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PLANEJAMENTO
ESTRATÉGICO
Me. Dorival Paula Trindade

INICIAR

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introdução
Introdução

Com o ritmo acelerado dos avanços da tecnologia e seus impactos nos


negócios, não se pode prever as mudanças que virão, contudo, �car ao sabor
do destino também não é a melhor estratégia. O ideal é antecipar-se às
mudanças com ações condizentes com o propósito da organização. É pensar a
longo prazo que trará perpetuação à empresa, de forma saudável e
competitiva.

As mudanças, quando não antecipadas, podem arruinar um negócio que levou


anos para ser construído. Diz o ditado que só temos duas certezas nessa vida:
(a) a morte; (b) as mudanças. A morte é líquida e certa e ninguém duvida dela.
As mudanças, essas são constantes, e o mundo não para de mudar. Podemos
pensar em exemplos de negócios simples que nos últimos cinco anos tiveram
que se adaptar às novas condições do mercado e ambiente de negócios, em
caso contrário, já teriam virados história. A questão é: o quanto tudo mudou?
Quanto tudo vai continuar mudando? O que podemos fazer para antecipar
essas mudanças e continuar sobrevivendo nesse mundo de mudanças
constantes?

Teremos pela frente grandes mudanças decorrentes de grandes revoluções em


âmbito global. Os lucros dão condições de sustentação às corporações, mas ele
é fruto de estratégias bem-sucedidas no passado. Nada garante que uma
empresa que teve lucros incessantes no passado irá tê-los no futuro.

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Estrategicamente, é importante garantir lucros para o futuro. Como fazer isso?


Como garantir isso?

Nesse capítulo veremos que as respostas a essas perguntas estão no


planejamento estratégico. Bons estudos!

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A Organização Como Um
Sistema Aberto

É fundamental, no estudo de planejamento estratégico, compreender que uma


organização é um sistema aberto. Um sistema aberto entende a organização
como um organismo vivo em relacionamento dinâmico com o meio ambiente,
ou melhor, com o ambiente de negócios. Por isso, está sujeita a mudanças a
cada instante (BERTALANFFY, 2003).

Nesse contexto, podemos lembrar da teoria da evolução das espécies de


Charles Darwin: não é o mais forte que sobrevive, nem o mais inteligente, mas
o que melhor se adapta às mudanças (DARWIN, 1859). Podemos ver a teoria
dos sistemas abertos das organizações como uma relação simbiótica com o
ambiente na qual ela recebe informações, processa-as e as transforma para
consumo na forma de estratégias. Ao processar as informações produzidas
pelo ambiente criamos um ciclo virtuoso que podemos chamar de
planejamento.

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De�inindo Planejamento
Para aproveitar a energia produzida pela relação simbiótica e lidar com as
dinâmicas do relacionamento com o ambiente e as relações de negócios,
torna-se importante a geração de objetivos estratégicos por meio de um
planejamento baseado na teoria da evolução das espécies.

saiba mais
Você o conhece?
Charles Darwin nasceu em 1809, na
Inglaterra. Uma viagem lhe rendeu a teoria da
evolução e um livro mais tarde intitulado
como “A origem das espécies” (DARWIN,
1859). Segundo a teoria, da seleção natural
das espécies os mais aptos sobrevivem por
meio de mutações genéticas. Essa teoria é
utilizada até hoje em vários princípios, no
meio acadêmico e inclusive no meio
corporativo.

Esse modelo parte das seguintes premissas: a organização faz parte do meio
ambiente e retira dele os insumos que precisa para seu funcionamento, recebe
os insumos e os transforma em seus processos internos, após processados, ela
devolve-os para o ambiente em forma de produtos ou serviços que serão
consumidos. Após consumidos esses produtos ou serviços, os usuários os
devolvem em forma de informações para retroalimentar o sistema. Todos
esses movimentos, principalmente as informações que retroalimentam o
sistema, são a tônica de um planejamento estratégico para garantir a
sobrevivência e evolução das empresas.

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saiba mais
Saiba mais
A Riqueza das Nações, de Adam Smith (1776),
conhecido como o pai da economia moderna,
desenvolveu a base da Teoria Econômica, que
comprovadamente funciona na prática.
Segundo Adam, se a economia for livre e sem
intervenção alguma de qualquer órgão ou
política do governo, a regulação acontecerá
de forma automática, como se houvesse uma
mão invisível.

Com as abordagens iniciais �cou claro que planejar signi�ca tomar decisões
hoje para mudar o futuro da organização. Isto é feito por meio da inter-relação
com o ambiente de negócios utilizando a capacidade de integrar e articular
todos os elementos empresariais da sua cadeia. De modo geral, uma parcela
considerável de organizações bem sucedidas realizam o planejamento no
modo formalizado, ou seja, como parte de sua rotina diária. Dentre vários
conceitos, Mintzberg (1994, p. 99) de�ne planejamento como, “[...] um processo
formalizado para produzir e articular resultados, na forma de um sistema
integrado de decisões”. Mintzberg ainda prossegue de forma completa sobre
planejamento a�rmando que ele é:

Um processo formalizado, que leva em conta os pontos fortes e


fracos da organização, bem como as ameaças e oportunidades do
ambiente, com o objetivo de produzir e articular resultados,
estabelecendo-se objetivos, estratégias e ações, na forma de um
sistema integrado de decisões. (MINTZBERG, 1994, p. 99)

Corroborando, Oliveira complementa a de�nição de planejamento estratégico,


como:

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Um processo administrativo que proporciona sustentação


metodológica para se estabelecer a melhor direção a ser seguida
pela empresa, visando ao otimizado grau de interação com o
ambiente e atuando de forma inovadora e diferenciada (OLIVEIRA,
2015, p. 47).

Ao fazer uma analogia do planejamento empresarial com o planejamento


militar podemos observar que os termos empregados praticamente são os
mesmos: objetivos, metas, táticas, logísticas. Os signi�cados são os mesmos.
Assim, podemos concluir que a briga por uma fatia de mercado lutando contra
os concorrentes assemelha-se a um campo de batalha.

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Saiba mais
O livro “A arte da guerra” (SUN TZU, 2011) é
considerado a bíblia da estratégia. É um livro
escrito em tiras de bambu em 500 a. C. pelo
grande estrategista Sun Tzu. Trata-se de um
tratado de 13 capítulos abordando estratégias
de guerra. Diversos estrategistas ao longo da
história, como Napoleão e Mao Tsé-Tung,
utilizaram esse livro. Ele também é muito
utilizado  no mundo dos negócios, é um dos
livros de cabeceira de administradores e
economistas.

Com isso, vemos os motivos pelos quais uma empresa precisa adotar o
planejamento em sua rotina:

• realizar suas atividades e seus processos de modo integrado com as


necessidades e anseios do mercado, bem como para antecipar suas

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expectativas;
• ter uma visão de longo prazo, para poder ajustar suas decisões atuais;
• adotar procedimentos formalizados e sistemáticos de objetivos, metas
e ações organizadas;
• exercer o controle da empresa sobre o ambiente de negócios.

O futuro, por mais incerto que seja, é previsível. Embora essa a�rmação pareça
irracional, as incertezas podem ser transformadas em previsões e, assim, o
futuro torna-se previsível. Com isso, podemos antecipar resultados
independentemente. Se as metas não forem atingidas em sua totalidade, com
planejamento é possível chegar próximo disso, sem planejamento as chances
quase que desaparecem.

reflita
Re�ita
Conforme estatísticas do SEBRAE (2017), a cada 100 empresas
abertas, 84 sobrevivem, e 24 encerram suas portas em 2 anos.
Segundo o próprio SEBRAE, entre os principais motivos  dessa
baixa sobrevivência está a falta de planejamento. Esses dados
são con�rmados pelo MDIC (Ministério do Desenvolvimento de
Indústria e Comércio) e o DNRC (Departamento Nacional de
Registro Comercial).

Com isso, após o planejamento, temos organizações que pensam e agem


baseadas em uma estratégia. Dessa forma, os colaboradores têm um foco,
sabem o que está acontecendo e o porquê disto, sabem o que tem que ser
feito e quando é necessário que seja feito.

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O Planejamento como fator crítico de


sucesso
Com planejamento, todos os detalhes são pensados. Com isso surge também o
conceito de Fator Crítico de Sucesso (FCS), fundamental para o resultado
alcançado a partir do planejamento. Todo planejamento é concebido para
garantir o sucesso. Quando planejamos, o FCS está intrínseco nele. FCS é um
ou mais atributos que a empresa não pode esquecer no plano, dado todo o
cenário, para ter ações bem sucedidas. São os detalhes que podem
representar o sucesso ou fracasso do planejamento estratégico.

Quando se elabora um planejamento, é possível que �que muito carregado de


ideias maravilhosas, que podem não vingar se esquecermos o FCS. Por
exemplo, uma fábrica bene�ciadora de arroz, que em seu planejamento tem o
propósito de expandir seu mercado e traça uma estratégia para aumento das
plantas fabris, contratação de funcionários, acordos com fornecedores e
abertura de �liais em todo o país pode ter seu plano arruinado se esquecer de
contemplar o FCS, ou seja, garantir que seus fornecedores tenham condições
de atender a demanda do aumento de produção de arroz, considerando
também os riscos climáticos, já que o arroz é produzido em plantações. Ou
seja, sem mais arroz, nenhum item do plano faz sentido.

Veja como as grandes empresas não chegam ao sucesso pelo acaso. Muito
planejamento é realizado para garantir que tudo no curto, médio e longo prazo
atinja os objetivos e metas. Explicitar os fatores chaves de sucesso e as
variáveis críticas ajuda na determinação dos pontos fortes e fracos da
organização já na etapa de análise interna.

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O equilibrista (MARSH, 2008) é um


documentário que conta a história do
equilibrista Philippe Petit, que em 1974
atravessou o vão entre as torres gêmeas do
WTC em Nova Iorque (EUA). Esse �lme traz
uma grande lição aos executivos porque
destaca um planejamento meticuloso para o
sucesso da empreitada, essencial para um
bom planejamento estratégico empresarial.

Tratando-se especi�camente do processo de planejamento, quatro elementos


são essenciais na elaboração e gestão dos planos de ação para atingir a visão
de curto, médio e longo prazo:

• tempo;
• ambiente;
• modo;
• atendimento das necessidades do público-alvo.

O tempo se refere ao período a que se destina o plano: época e prazos. O


ambiente se refere à delimitação da área geográ�ca de abrangência do plano
dentro do contexto do ambiente de negócios. O modo é a maneira com que os
gestores esperam atingir os resultados propostos: metodologias e ferramentas
de gestão utilizadas. Por �m, ter a certeza de que o plano atenderá as
necessidades e as expectativas do público-alvo é a razão da existência das
empresas. Quanto a isso, percebemos que “é para a(s) pessoa(s) para quem a
estratégia é primariamente voltada, pois ela tem grande in�uência na decisão
dos bens ou serviços a serem adquiridos” (JOHNSON; SCHOLES; WHITTINGTON,
2007, p. 132).

Com essas diretrizes podemos sugerir uma sequência baseada nas melhores
práticas da administração para planejar e implantar um plano de ação. Deve-se
começar decidindo a visão de futuro da empresa: para aonde vamos. Também

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é preciso determinar a missão da empresa (sua razão de existência e


contribuição à sociedade), e seus valores (éticos, morais, qualidade,
tecnológicos, dentre outros, a serem decididos pelos gestores). Esses são os
pilares que vão sustentar suas decisões de longo prazo. Visão, Missão e Valores
é o que as empresas chamam de carta de valores.

Reforçando a questão sob outro prisma, onde estamos (momento atual da


empresa), o que temos (nossos recursos) e para onde vamos (objetivos e
metas) são elementos essenciais de um planejamento. Sem esses elementos,
um plano não funciona. Isso pode tornar as estratégias empresariais
incoerentes.

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Estratégias Empresariais

Uma estratégia é uma sequência lógica de regras, ações e movimentos que são
tomados a partir de decisões e servirão para orientação do comportamento de
uma organização. As estratégias funcionam como um guia para o futuro. Elas
podem ser gerais ou especí�cas. Pode-se veri�car que as estratégias existem
quando �ca absolutamente claro qual a manobra utilizada para alcançar os
objetivos.

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Figura 1 - Sequência lógica da estruturação de um planejamento de sucesso.


Fonte: winui, Shutterstock, 2018.
Desta forma, os planos não podem ser realizados se não forem previamente
concebidos, formulados e transformados em ações estratégicas formais. Isso
determinará como a organização realizará tarefas e como todos os
colaboradores devem se comportar.

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Figura 2 - As principais vantagens de se elaborar um planejamento estratégico


empresarial.
Fonte: Elaborada pelo autor, 2018.
Toda empresa deve, ou pelo menos deveria, ter uma estratégia de negócios
para que, a partir dela, possa se organizar em todos os sentidos:
administrativamente, para sua produção, para gestão de pessoas, para
administração �nanceiras e até mesmo para de�nir suas relações com o
mercado (clientes, fornecedores, poder público, concorrentes etc.).

A seguir, vejamos os conceitos e alguns exemplos de estratégias empresariais.

Conceitos básicos
A palavra estratégia vem do grego strategos que signi�ca “a arte do general”.
Por isso, �ca fácil fazer uma analogia entre as guerras convencionais e a guerra
no mundo corporativo, principalmente com relação à competição acirrada pelo
mercado.

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A era da globalização exige muito mais das empresas num mundo sem
fronteiras. Quando menos se espera aparece um concorrente com um novo
produto, serviço, tecnologia ou produto substitutivo às portas de seu negócio.

Dentro desse cenário, as empresas tiveram que aprender rapidamente a


desenvolver modelos estratégicos para que seus negócios não sejam afetados
por essa nova ordem econômica. Isso signi�cou criar habilidades para analisar
todo o ambiente interno e externo (micro e macroeconômico) e assim produzir
ações planejadas para sua sobrevivência. Isso independe do tamanho ou porte
do negócio.

Figura 3 - Hierarquia da análise de cenários para guiar as ações estratégicas.


Fonte: Chad McDermott, Shutterstock, 2018.
No campo da administração, as estratégias foram criadas partindo de três
perspectivas (MINTIZBERG, 1994, p. 199):

tradicional: com base na análise do ambiente interno e externo,


elencando seus pontos porte e fracos, bem como as ameaças e

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oportunidades descortinadas que serão a base de determinação


das ações em prol da missão/visão/valores, objetivos e estratégias;

a organização como uma fonte de recursos: os recursos de que a


empresa dispõe para produzir bens e serviços para seu público-alvo,
tais como, recursos �nanceiros, recursos físicos, recursos humanos,
recursos tecnológicos, recursos materiais, dentre outros. Quanto
maior sua disponibilidade de recursos ou sua capacidade de
consegui-los, maiores serão as chances de alcançar sucesso em seus
projetos.

rede de relações: competência da empresa se articular em redes. A


capacidade com que a empresa ou organização se articula pode
aumentar seu poder de barganha e vantagem competitiva em
diversos mercados.

Figura 4 - A ilustração representa a importância de uma vantagem


competitiva: sair na frente.
Fonte: Viktor88, Shutterstock, 2018.

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Portanto, podemos conceituar estratégia como o meio pelo qual a empresa


realiza as propostas idealizadas no campo do planejamento e das ações.

Figura 5 - Todos os elementos que compõem uma estratégia: uma boa


estratégia é uma combinação de condições e fatores.
Fonte: Rawpixel.com, Shutterstock, 2018.
A formulação das estratégias normalmente se dá nos três níveis da pirâmide
organizacional: estratégico (estratégias corporativas), tático (da unidade de
negócios) e operacional (detalhes funcionais).

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Figura 6 - Estrutura piramidal (organograma): toda estrutura hierárquica


estabelece níveis em camadas piramidais.
Fonte: Elaborada pelo autor, 2018.
Com relação aos níveis estratégicos temos:

Corporativo ou nível estratégico

Composto pelos dirigentes e responsáveis por determinar as diretrizes do


negócio. Seleção das áreas de negócios

ONDE a empresa vai competir.

Da unidade de negócio, também conhecida como nível tático

De�ne COMO a empresa vai competir nos mercados escolhidos pelo nível
superior. Funcional ou nível operacional

Nas áreas funcionais e operacionais (chão de fábrica, marketing, vendas,


compras, almoxarifado, etc.) são de�nidas QUAIS e recursos serão utilizados

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para que as estratégias sejam cumpridas.

A estratégia pode ser considerada como uma sequência de decisões em


determinado tempo e com um plano de ação a ser colocado em prática pela
organização.

Práticas organizacionais
A estratégia se propõe a indicar o caminho para atingir os objetivos e metas.
Considerando essa questão, temos então vários pontos genéricos que devem
receber atenção na formulação das estratégias e, assim, podemos classi�cá-las
quanto (OLIVEIRA, 2015):

• ao alcance: local, regional, global, etc.;


• à área funcional: marketing, �nanças, RH, produção;
• aos recursos �nanceiros: investimento, manutenção, desinvestimento;
• ao mercado: liderança, diferenciação, foco ou nicho especí�co de
mercado;
• ao comportamento: conservador, agressivo, tradicional;
• ao produto: novos produtos, diversi�cação, penetração de novos
mercados.

Nessa linha de práticas estratégicas existem vários autores que produziram


inúmeras teorias que já garantiram o sucesso em vários negócios. Para maior
entendimento, citaremos um autor em especial: Michel Porter. Sua linha de
pesquisa envolve as questões ligadas às vantagens competitivas nas empresas.
Porter (1986), dentre seus inúmeros trabalhos, desenvolveu a teoria que �cou
conhecida como Estratégia Genérica de Porter, que propunha três
possibilidades práticas para empresas em termos de posicionamento no
mercado:

• liderança em custos;

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• diferenciação;
• foco.

A �gura a seguir utiliza o mercado das companhias aéreas como exemplo e


ilustra bem como essas empresas se posicionaram estrategicamente no
mercado para conseguir uma vantagem competitiva com relação aos
concorrentes.

Figura 7 - Posicionamento estratégico de companhias aéreas conforme teoria


de estratégia genérica de Porter.
Fonte: Elaborada pelo autor, 2018.
Com a ilustração acima, �ca claro como as três companhias direcionaram suas
ações de modo a se tornarem competitivas.

saiba mais
Você o conhece?

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Michel Eugene Porter é um professor


renomado da Harvard Business School. É um
estudioso, cientista e autor de vários livros
que inspiraram executivos a melhorar a
competitividade em seus negócios. Entre suas
obras estão “Estratégia Competitiva – Técnicas
para análise de indústrias”; “Vantagem
Competitiva e Vantagem competitiva das
nações, todos best-sellers” (LIMA, 2007).

A TAM (atualmente LATAM) procurou se diferenciar na qualidade e nos


detalhes do atendimento para atingir um público que é não sensível ao preço,
mas sim sensível a um atendimento de qualidade em todos os quesitos. Por
outro lado, na contramão da TAM, a GOL trabalhou a e�ciência para atingir um
menor custo em suas operações e ofertar o mesmo serviço pelo menor preço
possível, atingindo, dessa forma, a pela liderança nos custos. Assim, a
companhia atinge um público com menor poder de compra e sensível a preço,
mais preocupado com o serviço principal (transporte aéreo) ao invés dos
mimos propostos pela concorrente. Já a LÍDER TAXI AÉREO procurou focar sua
atuação em um público muito seleto, os executivos que viajam a negócios,
precisam de agilidade e não têm problemas em pagar, por essa exclusividade,
um preço muito alto pelo serviço.

reflita
Re�ita
Caso GOL

Em 2001, praticamente uma empresa dominava o mercado de


aviação nacional: a TAM. Depois da fusão entre a empresa
chilena LAN e a TAM para se tornarem a maior companhia

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aérea da América do Sul, a companhia hoje é conhecida como


LATAM. Na época, as demais companhias aéreas estavam
agonizando, prestes a fecharem as portas enquanto a TAM
crescia a passos largos e estava longe de qualquer crise. A
empresa parecia imbatível e sem concorrência até que surgiu a
GOL, com seu voo inaugural em 15 de janeiro de 2001. A GOL
inovou no seu posicionamento estratégico, focando em um
público de baixa renda, prometendo passagens aéreas a
preços de passagens de ônibus. A proposta era ousada e
arriscada. A inovação abalou  o mercado e começou a Gol
começou a captar clientes da TAM, que passou a rever suas
estratégias.

O segredo estava exatamente na estratégia de posicionamento,


que deixava claro que a Gol surgiu para atender exatamente
esse público: milhões de passageiros que queriam e
precisavam viajar de avião, mas não o faziam devido aos preços
proibitivos. Com a estratégia  de reduzir os custos operacionais
e transferir esse ganho para as passagens, o sonho desses
passageiros tornou-se realidade.

As ações da Gol implicavam no uso intensivo de tecnologia para


emissão de bilhetes eletrônicos, manutenção faseada das
aeronaves, voos noturnos, web check-in, e tudo que pudesse
reduzir os custos. Esses itens, além de reduzir os custos,
trouxeram maior agilidade  no atendimento aos clientes.
Apesar da redução nos preços, os lucros também viriam pelo
ganho de escala e volume de passageiro transportados. Foi
uma estratégia que deu certo, e fez todas as companhias
aéreas reverem seus conceitos e estratégias, inclusive a LATAM.

Com essas práticas estratégicas, as três companhias aéreas conquistaram

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públicos distintos, incorporando parte da fatia de mercado das concorrentes.


Entretanto, essa é apenas umas das estratégias empresariais. Existem muitos
outros tipos, como veremos a seguir.

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Tipos de Estratégias
Empresariais

Não é possível esgotar neste capítulo todos os tipos de estratégias


empresariais já criadas, mas, podemos trazer à tona algumas das principais e,
assim, entender como as empresas se organizam para conseguirem
resultados. Estas estratégias, de forma genérica, estão alinhadas com a fase ou
estágio do ciclo de vida do produto ou da empresa (CVP) (KOTLER; KELLER,
2006), ou até mesmo, conforme a situação da empresa naquele momento
frente a alguma crise ou cenário.

saiba mais
Saiba mais
O Ciclo de Vida do Produto (CVP) é um modelo
estratégico que se baseia no comportamento
que a empresa deve ter em cada fase ou
estágio em que se encontra o produto. São

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analisadas quatro fases: introdução,


crescimento, maturidade e declínio. O
impacto é medido no volume de vendas e
funciona como um ciclo biológico que
compreende o nascimento, crescimento e a
morte. A ideia é identi�car quando o produto
chega na fase de maturidade e esticá-la o
máximo possível para a perpetuação da
marca. No entanto, em cada fase há ações
especí�cas para garantir o sucesso
(MAGALHÃES, SAMPAIO, 2007).

Nos itens a seguir foram utilizados exemplos e casos reais para dar uma visão
bem clara de como as empresas se portam.

Manutenção
Quando o per�l gestores e investidores é conservador e a empresa identi�ca
um ambiente com muitas ameaças e incertezas, elas podem adotar
estratégicas de manutenção, ou seja, estratégias que conduzem as empresas a
um estado de hibernação até que o nível de riscos diminua a ponto de não
comprometer as riquezas já acumuladas em seus ativos �nanceiros. Pode-se
admitir também a manutenção dos níveis já conquistados quando não
interessa crescer ou se desenvolver sem comprometer alguns dos critérios da
carta de valores acima citada. Assim, essas estratégias se dividem em duas.

Estratégia de estabilidade

É a manutenção do estado atual. Muito apropriada para quando o custo da


expansão pode ser maior que o resultado proporcionado, ou pode, até
mesmo, consumir os ganhos acumulados até o momento. É o caso da Sony,
quando entendeu que não valia mais a pena investir na pesquisa e
desenvolvimento de novos aparelhos de DVD, por ter identi�cado que o
produto havia chegado ao seu ciclo �nal e seria substituído por novas

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tecnologias. A estratégia foi adotada para eliminar os estoques e encerrar a


produção.

Outra empresa que adotou a estratégia de manutenção foi a Cachaçaria


Imperial, em Minas Gerais, que limitou sua produção e venda a 250 barris
mensais para não comprometer sua qualidade e sua reputação. As perdas
�nanceiras nos lucros foram compensadas com o aumento dos preços, que
não impactou na clientela �el e que valoriza a supremacia e valor da marca do
produto.

Estratégia de redução

Quando �ca claro que alguma variável do ambiente de negócio está deixando o
desempenho da empresa abaixo do esperado, há altos custos para manter o
negócio no estado atual e outras estratégias se mostraram inócuas, o cenário
coloca a sobrevivência da empresa em risco. É o momento de adotar
estratégias de redução.

Como exemplo, a tradicional fábrica de máquinas de costura Singer vendeu as


unidades de fabricação das máquinas de costura e computadores para se
concentrar em produtos eletrônicos de alta tecnologia, que lhe
proporcionavam baixos custos operacionais e alto retorno.

Nestes  casos,  pode  haver  a  necessidade  de  um downsizing ,  conceito  que
 se  refere  ao achatamento  ou horizontalização  da  estrutura  organizacional,
 na  qual  se  aproxima  o  nível estratégico  do  operacional, melhorando os
processos de comunicação e os custos. O downsizing também implicar na
demissão de funcionários ou em programas de demissão voluntária para
reduzir a folha de pagamento. Outras ações que podem acompanhar a
estratégia são:

• Reengenharia

Alterar processos a �m de identi�car novos formatos de produção ao menor

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custo possível.

• Reestruturação

Eliminação de linhas de produtos, novas estruturas mais enxutas, apropriadas


ao novo cenário.

• Outsourcing

Terceirização de atividade meios.

Crescimento
Esse tipo de estratégia é utilizada quando temos um bom momento no
ambiente de negócios e as condições são favoráveis a iniciativas
empreendedoras. Todas as situações podem se transformar em oportunidades
de negócios, sendo importante não desprezar essa janela de oportunidades, já
que o momento é propício para lançar novos produtos, aumentar o
investimento em produção, marketing, expandir fronteiras, dentre outras
ações. Essa estratégia pode se dividir em duas frentes.

Crescimento interno

Aumento das vendas ou participação no mercado. Nessa frente ainda


podemos ver subdivisões como:

Crescimento no mesmo negócio A GOL, aumentou o número de voos


aumentando sua frota de 34 para 42 aviões em um mesmo ano. Dessa forma,
conseguiu adotar 52 novas frequências de voos, incluindo voos noturnos.

Criação de novos negócios A GOL Transportes Aéreos criou a GOL LOG e


entrou no ramo de logística se  aproveitando da sua própria infraestrutura já
existente.

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Penetração de mercado A McDonald’s levou seus restaurantes para países não


capitalistas, onde a marca outrora encontraria problemas, mas atualmente é
bem vista por uma parcela signi�cativa da população e do governo nesses
locais.

Crescimento externo

Busca o fortalecimento e crescimento por meio de recursos de terceiros,


formando parcerias com organizações externas por meio de fusões, aquisições
e alianças estratégicas:

Aquisição O Banco Itaú comprou o Unibanco para aumentar sua participação


no mercado e consequentemente aumentou seu número de carteira de
clientes. Dessa forma, incrementou seu público-alvo para vendas de produtos
e serviços �nanceiros. Outro exemplo é o do Grupo Wal-Mart, que adquiriu a
rede de supermercados Bompreço passando de 25 para 149 lojas em 2004.
Com isso a empresa ampliou consideravelmente seu número de pontos de
vendas (PDVs).

Fusão Ocorre quando duas empresas se unem para formar uma só e dominar
o mercado pelo tamanho das operações. A AmBev é a associação de várias
cervejarias, dentre elas, a Brahma, Antártica, Skol, Budweiser, Stella Artois,
Serramalte e Quilmes. A BR Foods é a fusão da Sadia com a Perdigão.

Aliança estratégica Quando duas empresas formam uma parceria para


cooperação em determinada área, porém sem envolver propriedade conjunta.
É o caso da IBM e da Apple, que se uniram para desenvolver um sistema
operacional único, que dominasse o setor.

Assista, no vídeo a seguir, detalhes de como o simples circo poder virar a maior
empresa de entretenimento do mundo movida pela �loso�a do Oceano Azul. <
http://bit.ly/2khKRyq >

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saiba mais
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Uma das razões do sucesso do Cirque du
Soleil é uma estratégia brilhante denominada
Teoria do Oceano Azul (KIM; MAUBORGNE,
2005). Essa teoria ensina as empresas a
tornarem seus concorrentes irrelevantes por
meio da análise de uma série de variáveis.
Elimina-se aquilo que têm alto custo e o
cliente não valoriza, e aumenta-se aquelas de
baixo custo às quais o cliente dá muito valor.

Essas estratégias são ideias que, em momentos de setor aquecido, permitem o


crescimento com baixo risco aos negócios.

Desenvolvimento
Enquanto no crescimento o propósito é o aumento de dimensão, quantidade,
intensidade da empresa no mercado, na estratégia de desenvolvimento o
propósito é o progresso, a evolução, o ganho de importância no mercado para
inquietar a concorrência e deixá-la mais frágil.

A partir dessa circunstância, a criação e desenvolvimento de Clusters, Arranjos


Produtivos Locais (APL´s), Joint Ventures e Redes, passam a ser a melhor opção
estratégica. Con�ra os exemplos a seguir.

• Cluster

Um cluster é uma concentração de empresas que estão em uma mesma região


ou espaço e se unem por possuírem características semelhantes. Elas
colaboram entre si e, assim, se tornam mais e�cientes. Embora sejam

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empresas concorrentes, procuram se fortalecer para se tornarem mais


competitivas em outros mercados. Exemplo: as indústrias calçadistas da cidade
de Franca se unem para desenvolver novos produtos, para treinamento e
capacitação de colaboradores, assim como para buscar acesso a crédito,
dentre outras vantagens. Dessa forma, torna-se possível para elas competir em
mercados externos, como a Itália e a França, onde os clientes são altamente
exigentes.

• Joint Venture

Na década de 1980 e 1990 a Volkswagen e a Ford criaram uma joint venture


para produzir carros mais modernos. A motivação desse empreendimento foi
o risco de perder clientes devido à abertura de mercado proporcionada no
governo Collor, que liberou a importação e consequentemente a entrada no
país de carros mais modernos. Essas empresas se reuniram para um projeto
em conjunto com elevados riscos e, assim, se dispuseram a compartilhar lucros
e prejuízos caso houvesse algum. Outra vantagem é a troca de know-how , ou
seja, de conhecimento, proporcionada por empreendimentos desse tipo.

• Arranjos Produtivos Locais (APL's)

"São aglomerações de empresas, localizadas em um mesmo território, cidade


ou região, que apresentam especialização produtiva e mantêm vínculos de
articulação, interação, cooperação e aprendizagem entre si e com outros
atores locais, tais como: governo, associações empresariais, instituições de
crédito, ensino e pesquisa" (SEBRAE, 2017).

Portanto, as empresas que integram APL´s não são necessariamente


concorrentes. Um exemplo pode ser observado no mercado de turismo na
cidade de Santos. O arranjo local é integrado por hotéis, restaurantes, casas de
shows e empresas de entretenimento, por agências de turismo e pela
prefeitura. Essas empresas e instituições se organizam, formando uma única
indústria do turismo. Elas compartilham o mesmo cliente de forma organizada,

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aumentando o poder de negócios pela capilaridade.

• Redes

São caracterizadas por empresas do mesmo ramo de negócios que se unem


para compartilhar da mesma infraestrutura. Com esse compartilhamento elas
ganham escala e maior poder de negociação com fornecedores, além de
conseguirem uma redução de custos operacionais. Exemplo: a Rede Smart de
supermercados, que na verdade é uma rede de pequenos proprietários de
supermercados de bairro, não tinha como competir com as grandes redes. Ao
se unirem em rede, passaram a comprar mercadorias em grandes volumes, e
com isso tiveram acesso a preços mais competitivos. Além disso, podem usar
das mesmas estratégias das grandes redes, como propagandas em mídias
caras, sistemas informatizados de gestão, acesso a crédito e poder de
negociações com entidades �nanceiras, dentre outros ganhos.

Com esses tipos de estratégias é possível procurar novos mercados, novos


clientes e novas tecnologias por conta da sinergia potencial. A combinação de
algumas delas pela mesma organização pode trazer vantagens competitivas
difíceis de serem vencidas em curto prazo pelos diversos concorrentes do
mercado.

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Planejamento

Ao planejar, nada �ca ao acaso. O planejamento estratégico é a arte de prever


o futuro. Com planejamento você saberá exatamente para onde está indo e
aonde pode chegar. Parafraseando Carroll (1865), na obra Alice no país das
maravilhas : se você não sabe para onde está indo, qualquer lugar serve.

Um planejamento deixa claro a todos qual a visão de longo prazo, ou seja, para
aonde estão indo e onde querem chegar em termos de objetivos, metas e
resultados, dessa forma, estabelece um foco. Ao planejar, todos os gestores
participam (e devem participar), compartilhar informações e ter um foco claro:
o objetivo central. A grande vantagem nisso é não deixar a organização nas
mãos do acaso.

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O �lme Assassinato em Gosford Park , de


Robert Altman, (2001) retrata a capacidade de
prever  o futuro e mostra como um
planejamento estratégico deve se antecipar
ao mercado. É um �lme recheado de mistério
e gira em torno do assassinato de um
milionário durante uma festa. Preste atenção
no papel da governanta, que dá as melhores
lições sobre como prever as necessidades dos
clientes.

Em planejamento participativo, a conspiração não pode ser entendida como


algo nocivo, mas sim como uma situação positiva, que compreende a união de
pensamentos positivos. Johnson, Scholes e Whittington (2007) argumentam
que o conhecimento e a experiência das pessoas e colaboradores das
empresas representam os principais fatores para permitir o sucesso das
estratégias.

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Figura 8 - A importância do planejamento participativo no projeto: trabalho


em equipe é essencial.
Fonte: Rawpixel.com, Shutterstock, 2018.
Muito embora tenhamos grandes ganhos na participação do maior número de
colaboradores no planejamento, muitas corporações procuram deixar o
projeto e execução apenas nas mãos dos gestores, perdendo a grande
oportunidade de conhecer a diversidade de ideias, de dados e de fatos que
dariam enorme contribuição às ações do plano.

Conceitos básicos
Podemos entender conceito como a concepção ou sentido que caracteriza a
palavra planejamento de acordo com os termos estratégicos de uma
organização, como:

• idealizar uma nova forma de criar valor para os clientes;


• ser capaz de organizar um conjunto de ações e competências que

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produzam esse valor;


• capacidade da empresa operar esse conjunto de ações de forma
e�ciente e e�caz. Neste caso, e�ciência corresponde à capacidade de
realizar processos de maneira adequada. Já a e�cácia é a capacidade
de agregar resultados.

saiba mais
Saiba mais
Leia o livro “Competindo pelo futuro”, seu
autor, Prahalad (2005), como era conhecido
no meio acadêmico mundial, foi um dos
maiores cientistas da administração moderna
e brilhante consultor de estratégia de
negócios. O livro é um manual de
planejamento e desa�a os executivos a
realizarem previsões para o setor em que
atuam, e assim de�nirem estratégias.

En�m, planejamento estratégico é a capacidade de produzir um resultado


único, que os competidores não consigam copiar à curto prazo e, por
consequência, gerar mais valor para a empresa, acionistas e todos os demais
stakeholders, ou seja, aqueles que são afetados direta ou indiretamente pela
empresa, parte interessada ou interveniente.

Planejamento estratégico, tático e


operacional
Dependendo do ponto de referência, o planejamento estratégico pode ganhar
níveis que variam da alta administração aos níveis mais baixos de uma

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estrutura organizacional. Por isso, faz todo sentido organizar o planejamento


nesses níveis para uma formulação ideal, mais coerente, que leve em conta
que em cada um dos níveis. Embora possam ter o mesmo objetivo corporativo,
os propósitos são de�nidos de acordo com as condições de atribuições e
responsabilidades de cada nível da pirâmide, portanto, os resultados
esperados são diferentes. No entanto, o que se espera é que o todo seja maior
que a somatória das partes, lembrando o �lósofo Aristóteles (RUSSELL; ALVES,
2004).

Figura 9 - Estátua de Aristóteles na Grécia, local onde nasceu o �lósofo em 322


a. C.
Fonte: Panos Karas, Shutterstock, 2018.
Assim, como já visto nos itens anteriores desse capítulo, estes níveis são
divididos em três:

• Planejamento estratégico
Nível no qual são tomadas as decisões sobre o futuro de acordo com

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os interesses do negócio. É elaborado pela alta administração da


empresa (conselho de acionistas, presidente executivo, diretores e
superintendentes).
• Planejamento tático
Deve decompor os objetivos e políticas traçadas pela alta
administração em subobjetivos e distribuí-los a todo o corpo gerencial
e de gestores. São os responsáveis por garantir a e�ciência e e�cácia
do plano. Sempre que observam alterações no ambiente de negócios
fazem novos ajustes ou novos planos de ações.
• Planejamento operacional
Se dá na base da pirâmide organizacional (organograma) e é
suportado pelos líderes, supervisores e coordenadores. Estes são
responsáveis pela execução e operação do plano, bem como
cumprimento dos prazos, normas e regras. Devem garantir que tudo
será realizado conforme o planejado.

No quadro a seguir podemos ver mais claramente as diferenças entre os níveis:

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Quadro 1 - Diferentes atribuições e responsabilidades entre os níveis da


organização.
Fonte: Elaborado pelo autor, 2018.
Muito embora o planejamento possa, em teoria, ter esses três níveis dentro da
organização, eles fazem parte de uma única peça de planejamento. Quando há
o alinhamento de todos os envolvidos nesse processo, com sinergia, a
convergência das ações e uma visão compartilhada pelas lideranças o
resultado é o sucesso do planejamento.

Com isso, concluímos esse capítulo, sempre lembrando que a organização

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opera como um sistema aberto, sujeita a mudanças a cada instante. No


entanto, é preciso reforçar que, sem um planejamento, a empresa �ca sujeita
ao acaso e a resultados incertos e duvidosos. Com planejamento estratégico o
futuro é previsível, embora sempre seja necessário admitir que os cenários
podem mudar, por isso os planos não podem ser engessados. Para esses casos
podem ser elaborados planos de contingência, que são uma pausa na
execução até que o correto ajuste de desvios do plano seja realizado. Assim, a
organização poderá seguir em frente , realizar sua visão corporativa e então
preparar a próxima visão. O ciclo é virtuoso.

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conclusão
Conclusão

Concluímos esse capítulo relativo ao planejamento estratégico. Foi possível


entender a importância para as empresas planejarem com uma visão de longo
prazo se querem realmente tornarem-se competitivas, valor fundamental de
sobrevivência nos negócios.

Neste capítulo, você teve a oportunidade de:

• conhecer o que alimenta e faz girar o ecossistema de uma


organização;
• classi�car a economia como um sistema aberto e reconhecer a teoria
da mão invisível, de Adam Smith;
• reconhecer que as mudanças são inevitáveis e devem ser
consideradas ao realizar um planejamento;
• estabelecer um certo números de conceitos e de�nições para
aprender a projetar e executar um plano;
• analisar os diversos tipos de estratégias e comparar os desempenhos
entre as empresas;
• julgar o valor e o conhecimento dos cenários nas propostas de ações
estratégicas;
• conhecer as diversas práticas organizacionais possíveis para atingir os
objetivos;
• avaliar de forma crítica casos de empresas famosas que conseguiram
sucesso em seus planos;
• compreender que ao planejar nada �ca ao acaso, dessa forma,
reconhecemos que o planejamento estratégico é a arte de prever o
futuro;

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• identi�car, ao construir um planejamento, os seus fatores críticos de


sucesso, com foco nos resultados esperados;
• compreender que em cada nível da organização deve ser formulado o
tipo de estratégia que se adapte melhor às suas condições, fatores e
níveis de responsabilidade.

referências
Referências
Bibliográ�cas

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