito, nesse sentido, em face desse direito entende o Tribunal:
DANO MORAL. NÃO CONCESSÃO DE INTERVALO PARA
AMAMENTAÇÃO PREVISTO NO ARTIGO 396 DA CLT. PROTEÇÃO À
MATERNIDADE E À INFÂNCIA.
REFERÊNCIAS
Constituição da República Federativa do Brasil. Brasília, DF: Senado Federal:
Centro Gráfico, 1988. BRASIL. Constituição (1988). Disponivel em
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/constituicao.htm. Acesso em: 23 abril de
2022.
MATOS, Maureen Lessa; In: GITAHY, Raquel Rosan Christino, A Evolução dos
Direitos da Mulher, publicado em: 2007.
CARVALHO, Augusto César Leite de. Direito do Trabalho, Curso e Discurso, Ed.
Evocati, 2011.
DEL PRIORE, Mary, História das mulheres no Brasil. Coordenação de textos de
Carla Bassanesi. São Paulo: Contexto, 1997.
SILVA, Homero Batista Mateus da. CLT comentada [livro eletrônico -- 2. ed. -- São
Paulo: Thomson Reuters Brasil, 2018.