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I
CUIDE-SE!
15 atitudes para
driblar a ansiedade

REINALDO POLITO
O mestre ensina
a arte da sedu~ão
e do xaveco

,
\1\E DA UM DINHEIRO A
()nde e como arrumar
~apitai para empreender

~ES UBRA SUA VOCAÇÃO

()s primeiros passos para o iovem
~scolher e planeiar a sua carreira
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•
+de 1000
lojas
29
categorias de
pFod·u·t os

Sistema de
com pa.r aç.a- o
de p~r-eços

e:mui;t o
m.a ~i1 sl

w w w . s.h o p f a c i I . c o m . b r
 14/03 - Em busca da Excelência - Bernardinho
Liderança para Res ultados - Suzy Fleury
15/03- Liderança e Est ilos Gerenciais
11/04 - Avaliação de Desempenh o e Feed Ba ck 360°
12/04- BSC - Ba lanced Scorecard
09/05- E-Learning: Implantando Programas
10/05- Gestão por Competências

- 27/06- Filmes e Vídeos para Treinamento

28/06- Jogos e Dinâmica s para Treinamento
25/07- Qua lidade de Vida nas Org anizações
26/07 -Inovação e Criatividade
o 29/08- Consultoria em Rec urso s Humanos
l!l
30/08 - Avaliação de Resultados em Trein amento
26/09 - Comunicação Verba l
~
27/09 - Abordagens Alte rnativas em Trein am ento
24/1 O- Gestão d e Pessoas e Equipes
~

25/1 O- Educação Corporati va e Treinam ento

Levantamento de Necessidades, Projetos e
Planos e Avaliação de Resultados em Treinamento- Rio de Janeiro

DEZEM C:&i:i> 2005-Congresso Brasileiro de Treinamento e

Desenvolvimento- 7 a 9 de Dezem bro de 2005
REVISTA I
vencer.
CAPA 46 Ano VI- n° 66
APRENDENDO A APRENDER, SEMPRE
Conheça as técnicas que auxiliam o adulto continuar
a aprender e se aprimorar.
POR M AURO C EZAR P EREIRA

TODO MES NA VENCER!

COMEÇANDO PE LO COMEÇO 34 8 OPINIÃO DE VENCEDOR
O QUE VOCÊ VAI SER QUANDO CRESCER?
Os primeiros passos para o jovem escolher 12 www.vencer.com.br
e planejar a sua carreira.
POR ROSANA RODRIGUES FRENTE DE BATALHA
14 Negócios em cadeia
AMBIÇÃo 40 por Sérgio Buaiz

O MECÂNICO DO SÉCULO 21 16 A arte de gerar o inusitado

O novo mercado exige do profissional mais por Paulo Araújo
preparo e conhecimento técnico.
P OR M AURO C EZAR PEREIRA 18 Um consultor, por favor!
por Marco Aurélio F. Vianna

CUIDE-SE 54 20 Consultores e
Palestrantes
15 ATITUDES PARA
Maurício Góis
DRIBLAR A ANSIEDADE
Mudanças simples na rotina 22 ON-LINE
ajudam a suavizar os efeitos do
desconforto.
MIRE NO ALVO
POR H ELOISA N ORONHA
24 Notas

25 Fique por dentro

VENC ENDO NA COMUNICAÇÃO 60 26 Para ir além
A ARTE DA SEDUÇÃO 29 Age nda
E DO XAVECO
Algumas dicas para conquistar 30 Livros
o sexo oposto.
POR REINALDO POLITO
32 Resenha

ATITUDE EMPREENDEDORA! 67 66 TOQUE EMPREENDEDOR

ME DÁ UM DINHEIRO AÍ? 76 DIRETO AO PONTO

Onde e como arrumar capital para montar e investir em seu negócio.
POR BOB WOLLHEIM 82 PARA SABER MAIS
I EDITORIAL
•
Caro leitor, o
'\}
:::>
o
Existe um ditado chinês que diz mais ou menos o ~
Q.
w
seguinte: "Se quer conhecer realmente uma pessoa não "'
pergunte quem ela é, mas do que ela gosta". Ao ouvir essa
frase, mais uma vez a milenar sabedoria chinesa me sacudiu
e deu pistas certeiras para entender melhor o ser humano.
É, essas palavras contêm uma grande verdade!
E você, antes de se interessar pelas paixões dos Palomas, de 1890; abaixo,
outros, já perguntou a si mesmo do que gosta? Oque lhe toca? Oque lhe Pomba da Paz, de 1949,
ambas de Picasso
emociona? O que lhe faz vibrar? Ter as respostas a essas perguntas, a meu ver,
é possuir as chaves que abrem as portas do autoconhecimento que,
conseqüentemente, nos leva à realização pessoal.
No texto O que você vai ser quando crescer?, à página 34, a psicóloga e
consultora Rosana Rodrigues nos conduz a uma viagem interior para nos ajudar
a descobrir (ou resgatar) o que gostamos para, a partir dessa revelação, escolher
e planejar melhor a carreira profissional. Em meio a uma série de
questionamentos, Rosana pergunta: "0 que você mais gostava de fazer quando
era criança?". Assim como o ditado chinês citado no início, essa questão
também me sacudiu e pensei: ela tem toda razão! A infância é mágica e rica de
pistas e mapas que nos levam ao baú de tesouros, que são os nossos talentos - aquilo que fazemos bem porque
gostamos muito. Lembrei-me das histórias contadas por minhas avós - que me faziam vibrar -, dos livros que lia
- que me encantavam - e das poesias e redações que escrevia - que me deixavam orgulhosa. Ali estavam as
minhas pistas: as palavras faladas, cantadas, ouvidas, lidas, escritas ... Foram amores à primeira vista, paixões que
me levaram à profissão de jornalista.
Outro grande amor que deu seus sinais na infância foi o do menino Pablo Ruiz pelo desenho, especialmente
o de pombas. Em 1890, quando tinha nove anos, pegou lápis e papel e criou Palomas (pombas em espanhol). O
encanto pelo tema e a vontade de aprender e se aprimorar sempre - o assunto de nossa reportagem de capa - o
acompanhou até 1949, quando as mãos do consagrado artista, que já assinava Pablo Picasso, amadureceram as
formas da ave e deram vida à célebre Pomba da Paz. Ofinal dessa trajetória vencedora você deve conhecer, pois
vem escrita nos livros de história da arte. A suatrajetória, por sua vez, está em suas mãos. Desenhe-a!

Um forte abraço,

Flávia Benvenga
flavia@vencer.com.br

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Porto Sauípe I Entre Rios - BA

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BANCO DO BRASIL
I OPINIÃO DE VENCEDO~
•
Plano de carreira
Sou leitor e assinante da revista
VENCER! e no último mês eu
estava desenvolvendo meu trabalho
de conclusão de curso de pós-
graduação. cujo tema é
Planejamento Estratégico Pessoal.
Fiquei m~ ito satisfeito quando
recebi a revista número 64 com a
reportagem de capa Plano de
Carreira. O texto contribuiu muito
para a realização do meu trabalho.
Valeu!
Leandro Miranda - via e-mail
Mestre Polito
Quero cumprimentar o professor
Reinaldo Palito pelo excelente e
emocionante artigo publicado na
VENCER! 65. Parodiando o ditado
popular: "Diga-me com quais
mestres andastes, que direis o
mestre que és!". Com a eloqüência
e o brilho habituais, o professor
Palito nos brindou com esse
singelo texto. Fez-me recordar de
outros como aquele em que se
refere ao professor Melantonio; o
do vendedor Antonino e o marcante
em que homenageia o saudoso pai.
São exemplos que, acima de tudo,
demonstram o belo ser humano de enfocar o Sebrae. É
que é o professor Palito e a paixão indispensável. Achei interessante a
com que realiza sua obra. abordagem a respeito da internet,
Leo - Guarujá, SP família, cursos, mas, ao mesmo
tempo, gostaria de ter lido mais.
Dinâmica de grupo Passei durante dez anos na área de
Na seção Opinião de Vencedor da Propaganda, dos quais cinco na
edição 58 um leitor fez uma agência DPZ. Há dois anos tenho
pergunta sobre dinâmica de grupo uma loja de material de
e entrevista. Estou na mesma construção, mudei de vida,
situação dele e. por isso, gostaria carreira. vivo feliz com minha
de receber a matéria da edição família e profissão. Nasci para o
49 que diz mais a respeito comércio.
desse assunto. Ser empreendedor não é só
Gabi - via e-mail acreditar que vai dar e ter fé. Essa,
aliás, segundo
Prezada Gabi, estatísticas, pode durar até três
Em breve enviaremos uma news anos, período em que aumenta o
letter a nossos leitores com esse índice de mortalidade das
texto. Aguarde! Caso tenha empresas. O segredo é
muita pressa, você pode adquirir planejamento, garra e a sorte
essa edição pelo telefone chama-se trabalho.
(11) 3284-3054. Leio a VENCER! com minha
esposa, que trabalha com RH em
Atitude empreededora um grande grupo, e me mantenho
Li a reportagem Preciso de ajuda! atualizado sobre o que acontece
O que faço?, na edição 63 da nos setores através de títulos como
VENCER! e gostaria que, em uma este. Mas volto a dizer que para
próxima. vocês não esquecessem tornar mais interessante o assunto,
o texto não pode ser superficial.
O LEITOR NA REUNIÃO DE PAUTA t - - - -- - - .
At endimento ao cliente
Conheci recentemente a revista VENCER! e já me apaixonei. Gostaria de
ver publicado algo relacionado ao tema atendimento ao cliente. Vejo
empreendedores gastando os tubos com instalações, equipamentos,
marketing ... mas na hora de selecionar funcionários, a coisa pega. Já
aconteceu comigo de precisar interromper a conversa de vendedoras
para ser (mal) atendida. E quando você tem que repetir o seu pedido
várias vezes porque o atendente não está lhe dando atenção? Tão
diferente de quando quem lhe atende é o proprietário, que lhe recebe na
porta .d~ loja e faz com que você se sinta especial. Muitas vezes, o preço
~em e tao camarada, mas o atendimento compensa.
Angela Cordeiro Rodrigues Jagher - Curitiba, PR
Quero mais e mais a fundo. Desculpe-me
pela franqueza, mas estou ansioso pela
próxima matéria.
Às vezes, as pessoas ficam engolindo sapos nas
empresas, fazendo mil e um
cursos para agradar a gerência ou a diretoria e,
como foi abordado, mas em
outras palavras: do que vale uma MBA
se você não praticar aquilo que apreendeu?
As pessoas têm que se realizar em sua profissão e A VENCER! É SUA!
parar de engolir sapos. O Brasil carece de Escreva para "Opinião de Vencedor"
empeendedores. Os EUA, por exemplo, têm Caixa postal 65024,
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encer.
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Como dizer ,.., PALAVRAS DE VENCEDOR

U
NAO
ma palavra pequena, mas tão difícil de ser
pro nun ciada em cercas situações, especialmente
"Com organização e tempo,
acha-se o segredo de fazer tudo,
e fazer bem-feito." - Pitágoras

q uando você está com uma vontade louca de

simplesm ente dizer: NÃO! O resultado? Mau
humor, frustração, raiva ... porque você acaba
fàzcnd o uma série de coisas que não quer. Em seu
novo livro, Como dizer niio (Alegro), a psicóloga
Marie Haddo u ;malisa os mecanismos psico lógicos
que nos impedem de proferir o NÃO e propõe
várias maneiras para se m udar de arirude. Q uando
você se encontra em situações em q ue não puder
d izer não, a aurora aconsel ha:
o~ Constatar e determ inar com precisão seu mal-estar.
o~ ldenrificar suas condutas de fl1ga, sua incli nação para
contar histórias ou sua passividade.
o~ Avaliar a situação com exatidão, relativizar o
que não é dramático e não banalizar o que
pode ser arriscado.
o~ Afirmar sua vonrade de mudança.

quer uma BOLSA DE ESTUDO?

C o n fira, segundo os especialistas, o que
somam po ntos no momento de d isputar
uma bolsa, de acordo com o curso desejado.
GRADUAÇÃO NO BRASIL: Bom desempenho escolar, espírito
empreendedor e pró-atividade e participação de congressos.
GRADUAÇÃO NO EXTERIOR: Bom desempenho escolar,
espírito empreendedor, pró-atividade, além de bons
conhecimentos de idiomas.
PÓS-GRADUAÇÃO NO BRASIL: Bons conhecimentos
acadêmicos, experiência profissional e pré-projeto que
contribua para o avanço do conhecimento com potencial
de inovação no país.
PÓS-GRADUAÇÃO NO EXTERIOR: Pré-projeto inovador,
flexibilidade de adaptação e abertura para novas culturas.
DOUTORADO NO BRASIL: Bom desempenho acadêmico,
experiência profissional, potencialidade de futuras
contribuições científicas do candidato, além de um projeto
que amplie os horizontes em sua área de estudos,
contribuindo para o desenvolvimento do país.
DOUTORADO NO EXTERIOR: Bom desempenho acadêmico,
experiência profissional, potencialidade de futuras
contribuições científicas do candidato, qualidade do plano
de estudos a ser desenvolvido no exterior, avaliação da
instituição de destino sendo que são priorizadas as
candidaturas envolvendo instituições de renomada excelência
e prestígio internacional.
PÓS-DOUTORADO NO BRASIL: Além de uma proposta
inovadora, que contribua para o crescimento e
desenvolvimento da área, é avaliada a pertinência da
proposta no contexto do país.
PÓS-DOUTORADO NO EXTERIOR: Além de uma proposta
inovadora, é avaliada a sua pertinência no contexto
institucional do país-sede para desenvolvimento da pesquisa.
Fonte: canal Bolsas e Rnanciamentos (VNNI.universia.com.br/bolsas)

Vencer! 13
- -- FRENTE DE BATALHA um consultor.
artigos
vor
I
•
consultores e pale~trantes

O QUE É MARKETING DE REDE?

É um sistema de remuneração
utilizado para premiar as pessoas
que desenvolvem mercados para
os produtos e serviços de uma
determinada empresa, através da
venda direta ao consumidor final
e/ou formação de equipes de
vendas, treinamento e nrtAir~n,..~ ,

, STOCK BRAZIL

EM
A prática do MARKETING
DE REDE possibilita a criação
mais acessível de um
Por Sergio Buaiz
empreendimento próprio

14 Vencer!
 Q uestio nado aré os a nos 1990, o Marketing de
Red e su pero u preco nceitos e a madureceu no País.
Aq uela id éia d e "enriquecime nto rápido " que conta-
giava multidões já não exjsre m ais. E m seu lugar, uma
ind úsrria séria e resu ltados co mprovados.
MAS AFINAL, DO QUE SE TRATA?
Distribuição de produtos e serviços, através da
fo rmação de eq uipes de vendas, lide rança e treina-
me nto, pessoa-a-pessoa. T ão ó bvio quanto 2 + 2 = 4,
M a rketing d e Red e é o negócio próprio mais acessí-
vel qu e ex iste, com po tencial ilimitado d e gan hos.
Q ual q uer p essoa pode começar, investindo entre
R$ 100 e R$ 300 pa ra adquirir p rodutos e materiais
ele apo io. D epois, basta freq üenta r os treinam entos,
praticar e se d esenvo lver como líde r. Após alg uns an os
ele rraba lho co nsistente, é p ossível co nstru ir um mer-
cado m a is p ro dutivo que q ualquer loja o u franqu ia,
p o rq ue não há li m ite geog rá fi co. Sua red e de negócios
se expande natu ral m ente para o utros estados e p aíses.
É DINHEIRO FÁCIL?
D e fo rma alg u m a. As facilidades do Marketing
de Rede se li miram ao baixo investime nto inicial, à
ausência d e parrão e à flex ibilidade de ho rários.
Po rém , de nada ad ianra in ic iar uma djstribu iç.,'ío e não
a rregaça r as m an gas. Resp on sabi lidade, determ inação,
foco e a titude p ositiva são fundamentais. Como em
q ualquer o u tro negócio, p ro flssio nllis ganham d i-
nheiro enquanto amad o res rech mam da SOlTe.
ENVOLVE RISCOS?
Tudo na viela en volve algum tipo de risco,
p o rém é m u ito ma is arriscado perma necer fechado às
mudanças. Q ua ntas pessoas vivem agarradas a u m
emprego ru im , ganha ndo pouco e inseguras, só
po rque não querem co rrer o risco d e faze r algo d ife-
renre? E nqua nto isso, vencedores estão sempre p rocu-
ra ndo novas oportunidades pa ra c rescer, diversifica r
in vestim entos e ter m ais qualidade de viela. A van-
tagem é que os riscos que se corre para fazer
M arketing d e Red e são m íni mos. Bem meno res q u e
e m qualquer o uuo negócio .
EXIGE SACRIFÍCIOS?
C laro que sim. N inguém co nstrói um futuro me-
lho r assisti ndo TV. Para se ter sucesso com Markeri ng d e
Rede, padaria, escritório de contabilidade, artes cên icas
o u q ualq uer coisa na vida, você tem q ue se mexer.
Mesmo q ue seja incômod o o u dolo roso, você vai errar e
cair algu mas vezes até fazer a coisa cerra.
É VENDA?
Não ex iste negoc1o no m u ndo sem vendas.
Enrreran ro, você não precisa ser o melh o r vended o r
d o mundo p ara rer êxjto, mu iro me nos se rorn;~ r uma
pessoa incon ven iente, em p u rran do produ tos goela
abaixo dos o utros. H á mu itas form as d e se vende r.
Po r isso, em vez. d e co n tinua rem com preconcei to em
relação a "vend as", os vencedores ap rendem a nego-
ciar como gente g rande. Ni nguém precisa sua r muiro
para vender, se usa r a cabeça. E é justam en te isso q ue
o M arketing de Rede e nsina.
QUAL A MELHOR OPORTUNIDADE?
É aquela que oferece algo concreto e durado uro.
Uma boa empresa de Ma rketing de Rede deve ser trans-
parente, confiável e ter produros/serviços de qualidade
com provada. Você e sua equ ipe vão investir algu ns anos
de sua vida construindo um mercado para essa e mpresa,
em troca de uma rentabi lidade fu tura. Será que ela vai
sob reviver à co ncorrência para entregar o que pro mete?
A resposta está no mercado. Faça um estudo de viabili-
dad e econôm ica. Seus prod utos são realmente bons?
Têm preços justos? Você consegue sencir o rgulho dessa
marca? Não basta que a em presa exista hoje. Algum as
o portun idades são rão fàntásricas e mi rabola ntes, que
não sobrevivem seq uer um ano.
Após 12 anos envolvido com Marketing de Rede,
co nheço muiro bem os dois lados da moeda. Tenho
am igos que enriqueceram , mas também já vi muita
gem e desiludida. A diferença? Sua determinação de
vencer. Marketing de Rede é uma g rande escola de
em preendedorismo, em q ue se desenvolvem habilidades
de vendas, ad min istração e, principalmem e, liderança.
O
O segredo? Co nstrui r relações d u rad ou ras.
Sergio Buaiz é publicitário, presidente da Chance
Networl<, editor do portal Marketing de Rede
(www.marl<etingderede.com.br), memb ro atuante da
ABEVD - Associação Brasileira de Empresas de
Vendas Diretas (www.abevd.org.br) e autor dos
livros Marketing de Rede - A Fórmula da Liderança e
Pai-líder (Chance Network)
Vencer! 15
FRENTE DE BATALHA
artigos
um consultor. por tavor 1
I
•
consultores e palestranres

Desusado, desco nhecido, estranho, n ovo, exua-

O segredo está o rdinário, especial , raro, incóg nito, m isterioso, essas
em fazer o que todo são algumas defini ções q ue encontrei para "inusita-
do" cuja origem é da palavra latina inusitatu.
mundo sabe, Em rempos o nde todos remam ser dife rentes, o
, . q ue acaba tornando q uase rodos iguais, existe uma
porem, com ma1s crença, quase uma obsessão pela diferença, po r agre-
gar valor, por acompanhar mudanças acreditando
PERSISTÊNCIA, cegamenre que se tudo for feito certinho co m algo a
EFICÁCIA... mais, o tão so nhado e indefinid o sucesso será
alcançado.
C reio que devemos buscar o algo a mais, aper-
feiçoar ralemos. Mas, na verdade, o diferente, o inusi-
tado esrá em fazer tudo aquilo q ue rodo mundo sabe,
porém, com mais persistência, eficácia, paixão, talen-
to, foco e não abrindo mão ele técnicas de gestão.
Não existem receitas para o sucesso. Exisrem
dicas, exem plos, co nceitos, causos. Porque cada um
de nós vai ter de criar o seu próprio sucesso, seja ele
do ratna.nho de seus sonhos, de sua ambição, seja algo
que traga a sensação de au to-realização.
Olhando atentamente, percebo que pessoas con-
Por Paulo Araújo sideradas ralenrosas têm o háb ito ele sempre lançar mão

16 Vencer!
de dois ingredientes que fazem a grande diferença
no resulrado final nos jogos da vida. Vamos a eles:

CONHECIMENTO E USO DE
TÉCNICAS DE GESTÃO
Elas existem para ser usadas, restadas e aper-
feiçoadas na sua realidade. É impressionanre e chega
a ser rrisre a incrível quantidade de pessoas que não
planejam suas vidas e carreiras, não conseguem
sequer escrever seus objetivos em uma simples folha
de papel. Podem usar o network, m as não o fazem.
Con fundem Ma rkering com Propaganda e
Publicidade o u insistem em acreditar que mudar o
no m e do departamento de Recursos Humanos para
T:-tlenros Humanos significa arrair e rerer ralemos.
Entenda que para rudo exisre ou pode ser criada uma
récnica, um modelo. Porranro, faça uso do bench-
marking, técnicas de qualidade, finanças, markering,
entre tantas outras. Pode rer cen ezc"l de que não é o
nome do setor de RH que vai motivar os profissio-
nais de sua empresa, mas sim a capacidade que sua
empresa tem de treinar, desenvolver, reconhecer,
mo tivar, cultivar relações e respeitar a rodos que nela
trabalham.

CAPACIDADE DE CRIAR O INUSITADO

Ai vem o tempero pessoal, ou seja, a capacidade
que cada um tem de surpreender, de agregar valor, de
conseguir usar os seus ralemos a seu favo r e de sua
equipe. O inusitado rem a ver com o novo, com o
diferente, ser único. E por que não ser a melho r alter-
nativa para aquela circunstância ou momento? Para
isso é preciso esrar com a autoconfiança e a auto-esti-
ma equilibradas, aceirar e conhecer sua personalidade
e dons e auropercepção afiada para saber o que, q uan-
do e como mudar. Mudar é fácil, difícil é saber a ho ra
cerra de mudar. C reio que a diferença esrá nas
relações que cultivamos, em aceitar e ponderar a
diversidade, em criar desafios, em aposrar na supe-
ração de seu po rencial. T écnica podemos aprender,
m as o ser humano precisa se desenvolver.
.É justamente na capacidade de utilizar técnicas e · Paulo Araújo é palest rante e
de gerar o inusitado no cotidiano que aprendem os escritor, autor d e Motivação -
que podem os criar o inesperado, algo posirivo, Hoje e Sempre (Q ualitym arl<),
porque o que rodos esperam da gente já sabemos de entre o utros livros.
cor e salteado.O www.pauloara ujo.com.br

Vencer! 17
- - -... FRENTE DE BATALHA
art1gos
um consultor. po r favo r!
consultores e palestrames I
•
UM CONSULTOR,
POR FAVOR!
Dúvidas sobre sua carreira?
Quer mudar de área e não sabe por
onde começar? Envie suas perguntas
para o consultor Marco Aurélio
Ferreira Vianna, aos cuidados da
11
seção Um consultor, por favor!11 ,
via fax (I I ) 3284-3054 r. 200 ou
Por Mar co Aurélio Ferreira Vianna
e-mail flavia@ vencer.com.br.

inceram eme, você rem a faca e o ~~ei~o nas

S
c{l~----:-:---1
mãos. Com dez anos de expen enc1a no
Serviço Público, chegando ao posto que você con-
seguiu chegar, e mais determinação muiro co ~sis­
reme, não haverá maior dificuldade para consrruu o
futuro que você deseja. Apenas eu emendo que falra
Sou assinante da VENCER! há algum tempo e
direcionar de maneira mais clara e inreligenre o foco
aprecio muito a coluna do Marco AuréLio Fen·eira
de sua consultoria. Como já coloquei diversas vezes
Vianna. Sou advogada de formação, trabalho em
nesta coluna, no m undo pasteurizado de hoje, quem
serviço público (Prefeitura Municipal) desde 1995.
faz tudo para rodos não faz nada para ninguém. Por
Inicialmente, como assistente técnico jur!dico junto à
isso, você tem que usar o máximo possível o seu co-
Secretaria de Recursos Humanos, chegando ao cargo de
nhecimenro e sua imeligência para determinar em
Diretor Técnico da área responsável por recrutamento,
que área vai se concemrar. No seu lugar, eu responde-
seleção, treinamento e engenharia de segurança e me-
ria de maneira m uito consistem e a algumas pergun-
dicina do trabalho. Nesse perfotÚJ, cursei especialização
tas. Qual área do RH realmeme me fascina, me
em Administração de Recursos Humanos. Ando, con- . da.)
encanta? Por qual rema sou real mente apatxona
tudo, desmotivada com o Serviço Público. Gostaria de
Onde minha capacitação é melhor do que a média
desenvolver um p rojeto pr6prio (prestação de serviços),
dos ourros profissionais? Onde estão as melhores
voltado para 6rgãos públicos, talvez. Mas não sei por
oporrunidades? Onde, especificam eme, no Serviço
onde começar. Gostaria de receber orientação também
Público há uma maior carência, e, portanto, oportu-
com relação a cursos de aprimoramento voltados para
nidade de contratação de serviços? Vá respondendo
planejamento de RH, recrutamento e treinamento, em
com calma a cada uma dessas questões, faça uma
especial para a área pública.
reflexão profunda, converse com colegas (buscando
R egina Célia Moreira de Amorim -
principalmente fuwros clientes) e uma solução natu-
] undiaí, SP
ral e coereme acabará brotando.

18 Vencer!
 Sou farmacêutica, trabalho há nove anos
empresa de prestação de serviços na área de
aeross6is, nos segmentos farmacêutico,
terinário, entre outros. Há mais de cinco ..m.-:-.,1'71'fl!"h-'l-~ ernpresas têm que ter receita operacional para viver e
no a área de Garantia de Qualidade da empresa, mas
quero mudar para o setor Comercia//Marketing.
Terminei no ano passado uma p6s-graduação na drea
de Marketing, porém estou tendo dificuldades para
ingressar nesse mercado pmque minha experiência é na
área de Qualidade. A empresa onde trabrdho é de
pequeno porte e não existe oportunidade. Gostaria de
mudar de firma, mas continuar na área da satíde.
Mandei alguns cuniculos e até o momento não tive
nenhum retorno.
Quero receber indicações de empresas itMneas que
fazem recolocaçíio de profissionais no mercado para que
eu possa contatar e ter a oportunidade de me preparar
melhor para entrar nesse mercado. Até o momento pro-
curei uma empresa de recolocação, em que a negociação
envolvia quatro parcelas de R$ 180, referente a custos
operacionais e, ap6s a efetivação, mais duas parcelas de
15% do primeiro e segundo salário e 80% do custo
total da negociação (não mencionado), que seria pago
pela empresa contmtante. Fiquei receosa com a propos-
ta e acabei desistindo. Esse tipo de negociação é comum
no mercado de recolocação profissional?
Luciane S. de Souza - São Paulo, SP
E m primeiro lugar vamos à parte nacional de
nossa resposta. Sim, o tipo de negociação
e lhe propuseram é comum. Afi nal de contas, essas
rem unerar seus acionistas. Eu preferiria que o nome
de uma empresa idônea fosse concluído a partir da
sua própria experiência. Faça contatos com outras
pessoas que já utilizam esse tipo de serviço e veja
quais ofereceram alta qualidade. Acho melhor que
você esteja comprometida por complero no processo
de construção de seu próprio futuro. Por isso mesmo,
na segunda parte de minha reflexão, gostaria de re-
gistrar que seu verdadeiro caminho do sucesso será
conquistado por meio da criaç.-'ío de "qualidades
diferenciadas", nas quais fique demonstrado o ver-
dadeiro valor que você possa agregar a empresas e pes-
soas. Aproveite tudo o que você aprendeu no seu
curso de pós-graduação e fàça um trabalho sério e
profundo na área de Marketing da Saúde. Peça a
algum amigo com mestrado ou até doutorado para
orientá-la nessa pesquisa e jogue nela tudo o que você
tem de melhor. Mostre suas idéias, inove, indique
caminhos de melhoria. Nesse momento, você deixa
de ser um mero currículo para ser uma fonte real de
conhecimento. E mais ainda: não vai pagar nada a
nenhuma empresa de recolocação. Simplesmente,
porque o mercado precisa de inteligência.

u 7foo formação em Ciências Sociais, e atualmente sou gerente de uma loja de roupas masculinas. Como sou
muito Ltado à área de humanas, pretendo fazer Psicologia. Porém, o lado administrativo de meu trabalho pede
um em o de Administração. Tenho algumas dificuldades com números e raciodnio rápido e lógico o que me faz
tenãer à 'Psicologia. Preciso de uma sugestão de como discernir qual o melhor caminho. Se fosse fazer Psicologia,
que sair- do meu atual emprego, porque o curso não existe na cidade onde trabalho. O que faço?
los Renato - via e-mail

Vou repetir o que tenho registrado inúmeras vezes aq ui na VENCER!: no mundo globalizado de hoje,
nós (feliz ou infelizmente) não podemos nos dar ao luxo de pertencer de forma limitada a um contorno físi-
co-geográfico. Temos que assumir a posição, com grande dose de consciência de que somos cidadãos do
mundo. Existe hoje neste planeta Terra um verdadeiro frenesi de mobilização, de troca de informações, de
vivências múltiplas. Nesse panorama, a última coisa que podemos decidir - a não ser em casos pessoais
extremos - é ficar na própria cidade, porque "ali é meu lugar". Particularmente, eu até gosto da idéia de volta r
para sua cidade, depois de se ganhar experiência (e quem sabe dinheiro) mundo afora. Acho érico e justo
devolver para nosso próprio "quinhão" aquilo que recebemos na nossa formação básica. Enquanto essa data
não chega, coloque as asas e voe, voe muito alto. Vá atrás do seu sonho, pague o seu preço, e você verá que
vale a pena. De que adianta ficar brigando com a matemática e com os números na sua cidade, afogando a
paixão que você rem pela Psicologia? Não mate seu futuro. Mova-se, ande, voe, que o mundo lhe espera.

Vencer! 19
FRENTE DE BATALHA
MAURÍCIO GÓIS
Qu em é o palestrante, especializado em
motivação, vendas, liderança e alta performance
FORMAÇÃO ACADÊMICA: Graduado em Filosofia,
Ciências e Letras pela Universidade Gama Filho do
Rio de Janeiro e pós-graduado em Marketing pela Fecap -
São Paulo.
ATUAÇÃO PROFISSIONAL: Palestrante nas áreas de
motivação, vendas, liderança e alta performance e
consultor filiado ao IBCO - Instituto Brasileiro de
Consultores de Organização desde 1983.
MISSÃO: Ajudar as pessoas a transformar talento em
resultados, sem cair nas armadilhas do lado negativo
da auto-ajuda.
Entendo que motivação é um sentimento da inteligência.
Acredito que uma empresa só terá resultados com uma
palestra ou treinamento de alto impacto nos resultados, se
o palestrante conseguir disparar o empenho das pessoas
e treinar o desempenho delas. Empenho está ligado à
atitude; desempenho à habilidade. Por isso, combino
aspectos técnicos com os comportamentais,
desenvolvendo a competência emocional, criatividade,
qualidade, atendimento, marketing, fidelização de clientes,
comunicação etc., e despertando a vontade de ser
excelente e agir em direção às metas.
FORMA DE TRABALHO: Antes de entrar num auditório
faço um levantamento diagnóstico para saber o perfil do
público-alvo que terei e, então, adapto minha palestra para
que ela seja a cara da empresa que contrata. Na minha
opinião, há três tipos de palestrantes: o que faz rir, o que
faz chorar e o que faz trabalhar, isto é, o que cria
comportamentos de iniciativas em direção aos resultados.
Sem esquecer o bom humor e as emoções inteligentes,
minha meta diária é estar no terceiro grupo.
LIVROS QUE CONSIDERA FUNDAMENTAIS: Para atingir a
alta performance, você precisa aprender a ler a vida, ler o
futuro, ler a experiência dos outros, ler a solução antes do
problema- mas, quando se trata de livros, é indispensável
ler desde os clássicos como Dale Carnegie a Peter Drucker
até David Schwartz (A mágica de pensar grande), Jack
Welch, Roger Von Oech (Um Toe na Cuca) e muitos outros.
O QUE FAZ PARA SE ATUALIZAR? Quando era mais
jovem, meus amigos me chamavam de "o rato das
20 Vencer!
artigos
ur1 consultor. por f •vor'
I
•
consultores e palestrantes
livrarias e bibliotecas". Atualmente, pesquiso sites,
revistas, jornais, livros, participo de congressos como
conferencistas ou como aprendiz de gurus politicamente
corretos. Subir em ombros de gigantes para enxergar
além do topo é minha meta fanática constante, afinal,
estamos vivendo numa época em que deixamos de ser
descobridores e passamos a ser inventores do
conhecimento. Outra forma que uso para me atualizar é o
networking, isto é, meus contatos com pessoas, sejam
colegas palestrantes, consultores, escritores etc. que
somam conhecimentos e agregam sabedoria.
O QUE ESTÁ LENDO NO MOMENTO? Desenvolvimento
em assertividade, de Sam Lloyd; Como viver acima da
mediocridade, de Charles Swindoll, e A empresa flexível,
de Alvin Toffler.
COMO FOI SEU INÍCIO PROFISSIONAL? Há 28 anos,
quando fiz minha primeira palestra, a empresa que me
contratou disse que eu não acrescentei nada de novo ao
evento e pediu o dinheiro de volta. Na época fiquei
traumatizado. Então prometi a mim mesmo que daquele dia
em diante eu seria o caçador de novidades com uma
obsessão pelo conhecimento sem, é claro, esquecer das
obviedades que provocam desempenho máximo. No início,
descobri que aprendemos mais com nossos clientes do
que eles com a gente, que é preciso fazer evolução junto
com revolução, isto é, que devemos crescer derrubando
velhos conceitos e paradigmas. Foi daí que escrevi dois
livros: Odesafio de ser excelente e Superando você
mesmo (Editora Madras). Para registrar esta minha
experiência, escrevi mais dois livros: Eu me amarro em
vocês (Editora Grion) e As 53 mentiras da venda (Casa da
Qualidade}. Meu próximo livro, edição própria, será Quando
Motivação e Sucesso Não Bastam, em que contarei o que
aprendi para ser melhor na Era da Sabedoria.
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I ON- LI NE
•
NAS RUAS DE SAMPA
A Plamarc, empresa que sinaliza as ruas de São Paulo,
lançou em dezembro de 2003 o site
www.dicionarioderuas.com.br, que é o resultado de um
trabalho de quatro anos de pesquisa. Oportal contém
informações sobre fatos históricos ligados aos nomes das
mais de 48 mil ruas da cidade. Com uma média de 11 mil
consultas por mês, a Plamarc estima que esse número é
impulsionado pela grande quantidade de estudantes que
utiliza o site como fonte de consulta para trabalhos e
pesquisas. ODicionário de Ruas contém ícones como
Introdução, História, Século XIX, Século XX, Legislação,
Banco de nomes, História das placas, Galeria de imagens,
Pesquisa e Contato.
PERTO DO CÉU
OCentro de Estudos do Universo - CEU, localizado em
Brotas, SP, acaba de lançar o fórum educacional voltado
para os temas Astronomia e Astronáutica, no endereço
eletrônico www.centroastronomico.com.br/forum. O fórum é
um serviço para educadores e estudantes trocar
informações, esclarecer dúvidas específicas e criar um
grande banco de dados. Além de conteúdos direcionados ao
currículo escolar, existem também assuntos de interesse
geral divididos em temas como Vida Extraterrestre, Meu
primeiro telescópio (com informações sobre o melhor
equipamento para começar e dicas de utilização),
Astronáutica (sobre foguetes, satélites, vida de astronauta e
corrida espacial), Astronomia observacional (dicas de
observação e objetos interessantes no céu noturno), Estrelas
(distância, tamanho, composição, evolução etc.), Sistema
Solar (Sol, planetas, asteróides, cometas e todos os
assuntos que envolvem a família do Sol) , entre outros. Para
fazer parte do fórum, basta se cadastrar gratuitamente no
site e obter o login e a senha.

E-LEARNING
Se você quiser obter informações a respeito de e-learning (uma alternativa ao ensino presencial, que permite o acesso à
educação de quem não pode freqüentar escolas ou cursos convencionais), vá ao site www.elearningbrasil.com.br. Ali está
uma série de dados sobre o mercado, os cursos aprovados pelo MEC, glossários, artigos, entre outros temas. Recentemente,
o site passou por uma reforrnulação e acrescentou uma nova área, denominada my e-Learning Brasil, com 9 canais
exclusivos para quem integra a Comunidade e-Learning Brasil. Nesse canal é possível fazer pesquisas com palavras-chave e
atualizar seu perfil para receber informações de seu real interesse.

22 Vencer!
 MIRE <.... ALVO
notas
para ir além
fique por dentro
agenda
livros
''Um sorriso é a distância mais
curta entre duas pessoas'' -Victor Borge
s pesq uisadores ameri canos M itchell Wade
O e Jo hn Beck acabam de leva ntar a tese de
que os jogos eletrônicos preparam os jovens para o
mercado de tra balho. Eles entrevistaram 2.500 pro fis-
sio nais e concl uíram que os gamers - jogado res de
videogame, co mputado r o u simulado res - usam os
jogos para aprender, to mam decisões após analisar
cenários, são movidos po r desafios e correm riscos.
Para eles, os jogos são como um trei namento
para o m ercado. "Não porque os jogad o res vencem
guerras nas estrelas. É preciso entender que eles são
levados a analisar cenários e buscam respostas", afi r-
maram Wade c Beck em entrevista recente ao jornal
O Globo. A dupla acaba de publicar um livro que
rrata os im pactos do videogame sobre a nova geração
q ue chega ao mercado de rrabalho (Got game: how
lições do rhc gam er gcncration is reshaping business forcver).
Roubar carros, destrui r cidades, marar um
ini m igo não são aros lo uváveis, mas, para os

VIDE O -
pesquisadores, "lições" impo rtantes são passadas
d urante essas baralhas imaginárias como "você é o
herói"; "tenrc mais uma vez"; "tud o é possível";
"semp re existe uma saída" ou "você precisa se esforçar
ma is" . "Essas mensagens são absorvidas naturalmente

GAME
po r essa nova geração que invade o mundo dos negó-
cios. Entre deixa r o filho horas dianrc da televisão, é
ma is produ tivo deixá-lo jogando: é um bem que se
fàz para sua carreira fu tura" , garantiu Wade.

~BOLSO
1 - Obrigatórias fixas (a família não pode eliminar nem
reduzir): aluguel, condomínio, IPTU, IPVA...
2 - Obrigatórias variáveis (a família não pode eliminar, mas
pode reduzir): alimentação, vestuário, higiene, limpeza,
Aprenda a energia, água, telefone, escola, remédios, combustível,
manutenção do carro ...
classificar suas 3 - Não-obrigatórias fixas (a família pode eliminar, mas não
pode reduzir): empregada, plano de saúde, assinaturas de
despesas familiares jornal e revistas, TV a cabo, taxa de clube, seguro de carro ...
4 - Não-obrigatórias variáveis (a família pode eliminar e pode
Fonte: livro Educação financeira ao alcance de todos,
reduzir): celular, produtos de beleza, viagens, cinema e teatro,
de José Pio Martins, editora Fundamento discos, livros...

Vencer! 23
 notas

MIRE NO ALVO
para w alem
fique por dentro
I
•
agenda
livros

os TRUQUES Olha
o vírus!
de quem O governo britânico
lançando um serviço
SELECIONA para avisar rapidamente
os usuários de
computadores do país
O co nsulror d e Recursos Humanos João Pedro Caiado, d a H C O
sobre os vírus e
lnrernarional, ele São Paulo , co ma quais são as principais estratégias ele que m faz
problemas de segurança
a seleção ele profissionais qualificados. Anore:
na internet. O site,
L. Convida para a dinâm ica os profissio nais com competência técnica em níveis batizado de IT Safe, trará
próximos, assim a em presa q ue deseja co n tratar rem mais liberdade para ava liar advertências sobre novos
as caracte rísticas comporrame nrais. vírus, vulnerabilidade de
2. Procura evirar os pro fissionais mais qualificados que o solicitado para focar software e ameaças à
no que~ realmcnre importante. segurança de outros
3 . Anres ele co meçar as ati vidades, ele escolhe u ma característica que ju lga aparelhos, como telefones
indispensável pa ra q ue o profissio nal exerça o ca rgo e m questão. celulares. O serviço será
gratuito e explicará o que
4. Observa se o ca ncliclaro d emonst ra inte resse pelos id eais da empresa que
prete nde co nrratá-lo.
as pessoas devem fazer
para se proteger por meio
5. Dá preferê ncia por profissionais que pensam sobre assun tos gerais e não só de e-mails e mensagens
de trabalho- normalme nre esses são mais versáteis. de textos por celular.
6. Evita p rofissio nais est relas. Prefe re os q ue pe nsam e trabalham em gru po. Segundo o
7 . Analisa a somaró ria d e caracrerfsri cas apenas dos que possuem aquela Ministério do Interior da
determin ada como pri mordial. Essa pode valer mais que rodas as outras juntas. Grã-Bretanha, há uma
clara necessidade de
8. Certifica-se a respeito de atividades volunrá rias, pois de monst ram o inreresse
aconselhamento de fácil
do fururo co nrrarado co m o bem-estar social.
entendimento para
9. Avalia se o candidaro rem senso crítico, pró-atividade c muito envolvimento pessoas não
com seu trabalho. especializadas que
1O. Para descob rir habilidades em inteligência emocional, cost uma lançar mão utilizam computadores em
de atividades como rearro, desenhos e resres psicológicos. casa ou no trabalho.
Os funcionários do
VOCÊ SABIA QUE ... IT Safe vão monitorar os
...brasileiros ficam constrangidos ao falar outro idioma? centenas de alertas feitos
Um estudo realizado pelos muitos portais de internet Uol e Boi e a escola Seven pelas empresas de
Idiomas com 40 mil internautas apontou que 51% dos entrevistados têm vergonha da segurança na internet,
maneira como falam inglês. para avisar o público
A pesquisa mostrou também que 23% dos internautas utilizam o inglês no sobre aqueles que
ambiente de trabalho, e 81% têm interesse em aprender o idioma num futuro próximo, representam mais
com o objetivo de alcançar crescimento profissional. ameaças.

24 Vencer!
 notas
para ir além
fique por dentro
I
agenda
livros

O QUE QUER
dizer, mesmo?
Você abre um jornal, um livro e uma revista e se
depara com uma avalanche de palavras e termos que
não estão nos dicionários de português... E ago ra, o
que fazer para entender tudo? A partir desta edição,
publicaremos o significado de uma série de palavras
estrangeiras que fazem parte do dia-a-dia da maioria
d as pessoas, independentemente da área onde
atuam. São termos retirados do livro Drí.vidn? Deixa
que eu falo, das administradoras de empresas Luciana
Santos de O liveira e Márcia Regina Monteiro
Moraes. CONFIRA!

AGROBUSINESS: empresa de
produção agrícola e industrial.
AMBUSH MARKETING:
emboscada, espreitar o
inimigo. Ocorre quando uma
empresa consegue fazer sua
marca aparecer em eventos
patrocinados por outra.
BREAKTHROUGH: método de
treinamento que significa algo
como "romper limites". Pode
ajudar o indivíduo a migrar de
um estado de conformidade
para ser o sujeito e o senhor
da ação.
BUSINESS GAME: jogos de
empresas. São técnicas de
desenvolvimento nas quais
equipes de funcionários ou de
gerentes competem umas
com as outras tomando
decisões computadorizadas a
respeito de situações reais ou
simuladas de empresas.
CORE BUSINESS: parte
central do negócio.
DRY TEST: teste seco.
Consiste em solicitar pedidos
de um produto ainda não
disponível, com o objetivo de
determinar sua probabilidade
de sucesso em vendas,
através de peças deresposta
direta, ou ainda, utilizando
mala-direta ou mídia
impressa.
E-MARKETPLACE: mercado
eletrõnico. Portal na internet
que inclui vários compradores
e vários vendedores, onde um
intermediário fidedigno coloca
funcionalidades de negócios à
disposição de empresas
registradas.
FORECAST: previsão.
Declaração ou demonstração
de eventos com probabilidade
de acontecer no futuro, com
base em julgamento e análise
no presente ou no passado.
GATE FOLDER: folheto à
parte, de dimensões maiores,
com uma ou diversas dobras,
às vezes encartado em
revistas.
GROUPWARE: software que
permite que um grupo de
funcionários (mesmo que
distantes geograficamente)
trabalhe em conjunto através
de compartilhamento de
informações. Pelo groupware
e-mails e arquivos podem
ser organizados em tópicos
disponíveis a um grupo
de pessoas.
HARD SKILLS: habilidades
técnicas de caráter
operacional.
HOT GROUP: grupo quente.
Grupo que age como um
estimulante que acelera o
'metabolismo' dos
funcionários das empresas
para resolver problemas
ou inovar.
JUST-IN-LEARNING:
aprendizado just-in-time ou
conhecimento na ponta dos
dedos. Com a educação just-
in-time em vez de os
profissionais passarem meses
em salas de aulas, eles
podem usar as redes e os
bancos de dados inteligentes
para encontrar respostas para
perguntas e resolver
problemas à medida que
surgem. Essa educação
significa atualização constante
dos conhecimentos
profissionais, suplementando
e às vezes substituindo as
escolas tradicionais.
MARKETINGINTELLIGENCE:
inteligência mercadológica.
Procedimento segundo o qual
os responsáveis pelo
marketing ~stão
permanentemente
monitorando o macro-
ambiente da empresa em
busca de oportunidades e
ameaças.

Vencer! 25
 notas
para ir alé m
MIRE NO ALVO fique por dentro
agenda
livros

EDUCAÇAO,
trabalho e
em preendedorismo

A discussão do tema Educação, Trabal ho e

Empreendedorismo para jovens estudantes na cidade
de São Paulo ina ugurou em fevereiro últim o a série
de dez mesas-redondas, que o Instituto Via de Acesso
o rganizará ao longo d este ano. A inrenção d esses
enconrros é gerar propostas e idéias para "alimenra r"
o jovem prestes a entrar no mercado de trabalho. A
panir desta edição, VENCER! publica um a sfnrese
do que foi exposto nos debates mensais.
O depurad o federal Wa lter Barelli coordenou
este primeiro evenro, que teve como moderadores os
Saiba quais foram as professo res mestres Alfredo Passos e Eduardo Ri enzo
principais propostas e Najjar, d:~ ESPM - Esco la Supe rio r ele Propaganda e
Marketing, d e São Paulo.
idéias levantadas na Os convid ados formam : Sofia Esteves do
Amaral, da DM Recursos Humanos e C ia. de
mesa-redonda organizada Talenros; C lemenre Ganz Lücio, diretor técn ico d o
Dieese- Dcpanamenro Tnrersindical de Estatfstica e
para identificar o cenário Estudos Sócio-Econô micos; Oscar Si mões, empre-
real do aproveitamento do sário; Reinaldo Polito, presidenre do consel ho de
Administração d o Instituto V ia de Acesso, p rofessor
jovem estudante pelo e e mpresário; Maurício Sita, diretor da VENCER!;
Walter Sigollo, presidenre da ABRH - SP- Aparh e
mercado de trabalho Superinrendente d e Recu rsos Humanos da Sabesp,

26 Vencer!
José Luiz Ricca, diretor superim endeme do Sebrae-
São Paulo, Ruy Leal, su perimendem e geral do
Insri ruro Via de Acesso e G il mar Vianna Conceiç.'io,
secretário de Trabalho da Prefeitu ra de São Paulo.
Em três ho ras de discussão, os parTicipantes
apresenraram um a refl exão geral sobre o rema e bus-
cara m so luções para essa com plexa questão. Confira
os principais trechos.
Clemente Ganz Lúcio: "Pode ser constatada
uma mudança muito grande no trabalho na cidade
de São Paulo. Praticam ente 50% das vagas atual-
mente estão no setor de serviços. E, embora cresça o
serviço especializado, a sua remuneração ainda repre-
senta cerca de 60% a 70% da remuneração na indüs-
rria. Outro faro importante é o percentual crescente
de jovens, a partir dos 17 anos, que dei-xam de esru-
dar para trabalhar. E é nessa fàixa etária que encon-
tramos 6 0% d os desempregados, concentrados na
peri feria da cidade."
Gilmar Vianna: "Falar da cidade de São Paulo é
pensar em 8% do PIB do Brasil, uma população
como a de Po rtugal. Diante dessa complexidade, dois
remas são em ergem es: o trabalho informal e o
primeiro emprego."
José Luiz Ricca: "Ainda vivemos sob uma edu-
cação para a busca do emprego e não de outras fo r-
m as de trabalho, com o o em preendedo rism o.
Pesqu isas do IBGE e Sebrae constataram a existência
de 1,3 m il hão de micros, pequenas e médias em pre-
sas registradas para uma quantidade arual de 2 mi-
lhões t: 600 mil empresas info rmais. O u seja, para
uma emp resa formalmente registrada, temos no
Bras il q uase três não-fo rmais, mas possuímos 600 mil
candidatos a empreendedores."
Oscar Simões: "A educação arual está pautada
em um modelo q ue não existe mais e milhões de
jovens buscam no ensino superior uma grande
solução para suas carrei ras. Mas pode ser uma ilusão.
Nos EUA existe um modelo de certificação de profis-
sionais q ue poderia ser uma boa saída para os profis-
sionais brasileiros. Trata-se da avaliação e desenvolvi-
m ento profissio nal constante, isro é, vários traba-
lhadores com ensrno médio concl uído não fàzem
universidade e sim cursos com certific.1ções específi-
cas, como um operador de gu indaste, encanado r,
mestre-de-obras, enue ourros. t. um modelo que
capacita e insrrumenra liza para prestar serviços."
Maurício Sita: "Precisamos criar uma in teligê n-
cia de informações no Brasil, que una as informações,
pesquisas e estudos de associações de classe, sindi-
catos, secretarias estad uais e mu nicipais, além de
ministérios, para que possam ser compartilhadas por
rodos e servi r de base para uma melhor difusão do
conhecimento."
OS CAMINHOS PARA A INSERÇÃO
DOS JOVENS UNIVERSITÁRIOS
Oscar Simões: "Viabilizar a contratação de
jovens em períodos específicos do ano, por do is ou
três meses, como nas férias de verão. t necessária
uma regulamemação que permita a volta do aprendiz
nas o rga nizações e implementar projetos comu-
nitá rios locais (a partir de modelos como o Projeto
Rondon)."
Ruy Leal: "O Instituto Via de Acesso está pro-
pondo às em presas que os jovens estagiários contrara-
dos por elas tenham um comprom isso de dedicar
quatro horas mensais de seu estágio para ações volun-
tárias em uma entidade beneficente."
José Luiz Rica: "t preciso dar arenção às novas
oporrunidades como as ONG's. O Terceiro Setor
está careme de profissio nais. Pode-se criar um mode-
lo de estágio focando na respo nsabilidade social com
meras para, assim, se obter resultados. O jovem un i-
versitário deve co nhecer melhor o Sebrae. O nümero
de informações dispo níveis é mu ito grande. Além
dos 32 balcões de atend imento no Estado de São
Paulo, o sire na internet (vvww.sebraesp.com.br) ,
apresenta as 350 perg untas básicas pa ra q uem quer
ser um empreendedor, além do programa na T V
Cultura aos sábados. t oportuno lembrar também
que o rurismo de negócios, artesa nato para expor-
ração, além da cul tura (a preparação, a logística, os
bastidores do evento) são novas oportunidades de
trabal ho e empreendedo rismo."
Vencer' 27
MIRE NO ALVO
Conclusões
Finalizando a mesa-redonda, o coordenador
Walter Barelli, apresentou aos participantes sua sín-
tese sobre as discussões:
., É preciso maior conscientização das famílias,
dos empregadores e dos professores quanto ao pro-
blema atual enfrentado pelos jovens universitários.
Se continuarmos com os atuais índices de
-.1
evasão escolar, poderemos perder uma geração.
o.~ A educação formal esrá deixando muito a
desejar, especial mente quanro à qualidade.
o.~ Precisam os cada vez mais fomentar uma cul-
tura em preendedora no Brasil.
o.~ É necessário pensar em formas de termos está-
gio e responsabilidade social (atividades voluntárias)
para corrigir ou amenizar as djstorções brasileiras.
o.~ Falta uma estratégia global (agenda do desen-
volvimento brasi leiro) e um projeto que possa ser a
convergência de tantos esforços de empresas privadas
e públicas e mesmo organizações não-governamen-
tais, atualmente segmentados e dispersos.
28 Vencer!
notas
para ir além
fique por dentro
I
agenda
livros •
conheça o
INSTITUTO
VIA DE ACESSO
A ONG Insti tuto Via de Acesso começou a
atuar em 2003, em São PaLUo, com uma proposta
diferente para o encamjnhamento de jovens ao
mercado de trabalho. "Nossa concepção baseia-se
em programas de capacitação, inserção e eventos,
com vários diferenciais", explica Ruy Leal, superin-
tente da entidade.
O programa de capacitação, por exem plo,
procura passar conteúdos importantes, que o m eio
empresarial normal mente exige dos candidatos a
estágios e outras oporrunidades de aproveitamento
no mercado de trabalho. "Após parricipar das ativi-
dades gratuitas como workshops e seminários sobre
relacionamento interpessoal ou com unicação ver-
bal, os jovens terão chance mais real de aproveita-
mento pelas em presas, diferentemente do que
ocorre hoje em outras in iciativas, quando são ape-
nas encam inhados para as oportunidades que
surgem", acredi ta Ruy.
PROGRAMA DE INSERÇÃO
São quatro vias desenvolvidas pela ONG para
realizar a inserção dos jovens no mercado de traba-
lho: estágio (para estudantes do Ensino Médio,
Educação Profissional e Ensino U niversitário); pro-
gramas trainee (para estudantes universitários e
recém-formados); primeira oportunidade profis-
sional (para estudantes e recém-fo rmados); e pro-
grama menor aprendiz (para estudames do Ensino
Médio, menores de 18 anos), que está em fase de
im plementação.
"Fazemos também o trabalho de coaching para
os estudantes/estagiários, antes do início de seu
estágio, além de treinamenro para os supervisores
de estágio (escola e empresa), e organização de
eventos como encontros e palestras com profis-
sioOnais e consul tores renomados", conclui Ruy.
Para saber mais sobre o instituto, acesse
www.viadeacesso.org.br

CURSOS
Coaching
A Lambent do Brasil em parceira com o
Instituto de Desenvolvimento Pessoal e
Profissional {lndepp) promove o curso
de Certificação Internacional em
Coaching, ministrado por Joseph
O'connor & Andrea Lages O'connor.
Durante uma semana os participantes
terão a oportunidade de aprender de
forma prática e objetiva como e de que
maneira atua o coaching. Público-alvo:
empresários, executivos, líderes,
gerentes, consultores e terapeutas.
DATA: de 16 a 23/4, das 9 h às 18 h
LOCAL: Centro Empresarial
BarraShopping (Av. das Américas,
4.200, Barra, Rio de Janeiro, RJ)
PREÇO: À vista - R$ 3.300 ou com
opções de parcelamento: 2 x R$ 1.750,
3 X R$1 .250 OU 4 X R$1 .000
INFORMAÇÕES E INSCRIÇÕES:
(21) 3150-2960 ou pelo site
www.indepp.com.br
Aprimoramento pessoal
A Fundação Vanzolini, entidade sem
fins lucrativos, gerida por professores
do Departamento de Produção da
POLI-USP, promoverá às quartas-feiras
do mês de março, a partir das 20
horas, as palestras Técnicas de Falar
em Público (dia 2 -grátis), Negociação
de Alta Performance (dia 9 - R$ 30) , O
Fator Inovação (dia 16 de março - R$
30), Estratégias de Comunicações
Verbais (dia 23 - grátis) e Vivendo a
Vida com Propósito (dia 30 - R$ 30).
As palestras são direcionados a
empresários, engenheiros,
administradores e outros profissionais
interessados.
LOCAL: Fundação Vanzolini - Unidade
Paulista (Av. Paulista, 967 - 5° andar -
São Paulo,SP)
INFORMAÇÕES EINSCRIÇÕES: (11)
3541-3789 ou pelo e-mail:
palestra@vanzolini.org.br
Desenvolvendo Líderes
Descubra os segredos dos grandes
líderes. Aprenda como desenvolver seu
potencial máximo de liderança e a
atingir resultados extraordinários.
Veja como identificar e liderar pessoas
com os mais diversos perfis. Conheça
ferramentas para definição e realização
de metas e objetivos, e aprenda a
utilizar a boa formulação de objetivos
e a organização de idéias para
alcançar objetivos estabelecidos.
Facilitador: Arthur Oiniz.
DATA: 22/3 das 9 h às 18 h
LOCAL: Hotel Campo Belo Plaza
(R. Demóstenes, 748, São Paulo, SP)
PREÇO: RS 480
INFORMAÇÕES E INSCRIÇÕES: KWIC
Comunicação e Eventos (11)
3885- 2105 ou curso@kwic.com.br
ou www.crescimentum.com.br
EVENTO
Liderança, comunicação
e atendimento
A Toque de Areia apresenta a cada 15
dias uma de suas peças teatrais,
seguida de uma palestra diferente.
Trata-se de um evento de treinamento
dinâmico e divertido, que acontece
sempre das 20 h às 23 h.
DATAS: 22/3 - Comunicação. Peça:
Falar é Fácil, comunicar é que sào elas
e palestra de Reinaldo Passadori e 12/4
- Atendimento ao Cliente. Peça:
Apertem os cintos, o cliente sumiu! e
palestra de César Souza.
LOCAL: Espaço Cultural Santo
Agostinho - R. Apeninos, 118,
Liberdade, São Paulo, SP
notas
para 1r alem
fique por dentro
I
agenda •
livros
PREÇO: de R$ 56 a 70 cada uma
INFORMAÇÕES E INSCRIÇÕES:
(11 ) 5063-2929 ou
www.toquedeareia.com.br
WORKSHOP
Dando a volta por cima
Oevento tem como principal finalidade
ampliar o conhecimento, apresentando
temas relevantes para todo e qualquer
profissional que queira ou trabalhe para
dar uma guinada em sua vida
profissional. Para março, está
programada a palestra de Odilon
Soares Leme sob o tema Escrever
corretamente: sua imagem e a da sua
empresa em jogo!
DATA: 31/3, às 8h30
LOCAL: Instituto Via de Acesso (Av.
Brigadeiro Luiz Antonio, 2050, 12°
andar, São Paulo, SP)
PREÇO: um quilo de alimento não-
perecível para cada palestra - as vagas
são limitadas
INFORMAÇÕES E INSCRIÇÕES: feitas
somente por meio do banner do
seminário afixado na home page do site
www.viadeacesso.org.br
Vencer 29

MIRE NO ALVO
BOA LEITURA!
Você se perde nas livrarias com o
grande volume de títulos? Esta seção
é mais um serviço que a VENCER!
lhe oferece para poupar seu tempo
e ajudá- lo na escolha
SUPERAÇÕES
Atitudes de Sucesso é um trabalho baseado na escuta de
muitas histórias e na experiência acadêmica e prática de
mais de dez anos das autoras com pessoas de meia-idade
em diante. Olivro convida o leitor a parar e ouvir histórias
emocionantes de privações, perdas, conquistas, alegrias,
tristezas, erros e acertos... e refletir sobre como está
conduzindo sua vida e escrevendo sua própria história!
Eve Pekelman é assistente social, master em Gerontologia
Social pela Universidade de Barcelona, Espanha. Atua em
empresas e instituições com projetos sociais e culturais na
área de responsabilidade social, além de desenvolver
programas voltados para a maturidade. Valéria Lasce é
psicóloga, mestre em Gerentologia pela FE-Unicamp.
Trabalha como psicoterapeuta de adultos e idosos em São
Paulo. É consultora empresarial.
Atitudes de Sucesso, Eve Pekelman e Valéria Lasce,
Casa do Psicólogo Editora, 172 págs., R$ 25
30 Vencer!
notas
para ir além
fique por dentro
agenda
livros
DOENÇA DA PRESSA
Está na moda, hoje, na Europa e nos EUA, a
desaceleração, dentro do mundo empresarial. Ao que
parece, o processo de aceleração chegou a seu limite.
Oitenta por cento dos habitantes destacam que tudo se
transforma de maneira até rápida demais e que "gostariam
que tudo fosse mais sossegado".
Lothar J. Seiwert e Ann Me Gree Cooper escreveram esta
obra que tem a missão urgente de conscientizar as
pessoas sobre a "doença da pressa". Para os autores, a
pressa está relacionada aos avanços tecnológicos, como
fax, e-mail, internet, comunicação por satélite, celular. Eles
propõem uma mudança de paradigma: "limeis life", no
lugar de '1ime is money".
Lothar J. Seiwert é um dos maiores especialista em
gerenciamento de tempo na Alemanha, e Ann Me Gree
Cooper assessora empresas na administração do tempo
com o uso pleno do cérebro.
Se Tiver Pressa, Ande Devagar, Lother J. Seiwert e Ann
Me Gree Cooper, Editora Fundamento, 168 págs.,
R$ 18,70
MUDANDO AS REGRAS DO JOGO
Loureiro e Guimarães escreveram um livro compacto e
atualizado sobre a inovação tecnológica. O
empreendedorismo não é algo relacionado à ciência e
pesquisa; diz respeito a mudar as regras do jogo na
competição econômica. A tecnologia é importante, mas
não é a única fonte de inovação. O comportamento
empreendedor é mais decisivo.
João Roberto Loureiro de Mattos é engenheiro mecãnico
e mestre em engenharia nuclear pela UFRGS. Trabalhou
em empresa multinacional como pesquisador e professor
universitário. Leonam dos Santos Guimarães é engenheiro
naval, mestre e doutor pela USP. Estudou na Universidade
de Paris, e é professor da Escola Politécnica da USP. Está
veiculado ao IPT e ao Centro Tecnológico da Marinha.
Gestão da Tecnologia e Inovação, João R. Loureiro
Mattos e Leonam S.Guimarães, Editora Saraiva,
296 págs., RS 57
PSICODRAMA NA EMPRESA
O Harvard Negociation Project é um projeto de pesquisa fundado em 1981 na Universidade
de Harvard para desenvolver e disseminar métodos mais avançados de como lidar com
conflitos. Três professores dessa escola resolveram escrever Conversas Difíceis, livro que
resume suas experiências. Trabalhando no Harvard com milhares de pessoas sobre todos
os tipos de diálogos difíceis, os autores descobriram um meio de torná-los menos
estressantes e mais produtivos. Em um diálogo difícil sua tarefa principal não é a de
persuadir, impressionar, enganar, ludibriar, converter ou vencer o outro. Você aprenderá que
o autoconhecimento e a crença do que deseja compartilhar são importantes e o levarão
muito mais longe do que a eloqüência e a sagacidade.
Douglas Stone, Bruce Patton e Sheila Heen, autores do best seller Chegando ao Sim e
professores da Harvar Law School são consultores nos EUA.
Conversas Difíceis, Douglas Stone, Bruce Patton, Sheila Heen, Alegro,
240 págs., R$ 39,90

SORTE NÃO É ACASO

Estamos todos à mercê de circunstâncias que fogem a nosso controle e são capazes de
influenciar a vida muito mais do que imaginamos. Vivemos em um mundo aleatório; nem
sempre é possível escolher o que nos acontece, mas podemos controlar nossas reações,
que é o que conta.
- - r...,.,vr,,....,..- -
Acaso é algo que acontece sem causa aparente ou determinável, ou como resultado de
forças imprevisíveis. Oacaso ocorre a todo momento, eé aleatório. Sorte é uma força que TODA A
traz bons ou maus acontecimentos. Boa ou má sorte é, pelo menos parcialmente, resultado
de atitudes e de comportamento. A incerteza faz parte da vida. As pessoas de sorte sabem
SORTE
DO MUNDO
se adaptar a esse ambiente de incerteza. São proativas, pensam antes de agir. Éisso que as • ~bUf.ttDO:ff)lltfl" "'''"'~f
• f..Ç.O.O..IoOIIJ'IWiv.t.IIOI."J.b'"'""

faz vencedoras.
Leia e passe a limpo tudo o que você pensava a respeito da sorte e do azar.
Toda a Sorte do Mundo, Theresa Cheung, Editora Fundamento, 184 págs., R$ 19,60

RELACIONAMENTOS SAUDÁVEIS
Na sociedade em que vivemos, o estilo de comportamento das pessoas no geral é marcado
pela imaturidade. Quando duas pessoas se relacionam, no fim das contas, uma ganhou, a
outra perdeu. Ou: as duas perderam. No teatro do dia-a-dia, poucos atores são assertivos.
Num relacionamento assertivo, as duas partes ganham. Sempre! Este ensaio da pedagoga
Vera Martins trata exatamente deste fundamento importante e negligenciado da educação
corporativa: a assertividade. Otema é exposto de maneira convincente desde as primeiras
páginas. No capítulo 9, são apresentados dois casos verídicos, com análise detalhada da
comunicação estabelecida entre vendedor e cliente. Uma verdadeira aula prática sobre como
não ser assertivo. E como sê-lo.
Vera Martins é mestre em Comunicação e Mercado, e consultora. Tem 25 nos de
experiência na área de gestão de pessoas.
Seja Assertivo!, Vera Martins, Alegro, 236 págs., R$ 39,90

Vencer! 31
COMEÇANDO PELO COMEÇO

"
CE
vai ser quando
?•
Quero começar, comando um pouco sobre o processo
Saiba quais são os de escolha da carreira de uma cliente, pois é interessante
PRIMEIROS PASSOS para mostrar a importância de um bom planejamento. Ao
refletir sobre seu histórico profissional, ela se deu coma de
para o JOVem que sua trajetória foi construída parte racionalmente, parte
intuitivamente.
escolher e planejar Racionalmente, por ter decicüdo, ames de iniciar o
ensino médio, que a área de Humanas seria o caminho mais
bem a sua carreira narural para ela. Tomou essa decisão baseando-se nos bons
resultados que apresentava nessas matérias. Também con-
tribuiu o faro de passar a observar mais de perto e trocar
Por Rosana Rodrigues•
informações com alguns profissionais que admirava.
Inruicivan1ente, porque ela sabia o que mais gostava de
fazer, imaginava como poderia colocar seus sonhos em
prática e adorava criar "filmes" em sua cabeça. Neles, ela
visualizava exatamente aquilo que desejava. E, sem saber, já
estava trabalhando sua Missão de Vida, Visão e Valores, con-
ceitos que só conheceu anos depois.
Hoje ela tem absoluta certeza de que fez a escolha certa
e, mais tarde, procurou o trabalho de coaching para melho-
rar sua performance. Está segura, no entanto, de que pode-
ria ter economizado alguns passos e investido em outras
atividades se tivesse tido, desde o início, uma orientação de
um profissional especializado.

34 Vencer!
 Para ajudar sobretudo o jovem que tem dúvidas
com relação à carreira, indicarei a seguir alguns ca-
minhos para identificar quais são realmente os seus
sonhos e alcançar resultados extraordinários na vida
profissional e pessoal.
Quero iniciar falando sobre o conceiro de Ru-
dolf Steiner (1861- 1925), educador, filósofo e cien-
tista austríaco que desenvolveu a antroposofla. Para
ele, a nossa vida esd dividida em três fases. Apesar de
cada biografia ser única e não existirem duas histórias
iguais há cerras fases de desenvolvimento comuns a
rodas as pessoas. As três grandes são:
~ Até os 2 1 anos: fase do amadurecimento
biológico.
~ Dos 21 aos 42 anos: fase em que ocorre o
amadurecimenro psicológico.
~ Acima de 42 anos: fase do am adurecimento
espiritual.
Se dividirmos cada fase em três partes, teremos
os setênios e aí fica mais fácil entendermos quais
comportamentos e atitudes são esperados em cada
etapa de desenvolvimento.

SElÊNIO FASE
1° setênio (O a 7 anos) .. . .... . . .Infantil
2° setênio (7 a 14 anos) ...... ...Juvenil
3° setênio (14 a 21 anos) .... . ...Adolescente
4° setênio (21 a 28 anos) . ....... Emotiva
5° setênio (28 a 35 anos) . .... .. .Racional
6° setênio (35 a 42 anos) ........Consciente
7° setênio (42 a 49 anos) .. .. ... .Imaginativa
8° setênio (49 a 56 anos) . .. .... .lnspirativa
9° setênio (56 a 63 anos) ....... .Intuitiva

Como você pode ver, o 3° e o 4° setênios

englobam justamente a etapa em que a maioria das
pessoas escolh e o curso que irá faze r, assim como o
infcio da vida profissional.
Na fase adolescente, é comum se formular per-
guntas como: "11,'<-uem sou eu.?" , "O que vim . crazer
neste mundo?", "O que quero ser na vida?". Tais
questões ficam ainda mais diffceis de serem respond i-
das quando se sofre a pressão:
~ Dos pais- cuja preocupação pri ncipal é se o
fllho vai escoU1er uma profissão que lhe dê estabili-

Vencer! 35
COMEÇANDO PELO COMEÇO
dade financeira e segurança, e não pretende seguir
apenas o que indica o seu coração.
., Dos educadores - que assim como os pais, na
melhor das intenções, pressionam o aluno para con-
seguir a aprovação nas universidades de primeira
linha, sem, no em anro, verificar se o que a inscituição
propõe está de acordo com seus sonhos.
., Do mercado - que oferece cada vr:::t. m enos
empregos e prega o conceito da empregabilidade, o
qual d ita regras para se obter um emprego como se
você fosse igual a todos os ouuos.
Em seguida, na fàse emotiva, como o próprio
nome já expressa, passamos por grandes variações emo-
cionais. Apesar de ter adquirido muito conhecimento
teórico na vida escolar e possuir muita energia, ainda
não temos experiência suficiente para colocar os conhe-
cimentos em prática. Porranto, a primeira tareFa para a
escolha da carreira é descobrir a sua Missão de Vida,
Visão de Futuro e seus Principais Valores. Você precisa
saber o que quer realizar na sua vida (MISSÃO), como
quer fazê-lo (VISÃO) e também em que você acredita
(VALORES). Fazer algumas perguntas para si mesmo
podem lhe ajudar nessa descoberta:
., O que gostaria de realizar na vida para se
considerar completamente realizado?
., Se tivesse todo o dinheiro que necessita, o que
mudaria na sua vida e o que não mudaria?
., Quais são as crês coisas mais importantes
da sua vida?
., Quais são os seus valores? No que você acredi ta?
Com essas respostas, que, convenhamos, não são
fáceis obter, podemos partir para a segu nda tarefa,
que é identificação de suas inclinações profissionais.
Para isso, costumo utilizar o teste de "âncoras de car-
reira", desenvolvido por Edgar H. Schein, capaz de
identificar o que é realmente importante para você na
sua carreira. Ao final da avaliação, você descobre se
sua inclinação profissional esrá entre:
., Ser um especialista .
., Ser wn gerente geral.
., Ter autonomia I independência.
., Ter segurança I estabilidade.
., C riar o seu próprio negócio.
., D edicar-se a uma causa social.
., Ter grandes desafios.
., Aliar trabalho com vida pessoal e conseguir
qualidade de vida.
36 Vencer!
A TERCEIRA ETAPA que proponho é urna
revisão do seu passado, desde a infância até os dias
atuais. Pense nos seguintes aspectos:
Infância
-Qual foi a primeira p rofissão que pensou em
seguir?
- O que mais gostava de fuzer quando era criança?
Família
- Q ual a carreira profissional dos seus pais e
familiares mais próximos?
- Qual a influência deles nas escolhas que fez ou
pretende fazer?
Colégio e faculdade
- Por quais matérias você mais se interessa e as que
menos gosta?
- Como é o relacionamento com os professores?
Empregos anteriores
-Como foi o processo de escolha dos empregos?
- Quais atividades que mais gosta e menos aprecia
no dia-a-dia do trabalho?
Atividades de lazer
-O que costuma fazer nas horas vagas?
Trabalhos voluntários
- Que ópo de crabalho já realizou?
Por mais simples que possa parecer, ao rever seu
histórico você coma consciência de alguns padrões
em suas escolhas. T ive um cliente que, ao relatar seu
histórico no primeiro encontro se deu conta de que
suas escolhas foram norteadas pelas crenças de seu
pai, uma pessoa excremamente conservado ra. Isso fez
com que ele entendesse seus processos de escolha até
então e, a partir daí, decidisse como gostaria que elas
acontecessem dali em diante. Com essa auto-avali-
ação, é possfvel você identificar melhor o seu perfil e
o que realmente gosta de fazer.
A QUARTA ETAPA
Não menos importante é descobrir quais são
suas forças. Segundo Peter Drucker, "a maioria das
pessoas pensa que sabe o q ue faz de m elhor.
Normalmente elas estão erradas." Segundo ele, urna
excelente maneira de descobri-las é solicitando a
opinião dos oucros. Sugiro wn exercício simples e
poderoso que pode ajudá-lo!
 Faça uma lisra, o mais completa que puder, com
diversos adjetivos. Exemplo:
Abusado, confiável, envolvido, agitado, confidente,
especialista, agressivo, conservador, estável, alerta,
consistente, ético, ambicioso, constante, exato, amigável,
controlado, expansivo, amistoso, conservador, expressivo,
analista criativo, arrogante, curioso, fechado.
Depois, escolha e anote os adjetivos que mais
retratam suas características. Seja o mais honesto pos-
sível! Em seguida, peça para uma pessoa que o co-
nheça bem , que escoU"la os adjetivos que o rerratanl,
sem que veja aqueles que você já escollieu. Po r fim,
compare os resultados e verifique se há diferenças em
como você se vê e como é visto pela outra pessoa. Se
os adjetivos que a o utra pessoa não percebeu forem,
em sua o pinião, importantes para o alcance de seus
o bjetivos, estabeleça um plano de ação para alcançá-
los. Assim, você pode passar para a análise dos pró-
ximos passos:
QUE CURSO FAZER?
É aqui que você decide se o curso que pretende
fazer ou está faze ndo alin ha-se aos seus objetivos e ao
seu perfil. Uma cliente, seguindo apenas o conceito da
"empregabi lidade", matriculou-se no M BA de uma
renomada instituição. Porém, durante o programa de
coaching, já no terceiro e último módulo do curso,
percebeu que a maior parte do conteúdo das aulas não
estava de acordo com seus planos futuros. Por estar na
reta final, decidiu conclul-lo, mas percebeu o grande
desperdício de tem po e dinheiro que veio da falta de
planejamento. Ou seja, se ela tivesse feito essa análise
anteriormente, talvez tivesse descoberto que as com-
petências que buscava desenvolver no MBA não
estavam alinhadas aos seus objetivos.
EM QUAL UNIVERSIDADE ESTUDAR?
Existem m anuais que podem lhe orientar sobre
as principais info rmações a serem analisadas na esco-
lha da universidade. Segundo os especialistas, os pon-
tos m ais importantes são:
~ Verificar se a universidade é credenciada pelo
MEC.
~ C hecar se a universidade disponibiliza os recursos
necessários (instalações, equipamentos, bibliotecas).
~ Checar a qualificação do corpo docente.
~ Conversar com alunos e ex-alunos para colher a
opinião deles sobre a universidade.
~ Analisar a distância da residência e/ ou do
trabalho.
~ Estudar o valor da mensalidade e despesas
(moradia, alimentação, transporte).
~ Conferir a qualidade do curso oferecido através
do Exan1e Nacional de C ursos ("Provão").
Acima de rudo isso, você precisa entender que o
sucesso nessa escolha só se concretizará se assumir a
responsabilidade pelo curso, dedicando-se aos estu-
dos e envolvendo-se ao máximo com o ambiente
acadêmico e com rudo o que ele pode proporcionar.
Mas saiba: isso você só irá conseguir se estiver roral-
mente identificado com o curso que escolheu.
TRABALHO X UNIVERSIDADE
Se você optar pela vida acadêmica para, por
exemplo, ser um pesquisador, é possível que tenha
que dedicar praticamente rodo o seu tempo aos estu-
dos. Alguns podem contar com a ajuda financeira
dos pais, outros não. Para isso, existem algumas alter-
nativas, como financiam ento para cobrir o pagamen-
tO da m ensalidade do curso ou bolsa de estudos,
como bolsa-alimentação, bolsa-moradia etc.
Por outro lado, você pode optar em desenvolver
uma carreira dentro de organizações. Nesse caso, é
possível trabalhar enquanto estuda, ou se dedicar
somente à universidade. Lembre-se que fazendo isso
será interessante investir em uma universidade de
primeira linha que justifique sua falta de experiência
na prática.
E ntendo que o casamento trabalho X universi-
dade só pode ser uma união feliz, se houver uma
coerência entre o seu perfil e a atividade que real iza
no seu dia-a-dia. Se o que você aprende na universi-
dade estiver alinhado a tudo isso, excelente! G rande
parte dos jovens que m e procuram esrão insatisfeitos
o u porque rrabaU1am apenas em função do dinheiro,
frustrados por não poder colocar em prática aquilo
que vivenciam na universidade, ou, justamente ao
contrário, porque descobriram no seu trabalho a sua
paixão e f:u.em um curso que não rem nenhuma
relação com o mesmo.
QUE T IPO DE TRABALHO REALIZAR?
Para responder a essa dúvida, é necessário ana-
Vencer! 37
COMEÇANDO PELO COMEÇO
lisar o planejamento de carreira. Se você definiu que
seu objeti vo é ser o presidente de uma grande organi-
zação, é interessante que transite na Linha do Tempo,
analisando quais seriam os passos necessários para
alcançar essa mera. Exemplo:
loORTOII GOMES
A idéia é que você possa traçar um plano de
ação, elaborando a sua meta passo a passo, preferen-
cialmente, começando pelo objetivo de longo prazo.
Com isso você pode analisar cada oportunidade com
a meta em vista.
No exemplo, coloquei o estágio ou um progra-
ma de trainee como as duas opções iniciais de traba-
lho. Não quer dizer que essa seja a regra, mas é o
caminho que o jovem que está estudando ou é
recém-formado procura no rmalmenre seguir. E por
isso, achei interessante salientar, sucin ramente, a
diferença entre um e outro.
O estágio não é um em prego. É um com ple-
mento do aprendizado dos cursos médio, técnico ou
superi or, regido pela lei n° 6.494 de 07 de dezembro
de 1977 e regulam entado através do decrero n°
87.497 de 18 de agosto de 1982. É a oportun idade
que você terá de colocar em prática os conhecimen-
tos adquiridos em sala de aula, de modo que possa
vivenciá-los no dia-a-dia e, assim, refletir sobre a
escolha do seu cam inho profissional.
Já com o trainee você será um funcionário que irá
panicipar de um programa t!Struturado de treina-
mento e desenvolvimento para que, em um curto
espaço de tempo, possa assumir uma posição geren-
cial. N o geral, para participar de um programa de
trainee, você precisa ter entre 22 e 30 anos, estar cur-
sando o ensino superior ou ser recém-formado e ter
o domínio de, pelo menos, um idioma.
38 Vencer!
EM QUE EMPRESA TRABALHAR?
A linha de raciocínio aqui é mui to parecida com
a que sugeri na escolha da universidade. Alguns pon-
tos importantes para você levar em consideração
antes de aceitar uma proposta de em prego:
v Localização da empresa; avalie a cidade, o
bairro e as próprias instalações da empresa.
v Perfil da empresa: verifique quais são as va n-
tagens e desvantagens de trabalhar em uma em presa
de pequeno, médio ou grande porre; nacional ou
m ultinacional; qual o segmento de atuação (indlis-
tria, comércio ou serviços).
v Remuneração: lembre-se de analisar não só o
salário, mas também bônus, beneffcios, incemivos e
possíveis comissões.
v Cargo: veja quais são as meras propostas, o
nível de responsabil idade e autoridade que terá e
quais recursos estarão d isponíveis para a realização do
seu trabalho.
v Cultura da empresa; veri fique, por exemplo,
se o clima de trabalho é participarivo, conservador ou
burocrático, o grau de profissionalismo entre os cole-
gas, as atividades sociais internas.
v Tipo de liderança: principalmente para você
que está começando, ter um líder com perfil orienta-
dor, que dá feedback constante e tolera os erros de
aprendiz.'lgem pode fazer roda a d iferença no sucesso
de sua carreira profissional.
Para final izar, converse com pessoas que têm
profissões e atuam nos mesmos segmentos em que
você pensa investir. Não há nada meU1or do que tro-
car informações com quem já percorreu o caminho e
pode lhe mostrar a realidade de forma mais clara e
objetiva. Não há uma fórmula para o sucesso. A
auto-avaliação e o auroconhecimenro são as melhores
ferramentas que você pode utilizar para defin ir o
ru mo de sua vida profissional e pessoal. Pense: quan -
do você tiver 80 anos e refletir sobre a vida que teve,
como irá se sentir?
Você é 1OOo/o responsável por sua felicidade! O
• Rosana Rodrigues é psicóloga e consultora de
desenvolvimento pessoal e profissional, responsáve l
pelo desenvolvimento e coordenação do Programa
de Coaching para jovens Profissionais da
Crescimentum (www.crescimentum.com.br)
 TOQUE DE AREIA apresenta tJl~ :~
'l'(){lDE "~~~;,j

1\l\1~11\
~, \W~UD~ lBJ~~UU\JQ;@~ Empresa
>.-tTopS
a cada evento, uma peça teatral da Toque de Areia e um renomado palestrante ~ RH2004

+~ Um treinamento rápido, moderno, divertido e eficiente: Teatro Treinamento + Palestra

Prlnc:ipafs erros no atet~rd/mfintér'.

Colocar-se no lugar do é/lente
Atendimento pelo telefone
Falhas de comunicação
 AMBIÇAO - -- -- - - - - - - - -- - - -

,
o secu o

(
Foro de mulher nua na parede suja. C hão reple-
O mercado não
ro de graxa, óleo e gasolina pingando por roda a
comporta mais parte. Lá denrro, Lllll mecân ico com macacão imun-
do, sai por debaixo do carro semidesmonrado. E é
os profissionais ele mesmo, sem muito ânimo, quem atende o
"freguês". O cenário já foi comum, natural, e o

w
à moda antiga.
/
clienre sequer se incomodava com toda a con fusão
E preciso que caracterizava as oficinas. Afinal, consertar o
carro em lugares assim era praticamente a única
conhecimento, alternativa. Hoje, a expectativa é ourra. Além de um
an1bienre limpo e organizado, um novo mecânico,
profissionalismo mais capacitado e com form ação, surge para atender
um exigenre mercado consum idor.
e ambiente Eduardo Dozol Flores, instrutor de nível técni-
agradável co do Senai do Rio Grande do Sul, frisa que antes de
tudo o profissional rem que gostar do que faz, sem
se preocupar de forma obsessiva com o retorno
financeiro, jamais colocando-o em primeiro lugar. E
Por Mauro Cezar Pereira
avisa: "Fato é que o produto carro mudou muüo, a
quantidade de inovações agregadas é enorme e cresce
na medida em que se tornam mais populares. Hoje
um modelo 1.0 tem direção hidráulica, ar, trava e
vidros elétricos. A demanda cresce e é preciso um
conhecimento maior, constantemenre atualizado".

40 Vencer!

A TEORIA
É muito importanre o conhecimento básico que
o iniciante enconrra nos Senai por meio de au.las
proflssionaJizanres. Mas, em seguida, deve-se procu-
rar um curso técnico. "Trata-se de um ap rofunda-
mento, com o entend imento dos sistemas mais com-
plexos, em que o aluno aprende mais a parte teórica",
aconselha Tarcísio Dias, do site Mecânica O nli ne,
que oferece uma série de cursos via internet.
AruaJ mente, não basta conhecer os defeitos. Se
antes era m enos im porranre saber o que e como fim-
ciona, hoje isso é vital. Até os acessórios mudaram.
Anrigamenre a.lgumas chaves bastavam, mas agora há
computadores, câmaras, equipamentos de restes de
injeção e avaJiações específicas, muitos ligados ao PC.
Isso obriga o proflssio naJ a aprender info rmática.
Para o instrutor Marcelo Porrela, da Oricnrrade, de
São Pau.lo, o profissional de reparação precisa ser
muito mais técnico do que há uma década. As ferra-
menras de hoje não se resumem à chave de fenda e
alicate, e chegam a ser microcomputadores desen-
volvidos especia.lmenre para utilização auromoriva.
"Isso requer uma fo rmação pro6ssiona1 de nível
médio, pelo menos, com boa capacidade de lei tura e
~ Limpeza e organização
na oficina dos irmãos
Leandrini em São Paulo
inrerpretação para utilização de manuais cada vez
mais complexos", frisa.
Os tempos mudaram e as oficinas também. Da
apresentação à formaÇ<'io dos profissionais tudo é
diferenre. E não são apenas aq uelas mais sofisticadas,
voltadas ao público "A" q ue precisam se estruturar de
outra forma. No sécu.lo 2 1, m ecânico que deseja viver
da profissão, seja ele do no ou funcio nário, rem que
agir de maneira inversamenre proporciona.l ao exem-
plo citado no início. Caso contrário, estará condena-
do à extinção, como os carburadores dos automóveis.
INJEÇÃO ELETRÔNICA
Por sina.l, a substituição desse irem meca111co
pela injeção eletrônica foi um marco na vi rada do
setor. Os profissionais que se limitavam a aprender,
no dia-a-dia, como desmo ntar, lim par, reparar e
recolocá-lo em fimcionamenro fo ram obrigados a
conhecer as inovações. Sim, o novo compo nente rem
tratamento diferente, que, ao ser limpo e regulado,
exige a presença de a.l go mais do q ue chaves de diver-
sos ran1anhos. foi aí q ue o compu tador entrou de vez
em cena e reciclagem virou pa.lavra de ordem.
"No início a.lguns só mexiam em carro carbura-
Vencer! 41
AMBI ÇAO
-

do, mas aos poucos eles foram sumindo. O cara aban- rendo, se informatizar, porque os automóveis têm alta
dona a profissão ou se atualiza, mas muitos profis- tecnologia, que nada mais são do que itens computa- /

sionais acordam muito tarde", frisa Flores. dorizados", adverte Alessandro Busnello, supervisor
Esse perfil do mecânico à moda antiga resistiu da oficina Chrysler da concessionária Savarauto, em
até os anos 80, quando ele entrava na oficina lavando Porto Alegre (RS). Ele lembra que já existe enorme
peças, como ajudante, e era autodidata, aprendia literatura técnica, em outros idiom as, inclusive.
vendo os demais trabalhando. "Esse profissional está Para fazer um diagnóstico eletrônico é preciso
sendo marginalizado", alerta Geraldo Santo Mauro, conhecer o computador que é ligado ao veículo e
presidente da ASE (Automotive Service Excellence). detecta os problemas. Em uma autorizada como a de
Busnello, chegam mensalmente, da fábrica, manuais,
MAIS TECNOLOGIA CDs e livros que apontam defeitos desconhecidos até
Com a abertura do mercado, em 1990, veio a então. "Esses problemas nos fariam quebrar a cabeça.
pressão de fora, com a chegada de carros com maior Como a literatura da empresa já aponta tudo, pois
tecnologia, o que forçou o automóvel brasileiro a absorve experiências de carros que rodam no mundo
evoluir muito. O s motores têm itens que não se via inteiro, é preciso que o profissional se atualize. "
quando se levantava o capô no passado. "Acabou o E tem mais: a educação básica é importante.
carro enorme e de fácil manutenção, chegou o menor "Não basta um curso profissionalizante sem uma boa
e com maior tecnologia e desempenho. O base em matemática ou português", alerta
Fusca 1300 tinha 43 cavalos, hoje um Portela. Contar com um profissional que
Gol 1.000 16 válvulas turbo tem tenha curso superior pode ser impor-
11 2", compara Dozol Flores. tante em uma oficina, pois gerenciar e
E para lidar com um motor Osalário mensal otim izar processos e equipes são os
menor, que consome menos e de um mecânico, seus principais requisitos. "Ele deverá
tem quase três vezes mais potên- em São Paulo, varia de levar consigo o conhecimento técni-
cia, as fábricas inseriram compo- R$ 834 a R$ 2.339 co na área trabalhada como ferra-
nentes, acessórios. "E o mecânico menta para o mell1or aproveitamento
precisa conhecê-los, saber quais são Fonte: Datafolha do tem po, espaço e dos profissionais do
seus eventuais problemas, como ele se setor", frisa D ias, do Mecânica Online.
comporta e o que faz", reforça. "Mas ainda não vemos m uitos, mesmo em
"Como em outros setores da economia, chefias. No geral os profissionais são de nível
quem não evolui é descartado do mercado. Já foi o médio", constata o instrutor da Orientrade.
tempo em que o mecânico era encarado como um
'mal necessário' e o cliente deveria se submeter às RELATÓRIOS ESCRITOS
condições que encontrava na oficina" , ressalta Hoje as concessionárias ganham mais dinheiro
Portela. Ele lembra que existem opções bem profis- fazendo serviços durante a garantia, mas a montado-
sionais, como franquias nacionais e americanas que ra exige laudos por escrito e o mecânico tem que fazê-
realizam quase todos os serviços necessários. los, descrevendo sucintamente o defeito, o que acar-
Ainda há carros com tecnologia obsoleta rodan- retou e como foi reparado. Caso contrário, a monta-
do pelas ruas e estradas, mas, aos poucos, eles estão se dora pode não aceitar a troca dentro da garantia.
tornado mais raros. Em determinadas regiões das "Apenas trocar a peça e atender o cliente já não satis-
grandes cidades não se vê um automóvel antigo faz", adverte Eduardo D ozol Flores, do Senai.
sequer, com dez anos ou mais. "Na periferia um Aprender tudo isso não é fácil, especialmente
mecânico à antiga pode até sobreviver, mas não terá para os veteranos. "C om eles insistimos, mostramos
bom rendimento financeiro. Se ele deseja trabalhar que precisam ver a im portância disso", destaca o su-
bem e ser um bom profissional, vai precisar mesmo se pervisor da Savarauto, que freqüentemente envia seus
atualizar" , enfatiza o instrutor do Senai gaúcho. funcionários a Campinas (SP), onde acontecem
"Hoje em dia ele precisa saber o que está ocor- treinamentos da fábrica da Daimler-Ch rysler. N essas

42 Vencer!
aulas, eles aprimoram seus conhecimentos em cursos
de engenharia mecânica até de atendimento. Além
disso, o pessoal da oficina f:12 reuniões para instruir
os funcionários sobre como abordar os clientes.
De faro, nesse processo de reaprendizagem, não
basta conhecer novos componentes auro morivos e
saber como repará-los. Por isso há oficinas autori-
zadas que contratam empresas de consultoria em
Recursos Humanos para palestras sobre liderança e
gestão de equipe, por exemplo.
Além de saber atender, os mecânicos são orien-
tados sobre como manter o ambiente apresentável.
"É uma grande preocupação. O chão da nossa ofici-
na é branco. Ca.iu um pingo de óleo e li mpamos.
Eles se sentem bem trabalhando assim, tanto que se
um carro ch eg:u· imundo à oficina a primeira coisa
que fazemos é lavá-lo", frisa Alessandro Busnello.
. Em São Paulo (SP), a oficina dos irmãos W illy
e Telly Leandrini faz grandes transformações nos car-
ros dos clientes. Além de sonorizar veículos, eles são
especializados em personalização, e lidam com um
público de alto poder aquisitivo, capaz de investir
dezenas de milhares de reais para deixar o veículo do
seu jeito, único. Seria inviável atender a um público
de tal perfil sem um ambiente favorável. "Nossa loja
é li mpa e branca, no piso, no reto, em tudo. As pes-
soas evitam lugares sujos", afirma TeiJy.
Manter os funcionários conscientes da impor-
tância da apresentação do estabelecimento não é
mais uma dificu ldade para os Leandrini. "Procu-
ramos fazer como se isso fosse nossa casa. Os pró-
prios funcionários cobram uns aos outros. C laro que
um pedaço de fio e outras coisas sempre caem no
chão, mas ao final do trabalho limpamos tudo", asse-
gura ele, que tem clientes de vários pontos do Brasil.
"Nós os conquistamos com um bom trabalho e por
termos áreas de serviços e atendimento. Ele vem,
conversa, toma um café. Eu não posso fazer um cara
que gasta R$ 40 mil na minha loja se levantar para ir
ao caixa pagar a conta", ressalta.
Para os especialistas, quem não pensar assim está
fadado ao insucesso. "O caminho da reparação auto-
motiva leva a oficinas limpas e arejadas, com equipa-
mentos de última geração que realizam consulta via
computador, e trabalha para otimizar a execução, o
tempo e a qualidade do serviço", ensina Tarcísio
Dias, do Mecânica Online.
Marcelo: acesso a computadores e pequisas
De aprendiz
"
aMECANICO
MODERNO
Funcionário da Savarauto, em Porto Alegre, há qua-
tro anos, o mecânico Marcelo Gomes, 28 anos, está no
seu terceiro emprego na área. Nas duas oficinas onde tra-
balhou antes, pegou uma fase de transição. Começou,
aos 15 anos e só mexia na parte elétrica e com veículos
de todas as marcas. "Era tudo à moda antiga. Fazia coisas
diferentes, lidando com problemas mais comuns em veí-
culos mais velhos e simples. Hoje lído com itens informa-
tizados, eletrônicos, de maior qualidade e com os quais eu
não saberia o que fazer sem me preparar'', compara.
Ele ficou nesse primeiro emprego entre 1992 e 1998,
quando foi para uma concessionária da Chrysler, a Franklin.
Lá começou a entrar na nova era, passou a trabalhar com
outro nível de carros, e sentiu que era preciso se atualizar.
"Já havia feito cursos, fiz outros, antes, no Senai, de
mecânica, elétrica, injeção eletrônica, freios etc.", conta.
Marcelo já concluiu o segundo grau. É técnico
eletrônico e hoje está estudando inglês e pensa no
vestibular para estudar engenharia elétrica. "Procurei me
especializar naquilo que não era tão bom", admite.
Usuário da internet, ele utiliza a rede para ter acesso
a informações relevantes no seu trabalho, específicas, e
também buscando se manter informado sobre assuntos
gerais, de maneira que consiga dialogar com os clientes
quando preciso. Não quer parecer alienado do mundo.
"Temos acesso aos computadores no trabalho e sempre o
uso também para pesquisas", revela.
A evolução é flagrante. Antigamente ele permanecia
basicamente sob o carro, reparando-o. Hoje há cursos de
relações humanas, acompanhou palestras de psicólogos
para saber como lidar com o cliente, o que conversar, sem
ficar falando somente sobre o carro. "Isso cria um clima
mais amigável, de confiança", atesta.
Vencer! 43
AMBI ÇAO

Informática e internet v Lubrificação Básica*

o que o NOVO
v
v Eletrônica v Estrutura Veicular*
" v Idiomas v Motores a Explosão*
MECANICO v Comunicação
v Relacionamento com o
v Sistemas Auxiliares*
v Sistema de

deve aprender público

v Liderança
v Espírito de equipe
v Finanças*
v Eletricidade básica
v Uso e aplicação do
multímetro
v Interpretação de
esquemas elétricos
auto motivos
v Mecãnica Automotiva*
Transmissão*
v Eletricidade*
v Injeção Eletrônica*
v Manutenção
Auto motiva*
v Como comprar um
veículo*
v Motores Diesel*
* para os que discutem
orçamentos e financiamentos
de reparos mais caros

Empreendimemento
Sebrae orienta sobre como montar oficina. Confira algumas dicas:
v Ruas e avenidas movimentadas são o pomo
ideal para monrar uma oficina mec.1nica. A fachada
do empreendimento deve destacar os serviços ofereci-
dos e as promoções.
v A estrutura básica de wm1 oficina mecânica é
bem simples, sendo composta basicamente de duas áreas:
uma para o escritório e oua·a para área operacional.
v Os equipamentos básicos são: itens eletrôni-
cos, de funilaria (lan ternagem) e mecân ica em geral;
ferramentas, telefones, fàx, computadores; móveis de
escritório e da oficina, material de expediente.
v O investimenro em equ ipamentos e insta-
lações será correspondente à estrutura do empreendi-
mento, podendo variar em torno de R$ 50 mil.
v Contar com um bom mecânico e fun-
cionários preparados para oferecer qualidade e rapi-
de-.l é fundamentaL
v O número mínimo é de três pessoas traba-
lhando no loc.'ll, incluindo o dono.
v Recomenda-se manter um estoque baixo de
peças, pois há m ui tos fornecedores no mercado e
a variação negativa de preços é comum.
v Semanas anter iores a feriados prolongados,
como Natal e Carnaval, são épocas de maior movi-
mento e o emp resário deve estar preparado para isso.
v D eve-se diversificar os serviços, sabendo lidar
com carros importados.
v Ofereça serviços extras, como a retirada e entre-
ga do veículo no local ou reparos em domicilio, deslo-
cando um veículo para emergências. O

44 Vencer!
 Movimente-se para um novo i
empreendimento profissional,
conhecendo desafios e exigências do
mercado de trabalho.

Realização
INSTITUTO

ViadeAce~o
Palestras Gratuitas*
Metacompetência. Da oportunidade ao êxito.
O novo paradigma Mudar é complicado?
24 de fevereiro • às 8h30 AcomoCiar é perecer!
Palestrante: Euginlo Mussalc
V 31 de maio· às Bh30
Palestrante: Mário Corte/la

Escrever corretamente: ~ Inteligência Emocional:

sua imagem e a da sua ·I:,) saiba usar a sua ~
/...---""
empresa em iogo!
31 de marfO • às Bh30
!!!!/ para crescer! ._ l
30 de junho • às Bh30 .>-J
Palestrante: Odilon Soares Leme Palestrante: Flávio Gilcovate ~

Competência
empresarial.
28 de abril • às 8h30
Palestranto: Suzy Fleury

Públic 1\lvo: empresários, dirigentes de empresas e escolas, executivos e

rofissionais de RH, educadores e professores.
do Instituto Via de Acesso -Av. Brigadeiro Luiz Antonio, 2050
12° andar - São P o - SP - Entrada pela Ala 8.

Patrocínio

!!,~~~!· brás ~ igueiredo . $_,1J:.1]

-
Apoio

SE::AE vencer!
CAPA ----------------------------------------

aprendendo a
APRENDER,

Concentração, interatividade,
troca de informações ...
Conheça as técnicas que
ajudam o adulto continuar
a APRENDER E SE
APRIMORAR
Por Mauro Cezar Pereira
 Aprender depois de certa idade é, quase sempre, mais difícil. Cansaço, os anos de cur-
rículo escolar, compro missos profissionais, responsabilidades pessoais, problemas do d ia-
a-dia, ou seja, tudo o que afeta e mexe com a vida do adulto pode se tornar um obstácu-
lo para a aprend izagem . Não por acaso, treinamem os, palestras, workshops e afins nem
sempre geram o resultado esperado. Mt.útas vezes a pessoa está ali, preseme, apenas fisica-
mente. Pouco, ou nada, absorve. A and ragogia, método que costum a causar polêmica,
pode ser uma saída para ajudá-lo a aprender a aprender, sempre.
A técnica vai além das "velhas" au las exposi tivas, em que o professor era o per-
sonagem principal. A andragogia, por su a vez, estimula a interatividade, a troca, a
comunicação emre quem ensina e quem está lá para aprend er. E, no caso do adulto,
torna-se ai nda mais interessante, já que, pelas razões aci m a enumeradas, sua mente

Vencer! 47
CAPA ----------------------------------------
está, invariavelmente, ocupada por uma série de ou-
tras questões, o que pode dificultar a concentração e
o armazenamento de informações.
Métodos pedagógicos clássicos m ui tas vezes são
pouco eficientes quando aplicados a adultos, cansa-
dos após um dia de trabalho e incapazes de conseguir
concentração suficiente para tirar proveito de uma
aula convencional. A andragogia foi a resposta ade-
quada a essa necessidade por levar em consideração as
características psicológicas de quem quer e precisa
aprender novos conteúdos.
Segundo seus adeptos, o método é capaz de pro-
duzir uma aprendizagem mais eficiente e profunda,
menos volátil. Atua com base na percepção dos con-
ceitos e princípios dos conhecimentos, não apenas na
memorização. Os que a defendem afirmam: ela pode
destruir "verdades" tradicionais, como a de que os
adulros não conseguem aprender ou o fazem devagar
(veja o quadro na pág. ao lado).
O CAMINHO DAS PEDRAS
O raciocínio é de que o líder não precisa e não
deve ter todas as respostas para todas as perguntas,
mas sim conduzir o grupo para a criação. Ele age
como um facilirador. Alguém que compartilhará,
estimulará e ajudará o grupo a estruturar o conteúdo,
promovendo a autogestão e a criatividade. E esse
processo só é possível através da experiência, pois os
adultos precisam vivenciar fatos e situações para que
os conceitos sejan1 absorvidos.
A tese é de que a dificuldade de aprendizado dos
mais velhos residia nos métodos pedagógicos inade-
quados, não na incapacidade. No trabalho andragógi-
co, a proposta é modificar o conceito de que o pro-
fessor ensina e o aluno aprende. Ao lançar-se mão
desse método, todos aprendem, inclusive o professor.
"A andragogia pode tornar mais prolongada a
vida produtiva das pessoas, uma vez que seus conhe-
cimentos são reciclados e atualizados com mais fre-
quencia e maior eficiência", afirma o professor
Roberto Cavalcan ti, do Curso de Medicina do
Centro de Ciências da Saúde da Universidade Federal
da Paraíba, em João Pessoa.
Adepto e estudioso da andragogia, o consultor
em Planejamento e G estão de N egócios, Vendas e
Marketing Rodrigo Goecks aponta os caminhos da
aprendizagem pelo método recorrendo aos n úmeros.
"Algumas pesquisas apontam que estudantes
adultos aprendem apenas 10% do que ouvem, após
72 horas. Entretanto são capazes de lembrar 85% do
que ouvem, vêem e fazem, após as mesmas 72 horas",
eira. Esses índices são animadores, mostram que há
espaço livre no "reservarório" que ar mazena as infor-
mações acumuladas na mente mais madura.
Ele ressalta, no entanto, que pensar por meio de
estímulos lógicos e racionais não basta. "É necessário
o envolvi mento, é preciso sentir para gerar estímulos
interiores e emocionais", observa. "Dessa forma , o
sentir estimula o querer, transformando em vontade
e ação", acrescenta.
Por isso, andragogia pode ser definida como a
ciência e a arte que se desenvolve por meio de uma
prática fundamentada nos princípios da participação
e da horizontalidade. Trad uzindo, não é um método
que tenha no mestre, no professor, um personagem
que fica degrau acima, transmitindo, mas sim todos
em mesmo nível, trocando conhecimentos e se esti-
mulan do mutuamente.
AUTO-REALIZAÇÃO
Tal processo, com sinergia, permite incrementar
o pensamento, a aurogestáo, a qualidade de vida e a
criatividade do participante adulto. A mera é propor-
cionar uma oportunidade para que se atinja a auto-
realização. Tanto que a utilização da andragogia nas
un iversidades é uma prática realizada atualmente. E
também era no passado distante.
Nos tempos da Antiga Grécia ocorriam verdadeiras
baralhas argumentativas em salas de aula. "Nelas, os
alunos desenvolviam agilidade mental, raciocínio lógico
e conhecimentos sóUdos", destaca o professor Roberto
Cavalcam i, da Universidade Federal da Paraíba. Da
 PROBLEMA: Como desenvolver uma avaliação que
rj Confira as estimule e mensure as habilidades necessárias diante de um

u • f\ •

expenenc1as com o
cenário de diversas mudanças? Como desenvolver no grupo

·- ensino andragógico
uma visão do todo? Como tornar a avaliação em ativi-
dade motivante?

'~
EXPERIÊNCIA: Foi ministrada uma prova na qual os
alunos eram responsáveis pela elaboração das perguntas e das
realizadas pelo respostas. A avaliação deu-se pela qualidade de ambas,

S... consultor buscando do aluno um entendimento amplo e a capacidade de

elaborar as questões.

a. Rodrigo Goecks RESULTADO: Foi surpreendente a qualidade das

questões. Obtivemos um resultado muito positivo e, conforme
o feedback dos alunos, o processo de avaliação se mostrou
bastante estimulante.
LIÇAO EXTRAIOA: No cenário atual de grandes e rápidas
mudanças, o mais importante é a capacidade de formular as
questões certas, pois as respostas certas de hoje podem não
ser válidas para o amanhã.

PROBLEMA: Como é possível construir o conteúdo

da aula utilizando as experiências dos participantes? Como
estimular e desenvolver no grupo a capacidade de formulação
de questões?
EXPERIÊNCIA:
Passo 1 - Foi realizada uma explanação de 50 minutos,
lembrando que o conteúdo maior virá das experiências.
Passo 2 - Os participantes foram convidados a se dividir
em grupos (no máximo de cinco) para discutir o conteúdo e
associá-lo com a realidade. Uma forma de fazê-lo é utilizar um
texto (reportagem, caso etc.) e solicitar que a equipe elabore
perguntas para ser discutidas em plenário. As questões não
podem ser fechadas, elas precisam estimular o debate e a
troca de experiências e percepções. Dessa forma o grupo
digere o conteúdo e o pratica.
Passo 3 - Discutiu-se cada pergunta que foi colocada no
plenário. Os conceitos foram expandidos e as respostas
compartilhadas.
Passo 4 - Depois que as questões foram respondidas, o
facilitador fez uma retrospectiva extraindo da equipe as ações
e conclusões compartilhadas. Uma forma de manter a se-
qüência e resgatar algo que não foi totalmente digerido é, ao
longo do processo, anotar na lousa os tópicos e as perguntas
abordados. A postura do facilitador é de estimular o grupo a
seguir o caminho do aprendizado.
RESULTADO: O grupo envolveu-se completamente na
construção do conteúdo e sentiu-se responsável pelo mesmo.
Gerou-se elevado nível de comprometimento e absorção.
LIÇÃO EXTRAÍDA: Quem é o professor neste caso?
O conteúdo do grupo e do facilitador foi de igual importãncia e
a soma das experiências mostrou ser a grande riqueza de todo
processo de aprendizagem.
 CAPA --------------~

~ mesma forma, ele recorre à andragogia para uso próprio

- com seus alunos do curso Medicina, todos adultos
jovens, na faixa de 22 a 25 anos.
"Andragogia não é sinônimo de educação de
adu lros, embora alguns de seus princípios sejam
úteis ao processo de aprendizagem. O ensino volta-
do aos profissionais é inspirado, hoje, em um con-
ceito complexo, contínuo e integrado. O método
prevê situações diversas e complementares" , argu-
menta Paula de Waal, professora de Tecnologia da
Educação na Universidade de Padova, na Itália, e
consultora da Mentat/dynamiclab na área de EAD e
educação continuada.
Para Rubens Portugal, que comanda o instituto
que leva seu nome, ela é a educação adequada do
adulto porque respeita os seus pressupostos. "Há 50
anos nós treinávamos os empregados para serem
robôs. Quando os robôs de verdade chegaram, vimos
que tínhamos de educar os colaboradores para
tornarem-se homens", reflete.
Ele recorda que amigos chefões remiam a
autonomia do subordinado e hoje se constrói o ambi-
ente para a formação de verdadeiras equipes exata-
mente quando ela se maximiza sem ameaçar a har-
monia que é assegurada pela conscientização. Esse
equilíbrio pregado por Porcugal reforça o conceito de
horizontal idade. "É a verdadeira educação de adultos,
porque visa permi tir alcançar a plen itude de cada
um", reforça o professor.
Em sala de aula, Rodrigo Goecks recorre a
alguns questionamentos e já viveu situações claras
(veja o quadro na pág. 49). Tem recebido e-mails
sobre diversos casos e vê que há vários interessados
implememando experiências andragógicas em escolas Técnica permite
e faculdades. Rodrigo acredita que, apesar da rigidez
dos programas, é possível implementar algumas reciclagem e
práticas capazes de facil itar o aprendizado e estimular
o desenvolvimento desses jovens. ATUALIZAÇAO
"A educação contÍnua de adultos é necessária. A
obsolescência das informações, dos perfis profissio-
CONTÍNUA
nais, e dos modelos de resolução de problemas nos
obrigam a um interminável processo de renovação do
próprio saber e das competências", defende Paula de
Waal. Para ela, gestão, dinâmica dos saberes e das
competências das organizações são setores estratégi-
cos em crescimento nas empresas. Daí a defesa da
andragogia.

50 Vencer!

Nas corporações os métodos andragógicos têm sido
utilizados na gestão de pessoas, planejamento estratégico,
marketing, comunicação, processos de qualidade etc. De
simples reuniões a complexos projetos, muitos seguem
fórmulas baseadas nesses conceitos.
''As empresas já perceberam as vantagens e rapida-
mente implementaram programas de formação para
transformar seus funcionários em faciliradores perma-
nentes dentro da organização", diz o consultor Goecks.
O facilirador, ou seja, quem está na posição do profes-
sor, do palestranre, precisa ser humilde o bastante para
se manter em segundo plano. "Como um juiz de fure-
boi, que é tido como bom, quando os jogadores e a tor-
cida não percebem a sua presença", compara, recorren-
do a uma frase de Joseph Jacotot: "É preciso que eu lhes
ensine que nada tenho a ensinar-lhes".
A missão do Facilitador está justamente em estimu-
lar os participantes a ter um posicionamento ativo no
aprendizado, provocar experiências, fomen tar a capaci-
dade de auto-avaliação e de trabalho em equipe, evitando
a passividade e o esmorecimento. "Isso pode ser
definido por uma citação de Rudolf Sreiner: 'Não
importa que eu tenha uma opinião diferente do outro.
Mas que o outro encontre o cerro, a partir de si próprio,
se eu contribuir um pouco para tal"', destaca. Faro: é
preciso, da parte de todos, criatividade e flexibilidade.
O QUE SE PODE FAZER?
É possível estruturar desde uma simples reunião
de trabal ho até um processo de planejamento
eso·arégico com métodos andragógicos. A11tigamenre
- e em algumas companhias até hoje - a diretoria
desenvolvia o plano estratégico e comunicava aos
colaboradores em reun iões maçantes e relatórios. O
resultado é que no papel tudo ficava bonito e na práti-
ca a implementação era um desastre. Hoje há organi-
zações envolvendo níveis básicos neste processo
porque descobriram a importância de coisas aparente-
mente pequenas. Como a telefonista que atendeu um
"ex-futuro cliente". "Sim, pois se não forem participa-
tivas e bem orientadas, poderão cometer deslizes, por
exemplo, miar com essas pessoas como se estivessem
dialogando com a babá do próprio filho" , adverte o
consultor Rodrigo Goecks.
Para Cavalcanti, quem desconsiderar a necessi-
dade de capacitar e atualizar seus recursos hu manos
pelos métodos mais rápidos e eficientes, mal con-
seguirá satisFazer o cliente, sendo facilmente superado
num mercado globalizado, ágil e concorrido. "Com
duas palavras posso dar uma idéia da d imensão do
risco: obsolescência e desemprego", resume Paula De
Wall. E o p rofessor Rubens Portugal completa:
"Pessoas e empresas podem ficar para trás em compe-
t.irividade porque ninguém compete bem quando tem
empregados robôs em vez de colaboradores, ver-
dadeiros homens livres e inteligentes".
"Não há desenvolvimento de lideranças sem a
utilização de caminhos andragógicos", afi rma Rodri-
go. Ele salienra que, quando se aborda o desenvolvi-
menro de lideranças, a and ragogia é amplamente uti-
lizada. "Para competir, as empresas precisam mais do
que colaboradores que d izem 'amém ', elas necessitam
de líderes que fazem a diferença." E mais: as empresas
precisam errar menos e fomentar o aprendizado cons-
tante, necessitam, então, de processos e pessoas que
estimulem e estruturem este ambiente.
Vencer! 51
CAPA

Na educação formal, a andragogia também pode

Especialistas ser aplicada, em especial no ensino de terceiro grau.
sugerem revolução O s cursos de graduação cada vez mais p rocuram
aderir de modo parcial ou total ao uso de metodolo-
no ens1no gias andragógicas. A formação de adulros, hoje, uti-
liza os princípios da andagrogia em conexão com
em EDUCAÇAO várias outras teorias.
PARA ADULTOS Nos últimos dez anos, por exemplo, passou-se a
recorrer aos recursos como jogos, teatro, am bientes
digitais estimuJanres, experiências de tipo outdoors -
técnicas criativas ao ar livre que inicialmente eram
adoradas na educação infanril. Alguns segmenros da
didática para adultos, porém, exigem trabalhos
específicos, como a alfabetização de aduJ ros.
"Não há a menor d úvida de que a andragogia
deverá ser estimulada. É necessário realizar uma refor-
ma profunda em todo o sistema educacional, a partir
do ensino médio e fundamental. Nosso sistema é
anacrônico", resume o professor Roberto Cavalcanti.
Para ele, a cüdática é demasiadamente rfgida, engessa-
da dentro de uma estrutura de séries e d isciplinas que
não leva em conta as variações individuais e uata
todas as pessoas como iguais.
"Tudo deve começar na universidade que, a meu
ver, está mais auasada do que a empresa moderna, sem
o foco nos negócios porque fica olhando para o próprio
umbigo", diz o professor Portugal. Ele acrescenta que a
melhor educação de adultos no Brasil ocorre dentro das
companhias mais abertas, arejadas, avançadas, não na
universidade. "Lá ainda se pratica o sadismo pedagógi-
co através da nota numérica', dispara.

CURSOS
,., No Canadá há os de graduação em Andragogia, chamados de "Educação Continuada", para fugir da polêmica
que cerca o tema nos meios acadêmicos.
.... Existe um Programa de Formação de Líderes da Adigo (www.adigo.com.br). Possui cinco módulos de uma
semana cada um.
,., IRP (Instituto Rubens Portugal) desenvolve pesquisas semelhantes às de Knowles, desde 1981, tendo elaborado
o MMI (Método Maiêutico Interativo), a versão brasileira da Andragogia de Malcolm Knowles -
www.rubensportugal.com.br
~ Nos Estados Unidos há curso na Adult Education Association of the United States of America, no qual Knowles
trabalhou por algum tempo.

52 Vencer!

tudo
começou
,
GRECIA
ANTIGA
Saiba um pouco sobre a
história da ANDRAGOGIA
Mais do que uma novidade, a andragogia foi
redescobena. Seu uso resgata uma forma de ensino
que vem da Antiguidade. Os filósofos gregos, como
Sócrates, Platão e Aristóteles, ensinavam a adoles-
centes e adultos em grupos pequenos, com grande
interação. Nesses encontros, recorriam amplamente à
discussão, à dialética, à dedução, à indução.
O vocábulo andragogia foi inicialmente utiliza-
do por Alex:ander Kapp, professor alemão, em 1833,
para descrever elementos da Teoria de Educação de
Piarão. O termo foi esquecido e voltou a ser utilizado
em 1921, por Rosensrock, para significar o conjunto
de fi losofias, métodos e professores especiais
necessários à educação de adultos.
Na década de 1970, a andragogia foi retomada
na Iugoslávia, Holanda, França e Suíça, onde Pierre
Furter, professor da Universidade de Genebra, propôs
a substituição drástica da Pedagogia por ela, já que o
ensino não m ais se prendia apenas às crianças, mas
também a adolescentes e adultos. Isso acirrou os âni-
mos dos pedagogos e levantou uma m uralha de
resistência contra a "novidade". Enquanto isso, nos
Estados Unidos, Malcolm Knowles era o nome mais
~
~
expressivo a divulgar a Andragogia.
Do ponto de vista profissional, o ensino
andragógico existia já nas oficinas dos artesãos, desde
a idade média e início da revoluç.'io industrial.
Mestres admitiam aprendizes a quem ensinavam seus
ofícios, numa interação estreita, praticamente guian-
do as mãos dos auxi liares em cada movimento. Isso
era feito até que eles atingissem o nível de habilidade
necessário para trabalhar sozinhos.
Durante a Idade M édia, a "Idade das Trevas",
quando o conhecimento clássico ficou sob o
monopólio da Igreja, surgiram as escolas monásticas.
Elas foram criadas nos conventos beneditinos e prepa-
ravam jovens para os serviços religiosos. Diferente da
academia e do liceu gregos, não adm itiam liberdade,
criatividade ou valores pessoais dos alunos.
A meta ali era fazê-los adquirir os conhecimen-
tos essenciais para a vida religiosa: aprender a ler, es-
crever, traduzir para o latim e o grego, solfejar, cantar
(hinos) e interiorizar rodos os dogmas da Igreja como
verdades divinas, indiscutíveis. "A nossa Pedagogia
awal é descendente direta desta escola medieval" ,
destaca o professor Roberto Cavalcanti. Q
Vencer! 53
CUIDE-SE - - -- - - -- -- - - -- - -

,
a

Tida como um dos principais males da vida

moderna, ela pode paralisar e danificar a
saúde física e emocional. A boa notícia é
que algumas MUDANÇAS SIMPLES NA
ROTINA ajudam a suavizar os seus efeitos

Por Heloísa Noronha

54 Vencer!
 Ninguém - felizmente - está livre dela. A
ansiedade é uma emoção bastanre importante para os
seres humanos; uma espécie de força propulsora que
nos estimula a tomar atitudes. Ela decorre da excessiva
exciraç.-'io do sistema nervoso central quando pressenti-
mos uma si tuaç.-'io de perigo, que não inclui, necessaria-
menre, algo que coloca em risco a nossa vida.
Em termos práticos, esse risco pode ser desde o
relógio que aponta o prazo minguando para a entrega
de um relatório até a expectativa de uma reunião deci-
siva para o fechamento de um negócio. A ansiedade
coloca todo o nosso corpo em ai erra para en frenrar algo.
Quem não a tem , em geral, sofre de apatia.
O que acontece, porém, é que as cobranç.-'ts e
exigências do cotidiano vêm d eixando as pessoas em
um estado permanente de ansiedade, o que rem
provocado inúmeros incômodos. "Dependendo do
grau, a ansiedade pode resultar em um eno rme sofri-
mento pessoal, social, afetivo, sexual e profissional,
arrasando totalmente a qualidade de vida do indiví-
duo", afirma a psicóloga Marina Lima, elo lnstiruro
Paulo Gaudencio, de São Paulo (SP) . Para a saúde, os
danos podem ser irreversíveis. Para se ter uma noção
dessa gravidade, uma pesquisa feita em 2003 pela
Vencer! 55
CUIDE-SE -----------------------------------

Universidade de Bergen, na Noruega, chegou à con-
clusão de que a ansiedade pode aumentar em alguns
casos o risco de câncer.
A psicóloga Suzy Camacho, de São Paulo, enu-
mera alguns de seus indesejáveis efeitos colaterais: dor
de barriga, prisão de ventre, sudorese, enxaqueca,
aumento da pressão arterial e problemas gástricos e
cardíacos. Ela explica como funciona o mecanismo:
"Quando nos sentimos preocupados ou tensos diante
de um faro, ou da expectativa dele, o cérebro emite
um sinal para as glândulas supra-renais, localizadas
logo acima dos rins. Esses, então, produzem adrena-
lina, hormô nio que cai na corrente sanguínea e eleva
os batimentos cardíacos e a freqüência respiratória",
conta. "A repençao contínua desse processo é
extremamente prejudicial."
A ansiedade pode, inclusive, levar a um quadro
grave de estresse, pois a vítima, muitas vezes, não con-
segue parar para identificar suas necessidades - até
mesmo as mais básicas como comer e dormir. "Isso
acontece normalmente com pessoas que se destacaram
ou cresceram bastante profissionalmcmc. Elas encon-
traram uma dificuldade mais acentuada para quebrar o
padrão", comenta Marina. É difícil, mas não impossí-
vel. Existem atitudes e modificações que, adoradas
pouco a pouco no dia-a-dia, têm o poder de melhorá-lo
e livrá-lo dos malefícios da ansiedade. Elaboramos 15
dicas especialmente para você. Veja!

ADMINISTRE A ROTINA PROFISSIONAL

Experr em atender em seu consultório executivos e executivas com reclamações sobre o d ia-a-dia mas-
sacrante das em presas, a psicóloga Marina Lima avisa que o primeiro passo para driblar a ansiedade, pelo
menos no ambiente de trabalh o, é o rganizar a agenda. "Só assim você consegue dominar a tirania do reló-
gio, entregar projetos e relatórios no prazo e ter tempo para a vida pessoal e fami liar. E ainda evita o erro de
marcar vários compromissos ao mesmo tempo", argumenta.
Outra atitude importante: ter desafios e m eras viáveis, para não desperdiçar energia à roa. Tente traba-
lhar em equipe com funções claras e definidas e não aposte, exageradamente, na competição. A melho r
maneira para controlar a ansiedade no ambiente corporativo é estabelecer relações de confiança e cumplici-
dade com os colegas. Só assim é possível ganhar- e demonstrar - reconhecimento, um fator importante para
a felicidade p rofissional. "Gostar do que faz também é fundamental", ressalta a psicóloga Marina Lima.

PRATIQUE EXERCÍCIOS FÍSICOS PRESTE ATENÇÃO NA RESPIRAÇÃO

De acordo com a psicóloga Ana Maria Rossi,
presidente da lnternational Stress Management
Association no Brasil (Isma-Brasil, sede em Porto
AJegre, RS), a prática regular de uma atividade física
aj uda- e muito - a reduzir a ansiedade, porque li-
bera o excesso de adrenalina. "Recomendo q ue as
pessoas se exercitem quatro vezes por semana, por 20
minutos, no mínimo. Para quem detesta academias,
urna boa idéia é caminhar em ruas arborizadas ou em
parques. Mexer-se regularmente melhora a qual idade
do sono, dá mais energia e vontade de cuidar de si
mesmo, eleva a auto-estima e faz com que a pessoa se
sinta no controle das suas emoções e da sua vida",
explica Ana Maria. E mais: fazer esportes eleva o
nível de endorfinas - substâncias responsáveis pelas
sensações de prazer e bem-estar - no cérebro.
Especialista em técnicas de relaxamento, hip-
nose e, principalmente, exercícios de ioga, a consul-
tora Nicole Wirek, de São Paulo (SP), m inistra cur-
sos antiesrresse especiais para executivos. O principal
fundam ento de suas aulas é aprender a resp irar cor-
retamente. Ela dá o exemplo de um exercício q ue
pode ser feito momentos antes de entrar numa
reunião tensa ou de apresentar um projeto.
"Primeiro, sente-se numa cadeira confo rtável.
Depois, mantenha a coluna ereta, mas relaxada, e
comece a inspirar e a expirar pelo nariz. Vá aumentan-
do o número de tempos até perceber que a calma está
tomando conta de você. Quanto mais segundos con-
seguir inspirar e expirar, melhor, porque o sistema sim-
pático, que faz parte do sistema nervoso, é tranqüiliza-
do com o grande volume de oxigênio", diz N icole.

56 Vencer!
RESPEITE SEUS LIMITES
Em geral, as pessoas extremamente ansiosas são,
também, muito perfeccionistas. "Elas se cobram
exageradamente e, como conseqüência, apresentam
um quadro de ansiedade de desempenho. N unca
estão satisfeitas, porque é diffcil alcançar a excelên-
cia", comenta a psicóloga Marina Lima. Outra
psicóloga, a dra. Suzy Camacho, de São Paulo, avisa
que o excesso de preocupação ajuda a liberar radicais
livres, substâncias nocivas produzidas pelo próprio
organismo que causam o desgaste e o envelliecimen-
to precoce dos órgãos. "Isso causa a antecipação de
diversos problemas de saúde", destaca. O remédio,
então, é aprender a respeitar os próprios limites.
"Experimente aprender com os erros. Tente lidar
com as limitações e as dificuldades sem se sentir
Suzy Camacho: "Excesso de
desqualificado ou paralisado", sugere Marina.
preocupação ajuda a liberar os radicais livres"

ALIMENTE-SE BEM FOQUE O MOMENTO PRESENTE

O que você coloca no prato tem uma relação
estreita com seus sentimentos e emoções. Nos
momentos de ansiedade intensa, a nutricionista
paulistana Mônica lzumi aconselha fugir de alimen-
tos estimulantes, que podem potencializar ainda
mais o quadro. "Evite, principalmente, bebidas à
base de cafeína, como café, refrigerantes, chá preto,
mate ou cola", salienta. Ela afirma que alimentos
ricos em vitaminas do complexo B, cálcio, magnésio
e selênio dão pique e energia, ou seja, fortalecem o
organismo e ajudam a combater a ansiedade e o
estresse. Eles estão presentes em carnes, leite e deriva-
dos, ovos, verduras, frutas, legumes, nozes, frutos do
mar, sementes, grãos de cereais não moídos e vegetais
verde-escuros. "Existem também calmantes naturais,
como o maracujá e as ervas como a camomila, erva-
doce e flor de alfazema, consumidas na forma de
chás", completa Mônica.
A psicóloga Suzy Camacho afirma que os
ansiosos são pessoas completamente dispersas no
tempo presente. "Elas não vivem o aqui e o agora.
Deixam-se levar pelas lembranças do passado,
remoendo os erros que cometeram, e ficam preocu-
padas com as expectativas em relação ao futuro" ,
conta. O resultado disso é wn estado de tensão e
irritação permanente. Outra característica é a
mania de fixar somen te os acontecimentos nega-
tivos do presente. "Recomendo fazer wn esforço
enorme para modificar esses pensamentos. Afinal, o
passado não pode ser mudado e ninguém possui o
domínio total do futuro. Então, pare de desperdiçar
já o seu precioso tempo", aconselha Suzy.

NÃO ABRA MÃO DO LAZER

Ler um bom livro, sair para jantar ou dançar, bater um papo com os am igos, se divertir em brincadeiras
com os filhos ... Quanto mais momentos de descontração você viver, sozinho ou com as pessoas que você
gosta, mais relaxado estará e, conseqüentemente, menos ansiedade terá. Dedicar-se a um hobby nas ho ras
livres também é uma ótima alternativa, principalmente se a atividade for manual, como jardinagem, marce-
naria ou cerâmica - ocupar as mãos com esses trabalhos ajuda a manter a mente livre de pensamentos nega-
tivos e preocupações.

Vencer!
CUIDE-SE - - - - - - -- -- - -- - - --

As COBRANÇAS E EXIGÊNCIAS do
cotidiano vêm deixando as pessoas
em estado permanente de ansiedade

DÊ UMA PAUSA
Você, certamente, já passou por uma situação
profissional em que precisava ter uma idéia ou se
lembrar de alguma informação rapidamente, mas
nada Lhe vinha à cabeça. D epois, no banho ou no
café da manhã, conseguiu encontrar a solução que
procurava. Isso acontece porque o cérebro precisa de
descanso e relaxamento. A cada hora de trabalho,
faça pequenas pausas para tomar um cafezin ho,
esticar as pernas no corredor ou simplesmente para
contemplar a paisagem através da janela. Esses
momentos de ócio aj udam a dar uma folga para a
menre e a driblar a ansiedade para apresentar um
desempenho ági l. "Esvaziar a cabeça, ou seja, ficar
sem pensar em nada por um rempo também ajuda",
diz o psicólogo lsaac Efraim, coo rdenador do site
www.ansiedade.com.br e autor do livro Ttedo o que a
Grande Mente Capta (Editora Gente), em parceria
com a jornalista Rosana Hermann.
PONHA SUAS IDÉIAS NO PAPEL
Vai apresentar um projeto para uma platéia,
programar uma viagem ou participar de uma entre-
vista de emprego para uma vaga dispurada? Organize
as suas idéias no papel. "É uma maneira saudável e
eficaz de analisar prós e contras e visualizar a situação
de forma realista, o que permite, ainda, elaborar pen-
samentos positivos de que tudo vai dar cerro", acre-
dita a psicóloga Suzy Camacho.
Efraim: "Quem tem uma expectativa positiva
sente-se bem, tranqüilo."
SEJA OTIMISTA
Um estudo publicado recentemente por
pesquisadores da conceituada C línica Mayo, nos
Estados Unidos, mostrou que as pessoas otimistas
têm, em geral, maior tempo de vida do que as pes-
simistas e céticas. A difcrenç<l., em algu ns casos, pode
chegar até a 12 anos! Como os ansiosos, em geral, se
prendem mais aos faros negativos que aos positivos,
essa informação é mais do que im portante para ga-
nhar impulso e mudar a maneira de encarar as coisas.
"Ser otimista é ter uma expectativa positiva em
relação ao que pode acontecer na vida pessoal e
profissional, ou seja, sentir, acreditar e reagir física e
psiquicamente a um fato positivo", comenta o dr.
Isaac Efraim. "Uma pessoa que tem uma expectativa
positiva sente-se bem, relaxada, tranqüila e confiante,
não tem o sentimento de medo ou temor. Por outro
lado, ser pessimista gera tensão, medo, o corpo trava,
as descargas de adrenalina são constantes e crônicas.
A incidência de doenças físicas e psicossomáticas
aumenta. Ser pessimista é viver no inferno e tentar
proteger-se o tempo rodo disso", conclui.

FALE DEVAGAR
Quando a ansiedade atacar em momentos em que você precisa expôr um argumento ou discutir uma
idéia, vale a pena tentar falar pausadamente e num tom de voz mais baixo do que o que você normalmente
usa. A preocupação em modular a voz fará com que você divida a atenção- traduzindo: terá de pensar me-
lhor em como vai articular as palavras c demonstrar objetividade. Com isso, a tensão sobre se está se sai ndo
bem ou não diminuirá. A respiração e os batimentos cardíacos também se tornarão mais amenos.

58 Vencer!
 AVALIE A NECESSIDADE DE UMA TERAPIA
M uitas vezes, a ansiedade é gerada por situações
inesperadas e difíceis como morre de um ente queri-
do, desemprego, crise financeira ou no relaciona-
mento afetivo e doença na família. Entretanto, os
momentos felizes tam bém podem ser detonadores de
um grande estresse. Exemplos: casamento, nasci-
mento de um fiU1o, m udança de casa ou de traba-
lho ... Em geral, a pessoa vai se adaptando à nova rea-
lidade com o tempo e, com isso, a ansiedade
diminui. H á, porém, quem não consiga lida r com as
mudanças. Nesse caso, o melhor a fuzer é buscar a
ajuda de um terapeuta. Quadros patológicos de
ansiedade - quando a tensão constante impede a
evolução e a felicidade- também merecem a atenção
Alex aconselha acupuntura, massagem de um psicólogo ou psiquiatra.
e aromaterapia

INVISTA EM TÉNICAS ALTERNATIVAS

Em seu livro O complexo de Atlas- E outras sln-
dromes do estresse contemporâneo (Editora Objeti va), o
médico AJex Botsaris destaca a importância de se
procurar auxílio em práticas alternativas para lutar
contra a ansiedade. Especialista em medicina chine-
sa pela Sociedade Internacional de Acupuntura, na
França, e pela U niversidade de Pequim, na C hina, ele
aconselha a acupunrura, a massagem e a aromare-
rapia como métodos que relaxam, reequilibram o
organ ismo e proporcionam um imenso bem-estar.
Botsaris avisa ainda que dormir bem, em um bom
colchão e em um ambiente tranqüilo, ajuda a elimi-
nar o cansaço e a afastar males como a depressão
e a ansiedade.

OUÇA MÚSICA CALMA

C oloque Luna música bem suave, sente ou deite-
se confortavelmente e deixe o som entrar por cada
poro. "As ondas sonoras afetam diversos sentidos,
além do audi tivo, relaxam os músculos, diminuem a
sensibiJidade à dor e diluem emoções negativas,
como a ansidade excessiva", assegura Ana Maria
Rossi, da lsma Brasil. Dê preferência à música clássi-
ca, new age, barroca ou bossa nova. Para Suzy
Camacho, colocar um C D ou uma fira no carro, ao
voltar do trabalho para casa, é um ótimo truque para
enfrentar o mau humor no trânsito e domar a
ansiedade de chegar logo e descansar.

Vencer! 59
VENCENDO NA COMUNICAÇÃO- - - - -- - -

a ARTE da
sedução e do

Conheça algumas
DICAS INFALÍVEIS
para conquistar
o sexo oposto

60 Vencer!
 Por Reinaldo Polito
T ive um am igo, professor de porruguês, e por
motivos óbvios não vou revelar seu nome, que me
d izia ser a conquista tão importante para ele como o
ar que respirava. Quando pensava em conquistar
uma mulher se sentia vivo, disposto e motivado. Suas
artérias se abriam e o sangue circulava livre pelo corpo
todo. Ele se arrumava, vestia roupas bonitas, lustrava
os sapatos, passava um bom perfume, caprichava no
penteado e passava o dia planejando como seria o tão
esperado encontro. Po lira, ele me d izia, se cu não
tiver alguém para conquista r de vez em q uando, sinto
um gra nde vazio e fi co meio desestimulado.
Conquistar uma mulher é um momento que pode
m arcar uma vida toda. Conquistar a mulher que se
ama não apenas marcará a vida, mas mostrará como
vale a pena viver.
Não saber como conquistar a mulher que se
deseja pode ser motivo de sofri mento e de tristeza.
Q uando um alu no me procura depois da aula, com
aquela carinh a de cachorro sem dono, dizendo que
precisa falar sobre um assunto muito pessoal, já sei o
que vem pela frente - invariavelmente é para dizer que
se sente inibido e sem jeito para falar com as mulheres.
Embora algumas mu lheres possam ter o mesmo
tipo de inibição, não tomam a iniciativa de me
procurar para fala r sobre o assunto, preferem ficar na
del as, substituindo a conversa pelo charme.
Entretanto, pelo sim pelo não, as mesmas dicas q ue
dou a eles servem para os dois sexos, e para que
ninguém se sinta excluído, até para os do mesmo
sexo. Por isso, em bora eu me refira sem pre à com uni-
cação do homem , deve ficar claro que as recomen-
dações poderão ser utilizadas também pelas mulheres.
À primeira vista pode parecer que a intenção é
faze r uma cartilha para conquistadores, e até pode
mesmo servir para essa finalidade, mas o objetivo é
outro, pois muitos desses que vieram pedir orientação
estavam a fim de um a determi nada mulher e se
d iziam apaixonados por ela. É uiste quando alguém
muito interessado em uma pessoa, por inibiç.'io, ou
por não saber como agir não se aproxima, sofre se
remoendo, esperando dia após dia uma espécie de
m ilagre que não vem, e quando percebe já dançou.
Depois passa a vida inteira se penitenciando por não
ter tomado a iniciativa, mas af não dá mais, bateram
sua carteira, Inês é mo rta e só resta viver de arrependi-
mento pela oportunidade que deixou escapar.
Também sei que em mui tos casos basta bater a
qu ím ica para que a conquista seja consumada, sem
que nenhu ma sílaba precise ser pronunciada. Mas a
ad mi ração por uma pessoa não se restringe apenas aos
aspectos físicos, há inúmeros ouuos fato res que são
considerados num processo de sedução.
Siga estas sugestões, independentemente de seus
atributos estéticos e da sua experiência em conquistar
as m ulheres (lembrando sempre q ue as m esmas d icas
servem para todos os sexos), e veja como poderá me-
lho rar seu desempenho.
1- CIRCULE
A primeira pergu nta que você precisa responder
é essa: O que tem feito para se encontrar com as mu-
lheres? Se ficar em casa, esperando que elas entrem
pelo telhado e caiam no colo, continue sentado,
porque de pé só irá se cansar. Mulher não cai no colo,
tigrão. Dê um tempo longe do computador, esqueça
um pouco a televisão, o videogame e outros passatem-
pos caseiros. A ordem agora é perambular, sair da inér-
cia, mexer-se. É muito evidente q ue se não puder fica r
perto das mulheres não terá com o conversar com elas
e, conseqüentemente, sem chance de tenrar a con-
quista. Freqüente lugares onde elas estejam , como fes-
tas, baladas e bares que combinem com seu estilo. Se
você estiver muito enferrujado, vá de leve para não
Vencer! 61
VENCENDO NA COMUNI CAÇÃO- - - - - - --
desanimar. Se começ.,·u a sair e voltar sempre de mãos
abanando, poderá se sentir frustrado. Por isso, circule
bastante, m as tenha um certo critério.
2- FREQÜENTE SUA PRAIA
Falando em Ler critério e em luga res que com-
binem com seu estilo, procure marcar presença no
seu território. H.eAita comigo, se você já está inseguro,
será F.íciJ ded uzir como irá se sentir circulando por
lugares que não conhece o u não se sinta muiro à von-
tade. Se você não rem o hábiro de sair, no princípio
irá se sentir meio deslocado. Por isso, não desista nas
primeiras investidas, insista até que se sinta mais
fam il iarizado e comece a fàzer as pri meiras amizades.
Uma boa iniciativa é conversar com am igos que te-
nham o hábiro de sair; eles poderão indicar os lugares
freqüentados pelas pessoas mais próximas. Assim,
você rerá com quem conversar e não se sentirá isola-
do. Se você fo r muito tímido, procure combinar para
sair com alguém que conheça, para não chegar sozi-
nho, com aquela sensação de que está meio perdido.
Você se sentirá mais confiante se sair acompanhado e
tiver com quem conversar.
Até aqui me preocupei em sugerir ações que
poderiam deixá-lo mais à vontade nos ambientes que
Quanto mais
SUTIL, JEITOSO E
NATURAL você se
aproximar de uma
mulher, maiores
serão suas chances
de sucesso
62 Vencer!
irá freqüenta r. Se você não se senrir confortável e con-
fi:uue para conversar com as pessoas, di ficilmente rerá
sucesso na arte de xavec.·u. Um bom xaveco exige
calma, prudência e planejamento.
3- COMA PELAS BORDAS
Vá de leve. Nada de investir logo de cara nos
aviões, pois essas mulheres recebem cantada o tempo
rodo, e dizem não com uma facilidade desconcer-
tanre. Para começar fàç.,1 am izade com o mulheril
mais normal, aquelas que não aspiram passarelas ou
capas de revistas. Com o tempo você, por inrermédio
delas, poderá se aproximar dos puros-sangues e até
conqu istá-las. Mas, ai talvez já tenha chegado à con-
clusão de que as mais comuns, de manei ra geral,
embora não sejam tão bonitas, são mais interessantes.
Bem, mas ainda não é o m o mento de escolher, dê um
passo de cada vez.
Usei a expressão "coma pelas bordas" porque na
arte do xaveco ela possui várias aplicações. Além de
ser um bom aviso para não atacar a mulher errada
logo de início, conforme você observou há pouco,
serve também para alerrar sobre a inconveniência das
cantadas grossei ras. Se você pensa que d izer "e aí ga-
tinha, para sair com você é fácil ou difícil?", ou "cá a