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LAUDO DE PERICULOSIDADE

2020
Instituto Nacional de Cardiologia - INC

LAUDO DE
PERICULOSIDADE

Instituto Nacional de
Cardiologia - INC

Setembro de 2020
Revisão 00

Claudia Helena Silveira Sisson


Engenheira de Segurança do Trabalho
Fundação Saúde do Estado do Rio de Janeiro - Matricula 8262-0
LAUDO DE PERICULOSIDADE
2020
Instituto Nacional de Cardiologia - INC

1 - IDENTIFICAÇÃO DO ÓRGÃO:
Razão social: Fundação Saúde do Estado do Rio de Janeiro.
CNPJ: 10.834.118/0001-79
CNAE – Atividade Principal: 84.11-6-00 - Administração pública em
geral.
Natureza Jurídica: Cód. 114-7 - Fundação Pública de Direito Público
do Estado ou do Distrito Federal.
Grau de risco: 1.
CNES: 2269678.
Endereço: Praça Pio X, 55 / 10° andar - Centro – Rio de Janeiro - RJ.
Telefone: 2334-5010.

2 -IDENTIFICAÇÃO DA UNIDADE:
Razão social: Ministério da Saúde
Nome fantasia: MS INC Instituto Nacional de Cardiologia
CNPJ: 00.394.544/0213-44
CNAE – Atividade Principal: 84.10-1-01 Atividades de Atendimento
Hospitalar exceto pronto socorro e unidade para atendimento a
urgência
Grau de Risco – 3
Natureza Jurídica: Cód. 101-5 - Órgão Público do Poder Executivo
Federal
Endereço: Rua das Laranjeiras, n° 374, Laranjeiras – Rio de
Janeiro/RJ

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3 - INTRODUÇÃO

As Normas Regulamentadoras - NR, relativas à segurança e medicina


do trabalho, são de observância obrigatória pelas empresas privadas e
públicas e pelos órgãos públicos da administração direta e indireta, bem
como pelos órgãos dos Poderes Legislativo e Judiciário, que possuam
empregados regidos pela Consolidação das Leis do Trabalho – CLT.
O Laudo de Periculosidade é um documento usado para a verificação
e/ou comprovação das condições do ambiente de trabalho e da exposição
dos colaboradores mediante a realização de suas atividades. Este
documento é elaborado de acordo com os critérios técnicos legais, mediante
visita no ambiente de trabalho e acompanhamento da atividade.
Atividades ou Operações Perigosas são aquelas que envolvem
explosivos, inflamáveis, segurança pessoal ou patrimonial, energia elétrica,
motocicleta e radiações ionizantes.
A CLT considera atividades e operações perigosas, aquelas que, por
sua natureza ou métodos de trabalho, impliquem risco acentuado em
virtude de exposição permanente do trabalhador.
A CLT e a NR-16 (Norma Regulamentadora do Ministério do Trabalho
e Emprego) determina ainda que o exercício de trabalho em condições de
periculosidade assegura ao trabalhador a percepção de adicional de 30%
(trinta por cento), incidente sobre o salário, sem os acréscimos resultantes
de gratificações, prêmios ou participação nos lucros da empresa.
A PORTARIA N.º 518, de 4 de abril de 2003, do Ministério do
Trabalho e Emprego, considera que qualquer exposição do trabalhador a
radiações ionizantes ou substâncias radioativas é potencialmente prejudicial
à sua saúde. Considera, ainda, que o presente estado da tecnologia nuclear
não permite evitar ou eliminar o risco em potencial oriundo de tais
atividades.
Esta Portaria resolve então, em seu Art. 1º, adotar como atividades
de risco em potencial concernentes a radiações ionizantes ou substâncias
radioativas as compreendidas no "Quadro de Atividades e Operações
Perigosas" aprovado pela Comissão Nacional de Energia Nuclear – CNEN,
constante também como anexo(*) da NR-16.

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Os trabalhos realizados nas condições enunciadas no referido quadro,


assegura ao empregado a percepção do adicional de periculosidade.

4 - OBJETIVO

Este trabalho tem por objetivo caracterizar, de acordo com a


legislação vigente, as situações de periculosidade atualmente existentes no
Instituto Nacional de Cardiologia das Laranjeiras - INC, identificando a
exposição habitual e permanente dos diversos profissionais aos riscos,
determinando os que farão jus a percepção do adicional de periculosidade
previsto na Norma Regulamentadora nº 16.

5 – LEGISLAÇÃO ESPECÍFICA

- Constituição Federal de 1988, Art. 7º, Inc. XXIII;

- CLT – Decreto-Lei nº 5.452, de 1º de maio de 1943;

- Portaria 3.214/78 do MTE – Ministério do Trabalho e Emprego;

- Norma Regulamentadora nº 16;

- Norma CNEN-NE-3.01: "Diretrizes Básicas de Radioproteção", de julho


de 1988;

- Portaria SVS/MS n° 453, de 1 de junho de 1998- Ministério da


Saúde.

- Lei nº 6.514/1977 – Altera o Capítulo V do Título II da CLT, relativo à


Segurança e Medicina do Trabalho, Seção XIII;

6 – METODOLOGIA:

Toda metodologia aplicada está baseada no estudo dos locais de


trabalho, analisando as descrições das atividades desenvolvidas e avaliando
os possíveis riscos aos que os funcionários poderão estar expostos, segundo
os conceitos técnicos adotados pela Portaria nº 3.214 de 08 de junho de

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1978, do MTE e em suas Normas Regulamentadoras, especialmente a 16.

7 – CARGOS AVALIADOS

Total de
Cargo Setor
Profissionais
Médico – Cirurgião Cardíaco Divisão de
1 1
Pediátrico Cirurgia Cardíaca

Divisão de
2 Médico – Cirurgião Cardíaco 4
Cirurgia Cardíaca

8–DESCRIÇÃO DAS ATIVIDADES PROFISSIONAIS

CARGO DESCRIÇÃO SUMÁRIA DAS ATIVIDADES

- Realizar intervenções cirúrgicas, implantar órteses


e próteses, transplantar órgãos e tecidos e realizar
Médico – Cirurgião consultas e atendimentos médicos. Dentre as
1
Cardíaco Pediátrico
intervenções/cirurgias destacam-se colocação
e troca de válvula, revascularização do miocárdio,
correção de anomalias congênitas, cirurgias de

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aneurisma, implantação de prótese por cateter


(TAVI), dentre outras. Há utilização do Arco
Cirúrgico para realização de vários destes
procedimentos
Nas cirurgias o profissional trabalha em pé durante
todo o procedimento cirúrgico com duração médiade
Médico – Cirurgião
2
Cardíaco 6 horas, lidando diretamente com sangue e outros
fluidos corpóreos e material perfuro-cortantes.

Obs.: O Médico – Cirurgião Cardíaco Pediátrico realiza


prioritariamente estas atividades em pacientes
pediátricos

9 – RECONHECIMENTO DOS RISCOS

Atividades ou Operações Perigosas que, por sua natureza ou métodos


de trabalho, impliquem risco acentuado em virtude de exposição
permanente do trabalhador a explosivos, inflamáveis, segurança pessoal ou
patrimonial, energia elétrica, motocicleta e radiações ionizantes conforme
descrito nos anexos da NR-16.

Setor de Riscos de Principais Proteções


Cargo
Trabalho Exposição Fontes Disponíveis

Luva Cirúrgica Estéril,


Luva de Procedimento,
Óculos de Proteção,
Médico – Mascara Cirúrgica,
Divisão de
Cirurgião Radiação Máscara PFF2, Gorro,
1 Cirurgia Arco em C
Cardíaco Ionizante Sapatilha, Capote
Cardíaca descartável, Avental
Pediátrico
Pumblífero, Óculos
Pumblífero e Protetor
de Tireóide

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Luva Cirúrgica Estéril,


Luva de Procedimento,
Óculos de Proteção,
Mascara Cirúrgica,
Médico – Divisão de
Radiação Máscara PFF2, Gorro,
2 Cirurgião Cirurgia Arco em C
Ionizante Sapatilha, Capote
Cardíaco Cardíaca descartável, Avental
Pumblífero, Óculos
Pumblífero e Protetor
de Tireóide

Devido à necessidade de realização de diagnósticos e procedimentos


de alta complexidade, o Instituto possui, em alguns setores, equipamentos
com emissão de radiação ionizante.
Arco Cirúrgico (Arco em C) – O arco cirúrgico é um equipamento
de raios-X no qual é possível produzir imagens em tempo real com até
milhares de tons cinza através de geração de imagens digitais.
São usualmente utilizados em cirurgias em geral, urologia, ortopedia,
vasculares, implantes de marca passos entre outros procedimentos.
Para apresentar a imagem em tempo real em um monitor a imagem gerada
pelos raios-X é utilizado um intensificador de imagem que consiste em um
tubo de vidro em vácuo, que contem uma tela fluoroscópica que converte
os raios-X em luz visível e sobre esta tela fica uma segunda tela que
converte os fótons em elétrons pelo principio de fotoeletrecidade. As
acelerações destes elétrons em uma tela ativada por prata convertem os
padrões elétrons em luz. Nos tempos modernos ocorre a geração digital
destas imagens.(Fonte:http://arcocirurgico.xpg.uol.com.br/arco.html)

10 – OBSERVAÇÕES

Foi enviado pelo chefe do setor as principais atividades realizadas


pelos profissionais, relatando sobre contato com pacientes, objeto de uso
dos pacientes, manipulação de produtos químicos, utilização de aparelhos
de Raio-X, Arco em C, dentre outros.
Como atendimento aos requisitos da NR-06 e NR-09, deve ser
tentada a implementação de medidas de proteção coletiva, de caráter
administrativo, ou de organização do trabalho, optando-se pelo EPI por
inviabilidade técnica, insuficiência ou interinidade, ou ainda em caráter
complementar ou emergencial.

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O simples fornecimento do aparelho de proteção pelo empregador


não o exime do pagamento do adicional de periculosidade. Cabe-lhe tomar
as medidas que conduzam à diminuição ou eliminação da nocividade, entre
as quais as relativas ao uso efetivo do equipamento pelo empregado.
Se tratando de proteção radiológica, deve ser considerada a
observância dos fatores abaixo referentes aos PRINCÍPIOS BÁSICOS DO
SISTEMA DE PROTEÇÃO RADIOLÓGICA.
Justificação - nenhuma prática ou fonte adstrita a uma prática deve
ser autorizada a menos que produza suficiente benefício para o indivíduo
exposto ou para a sociedade, de modo a compensar o detrimento que possa
ser causado.
Otimização da Proteção Radiológica - as instalações e as práticas
devem ser planejadas, implantadas e executadas de modo que a magnitude
das doses individuais, o número de pessoas expostas e a probabilidade de
exposições acidentais sejam tão baixos quanto razoavelmente exequíveis,
levando-se em conta fatores sociais e econômicos, além das restrições de
dose aplicáveis.
Limitação de Doses Individuais - valores de dose efetiva ou de dose
equivalente, estabelecidos para exposição ocupacional e exposição do
público decorrente de práticas controladas, cujas magnitudes não devem
ser excedidas.

Prevenção de Acidentes - no projeto e na operação de equipamentos


e de instalações deve-se minimizar a probabilidade de ocorrência de
acidentes (exposições potenciais).

11–RESSALVAS E RECOMENDAÇÕES

Observar e registrar a aplicação dos Princípios Básicos do Sistema de


Proteção Radiológica.
Providenciar o monitoramento da exposição a radiação ionizante,
através de dosímetros, dos profissionais expostos.
Viabilizar acesso de todos os profissionais aos EPI que se fazem
necessário ao desenvolvimento de suas atividades. Os EPI que não possuem
CA ou encontram-se fora da validade devem ser substituídos.

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12–PARECER TÉCNICO

O presente Laudo Técnico obedeceu aos seguintes princípios.

1- O Laudo Técnico apresenta todas as condições limitativas


impostas pela metodologia empregada, que afetam as análises, opiniões e
suas conclusões;

2- O Laudo Técnico foi elaborado com estrita observância ao


Código de Ética Profissional.

A Norma Regulamentadora nº 16 que dispõe sobre periculosidade, é


o principal instrumento utilizado quando se trata do assunto. Tratando-se
de unidade hospitalar, o risco mais comuns e o verificado nesta unidade
foirelativo às atividades em ambientes com equipamentos que
emitemradiação ionizante.
O Anexo(*) da NR-16 inserido pela Portaria GM 518/03 determina a
periculosidade para Atividades e Operações Perigosas com Radiações
Ionizantes ou Substâncias Radioativas, considerando a Atividade / Área de
Risco.
No quadro abaixo, destaca-se o item 4 e 4.1 do referido anexo onde
observa-se que as atividades realizadas por alguns funcionários do Hospital
está enquadrado conforme as Atividades / Áreas de Risco citadas pela
Norma.

Atividades Áreas de Risco


4. Atividades de operação com aparelhos de Salas de irradiação e de operação de aparelhos
raios-X, com irradiadores de radiação gama, de raios-X e de irradiadores gama, beta ou
radiação beta ou radiação de nêutrons, incluindo: nêutrons.
Laboratórios de testes, ensaios e calibração com
4.1. Diagnóstico médico e odontológico.
as fontes de radiação descritas.

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Sendo assim, segue conclusão pericial:

Periculosidade Percentual da
Cargo Setor
Caracterizada Periculosidade

Divisão de
Médico – Cirurgião Radiação
1 Cirurgia 30%
Cardíaco Pediátrico Ionizante
Cardíaca

Divisão de
Médico – Cirurgião Radiação
2 Cirurgia 30%
Cardíaco Ionizante
Cardíaca

Rio de Janeiro 11 de setembro de 2020

_____________________________
Claudia Sisson
Engenheira de Segurança Trabalho
Mat. FS: 8262-0
CAU A81244-7

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