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Como escolher o fuso da máquina

Como escolher a interface do fuso da máquina é uma decisão importante que, geralmente, deCne a limitação da eCciência da usinagem. Não existe uma resposta rápida sobre qual interface é melhor – is
realmente depende das peças que serão usinadas e das operações que serão realizadas. Não deve se presumir que as opções de fuso standard com uma máquina sejam necessariamente a melhor
escolha de interface.

EspeciCcações do fuso da máquina


Quando não está usinando, a interface do fuso da máquina requer intercambialidade rápida. Porém, durante a usinagem, é fundamental que a junção entre o fuso e o acoplamento da máquina seja sólida,
mesmo se as forças de corte façam de tudo para afetar a interface. É importante ter uma interface que propicia boa resistência à deRexão e capacidade de torque.

Rigidez à de)exão: Necessária para alcançar um processo de corte estável quando tiver longos balanços da ferramenta ou com cargas de corte pesado
Transmissão de torque: Operações com grandes diâmetros são mais sensíveis. A carga aplicada a uma distância da linha de centro do fuso (Torque=Força × Raio) precisa ser
compensada por uma área de contato maior
Posição de centro precisa da ferramenta: Para proporcionar repetibilidade e produção segura, o que é especialmente importante para operações de torneamento
As características do acoplamento para resistir a alta deRexão ou forças de corte radiais são:

Diâmetro de contato da )ange: O contato da face da Range aumenta a área de apoio diminuindo o efeito de alavanca causado pelas forças de corte
Força de ?xação: Quanto maior a força de Cxação para reter um acoplamento, maior a força de corte necessária para "derrubar" o acoplamento
Área transversal: A redução do diâmetro da ferramenta relacionado ao diâmetro de contato da Range diminuirá a rigidez da ferramenta
Transmissão de torque: Mais evidente com ferramentas de diâmetros maiores e torneamento, a incapacidade de resistir ao torque causará a perda imediata da precisão e da altura de
centro

História da interface do fuso da máquina


A interface do fuso da máquina foi desenvolvida com a evolução das máquinas. Alguns dos principais marcos que podemos perceber que inRuenciaram as mudanças são:

Controle NC levando a troca e armazenamento automáticos de ferramentas. Isto levou à adoção de tirantes de tração e garras com ranhuras no cone inclinado
Rotações mais altas do fuso
Usinagem multifuncional, torneamento, fresamento e furação com a mesma interface

A primeira e bem conceituada interface foi o cone Morse, desenvolvido para furação desde 1868. Depois o cone acentuado 7/24, também conhecido como cone ISO, foi introduzido em 1927. Os canais
para garras e os tirantes de tração foram adicionados para troca de ferramenta na década de 60 com três variações regionais; MAS-BT na Ásia, ISO/DIN na Europa e CAT-V na América.
A desvantagem com o cone acentuado é a rigidez à deRexão e a capacidade de rotação devido à baixa força de Cxação e à falta de contato da face com o nariz do fuso. Isso levou a novos
desenvolvimentos nos anos 90 com o BIG-PLUS® (desenvolvido no Japão pela BIG Daishowa), HSK (desenvolvido na Alemanha pelo comitê DIN) e Coromant Capto® (lançado em 1990 e é o único sistem
desenvolvido para todos os tipos de aplicações - torneamento, fresamento e furação – desde o primeiro dia).

Tipos de interface do fuso da máquina


A tabela abaixo mostra os quatro acoplamentos principais e a evolução passo a passo desde o cone acentuado tradicional até o Coromant Capto®. Todas as interfaces, exceto BIG-PLUS®, são
padronizadas como DIN, ISO ou ANSI.
Ângulo do cone Contato de Range Método de Cxação Transmissão de torque
Cone acentuado 16,26° Não Tirante de tração Chavetas na Range de contato
BIG-PLUS® 16,26° Sim Tirante de tração Chavetas na Range de contato
HSK-A 5,7° Sim Fixação segmentada interna Chavetas no cone
Coromant Capto® 2,88° Sim Fixação segmentada interna Polígono
Cone ISO
BIG-PLUS®

HSK-A
Coromant Capto®

Cone 7/24
Para cones acentuados, o ângulo do cone é sempre o mesmo. A ranhura para a garra e a rosca para o tirante de tração podem variar. Disponível como CAT, ISO, DIN e MAS BT.

BIG-PLUS®
BIG-PLUS® foi desenvolvido para aplicações em centros de usinagem. O cone e o canal para garras são o mesmo do cone tradicional, porém, o contato frontal é obtido através de tolerâncias estreitas qu
aumentam a resistência à deRexão. Um cone acentuado standard pode se acoplar a um fuso BIG-PLUS®, porém, não é recomendado misturar. Disponível como CAT, ISO, DIN e MAS BT.

HSK
HSK (DIN 69893) foi desenvolvido para centros de usinagem. Ele apresenta contato da Range do cone oco e Cxação segmentada, eliminando a necessidade de tirantes de tração. As chavetas têm várias
conCgurações que dependem da variante e, em alguns casos, nenhuma para aplicações com altas velocidades.

Tipo A: Usinagem geral, cargas altas de deRexão e torque moderado, troca automática da ferramenta
Tipo B: Aplicação estacionária, cargas moderadas de deRexão, torque alto, aplicações especiais, troca automática da ferramenta
Tipo C: Usinagem geral, cargas altas de deRexão e torque moderado, troca manual da ferramenta (ref. Tipo A)
Tipo D: Aplicação estacionária, cargas moderadas de deRexão, torque alto, aplicações especiais, troca manual da ferramenta (ref. Tipo B)
Tipo E: Aplicação de alta velocidade, fusos leves e rápidos, poucos momentos de deRexão e torque, troca automática da ferramenta, fácil balanceamento
Tipo F: Aplicações de velocidade moderada, usinagem de materiais macios, momentos de deRexão médios e torque, troca automática da ferramenta, fácil balanceamento
Tipo T: Aplicações estáticas e rotativas com tolerâncias mais estreitas no rasgo de arraste (para posicionamento da ferramenta). Nenhum "pescoço" é necessário e, portanto, melhora a
capacidade do momento de deRexão

Nota! A maioria das máquinas que usa a interface de fuso HSK-T requer o pescoço para troca automática da ferramenta e magazines – isso signiCca que as ferramentas HSK A/C/T são necessárias
A
B
C
D
E
F
T
A/C/T

Coromant Capto®
Coromant Capto® (ISO 26623) abrange os benefícios do HSK e do BIG-PLUS®, mas eliminou a necessidade de chavetas ao ter o acionamento feito por um polígono com contato facial. A seção transvers
do acoplamento robusto fornece mais espaço para a Cxação segmentada com maior capacidade da força de Cxação propiciando resistência à deRexão, transmissão de torque e precisão da posição
central inigualáveis.
A melhor precisão radial e a transmissão de torque foram necessárias para atender a demanda de três áreas de aplicação alvo:

Interface do fuso da máquina – Centro de usinagem e torno vertical


Acoplamento modular – Centros de usinagem
Sistema de troca rápida manual – Tornos
Coromant Capto® é a interface mais comum para máquinas multitarefa, visto que pode funcionar em aplicações estáticas (torneamento) e rotativas (fresamento/furação).
Recomendações de fuso da máquina para tipos diferentes de máquinas
Centros de usinagem (somente rotativas)
É recomendado utilizar uma interface de fuso com contato com a face. BIG-PLUS® e HSK-A proporcionam estabilidade suCciente para a maioria das aplicações rotativas em centros de usinagem. Para
aplicações pesadas, Coromant Capto® C10 deve ser considerado antes de um acoplamento maior como o HSK-A 125 ou SK60. Para aplicações com alta rpm, HSK-E ou F devem ser considerados.
Máquinas multifuncionais (estática e rotativa)
Coromant Capto® é o único acoplamento capaz de lidar com as exigências de torque e resistência à deRexão para aplicações estáticas e rotativas.
Há diferentes soluções de mecanismos de Cxação do fuso, bem como para produção da interface do fuso. A Sandvik Coromant trabalha ativamente com fabricantes de máquina-ferramentas para apoiar
integração do Coromant Capto® às máquinas. O principal foco é o tipo da máquina e nas interfaces que o compõe, onde os benefícios do Coromant Capto® são maiores.
C3 C4 C5 C6 C8 C10
Centro de torneamento * *
Torno para usinagem pesada
Torno vertical
Máquina multitarefa
Centro de usinagem com torneamento
Centro de usinagem, aplicação pesada
* Barras de mandrilar longas em centros de torneamento grandes

Comparação da força de Cxação


A Cxação segmentada interna usada para cones vazados (HSK e Coromant Capto®) pode propiciar força de Cxação mais alta que a que o tirante de tração pode proporcionar ao cone. A tabela mostra a
força de Cxação aplicada às respectivas interfaces. A maior área transversal e o comprimento de acoplamento do Coromant Capto® permitem forças de Cxação mais altas se comparadas a HSK-A.
Fontes: HSK Handbook, copyright 1999.
Big Daishowa (Sistema de fusos Big Plus.)
Coromant Capto®
HSK-A
Cone ISO (SK)

Comparação da transmissão de torque e rigidez à deRexão


Cone – as chavetas em um raio maior fornecem bom acionamento para aplicações rotativas
HSK-A – uma pequena área de contato com canais no cone e não no diâmetro da Range (raio pequeno), mas que não é recomendado para aplicações com torque alto.
Coromant Capto® – para aplicações de torneamento, a precisão do posicionamento central é necessária quando a chaveta poligonal proporcionar melhor capacidade.
O tamanho do acoplamento irá proporcionar limitações na rigidez de deRexão e rpm máximo. Um grande acoplamento proporciona boa rigidez, mas baixa rpm, enquanto um pequeno acoplamento perm
maior rotação, mas menor rigidez de deRexão.
O diagrama abaixo mostra as limitações para os respectivos acoplamentos com base em cálculos teóricos (FEA) para quando o contato facial for perdido (resistência à deRexão) e o limite de fadiga for
alcançado (torque máximo).
Azul: Momento de deRexão máximo (Nm)
Vermelho: Torque máximo (Nm) dentro do limite de fadiga
BIG-PLUS® e HSK proporcionam estabilidade suCciente para a maioria das aplicações rotativas, mas para as máquinas multitarefas, o Coromant Capto® é o único acoplamento capaz de lidar com as
especiCcações de torque e resistência à deRexão.

Acoplamento
Tamanho e tipo de Cxação Força de Cxação(Tirante de tração ou tirante) Rotação máx.(dependendo do fuso e dos rolamentos)
N lbs
BIG-PLUS®
ISO/CAT/BT Cone 40 12000 2703 16000
Cone 7/24
Cone 50 24000 5405 12000
HSK-A HSK-A 63 18000 4054 20500
HSK-A 100 45000 10135 12500
HSK-A 125 70000 15766 9500
Coromant Capto® C5 32000 7207 28000
C6 41000 9234 20000
C8 50000 11261 14000
C10 70000 15766 10000

Teste estático comparando a resistência à deRexão e a resistência ao torque


A renomada RWTH Aachen University na Alemanha realizou uma série de testes estáticos no laboratório de máquinas-ferramentas (WZL), comparando a resistência à deRexão e a resistência ao torque d
diferentes interfaces do fuso.
O Coromant Capto® foi medido com duas forças de Cxação: a mesma para HSK-A, (22 kN para C6 e 50 kN para C10) e força de Cxação standard mais elevada (45 kN para C6 e 80 kN para C10).
Estabilidade de de)exão
DeRexão [mm/m]
Momento de deRexão [Nm]

C6- 45kN
C6- 22kN
HSK-A 63- 22kN
Cone 7/24, tamanho 40-15 kN
Estabilidade de de)exão
DeRexão [mm/m]
Momento de deRexão [Nm]

C10- 80kN
C10- 50 kN
HSK-A 100- 50kN
Cone 7/24, tamanho 50-25kN
Os resultados mostram que mesmo com a mesma força de Cxação que a HSK-A, o acoplamento mais robusto melhorou a resistência à deRexão. Porém, com a força de Cxação mais alta, a força na parte
superior foi 2,88 vezes melhor para C6 do que para HSK-A 63 e 2,15 vezes melhor para C10 comparado a HSK-A 100.
Estabilidade de torque
DeRexão [mm/m]
Momento torsional [Nm]

C6- 46 kN
HSK-A 63- 22kN
Cone 7/24, tamanho 40-15kN
Estabilidade de torque
DeRexão [mm/m]
Momento torsional [Nm]

C10- 50 kN
HSK-A 100- 50kN
Cone 7/24, tamanho 50-25kN
Os gráCcos mostram que o Coromant Capto® C6 tem resistência ao torque 2,29 vezes superior que o HSK-A 63. O ângulo de torção foi 7,1 vezes melhor. Os números correspondentes para C10 foram
1,85 vezes melhor para resistência de torque e 4,0 vezes melhor para o ângulo de torção em relação ao HSK-A 100.

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