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DIREITO ELEITORAL

Direitos Políticos – AIME


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DIREITOS POLÍTICOS – AIME

AÇÃO DE IMPUGNAÇÃO DE MANDATO ELETIVO – AIME

Entre as ações eleitorais, a AIME é considerada a única de índole constitucio-


nal. As ações eleitorais são instrumentos que podem ser utilizados para provocar
a Justiça Eleitoral no sentido de decidir sobre alguns temas.
Nesse sentido, A AIME é um meio de impugnar o mandato eletivo de alguém
que foi eleito e diplomado. Já a Ação de Impugnação de Registro de Candidatura
(AIRC) é o meio de impugnar o pedido de registro de candidatura feito por um
determinado candidato.
A AIRC está prevista nos arts. 2º e seguintes das Lei Complementar n.
64/1990. Também há a Ação de Investigação Judicial Eleitoral (AIJE), prevista
no art. 22 da LC n. 64/1990, e pode ser utilizada quando um candidato usar, em
sua campanha eleitoral, meios que configurem abuso de poder político, abuso
de poder econômico ou uso indevido dos meios de comunicação social.
O Código Eleitoral, em seu art. 262, também prevê o Recurso Contra a Expe-
dição de Diploma (RCED). Modificado pela reforma eleitoral de 2015, teve o
seu âmbito de incidência diminuído, ou seja, admite-se a propositura do RCED
quando se estiver diante de inelegibilidade ou ausência de preenchimento de
condições de elegibilidade.
Há, ainda, as representações previstas na Lei n. 9.504/1997, que são utiliza-
das quando houver a prática de ilícitos tipificados por essa lei.
A AIME poderá ser proposta dentro do prazo decadencial de 15 dias a contar
da data da diplomação daquele candidato que foi eleito para exercer um cargo
público eletivo. O  julgamento da AIME fica sob a responsabilidade da Justiça
Eleitoral. A depender do cargo do cidadão que foi impugnado, há uma distinção
sobre qual é o órgão da Justiça Eleitoral competente para julgar essa ação elei-
toral. Assim:
• O TSE julgará a AIME quando proposta contra os eleitos para os cargos de
presidente e vice-presidente da República.
ANOTAÇÕES

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Direitos Políticos – AIME
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• O TRE julgará a AIME quando for proposta contra os eleitos para os cargos
de governador, vice-governador, deputado estadual, deputado federal e
senador da República.
• Já o Juiz Eleitoral é quem julgará a AIME quando ela for proposta contra os
eleitos para os cargos de prefeito, vice-prefeito e vereador.

Os ilícitos eleitorais que autorizam a propositura da AIME são:


• uso indevido de recursos financeiros em campanhas eleitorais ou, como
também é conhecido, abuso de poder econômico;
• a corrupção, como a compra de votos, por exemplo; e
• a fraude, que é a utilização de meios para se manipular o resultado das
eleições.

Uma vez proposta, o processo da AIME tramitará em segredo de justiça, jus-


tamente para evitar a instabilidade no exercício do cargo. Entretanto, de acordo
com o entendimento jurisprudencial que foi firmado no sentido de garantir a publi-
cidade dos atos processuais, o julgamento da AIME é público.
A AIME pode ser proposta pelo Ministério Público, pelos partidos políticos,
pelas coligações e por outros candidatos. Caso a AIME seja julgada improce-
dente, não haverá a incidência de ônus sucumbenciais (honorários advocatícios
e custas processuais) para quem propôs a ação, salvo se essa ação for temerá-
ria, ou seja, se quem a propôs tenha agido de má-fé.

O pulo do gato
É muito comum que as bancas examinadoras tentem confundir o candidato em
suas provas no que diz respeito ao prazo para a propositura da AIME. Nesse
sentido, é importante guardar que esse prazo é de 15 dias e que é contado a
partir da data da diplomação do candidato eleito e que será impugnado.

�Este material foi elaborado pela equipe pedagógica do Gran Cursos Online, de acordo com a
aula preparada e ministrada pelo professor Weslei Machado.
A presente degravação tem como objetivo auxiliar no acompanhamento e na revisão do con-
teúdo ministrado na videoaula. Não recomendamos a substituição do estudo em vídeo pela
leitura exclusiva deste material.

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