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PÓS-GRADUAÇÃO
EM NEUROCIÊNCIAS E
COMPORTAMENTO
SUMÁRIO
1. Introdução 02
2. Desenvolvimento 03
3. Relevância e Impacto Social 15
4. Fontes 16
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DIVULGAÇÃO DO CONHECIMENTO PARA
JORNAL, REVISTA OU MÍDIAS SOCIAIS
1. INTRODUÇÃO
Muitas pessoas passam boa parte de suas vidas em salas de aulas. Uma
grande fatia desses estudantes buscam o conhecimento cognitivo e visam
alcançar boas notas para receberem a aprovação no final dos seus cursos e,
dessa forma, receber seus certificados ou diplomas.
Porém, pesquisas mostram que 72% das pessoas estão insatisfeitas com o
que fazem no âmbito profissional 1. Elas têm o conhecimento necessário,
porém essa bagagem não é garantia do sucesso.
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2. DESENVOLVIMENTO
Você já parou pensar por que algumas pessoas se destacam mais que as
outras na multidão? Quero te propor a fazer uma viagem no tempo e retornar
ao seu período de escola ou faculdade. Traga à sua mente aquela turma que
mais te marcou. Lembre-se dos professores que você tinha e dos amigos que
marcaram essa época. Conseguiu visualizar?
Sendo frio e calculista, tem alguém nessa lista de amigos que, hoje, está em
uma situação menos favorecida que a sua? É uma pessoa que não se
desenvolveu profissionalmente, ou que está quebrado financeiramente, ou
que tem dificuldade em relacionamentos? Parece que ela estagnou na vida ou
até regrediu? Tenho certeza que existe uma pessoa assim naquela turma.
Por outro lado, nessa mesma lista (ou até fora dela, caso algum outro nome
surja aí na sua mente) tem alguma pessoa que tem prosperado mais que
você? Bem provável que sim.
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Que conclusão que podemos tirar disso? Que o mundo é injusto? Não. Então,
podemos constatar que estudar não é importante? Claro que não. Nós só
conseguiremos mudar o mundo em que vivemos por meio da educação. O
ponto é: o que deve ser ensinado, o que deve ser desenvolvido e o que deve
ser avaliado?
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aumentam.
Por uma grande coincidência, em uma das vezes que estive lá, fui fazer uma
imersão com o estrategista e treinador Tony Robbins. Segundo ele, apenas
20% do nosso sucesso vem de questões “mecânicas”. Ou seja, a estrutura
que temos, os equipamentos, os recursos, etc. Os outros 80% necessários
para alcançarmos os resultados que desejamos, vem da nossa força
“psicológica” que está diretamente ligada ao nosso emocional.
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vida dele, ele não entendia sobre a pressão que é uma Copa do Mundo, sobre
patrocinadores envolvidos, sobre uma transmissão na TV e, por isso, seu
psicológico estaria alcançando os 80%. Vamos supor que ele tivesse apenas
5% de mecânica, somados aos 80% do psicológico, totalizaria 85% de
recursos para alcançar o objetivo. Daria para fazer o gol, não é mesmo?
Quero te convidar a fazer uma reflexão, caro leitor. Muitas vezes, você não
tem agido na direção do sucesso porque ainda está esperando os recursos
ideais. E isso tem te travado. Será que é a estrutura que te falta hoje? Ou será
que são seus sentimentos, suas emoções, seus pensamentos e sua
comunicação interna que precisam de atenção?
Nos últimos anos, realizei várias palestras para professores da rede pública,
no Paraná. Em um determinado momento, eu perguntava: nós só
encontramos professores bons nas escolas particulares mais caras da cidade,
onde os recursos não faltam? Todos respondiam que não. Nessas mesmas
escolas, não existem professores que deixam a desejar no seu método de
ensino? A resposta era unânime: “Claro que sim”. Eu continuava com as
perguntas: e nas escolas mais pobres do nosso país, onde nem quadro negro
existe, não temos bons professores? Nesse momento eu percebia que o
semblante dos professores que ali estavam mudava. É claro que existem
professores incríveis nesses lugares que mal podemos chamar de escolas. O
que muda seu resultado para melhor é a sua Inteligência Emocional.
Você já começou seu dia animado, mas após receber uma “fechada” no
trânsito, a raiva te dominou e você acabou xingando a outra pessoa, que
também retrucou? E, quando percebeu, já estava no meio de uma discussão.
Depois disso, todo o seu dia foi tomado pelo estresse. Se não aconteceu isso
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Poderia narrar, nesse artigo todo, exemplos de situações que nos deixaram
furiosos e estragaram nosso dia como uma xícara de café que cai em nossa
camisa branca pouco tempo antes de entrar em uma reunião importante. Ou
após receber uma ligação de um cliente reclamando de um produto que você
vendeu e ele não gostou.
Aqui vale citar o escritor americano Stephen Covey. Ele diz que 10% é o que
acontece em nossa vida. Mas 90% é o que fazemos com o que acontece. Ou
seja, 10% é realmente o fato de alguém ter te fechado no trânsito, mas se eu
vou permitir que um “barbeiro” estrague meu dia, me deixando irritado e
estressado o dia todo, essa decisão está em minhas mãos.
Nosso cérebro
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dessa forma que nossa Amigdala trabalha. Ela aciona nosso “alarme” com a
intenção de proteger.
A Amigdala age com rapidez, porém ela não tem toda a clareza dos fatos. As
mensagens que ela recebe são superficiais e fragmentadas. Já imaginou você
diante de um tigre pensando? Será que ele vai me atacar? Será que ele é
bonzinho? Claro que não, nesse caso, primeiro você corre e depois você se
questiona se ele te atacaria.
Acontece é que, em nosso dia-a-dia, não nos deparamos com tigres ou com
situações tão perigosas quanto essa. Porém, boa parte das decisões que as
pessoas tomam vem da Amigdala e não da parte racional do cérebro.
Nosso cérebro racional está localizado no córtex pré-frontal. É a última região
que é desenvolvida em nosso cérebro. Essa área só fica completa depois dos
vinte e poucos anos de idade. É nesse lugar que raciocinamos, que avaliamos
os prós e contras. Será que vale a pena eu brigar com alguém no trânsito?
Será que essa pessoa está armada? É o córtex pré-frontal que avalia tudo
isso. O grande problema é que a informação leva mais tempo para chegar até
lá e, por isso, que muitas vezes alguém diz algo e se arrepende depois.
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Quando a gente para pra pensar, permitimos que nosso cérebro cognitivo
pondere nossas emoções e, assim, podemos tomar melhores decisões para
nossa vida pessoal e profissional. Isso é Inteligência Emocional.
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2 – Controlar as emoções
Não é só porque você ficou com vontade de xingar alguém que você vai fazer
isso. Agora que você entende qual dos cérebros está entrando em ação, é
preciso parar pra pensar.
3 – Automotivação
Esse é um dos pilares mais importantes. Como disse em meu primeiro livro,
Comunicação Inteligente e Storytelling para alavancar negócios e carreiras,
todos somos líderes das nossas carreiras e vidas. Muitas vezes, não teremos
ninguém atrás de nós nos dando aquele empurrão para não nos
desmotivarmos. A partir do momento que você entender que não precisa de
outra pessoa para te motivar o tempo todo, seus projetos vão começar a criar
vida. Esse é um pensamento comum que as pessoas com inteligência
emocional têm: “Só depende de mim”. Não estou dizendo aqui que apoio não
é bom. Apoio é ótimo. Mas não podemos ser dependentes dele.
4 – Empatia
Esse pilar é fundamental. Empatia é você ver as situações com os olhos da
outra pessoa. Sua perspectiva muda e, por isso, suas ideias também mudam.
Estou escrevendo esse artigo durante a pandemia do Covid 19. Aliás, foi
depois de ter sido infectado pelo vírus e ter ficado 15 dias de molho, fraco e
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sem ar que decidi colocar no papel as ideias que aqui estão. Me lembro, que
era um domingo à noite, eu estava prostrado na cama quando falei para mim
mesmo. Chega, a partir de amanhã vou começar meus novos projetos do ano.
Não que eu tenha me curado de uma hora para outra, mas o meu
pensamento havia mudado. E aqui está este artigo pronto para comprovar
essa decisão. Um dos projetos era exatamente esse.
Outro projeto era iniciar uma série de lives no meu Instagram pelas manhãs.
Eu estava percebendo que as pessoas estavam se intoxicando com as
notícias ruins da pandemia. Você ligava a TV e o assunto era só esse,
navegava pelas redes sociais e só via morte e tristeza. Quando a gente
começa nosso dia absorvendo assuntos pesados assim, passamos a ver
todas as coisas dessa forma. É como se utilizássemos lentes em que
víssemos pandemia, mortes e sofrimento em tudo o que fazíamos ao longo do
dia. Nossos filtros ficam comprometidos. Nós treinamos nosso cérebro para
ver aquilo que queremos que ele veja. Tudo o que a gente foca, expande.
Você já comprou um carro e de repente passou a ver o mesmo modelo de
veículo em todo lugar em que estava? Pois é, você treinou seu cérebro para
ver aquele carro. Seu olhar era atraído para aquele modelo de veículo. Da
mesma forma acontece nesse caos em que a gente viveu. Se utilizarmos as
lentes da morte, enxergaremos dor e tristeza em tudo o que formos fazer.
Muitas vezes, deixamos de fazer algo por medo das consequências.
O que propus nas lives foi trocar as lentes. Convidei meus seguidores a olhar
as coisas boas que vinham acontecendo em suas vidas e passar a comunicar
gratidão. Quando geramos sentimentos de gratidão, ativamos o sistema de
recompensa do nosso cérebro, que é responsável por nos sentirmos bem e
termos prazer. Esse sistema é a base neurológica da satisfação e autoestima.
Quando o cérebro identifica algo de bom que aconteceu, que deu certo, que
fomos bem-sucedidos e somos gratos por isso, liberamos dopamina. A
dopamina aumenta o nosso nível de prazer. Por isso, pessoas que
manifestam gratidão exibem níveis elevados de emoção positiva, satisfação
com a vida, vitalidade e otimismo. A gratidão também estimula a ocitocina,
hormônio do afeto que traz tranquilidade, reduz a ansiedade e o medo.
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Mesmo hormônio que uma mãe libera ao dar à luz, só para se ter uma ideia.
Isso significa que, a gratidão não faz apenas nos sentirmos bem, mas ela
também dissolve o medo, a angustia e sentimento de raiva, ficando bem mais
fácil controlar estados mentais tóxicos e desnecessários.
Quando trocamos nossas lentes, passamos a ver o que antes estava sendo
ofuscado pelas notícias tóxicas. Não estou dizendo para você se alienar e não
saber das notícias. Eu seria incongruente, já que sou jornalista de formação.
Quero te convidar a filtrar as informações que você recebe. Cuidado com
sensacionalismo dos noticiários. Muitos veículos estão apenas interessados
na audiência e não em informar.
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Pode ser que ainda você esteja resistente a tudo isso. Pode até parecer
balela, mas mais uma vez recorro aos grandes líderes mundiais que são
respeitados por todos nós. Eles só dominam a comunicação, porque
entendem de inteligência emocional.
E se tudo isso que estou te apresentando neste artigo for algo novo para
você, talvez você esteja sentindo certo desconforto. Fico feliz por isso. Esse
desconforto é real, não imaginário. Significa que novas sinapses estão sendo
criadas aí no seu cérebro. Ou seja, seus neurônios estão comunicando novos
aprendizados.
Mesmo assim, você pode ainda continuar resistente. Também acho normal. A
função do seu cérebro é inicialmente te proteger. Certa vez, uma senhora com
seus sessenta e poucos anos levantou a mão em uma de minhas palestras e
pediu a palavra: “Acho muito interessante tudo isso que você está dizendo,
mas para mim não funciona. Já sou velha para isso”. Disse para ela o
seguinte. É claro que, quando passamos uma vida inteira fazendo as coisas
de determinada forma, criamos um hábito. Todo hábito registra uma sinapse
neural. E quanto mais repetimos aquilo, mais forte é essa conexão no cérebro.
Portanto, não é fácil mesmo abandonar um aprendizado antigo. Mais uma
vez, essa conexão é real no cérebro, não é um balão imaginário. Porém, a
boa notícia é que nosso cérebro é perfeito. Ele tem o recurso da
neuroplasticidade, que é a capacidade de se reformular, de criar novas
conexões. A neuroplasticidade só para de acontecer quando morremos.
Portanto, se praticarmos e colocarmos em ação os novos aprendizados,
nosso cérebro terá as condições necessárias para que aquilo se torne um
novo hábito.
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3. RELEVÂNCIA E
IMPACTO SOCIAL
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4. FONTES
ACHOR, Shawn. O jeito Harvard de ser feliz. 1ª ed. São Paulo: Saraiva, 2012
COVEY, Stephen. Os 7 hábitos das pessoas altamente eficazes. 60ª ed. Rio de Janeiro:
Best Seller, 2017
ROBBINS, Tony. Desperte o seu gigante interior. 33ª ed. Rio de Janeiro: Best Seller, 2017
ROBBINS, Tony. Poder sem limites. 29ª ed. Rio de Janeiro: Best Seller, 2018
VIEIRA, Amanda; MOREIRA, Joana Isabel; MORGADINHO, Rita. Inteligência Emocional: Cérebro
Masculino versus Cérebro Feminino. Psicologia.com.pt. Portugal, 2008.
1
https://g1.globo.com/concursos-e-emprego/noticia/2015/04/72-das-pessoas-estao-insatisfeitas-
com-o-trabalho-aponta-pesquisa.html
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Fonte: USICH (Conselho Interagências para falta de moradia dos Estados Unidos).
Dados de janeiro de 2019
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