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Biologia 11º ano

CRESCIMENTO E RENOVAÇÃO diferenciar-se e especializar-se em


determinadas funções.
CELULAR

 As células possuem informação que CONS TITUIÇ ÃO DOS ÁCIDO S NUC LEIC OS

permite aos seres vivos reproduzir-se,  Nucleótido: unidade básica dos ácidos
multiplicar-se continuamente para nucleicos. Constituído por:
repor as células que vão morrendo
 Um grupo fosfato (confere à
molécula características
ácidas)
 Um açúcar (pentose) com 5
átomos de carbono;
 Uma base azotada.

DN A

 É o material genético dos seres vivos e


de alguns vírus
BASES AZOTADAS
LOC AL IZAÇ ÃO  Bases pirimídicas (anel simples):
 Núcleo, nas células eucarióticas; Timina, Citosina e Uracilo;
 Disperso no citoplasma constituindo o  Bases púricas (anel duplo): Adenina e
nucleoide, nas células procarióticas. Guanina.

GENE AN ÁL IS ES QUÍMIC AS DE CH ARGAFF

 Um segmento de uma molécula de Foi possível verificar que:


DNA, responsável pelas características
herdadas geneticamente. É uma  O nº de timinas presentes no DNA era
sequência de nucleótidos. Contém a aproximadamente igual ao nº de
informação para a síntese de uma adeninas;
proteína ou uma molécula de RNA e  O nº de guaninas era
constitui uma pequena parte do DNA aproximadamente igual ao nº de
dos seres eucarióticos, já que a maior citosinas.
parte da molécula de DNA
corresponde a sequências
nucleotídicas não codificantes, isto é, A=T e C=G
que não produzem RNA.
 A maioria dos genes constitui os COMPL EMEN TARIDADE DE BAS ES
cromossomas (constituídos por DNA e
proteínas).
 O conjunto de todos os cromossomas
da célula, nomeadamente, o número,
o aspeto, o tamanho e o arranjo dos
cromossomas característicos de uma
espécie designa-se cariótipo.

CONS ITUIÇÃO

 Grupo fosfato;
 Uma pentose – a desoxirribose;
 Uma base azotada: Adenina (A),
Timina (T), Guanina (G) e Citosina (C).

 A adenina faz par com a timina por 2


ligações por pontes de hidrogénio;
 A guanina faz par com a citosina por 3 azotadas, verificando-se uma
ligações por pontes de hidrogénio. complementaridade de bases.

ES TRUTURA DE DUPLA H ÉLICE DO DNA

 Maurice Wilkins e Rosalind Franklin


utilizaram a difração de raios X,
bombardearam amostras de DNA
cristalizado, obtendo padrões que
permitiram concluir que a molécula de
DNA tinha uma estrutura helicoidal.
 1953 – James Watson e Francis Crick
apresentam o modelo dupla hélice
para o DNA
 A molécula de DNA é
constituída por 2 cadeias
polinucleotídicas
antiparalelas.
 Os nucleótidos formam uma
cadeia polinucleotidíca entre
 si através de ligações
covalentes (fosfodiéster);
 Estas ligações estabelecem-se IMPO RT ÂN CIA DO DN A

entre o grupo fosfato e os


 O DNA é a molécula que contém a
carbonos 3’ e 5’ das pentoses;
informação genética em todos os
 Cada cadeia de nucleótidos
indivíduos.
apresenta nas extremidades
 Embora o DNA seja formado apenas
uma ponta livre, e uma
por 4 nucleótidos diferentes, o
designada 3’ e a outra 5’;
número e a sequência de nucleótidos
 Cada cadeia desenvolve-se
definem a informação nele
em sentidos opostos,
armazenada.
iniciando-se na extremidade
 A informação genética presente no
5’ e terminando na
DNA varia com as espécies e entre
extremidade 3’;
indivíduos da mesma espécie.
 Assim, à extremidade 5’ de
uma cadeia corresponderá a REPL IC AÇ ÃO DO DN A
extremidade 3’ da outra
cadeia – Cadeias  É o processo de duplicação de uma
Antiparalelas; molécula de DNA, em que as
 Nas zonas mais externas da moléculas replicadas são iguais à
dupla hélice encontram-se os molécula original, de modo a garantir
grupos fosfatos e a a transmissão do material genético de
desoxirribose, enquanto na forma igual entre as células-filhas
parte interna, surgem as aquando da divisão celular.
bases azotadas;
 A ligação entre as duas
cadeias faz-se por pontes de
hidrogénio que se
estabelecem entre as bases
EXPERIÊNC IA DE MES ELS ON E S TAHL

 Em 1958, Meselson e Stahl levaram a


cabo uma experiência, na qual se
podem considerar duas etapas:

EXPERIÊNCIA A

A1 – cultivaram bactérias em meios de cultura


diferentes, um contendo um isótopo pesado de
 Quebra das ligações de hidrogénio azoto (15N) e outro contendo azoto normal
entre as bases azotadas das duas (14N)
cadeias polinucleotídicas;
 Cada cadeia vai servir de molde a uma A2 – extraíram o DNA das bactérias presentes
cadeia nova através da em cada um dos meios de cultura e colocaram
complementaridade de bases; essas amostras de DNA numa solução de
 Cada cadeia antiga serve de molde a cloreto de césio (CsCl), procedendo à
duas cadeias novas de DNA. centrifugação.
 É um processo semi-conservativo: as
novas moléculas de DNA preservam A3 – verificaram que as cadeias de DNA das
metade da molécula de DNA original. bactérias cultivadas no meio contendo 15N
eram mais densas do que as cadeias de DNA
das bactérias que cresceram no meio com
azoto normal.
1º ETAPA
EXPERIÊNCIA B
 S e p a r a ç ã o
B1 – cultivaram bactérias num meio de cultura
com 15N;

B2 – após várias gerações de bactérias se terem


desenvolvido, foram transferidas para um meio
de cultura com azoto norma (14N).
Imediatamente após transferência, foi retirada
uma amostra de onde se extraiu o DNA que foi
sujeito a centrifugação.

B3 – ao fim de 20 minutos (tempo necessário


polinucleotídicas pela enzima helicase
que as bactérias de dividam e deem origem a
uma nova geração), foi retirada uma amostra,
2º ETAPA
extraído o DNA e centrifugado;
 Formação de novas cadeias
polinucleotídicas por B4 – ao fim de 40 minutos, foi retirado uma
complementaridade de bases, com a nova amostra que foi sujeito ao procedimento
ajuda da enzima DNA polimerase. anterior (extração e centrifugação).
RESULTADOS  Após a primeira replicação
deveriam ter sido observadas
moléculas de DNA com dois
valores de densidade: um
correspondente à molécula
formada exclusivamente por
cadeias pesadas e outro
correspondente à molécula
formada exclusivamente por
cadeias leves.
 O modelo dispersivo não é sustentado
pelos resultados. É consistente com os
resultados obtidos, após a primeira
replicação, pois o modelo prevê que se
observem moléculas de DNA com
densidade intermédia. No entanto,
segundo este modelo, na segunda
CONCL US ÕES
geração, todas as moléculas deveriam
 As bactérias cultivadas em 15N ter ¼ da densidade da molécula de
incorporaram esse azoto nos seus DNA original. Em vez disso surgem
nucleótidos, formando um DNA mais 50% de cadeias leves e 50% de cadeias
denso, que se deposita mais próximo pesadas. Logo
do fundo quando sujeito a
centrifugação; É DE ESPERAR

 Quando as bactérias são transferidas  Numa terceira geração será de esperar


para um meio com 14N, utilizam esse 75% do DNA com o nível de densidade
azoto para as novas cadeias de DNA. correspondente ao DNA 14N e 25%
 Assim, na primeira geração, com densidade intermédia.
cada molécula de DNA tem  Nas gerações seguintes surgirá uma
uma cadeia de nucleótidos proporção crescente de moléculas de
com 15N (geração parental) e DNA com densidades correspondentes
outra com 14N (formada com ao DNA com 14N.
nucleótidos que incorporam o
azoto do meio). O QUE S E SAB E?
 As moléculas de DNA
 A sequência de nucleótidos do DNA
apresentam uma densidade
define as características dos seres
intermédia entre DNA com
vivos, logo o DNA é o suporte da
15N e DNA com 14N.
informação genética;
 Na segunda geração, metade
 O DNA possui a informação genética,
das moléculas são formadas
mas são as proteínas, com as suas
por duas cadeias leves e outra
funções e diversidade que são
metade é formada por uma
responsáveis pelas características dos
cadeia leve e uma cadeia
seres vivos;
pesada (densidade
 Nas células eucarióticas, o DNA
intermédia).
localiza-se no núcleo, envolvido por
uma membrana nuclear e dificilmente
 O MODELO SEMICONSERVATIVO
modelo conservativo não é
atravessa essa membrana;
consistente com os resultados.
 A síntese de proteínas realiza-se no
citoplasma, com a intervenção de
ribossomas.

ES TRUTURA DO RNA

 O RNA permite o transporte da


informação genética até ao
citoplasma, onde ocorre a síntese de
proteínas.
 Cada nucleótido é formado por:
 Um grupo fosfato;
 Uma pentose (ribose);
 Uma base azotada: Adenina, DN A VS RN A
Uracilo, Guanina e Citosina.
SÍN TESE PRO TEÍC A
 É formada por uma cadeia simples,
formada por nucleótidos ligados uns
aos outros por ligações fosfodiéster no ET APAS
grupo fosfato entre o carbono 5’ de  Transcrição (no núcleo):
um nucleótido e o carbono 3’ de outro  Cópia da informação contida
nucleótido. no DNA para uma molécula
 A ligação repete-se no sentido 5’ – 3’. de RNA, formando-se por
 Por vezes, a cadeia simples pode complementaridade de bases.
enrolar-se, dobrando-se porque as  Tradução (no citoplasma):
bases azotadas são complementares:  A informação veiculada pelo
A-U e C-G. RNA será utilizada para
sintetizar proteínas.

TIPOS
DE
RN A

 RNA ribossómico – rRNA: compõe a


estrutura do ribossoma
 RNA de transferência – tRNA: é
responsável pelo transporte dos
aminoácidos.
 RNA mensageiro – mRNA: transporta a
TRAN SC RIÇÃO
informação genética
 Processo que ocorre no núcleo e que  Cada aminoácido é codificado por um
permite a passagem da mensagem do código de três nucleótidos: tripleto –
DNA para o mRNA. codão
 Em determinadas zonas, promotores  Cada codão, resulta por
do DNA a molécula é quebrada entre complementaridade, de um tripleto de
as pontes de hidrogénio. nucleótidos do DNA, o codogene
 Uma das cadeias serve de molde para
a síntese de mRNA, que se faz com os
nucleótidos livres no nucleoplasma,
por complementaridade
 Este processo é mediado pela RNA
polimerase que promove a formação
do RNA no sentido 5’ – 3’.
 A transcrição termina, quando a RNA
polimerase encontra um local de
finalização – sequencias de DNA
específicas.

PROC ES SAMENT O DO M RNA  Cada aminoácido é codificado por um


tripleto, o codão.
 Durante este processo são retiradas
zonas do mRNA que não são  O tripleto AUG codifica o aminoácido
codificadas e sem expressão – intrões. metionina e é o codão de iniciação,
para a síntese proteica.
 As zonas codificadas – exões – não são
removidas e ligam-se entre si,
formando um mRNA mensageiro

CÓDIGO GENÉTICO

 Permite a descodificar o código que


está no mRNA formando cadeias de
 Os tripletos UAA, UGA e UAG são
aminoácidos, que formaram proteínas
codões de finalização, ou sejam,
complexas.
quando surgem termina a síntese
 Mas quais as combinações dos
proteica.
nucleótidos?
 Redundância: existe mais do que um
 1 aminoácido = 1 nucleótido =
codão que codifica um aminácido.
4 combinações
 O terceiro nucleótido é o menos
 1 aminoácido = 2 nucleótidos
específico que os dois primeiros.
= 16 combinações
 Não é ambíguo: um codão não codifica
 1 aminoácido = 3 nucleótidos
dois aminoácidos.
= 64 combinações?
 Universalidade: um codão tem o  Uma zona de ligação a um aminoácido
mesmo significado para a maior dos específico (aminoacil) localizada na
seres vivos. extremidade 3’ da molécula;
 Local de ligação ao ribossoma;
NOTA: a descodificação da mensagem vai  Local para a ligação das enzimas
permitir a passagem da linguagem nucleótidica intervenientes na síntese proteica;
para uma linguagem proteica, ou seja, de
 Uma sequência de três nucleótidos
aminoácidos.
complementar do mRNA, o anticodão,
que reconhece o codão e liga-se a ele.
RIBOSSOMAS

Um ribossoma é constituído por:

 Duas unidades que podem estar


separadas ou unidas;
 Três locais funcionais: local P, local E e
local A.

TRADUÇ ÃO

 A informação veiculada pelo mRNA é


LOC AL A
traduzida em linguagem proteica
 Onde se liga o anti – codão do tRNA, através do código genético, formando
alinhando o mRNA ao aminoácido uma cadeia de aminoácidos, dando
específico. origem a uma proteína.
 Compreende 3 etapas:
LOC AL P  Iniciação;
 Local que permite a ligação de dois  Alongamento;
aminoácidos por ligações especificas.  Finalização

IN ICIAÇ ÃO
LOC AL E

 Local que permite a saída do tRNA  Ligação da subunidade menor do


depois da transferência do ribossoma à extremidade 5’ do mRNA;
aminoácido.  A subunidade menor desliza ao longo
do mRNA até encontrar o codão de
T RN A: RNA DE T RANS FERÊNC IA iniciação AUG – metionina;
 O tRNA que transporta o aminoácido
É o intérprete da linguagem dos mRNA e
metionina liga-se por
permite o transporte dos aminoácidos. É
complementaridade ao codão de
constituído por:
iniciação;
 Ligação da subunidade maior à
subunidade menor do ribossoma.

AL ONGAMEN TO

 Ligação de um segundo tRNA ao


segundo codão, que transporta um
segundo aminoácido;
 Forma-se uma ligação peptídica entre
os dois aminoácidos;
 O ribossoma avança três bases no
sentido 5’ – 3’, ao longo do mRNA;
 Repetição do processo ao longo da
molécula de mRNA;
 Desprendimento dos tRNA que se
tinham ligado inicialmente.

FIN AL IZAÇ ÃO

 O ribossoma encontra um codão de


finalização: UAA, UAG, UGA, e como a
estes codões não corresponde
nenhum aminoácido, o alongamento
termina;
 O último tRNA abandona o ribossoma;
 Separação das duas subunidades do
ribossoma;
 Libertação do péptido.
POLIRIBOSS OMAS

 A cada molécula de mRNA, podem-se


ligar vários ribossomas, formando um
polirribossoma.
 Formam-se várias cópias desta
proteína a partir da mesma molécula
de mRNA, tornando este processo
económico e mais rápido.

Diferenciação Celular

 As células de um organismo são especializadas conseguem


provenientes do ovo ou zigoto por reverter a diferenciação e
divisões mitóticas sucessivas, transformar-se em células
contendo por isso os mesmos indiferenciadas, adquirindo
cromossomas e a mesma informação de novo a capacidade de dar
genética. origem a indivíduos
 Calcula-se que cada célula completos.

CONCLUSÃO: Numa célula diferenciada o DNA


mantém-se, embora apenas uma pequena parte

diferenciada possua, num


determinado momento, apenas
aproximadamente 5% do seu DNA
ativo.
 O que aconteceu à restante
informação? esteja ativa.
 Em determinadas
circunstâncias as células
 É a expressão diferenciada dos genes que nervoso, incluindo regiões do cérebro. Por
origina a diferenciação celular. De acordo outro lado, existem igualmente células
com os genes que se encontram ativos estaminais em tecidos fetais como o
numa célula, assim será definida a sua cordão umbilical e o fluido amniótico. Estas
função e estrutura. células estaminais são todas
 A regulação dos genes ativos depende de multipotentes.
fatores internos (interação entre genes) ou  Células pluripotentes: apresentam um
externos (substâncias e agentes físicos). elevado potencial de diferenciação, não
são capazes de originarem sozinhas a
CÉLULAS ESTAMINAIS – CÉLULAS totalidade do organismo. As células
DIFERENCIADAS embrionárias, a partir do quinto ou sexto
dia após a fecundação, quando constituem
 As células estaminais têm duas um grupo de 64 células, são capazes de
propriedades: autorrenovação e formar qualquer espécie de tecido, exceto
capacidade de diferenciação. Por outras placenta.
palavras, são capazes de formar quer  Células multipotentes: são capazes de se
novas células estaminais, quer outros tipos diferenciarem em diferentes tipos de
de células (uma das células-filhas continua células, embora de tecidos semelhantes.
como célula estaminal, enquanto a outra Um exemplo de células multipotentes são
pode diferenciar-se numa célula as células hematopoiéticas – células
especializada). estaminais do sangue que se podem
 A importância destas células é dupla. diferenciar em vários tipos de células de
Permitem estudar os mecanismos que sangue.
levam uma célula a transformar-se noutra  Células unipotentes: originam células-
com uma função específica, e sugerem a filhas que são capazes de se diferenciarem,
esperança de poder produzir células para apenas, num tipo de células.
substituir outras que tenham sido
destruídas por diferentes patologias como NOTA: Nos tecidos adultos das plantas também
a doença de Parkinson, lesões na espinal existem células indiferenciadas, agrupadas em
medula, diabetes ou doenças tecidos chamados meristemas, que são capazes de
cardiovasculares. se dividirem levando ao crescimento dos órgãos ou à
 Um pormenor importante a reter é que as renovação de zonas lesadas.
células estaminais não são todas idênticas.
Há várias com diferentes propriedades e
características. São classificadas de acordo
com o seu potencial de diferenciação
(umas podem dar origem a todos os tipos
de células que existem no organismo,
outras apenas a alguns):
 As células estaminais pluripotentes não
existem no organismo adulto. Podem ser
obtidas a partir de embriões (células
estaminais embrionárias) ou da
transformação de células de um organismo
adulto modificadas em laboratório (células
pluripotentes induzidas, ou iPS).
 Existem células estaminais em vários locais
do organismo adulto, sobretudo em locais
que necessitam de uma renovação
contínua, sendo as mais conhecidas as da
medula óssea (produtoras de células
sanguíneas), da pele ou do aparelho
digestivo. Mas há também células
estaminais no tecido adiposo (gordura), e
em alguns locais dos sistemas muscular e
Sistemas de classificação

SISTEMÁTICA  Práticos: agrupam os seres vivos de


acordo com o interesse ou utilidade
 Sistemática: ciência que trata da para o ser humano, segundo critérios
classificação dos seres vivos e que práticos e arbitários.
recebeu o maior impulso de Lineu.
SISTEMAS DE CLASSIFICAÇÃO RACIONAIS
SISTEMAS DE CLASSIFICAÇÃO
 Verticais: Têm em conta as relações
 Racionais: agrupam os seres vivos de evolutivas entre os seres.
acordo com as suas características
morfológicas e/ou fisiológicas.
 Horizontais: Não têm em consideração - Os resultados das classificações são
diferentes consoante os critérios
a evolução dos organismos. Podem utilizados
ser: ou o estádio de desenvolvimento dos
- Naturais: Têm em conta um elevado organismos considerado.
número de características. Formam-se - Não é considerada a evolução nem
grupos mais homogéneos. eventuais efeitos da divergência
- Artificias: Têm em conta um reduzido ou da convergência evolutiva.
número de características. Formam-se
grupos mais heterogéneos.

ATUALMENTE SISTEMA DE CLASSIFICAÇÃO FILÉTICO

Atualmente utilizam-se 2 tipos de sistemas de  Reflete a relação evolutiva dos


classificação, ambos racionais: organismos.
 Valoriza dados paleontológicos,
 Sistema de classificação Fenético genéticos, bioquímicos, embriológicos,
 Sistema de classificação citológicos.
Filogenético/Filético/Cladístico  Considera o fator tempo.
 Os resultados podem representados
SISTEMA DE CLASSIFICAÇÃO FENÉTICO em cladogramas, que mostram a
afinidade evolutiva entre os seres
 Baseia-se nos caracteres morfológicos vivos e cujo comprimento dos ramos
ou noutros facilmente quantificáveis revela o tempo ocorrido após a
(que podem ser pesados, medidos, divergência evolutiva.
numerados).
 Não considera o tempo nem o grau de
parentesco evolutivo entre os
organismos.
 Os resultados podem ser
representados em fenogramas, em
que o comprimento dos ramos revela
o maior ou menor número de  Limitações:
características em comum. - É dificultado pela falta de um registo
 É um sistema de classificação muito completo ou mesmo pela inexistência
utilizado na prática dos biólogos, pois de fósseis e outros dados que ajudem
permite uma identificação fácil das a reconstituir a história evolutiva das
espécies através de chaves espécies.
- A ocorrência de fenómenos de
evolução convergente e divergente
pode levar
à perceção de relações evolutivas
erradas.

CRITÉRIOS DE CLASSIFICAÇÃO DOS


SERES VIVOS
dicotómicas.
 Limitações: MORFOLOGIA
Para evitar erros na classificação é necessária que evidenciam a maior ou menor
especial atenção a vários fatores, afinidade evolutiva entre os seres
nomeadamente: vivos.

 aos seres que apresentam


CARIÓTIPO
metamorfoses;
 aos grupos com grande diversidade
morfológica;
 à presença de órgãos análogos e
homólogos.

SIMETRIA CORPORAL

 A existência ou não de simetria e o


número de planos que permitem
dividir o organismo em partes
simétricas é tida em conta na
 As células somáticas dos indivíduos da
classificação dos seres.
mesma espécie possuem o mesmo
- Simetria não definida
número de cromossomas. Contudo,
- Simetria bilateral
existem espécies diferentes que
- Simetria radiada
apresentam o mesmo número de
cromossomas, sendo necessário o
NUTRIÇÃO estudo de outros aspetos do cariótipo
 Autotróficos: quimioautotróficos e para estabelecer relações evolutivas.
fotoautotróficos
 Heterotróficos: EMBRIOLOGIA
- com digestão intracorporal  A comparação das fases de
- com digestão extracorporal desenvolvimento embrionário dos
animais é também utilizada para a
REPRODUÇÃO classificação. Quanto maior é a relação
Os animais podem ser: de parentesco entre
os indivíduos, mais fases do
 Vivíparos desenvolvimento embrionário eles
- Marsupiais partilham.
- Placentários
 Ovíparos BIOQUÍMICA
 Ovovivíparos  A análise comparativa de proteínas e
de ácidos nucleicos de diferentes seres
CITOLOGIA vivos fornece dados importantes para
a classificação, uma vez que cada
 O estudo da organização celular
espécie tem biomoléculas próprias.
(células procarióticas e eucarióticas), a
presença ou ausência de parede
celular e a sua composição química
(celulose, quitina, ...), o número de
células (seres unicelulares e
pluricelulares) e o seu grau de
diferenciação, são alguns dos aspetos
 Quanto maior for o número de
aminoácidos diferentes nos
organismos, menor é o grau de
parentesco evolutivo entre eles.
 Quanto mais bases comuns existirem
no DNA de diferentes seres vivos,
maior será o seu grau de parentesco.
PRINCIPAIS REGRAS DA
Exemplo: Proteínas como a hemoglobina, a
insulina e a albumina (proteína do ovo) variam
NOMENCLATURA
na sua constituição, de espécie para espécie.
 Os nomes dos taxa são sempre em
latim ou latinizados.
COMPORTAMENTO  Os nomes científicos dos taxa
 A análise dos sons emitidos pelos inferiores ao género escrevem-se em
machos ou das paradas nupciais itálico
fornece dados para a classificação de ou, quando manuscritos, devem ser
indivíduos que são morfológica e sublinhados.
anatomicamente semelhantes em  As espécies têm uma nomenclatura
espécies diferentes. binomial:
- A primeira palavra designa o nome
CLASSIFICAÇÃO DOS SERES VIVOS do género e é escrita com
inicial maiúscula.
 Lineu organizou os organismos em - A segunda palavra designa o
grupos hierárquicos – categorias restritivo específico e é escrita com
taxonómicas ou taxa (plural de taxon). inicial minúscula.
- Após ter surgido uma vez num texto,
 A espécie é a única categoria pode abreviar-se o nome da espécie,
taxonómica natural. escrevendo-se apenas a inicial do
nome do género (ex.: C. lupus).
 A designação de subespécie é
NOMENCLATURA
trinominal.
BINOMINAL  Todos os taxa superiores à espécie
têm nomenclatura uninominal.
 O nome científico das espécies é  Em Zoologia, o nome da família é
binominal, ou seja, é constituído por construído a partir do nome do género
dois nomes. Ao nome da espécie é mais representativo acrescentando o
ainda habitual juntar-se o nome do sufixo: -idae
cientista que a descreveu.
 Em Botânica, o nome da família é
construído a partir do nome do género
TRINOMINAL
mais representativo acrescentando o
sufixo: -aceae
 Cada espécie pode ter várias
subespécies. O nome científico das
REINOS
subespécies é trinominal, ou seja, é
constituído por três nomes.
SISTEMA DE CLASSIFICAÇÃO EM 2 são animais nem plantas. Fungos,
REINOS – ARISTÓTELES (384-322 A.C.) protozoários e algas
vermelhas e castanhas.
 Reino Animalia: seres vivos móveis e
 Reino Monera: Seres vivos unicelulares
que dependem da matéria orgânica
procariontes.
produzida por outros seres vivos para
a sua nutrição (heterotróficos).
 Reino Plantae: seres vivos imóveis e
que produzem
o seu próprio alimento através
da fotossíntese (autotróficos).

SISTEMA DE CLASSIFICAÇÃO EM 5
REINOS – WHITTAKER (1969)

 Reino Animalia: seres vivos


pluricelulares macroconsumidores.
SISTEMA DE CLASSIFICAÇÃO EM 3  Reino Plantae: seres vivos autotróficos
REINOS – HAECKEL (1866) pluricelulares (plantas e algas
pluricelulares).
 Reino Animalia
 Reino Plantae
 Reino Protista: seres vivos unicelulares
e multicelulares
sem diferenciação celular. Bactérias,
protozoários e fungos.

 Reino Protista: Seres vivos unicelulares


eucariontes, autotróficos
e heterotróficos.
 Reino Fungi: seres vivos pluricelulares
microconsumidores.
 Reino Monera: seres vivos unicelulares
procariontes.

SISTEMAS DE CLASSIFICAÇÃO EM 4
REINOS – COPELAND (1956)

 Reino Animalia
 Reino Plantae: seres vivos com
clorofila e produtores de amido,
celulose e sacarose. Plantas e algas
verdes.
 Reino Protista: Seres vivos eucariontes
que não
PROPOSTA DE WHITTAKER MODIFICADA
(1979)
SISTEMA DE CLASSIFICAÇAÕ EM 3
 Reino Animalia: seres vivos
DOMÍNIOS – WOESE (1990)
pluricelulares macroconsumidores.
 Reino Plantae: seres vivos autotróficos
pluricelulares com diferenciação
celular (saíram as algas).
 Reino Protista: Seres vivos unicelulares
eucariontes, autotróficos e
heterotróficos. Inclui todas as algas
(unicelulares e pluricelulares).
 Reino Fungi: seres vivos pluricelulares
microconsumidores.
 Reino Monera: seres vivos unicelulares
procariontes.

 A evolução da ciência e da tecnologia


permitiu um maior conhecimento da
enorme diversidade no Reino Monera,
o que conduziu à proposta
de subdividir o Reino Monera em dois
sub-reinos.

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