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Este material é parte integrante do curso A Fórmula dos Projetos Culturais

Flaviano Souza e Silva - Todos os direitos reservados


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PALAVRA INICIAL

“Aquele cuja face não brilha, nunca será uma estrela.”

William Blake

A elaboração de projetos culturais é, sem dúvida, um gargalo na produção cultural. Muitas boas ideias
fenecem pelo simples fato de não conseguirem um veículo que as transforme em projetos palpáveis.

De fato, escrever um projeto cultual de qualidade é uma expertise de poucos. Somente esses poucos
“agraciados” é que se beneficiam dos recursos disponíveis, repassados através dos diversos editais pró-
cultura existentes no nosso país.

O cenário atual é de frustração da maioria dos artistas, que, por não conhecerem boa parte dos
mecanismos de incentivo à cultura, acabam acreditando que a opção de viver de arte no Brasil é uma
tarefa impossível.

Não vou mentir: viver de arte por aqui não é tarefa das mais fáceis, mas, garanto, não é impossível. Digo
isso por experiência própria.

Sou do grupo que nunca teve privilégios. Nunca ganhei nada de mão beijada. Nunca fui beneficiado neste
ou naquele processo em detrimento de alguém mais merecedor. Me orgulho desse fato.

Mesmo assim, há anos, vivo exclusivamente de arte e cultura. E como consegui isso? Através de editais
que, de modo justo, oferecem um quinhão de recursos a projetos verdadeiramente merecedores.

E para conseguir esses recursos − que existem, posso garantir −, não há mágica. Basta inscrever seus
projetos para concorrer a eles.

Hoje em dia, se você não tem um mecenas que alimente seus sonhos e desejos a qualquer custo, então,
você está “correndo atrás”. Com seu projeto debaixo do braço, você vai de porta em porta atrás de
recursos. O jogo é esse, e, olha, tem muita gente jogando!

Nesse jogo difícil de ser jogado, mas nem de longe impossível de ser vencido, sai na frente aquele que
tem um projeto mais bem elaborado, que não deixa dúvidas dos motivos pelos quais ele deve ser
patrocinado.

Quem não tem um bom projeto está ficando para trás, bem para trás.

Quantos projetos piores do que a sua ideia você já viu acontecer e se perguntou: por que eu não consigo
por minhas ideias em prática?

A resposta é simples: essas pessoas elaboraram e apresentaram bons projetos. Deram a cara a tapa e
chegaram lá. A verdade é que você precisa se mover, sair do lugar da frustração e partir para a ação.

Espero que este material seja um passo importante para você caminhar rumo à realização dos seus
objetivos. Elaborar projetos de qualidade, que possam concorrer de igual para igual em qualquer edital
que você desejar. Viva a nossa cultura!

Flaviano Souza e Silva

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APRESENTAÇÃO

“A pedra preciosa de que falo é

É inteiramente redonda e igualmente Plana

Em todas as suas partes.”

Ruysbroeck o Admirável

Este livro oferece um entendimento de como organizar uma sequência de elaboração de projetos culturais
completos, de qualidade e competitivos. Com todas as etapas necessárias para que estejam aptos a
concorrerem aos diversos editais de incentivo à cultura do nosso país.

Sua metodologia propõem um método intuitivo e de fácil compreensão. Baseia-se em uma sequência
lógica de etapas, às quais chamo de passos, em que cada passo dado auxiliará na construção do próximo,
de modo sucessivo.

Ao final de 12 passos o projeto estará criado, com todas as etapas básicas necessárias a um bom projeto
cultural. Naturalmente, dependendo do edital ao qual o projeto será submetido, pequenas adaptações
serão necessárias.

Trata-se de um material de distribuição gratuita e foi criado para oferecer a empreendedores culturais -
artistas, produtores e gestores das diversas áreas do fazer artístico - uma ferramenta útil para atingirem
os seus objetivos.

Tem como finalidade, portanto, auxiliar artistas para que possam concorrer aos recursos financeiros
disponibilizados para a arte no Brasil, tornando a distribuição destes valores mais democrática e justa.

A metodologia proposta foi criada por mim e faz parte do curso A FÓRMULA DOS PROJETOS CULTUAIS.
Caso queira conhecer, basta clicar na imagem abaixo.

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O PASSO A PASSO

“Toda pessoa sempre é as marcas das lições diárias de outras tantas pessoas.’

Gonzaguinha

Vamos ver, então, qual é o caminho que a sua ideia deve trilhar para se transformar em um projeto de
qualidade, competitivo e apto a concorrer em qualquer edital de cultura.

1º PASSO - A PREPARAÇÃO

A condição primordial

Ao iniciarmos a nossa jornada rumo à elaboração do nosso projeto, é necessário, por alguns momentos,
olharmos um pouco para nós mesmos e para as nossas condições. Para que tudo funcione de modo
perfeito, antes de tudo, é fundamental estarmos tranquilos e firmes do ponto de vista psicológico.
Precisaremos, também, estar organizados do ponto de vista das condições materiais. Ambiente interno
(psicológico) e ambiente externo (condições físicas) são as duas condições primordiais para elaborarmos
os nossos projetos de modo tranquilo e eficaz.

O Ambiente interno

Ao falarmos de preparação do ambiente interno para a boa elaboração de projetos, é claro que estamos
falando de preparar bem a nossa mente. Precisamos ser capazes de acreditar no nosso projeto.

Apontaremos aqui alguns padrões mentais que geralmente não nos ajudam no momento de pensarmos e
elaborarmos os nossos projetos. Assim, é bastante aconselhável ficarmos atentos a estes
comportamentos, que acabam sabotando a nossa produção cultural.

Não seja excessivamente AUTOCRÍTICO. Geralmente, nós, empreendedores culturais, gostamos de


tudo muito bem organizado e sendo realizado da melhor maneira possível. Isso, inclusive, é um ponto
positivo. Realizar tudo da melhor forma possível, dedicar-se ao máximo para que tudo aconteça bem e ser
autocrítico (crítico com nós mesmos) é natural e demonstra que temos responsabilidade e levamos o nosso
trabalho a sério.

O problema é quando a nossa autocrítica é elevada ao extremo, ao ponto em que nos congela e não nos
deixa evoluir. Isso se dá quando chega ao nível em que tudo o que pensamos já vem com uma crítica logo
em seguida.

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Não seja VÍTIMA. Quando achamos que ninguém nos entende, ninguém nos escuta, que somos pobres
coitados, tendemos a ter sentimentos de abandono, solidão, dramaticidade, melancolia, raiva e outros
pensamentos negativos. Isso pode nos levar a um quadro de depressão e de dificuldade de relacionamento
com outras pessoas.

Assim, toda a vontade de realização dos projetos fica comprometida com esses conflitos emocionais
internos. As pessoas geralmente se afastam de quem se considera vítima, porque se sentem mal por não
poder ajudá-las e, também, porque não conseguem agradá-las.

Não seja PERFECCIONISTA. A pessoa perfeccionista quer que tudo saia da maneira mais perfeita
possível e imaginável. Não admite deslizes, equívocos ou problemas de ninguém, e muito menos dela
mesma. O problema é que, quando a coisa não sai do jeito perfeito que ela quer, ela fica frustrada e
decepcionada consigo mesma.

Ser perfeccionista não ajuda em nada na elaboração e desenvolvimento dos projetos. É claro que
queremos que nosso projeto seja o melhor possível, mas não podemos esquecer que estamos na etapa
da elaboração, em que tudo pode ser alterado mais à frente e, certamente, muita coisa realmente será
mudada.

Não seja SEM FOCO. Estou falando da pessoa que não mantém o foco no seu projeto e, por qualquer
motivo, o deixa de lado. Seja para ajudar outras pessoas, seja para participar de outros projetos, ou então
por motivos bobos, como distrações que não ajudam em nada (séries de TV, filmes etc.).

O “sem foco” acaba sabotando seu projeto ao procrastinar, atrasar a sua escrita. Sempre deixando para
outro dia, para outro momento, para quando se sentir melhor, para quando tiver as condições adequadas...
assim, o projeto não é elaborado nunca, ou fica pronto fora do prazo.

O “sem foco” parece não perceber que o seu projeto não se escreverá sozinho. É preciso manter o foco
para conquistar o seu objetivo final, ter seu projeto elaborado.

A Resistência e A persistência

Temos em nós duas forças que estão em luta constante entre si.

A Resistência é um mecanismo de defesa do nosso corpo, que atua quando nos deparamos com
sentimentos como o medo, o receio, a apreensão, a insegurança e a preocupação. Sem dúvida, quando
estamos em uma situação de risco físico, ou seja, de nos machucarmos fisicamente, ou em uma situação
de risco mental, de nos machucarmos psicologicamente, naturalmente ficamos resistentes em realizar a
ação que vai nos fazer mal.

Quando estamos mergulhados em um processo de criação, ou seja, de conceber algo novo, como uma
música, uma coreografia, uma peça de teatro ou a elaboração de um projeto, é muito comum ficarmos
resistentes. É normal e totalmente humano questionarmos as ideias dos nossos projetos no memento de
sua escrita. Será que vai dar certo? Será que estou pensando do jeito correto? Será que o púbico vai
gostar?

Como diz Isaac Newton em sua terceira Lei (A Lei da Ação e Reação), todas as forças surgem aos pares,
com igual intensidade, mas com sentidos opostos. É claro que essa lei se aplica à mecânica clássica,
coisa de físicos, mas gostaria de fazer um paralelo em relação às forças mentais que estamos
descrevendo.

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Se temos em nós a Resistência, uma força que pretende fazer com que, entre outras coisas, não
cumpramos os nossos objetivos, felizmente, temos também uma outra força que tem uma função oposta,
a Persistência. Ela faz com que consigamos cumprir os nossos objetivos e é uma força que, podemos
dizer, age de modo contrário à nossa Resistência.

Ser persistente, no caso da elaboração de projetos, é acreditar e insistir na ideia, acreditar que ela pode
se transformar em um grande projeto. Ser uma pessoa persistente é fazer com a que a persistência vença
a batalha mental contra a resistência, fazendo com que consigamos seguir em frente com o nosso projeto.

Sem dúvida, temos que fazer com que a nossa mente vença a batalha contra a persistência, já que, se
somos resistentes, nos congelamos e, se somos persistentes, seguimos em frente. Elaborar um projeto é
um passo a passo que, obrigatoriamente, nos faz seguir em frente. Então, sigamos.

O Ambiente externo

Agora que já entendemos um pouco sobre as forças que atuam em nossa mente, e já sabemos que temos
que trabalhar para que a nossa resistência não vença a nossa persistência, é hora de colocar a mão na
massa. É hora de criarmos o ambiente que nos inspire e nos auxilie na escrita do projeto.

Existe uma característica, uma qualidade, muito importante quando se trata de trabalhar com projetos
culturais, assim como com quase tudo na vida. A Organização.

Ser uma pessoa organizada auxilia muito o trabalho da nossa persistência. Ser organizado é fundamental
para que criemos bons hábitos de convivência com os outros e com a gente mesmo.

O indivíduo organizado, no meio artístico, muitas vezes é estigmatizado, chamado de careta. Muitos acham
que o artista pode ser desorganizado e aleatório, que isso faz parte da natureza e do glamour da profissão.
Isso é um grande engano.

Os grupos artísticos mais conceituados e sérios prezam muito pela pontualidade e pela organização nas
suas atividades, os ensaios devem começar na hora certa e ter hora para acabar. Todos devem apresentar
suas tarefas de casa, seja lá qual for a atividade desenvolvida. Teatro, música, dança ou qualquer outra.
Os trabalhos de escritório devem ter seus prazos para serem finalizados, e devem ser realizados dentro
de combinações pré-estabelecidas.

Artistas desorganizados, cada vez mais, têm sido preteridos em relação aos mais organizados, que,
mesmo não sendo tão brilhantes, conseguem realizar as suas entregas nos prazos e nas formas
acordadas.

Então, o primeiro passo para prepararmos o nosso ambiente externo é melhorarmos a nossa organização.
Existe fórmula para isso? Digo que não, mas algumas atitudes auxiliam bastante para darmos passos à
frente. Vamos falar de três delas:

Atitude 1 - Organize o seu tempo

Organizar o horário de trabalho talvez seja o passo mais importante para conseguirmos algo precioso e
fundamental: tempo. É comum dizermos que não temos tempo para nos dedicarmos como gostaríamos
às nossas atividades. Mas, se notarmos bem, na maioria das vezes, não dividimos o nosso tempo muito
bem. Não conseguimos organizá-lo de modo que nossas obrigações e nossos objetivos tenham
preferência sobre o nosso entretenimento. Para organizar o seu tempo, sugiro que você:

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 Organize a sua agenda, definindo os horários que vai dedicar para a elaboração do seu projeto;
 Reserve, se possível, os horários em que você se sente com mais energia para se dedicar à
elaboração do seu projeto;
 Reserve também um tempo para outras atividades, como estudos, família e entretenimento;
 Respeite essa agenda criada. Não adianta nada fazer a agenda e não segui-la;
 Refaça a agenda, caso não esteja dando certo, até que consiga chegar a um cronograma que te
favoreça a elaborar o seu tão sonhado projeto.

Atitude 2 - Organize o seu lugar

Ter um ambiente de trabalho adequado, que te inspire e te forneça condições para o trabalho é
fundamental. E esse é o ponto em que gostaria de focar neste momento. Como está o seu ambiente de
trabalho? Ou melhor, você tem um ambiente de trabalho definido? Se não tem, precisa criar um o mais
rapidamente possível. Se já tem, você acha que ele está bem organizado? Você acha que ele está
contribuindo para o seu trabalho? Para organizar o seu lugar, pense nisso:

 Tenha um espaço seu, de preferência só seu, quando for possível;


 O espaço deve estar acessível nos horários em que você desejar trabalhar;
 O espaço deve ser bem iluminado e arejado;
 O local dever estar silencioso no momento do trabalho;
 O local deve estar livre de interferências e distrações, como rádio, TV, mídias sociais, e conversas
paralelas;
 O local deve ser inspirador, com imagens, frases e lembranças motivadoras;
 Pense no que você precisa no seu espaço: mesa, cadeira, computador, Internet, luminária e fone
de ouvido são alguns itens importantes.

Atitude 3 – Organize o seu material

Organizar o material de trabalho é tê-lo às mãos e aos olhos sempre que desejar. Você tem todos os
materiais de que você realmente precisa para trabalhar? Que tal pensar mais sobre o que você realmente
precisa? Como exemplo, listo abaixo alguns itens que considero importantes.

Livros, jornais, revistas e apostilas – Esses itens são importantes para embasarmos teoricamente o
nosso projeto, e também para conhecermos o que já foi feito nesse sentido. Pesquise sobre eventos
semelhantes já realizados ou sobre qualquer projeto que te inspire a escrever o seu. Pesquise sobre
grupos e artistas que se dedicam à mesma atividade cultural que a sua.

Computador e Internet – Para pesquisas on-line, naturalmente, necessitaremos da Internet. Pesquise


sites de grupos artísticos, vídeos de projetos, livros, apostilas e revistas gratuitas. Hoje em dia, há vários
sites que oferecem material gratuito para download. Faça seu acervo virtual. Baixe e organize tudo em
pastas no seu computador, junte com o material que você já tem guardado. O que não for possível baixar,
salve os links para futuras consultas.

Imagens e frases motivadoras – Procure coisas que te motivam e que te façam seguir em frente, que te
tragam energia, inspiração, vontade de amar e mudar as coisas e a vida das pessoas para melhor.

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Caderno – Este é um dos itens que considero mais importantes. Ter um caderno que você leve sempre
com você é fundamental para realizar anotações rápidas de pessoas, fontes de pesquisa e das ideias que
surgem ao acaso.

Quadro de anotações – O quadro pode servir para colocar as suas imagens e frases motivadoras, assim
como a sua agenda de trabalho, suas anotações pessoais, as fontes de pesquisa ou qualquer outro item
que contribua com a sua escrita.

Folhas de rascunho – Muitas pessoas preferem rascunhar as suas ideias antes de colocá-las no
computador. Preferem fazer gráficos e organogramas para imaginar os processos de execução, elencar
parceiros etc.

Calculadora – Este item será importante no momento de realizarmos o orçamento do nosso projeto. A
calculadora trabalhará em conjunto com o Excel do seu computador. Este item é bem fácil de ter à mão,
uma vez que todos os celulares hoje em dia disponibilizam ótimas calculadoras.

Caneta, lápis e borracha – Juntamente com o papel, estes são os itens básicos para a escrita. Caso não
tenha computador, será assim que você elaborará o seu projeto. Alguns gostam de utilizar cores diferentes
de canetas, acham que ajuda no entendimento. Outros preferem uma cor só, são mais monocromáticos.

Blocos de anotação – Algumas pessoas gostam de utilizar bloquinhos de anotação, tipo Post-it®, de
várias cores e tamanhos, pois acham que, assim, o pensamento fica mais organizado. Se você é um
desses, inclua-os em sua lista de necessidades.

Aqui está a nossa lista básica de materiais:

 Livros, jornais, revistas e apostilas;

 Computador e Internet;

 Imagens e frases motivadoras;

 Caderno;

 Quadro de anotações;

 Folhas de rascunho;

 Calculadora;

 Caneta, lápis e borracha;

 Blocos de anotação.

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2º PASSO – IDEIA X PROJETO

Ao iniciarmos este texto, é bom deixar uma questão bem clara: ideia não é projeto.

É muito comum ouvirmos as pessoas dizerem que têm um ou mais projetos na cabeça, e aí já está o
primeiro equívoco. Se a ideia está na cabeça, ela não é um projeto. Por mais que esteja detalhada, mais
ou menos desenvolvida, ela, ainda assim, habitará o fantástico campo das ideias.

Muitas são as pessoas que me dizem que têm um projeto e que querem realizá-lo. Porém, quando faço
alguns questionamentos práticos, como “qual é o objetivo? Qual é o local de realização? Qual é o público-
alvo? Qual é o orçamento? Quais são os planos de divulgação e de distribuição?”, as pessoas não
conseguem responder.

Isso porque, apesar de elas, muitas vezes, já terem uma boa noção das questões que querem tratar e
ações que querem realizar, ainda não formataram a ideia. Ou seja, não organizaram todos os pensamentos
que compõem a ideia principal do projeto, transformando-os em ações concretas, divididas em etapas de
trabalho, por meio de textos e planilhas coerentes.

Muitas vezes, os empreendedores culturais passam alguns textos e informações da cabeça para o papel,
mas de modo incompleto ou desorganizado do ponto de vista estrutural. Passar as ideias que comporão
o projeto para o papel é um passo importante. Mas, em seguida, será necessário desenvolver e transformar
esses textos, muitas vezes aleatórios, em um material com uma formatação específica, divididos em
tópicos, para que possamos finalmente anunciar que temos um projeto elaborado.

A sua ideia pode ser a melhor do mundo, mas, se você não a apresentar de modo que todos possam
entendê-la e conhecê-la, ela será para sempre uma ideia e, infelizmente, nunca passará disso.

Então, colocar a ideia no papel de modo formatado em tópicos é exatamente o que chamamos de escrever
o projeto. Isso é fundamental para que ela se fixe, para que possamos pensar em todas as suas nuances.

Mesmo que tenhamos a ideia do projeto bem desenvolvida na cabeça, é muito improvável que todas as
partes fundamentais do projeto tenham sido pensadas de forma individual e minuciosamente detalhada.
Por exemplo, será que conseguimos saber de cabeça quanto vai custar o nosso projeto? Será que
sabemos de cor todos os itens da planilha orçamentária? Quantas vezes cada um desses itens será
necessário? Quais são os seus valores unitários, e o valor total de cada um?

Podemos dizer que o primeiro motivo fundamental para escrevermos o projeto é para que ele se apresente
para nós mesmos. Para que nós, seus criadores, o reconheçamos melhor, entendamos suas
características. Para que possamos compreendê-lo e aperfeiçoá-lo, minimizando ou eliminando suas
franquezas e potencializando os seus pontos positivos. Então, escrever o projeto, antes de tudo, é um ato
para nós mesmos.

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O segundo motivo fundamental para escrevermos o projeto é para que outras pessoas tenham acesso ao
que se pretende ser realizado − para que ele possa ser inscrito em editais, como leis de incentivo e
prêmios.

Um projeto só será passível de boa avaliação por bancas e comissões avaliadoras se ele conseguir
transmitir as ideias para os avaliadores de modo sistematizado, seguindo determinada metodologia para
que todos os seus aspectos teóricos, técnicos e práticos sejam passíveis de entendimento e avaliação, a
partir única e exclusivamente do acesso ao material escrito.

Um projeto bem escrito deve passar a totalidade da sua ideia no momento da sua leitura. Se seu projeto
depender de outras fontes de explicação, como vídeos, fotos ou falas do seu criador, é sinal que ele está
incompleto. É claro que outras fontes de apresentação podem e devem ser utilizadas, mas como ilustração
e enriquecimento da ideia apresentada, e não como elemento obrigatório para o entendimento da ideia.

Ainda hoje, podemos dizer que se configura como um desafio para um número muito grande de
empreendedores formatar os seus projetos culturais. Para que a nossa cadeia cultural se desenvolva, é
altamente necessário que os empreendedores culturais trabalhem suas habilidades no sentido de
conseguirem transformar as suas ideias em um projeto cultural, ou seja, transformá-las em um conjunto
de documentos dentro de uma certa norma, para a captação dos recursos necessários para a sua
realização.

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3º PASSO – O NOME DO PROJETO

Uma das coisas mais difíceis na elaboração de um projeto cultural, sem dúvida, é a escolha do nome. Até
os empreendedores mais experientes e criativos esbarram nessa dificuldade.

Dar nome ao nosso projeto, de alguma forma, traz uma responsabilidade a mais para o seu criador. A
partir desse momento, a ideia que estava na cabeça, ainda de modo aleatório, passa a se posicionar de
forma diferente, deixando de ser apenas uma ideia para iniciar a sua jornada em direção à sua
concretização como projeto, e isso, é claro, traz ansiedade.

O medo de estarmos escolhendo um nome que não vai condizer com a grandiosidade do projeto e com o
seu potencial realizador é sempre perturbador e costuma tirar o nosso sono. Temos muito medo de que o
nome escolhido, de alguma forma, prejudique a carreira do nosso projeto, afaste parceiros, ofenda
pessoas, seja incompreendido e por aí vai.

Entretanto, tenho uma boa notícia. Ao contrário do registo civil do nome de uma criança, que depois de
feito é difícil de mudar, a escolha do nome do projeto não precisa ser definitiva. Está em dúvida? Coloque
um nome provisório, apenas para cumprir a etapa. Como o projeto está em desenvolvimento, tudo nele
pode mudar.

A escolha do nome, além de tudo, quase sempre é um momento simbólico, cheio de significados. Então,
não se preocupe se o nome pré-escolhido não te satisfez. Provavelmente, em algum momento do
processo, outros nomes mais interessantes vão surgir de modo espontâneo.

Talvez, você pode até perceber que o nome que escolheu a priori é realmente o mais adequado para o
seu projeto. Pela minha experiência, posso afirmar que, algumas vezes, a primeira escolha também pode
ser a melhor. Entretanto, neste momento de elaboração, as coisas dificilmente nascem prontas e
acabadas. É preciso lapidar tudo. Nessa fase, absolutamente tudo estará sujeito a mudanças.

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4º PASSO – OS OBJETIVOS E AS METAS

Os Objetivos

O objetivo é o elemento fundamental na elaboração de um projeto. Podemos dizer que ele é o coração
do seu empreendimento. Por isso, ele deve ser descrito de forma clara e muito bem definida.

Um objetivo bem determinado é fundamental para o sucesso do projeto, uma vez que todas as ações
desenvolvidas serão exclusivamente para que o seu objetivo seja alcançado.

Podemos dizer que:

O objetivo é o ponto que queremos alcançar, o alvo que queremos atingir. Deve ser definido com o máximo
de cuidado e atenção.

Alguns editais solicitam que os objetivos sejam divididos em duas partes:

Objetivo geral – A definição mais ampla do que queremos realizar.

Objetivos específicos – As ações que realizaremos para cumprir o objetivo geral.

Algumas perguntas que auxiliam na elaboração dos nossos objetivos são: O que? Qual é a quantidade?
Quando? Onde? Por quanto tempo?

As Metas

Metas são níveis de desempenho que queremos alcançar. No caso dos projetos, podemos dizer que as
metas são os números que queremos que o projeto alcance, como o número de pessoas em um evento
ou o número de vendas de um determinado bem durável, por exemplo.

As metas devem mostrar quantitativamente, por exemplo, o número de cidades que receberão o projeto,
o número de beneficiários, o número de apresentações etc.

Podemos dizer que:

As metas devem ser ações concretas que podemos contar (quantificar). Com elas, é possível, também,
avaliar a qualidade, o desenvolvimento e a efetividade do projeto proposto.

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5º PASSO – A JUSTIFICATIVA

Muitos são os motivos que justificam a realização de um projeto cultural. Projetos culturais interessantes,
que contribuem verdadeiramente para o desenvolvimento humano, se justificam por si só e, em um mundo
perfeito, não deveriam necessitar de uma justificativa formal.

Por que os bons projetos culturais devem ser realizados? Porque tratam de arte e cultura, porque nos
fazem diferir dos animais irracionais e nos valorizam como seres humanos, porque ensinam e divertem,
porque geram bem-estar, porque desopilam o nosso fígado, porque nos deixam de bom-humor, porque
nos proporcionam higiene mental, porque nos fazem seres humanos melhores, porque fazem bem para o
corpo e para a alma.

Imagino que você e eu estejamos de acordo com pelo menos com boa parte desses motivos.

Somos artistas, somos sonhadores, somos criativos, pensamos e desejamos realizar projetos ligados à
cultura e à arte. A quantidade possível de projetos que podemos escrever é diretamente proporcional à
quantidade de ideias geradoras que conseguimos imaginar. E se as nossas ideias criativas podem beirar
o infinito, então, os projetos culturais também tendem a beirar esse mesmo infinito.

Por outro lado, como são quase infinitas as ideias criativas e seus projetos originados, surge uma questão
que precisamos encarar. Existem muitos tipos e formas de projetos possíveis. Existem muitas áreas e
segmentos culturais em que podemos atuar. Existe um grande número possível de públicos para atender.
Então, é claro que não conseguiremos, com nosso projeto cultural, atender a tudo e a todos. É preciso
limitar as ações porque, como sabemos, não é possível abraçar o mundo. “Quem tudo quer, nada
consegue”.

Limitar as ações do projeto nada mais é do que definirmos “o que” ele pretende. Isso já fizemos na etapa
dos objetivos.

Agora, é preciso dar uma justificativa ao objetivo definido. Precisamos explicar, muito bem explicado, o
que faz com que o nosso projeto seja tanto ou mais eficaz e importante do que outros projetos. Precisamos
deixar bem claro os verdadeiros motivos da sua realização. Enfim, precisamos explicar o “por quê” da sua
existência e a sua importância.

Para convencer alguém sobre a relevância do nosso projeto, podemos escrever sobre a sua importância,
sobre os fatores que o tornam diferente e original, sobre o ineditismo de seu produto cultural, sobre
possíveis desdobramentos futuros, sobre os benefícios que ele poderá oferecer e as reflexões que ele
poderá proporcionar.

Um projeto pode, por exemplo, ter a sua importância definida por divulgar trabalhos de relevância e
qualidade já reconhecidos, como a circulação de um grupo ou de um artista consagrado, que tem tanto a
oferecer do ponto de vista cultural e artístico que torna essencial que muitos tenham a oportunidade de
usufruir do seu trabalho.

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Mas um projeto pode, também, ter a sua importância definida por outros motivos de mesmo modo
relevantes, como por fomentar o mercado da cultura e a economia criativa de determinado local, ou por
oferecer oportunidade para que projetos não muito usuais tenham espaço de realização, ou, então, por
gerar oportunidade para novos profissionais mostrarem os seus trabalhos.

Podemos dizer que:

Respondendo a estas duas perguntas, você terá uma boa justificativa em mãos:

Por que eu desejo realizar este projeto?

Por que o meu projeto deverá ser realizado?

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6º PASSO – O PÚBLICO E O LOCAL

Definir o público-alvo de um projeto é responder à pergunta “para quem o projeto será realizado”?

Definir o local de realização é responder à pergunta “onde o projeto será realizado”?

A maioria das pessoas que me procuram para desenvolvermos juntos um projeto já chegam com essas
questões em mente.

Algumas pessoas já pensaram no “para quem”: alunos da rede pública de ensino, idosos de alguma casa
de acolhimento, pacientes de algum hospital, moradores de determinada localidade etc.

Outras já têm em mente um local de preferência: um teatro, uma praça, uma escola, uma galeria, uma
construção abandonada, um projeto social etc.

Um dos principais motivos de definirmos, logo de início, o nosso local e o nosso público, diz respeito ao
impacto positivo disso em várias etapas posteriores para a sua realização.

Vai ajudar não só na escrita do projeto em si, mas em sua própria essência e características, e também
em etapas posteriores à sua escrita, como no relacionamento com parceiros, patrocinadores.

Ao definirmos o nosso público e o nosso local, teremos um dado valiosíssimo do nosso projeto.
Conseguiremos mensurar, saber a quantidade de pessoas, que o nosso projeto poderá impactar
diretamente.

Com esse número em mãos, consigo, por exemplo:

 Saber qual é a possiblidade máxima de faturamento, em caso de venda de produtos culturais;


 Convencer patrocinadores a apostarem no meu projeto, nesse caso, com o argumento de que a
sua marca será vista por muitas pessoas;
 Prever, no meu orçamento, os itens necessários de modo mais acertado;
 Construir um plano de comunicação adequado e alinhado com a real demanda quantitativa do
projeto;
 Realizar determinadas adaptações, para que o projeto atinja mais pessoas e da melhor forma
possível;
 Deixar claro para os avaliadores quantas pessoas o projeto vai alcançar diretamente.

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7º PASSO – A FICHA TÉCNICA

Definirmos a nossa ficha técnica é, basicamente, definirmos as pessoas que caminharão com a gente
durante o nosso empreendimento cultural. Para tanto, devemos nos perguntar: com quem faremos este
trabalho?

“Ninguém faz nada sozinho”. Essa frase, que, a priori, pode parecer clichê, carrega em si uma grande
verdade. No universo dos projetos culturais, como em qualquer outra atividade realizada em sociedade,
não é possível realizarmos sozinhos todas as funções de um empreendimento.

Por mais que sejamos confiantes e acreditemos no nosso potencial, que tenhamos várias expertises e
experiências, que gostemos de realizar várias atividades nós mesmos, temos que aprender a delegar
funções.

Nós, artistas e empreendedores, muitas vezes, temos uma tendência a ser desconfiados e muito
centralizadores. Queremos ver tudo certo e organizado e, por isso, recorremos a uma outra frase,
igualmente clichê: “se quiser algo bem feito, faça você mesmo”.

Essa frase, que, a princípio, parece ser de empoderamento e autoconfiança, carrega em sua estrutura
grandes doses de desconfiança no trabalho alheio e também na nossa capacidade própria de gerenciar
pessoas.

Isso porque, se não conseguimos gerir um projeto de modo coerente e correto, escolhendo um grupo de
pessoas qualificadas, delegando a elas as funções corretas, acompanhando e cobrando os resultados,
então, na verdade, o problema está em nós, na nossa capacidade como gestores.

Ser um bom gestor de projeto passa também por saber trabalhar coletivamente, escolher as pessoas
certas para as diversas funções do empreendimento, acompanhar o trabalho e os resultados de cada
pessoa escolhida, caminhando lado a lado, dando a mão e orientando a equipe para que tudo ocorra
dentro do planejado no início das atividades.

Não se engane. Precisaremos de muita ajuda para as diversas etapas do nosso projeto. Se o momento
de pensarmos sobre a ideia criativa até começarmos a passá-la para o papel, como falamos, quase sempre
é uma função solitária, o momento de pensarmos sobre a sua realização deve ser o contrário.

É fundamental que, quando começarmos a pensar em quem estará conosco na nossa caminhada,
incluamos outros artistas e outros profissionais de diversas áreas. É importante a participação de mais
gente no nosso projeto para que agreguem valor, para que apresentem novos pontos de vista e
experiências diferentes das nossas.

Cada tipo de projeto tem uma demanda de profissionais para atenderem às suas questões específicas.
Algumas funções são requisitadas em vários tipos de projetos. É o caso do produtor, profissional
indispensável em praticamente todos os tipos de empreendimentos criativos.

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Então, entre as duas frases clichês: “ninguém faz nada sozinho” e “se quiser algo bem feito, faça você
mesmo”, não tenha dúvida de que a primeira te libertará e te ajudará a definir sua equipe, enquanto a
segunda te escravizará e fará com que o seu projeto não obtenha êxito.

E como escolher as pessoas certas para as funções do meu projeto?

A dica é: não pense primeiro nas pessoas com quem você quer trabalhar, mas sim nas funções que o seu
projeto demanda. Após listar todas as funções, você poderá, com calma, pensar nas pessoas para cobrir
cada uma delas.

Podemos dizer que:

A Ficha Técnica é a nossa equipe listada de modo organizado. Ela deve indicar o nome da pessoa, a
sua função e a atividade (ou atividades) que ela realizará.

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8º PASSO – AS ETAPAS E O CRONOGRAMA

Neste passo, definiremos “Como” e “Quando” realizaremos o nosso projeto.

Para que um projeto aconteça de modo tranquilo, as suas atividades deverão ser organizadas de modo
que possamos, sem sobressaltos, planejá-las, executá-las e acompanhá-las.

As etapas de trabalhos e o cronograma são a definição da estratégia de ação que utilizaremos para realizar
o nosso projeto. Deve ser apresentada de modo detalhado e bem organizado, dentro de um período
definido, para que os objetivos do nosso projeto sejam alcançados.

Ao final, devemos ter em mãos todas as atividades agrupadas em etapas, ordenadas cronologicamente,
com início, meio e fim. Com isso, teremos a clareza de quanto tempo durará cada atividade e também
quanto tempo durará o nosso projeto.

Apresentar um bom cronograma de atividades e etapas de trabalho bem definidas demonstra organização
e domínio do projeto já no momento da sua elaboração. Isso certamente nos faz ganhar pontos com
possíveis avaliadores, parceiros e patrocinadores.

Para se definir com clareza as etapas de trabalho e o cronograma de atividades, primeiro, é importante
dividirmos todas as atividades do nosso projeto por três tipos ou níveis:

Pré-produção (ou Preparação) – São as atividades que temos que fazer preliminarmente. Ou seja, são
as atividades que devem ser cumpridas com bastante antecedência para darem suporte à execução do
projeto. Ex.: convites, contratações, reservas etc.

Produção (ou execução) – São as atividades fundamentais para a realização do meu projeto. É etapa de
operacionalização, onde ocorrem as atividades associadas à sua execução. Ex.: locações, apresentações,
registros, etc.

Pós-produção (ou finalização) – São as atividades realizadas após a realização das atividades de
produção. Estão ligadas à prestação de contas e avaliação do empreendimento cultural. Ex.: criação de
clippings, relatórios e envios de documentos para patrocinadores e órgãos de fiscalização e controle.

Após a divisão das atividades do nosso projeto por essas três categorias, devemos definir o prazo de
realização para cada uma delas. Em seguida, devemos organizar uma planilha com todas as atividades.
A essa planilha, daremos o nome de Cronograma do projeto. As atividades na planilha deverão ser dividias
por dias, semanas ou meses, de acordo com as características de cada empreendimento.

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9º PASSO – OS PLANOS

Os planos de trabalho são as estratégias que traçaremos e seguiremos para realizarmos diversas ações
dos nossos empreendimentos criativos. Devem ser desenvolvidos em forma de documentos – textos e
planilhas − para atenderem a algumas demandas fundamentais para o entendimento do próprio projeto.

Os planos também são muito úteis e, por que não dizer, fundamentais, para serem apresentados para os
parceiros e patrocinadores do empreendimento cultural.

Abaixo, alguns planos e as suas características:

Plano de divulgação

Documento que define qual estratégia usaremos para divulgar as ações do nosso projeto, ou seja, quais
ferramentas serão utilizadas para que o nosso público fique sabendo onde, quando e como poderão
acessar a programação destinada a ele.

Plano de distribuição e comercialização

O Plano de Distribuição e Comercialização é a parte do projeto em que definimos de quais formas o produto
cultural gerado pelo projeto chegará ao público. Nele, devemos elencar todas as informações relativas à
quantidade e ao preço dos produtos gerados, e também a forma de distribuição prevista, ou seja, se os
produtos serão pagos ou gratuitos.

Plano de deslocamento

Documento que demonstra quantas pessoas necessitarão de transporte na realização do nosso projeto.
Detalha minuciosamente que tipo de transporte será utilizado, a quantidade de passagens necessárias e
em quais trechos esses transportes serão realizados.

Plano de contrapartidas

Em linhas gerais, podemos dizer que as contrapartidas são o retorno concreto do projeto, ou seja, é o que
o projeto vai oferecer para os parceiros, para os patrocinadores e para o público. A contrapartida mais fácil
de compreender é a que oferecemos como resultado direto do projeto, o produto cultural que ele origina.
No entanto, existem outras. Contrapartidas de Imagem, Contrapartidas Negociais, Contrapartidas Sociais
e Contrapartidas Ambientais também são itens fundamentais em um projeto bem elaborado.

Plano de cotas

Alguns projetos, principalmente os de valores de captação mais altos, muitas vezes têm dois ou mais
patrocinadores. É comum que esses patrocinadores repassem valores diferentes para o projeto. Quando
isso acontece, é necessário que façamos um plano de cotas de patrocínio. O plano de cotas é importante
para que nenhum patrocinador saia insatisfeito e escolha não mais patrocinar os seus projetos.

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10º PASSO – AS HUMANIDADES

Gosto de chamar de humanidades as ações que fazem com que um projeto seja mais humano.
Acessibilidade, Democratização do acesso e Sustentabilidade são os itens tratados neste passo.

Esses itens, geralmente tratados como adicionais, costumam ser mais solicitados quando estamos
escrevendo projetos para editais públicos, como a Lei Federal de Incentivo à Cultura, a Lei de Incentivo
do seu estado, da sua cidade ou os diversos fundos de cultura.

Então, se eu não estiver escrevendo projetos para editais públicos, eu não preciso colocar esses itens?
Se o edital que você estiver se inscrevendo não exigir, não precisa. Mas, do meu ponto de vista, são itens
que humanizam o empreendimento e, por isso, devem ser analisados com carinho e, dentro do possível,
incluídos no momento da elaboração do projeto.

Afinal, os projetos culturais devem ter também a função de transformarem para melhor o lugar em que
eles são realizados. Então, minha sugestão é: sim, inclua esses itens no seu projeto, mesmo que de modo
simples, com ações modestas. Você vai ver que seu projeto ficará muito mais interessante e prazeroso de
ser executado.

Acessibilidade

Quando dizemos que vamos tomar medidas para que nosso projeto se torne acessível, queremos dizer
que vamos atender o público com necessidades especiais de modo diferenciado. Entram nessa lista as
pessoas com deficiência:

 Auditiva;
 Intelectual;
 Mental;
 Motora;
 Visual.

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Democratização do acesso

Democratizar o acesso a projetos culturais é fazer com que o maior número de pessoas de condições
sociais menos favoráveis tenha acesso aos produtos culturais gerados por eles. Essa ação dialoga com
as contrapartidas sociais que um bom projeto deve prever.

Podemos dizer que:

Democratizar é prever medidas de inclusão social para que pessoas menos favorecidas socialmente
estejam presentes nas ações do empreendimento cultural para consumirem os produtos culturais
gerados por ele.

Sustentabilidade

Quando se fala em sustentabilidade de um projeto, podemos pensar em duas possiblidades. A primeira


diz respeito às medidas ambientais que devem ser tomadas para prevenir, minimizar ou compensar os
efeitos de um possível impacto ambiental que, de alguma forma, o projeto possa causar. A outra
possiblidade diz respeito às medidas econômicas que o projeto vai tomar para que, em futuras edições,
se torne sustentável economicamente.

Do ponto de vista ambiental, um evento, principalmente se realizado ao ar livre, certamente vai gerar algum
impacto. Seja com geração de resíduos, consumo de energia ou emissão de gás carbônico, por exemplo.
Quanto maior o evento, maior o impacto ambiental. As medidas de sustentabilidade, no caso, serão para
reduzir ao máximo possível esse impacto.

Do ponto de vista financeiro, precisamos definir as medidas de curto, médio ou longo prazo para que o
projeto se torne sustentável no futuro, ou, pelo menos, minimize a sua dependência dos recursos públicos.

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11º PASSO – O ORÇAMENTO

Elaborar uma planilha orçamentária é responder à pergunta “quanto? ”. Quanto custa o nosso projeto?

Existe um ditado que diz que “não existe jantar sem conta”. Se você não pagar, pode ter a certeza de que
alguém terá que arcar com o custo.

Nos projetos, também é assim. Não é possível realizar um empreendimento artístico sem nenhum dinheiro.
Podemos realizar várias parcerias que vão viabilizar várias ações, mas, no final, alguém terá que pagar a
conta do jantar.

Por isso, precisamos ter uma planilha de custos, para sabermos quanto vai custar cada ação do nosso
projeto.

Se pagaremos por todo o projeto ou se conseguiremos parcerias para diminuirmos o custo final, é uma
outra história. Em todo caso, nos é obrigatório saber o que precisaremos contratar e pagar, até mesmo
para traçarmos estratégias para a criação das parcerias.

Criar uma planilha financeira pode parecer uma tarefa difícil à primeira vista. Principalmente se não temos
uma boa ideia do que o projeto vai realizar. Por isso, deixamos a criação desse item para o final da
elaboração do projeto, quando já temos a grande maioria das informações para incluirmos nas nossas
rubricas, informações que foram sendo produzidas por nós mesmos durante o processo de elaboração do
nosso empreendimento.

Então, para elaborarmos uma planilha orçamentária eficiente e coerente com toda a demanda do projeto,
basta olharmos para as demandas de cada passo que trilhamos anteriormente. Quase todos eles nos
oferecem itens de custo que deverão ser lançados no nosso plano orçamentário. Os itens estão todos lá,
basta saber onde e como procurar.

Podemos dizer que:

A planilha orçamentária nada mais é do que um documento que detalha o plano financeiro do projeto.
Ou seja, a planilha apresenta todas as despesas necessárias para a perfeita realização do nosso
empreendimento cultural. E todos os sus itens de custos estarão contidos nas diversas etapas do
próprio projeto elaborado.

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12º PASSO – A APRESENTAÇÃO

“O fim da viagem
É apenas o começo
Doutra.
É preciso recomeçar
A viagem,
Sempre.”
José Saramago

Chegamos ao último passo da nossa caminhada. O nosso projeto já está pronto. Estrategicamente,
deixaremos para escrever a nossa apresentação no final, quando já teremos todas as informações do
nosso projeto.

Essa escolha faz sentido porque, geralmente, quando fazemos a nossa apresentação logo no começo,
corremos o risco de escrevermos sobre algo que mudaremos depois, fazendo com que o texto não seja
condizente com o que o projeto apresentará. Aí, temos que modificá-lo, gerando retrabalho.

Mas, agora que tudo está pronto, escrever a apresentação será uma tarefa bem mais tranquila.

É importante citar que muitos editais não solicitam a apresentação propriamente dita. Alguns começam
solicitando já a justificativa, outros, os objetivos. Alguns deles pedem apenas um pequeno texto de
introdução e o chamam de resumo ou sinopse. Enfim, cada edital é de um jeito.

Então, este texto, que aqui estamos chamando de apresentação, pode ter muitos nomes, de acordo com
a demanda do edital de que vamos participar. Ele, inclusive, pode não ser necessário, mas é importante
deixá-lo pronto para qualquer necessidade.

A terminar a apresentação, seu projeto estará totalmente elaborado e apto a concorrer nos diversos editais.
Aí, é hora de começar a pensar na elaboração de outro. Vida que segue...

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PALAVRA FINAL

“Um tolo não vê a mesma árvore que um sábio”.

William Blake

Chegamos ao final do nosso conteúdo. Espero que ele tenha lhe auxiliado de alguma forma e que tenha
realizado alguma transformação para melhor em sua carreira de artista e empreendedor cultural.

Este material é parte do meu curso A FÓRMULA DOS PROJETOS CULTURAIS, que desenvolvi a partir
de minha experiência de 20 anos no mercado cultural, tendo me dedicado quase que exclusivamente a
compreender e elaborar projetos para os diversos editais de cultura existentes no país.

A ideia foi criar um material que auxiliasse na perfeita elaboração de projetos de qualidade e competitivos,
aptos a participarem dos diversos editais espalhados por este Brasil afora.

Então, criei um passo a passo muito fácil e intuitivo por meio do qual qualquer pessoa, até mesmo quem
nunca escreveu um projeto, consegue chegar ao final da caminha com seu projeto completamente
elaborado.

Durante o curso, você vai criando o seu projeto junto comigo, para que, no final, tudo esteja pronto.
Conheça mais sobre o curso a seguir, clicando na imagem abaixo ou continuando aqui no e-book.

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CURSO A FÓRUMULA DOS PROJETOS CULTURAIS

CONHEÇA O CURSO QUE VAI TE COLOCAR EM OUTRO PATAMAR NA ELABORAÇÃO DE


PROJETOS CULTURAIS COMPETIVOS, DE QUALIDADE E APTOS A CONCORREREM EM
QUALQUER EDITAL QUE VOCÊ DESEJAR.

MÓDULOS (PASSOS) A QUE VOCÊ VAI TER ACESSO NESTE CURSO

Introdução – Aqui, você receberá dicas de como fazer o curso e utilizar a plataforma de modo mais eficaz,
utilizando todas as suas ferramentas de interação diretamente comigo.

1º passo – Preparando o ambiente da escrita – Aqui, você vai receber dicas para melhorar o seu
ambiente de trabalho interno (psicológico) e externo (seu lugar e suas coisas), para acelerar o seu
processo de elaboração.

2º Passo – Ideia x Projeto – Aqui, você vai entender exatamente a diferença entre ideia e projeto. Também
receberá dicas para turbinar a sua criatividade, além de entender a diferença entre projetos bons e ruins.

3º Passo – Dando nome ao projeto – Aqui, você vai receber dicas de como pensar em um bom nome
para seu projeto, através de exemplos de projetos com nomes bem criativos.

4º Passo – Os Objetivos e as Metas – Aqui, você vai aprender a definir claramente os objetivos e as
metas do seu projeto a partir de cinco perguntas básicas.

5º Passo – A justificativa – Aqui, você vai aprender a elaborar a sua justificativa a partir de um texto de
parágrafos simples.

6º Passo – O Público-alvo e o Local de realização – Aqui, você vai aprender a definir o seu público e
local de realização a partir de duas perguntas básicas, que ajudarão você a determinar, com critérios
relevantes, para quem, para quantos e onde será realizado o seu projeto.

7º Passo – A Ficha técnica e a Equipe do projeto – Aqui, a partir das demandas do projeto, você vai
receber informações de como escolher a sua ficha técnica, a partir de exemplos de funções fundamentais
para você se inspirar.

8º Passo – As Etapas de trabalho e o Cronograma de atividades – Aqui, você vai aprender a dividir o
seu projeto em etapas e realizá-lo a partir de um cronograma bem definido, de modo mais organizado e
sem desespero.

9º Passo – Planos – Divulgação, Comercialização, Distribuição, Deslocamento, Contrapartidas e


Cotas de patrocínio – Aqui, você vai aprender a criar detalhadamente as estratégias e planos do seu
projeto. Vai entender como funciona a divulgação, a comercialização e o deslocamento das pessoas do
projeto. Também aprenderá a torná-lo mais atrativo aos patrocinadores, a partir da criação das cotas de
patrocínio e das contrapartidas ao patrocinador.

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10º Passo – Acessibilidade, Democratização e Sustentabilidade – Aqui, você vai compreender como
tornar seu projeto acessível às pessoas com necessidades especiais, democrático em relação à
participação de pessoas socialmente menos favorecidas e sustentável em relação ao trato com o planeta.

11º Passo – O Orçamento – Aqui, você vai aprender a criar a planilha orçamentária do seu projeto a partir
de itens de custo, que você irá definindo durante a elaboração do seu empreendimento. A metodologia
torna a criação mais fácil e muito intuitiva.

12º Passo – A Apresentação – Aqui, você vai criar a apresentação do seu projeto. Estrategicamente
colocado no final da metodologia, o texto será totalmente baseado em informações já criadas
anteriormente, bastando que você apenas elabore um pequeno texto a partir de orientação simples e
específica.

COMO FUNCIONA O CURSO?

Esse treinamento acontece dentro de um portal de alunos, uma área exclusiva e fechada para membros.

Lá, você terá acesso a videoaulas com vários materiais de apoio.

Há um local específico para você fazer perguntas diretamente a mim. Além disso, você poderá avaliar
cada aula, dando feedbacks positivos e negativos.

Ao fazer sua inscrição, você receberá imediatamente o seu acesso por e-mail, e você pode assistir às
aulas quantas vezes quiser e no seu horário, de acordo com sua rotina.

PARA QUEM É DESTINADO ESTE CURSO?

 Quer passar várias ideias da cabeça para o papel;

 Quer tirar seus projetos da gaveta, mas não sabe como iniciar;

 Quer aprender a elaborar textos e planilhas;

 Quer ajudar seu grupo artístico a entrar de verdade no mercado;

 Quer ter seus projetos aptos a concorrerem a qualquer edital;

 Quer inscrever projetos em editais;

 Quer inscrever projetos em leis de incentivo − municipal, estadual e/ou federal;

 Tem pressa em aprender a elaborar projetos de qualidade;

 Quer aprender uma nova expertise, a de elaboração de projetos;

 Quer dicas de produção cultural;

 Quer ganhar um dinheiro extra como elaborador de projetos.

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VEJA A OPINIÃO DE QUEM JÁ FEZ O CURSO

O Curso A Fórmula dos Projetos Culturais me ajudou muito na elaboração dos meus projetos artísticos. Antes
eu elaborava projetos, mas sem saber bem o que colocar em cada etapa. Isso fazia com que o resultado não
fosse muito interessante. Cheguei a perder alguns patrocínios por não ter o projeto aprovado no tempo
correto. Depois que investi no curso, tudo está mais fácil. Consigo elabora e aprovar os meus projetos com
muito mais facilidade e agilidade. Já estou vendo resultados. Valeu cada centavo que investi.

Maestro Rodrigo Garcia


Banda Cartoon – Fractal Orchestra – Orquestra Mineira de Rock

Participei, como aluna, do curso "A fórmula dos projetos Culturais", ministrado junto à Secretaria Municipal
de Educação de Ouro Preto, pelo produtor cultural Flaviano Souza e Silva. A cada encontro, todos nós, alunos,
tivemos acesso a conteúdos fundamentais para a elaboração de projetos culturais e a captação de recursos
para desenvolvê-los. Todo o conteúdo foi apresentado de forma interativa, do que resultou um aprendizado
conceitual e prático que me possibilitou, e a todos os demais, a compreensão necessária para elaborar projetos
significativos, eficazes e de fácil aceitação no mercado cultural.

Cláudia Gomes Pereira


Coordenadora do Programa Municipal de Educação e Patrimônio Ouro Preto, o meu lugar!

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Eu nunca havia elaborado nenhum projeto na área. Achava complicado trabalhar com grande desenvoltura
com material cultural. Depois que fiz o curso A Fórmula dos Projetos Culturais do Flaviano, consegui elaborar
meu primeiro projeto completo. Até mesmo a planilha orçamentária, que nunca imaginei como poderia ser
feita, consegui fazer de modo muito fácil, intuitivamente. É um curso fabuloso e apaixonante. Garanto que,
com ele, qualquer pessoa consegue elaborar projetos. Não só para a área cultural, mas também para qualquer
área social. Recomendo.

Lucimara Mendonça
Empreendedora

Independente da área, no mundo do trabalho é cada vez mais difícil a gente se deparar com pessoas que, além
da experiência prática, possuem vivência afetiva e capital cultural para dar conta dos processos em que estão
envolvidos. O trabalho desenvolvido por Flaviano é atravessado por essas duas dimensões, vivência prática e
teórica, além de capacidade reflexiva, estratégica e analítica, algo raro no mundo de hoje. Tive a oportunidade
de ter Flaviano como colega (em departamentos diferentes, mas sempre em diálogo), em um grande projeto
cultural, de abrangência nacional, e chancelo a excelência do trabalho desenvolvido por ele.

Saulo Rios
Consultor de Comunicação e Jornalista Cultural

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O Curso é muito bom. Ofereceu muita informação para que eu pudesse começar a elaborar os meus projetos
de forma mais profissional e, assim, começar a buscar patrocínios com muito mais possibilidade de êxito. O
curso é muito bem distribuído na plataforma e a possiblidade de fazer no meu ritmo fez toda a diferença. A
plataforma é muito boa e ajuda demais no entendimento e no contato com o Flaviano. Além da plataforma
ser boa, o Flaviano respondeu meus questionamentos sempre muito rápido.

Alexandre
Empreendedor

Curti o Curso demais. Muito bom. A plataforma é muito boa. Tudo muito fácil de mexer. O jeito que o Flaviano
Explica, o seu português. Tudo muito, muito bom mesmo. Estou muito feliz pela aquisição. Tenho certeza que
vai me ajudar demais.

Christiane Cordeiro
Música

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QUEM SOU EU?

Meu nome é Flaviano Souza e Silva, sou artista de profissão. Minha


primeira formação foi a partir dos 11 anos, em meio ao teatro popular,
de onde venho, com muito orgulho.

Em seguida, fiz bacharelado em Artes Cênicas pela Universidade


Federal de Ouro Preto – UFOP, Mestrado em Teatro pela
Universidade Federal de Minas Gerais – UFMG e Curso de
Administração Pública da Cultura pela Universidade Federal do Rio
Grande do Sul – UFRGS.

Há mais de 20 anos, venho me dedicando a entender e desenvolver


um método de elaboração de projetos culturais de qualidade, que
estejam aptos a concorrerem em qualquer edital, seja ele público ou
privado.

Nesse período, já participei de diversos coletivos e grupos artísticos,


sempre à frente da parte de elaboração de projetos, o que me deu a
chance de conhecer bastante do universo das leis, fundos e prêmios.

Atualmente, sou o gerente de projetos da Orquestra Ouro Preto, onde


pude me aperfeiçoar ainda mais no universo das leis de incentivo,
elaborando projetos relevantes tanto para a Lei Federal de Incentivo
à Cultura (Rouanet), quanto para a Lei Estadual de Incentivo à
Cultura no meu estado.

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VEJA A EMENTA COMPLETA DO CURSO

MÓDULO 01 – INTRODUÇÃO
Aula 01 – Apresentação

Aula 02 – Como faremos este curso

Aula 03 – Como utilizar a plataforma

1º PASSO – PREPARANDO O AMBIENTE DA ESCRITA

Aula 01 – O ambiente interno – parte 01

Aula 02 – O ambiente interno – parte 02

Aula 03 – A Resistência

Aula 04 – A Persistência

Aula 05 – O ambiente externo

Aula 06 – Organize o seu tempo

Aula 07 – Organize o seu lugar

Aula 08 – Organize o seu material

2º PASSO – IDEIA X PROJETO

Aula 01 – Uma ideia na cabeça, um projeto no papel

Aula 02 – A Criatividade

Aula 03 – A ideia

Aula 04 – O Projeto

Aula 05 – Projetos ruins

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Aula 06 – A vida dos projetos

3º PASSO – DANDO NOME AO PROJETO

Aula 01 – Chegou a hora!

Aula 02 – Toma que o filho é teu – O “batizado”

Aula 03 – Toma que o filho é teu – Dicas de nomes – parte 01

Aula 04 – Toma que o filho é teu – Dicas de nomes – parte 02

Aula 05 – O meu projeto, o seu projeto

4º PASSO – OS OBJETIVOS E AS METAS

Aula 01 – O quê?

Aula 02 – O objetivo geral

Aula 03 – Objetivos específicos

Aula 04 – Metas – parte 01

Aula 05 – Metas – parte 02

5º PASSO – A JUSTIFICATIVA

Aula 01 – Por quê?

Aula 02 – Justificando – parte 01

Aula 03 – Justificando – parte 02

Aula 04 – Lá vem ela, a justificativa

Aula 05 – Justificado

6º PASSO – O PÚBLICO ALVO E O LOCAL DE REALIZAÇÃO

Aula 01 – Para quem? Onde?

Aula 02 – Contando o meu público

Aula 03 – Definindo meu público

Aula 04 – Onde farei? – parte 01

Aula 05 – Onde farei? – parte 02

Aula 06 – Pronto, resolvido

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7º PASSO – A FICHA TÉCNICA E A EQUIPE

Aula 01 – Com quem? – parte 01

Aula 02 – Com quem? – Parte 02

Aula 03 – Construindo a ficha técnica – parte 01

Aula 04 – Construindo a ficha técnica – parte 02

Aula 05 – Construindo a ficha técnica – parte 03

Aula 06 – Construindo a ficha técnica – parte 04

Aula 07 – Definindo a equipe – parte 01

Aula 08 – Definindo a equipe – parte 02

Aula 09 – Ficha técnica pronta

8º PASSO – AS ETAPAS DE TRABALHO E O CRONOGRAMA DE ATIVIDADES

Aula 01 – Como? Onde?

Aula 02 – Definindo as etapas e determinando prazos – parte 01

Aula 03 – Definindo as etapas e determinando prazos – parte 02

Aula 04 – Definindo as etapas e determinando prazos – parte 03

Aula 05 – Definindo as etapas e determinando prazos – parte 04

Aula 06 – Etapas e cronograma definidos

9º PASSO – PLANOS, DIVULGAÇÃO, COMERCIALIZAÇÃO, DISTRIBUIÇÃO, DESLOCAMENTO,


CONTRAPARTIDAS E COTAS DE PATROCÍNIO

Aula 01 – Planos e mais planos

Aula 02 – O plano de divulgação – parte 01

Aula 03 – O plano de divulgação – parte 02

Aula 04 – O plano de divulgação – Divulgação planejada

Aula 05 – O plano de distribuição e comercialização – É de graça ou é pago?

Aula 06 – Planejando, distribuindo e comercializando – parte 01

Aula 07 – Planejando, distribuindo e comercializando – parte 02

Aula 08 – Plano de deslocamento – Pernas e trechos

Aula 09 – Deslocamento resolvido

Aula 10 – Contrapartidas – Toma lá, dá cá

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Aula 11 – Contrapartidas definidas

Aula 12 – Plano de cotas – Sejamos justos – parte 01

Aula 13 – Plano de cotas – Sejamos justos – parte 02

10º PASSO – ACESSIBILIDADE, DEMOCRATIZAÇÃO E SUSTENTABILIDADE

Aula 01 – Vamos lá fazer o que será

Aula 02 – Como ser acessível

Aula 03 – Como ser democrático

Aula 04 – Como ser sustentável

11º PASSO – O ORÇAMENTO

Aula 01 – Quanto?

Aula 02 – Criando a planilha – parte 01

Aula 03 – Criando a planilha – parte 02

Aula 04 – Criando a planilha – parte 03

Aula 05 – Criando a planilha – parte 04

Aula 06 – Planilha pronta

12º PASSO – A APRESENTAÇÃO

Aula 01 – O último será o primeiro

Aula 02 – Apresentação pronta

BÔNUS *

Como criar uma planilha orçamentária;

Cadastrando pessoas e projetos na Lei Rouanet;

Como encontrar itens para sua planilha;

Minicurso: Leis de incentivo.

* O Conteúdo da área de bônus é dinâmico. Estou sempre incluindo materiais que ajudem no
desenvolvimento das atividades culturais.

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PERGUNTAS FREQUENTES

O CURSO OFERECE CERTIFICADO?

Sim, o curso oferece um certificado para todos que completam 80% das aulas.

POR QUANTO TEMPO EU TEREI ACESSO AO TREINAMENTO?

Na prática, você tem acesso por prazo indeterminado, ou seja, pelo tempo que precisar. O curso só será
interrompido caso a plataforma em que o curso está inserido pare de funcionar, o que é muito difícil.

QUANDO TEREI ACESSO ÀS AULAS?

Imediatamente após a aprovação do seu pagamento. Compras feitas no cartão de crédito liberam,
normalmente, no mesmo instante. Compras feitas por boleto demoram de 3 a 5 dias úteis para compensar.
Caso efetue o pagamento por boleto, mande um e-mail para a gente com o comprovante e nós
antecipamos o seu acesso.

COMO FUNCIONA O ACESSO AO TREINAMENTO?

Assim que o seu pagamento for efetuado, você vai receber uma senha e um login por e-mail. Com esses
dados, você terá acesso ao nosso portal do aluno, onde estão todas as aulas.

POSSO FAZER O DOWNLOAD DAS AULAS?

Não. As aulas estão disponíveis on-line, mas o download não é permitido.

POSSO ASSISTIR MAIS DE UMA VEZ AO CURSO?

Você pode assistir quantas vezes quiser!

EU TENHO ALGUMA GARANTIA?

Sim. Você possui uma garantia de 7 dias. Ou seja, se você não gostar do curso e solicitar reembolso
dentro dos 7 dias, nós devolvemos todo o seu dinheiro.

A COMPRA É SEGURA?

Sim, a plataforma tem o mais avançado sistema de venda, dando muita segurança para quem opta por
utilizar o cartão de crédito ou débito.

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