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ESCOLA SECUNDÁRIA DE CANEÇAS

Curso Cientifico-Humanístico Ciências e Tecnologias

(filosofia)

Alunos: Guilherme Cardoso, Catarina Martins, Beatriz Carvalho, RafaelSilva


Ano: 11º
Turma: CT4
N.º: 9,7,5,24
Professor: Márcio Manuel Gonçalves Marques
Ano letivo: 2022/2023
Trabalho filosofia

Indice
Introdução...........................................................................................................(3)
Biografia..............................................................................................................(3)
Contextualização da obra.....................................................................................(4)
Análise detalhada do objeto.................................................................................(5)
Referencia com outras obras do artista................................................................(5)
Teoria da imitação representativa da arte............................................................(6)
Conclusão e reflexão............................................................................................(7)

Guilherme Cardoso nº9, Catarina Martins nº7, Beatriz Carvalho nº5, Rafael Silva nº24
Trabalho filosofia

Introdução
A arte é um modo de produção de beleza ou, pelo menos, de algo que possa fixar a
nossa atenção e a nossa sensibilidade estética, seja isso considerado belo ou não.
Desde em tempos antigos a arte esteve sempre relacionada com o ser humano desde as
pinturas rupestres com os homens das cavernas até aos dias de hoje com as diferentes
variações que existem de arte.
Escolhemos uma obra de Vihls uma vez que o artista através da sua arte procura sempre
dar destaque ao olhar daqueles que representa e imita, pois, o olhar é um reflexo da alma
e através do mesmo conseguimos transmitir vários sentimentos e emoções.
Além disso Vihls consegue transformar o ato de destruição em algo criativo e que faz o
observador refletir acerca do problema que o olhar pretende representar, uma vez que é
através deste que percebemos o principal tema que o artista pretende defender.

Biografia
Alexandre Farto (também conhecido como Vhils) nasceu em 1987 em Portugal. Cresceu
na periferia de Lisboa. Estudou na Universidade das Artes em Londres, Central Saint
Martins, e Byam Shaw Fine Art Skills and Practices.Em Portugal cresceu durante um
período que foi profundamente afectado pela revolução da época.Testemunhou muita
destruição e os efeitos da guerra sobre os muros. A Revolução dos Cravos de 1974
afectou a periferia de Lisboa e outras partes de Portugal.

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Trabalho filosofia

Contextualização da obra

Vhils como vários outros artistas urbanos procura a intervenção social e utiliza a sua arte
para o fazer. Nesta obra de arte que o mesmo e a sua equipa fizeram no morro da
providencia Vihls trouxe à tona desajustes sociais e injustiças das quais os moradores do
morro da providencia eram vítimas.
O que motivou o artista português a fazer tal obra foi o despejo em massa no morro da
providencia que deixaria pessoas com situações de vida precárias sem um lar.
Vihls assim escavou e marcou cada residência com o rosto dos seus respetivos
moradores deixando a ideia de que o morro não eram as casas, mas sim os moradores.
No caso do idoso, Vhils escavou as camadas da residência com perfeição não deixando
escapar uma ruga, uma sombra, uma emoção...tristeza e revolta do idoso foi retratada
com exatidão e por isso a obra se tornou tão famosa.

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Análise detalhada do objeto


Esta obra de Vhils tinha o intuito de prestar homenagem ao forte espírito comunitário
que caracteriza a vida no Morro da Providência e ao mesmo tempo dar voz às pessoas
que fazem parte daquele meio, e que muitas das vezes não têm condições de
vida,através da representação e imitação destes moradores. Moradores estes que
estavam a ser alvo de um despejo em massa e terião que abandonar as suas
residências.
O artista construiu esta obra de arte a partir da destruição da parede da casa do homem
representado e assim transformou este ato destrutivo em força criativa, destacando a
"arqueologia" da cidade a partir do contraste entre o velho e novo, e eternizando-o na sua
residencia.
Esta obra dá destaque à expressão facial do idoso, desde o olhar até à mais pequena
ruga de expressão, para assim demonstrar aquilo que o idoso está a sentir e também
fazer o observador refletir acerca das vidas e as condições às quais estas pessoas estão
sujeitas ao viverem neste local, e para além disso a injustiça de que são alvos.

Referencia com outras obras do artista


Comparando a Providência com outras obras de Vhils, encontramos um certo padrão.
Vhils procura representar rostos e humanizar a sua arte, através da utilização do rosto e
principalmente do olhar. O olhar na obra de Vhils é de grande importância, uma vez que é
algo sempre presente nas suas obras. Os rostos também são outro aspeto sempre
presente nas suas obras e para além do rosto, o facto de este rosto ser sempre simbolo
do lugar em que se encontra.
Por exemplo:
Vhils desenhou o rosto de vários profissionais de saúde num mural do hospital São João.
Neste moral embora não esteja desenhado o rosto completo, porque as caras têm
máscaras, encontramos presentes o olhar, que é o principal aspeto da arte de Vhils.
Estes rostos representam como estes profissionais de saúde ajudaram na época de
Covid-19 e foram os que sempre lutaram para melhores condições para nós durante este
tempo.
Fez na sua escola antiga, Escola Secundária José Afonso, uma homenagem a Zeca
Afonso, que representa o nome da escola, mais uma vez encontramos este padrão. O
rosto de Zeca Afonso representa a escola, o olhar é muito bem retratado e mais uma vez
utiliza as mesmas técnicas, melhorando cada vez mais.
Observando muitas mais obras de Vhils, vemos sempre o padrão do olhar. A forma como
ele as faz, acaba por ser um padrão também. Vhils escava as paredes, explode as
paredes, a partir de técnicas que foi aprendendo e em todas as suas obras vemos este

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padrão de um rosto, com o olhar realçado e com diferentes camadas, que para Vhils
representam história.

Teoria da imitação representativa da arte


As obras de Vhils enquadram-se na Teoria da representação imitativa. Esta teoria
indica-nos que :
Uma obra é arte se, e só se, é produzida pelo homem e imita algo.
Uma obra é arte se e só se é produzida pelo homem e representa algo.
Vhils através da destruição da parede, cria um rosto, sendo este arte como
imitação, porque recria algo já visto, imitando-o. No entanto, o rosto não é só um
rosto como também representação. No caso da Providência, o idoso está a
representar a sua própria casa e a representar a sua história naquela casa,
durante todos os seus anos de vida. Concluindo assim que esta arte se irá incluir
na teoria da representação imitativa.

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Todas as outras obras de vhils são encaixadas nesta mesma teoria. Como por
exemplo: A figura de Zeca Afonso na sua escola, com o objetivo de representar a
escola, pois o nome desta era Escola Secundária José Afonso, como referido
anteriormente. Assim, tal como na Providência, podemos considerar esta obra de
arte outro exemplo da teoria da representação imitativa. Porque recria o rosto de
Zeca Afonso e representa a escola.

Um problema que surge com isto tipo de arte é: Continuarão as obras de Vhils a
ser arte, apesar de serem consideradas vandalismo?
Na nossa opinião, mesmo utilizando o que não é seu, para as suas obras de arte.
Vhils tenta criar uma obra de arte com um significado enorme e muitas vezes até
traz esse significado para as pessoas das quais ele “vandalizou” a casa por
exemplo.
No caso da obra de arte que estamos a apresentar, mesmo sendo considerado
vandalismo, pelo facto de ter "destruido" a casa do idoso, este idoso apreciou a
obra de arte e até ficou lisonjeado por Vhils o ter representado na sua própria
casa, representando a sua história na providência.
Existem 2 tipos de vandalismo: O bom e o mau, neste caso Vhils utiliza o
vandalismo para o bem e utiliza este tipo de estilo de vida porque o considera
obra de arte e não o faz para o mal.
Para além de que, de acordo com a nossa teoria, que podem concordar ou não,
algo só é obra de arte se for feito pelo homem, representar algo e imitar e isto são
os 3 fundamentos de Vhils.

Conclusão e reflexão
Podemos assim concluir após a analisarmos que esta obra de Vhills é uma obra bastante
importante e impactante na nossa atualidade, pelo facto da mesma através de um único
rosto conseguir representar uma comunidade e um povo.
O tipo de arte é característico do artista, em vez da pintura para por exemplo criar o rosto
de uma pessoa o artista usa a escavação nas paredes e a destruição para criar os
mesmos, desta forma de arte é bastante exótica e diferente uma vez que normalmente os
outros artistas para fazerem a sua arte adicionam algo como por exemplo adicionam tinta
a uma tela, mas este artista em vez de adicionar retira, como por exemplo ele retirar
pedaços de pedra a uma parede para criar a sua arte. Vhils é muito importante na nossa
sociedade como artista porque quer demonstrar humanização. Ele conseguiu
revolucionar a perspetiva do grafitti como vandalismo. Vhils é realmente uma figura
moderna, muito importante e é sim um artista e não um vandâlo, como alguns o
consideram.

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