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O DALTONISMO E A COR NA COMUNICAÇÃO VISUAL

Autores
HEITOR SEIÓ KIMURA (1)
ROGÉRIO ZANETTI GOMES (7)

Categoria
Trabalho de Iniciação Científica - PIC/UNOPAR

Introdução
O daltonismo, ou discromapsia é um distúrbio no sistema ótico humano em que o indivíduo portador é incapaz de discernir algumas
cores, isso torna desfavorável a possibilidade de um daltônico atual profissionalmente como comunicador visual. A cor é classificada como um
dos mais importantes elementos da imagem e da comunicação, considerando isso, muitos daltônicos cientes de sua incapacidade em distinguir
as cores, nem cogitam ingressar em alguma área das artes ou design como profissionais. Um dos autores do presente trabalho, Heitor Kimura,
graduando de Artes Visuais, é daltônico e comunicador visual. Durante sua experiência acadêmica e profissional constatou a necessidade de
inserir procedimentos técnico-metodológicos para minimizar os problemas causados pelo daltonismo. Verifica-se a importância de investigar
outros métodos, se existirem, e expor se é realmente possível um daltônico trabalhar como comunicador visual, considerando sua deficiência
na percepção das cores.

Objetivos
Este trabalho tem como objetivo principal expor as relações do daltonismo com a comunicação visual, onde o daltônico se encontra na
posição de emissor da mensagem. Para isso é necessário definir o conceito de comunicação visual, daltonismo e cor, tanto em seus aspectos
físicos como psicodinâmicos.

Material e Métodos
Para sustentar o referencial teórico deste trabalho, foi indispensável um levantamento bibliográfico. A ótica de Munari (1997) foi
necessária para delimitar o que é comunicação visual. A fim de compreender a importância da cor na comunicação visual recorremos aos
autores Lupton (2008) e Dondis (1997). Os aspectos físicos e psicodinâmicos da cor foram analisados por meio das obras de Farina (2006),
Fraser (2011) e Goethe (1993), a partir deles poderemos esclarecer o que é o daltonismo e em que consistem suas limitações na percepção da
cor.

Resultados e Discussão
A pesquisa bibliográfica nos deu suporte para estabelecer uma relação do daltonismo com o uso da cor na comunicação visual. Notou-se
a relevância das novas tecnologias e da computação gráfica nos métodos de criação, sendo estas capazes de facilitar o processo criativo de um
indivíduo daltônico. Evidenciamos que a interface softwares de edição de imagem, como o Adobe Photoshop, exibe o nome de uma quantidade
limitada, porém significativa, de cores.

A partir de Goethe (1993) e Farina (2006) explanamos os efeitos simbólicos, emocionais e morais causados pelas cores e as
associações (materiais e afetivas) feitas pelo ser humano ao interpretá-las.

Ao fixar as limitações causadas pelo daltonismo, compreendemos as possibilidades de um comunicador visual portador de daltonismo
ter a competência, pela ajuda de softwares, para se comunicar através da cor.

Conclusão
Concluímos que as incapacitações causadas pelo daltonismo não restringem a possibilidade de um daltônico estar ciente dos valores
simbólicos das cores, necessários na comunicação visual. Atuais softwares de edição de imagem nos permitem ter acesso ao nome de uma
quantidade significativa de cores, tornando assim, aceitável, mesmo que de forma limitada, que um portador de daltonismo atue como
comunicador visual.
Referências
DONDIS, Donis A. Sintaxe da Linguagem Visual. São Paulo: Martins Fontes, 1997. FARINA, Modesto.. A Psicodinâmica das Cores em
Comunicação. São Paulo: Edgard Blücher, 2006. FRASER, Tom. O Essencial da Cor no Design. São Paulo: Senac São Paulo, 2011. GOETHE,
Johann Wolfgang Von. A Doutrina das Cores. São Paulo: Nova Alexandria, 1993. LUPTON, Ellen. Novos Fundamentos do Design: Ellen Lupton,
Jennifer Cole Phillips. São Paulo, Cosac Naify, 2008. MUNARI, Bruno. Design e Comunicação Visual. São Paulo: Martins Fontes, 1997.

Apoio
FUNDAÇÃO NACIONAL DE DESENVOLVIMENTO DO ENSINO SUPERIOR PARTICULAR

Legenda
(1) Aluno Graduação Unopar
(7) Docente Unopar

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