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III Jornada Avia!

Semana de Design | Ufal | 2018


nov 2018, num. 3, vol 1
ISSN: 2594-7575
DOI:

A INTERPRETAÇÃO DAS CORES COMO ELEMENTO DE INFORMAÇÃO


uma análise do filme Her
Ana Caroline Bastos
Danielly Amatte Lopes

Resumo: As cores são parte importante na composição estética de um filme, sendo


capazes de transmitir sensações e representar características dos personagens.
No processo de escolha de utilização das cores, se faz necessário o envolvimento
de profissionais de diferentes áreas como direção de arte, direção de fotografia e
colorimetria. Analisando o filme Her (2013), percebe-se que a narrativa acontece
em um futuro aconchegante, sem carros voadores ou tons azulados. Com uma
atmosfera emocional forte e uma ambientação voltada ao vintage, nota-se uma
busca por reinventar a ideia de futurismo existente. Neste artigo será feita uma
análise a partir do uso das cores como elemento de informação no filme Her, rea-
lizando algumas comparações com filmes de temática similar.
Palavras-chave: Cinema, Cor, Linguagem Visual.

1. TEORIA DAS CORES: BASES INICIAIS


Ao contrário do que muitos pensam, as cores são muito mais do que apenas deleite
estético, elas possuem significados. Antonioni (1947, apud MARTIN: 2005) diz que “a cor
é uma relação entre o objeto e o estado psicológico do observador, no sentido em que
ambos se sugestionam reciprocamente.” É com base nessa afirmação que existe uma
área de estudos conhecida como “Teoria das cores”. Esse campo de estudos analisa as
cores desde a fisiologia - como ela é interpretada pelo nosso cérebro – até a aplicação
das mesmas em peças de comunicação visual. Esses estudos sugerem, por exemplo, que
cores e tons são capazes de influenciar em nossas atitudes, além de atingirem um maior
número de pessoas por não possuírem barreiras linguísticas.
Dentre os vários objetos que podem ser examinados a respeito de uma teoria das
cores, o cinema e sua produção tem tido especial destaque. Há um reconhecimento por
parte de diretores de arte e fotografia da necessidade de se pensar o filme através de um
projeto que leve as cores em consideração, como parte da construção estética do filme,
bem como seu valor simbólico nessa construção.
Dessa forma, a paleta de cores é uma parte importante para a compreensão da
aparência de um filme. Com o objetivo de empregá-la corretamente e produzir o efeito
almejado no espectador, se faz necessário envolver escolhas associadas à direção de
arte, direção de fotografia e colorimetria. Com isso, deve-se ter em mente que a produção
de um filme é um processo coletivo que envolve profissionais de diferentes áreas que por
sua vez abordam as cores sob óticas distintas.
O resultado do trabalho desse conjunto de profissionais é o que o espectador encontra

BASTOS, A. C; LOPES, D. A. A interpretação das cores como elemento


de informação: Uma análise do filme Her. In: Anais AVIA! Semana de
Design da UFAL | 3º edição. Maceió-AL: Galoá 2018.
A INTERPRETAÇÃO DAS CORES COMO ELEMENTO DE INFORMAÇÃO

nas telas. Buscando aproximar esse resultado final de uma compreensão que abarque
o design enquanto ferramenta comunicativa, propõe-se no presente artigo tomar como
objeto uma obra cinematográfica que, reconhecidamente, faça uso das cores no seu
processo de construção. O objetivo principal desse trabalho é analisar o uso das paletas
de cores como elemento comunicativo no filme Her (2013), observando a maneira como
a história é narrada utilizando-se de recursos da linguagem cinematográfica e como isto
pode influenciar na percepção do filme.

2. A COR COMO INFORMAÇÃO


Há diversas obras e diferentes abordagens para compreender como a cor se
comporta como elemento de informação. Existe ainda um grande número de estudos
que buscam analisar a preferências que os indivíduos manifestam por determinadas
cores. Gomes (2003) afirma que a cor é o elemento que mais contribui na transmissão
de uma mensagem, uma vez que possui um conteúdo emocional de forte impacto e
expressividade de fácil assimilação.
Nos filmes, sabe-se que as cores são minuciosamente pensadas como elementos
importantes para a narrativa, sendo então capazes de direcionar as fases da história
e as emoções dos personagens. Além disso, muitas vezes uma cor consegue explicar
determinadas situações que passam despercebidas diante dos olhos do espectador por
não estarem explícitas no filme. Para que essas mensagens sejam transmitidas ao público
de forma adequada, utiliza-se bastante do contraste de cores. Essas composições de
tons dentro do círculo cromático são chamadas de “harmonia cromática” ou de “acorde
cromático” (A BRIEF, 2015).
Dessa forma, a escolha de uma cor para um projeto, seja de design ou no cinema,
não deve ser realizada apenas por preferências pessoais, mas pela utilização que ela
poderá ter em função de algo. O processo de percepção da cor envolve uma série de
antecedentes psicológicos, históricos e culturais. Modesto Farina, pontua por meio de suas
pesquisas sobre o assunto:
[...] Chegamos à conclusão de que um fato é inegável: mesmo que haja uma parte
instintiva na reação à cor, é indiscutível que o homem vai acumulando em sua memória
experiências que o definem e o fazem agir de determinadas maneiras no decorrer de sua
vida. (FARINA, 1987, p.109)

Ou seja, é preciso levar em consideração o público a que a obra se destina, pois, suas
experiências e repertório contribuem para a sensação que a cor trará. Segundo estudos
do psicólogo Bamz (1950) o fator idade pode manifestar a preferência de uma pessoa por
determinada cor, como pode ser visto na tabela abaixo:

Tabela 1- Cores de acordo com a idade. Fonte: Bamz, 1950.

Seguindo esses aspectos, Ana Karina (2007) afirma que a partir de hábitos sociais

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que se estabelecem durante toda uma vida, fixam-se reações psicológicas que
norteiam tendências individuais. Sendo assim, significados conotativos são atribuídos às
sensações visuais que temos, de forma que estes permaneçam enraizados na cultura
de determinado povo, que irão utilizá-los para definir estados emocionais ou situações
vividas. Expressões como “verde de fome”, “vermelha de vergonha” ou “branca de susto”
que estão presentes na fala de certos povos, não são usuais no cotidiano de outros.

2.1 Análise aplicada: examinando o filme Her (2014)


Her, filme dirigido por Spike Jonze, estreou em 2013 e venceu o Oscar para Melhor
Roteiro Original no ano de 2014. A história conta a vida do escritor de cartas Theodore
Twombly, recentemente marcado pelo final do seu casamento, que se encontra solitário
no futuro próximo de Los Angeles. A monotonia dos dias de Theodore é subitamente
quebrada quando adquire e instala em seus computadores e no telefone celular o Sistema
Operacional de Inteligência Artificial (o SO1) com o intuito de preencher sua solidão,
mesmo que por uma presença virtual (figura 1). A relação entre os dois cresce de forma
rápida e espontânea, pendendo para o lado amoroso.

Figura 1- Theodore adquire o sistema operacional. Fonte: thecolorsofmotion1

O filme tem como ponto forte a construção de um universo futurista de estilo vintage,
com uma utilização marcante das cores na maioria das vezes em tons quentes (figura
2). Observando o cartaz do filme (figura 3), fica claro que o diretor em conjunto com o
designer de produção K. K. Barrett buscou reinventar a ideia de futurismo que se tem,
substituindo os tons monocromáticos e frios bastante empregados em cartazes de filmes
de temática similar por um contraste do vermelho com o rosa, cores análogas no círculo
cromático (figura 3).

Figura 2- Utilização da paleta de cores com tons quentes. Fonte: autoral, a partir de intervenção nas imagens
disponíveis no site Thecolorsofmotion2.

1 Disponível em <thecolorsofmotion.com/detail/her-2013/54> Acesso em Setembro/2018


2 Disponível em <thecolorsofmotion.com/detail/her-2013> Acesso em Setembro/2018

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Figura 3- Comparação de cartazes do filme Her e similares com temática futurista. Fonte: autoral, a partir de
intervenção nas imagens disponíveis no site AdoroCinema3.

Minutos depois do início do filme, o espectador é rapidamente remetido para um


sentimento que permanece por quase toda a narrativa: nostalgia. A cidade de Los Angeles
é retratada através de cores quentes e aconchegantes associadas aos personagens que
aparentam apenas deambular nas ruas monótonas com seus figurinos inspirados no
retrô (figura 4). Essa representação do futuro, também desprovida de drones, holografias
e até carros, traz um tom melancólico, reforçando a ideia já apresentada de renovar o
conceito futurista que é abordado de forma distinta por outros filmes. No filme Mad Max:
Estrada da Fúria (2015), por exemplo, as cores são usadas de forma saturada com foco
no contraste de tons azuis e laranjas causando uma sensação de tensão no espectador e
ampliando o aspecto inóspito do ambiente, visto que a narrativa se passa em um contexto
pós-apocalíptico (figura 5).

Figura 4- Figurinos inspirados no retrô/hipster. Fonte: thecolorsofmotion4.

3 Da esquerda pra direita, sentido horário temos (1) Cartaz do filme Her, disponível em <adorocinema.com/filmes/filme-206799/> (2)
cartaz do filme A.I., disponível em < adorocinema.com/filmes/filme-29280/> (3) cartaz do filme Robocop disponível em <adorocinema.
com/noticias/filmes/noticia-104497/> (4) cartaz do filme 2001- uma odisseia no espaço disponível em <ccine10.com.br/2001-uma-
-odisseia-no-espaco-critica/> (5) cartaz do filme Wall-e disponível em <adorocinema.com/filmes/filme-123734/> Acesso em Setem-
bro/2018.
4 Disponível em <thecolorsofmotion.com/detail/her-2013> Acesso em Setembro/2018

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Figura 5- Comparação das paletas de Her e Mad Max, com temática futurista. Fonte: autoral, a partir de inter-
venção nas imagens do site thecolorsofmotion5.

K. K. Barrett, designer de produção do filme, confirma sua preferência de não mostrar


carros na história, tendo a certeza de que o foco permaneceria nos personagens: “Eu não
queria que os espectadores olhassem para o plano de fundo e pensassem: ‘olhe para os
carros que eles projetaram!’, porque isso é uma distração da história”. E acrescenta que
“amaria projetar mil carros do futuro, mas este não era o filme certo para isso.”
Em uma breve análise, é possível confirmar que a escolha das cores presentes em
um filme contribui para a construção de uma interpretação e sensação sobre a temática.
Pode-se, por exemplo, examinar a paleta de cores presentes em 3 títulos que retratam
um futuro que sofre os efeitos de um uso mássico da tecnologia. Temos na figura abaixo
a paleta de cores gerada6 a partir do exame dos filmes Ai: inteligência artificial, Her e Mad
Max, respectivamente.

Figura 6- Análise paleta de cores. Fonte: Capturas de tela retiradas do site <thecolorsofmotion.com>6

Apesar de possuírem temáticas próximas, é notória a diferença de tratamento do tema


e do “clima” de cada filme. Essa confirmação da fala de Barrett, citada anteriormente,
evidencia que o uso da cor em Her contribui para a criação de um universo onde o
foco estaria nas pessoas (com uso de cores quentes) e não na tecnologia futurista,
tradicionalmente retratada num espectro cromático de cores frias.

2.2 As cores em Her


5 Disponível em <thecolorsofmotion.com/detail/her-2013> e <thecolorsofmotion.com/detail/mad-max-fury-road-2015> Acesso em
Setembro/2018
6 Paleta de cores geradas por um script que analisa filmes quadro a quadro, obtendo uma média de cor. Disponível em: <thecolorsof-
motion.com> Acesso em Setembro

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Observa-se uma frequência do uso do vermelho nas cenas que na maioria das vezes
possuem elementos e até mesmo figurinos nesse tom (figura 7). Segundo Pedrosa
(2002), o vermelho é a cor que mais se destaca visualmente e a mais rapidamente
distinguida pelos olhos. Diante disso, percebe-se um grande número de significados
que sua utilização pode ter nas cenas. Durante o momento de instalação da inteligência
artificial, por exemplo, o vermelho utilizado tanto no traje do protagonista quando na tela
de carregamento sugere a possível relação que acontecerá posteriormente no filme entre
Theodore e Samantha (figura 8).

Figura 7- A presença do vermelho nas cenas. Fonte: Capturas de tela do filme Her7.

Figura 8- A presença do vermelho nas cenas. Fonte: thecolorsofmotion8.

K. K. Barrett, designer responsável pela produção estética do filme Her, declarou em


uma entrevista ao site FastCompany que a cor vermelha foi escolhida porque “parecia
se encaixar no temperamento de Theo - sua paixão, compaixão, solidão e esperança. O
vermelho foi a peça perfeita para usar no filme e nós fizemos isso de todas as formas
possíveis. ”
Em contrapartida, os tons azuis aparecem de forma reduzida no filme e geralmente
pouco saturados quando retratam a cidade. Na figura 9, pode-se observar que a paleta
de cores utilizada associada ao enquadramento da tela acaba evidenciando a solidão do
protagonista e o quanto o mesmo se torna pequeno diante do contexto inserido.

7 Disponível em <thecolorsofmotion.com/detail/her-2013/58> Acesso em Setembro/2018


8 Disponível em: <thecolorsofmotion.com/detail/her-2013/95> e <thecolorsofmotion.com/detail/her-2013/96> Acesso em Setem-
bro/2018.

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Figura 9- O uso dos tons azuis. Fonte: Autoral, a partir de intervenção na captura de tela do filme Her.

Outra utilização da cor azul é na ambientação do jogo interativo em holograma que o


protagonista joga em sua casa em algumas cenas (figura 10). Por se passar em um local
com neve, o azul é utilizado, de forma mais saturada, para trazer essa atmosfera fria,
lúdica e tecnológica ao espectador.

Figura 10- O jogo interativo jogado por Theodore. Fonte: thecolorsofmotion9.

O amarelo aparece com destaque no figurino do protagonista apenas três vezes.


Theodore usa uma camisa amarela em seu primeiro encontro após o divórcio, no
aniversário de sua sobrinha e quando o mesmo perde o contato com Samantha pela
primeira vez desde sua instalação. A utilização dessa cor pode ser analisada de formas
distintas em cada uma das cenas.

9 Disponível em: <thecolorsofmotion.com/detail/her-2013/95> e <thecolorsofmotion.com/detail/her-2013/96> Acesso em Setem-


bro/2018.

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Figura 11- O uso do amarelo no figurino do protagonista. Fonte: thecolorsofmotion10.

A combinação do vermelho, azul e amarelo também é visível em algumas cenas, dando


um efeito visual muito atraente e descontraído. Essa utilização de três cores equidistantes
no círculo cromático é chamada de harmonia triádica (figura 12).

Figura 12- O uso da harmonia triádica no filme. Fonte: Autoral, a partir de intervenção nas capturas de tela do
filme Her.

3. CONCLUSÃO
Com as análises, pode-se perceber a importância dos profissionais envolvidos no
processo de realização de uma obra cinematográfica, visto que o uso das cores deve ser
realizado de forma consciente. Quando assim feita, busca potencializar a interpretação da
história contada por meio dos espectadores.
No filme Her, é notório o uso de conceitos da harmonia cromática por meio de
contrastes e combinações de cores empregadas na fotografia e até mesmo no figurino,
levando o foco da atenção para o protagonista, na maioria das vezes com o uso da cor
vermelha.
A marcante presença dos tons quentes resulta em cenas muitas vezes melancólicas,
10 Disponível respectivamente em: <thecolorsofmotion.com/detail/her-2013/155> <thecolorsofmotion.com/detail/her-2013/278> <the-
colorsofmotion.com/detail/her-2013/509> Acesso em Setembro/2018.

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mas agradáveis ao olhar, permitindo que o espectador se sinta próximo da narrativa e


crie empatia pelos personagens. Já o esquema de cores triádicas, utilizado em algumas
cenas, reforça os tons coloridos e deixa as cenas arrojadas e descontraídas, aliviando os
sentimentos de tristeza e solidão que são bastante perceptíveis no filme.
Sendo assim, fica evidente que a escolha das cores associada com a fotografia em
Her proporciona uma interpretação mais aprofundada da história que é contada, visto
que o espectador se torna capaz de estabelecer relações entre o estado emocional do
personagem principais e o uso das cores.

REFERÊNCIAS
A BRIEF lesson on color theory. Produção de Rhea Lelina Manglapus. Estados Unidos da
América: Vimeo, 2015. Online (01.34 min.) Disponível em: <vimeo.com/114900089?ref=fb-
share> Acesso em Setembro/2018.
BAMZ, J. Arte y Ciência del Color. Barcelona: Ediciones de Arte, s.d. 1950.
BANKS, Adam; FRASE, Tom. O essencial da cor no design. São Paulo: Senac, 2012.
FARINA, M. Psicodinâmica das cores em comunicação. 4a ed. São Paulo (Brasil): Edgar
Blucher Ltda, 1990.
GOMES, Thanani Bastos. Os apelos visuais utilizados nas propagandas direcionadas a
crianças. 2003. 45 f. Monografia (Especialização) - Curso de Comunicação Audiovisual,
Pontifícia Universidade Católica do Paraná, Curitiba, 2003.
GUIMARÃES, Luciano. A cor como informação: a construção biofísica, linguística e cultural
da simbologia das cores. 2. ed. São Paulo, Sp: Annablume, 2000. 160 p.
https://medium.com/arqueologias-do-futuro/her-o-filme-f3c5c0c732bc Acesso em
Setembro/2018.
https://thecolorsofmotion.com/detail/a-i-artificial-intelligence-2001/31 Acesso em
Setembro/2018.
https://thecolorsofmotion.com/detail/her-2013 Acesso em Setembro/2018.
https://thecolorsofmotion.com/detail/mad-max-fury-road-2015/7 Acesso em
Setembro/2018.
https://www.fastcompany.com/3023518/designing-a-future-of-comfort-color-and-
gorgeous-gadgets-in-her Acesso em Setembro/2018.
PEDROSA, Israel. Da cor à cor inexistente. Rio de Janeiro: Ed Léo Cristiano, 2002, p. 107 -
119.

Sobre os autores
Ana Caroline Bastos
anacaroline.bastos@hotmail.com
Universidade Federal de Alagoas

Danielly Amatte Lopes


danielly.lopes@fau.ufal.br
Universidade Federal de Alagoas

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