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NOVEMBRO DE 2018
ESTADO LIMITE ÚLTIMO À FLEXÃO
FACC – Faculdade Concórdia. Notas de aula: Concreto Protendido. Prof. Cristian Paulo Caon. 2018.
INTRODUÇÃO AO ESTADO LIMITE ÚLTIMO
O objetivo mais importante no projeto de uma estrutura ou elemento estrutural é simples: fornecer à estrutura a resistência necessária.
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TIPOS DE RUPTURA POR FLEXÃO
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TIPOS DE RUPTURA POR FLEXÃO
Os seguintes tipos de ruptura podem ocorrer, dependendo da quantidade de armadura de protensão:
- Ruptura da armadura imediatamente após o início da fissuração (ruptura brusca);
- Esmagamento do concreto comprimido, após o escoamento e extensão plástica da armadura;
- Esmagamento do concreto comprimido antes do escoamento da armadura.
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PRÉ-ALONGAMENTO DA ARMADURA ATIVA
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PRÉ-ALONGAMENTO DA ARMADURA ATIVA
Define-se como pré-alongamento a deformação na armadura de protensão quando a tensão no concreto ao nível de Ap é zero. Na pré-tração o pré-
alongamento é devido à força Pa .
No cálculo do momento fletor último, os procedimentos são os mesmos aos das seções em Concreto Armado, devendo-se levar em conta que a armadura de
protensão possui um alongamento prévio, existente antes de se considerar as ações externas. Assim, à força de protensão de cálculo atuando na peça (Pd) é
necessário acrescentar uma parcela de força, equivalente àquela que originou o encurtamento por deformação imediata do concreto, tal que:
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PRÉ-ALONGAMENTO DA ARMADURA ATIVA
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PRÉ-ALONGAMENTO DA ARMADURA ATIVA
O valor de cálculo da força de protensão no ELU (Pd), após a ocorrência de todas as perdas progressivas, é:
Sendo:
- γp = 0,9 (efeito favorável);
- γp = 1,2 (efeito desfavorável).
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REVISÃO DE DOMÍNIOS DE DEFORMAÇÃO
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REVISÃO DE DOMÍNIOS DE DEFORMAÇÃO
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REVISÃO DE DOMÍNIOS DE DEFORMAÇÃO
No estudo do comportamento de peças de concreto armado submetidas à esforços de flexão simples, denominam-se domínios de deformação situações em
que pelo menos um dos materiais - aço ou concreto - atinge seu valor limite característico de deformação.
O valor do alongamento último do aço é εsu = 1,0% ou 10‰, denominado na prática de projetos ruína por deformação plástica do aço, ou seja, é quando a
seção é solicitada por tensões de tração capazes de produzir na armadura uma deformação no valor de εsu, seja por tração direta ou por tração na flexão.
Já o valor do encurtamento último do concreto é εcu = 0,35% ou 3,5‰, quando solicitado à compressão na flexão, e εcu = 0,20% ou 2,0‰, quando sob esforços
de compressão. Para um melhor entendimento do diagrama, é conveniente separá-lo em partes, para que cada caso que o diagrama representa possa ser
melhor estudado.
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RETA A
A linha onde se encontra a reta A corresponde ao alongamento constante, com valor de 10‰, geralmente proveniente de tração simples. Pode também ser
proveniente de tração excêntrica, quando As ≠ As’, em que sua diferença seja tal que garanta o alongamento uniforme da seção.
Por convenção, adota-se x como a distância da linha neutra até a borda superior da seção. Como para a reta a não há pontos de deformação nula, considera-se
que x tenda para -∞.
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DOMÍNIO 1
O domínio 1 é caracterizado pelo esforço de tração não-uniforme, com εs = 10‰ na armadura As e deformações na borda superior variando entre 0 e 1%. A
linha neutra varia entre -∞ e 0.
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DOMÍNIO 2
O domínio 2 corresponde ao alongamento da armadura εs = 10‰ e encurtamento na borda superior, com valor εc variando entre 0 e 3,5‰. A linha neutra já se
encontra dentro da seção, caracterizando esforços de flexão simples ou flexão composta (com esforço normal de tração ou compressão).
A ruína de uma peça, quando em domínio 2, ocorre com a deformação plástica excessiva da armadura.
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DOMÍNIO 3
Por sua vez, o domínio 3 corresponde ao encurtamento da borda superior (comprimida) no valor de εc = 3,5‰ e alongamento na armadura εs variando entre
10‰ e εyd.
Nessa situação o concreto encontra-se comprimido e em ruptura, e o aço encontra-se tracionado e em escoamento, ou seja, ambos os materiais encontram-se
trabalhando com suas resistências de cálculo, havendo assim seu máximo aproveitamento.
A peça que se encontra em domínio 3 denomina-se subarmada e a ruína é considerada dúctil, ocorrendo com avisos, pois o elemento apresenta deslocamentos
visíveis e intensa fissuração.
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DOMÍNIO 4
Já no domínio 4 permanece a deformação na borda comprimida εc = 3,5‰ e a deformação na armadura tracionada εs varia entre εyd e 0.
A partir da análise do diagrama do domínio 4, percebe-se que o concreto encontra-se comprimido e em ruptura, já o aço tracionado nem atinge o patamar de
escoamento, sendo portanto mal aproveitado.
Neste caso a seção é denominada superarmada, e a ruína é considerada frágil, ocorrendo sem avisos, pois os deslocamentos são pequenos e o nível de
fissuração é baixo.
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DOMÍNIO 4a
No domínio 4a as duas armaduras (inferior e superior) apresentam-se comprimidas.
A ruína ainda ocorre com εc = 3,5‰ na borda comprimida. A deformação na armadura é muito pequena, sendo portanto extremamente mal aproveitada. A linha
neutra encontra-se entre d e h.
Esta situação é possível somente quando a peça está submetida à esforços de flexo-compressão.
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DOMÍNIO 5
Uma peça se encontra em domínio 5 quando sua seção encontra-se inteiramente comprimida, com εc constante e com valor de 2,0‰ na linha distante 3/7h da
borda superior.
Sendo assim, a linha neutra encontra-se fora da seção. O domínio 5 só é possível quando uma peça encontra-se submetida a esforços de compressão
excêntrica.
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RETA B
Por fim, na reta b tem-se deformação uniforme de compressão εc = 2,0‰. Neste caso, a posição da linha neutra x tende a +∞.
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VOLTANDO PARA O CONCRETO PROTENDIDO
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VOLTANDO PARA O CONCRETO PROTENDIDO
Para melhor entendimento considere uma seção transversal sujeita a momentos fletores positivos progressivamente aumentados até se atingir a ruptura nos
domínios 3 ou 4:
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VOLTANDO PARA O CONCRETO PROTENDIDO
- Borda superior com deformação de alongamento AC; borda inferior com encurtamento BH;
- Deformação ao nível do CG (segmento DE):
σ𝑐𝑝𝑑
ε𝑐𝑔 =
𝐸𝑐
- Deformação da armadura de protensão (segmento GI):
𝑃𝑑
ε𝑝 =
𝐴𝑝 𝐸𝑝
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VOLTANDO PARA O CONCRETO PROTENDIDO
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VOLTANDO PARA O CONCRETO PROTENDIDO
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DETERMINAÇÃO DO MOMENTO FLETOR ÚLTIMO
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DETERMINAÇÃO DO MOMENTO FLETOR ÚLTIMO
Para o cálculo do momento fletor último devem ser consideradas as hipóteses básicas admitidas para o Concreto Armado, como os domínios de cálculo,
equações de equilíbrio de forças e de momentos fletores e compatibilidade de deformações.
O cálculo do momento fletor último serve também para mostrar se há a necessidade de acrescentar armadura passiva, a fim de aumentar a segurança no ELU.
O cálculo de Mu é geralmente feito por tentativas, arbitrando-se a tensão na armadura de protensão (σpd,arb) ou a posição x da linha neutra. A solução é
encontrada quando há equilíbrio entre as forças de compressão e de tração.
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Para o estudo das hipóteses básicas para o dimensionamento de elementos de concreto à flexão, recomenda-se a leitura da apostila 022 - Flexão Normal
Simples Aplicada a Vigas de Concreto Armado, do prof. Cristian Paulo Caon.
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EQUACIONAMENTO PARA SEÇÃO RETANGULAR
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ROTEIRO PARA CÁLCULO DO MOMENTO ÚLTIMO Mu
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ROTEIRO PARA CÁLCULO DO Mu
a) Cálculo do pré-alongamento (εpnd);
b) Determinação da tensão na armadura (σpd), supondo inicialmente que a ruptura ocorre nos domínios 3 ou 4: σcd = 0,85fcd ; εpnd = 3,5 ‰;
c) por tentativa:
c1) σpd (1) = fpyd = fpyk/1,15
c2) equações de equilíbrio resulta x;
c3) equação de compatibilidade de deformações resulta εp1d ;
c4) se εp1d < 10 ‰ : a hipótese inicial de ruptura nos domínios 3 ou 4 é correta;
c5) tensão na armadura com a deformação εpd = εp1d + εpnd resulta σpd:
- se σpd (1) ≈ σpd : Ok!
- se σpd (1) ≠ σpd : adotar novo valor para a tensão σpd (2) e refazer os cálculos;
c6) se εp1d > 10 ‰ : domínio 2;
- determina-se a tensão σpd na armadura com εpd = εp1d + εpnd - d x x d1p p cd − = ε ε com εp1d = 10 ‰ e εcd ≤ 3,5 ‰
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RELEMBRANDO OS DIAGRAMAS σ x ε DA NORMA
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