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FUNDAÇÃO TECNICO-EDUCACIONAL SOUZA MARQUES

FACULDADES SOUZA MARQUES


COORDENAÇÃO ACADÊMICA
CURSO DE PEDAGOGIA

FUNDAÇÃO TÉCNICO EDUCACIONAL SOUZA MARQUES


CURSO SUPERIOR DE LICENCIATURA EM PEDAGOGIA

Danyelle Moraes
Joyce Laureano
Juliana Moura
Kelly Bezerra

A representatividade dos brinquedos e brincadeiras típicas no cotidiano


da criança da região norte do Brasil
Disciplina: Educação artes e ludicidade II – Professora: Viviane Bastos

Rio de janeiro, 11 de novembro de 2021.


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A representatividade dos brinquedos e brincadeiras típicas no cotidiano


da criança da região norte
(estado do amazonas)

Introdução:
A criança quando brinca, utiliza na maioria das vezes objetos aos quais chama de
brinquedo. O brinquedo representa muito mais do que um objeto concreto que é
manipulado no momento de brincar. É a representação de todo um universo imaginário
e fictício. A imaginação é livre e a criança constrói um ou vários universos para que seu
brinquedo forneça suporte a sua imaginação. O brinquedo sendo o ponto de partida da
brincadeira, se constitui em um dos elementos dessa brincadeira e os outros
(elementos) são disponibilizados à criança de acordo com sua imaginação, porque desta
também faz parte o seu contexto de vida, suas referências, a educação que lhe é
concedida, suas relações sociais e culturais.

Brinquedo:
O brinquedo para a criança que brinca tem um significado e simbolismo próprio. Ao
mesmo tempo que o brinquedo em mãos da criança se torna um objeto, onde ela
exercita sua imaginação e fórmula conceitos de acordo com suas vivencias, direta ou
indiretamente aprendidas, é sempre um momento lúdico. Quando a criança brinca e
manipula o brinquedo, a sua imaginação vai criando e recriando significados sobre
aquele objeto.

• ARCO E FLECHA e baladeira (estilingue)


As crianças indígenas brincam muito de arco e flecha e de baladeira. Disputam
principalmente em duas situações: para ver quem "balava" mais passarinho, ou para ver
quem flecha mais calango.
As flechas e os arcos são confeccionados por eles, ensinados pelos pais e avós. Usam o
talo de buriti para confeccioná-los. As crianças juntam-se e treinam, procurando
melhorar a pontaria. Para treinar, matam os calangos.
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Brincadeira:

Suas brincadeiras têm forma, significado e objetivos que lhes conferem uma
compreensão sobre as coisas e sobre o mundo que só a elas diz respeito, expressando
seu olhar diferentemente do olhar dos adultos. As brincadeiras e os brinquedos
aparecem como fator de assimilação de elementos culturais e de socialização da criança
construídos no ato lúdico. Uma atividade diária na vida da comunidade é a atividade da
pesca e da caça com o arco e a flecha, a linha e o anzol. Tal atividade se torna lúdica
quando a criança, mesmo pescando ou caçando para a sua sobrevivência ela brinca, ela
joga. Seu arco e flecha, sua linha e seu anzol se transformam no seu trabalho, no seu
brinquedo, na sua brincadeira, no seu aprendizado.

• TUCUXI
Essa brincadeira é feita dentro d’água. São dois grupos de crianças, representando os
botos e os pescadores. Os botos permanecem mergulhando e boiando. Quando saltam
fora d’água, os pescadores tentam acertá-los com as flechas. Quem for flechado, morre
e se quiser, troca de papel.
O boto Tucuxi é uma figura das mais tradicionais no imaginário popular amazônico. As
histórias de boto são muito contadas e todas remetem ao fato de que o boto aparece
nas festas, como um homem bonito, de branco e usando chapéu. É sempre disputado
entre as mulheres, dada a sua classe e beleza. Mas no final da festa ele some jogando-
se nas águas, retornando à sua condição de boto, deixando moças grávidas, na terra,
cujos filhos não terão pais. Talvez por isso, na brincadeira, o objetivo maior é pegar o
boto.

Conclusão:
A criança indígena é um ser ativo dentro do seu espaço sociocultural, em suas
particularidades e competências, ela é completa e é através da sua relação social com o
grupo que ela se insere neste, amplia sua visão de mundo e recria-o. E é com o arco, a
flecha, o anzol, os mergulhos, os pássaros que cantam e com os macacos que gritam
com seus berros estridentes, que as crianças vão apreendendo a vida, se deslumbrando,
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brincando e sendo parte de um povo que faz da mata sua casa, sua vida, seu mundo,
seu lar. Nas entranhas da floresta a criança vê a vida florescendo todo dia. E é nesse
florescer do seu mundo que ela significa e ressignifica os seus saberes, pelas
experiências vivenciadas em seu tempo e espaço, através de seus brinquedos e das suas
brincadeiras.

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