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Ronan Violin
Estrutura
1. Cargas Normais de Tração e Compressão
2. Flambagem por Flexão
3. Comprimento de flambagem (lfl = k.l)
4. Critério de Dimensionamento de Hastes em Compressão Simples
4.1 Fórmula de dimensionamento
4.2 Tensão Nominal Resistente (fc)
4.3 Limites do Coeficiente de Esbeltez
5. Flambagem Local
5.1 Flambagem Local
5.2 Critério para Impedir a Flambagem Local
5.3 Esforço Resistente de Hastes Com Efeito de Flambagem Local
5.3.1 Seções com Placas Enrijecidas
5.3.1 Seções com Placas Não Enrijecidas

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1. Cargas Normais de Tração e Compressão

O dimensionamento de hastes sujeitas a esforços axiais, de tração ou


compressão, se faz utilizando-se a tensão normal média que é obtida dividi-se o
esforço normal pela área da seção reta da haste:

=
N
A
Os esforços de tração tendem a retificar as hastes, reduzindo o efeito de
curvaturas iniciais porventura existentes. Os esforços de compressão, ao contrário,
tendem a aumentar os efeitos de curvaturas iniciais e, acima de um certo valor,
provocam deslocamentos laterais visíveis, diz-se então que a haste apresenta
flambagem, que é instabilidade provocada por esforços de compressão.

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2. Flambagem por Flexão
Os casos mais comuns de flambagem são devidos a efeitos de esforço normal de
compressão associado à flexão.
Na Fig. 5.1.1, vemos três casos em que o esforço normal N atua com uma
excentricidade inicial (e0 ou 0). Sabemos, por experiência, que o esforço normal
de compressão provoca um aumento da excentricidade inicial. Para valores
pequenos de N, a força normal produz uma excentricidade adicional  chegando-
se a uma flecha total final t. Em regime elástico, isto é, para tensões normais

0
abaixo do limite de proporcionalidade do aço, demonstra-se a relação:

t =  2 EI
Ncr =
1−
Onde: Ncr = chama-se carga crítica
N de flambagem da haste.
l2
Ncr l = comprimento da haste, entre pontos de apoio rotulados.
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2. Flambagem por Flexão

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2. Flambagem por Flexão

Dividindo a carga crítica pela área A da seção reta de haste, obtém-se a tensão
crítica ou tensão de flambagem.

Ncr  2 .EI  2 .E
fcr = = =
A A.l 2
(l / i )2
Onde:

i =  I/A -> raio de giração da seção, em relação ao eixo de flambagem.


l/i = índice de esbeltez da haste;

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2. Flambagem por Flexão

A carga Nc é denominada carga última ou resistente, pode ser bem menor do que
a carga crítica (Ncr) da coluna de Euler correspondente. A tensão última nominal fc
obtida admitindo-se somente a ação do esforço normal Nc (sem flexão) na seção
transversal de área A:

fc =
Nc
A

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2. Flambagem por Flexão

A figura a seguir apresenta a variação da tensão última fc dividida pela tensão de


escoamento fy do material, em função do índice de esbeltez (l/i). A curva tracejada
poderia representar um critério de resistência para colunas geometricamente
perfeitas com material elásto-perfeitamente plástico, onde se notam duas regiões:

- Para fcr < fy a tensão última fc é a própria tensão crítica fcr;

- Para fcr > fy a tensão última fc pode ser tomada igual a fy.

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2. Flambagem por Flexão

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2. Flambagem por Flexão
A curva em linha cheia da figura (denominada curva de resistência à compressão
com flambagem ou simplesmente curva de flambagem) representa o critério de
resistência de um coluna considerando-se os efeitos mencionados anteriormente.
Observam-se três regiões:
• Colunas muito esbeltas (valores elevados de l/i) onde ocorre flambagem em
regime elástico fcr < fy e onde fc  fcr;

• Colunas de esbeltez intermediária, nas quais há maior influência das


imperfeições geométricas e das tensões residuais;

• Colunas curtas (valores baixos de l/i), nas quais a tensão última fc é tomada
igual à de escoamento do material fy.
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2. Flambagem por Flexão
No sentido de permitir a comparação entre as resistências de perfis com diferentes
aços, a curva em linha cheia, na figura anterior, deve ser apresentada com as
coordenadas fc/fy e o índice de esbeltez reduzido, 0:

0 = =
fy
 .E
K. l i K.l
  2 . E 
1
. 2
i
 fy 
2

onde K é o coeficiente que define o comprimento efetivo de flambagem. O índice de


esbeltez reduzido pode ainda ser escrito na forma:

0 =
Ag . f y
Ncr
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2. Flambagem por Flexão

Para aços de uso corrente obtêm-se, com a expressão de 0,

 Kl 
MR250  0 = 0,0113. 
 i 

 Kl 
AR350  0 = 0,0133. 
 i 

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3. Comprimento de flambagem (lfl = k.l)

Comprimento de flambagem de uma haste é a distância entre os pontos de


momento nulo da haste comprimida. Para uma haste birrotulada o comprimento de
flambagem é o próprio comprimento da haste.

Na figura 5.5 encontram-se indicados os comprimentos de flambagem teóricos de


hastes com extremos rotulados, engastados ou livres. Esses comprimentos podem
ser visualizados pela forma da elástica da haste deformada, portanto, por
considerações puramente geométricas. Eles podem também se obtidos por
processos analíticos.

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3. Comprimento de flambagem (lfl = k.l)

Como nos pontos de inflexão o momento fletor é nulo, a carga crítica de uma haste
com qualquer tipo de apoio é igual à carga crítica da mesma haste, birrotilada, com
comprimento lfl. Para qualquer haste, a carga crítica é dada em regime elástico,
pela Fórmula de Euler escrita na forma:

 2 .EI
Ncr = N E = 2
l fl

onde lfl = K.l, sendo K o parâmetro de flambagem.

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4. Critério de Dimensionamento de Hastes em Compressão Simples

4.1 Fórmula de dimensionamento

O esforço resistente de projeto, para hastes metálicas, sem efeito de flambagem


local, sujeitas a compressão axial, é dado pela equação:

N d res = =
Ag . fc
 a1  a1
Nc

fc → tensão resistente (ou tensão última) à compressão simples com


flambagem por flexão;
Ag → área da seção bruta da haste;
a1 → 1,10 para combinações normais de ações.
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4.2 Tensão Nominal Resistente (fc)

Determina-se a tensão nominal resistente, segunda a NBR 8800, por meio da


curva 2P, com uma relação entre o parâmetro adimensional ,

=
fc
fy
e o índice de esbeltez reduzido 0:

 = 0, 658 02
para 0  1,50

= para 0  1,50
0
0,887
2

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4.3 Limites do Coeficiente de Esbeltez

Os limites geralmente adotados são:

• Edifícios (AISC, NBR 8800) = 200


• Pontes (AASHTO) = 120

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Resolução - Exercício Exemplos 1:

a) Determinar a resistência de cálculo à compressão em torno do eixo x.

− Determinar o comprimento de flambagem (lfl)


− Determinar a área bruta (Ag)
− Determinar o raio de giração em torno do eixo x (ix)
− Determinar o índice de esbeltez (0)
− Determinar a tensão nominal resistente (fc)
− Determinar a resistência de cálculo à compressão (Ndres)

Nd res =
Ag . fc
 a1

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Resolução - Exercício Exemplos 1:

a) Determinar a resistência de cálculo à compressão em torno do eixo x.


− Determinar o índice de esbeltez (0)

Informações do enunciado → Aço ASTM A36 (MR 250)

  Kl   l fl 
0 = 0, 0113.    0 = 0, 0113.  =
  i   i 
0 = MR250  
Ag . f y
 = 0, 0113.  3000  = 0, 49
ou

 0  68,50 
Ncr
  

Com o resultado determinado pela esbeltez consultaremos a tabela da Curva de Flambagem


da NBR 8800.

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Resolução - Exercício Exemplos 1:

a) Determinar a resistência de cálculo à compressão em torno do eixo x.


− Determinar a tensão nominal resistente (fc)

Utilizando o Índice de Esbeltez (0) → 0,49 →  = 0,904

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Resolução - Exercício Exemplos 1:

a) Determinar a resistência de cálculo à compressão em torno do eixo x.


− Determinar a tensão nominal resistente (fc)

Utilizando o Índice de Esbeltez (0) → 0,49 →  = 0,904

 = 0, 658 02
para 0  1,50   = 0, 658
02
= 0, 658
0,492
= 0,904

= para 0  1,50
0
0,887
2

 =  fc =  * f y = 0,904* 250 = 226 MPa


fc
fy

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Resolução - Exercício Exemplos 1:

a) Determinar a resistência de cálculo à compressão em torno do eixo x.


− Determinar a resistência de cálculo à compressão (Ndres)

Valores determinados:
Área bruta (Ag) → 47,8 cm2 = 4.780,00 mm2
Tensão nominal resistente (fc) → 226 MPa
Coeficiente (a1) → 1,10

Nd res = = = 982.072, 72 N
Ag . fc
 a1
4.780* 226
1,10
Nd res = 982, 07 kN

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Resolução - Exercício Exemplos 1:

b) Comparar com o resultado obtido para uma peça sem contenção lateral, podendo
flambar em torno do eixo y-y.

− Determinar o comprimento de flambagem (lfl)


− Determinar a área bruta (Ag)
− Determinar o raio de giração em torno do eixo x (iy)
− Determinar o índice de esbeltez (0)
− Determinar a tensão nominal resistente (fc)
− Determinar a resistência de cálculo à compressão (Ndres)

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Resolução - Exercício Exemplos 1:

b) Comparar com o resultado obtido para uma peça sem contenção lateral, podendo
flambar em torno do eixo y-y.
− Determinar a tensão nominal resistente
− Determinar o índice de esbeltez (0)

 = 0, 658 para 0  1,50


(fc)
02
Informações → Aço ASTM A36 (MR 250)

 = 0, 65802
= 0, 658
0,882
= 0, 723
  l fl 
 0 = 0, 0113.   =
  i 
MR250  
 = 0, 0113.  3000  = 0,88  =  fc =  * f y =
fc
 0  38, 40 
   fy
fc = 0, 723* 250 = 180, 75MPa

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Resolução - Exercício Exemplos 1:

b) Determinar a resistência de cálculo à compressão em torno do eixo x.


− Determinar a resistência de cálculo à compressão (Ndres)

Valores determinados:
Área bruta (Ag) → 47,8 cm2 = 4.780,00 mm2
Tensão nominal resistente (fc) → 180,75 MPa
Coeficiente (a1) → 1,10

Nd res = = = 785.440,91N
Ag . fc
 a1
4.780*180, 75
1,10
Nd res = 785, 44kN

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Exercício Fixação 1:
Calcular o esforço de compressão resistente de projeto de duas cantoneiras
203(8”) x 102(4”) x 55,66 kg/m trabalhando isoladamente e comparar com o
resultado obtido para
os perfis ligados por
solda formando um
tubo retangular.
Admitir lfl = 300 cm
nos dois planos de
flambagem e aço
MR250.

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Estrutura
1. Cargas Normais de Tração e Compressão
2. Flambagem por Flexão
3. Comprimento de flambagem (lfl = k.l)
4. Critério de Dimensionamento de Hastes em Compressão Simples
4.1 Fórmula de dimensionamento
4.2 Tensão Nominal Resistente (fc)
4.3 Limites do Coeficiente de Esbeltez
5. Flambagem Local
5.1 Flambagem Local
5.2 Critério para Impedir a Flambagem Local
5.3 Esforço Resistente de Hastes Com Efeito de Flambagem Local
5.3.1 Seções com Placas Enrijecidas
5.3.1 Seções com Placas Não Enrijecidas

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5. Flambagem Local
5.2 Critério para Impedir a Flambagem Local

Considerando-se o caso de placa isolada perfeita, o valor limite de esbeltez da


placa (b/t)r para impedir que a flambagem local ocorra antes da plastificação da
seção é obtido igualando-se a tensão crítica elástica à tensão fy

  
  = = 0,95. k .
2

12.(1 − ). f y
b k . .E E
 t r
2
fy

onde k = 4 para bordos apoiados;


k = 0,425 para um bordo apoiado e outro livre.

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5. Flambagem Local
5.2 Critério para Impedir a Flambagem Local

Para considerar os efeitos de imperfeições e de tensões residuais, as normas


apresentam valores limites de b/t menores que (b/t)r da equação anterior. Os
valores limites de b/t para placas componentes de alguns tipos de perfis são
mostrados na Tabela 5.1 (a seguir). Os valores diferenciados para os diversos
casos têm origem nas condições de apoio das placas.

Se as placas componentes de um perfil tiverem valores de (b/t) inferiores aos da


Tabela 5.1, não haverá flambagem local e o esforço resistente de compressão da
coluna (Ndres). No caso contrário, deve-se levar em conta a redução do esforço
resistente da coluna devido à ocorrência de flambagem local.

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5. Flambagem Local
5.3 Esforço Resistente de Hastes Com Efeito de Flambagem Local

A redução na capacidade de carga das colunas devido à ocorrência de flambagem


local é considerada pelas normas através do coeficiente Q. As expressões para Q
são baseadas no comportamento das placas isoladas. As placas componentes de
uma perfil são classificadas como:

• Placa não enrijecidas: com um bordo apoiado e outro livre (Grupos 3 e 6); por
isso são denominadas também por placas tipo AL (apoio-livre);

• Placa enrijecida: com dois bordos apoiados (Grupos 1 e 2), placas tipo AA.

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5. Flambagem Local
5.3 Esforço Resistente de Hastes Com Efeito de Flambagem Local

5.3.1 Seções com Placas Enrijecidas

No caso de placas enrijecidas, a redução de rigidez da coluna é considerada


através do coeficiente Qa, baseado no conceito de largura efetiva.
Para determinar Qa utilizada-se:

Qa =
Aef
Ag
onde Aef = área efetica da placa = be*t
Ag = área bruta da placa

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5. Flambagem Local
5.3 Esforço Resistente de Hastes Com Efeito de Flambagem Local

5.3.2 Seções com Placas Não Enrijecidas

As placas não enrijecidas possuem resistência pós-flambagem muito pequena,


de modo que é prudente reduzir a tensão média no perfil e evitar a flambagem
local. Essa redução é feita através de um fator Qs aplicado à tensão última da
coluna fc.
O esforço axial resistente de cálculo em hastes com efeito de flambagem local é
então dado por:

N d res = =
Q. Ag . fc
 a1  a1
Nc

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5. Flambagem Local
5.3 Esforço Resistente de Hastes Com Efeito de Flambagem Local

5.3.2 Seções com Placas Não Enrijecidas

N d res = =
Q. Ag . fc
 a1  a1
Nc
Placas não enrijecidas →

onde Q = Qa .Qs = coeficiente de redução, aplicável a seções em que uma ou


mais placas componentes têm relação b/t superior aos
valores da tabela 5.1.
fc = tensão resistente da coluna determinada através das
Equações (X) (tensão nominal resistente) em função do
índice de esbeltez reduzindo a equação de esbeltez
modificando pelo fator Q.
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5. Flambagem Local
5.3 Esforço Resistente de Hastes Com Efeito de Flambagem Local

5.3.2 Seções com Placas Não Enrijecidas

0 =
K .l Q. f y
 .E
. 2
i

onde i = raio de giração da seção bruta, em relação ao eixo de flambagem


global.

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5. Flambagem Local
5.3 Esforço Resistente de Hastes Com Efeito de Flambagem Local

5.3.2 Seções com Placas Não Enrijecidas

Nas placas não enrijecidas, não existe reserva de resistência após a flambagem; o
cálculo é feito numa situação anterior à flambagem, com uma tensão média. O
coeficiente Qs pode ser obtido com equações no formato a seguir:

b b b
     Qs = A − B. . 1
b fy
 t  r t  t e
• flambagem local inelástica:
t E

( t)
b b
  Qs =
C .E
t  t e
• flambagem local elástica: 2
fy. b
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5. Flambagem Local
5.3 Esforço Resistente de Hastes Com Efeito de Flambagem Local

5.3.2 Seções com Placas Não Enrijecidas

Nas placas enrijecidas, existe reserva de resistência após flambagem; o cálculo é


então feito numa situação pós-flambagem, admitindo-se uma largura efetiva be,
trabalhando com a tensão máxima. A largura efetiva pode ser obtida com a

E E
equação a seguir:

be = 1,92t 1 − b
 bt 
C

onde C = 0,34 para placas enrijecidas em geral;

C = 0,38 para mesas ou almas de seções tubulares retangulares e quadradas.


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5. Flambagem Local
5.3 Esforço Resistente de Hastes Com Efeito de Flambagem Local

5.3.2 Seções com Placas Não Enrijecidas

Na equação anterior,  é a máxima tensão nominal de compressão atuante na


área efetiva:

= = = Qs . fc
Nc Q. Ag . fc
Aef Aef

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Resolução - Exercício Exemplos 2:
Valores limites para flambagem local

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Exercício Exemplo 2:

Relação da flambagem Relação da flambagem


local (Calculado) local (Limite Tabelado)

Mesa → = = 6, 6 <
b 154
15,8
t 2*11, 6

Alma → = = 17, 2
b 138
< 42,1
t 8,1

Conclui-se que não há flambagem local.

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