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CAPÍTULO 01

Analu

Estava atrasada pra chegar na escola, passei a noite assistindo séries e acabei dormindo tarde
e acordei mega atrasada! Hoje tenho prova e se eu faltar eu estou fodida e meu pai me mata!

— Analu !- Bruna grita correndo em minha direção. Conheço a Bruna a 5 anos, ela virou minha
melhor amiga e vamos dizer que é a única pôs os outros se dizem meus amigos apenas por eu
ser filha do diretor dessa escola e de outras milhares por ai. Mas ela não me viu apenas como a
filha do diretor e sim como eu verdadeiramente sou!

-— Oi amiga, também esta atrasada?! - pergunto assim que ela vem ao meu lado e caminha
junto a mim.

— Sim, passei a noite no telefone com o Ruan.

— Humm..imagino oque fizeram nessa ligação. - Falo e a olho rindo.

— Nada demais, agora calada e vamos logo pra sala.

Entramos pra sala e a professora ainda não estava, sentamos na última cadeira da sala e eu
peguei meu iPhone e pus os fones e fui ouvir música enquanto a professora não chegava pra
aplicar a prova. Todos estão na sala menos a Soraia que é a nossa professora de filosofia,
ODEIO FILOSOFIA!

-
— Amiga.. Vai fazer oque hoje?! - Bru pergunta assim que retiro meus fones e ponho na
mochila.

— Nada .. É sexta, ouvi dizer que vai ter uma festa na casa da Alana, vai ir ?! - pego minha
bolsa com meus materiais e ponho encima da mesa pos a professora já está em sala.

— Você sabe que a Alana não me suporta, mas tem um lugar que eu quero te levar. - diz e eu a
olho com um olhar interrogativo me perguntando sobre o lugar qual me levaria.

— É segredo! Mas você vai gostar. - Bru diz sorridente e eu fico meia cabreira com esse
negócio de me levar em algum lugar, Bruna ama aprontar comigo. Ela é o tipo de amiga louca
e festeira e ama fazer burrada, mas eu nunca negava em aprontar com ela; eu amo aventuras
e coisas novas e se descobrir pelo mundo e a mesma coisa ela, acho que por isso somos
melhores amigas!

— Tá bom.. Depois falamos disso. - falo e me viro pra frente e a Soraia já começa a aplicar a
prova a todos da sala, dou uma olhada pra Bruna e ela entende meu olhar.

Ela me entrega a prova e eu analiso tudo e está super fácil dessa vez. Faço tudo em poucos
minutos e ponho o nome da Bruna e olho pra Soraia que está na porta intertida com algo em
seu celular, eu estou na última cadeira da sala e Bruna está na minha frente, a cutuco e ela
olha pra professora e se ajeita na cadeira e passa a folha branca pra mim com cuidado pra
ninguém ver e eu faço o mesmo com a minha e dou a ela. Professora Soraia nota algo
diferente e vem até nós mas estou super tranquila e finjo não ver e começo a fazer a prova
que Bruna já assinou o meu nome todo.

— Posso saber oque as mocinhas estavam trocando por trás da cadeira?! - Soraia pergunta
parando enfrente a nós duas e os outros alunos nos olham de imediato, fofoqueiros!

— Caneta, eu esqueci a minha em casa. - Bruna fala cínica e mostra a caneta e Soraia a olha
torto.

— Acho bom vocês duas não estarem colando ou algo do tipo, seu pai não gostaria de ver a
filha fazendo esses tipo de coisa não é mesmo, Ana Luise? - fala com desdém e eu a olho com
uma sobrancelhas levantada e com cara de nojo!

— É sim, meu pai também não gostaria de saber que uma das professora da escola dele, fica
no celular durante a aula ao invés de ensinar e ainda por cima some do nada antes da aula
com o professor Demétrio e sabe lá fazendo oque, não é mesmo, Soraia? - Falo ainda com a
sobrancelhas arqueada e naquele momento eu vi ela mais branca que o normal, ela volta a sua
postura nojenta e me da as costas sem me dar uma resposta e eu sorrio e alguns alunos
também.

— Você é louca! - Bruna fala olhando pra trás rindo.

— Porque? não fiz nada! - Dou de ombros e ela ri.

— Ela agora vai infernizar você por ter ameaçado ela e ter dito isso na frente dos outros
alunos, retardada. - fala e taca a borracha em mim.

— Ela não é louca, eu faço mil vezes pior. - falo e Bruna nega com a cabeça e volta a olhar pra
frente rindo.

Fiz a prova e entreguei a Soraia e Bruna também e fomos liberadas assim como os outros
alunos que tinham terminado também. Fomos para a cantina e compramos nosso lanche e
sentamos em uma das mesas ali, pego meu iPhone e os fones e coloco no ouvido e fico
ouvindo música com Bruna. Lembro sobre o assunto da festa que ela quer me levar.

— Amiga, ainda não me disse o lugar aonde quer me levar! - digo e tiro o fone e ela também e
me olha pensativa e já sei que está inventando algo.

— Hummm, é surpresa! Quando chegar lá você vai ver. - fala sorrindo, assumo que estou
curiosa e ansiosa.

— Okay então, vamos que horas?

— Busco você às 21h, esteja pronta e fica bem gata; hoje promete! - diz alegre e eu sorrio.

O sinal toca e entramos novamente pra sala e assistimos a aula do professor Demétrio que
pela primeira vez estava em silêncio a aula toda, acabamos de assistir e fazer o dever e saímos
e o chofer já estava a minha espera do lado de fora da escola, como de costume.

— Senhorita..- falo e acena com a cabeça e eu entro no carro com a Bruna.


— Clóvis, deixa a Bruna na avenida das américas; por favor! - falo e ele assente e da partida no
carro até o local e deixa Bru enfrente ao condomínio aonde ela mora.

— Amiga, te busco às 21h, não esquece! - fala e sai do carro e vai correndo até o condomínio e
entra e Clovis da partida novamente e segue até a minha casa. Chegamos e eu saio do carro e
entro pra casa e Lucy já vem até a mim.

— Oi Lucy. - falo e abraço a mesma.

— Oi menina, o almoço está quase pronto. - diz com uma voz doce como sempre.

— Hum, Okay! Vou tomar um banho e já desço pra comer. - Falo e pego minha mochila e subo
as escadas e entro no meu quarto e jogo minha mochila no chão.

Deito na cama e fico uns minutos deitada e depois levanto e vou ao banheiro e tomo um
banho quente e lavo meus longos cabelos e acabo e me enrolo na toalha e vou no closet pegar
uma roupa. Visto um shorts de pano branco e um cropped branco também, coloco meu
chinelo e penteio meus cabelos e deixo secar por ele mesmo e passo um creme corporal com
cheiro de rosas e saio do quarto e desço pra comer.

— Lucy, meu pai falou algo se ia vir pra casa hoje?! - pergunto me sentando a mesa que ja está
posta.

— Não querida, ele não disse nada. - fala me servindo.

— Tá bom, eu vou sair hoje com a Bruna e não sei que horas volto; se não voltar eu dormi na
casa dela, avise a ele por favor. - falo e começo a comer e a Lucy concorda com a cabeça e
volta pra cozinha.

Acabo de comer e subo pro meu quarto e deito na cama e pego meu celular e vou olhar as
mensagens e o Facebook, depois de olhar minhas redes eu levanto e vou pro banho e me
banho durante um tempo e saio do banheiro e coloco uma lingerie azul e me jogo na cama e
resolvo dormir um pouco até da a hora de me arrumar para a tal festa.

[.....]
Acordo com o toque do celular longe e abro os olhos e coço os mesmo e levanto procurando o
meu celular, pego e vejo a foto da Bruna na tela inicial, deslizo o dedo na tela e atendo.

-Ligação On-

Analu - Que foi?! - falo ainda sonolenta.

Bru - Analu?! Você estava dormindo? Já são 8:13PM..- ela fala e parece que está caminhando
pôs sua voz está ofegante.

Analu - Desculpa! Eu acabei perdendo a noção do tempo enquanto dormia, eu me arrumo


rápido. - levanto correndo e vou pro closet procurar uma roupa.

Bru - Acho bom você já está pronta quando eu chegar ai, Tchau! - desliga sem me da tempo de
falar algo.

-Ligação Off-

Corro pro banheiro e entro no chuveiro permitindo a água escorrer pelo meu corpo, não
molho meus cabelos pos lavei ele hoje e não vou ter tempo de seca-lo. Acabo o banho rápido e
saio do banheiro vestindo um roupão e pego a lingerie preta encima da cama e a visto, pego a
roupa que escolhi e coloco; uma saia listrada na cor branca e preta cós alto que é um pouco
acima do joelho e um cropped preto com uma abertura no meio dos peitos, coloco um tênis da
nike branco e solto meus longos cabelos pretos e o deixo solto, faço uma make básica pra
noite nada muito chamativa mas linda. Passo um perfume e pego uma bolsinha de lado e
ponho meu celular e dinheiro e assim que acabo ouço um carro buzinar e sei que é Bruna.

Desço as escadas correndo e meu pai ainda não chegou pôs a casa está um silêncio só, vou
correndo na cozinha e Lucy está lavando a louça, chego por trás da mesma e a abraço.

— Lucy, estou indo.. Avisa papai que vou dormir na Bru. - falo e dou um beijo na testa da
mesma e saio sem esperar uma resposta.

-
— Porra! Atrasada. - Bruna fala assim que entro no táxi e eu a olho com raiva.

— Ta bestando diaba? Eu me arrumei em 47 minutos e você ainda reclama? - Falo e reviro os


olhos.

— To ansiosaaa! - a louca fala e eu me lembro de que não sei aonde estamos indo. Pego meu
celular e tiro uma foto e guardo o mesmo na bolsa novamente.

— Você ainda não me disse aonde estamos indo? - Falo e a mesma desvia o olhar pra fora da
janela assim que o carro para e eu acompanho seu olhar PUTA QUE ME PARIU

— Chegamos senhoritas, Complexo do Alemão. . - O Motorista do táxi fala e eu engulo seco ao


ver aquele morro enorme cheio de homens armados na entrada da rua.
CAPITULO 02

Analu

— Bom, vou ter que deixa-las por aqui, não posso subir o morro. - o motorista fala e eu ainda
estou parada olhando todos aqueles homens armados em pouca distância de mim. Olho pra
Bruna com muita raiva.

Não é que eu não goste de favela ou de quem mora aqui, é que se o meu pai simplesmente
sonha que estou pisando nessa área eu estarei morta.

— Pode dar meia volta, iremos voltar! Creio que minha amiga deu o endereço errado ao
senhor. - Falo e Bruna me olha e ri.

— Não! Iremos ficar por aqui mesmo. Vem Analu, para de fogo.. você vai gostar! . - me puxa
pra fora do carro e eu sou praticamente arrastada.

— Eu estou fazendo uma pequena anotação de que eu tenho que te matar! - falo pra mesma.

— Ei, oque foi? Relaxa, é só um baile de favela! Você vai gostar, Ruan tá esperando a gente.

— Só? Oque estamos fazendo no complexo do alemão Bruna? Se meu pai descobre que eu
estou aqui ele come meu fígado.

— Ele não tem como saber Analu, e aqui é um lugar legal.. Não fica com medo.

— Eu não tenho medo deles e nem do que tem aí.. eu tenho medo do que o meu pai vai fazer
comigo quando souber que estou dentro de uma favela..
— Você vai contar? - Eu nego - Então para e vamos curtir nossa noite. - me puxa mas eu
continuo parada e ela volta a olhar pra mim. - Qual é Analu? Vai vir ou vai empatar? Eu
conheço umas pessoas aqui e elas são legais ..

— Promete não sair de perto de mim?! - pergunto receosa.

— Ue.. acabou de dizer que não tem medo.. - fala rindo.

— E eu não tenho, mas eu não quero ficar sozinha, não conheço ninguém aí.. - aponto pro
morro aonde uns cara nos observa e eu sinto um cala frio quando um deles aponta pra gente.

— Tabom, não vou sair de perto de você.. agora vem! - me puxa e dessa vez eu acompanho,
mas quando estávamos subindo os caras armados que nos olhavam acaba barrando a gente.

— Tão perdidas ? - Um deles fala.

— Não! viemos pro baile! - Bru fala com a maior calma.

— Baile de favela não é lugar pra duas patricinhas. - ele fala com desdém

— Ninguém aqui perguntou se é ou não é lugar pra gente está, e da licença que eu quero curtir
minha noite?! - Bruna fala afrontosa e vejo o cara se irritar.

Ela tá doida!?

— Como é? Você acha que tá falando com quem vadia?! Sabe quem sou eu? Não estava afim
de te dar uns tiro aqui mas já que insiste. - o cara fala pegando sua enorme arma nas costas e
meu brioco nesse momento já tá trancado e eu rezo pra todos os santos existentes me
ajudarem.

— Primeiro; você é só um dos vapor desse morro e não me mete medo, eu não tenho medo de
você e nem dessa arma ai, eu só quero curtir meu baile, então da licença que meu namorado
tá me esperando. - ela novamente me puxa e o cara continua ali parado e da pra ver o ódio em
seus olhos e eu sei que traficante não perdoa e meu único destino é morte ou ganhar um corte
estilo Irene de graça, af ..eu amo meu cabelo! Ouço um estalo e vejo que foi a minha frente, o
cara simplesmente bateu na Bruna e fez com que ela na hora caísse no chão com o impacto,
me assusto e ajoelho na hora pra ajudar minha amiga que está com a boca sangrando.

— Você é louco?! Seu idiota! - falo por automático mas logo me arrependo quando ele aponta
a arma pra mim, ouço um barulho de carro e um cara sai rápido do mesmo.

— Que porra tá acontecendo aqui LN!? - um homem aparece, ele estava vestindo um traje da
Lacoste, uma blusa polo preta da Lacoste também e um tênis Adidas branco e um boné preto
mas dava pra ver seu rosto e era bem bonito. Eu levanto e ajudo Bruna a levantar e a mesma
sorri de lado e eu não entendo o porque mas logo passo a entender quando ela tenta ir até o
cara mas o tal LN a barra novamente. Ele é o tal Ruan, eu nunca vi ele a não ser por foto.

— Nada não, só estou resolvendo umas paradas com essas patricinhas aqui que tão tirando
onda com a minha cara. - Fala e olha pra mim e Bruna.

— Amor, eu só vim pro baile como tínhamos combinado, me atrasei um pouco por conta desse
merdinha aqui que não me deixa subir e ainda me bateu.. - Fala afrontosa e o tal LN olha
assustado e cara que acabou de chegar vem até a gente e a abraça.

— LN, Some da minha frente filho da puta.- O cara grita com a voz grossa.

— Tu deu pra defender vadia agora RN?! Ou é mais uma comidinha especial - fala com
sarcasmo na voz e na mesma hora o Ruan se solta dela e começa a desferir socos nele e eu me
assusto e abraço Bruna.

Ele da vários socos no rosto dele e alguns no estômago que o faz cuspir sangue , LN cai no
chão e Ruan cai por cima dele e continua a desferir socos por todo rosto dele, ele levanta e da
alguns chutes pela costela e LN fica lá desacordado e o Ruan pega e arma na cintura e
aponta pro mesmo no chão e eu sei o que ele vai fazer.

— Vou te ensinar a respeitar minha fiel filho da puta, vadia é o caralho! - destrava a arma e
nessa hora eu estou gritando horrores e Bruna tenta me acalmar e fala com o Ruan

— Amor.. não! Na frente dela não por favor.. - Fala e ele para por uns minutos e guarda a
pistola e faz um sinal pros outros que estavam ali parados vendo tudo e eles vão até o cara
desacordado no chão e o levam. O cara vem até a gente.
— Vocês estão bem?! - Ele pergunta e abraça a Bruna.

— Eu estou, já a Ana Luise nem um pouco. Acho melhor eu levar ela pra casa, acabou a noite
por hoje. - ela me olha.

— Não.. Eu vou levar vocês até lá em casa e você lava esse rosto e e ela também e depois a
gente cai pro baile, tudo bem pra vocês? - ele fala e Bruna assente e olha pra mim.

Não Ana Luise Maldonado! Diz que não e volta pra casa, favela é perigoso e você quase
presenciou a morte de um cara na sua frente e olha que nem entrou, DE MEIA VOLTA.

Meu subconsciente fala mas eu como sempre o ignoro. Eu nunca vim em uma favela e creio
que essa será a minha única vez, não vim aqui e quase presenciei uma morte pra ir embora
sem ao menos saber como é um baile de favela. Olho pro Ruan e Bruna ali parados e acabo
concordando.

— Ta.. vamos. - falo e sorrio para os dois.

— Bora, vou levar vocês até lá em casa e depois vamos pra quadra. - Fala e caminha e eu vou
atrás dele e da Bruna, entramos em um carro e eu fico atrás e Bruna vai na frente com o Ruan,
Ele sobe o morro e a música já está alta de onde estamos, consigo ouvir o funk.

O carro para e vejo que estamos em frente a uma casa ENORME e linda por fora, tem uns caras
armados na frente da casa mas nem se quer nos olham quando nós passamos e eu agradeço
por isso. Entramos na casa e é BEM luxuosa e não parece casa de traficante.. ou sei lá né!
Nunca conheci um traficante antes muito menos a casa deles.

— Bom, O banheiro é lá encima.. fiquem a vontade. Vou só resolver uns negócios e já venho
buscar vocês duas. - fala e sai e nos deixa ali sozinha naquela casa enorme. Fico olhando tudo
até Bruna me tirar a atenção.

— Amiga.. você tá bem?! - pergunta passando a mão enfrente ao meu rosto.

— Sim, porque não me contou que ele era traficante?! - Pergunto e a mesma olha pra suas
próprias mãos.
— Porque tive medo de você me julgar sabe.. você é a única amiga que eu tenho e tive medo
de você ficar contra mim quando descobrisse que estou me envolvendo com o sub dono do
complexo do alemão. - fala e respira fundo. - Me desculpa por mentir pra você, se quiser parar
de falar comigo depois dessa noite tudo bem eu entendo.

— O piranha louca! Eu não vou parar de falar com você só por você está namorando um ..
traficante! Você é minha melhor amiga e a única e eu te amo mais que tudo e nunca irei te
virar as costas por isso.. ele parece até legal e bastante.. Protetor! - sorrio fraco pra mesma e
ela me olha com seus olhos brilhando.

— Sim.. ele é maravilhoso! Nos conhecemos a quatro meses e ele é tão... Sei lá! Diferente e
apaixonante. Ele não me pediu pra ser a patroa ou fiel dele ainda e nem nada mas eu gosto
demais de está com ele. - Fala e da de ombros.

— Patroa? Como assim? Tu vai virar dona de tráfico? Ta doida? - falo assustada e a mesma
gargalha.

— Não retardada! É Patroa no sentido de namorar com ele. Aqui eles chamam de patroa e
fiel.. entende? - explica e eu concordo.

— Entendi, vai com calma aí viu.. se eu pai descobre isso, ele te mata. - falo e a mesma volta
sua feição triste.

— Eu sei, se meu pai descobre é capaz dele me mandar pra Suíça só pra ficar longe dele.

— Se você for pra Suíça eu vou junto, não vou ficar aqui sozinha.- falo e a mesma ri
novamente.

— Louca! Agora vamos lavar esse rosto e retocar a maquiagem? Já já ele está de volta, ainda
temos que curtir a nossa noite. - fala animada e eu tento o máximo me animar.

— Okay, vamos.. - Falo e a mesma me puxa para o andar de cima e entramos em uma das
portas no corredor e é o banheiro; enorme e lindo e bem arrumadinho. Retocamos a
maquiagem e eu arrumei meu cabelo e repus a postura e saímos do banheiro. Estou louca pra
chegar naquela festa e beber horrores.
— Achei que não fossem mais descer. - Ruan fala e sorrir e Bruna vai até ele e o beija. Olho o
relógio e vejo ser 23h ainda.

— Ei.. não significa que eu tenho fogo que sou vela! - Falo e os dois me ignora e eu bufo e no
mesmo instante a porta se abre e eu me assusto mas volto ao normal quando vejo que é um
homem, e Ruan foi falar com ele, eles fazem uns toques que eu imagino ser de bandido e o
cara fala com a Bruna e finalmente olha pra mim e CARALHO, que moreno é esse!

Ele é moreno com a pele bronzeada, alto e forte, com lindos olhos castanhos e uns lábios bem
carnudos, barba por fazer e está vestindo uma calça jeans escura e uma blusa da Lacoste na
cor verde e um tênis branco e um boné pra trás branco.

Minha Santa das xoxota assanhadas, que porra de homem é esse?! Puta que pariu!

— Eae.. - Ele fala comigo e eu saio do transe que aqueles olhos me fizeram entrar, e sorrio
para o mesmo mas ele continua sério.

— Oi.. - Falo tímida.

— Taz, essa é a Analu, amiga da Bruna. - Ruan fala e Taz olha pra mim ainda sério, ele me come
de cima em baixo e me sinto incomodada, parece que estou nua com esses olhos me
observando mas ele não se importa.

— Bora pra quadra curtir o baile?! - Ruan fala e coloca uma arma na cintura.

— Uhum.. - concordo e saímos da casa e eu não vejo mas o carro ali a frente, apenas duas
motos, monstruosas.

— Vamos andando?! - pergunto e Ruan ri.

— Não.. vamos de moto, a quadra é um pouco longe daqui. - Taz fala com sua voz rouca atrás
de mim que me causa arrepios

— Mas estou de saia.. - falo e olho pra Bruna que já está encima de uma das motos com o
Ruan.
— Sobe aí logo!- Ele me estende a mão e eu pego na mesma e subo na moto com dificuldade,
moto grande da porra.

— Se segura, não quero ter que levar ninguém pro hospital não - fala e eu seguro firme na
parte de segurar atrás de mim e ele liga a moto e sai, tão rápido que eu quase caio da mesma
com a velocidade em que estamos, mas seguro firme até chegarmos em uma quadra enorme e
que está com uma música altíssima tocando "Mc TH - Tudo começa na vodka" e está lotado de
pessoas, desço da moto e Bruna está parada me esperando e vou até ela.

— Vamos!? - Ela fala já dançando e eu concordo e olho pra trás e Ruan e Taz estão atrás da
gente.

Fomos até uma barraca e Bruna comprou umas bebidas pra gente e depois fomos pra um lugar
que imagino ser o camarote, lá está duas meninas e alguns homens e entre eles está Ruan e
Taz.

— Estão de boa? - Ruan pergunta e eu assinto tomando minha bebida, Bruna senta no colo no
mesmo e eu continuo em pé bebendo e dançando um pouco. Logo depois Bruna levanta e
fomos comprar mais cachaça, compramos o ficamos bebendo por lá mesmo e dançando,
depois de mais de três copos de caipirinha eu começo a ficar solta e vou pro meio da pista
junto com a Bru e começamos a dançar e rebolar até o chão e eu estava amando aquilo, era o
primeiro baile de favela que eu tava e era ótimo. Geral dançando e curtindo e bebendo,uns se
drogando mas isso não me incomodava, a não ser que eles mexam comigo. Continuo bebendo
e a essas alturas já estou loucona e rebolando até o chão. Bru disse que iria pegar mais bebida
mais até agora não voltou. Mas não ligo e continuo bebendo e dançando funk.

Noto que estou pendurada no pescoço de alguém mas não sei quem é pôs no momento eu
estou tão louca que posso imaginar que estou beijando o James Dordan agorinha.
CAPITULO 03

Taz narrando..

Aquela morena na minha frente parecia uma deusa, que morena era aquela mano! Ela tem um
rosto de .. boneca, branquinha e com olhos verdes e tão profundos, uns lábios carnudos e
rosados e longos cabelos negros que iam até a sua bunda, e que bunda! Ela é linda pra um
caralho meu. Mulher fora do normal essa, mas aparenta ser novinha e inocente e isso é oque
mais chamou atenção, seus olhos assustados e seu jeito tímido.

Ana Luise

Analu..

Mulher filha da puta de gostosa.

Ela ficou um bom tempo tímida sem falar muito só bebendo e eu a observando de escanteio e
a amiga dela o tempo todo de agarramento com o RN; faltava transar ali mesmo. Até que a
morena resolveu descer pra pista junto com a mina do RN.

- Vai ficar a noite toda secando ela?.. - RN fala ao meu lado e eu tiro os olhos da pista e me
volto pra ele e ele me da o baseado que tava fumando mas eu nego!

Não gosto de usar drogas, a não ser quando to com ódio ou ansioso pra algo. Isso é uma
promessa que fiz pro meu pai ainda pequeno e pra minha vó, prometi não me viciar em drogas
nenhuma, apenas vender.
- Que nada..- falo e bebo a Budweiser que tava na mão e volto a observar atentamente a
Analu.

Ela e a outra menina ficam dançando até que a mina do RN cansa e deixa ela sozinha na pista e
sobe pro camarote, eles conversam algo e depois saem juntos e some. Continuo a observar ela
na pista até que vejo um cara chegando perto dela e aquilo me incomoda, vou até a pista e
mando o filha da puta zarpar e ele mete o pé.

Ela se vira pra mim e agarra meu pescoço colocando suas mãos em volta dele.

- Você tá muito louca, acho melhor eu chamar a tua amiga pra te levar pra casa. - Falo e a
mesma ri sozinha.

- Não precisa, eu consigo ir sozinha. - ela tenta se soltar de mim e caminhar mas a mesma está
tonta e quase caí e eu acabo rindo.

- Não consegue não, do jeito que você tá eu acho mais provável de você ser estrupada ou
morta do que achar o caminho pra casa. - falo e a mesma se assusta com oque a acabei de
falar. - Calma, isso não vai acontecer.. Vem, vou te levar até a casa do Ruan; eles devem estar
lá. - falo e a puxo pelo braço com um pouco de agressividade e saímos do baile. Subo na moto
e a ajudo subir também.

- Segura.. - Falo e a mesma passa as mãos pelo meu abdômen e segura firme, sigo e vou até a
casa de Ruan que é do lado da minha, a tiro da moto e a levo pra dentro e ouço uns barulhos
na parte de cima da casa.

- Haaa.. Vai Ruan.. - Ouço a voz ecoar e reviro os olhos e olho pra Analu

- Ah não .. Não quero ter que ouvir a transa da Bruna a noite toda.. - Fala e eu acabo
gargalhando.

- Vem comigo.. - A puxo mas ela continua parada. -

- Pra onde você vai me levar? - pergunta receosa, medrosa.


- Vem logo porra ou você prefere ficar aqui ouvindo eles transarem a noite toda? Eu não
mordo, a não ser que você peça. - a mesma revira os olhos e eu a puxo e ela vem.

- DK, coloca minha bebê pra dentro aí. - jogo a chave pro mesmo e ele assente e sobe na moto.

Caminho com a mesma com dificuldades até a minha casa e entramos. Subo com ela até meu
quarto e a mesma pede pra ir no banheiro e eu deixo e em poucos minutos ouço algo no
banheiro e noto que está vomitando, entro sem pedir e noto que está no chão do banheiro
com o rosto próximo ao vaso e está pálida.

- Não sabe bater? - fala e arqueio uma sobrancelha e sorrio e vou até ela.

- Vamos dizer que na minha casa eu entro aonde eu quiser a hora que eu quiser; Agora vem,
vou te ajudar a tomar um banho. - falo e a mesma revira os olhos

- Eu sei fazer isso sozinha. - fala, mina atrevida.

- Deixa de marra e entra logo nessa porra ai. - falo e empurro a mesma pro box e ela vai
cambaleando até o box.

- Grosso! - murmurou.

- E grande. - falo e ela me olha e ignora oque eu disse. Eu a ajudo a tirar sua saia sua blusa e
fica apenas de lingerie e eu observo aquele corpo sem roupa.

Ela consegue ser mais linda a cada detalhe, que porra é essa?! Esse corpo dela.. é tão..
gostoso! Gostoso pra um caralho.

- Fica aí.. - Falo a colocando em baixo do chuveiro e ligo o chuveiro e ela toma um susto com a
água gelada. A ajudo a tomar um banho e tiro ela e vou até o quarto e pego uma camisa minha
e uma cueca box da Calvin Klein e dou a ela pra ela de vestir.

- Consegue fazer isso sozinha?!

- Pergunto sorrindo e a mesma assente sem da uma palavra.


Saio do banheiro e fico pensando.. Eu já deveria estar fodendo essa mina até de cabeça pra
baixo nesse momento, eu com certeza deveria aproveitar que ela está bêbada é fode-la até
não aguentar mais, mas ... Ela não parece ser essas vadias que já comi por aí, ela é tão..
Delicada, parece uma boneca de porcelana.. Tão linda, tão gostosa.

- Pronto .. - Ela fala e sai do banheiro vestida na minha blusa e PORRA, até a assim ela fica
gostosa.

- É.. tá sentindo algo? - Ela nega com a cabeça.

Eu a coloco na cama e a deixo ali mas quando estou saindo sua voz doce me impede.

- Aonde você vai..? - ela pergunta.

- Pro quarto ao lado, tentar dormir

- Fica aqui, eu não vou fazer nada.. a não ser que você queira. - Fala e eu sei que amanhã ela
vai acordar dando aqueles típicos chiliques que uma patricinha de filme costuma a dar quando
faz algo bêbada e depois não se lembra. Mas isso não faz diferença pra mim!

- E se eu disser que quero? - Tiro a camisa e ela fica uns minutos olhando pro meu corpo e eu
sorrio ao ver seu olhar sobre mim.

- Gosta da paisagem? - Pergunto e tiro a calça e fico só de cueca.

- Uhum.. - ela fala passando os lábios entre os dentes.

Chego perto dela e sento na cama e fico a olhando por uns minutos e ela de repente cola
nossos lábios.

Ela sobe encima de mim e continua a me beijar, minha mão a essa hora está em sua bunda
grande e gostosa e eu aperto com um tanto de força que a faz arfar no meu colo e sarrar no
meu pau que rapidamente da sinal de vida.

Analu Narrando ..
-

Oque eu tô fazendo?

Não faço ideia?

Vou me arrepender?

Não sei !

Mas foda-se! Tô bêbada e na cama com um moreno gostoso pra caralho!

Sinto sua ereção em minha intimidade e começo a dar umas leves reboladas ali encima, ele
troca de posição ficando por cima de mim e me dá um sorriso que mesmo no escuro consigo
ver seus dentes brancos e lindos. Agarro em sua nuca e o beijo novamente, um beijo selvagem
e a mão dele passeia pelo meu corpo me causando uma sensação que nunca havia sentido
antes, óbvio né.. sou virgem. Ele vai descendo fazendo trilha de beijos pelo meu pescoço até o
meu seio e quando chega rasga a blusa com uma agressividade só; me deixando com os seios
de fora para o mesmo que não demora muito e encaixa sua boca em um dos meus seios e
começa a chupar e eu solto um gemido assim que sinto sua língua passar pelo biquinho do
meu peito que fica rígido na mesma hora com a sensação, ele fica ali chupando um e
acariciando o outro e depois trocava me fazendo soltar alguns gemidos, ele começa
novamente a trilhar meu corpo com beijos e chega na parte de baixo e arranca a cueca que eu
estava vestindo e joga pra algum canto e me olha de baixo pra cima e eu consigo ver seus
olhos maravilhosos me fitando e ele volta sua atenção pro que tava fazendo e começa a dar
beijos pela minha coxa e na minha intimidade até que ele passa a língua por ela e é impossível
conter um gemido alto naquele instante, ele passa a língua no meu clitóris me fazendo ter uma
sensação de prazer maravilhosa e depois enfia um dedo e eu me arqueio e ele para e me olha
com uma feição indecifrável

- Que foi? ... - falo com uma voz um pouco manhosa por conta do tesão

- Você .. é... Virgem?! - Pergunta por fim parecendo impressionado com algo e eu coro ali mas
meu tesão não diminui.
- Aham... - Falo e ele continua a me olhar e depois sorri de lado e sobe colocando nossos rostos
bem próximos e me beija, dessa vez um pouco menos selvagem, um beijo doce e com gosto do
meu mel ..

- Tem certeza que quer isso? A gente pode parar por aqui, não vou te forçar a nada não. - ele
fala em meio o beijo.

Pensei que traficantes ou bandidos não te dessem escolhas de querer ou não querer na hora
do sexo, mas ele não..

Ele parece.. Diferente, sem contar que ele é maravilhoso demais. E eu não cheguei até aqui pra
desistir. É só uma transa. Com um traficante, mas é uma transa..

Eu não falo nada, apenas o beijo e ele não demora muito para corresponder na mesma
intensidade e minha linda brinca com a dele em uma só sintonia e o beijo começa a ficar
selvagem e ele nota a minha resposta sobre a pergunta dele e fica de joelhos na cama e tira a
cueca fazendo sua ereção pular em minha direção e eu fico ali parada olhando aquilo que era
..Enorme e grosso.

Chego perto do mesmo e pego em seu pau e seguro com minhas mãos e começo a acariciar e
depois passo a língua na cabeça e vou deslizando minha língua ali até que encaixo na minha
boca e vou descendo até aonde consigo e chupo enquanto passo a língua em volta e masturbo
ele com as mãos pra me ajudar e ele segura no meu cabelo e me ajuda nos movimentos me
fazendo quase me engasgar mas não paro.

- Oh...Oh..porra..mama caralho..- ele solta uns gemidos roucos e gostosos e isso me excita
demais, continuo chupando sem parar como se aquilo fosse um pirulito. Noto que seu pau
começa a latejar e sinto um líquido quente na minha boca e de primeira noto que ele gozou
dentro da minha boca e eu não faço charme; bebo aquilo tudo e passo minha língua envolta
do seu pau e limpo tudo e olho pro mesmo que me observa fazendo aquilo com um sorriso
malicioso de lado.

- Sua primeira vez nisso também? - pergunta e eu assinto com o rosto. - Tu é ótima nisso.

Ele me empurra na cama e eu fico de frente pra ele que se desbruça por cima de mim e eu
sinto seu pau ereto e duro ainda; passando pela minha intimidade. Ele coloca na entrada da
minha intimidade e eu estou completamente molhada de tesão e ele vai deslizando pra dentro
de mim e eu sinto uma dor por toda aquela extensão mas tento o máximo ignorar aquela
ardência e focar no prazer. Ele provavelmente nota minha feição de dor e para e me olha.

- Quer que eu pare? Ta te machucando? - fala colocando um fio de cabelo atrás da minha
orelha.

- Continua ..Por favor..! - Eu falo com uma voz manhosa e rouca e ele sorri e empurra pra
dentro entrando todo dentro de mim e começa a estocar no começo a dor era intensa mas
depois se transformou apenas em tesão e eu já estava gemendo alto e ele estocando cada vez
mais forte dentro de mim.

Eu troco de posição ficando por cima do mesmo e encaixo seu pau todo e sento rebolando
gostoso e gemendo enquanto quicava e ele segurava meus seios e depois minha cintura me
ajudando a sentar e dava tapas na minha bunda que a essa altura já está vermelha.

- Senta mais rápido vadia...- ele fala e da um tapa na minha bunda e eu faço oque ele manda,
começo a rebolar e quicar mais rápido e ele me ajuda segurando minha cintura, ele soltava uns
gemidos roucos jogando a cabeça pra trás. Ele me tira de cima dele e me joga na cama me
fazendo ficar de quatro pra ele com o rosto nos lençóis, ele entra em mim de uma só vez e me
faz gritar mas ele não para. Ele junta minhas mãos atrás das costas e segura e começa a
estocar dentro de mim e eu começo a gemer com o tesão maravilhoso que estou sentindo
nesse momento.

- Geme vadia, Geme pra mim vai cachorra!.. - Ele fala e eu solto meus gemidos conforme ele
mete dentro de mim com força e rapidez e eu anúncio que vou gozar e ele pelo jeito também,
ele estoca dentro da minha boceta cada vez mais forte e eu chego ao ápice e ele também,
sinto um líquido quente dentro de mim e ele sai de mim e eu caio na cama suada é
completamente cansada, ele se deita ao meu lado e eu me ajeito e deito em seu peito e ele
começa a acariciar meus cabelos e eu rapidamente durmo.
CAPITULO 04

Taz narrando..

Acordo e sinto um peso leve sobre meu peito e olho e vejo ela deitada dormindo feito um
anjo; até dormindo ela é linda, toma no cu pra lá. Levanto com cuidado e a deixo dormindo
e vou até o banheiro e entro e pego as roupas da mesma que estão no chão e coloco encima
da bancada do banheiro. Tiro a roupa e entro pra tomar banho, tomo um banho rápido e saio
do banheiro e volto pro quarto e ela ainda está dormindo, visto uma bermuda jeans e coloco
uma camisa da Oakley e um boné da Oakley também, calço meu Kenner e desço pra cozinha.

— Bom dia menino, vai tomar café? - Maíra fala assim que apareço na cozinha, dou um beijo
em sua testa.

— Não, tenho que ir na boca. Tem uma pessoa lá encima que se ela acordar antes deu chegar
você manda me chamar ou chamar o Ruan. - Falo, e pego minha fuzil e coloco nas costas e
saio, vou pra garagem e pego minha RR e arrasto pro morro abaixo e falo com os moradores
que estavam saindo pra batalhar em pleno domingo e vou direto pra boca, chego lá e LA já
está lá. Desço da moto e vou até ele e uns outros caras e faço um toque com eles.

— LA, chegou as parada? - pergunto

— Chegou, tá lá dentro. Só falta o Ruan resolver aparecer e vê se tá tudo certo. E eu mandei


uns vapor pro treinamento junto com os outros, eles parece ser bom na mira.

— Parecer não é ser, não quero perder ninguém nessa porra em LA. - sento e ajudo ele a
vender também.
— Vai se foder, eu sei oque to fazendo; os moleque é bom, eles roubaram um carro forte que
tava andando pelo asfalto; tava eles e mais dois sozinhos e conseguiram fazer tudo no
esquema. - fala e sei que ele sabe oque faz, LA é um dos melhores atiradores do morro e Ruan
é oque mais entende de armas. E eu? Ah .. eu sou o cabeça dessa porra toda, dês de que meu
pai morreu e eu fiquei no comando do morro.

— Quanto eles conseguiram? - pergunto.

— 60 mil, dei uma porcentagem pros moleque e o resto tá lá dentro pra tu contar. - Fala e eu
concordo com a cabeça e continuo vendendo até ver o Nove vindo correndo.

— Qual foi porra? - LA Pergunta já ativo pra qualquer parada.

— Acabaram de prender o WL e o Ratin lá no asfalto. - Fala e eu olho pro LA

— Aqueles ali já tava na bola da vez, se não fossem presos eu ia matar. - LA fala e entra na
boca.

— Segura aí, vende essa porra direito ai em. - Jogo a parada pro Nove e entro na boca e sento
na minha mesinha e vejo vários pacote de dinheiro e do lado no chão; várias caixas que com
certeza é os armamento que chegou ontem de noite. LA pega um cigarro de maconha e enrola
e começa a fumar e eu começo meu trabalho. Quem pensa que vida do crime é fácil tá
enganado. Vivo nisso dês dos 17 anos, perdi minha mãe com 7 anos e passei a morar com a
minha vó e meu pai e logo quando completei 17 anos teve uma invasão no morro e meu pai foi
morto nesse dia e minha vó morreu dois dias depois, dês de então virei o dono do morro e to
nisso até hoje, Luan e Ruan tão comigo dês do começo, nós era moleque quando ficamos
parceiros e tamo aí até hoje; eles são minha família, meus irmão.

[...]

— 40 mil fechado. - falo acabado de colocar os pacote de dinheiro dentro do cofre.

— Já fez o relatório pra compra das drogas? Deco tá só esperando tua deixa pra mandar as
paradas hoje mesmo. - LA fala fumando.
— Tá feito já, pega lá na minha sala o dinheiro e os bglh e pode mandar eles liberar pra trazer;
e vai naquela porra lá e vê oque tá acontecendo no asfalto lá, perdemos dois dos nossos, não
podemos ficar perdendo mais ninguém; vê quem são os vermes que tão rodando por lá e
manda matar e a patrulha vocês já sabem. - falo e pego minha fuzil e coloco atravessada
novamente no corpo.

— E você faz oque mesmo?

— Eu vou resolver umas paradas ai, toma conta dessa porra aí pra mim até o Zé cuzão do Ruan
chegar. - falo e saio da boca e pego minha R1 e subo novamente pra casa, meu morro já tá
movimentando como sempre em dia de domingo, pagodes tocam nas casas e nos bar da
quebrada, passo e falo com todos; aqui sou respeitado e respeito a todos, somos humildes
mas somos felizes, aqui ninguém passa necessidade pôs eu não permito isso, somos todos uma
família.

Chego em casa coloco minha bebê na garagem e vou até a casa do RN e já saio entrando e a
mina dele tá no sofá vendo televisão.

— Cadê o Ruan? - Pergunto e ela aponta pra cozinha e ele vem comendo um pedaço de carne.

— Eae Putão - Fala com a boca cheia e eu vou até ele e faço um toque e vou pra cozinha e abro
a geladeira e pego a garrafa de água e bebo na boca mermo.

— Tem copo ali filho da puta, aqui né tua casa não. - Fala e me dá um tapa na cabeça.

— Ah vai tomar no seu cu Ruan, tu não trabalha mais não? Tem várias caixas de armamento
pra você fazer distribuição e entocar o resto.

— Ihh qual é, hoje é domingo; dia de descanso porra

— foda-se porra, deixei o LA cuidando lá; da um jeito de ir ver os bagulho lá - falo e tiro a
minha fuzil e jogo no chão e me sento no sofá.

— Taz, sabe aonde a Analu se enfiou depois do baile? - Bruna pergunta indo pra cozinha e eu
lembro da mina que deixei dormindo na minha cama.
— Tá lá em casa, ela dormiu lá porque vocês estavam muito ocupados lá encima... - Ouço a
mesma se engasgar com algo que tava bebendo e ficar vermelha e eu gargalho alto.

— Ela tá bem? Deve tá querendo me matar por eu ter deixado ela sozinha. - fala e volta pra
sala.

— Que nada.. Ela deve ter aproveitado bem a noite né Taz? - Ruan fala e eu o olho de cara feia
e a Bruna abre a boca como se estivesse surpresa.

— Cala a boca o desgraçado, quer que eu comece a dizer sobre os gritos que eu.. - sou
interrompido por uma almofada que jogaram e vejo que foi Bruna.

— Você não ouviu nada Taz, cala a boquinha aí cala. - ela fala e eu começo a ri e Ruan também.

— Vou lá ver se a morena acordou e vou trazer ela aqui. - falo e pego minha fuzil e e coloco
atravessada e saio e volto pro meu barraco e entro e Maíra está na cozinha fazendo o almoço
provavelmente.

Coloco minha fuzil no chão da sala e subo pro quarto e ela já não está mais na cama mas eu
ouço o barulho do chuveiro, então sento na cama fico pensando na noite de ontem. Ela foi tão
.. diferente das outras.

Eu nunca me prendo a mulher a não ser pra transar e tchau! Nunca fui de trazer mina
nenhuma aqui pra casa e muito menos pra minha cama e eu trouxe ela e acabei transando
com ela aqui e tirei a virgindade dela; não sei como ela vai reagir e nem sei se ela lembra de
algo mas não irei esconder se ela não lembrar. Não costumo a ser tão paciente e amigável com
mulheres que eu como, Mas ela tem algo que me deixa incucado

Que porra essa mina tem? Nunca me interessei tanto por alguém assim.

Analu Narrando..

-
Abro os olhos e minha cabeça parece que está cheia de água e meu estômago está
queimando; meu corpo está dolorido, principalmente minha intimidade; abro os olhos e olho
pro lado e não tem ninguém mas noto que não estou no meu quarto e sim em um quarto todo
branco e azul meio acinzentado e muito bonito; parece até aqueles hotéis cinco estrelas.
Coloco o braço sobre o rosto e tento lembrar aonde estou e acabo lembrando do que rolou a
noite passada e PUTA QUE PARIU! Eu perdi minha virgindade com... um traficante!

E que traficante gostoso da porra viu, a nossa noite foi maravilhosa e não posso negar isso,
mas sei que ele é traficante e eu fui apenas mais uma na lista de foda dele. Levanto da cama e
procuro minhas roupas mas não acho, vou até uma porta que tem dentro do quarto e abro e
vejo ser o banheiro e entro e tem umas roupas ali encima e vejo ser as minhas, me olho no
espelho enorme que tem no banheiro e olho pro meu corpo que está com algumas marcas de
chupões na parte do seios e barriga. Se o meu pai ver isso eu estou morta! Pqp!

Saio do box; de banho tomado e coloco a roupa que estava ontem mas não acho meu tênis
então saio do banheiro descalça mesmo e volto pro quarto secando o cabelo na toalha e o Taz
está sentado na cama e quando me vê; sorri. Oxi

— Tá tudo bem? - Ele pergunta com sua voz grossa e rouca.

Ele é tão lindo, agora com tudo claro ele é mais lindo ainda e nem vou comentar como ele é
bom de cama, meu deus!

— Aham.. - falo tímida.

— Você se lembra de algo de ontem? - Pergunta com um sorriso sacana no rosto e parecia
buscar lembranças da noite passada.

— Mais ou menos.. - sento na cama ao seu lado e ele me olha.

— Tipo oque?

— Tipo que eu perdi minha virgindade com você né?

— É...Desculpa por ontem, você estava bêbada e não queria fazer nada com você pra
aproveitar da situação mas é que você .. - ele tenta se explicar
Um traficante tentando me explicar o porquê transou comigo, ele é traficante mesmo?

— Não precisa se explicar, eu lembro de tudo ontem e também lembro que quem quis transar
foi eu e não vou da a louca agora dizendo que não lembro de nada. Eu lembro.. e gostei. - falo
e noto oque acabei de dizer e vejo que ele me olha de lado sorrindo. Que sorriso é esse!

— Analu! - Ouço a voz da Bruna ecoar por ali e percebo que é no andar de baixo.

OBRIGADO SANTA DAS AMIGAS INTROMETIDAS

— Acho melhor eu ir ..lá;falar com ela .. - falo e me levanto e ele permanece ali e assente com
o rosto e eu saio do quarto e desço as escadas e Bruna está sentada no sofá.

— Você tá bem? Me desculpa por ter te deixando sozinha.. - Ela fala assim que me ve na sala.

— Relaxa , eu tô bem e o taz cuidou de mim por ontem - falo rindo e a mesma me olha com
um olhar interrogativo.

— Pode me contando tudo.. - fala e eu sento no sofá.

— Não, te conto isso quando estivermos fora daqui. Você sabe aonde tá meu celular? -
pergunto a mesma e ela pega minha bolsa atrás dela e me dá e eu abro e pego meu celular e
vejo que tem várias mensagem e ligações do meu pai! Olho a hora e vejo ser 14h da tarde e
meu brioco tranca na hora. Abro as mensagens do meu pai.

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1637 mensagem de 134 conversas ———————————————

Pai ❤

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Aonde você está Ana Luise? - 03:45AM - Visualizado

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Eu terei que ir viajar pra resolver uns problemas na escola lá de São Paulo, espero que você
esteja mesmo na casa da Bruna. Quando chegar avise por favor! 12:36PM - visualizado
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Pai, estou na casa da Bru sim! Desculpa não responder antes eu estava dormindo e acordei
agora, logo irei pra casa! Boa viagem❤ - 14:12PM - Entregue

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Tudo bem, eu irei chegar amanhã no Rio e espero te encontrar em casa, tchau! - 14:16PM -
visualizado

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Bloqueio o celular e coloco na bolsa novamente e vejo que Taz e Ruan estão na cozinha
conversando algo e Bruna futuca o celular.

— Oque ele disse?! - Bru pergunta tirando a atenção do celular e me olhando.

— Ele foi pra São Paulo e disse que chega amanhã e quer que eu esteja em casa!

— Já já estamos indo tá ? - Fala e eu assinto e vejo Taz e Ruan Vindo.

— Que tá pegando amor? - Ruan pergunta pra bruna.

— Nada ue, temos que ir embora, pai da analu tá de viagem e quer ela em casa antes dele
chegar. - fala e senta no colo dele e começa a melação.

— Ah vocês são nojentos em, para com essa viadagem. - Falo e taco a almofada nos dois.

— Qual é Taz, da um jeito nessa dai. - Fala e o mesmo olha pra mim e eu sorrio tímida.

— Vai se ferrar Ruan, para com essa porra, quer foder faz isso longe daqui. - Falo e eu gargalho
alto com a simplicidade dele falar isso.

— Gente to com fome. - Bruna fala com a mão na barriga.


— Morta de fome essa aí. - Falo e ela me joga a almofada de novo.

— Coe Taz e o rango? - Ruan fala.

— Ah vai tomar no cu e levanta daí e vai pra cozinha comer putão. Vê se tenho cara de
garçonete. - fala e pega seu celular e sobe.

Ruan e Bruna vão pra cozinha e ficam por lá mesmo e depois de uns minutos Taz desce e se
joga no sofá do meu lado como se já tivesse altas intimidades comigo. Mas não ligo

— Tu tá bem? - Pergunta.

— To..- falo e sorrio. - Posso te fazer uma pergunta?

— Joga. - Ele fala e me olha com aqueles olhos verdes que parecem me atravessar.

— Qual seu nome? - Pergunto porque é muito estranho chamar ele de "Taz" ..

— Thiago.

— Porque do "Taz? - Pergunto curiosa

— Meu pai que me deu desse apelido dês de pequeno porque meu personagem favorito de
um desejo de chamava "Taz" e era um demônio da Tasmânia e aí eu costumava imitar ele e
meu pai começou a me chamar assim e tá até hoje. - Explica

— Ah sim ... Vou te chamar pelo nome okay?

— Jae,pô - Sorri

Ficamos um tempo no sofá conversando sobre algumas coisas e como diz ele "Batendo um
lero", ele me contou que mora sozinho e perdeu sua mãe com 7 anos e foi morar com o pai e a
avó que 10 anos depois morreram, e ele ficou sozinho aos 17 anos de idade. Ele mora sozinho
dês de então, e ele tem 27 anos e é dono do morro do alemão. Dês dos seus 17 anos. Ele fala
com muitas gírias e não consigo entender muita coisa mas faço o máximo pra conseguir
entender. Ele é legal e não parece ser como as pessoas costumam a rotular um traficante e
ainda mais dono do complexo do alemão. Depois de um tempo Bruna e Ruan se juntou a
gente e ficamos zoando e conversando na sala e Ruan também é legal e Thiago e ele são
melhores amigos dês dos 5 anos que eles contaram e junto com um tal de Luan que ainda não
conheço mas que pelo jeito é melhor amigo deles também.

— Amiga, deu nossa hora.. vamos? - Bruna fala e eu assinto.

— Eu levo vocês. - Ruan fala se levantando.

— Não se preocupa amor, pegamos um táxi.. é perigoso pra você ficar rodando pelas ruas do
Rio. - Fala e da um beijo no mesmo.

— Verdade, é.. sabe aonde tá meu tênis Thiago? - Pergunto o mesmo.

— Tá lá encima, vai lá pegar. - Fala e eu assinto e subo as escadas e entro no quarto do mesmo
e procuro e vejo está do lado da cama no chão, pego e sento na cama pra calçar e ouço a porta
de fechar e tomo um susto e me acalmo quando vejo Thiago na porta.

— Que susto!. - Falo com a mão no peito e me levanto depois de por o tênis.

— Foi mal .. mas tinha que vir fazer um negócio antes de você ir .. - Ele fala e da dois passos a
frente e eu não me mexo e fico parada e ele chega perto de mim e me agarra e me beija, dou
passagem pra sua língua e nos beijamos, dessa vez foi um beijo calmo.

Esse Traficante..
CAPITULO 05

Analu Narrando..

Depois daquele final de semana eu vim pra casa e meu pai faltou me estrangular por eu ter
dormido fora de casa; Bruna me contou que Thiago não para de perguntar por mim pro Ruan e
ela, pediu meu número e eu mandei ela dar a ele.

Depois daquela noite que eu perdi minha virgindade eu não tiro ele da cabeça um segundo,
passamos a tarde de domingo conversando na casa dele e eu pude ver que ele é diferente, é
legal e .. interessante! Ele me beijou no quarto e eu não queria mais sair dali mas precisei vir
embora, mas não irei me iludir de amores por um traficante, eles não costumam a ficar com
uma mulher só por muito tempo e quando resolvem ficar; ela é espancada dia e noite e eu não
quero isso pra mim.

Mas o beijo daquele filha da puta não sai da minha mente.

- Aloo, terra chamando piranha! - Bruna fala passando a mão enfrente ao meu rosto me
tirando dos meus pensamentos que só me levam ao Thiago

- Desculpa, estava distraída; oque você tava falando? - Pergunto e volto a tomar meu milk-
shake de morango.

Eu e Bruna viemos no shopping hoje pra fazer umas comprinhas e acabamos indo no cinema e
agora estamos na praça de alimentação comendo.

- Tava te perguntando se você amanhã não quer ir comigo lá no morro? - Ela diz enquanto
come.
- Que morro!?

- Alemão, Analu.. Amanhã é sábado e é aniversário do Ruan e vai ter um churrasco lá e ele
mandou a gente ir. - me olha esperando uma resposta.

Não Analu! Diz não, seu pai vai acabar descobrindo que você tá indo pra favela..

- Tá, vamos sim.. - Sorrio de lado pra mesma e ignoro meus pensamentos negativos.

- Sério?! Aaaaa, te amo! - Fala e me abraça de lado.

- Também te amo vaca. - A abraço - O Thiago vai tá lá ? - pergunto como quem não quer nada.

Ah qual é, eu não vou ir lá atoa né! Pelo menos tenho que ver o moreno.

- Humm.. Safada, vai sim! - fala e pega a minha batata. - Oque aconteceu com vocês naquela
noite ? Você ainda não me contou nada sobre ..

- Eu perdi minha virgindade com ele.. - falo e ela me olha com a boca em formato de "o"

- Como assim ?ele te obrigou? Porque não me contou nada?

- Tá doida? eu que quis..

- Não acredito! É por isso que ele não para de perguntar por você! Laçou o Bandido em..- fala e
eu reviro os olhos.

- Para de noia Bruna, bandido não ama e quando diz que ama ele judia e eu não quero isso pra
mim, foi só uma transa.

- Ou! Não é assim, pra sua informação bandido também ama e tem sentimentos; só basta você
saber como lidar, olha o Ruan e eu, a gente tá um tempo juntos e ele nunca levantou a mão
pra mim e nem se quer gritou comigo; sempre é ao contrário, eu quem grito e bato nele e ele
atura caladinho! Foi tudo muito rápido e eu não me arrependo de nada e muito menos de está
com ele. Não julgue as pessoas pelo que você ouve delas Ana. - fala e eu apenas ouço oque ela
fala e por um lado ela tem razão; eu sei que estou julgando pelo que eu ouvia; mas pelo que
conheci do Thiago durante um dia deu pra perceber que ele não é um monstro como todos
dizem que traficante é, ele é simpático, engraçado, legal e lindo também. Mas é que eu tenho
medo; medo de me envolver e acabar sentindo algo a mais por ele e depois tudo mudar e eu
sofrer. Prefiro me proteger.

- Tabom, desculpa.. enfim; dorme lá em casa hoje? Ai eu peço meu pai pra dormir na sua e a
gente vai pra esse tal churrasco.

- Tá bom, vou só ligar pra minha mãe avisando que vou dormir na sua casa. - fala e eu assinto.

Depois de comemos, Bruna avisou a mãe dela que iria dormir lá em casa e ela concordou; mas
sabemos que não não irei ir pra lá Amanhã. Saímos do shopping e fomos direto pra minha
casa; hoje é sexta feira e não teve aula e meu pai está viajando novamente, vou mandar
mensagem a ele avisando que vou 'dormir' na Bruna.

- Amiga, vou tomar um banho. - Bruna fala e entra no meu closet provávelmente pra procurar
roupa.

- Okay. - falo e deito na cama e vou mexer no meu Facebook e Whatsapp e vejo umas
mensagem e entre elas um número desconhecido.

Whatsapp

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1267 mensagem de 123 conversas ---------------

xxxx-xxxx

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Eai morena. - 19:45 - Visualizado

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Quem é? 20:32 - Visualizado

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Taz, pô. Esqueceu de mim já? 20:35 - Visualizado

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Claro que não, é que não tem foto. 20:42 - Visualizado

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Salva aí e tu vai ve morena. 20:45

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Salvei.. Tá gato na foto em, rs - 21:56 - visualizado

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Não mais do que você, tu é gostosa pra caralho morena. E aí, Vai colar aqui no pagode
amanhã? 21:02 - visualizado

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Claro, vou sim.. 21:13 - visualizado

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Jae então morena, te espero aqui amanhã; tô doido pra te ver de novo. rs 21:26 - visualizado

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Okay, também tô ansiosa pra te ver bb 21:56 - visualizado

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Opa rs vou sair aqui morena, vou resolver umas paradas na boca, beijão 22:12 - visualizado

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Beijos, até! - 22:14 - entregue

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Fiquei olhando a foto dele; ele tá sem camisa com a fuzil atravessada nas costas e de boné e
com um sorriso lindo no rosto, fico observando ele na foto por uns minutos e ele é lindo
demais.. esse sorriso! Bruna sai do banheiro e eu bloqueio o telefone rápido; não quero que
ela ache que tô caída de amor por ele só por está olhando a foto dele.

- Que foi? Tá devendo? -fala secando seus longos cabelos loiros.

- Nada, vou tomar banho pra gente ir dormir! Estou morta.- Levanto e vou pro banheiro e
tomo um banho relaxante e depois que termino saio do banheiro enrolada no roupão e vou no
closet e pego um pijama e visto e prendo o cabelo em um coque e saio do closet e deito na
cama de casal e Bruna está mexendo no celular. Deito e pego meu celular e fico mexendo nas
redes sociais até que o Taz vem em minha mente.
Amanhã irei vê-lo de novo..

CAPITULO 06

Taz Narrando ..

- Ae Chefe, tem duas minas aqui em baixo querendo subir. - o Dinho fala no rádio e lembro que
hoje a Analu e a amiga vão vir pra cá pro pagode na casa do Ruan.

- Fala pra elas marcar um dez aí que tô descendo pra buscar elas. - falo e desligo o rádio.

- O Putão, tua fiel tá aí em baixo com a amiga; bora lá? - pergunto ao Ruan e ele joga o
baseado no canto lá e assente e eu saio da boca com ele. Pego minha RR e arrasto pra entrada
do morro com o Ruan.

Chego e elas estão paradas conversando e os vapor não parar de comer elas com o olho. Isso
me tirou do sério.

- Tão olhando oque ali porra? Querem perder a cabeça filhos da puta? - falo assim que chego
perto dos vapor e eles desvia o olhar e disfarça e eu vou até elas.

- Demoraram em! - Bruna fala assim que RN e eu paramos com a moto perto delas.

- Vê se nós tem cara de moto táxi fia. - falo e ela me dá dedo e eu gargalho.
- Oi.. - Ouço a voz da Analu falar e assim olho pra ela e a observo e ela está linda como dá
última vez. Desço da moto e vou até ela e beijo ela sem me importar se tinha gente olhando
ou não, só precisava beijar ela e ela não demora a corresponder o beijo.

Caralho! Como eu precisava beija essa mina de novo, tava louco pra sentir essa boca.

- Sentiu saudades? - Falo entre o beijo e dou um monte de selinhos em seus lábios que agora
estão sorrindo.

- Posso dizer que sim. - observo seus olho verdes tão intensos e lindos.

- Bom saber, bora subir? - falo e ela assente, subo na moto e Ruan e Bruna já foram na frente,
ajudo ela a subir e arrasto pra cima.

Analu Narrando..

Ele me beijou, simplesmente me beijou como se tivéssemos algo, e não vou reclamar pôs eu
gostei! Eu precisava sentir o beijo dele novamente e que beijo gostoso. Pensei que iria ficar um
clima estranho hoje mas ele diferenciou tudo com esse beijo.

Ele para a moto enfrente a casa em que estive no sábado passado. Ouço a música tocar do
lado de dentro e tem alguns homens armados na porta mas isso não me incomoda muito,
desço da moto e ele também e ele está tão lindo, todo arrumado com seus trajes da Oakley;
ele entrelaça suas mãos a minha e entramos na casas onde já tem algumas pessoas que ao me
ver entrar me olham diferente e deve ser por eu está de mãos dadas com o dono do morro.

- Quer beber alguma coisa? - ele pergunta e me puxa pra cozinha.

- Tem Ice? - Pergunto e ele assente e abre a geladeira e pega duas garrafas; uma de Ice e uma
da Heineken.

- Analu! - Ouço alguém me chamar e vejo a Bruna vindo em minha direção com o Ruan.

- Oi, Parabéns bicho fei. -Falo com Ruan e o abraço e ele retribui e depois bagunça meu cabelo.
- Feia é tu capivara. - fala e eu lhe dou dedo e Bruna, ele e Thiago riem.

- Bora lá pra fora porra! - Ruan fala e passa por mim me empurrando de propósito e eu dou um
soco no mesmo e Bruna vai com ele e Thiago pega minha mão novamente e vamos atrás deles
até chegar na parte de trás da casa aonde a música tá um pouco alta e esta tocando
ImaginaSamba - Retrô.

Tem bastante pessoas aqui, em um mesa no canto está cheia de armas e drogas e bebidas,
perto dessa mesa tem umas pessoas e Thiago me puxa direto pra la e eu fico toda sem graça
pôs todos estão me olhando estranho, ou é apenas impressão. Ele senta em uma das cadeiras
perto do Ruan e me puxa e me põe sentada em seu colo e eu não ligo, apenas fico ali. Pego
meu celular enquanto todos conversam, até mesmo Bruna.

- E você, não fala não? - Uma mulher fala somente pra mim ouvir e eu tiro minha atenção do
celular e a olho. Ela é bonita e tem cabelos pretos e lisos e tá sentada no colo de um cara que
não conheço.

- Ah.. é que eu não conheço ninguém e vocês conversam sobre tantas coisas e acabo me
perdendo. - falo pra mesma e os outros continuam a conversar e eu ainda estou sentada no
colo do Thiago.

- Te entendo, meu nome é Amanda e tu, como se chama? - bebe sua cerveja e eu guardo o
telefone e resolvo conversar um pouco.

- Ana Luíse, mas pode me chamar de Analu.. Sabe aonde é o banheiro? - pergunto pra mesma
e o cara em que ela está sentada no colo me olha mas volta sua atenção pra conversa entre
eles.

- Sei, vem comigo. - ela fala e levanta do colo do cara e ele não fala nada.

- Vai aonde? - Thiago pergunta bebendo sua Heineken.

- No banheiro, já volto. - falo e ele assente e eu sigo a Amanda até o andar de cima e ela entra
em uma das portas do corredor que é o banheiro.

- Tu é a fiel do Taz ? - Ela fala enquanto arruma os cabelos no espelho.


- Não.. porque? - Pergunto e passo o batom.

- Nada, é que ele nunca trás mina nenhuma com ele; aliás, ele nunca apareceu com mina
nenhuma aqui. - eu fico pensando e como assim ele nunca trouxe? Ele é lindo e com certeza é
cobiçado, ele nunca namorou?

- Ele nunca namorou? - pergunto e ela nega. - Mas como?

- Ele sempre foi fechado pro lado de mulher, dês de que comecei a namorar o Luan e virei fiel
dele; eu nunca vi o Taz com mulher nenhuma a não ser as puta que ele come e joga fora. - da
de ombros.

- Entendi.. - saímos do banheiro e ela me puxou pra cozinha antes de voltarmos pra lá e pegou
uma garrafa de catuaba e me mostrou e eu sorri, Precisava beber!

- Gosta? - fala e pega uma garrafa de vodka e me dá.

- Óbvio, tava me perguntando se aqui não tinha.

- Claro que tem fia, não vivo sem uma catuaba. - fala levantando a garrafa. Voltamos pra onde
estávamos e Thiago está sentado e quando me vê me olha e sorri com aquele sorriso
maravilhoso.

- Demorou.. - fala assim que chego perto do mesmo, ele me puxa e eu sento em seu colo
novamente.

- Fui pegar umas bebidas com a Amanda. - falo mostrando o copo.

- Já se juntou com essa capivara? - Bruna fala e Amanda manda dedo pra mesma.

- Amor, não tem companhia melhor do que a minha. - beija o ombro de lado.
- Coitada da mina, se juntar com essa daí não vai prestar. - O cara que ela tá junto fala, ele
deve ser o tal de LA

- Quer ficar na seca Luan? - fala e ele olha pra ela.

- Quer brincar, brinca direito porra. - fala e rimos.

- Mal sabe eles que eu que sou o mal caminho.. - Falo e todos riem me olhando.

- Essa é afiada bicho - Ruan fala bebendo e eu dou língua pro mesmo.

Ficamos bebendo e conversando durante um tempo, eu já tava mais solta e tava conversando
com geral na rodinha; tô no colo do Thiago e de vez em quando ele me rouba selinhos quando
os outros estão distraídos. Ele parece tão.. normal! Parece que nos conhecemos a tanto tempo
e que já temos altas intimidades, ele chegou e se apossou tão de repente, tão rápido, pior de
tudo é que eu tô gostando desse jeito dele de não ligar pra nada. Ele tá sendo tão fofo e eu tô
amando isso.

Depois de ficarmos conversando durante um tempo sobre a infância do Luan, Ruan e Thiago.
Eu , Bruna e Amanda, levantamos e fomos pro meio dos outros que estavam dançando e
fomos dançar também, ficamos um bom tempo dançando até que a fome bate e nós fomos
comer o churrasco.

Se eu comer mais alguma coisa eu explodo, já estou bem mais confortável agora que consegui
me encaixar na conversa deles e aqui todos são legal, amei conhecer Amanda ela é um amor
de pessoa e é tão louca! Igual Bruna.

Já tô na terceira garrafa de catuaba; isso pra mim é igual suco. Começa a tocar "Imaginasamba
- Pretexto"..

Thiago olha pra mim que estou sentada agora na cadeira do lado dele bebendo. Ele começa a
cantar olhando pra mim, como se cantasse aquela letra exatamente pra mim.

- Tava desacreditando do amor,

Quando de repente num olhar o meu mundo parou, parecia filme, coisa de cinema, mas até
que enfim você chegou... - ele canta baixinho perto do meu ouvido.
- Todo exagerado isso eu sei que sou , é que minha vontade, hoje é te chamar de meu amor ,to
pulando etapas, meio maluquinho, tô tão diferente do que eu sou.. - continua a cantar pra
mim e eu presto atenção na letra e ela é exatamente o atual da gente.

- Se eu tiver muito, por favor me fala, dá um jeito e manda eu parar, É que eu não sei pensar
em mais ninguém, na roda dos meus amigos nem me reconhecem mais, só eu sei porque eu
mudei, vou dizer o que me conquistou..

- Foi esse teu jeito, a cor do cabelo, esse teu sorriso, esse teu calor, O jeito do beijo, esse teu
carinho, esse teu corpinho, a gente encaixou tão bem, que eu não tenho mais pretextos, pra
não te chamar de amor.. - continua cantarolando e eu tá estou toda derretida de amores e por
impulso eu o beijo. Sem me importar com o tanto de gente olhando.

Ele corresponde o beijo e passa sua mão por trás da minha nuca e me puxa mais pra ele e me
põe em seu colo. Ouço assobios e gritinhos das meninas e na hora eu fico vermelha e ele para
de me beijar e sorri.

- A nova patroa do alemão em porra! - Luan e Ruan e uns outros fala e eu olho rindo ainda sem
graça, e Thiago me puxa me segurando mais pra ele como se eu fosse fugir de seus braços a
qualquer momento.

Não sei se isso é apenas coisa passageira, não sei se tô me iludindo, mas é que tudo tá a
entender que ele não quer só sexo. Então porque vou fugir? Ele não mostra ser agressivo
como dizem ser, ele não é ignorante e nem parece ser falso quando me beija.

Meu deus! Oque tá acontecendo comigo? Dês daquela noite em que coloquei meus olhos nele
eu não o tiro da mente um segundo, sei que pode ser loucura, coisa louca dizer que de repente
se apaixonou por um traficante; posso está sendo precipitada em muitas coisas e está me
iludindo. Talvez ele não queira nada sério comigo.. ou sim! Amanda disse que ele nunca
namorou e nem trouxe mina nenhuma com ele pra esses lugares, e ele acabou de cantar uma
música pra mim que parecia que estava querendo dizer exatamente isso.

Meu pai descobre isso e eu estarei morta, ele nunca vai aceitar que a única filha dele; está se
relacionando com um traficante, o dono do morro.

Um sentimento tão errado, tão fora da lei; quem iria imaginar que eu! Ana Luise Maldonado,
filha de Renato Maldonado; um cara podre de rico, estaria dentro de uma favela; vindo ver o
cara que ela se perdeu e ele ser um traficante, o dono do morro.
CAPITULO 07

Taz narrando..

Na hora que a música começou a tocar, parecia que era a deixa pra mim poder dizer oque tava
tentando falar dês de que ela foi embora naquele dia, eu nunca senti nada por mulher
nenhuma, sempre fui fechado, frio e agressivo com todas as mulheres que eu transava, mas
parece que ela destravou o Thiago que estava preso a tanto tempo; pode ser coisa de louco tá
ligado, mas essa mulher me tira os sentidos só de olhar pra mim com esses olhos verdes água,
to pulando etapas porque eu acabei de perceber que eu preciso dela perto de mim! Ela me faz
me sentir melhor. Ela é tão diferente de mim. Eu cresci e vivi em uma favela no meio do tráfico
e acabei virando o dono do morro, o herdeiro do tráfico. Ela nasceu e viveu em aérea nobre e
nunca pisou em uma favela na vida dela, não sabe a luta que nos tem aqui pra ter o pão de
cada dia, sempre teve tudo de mão beijada e estudou nas melhores escolas e eu nem terminei
o 9 ano na escola. Somos tão diferentes, eu nunca se quer pisei em aérea nobre a não ser
quando era pra fazer uns corre e roubar. Essa é minha vida, foi aonde eu cresci, tá no sangue.
Será que ela vai querer se envolver com um traficante?

— Você tá bem? - Ela pergunta com sua voz doce que em um estalar de dedos me faz sair do
transe em que estou.

— Suave e tu? - ela assente bebendo algo e ela já tá bem alterada mas continua quieta na dela,
depois que cantei a música e ela me beijou e eu permiti isso; todos vêem falar com a nova
patroa e ela fica sem entender mas não liga e nem diz ao contrário, é simpática com todos
aqui. Essa mina é 10

Nunca fui de me envolver com uma mulher por mais de uma vez a não ser a Camila; mas ela
era minha puta particular, nunca fui de andar com ela e nem permitir que ela me beijasse na
frente de ninguém. Nem se quer me beijava, puta não me beija. Camila não chega nos pés da
Analu.

Analu é a primeira mina que resolvi me envolver sem me importar com os que tavam vendo tá
ligado, se pá vai ser a única que irei assumir se ela quiser, ela não saia da minha mente dês
daquele dia e depois de hoje tô vendo que não vai sair nunquinha.

Tá sendo tudo tão rápido..


-

Analu Narrando...

Ele tá tão pensativo, parece que se arrependeu de algo ou sei lá.. é só noia minha. Depois de
ficarmos um bom tempo lá conversando e bebendo; eu já estava me sentindo tonta e já está
tarde pelo jeito, todos foram embora só ficou, eu, Thiago, Bruna, Ruan, Amanda e Luan.

— Amiga, vou subir; sua mochila eu deixei lá no quarto de hóspedes. - Bruna fala subindo as
escadas atrás de ruan.

— Seus puto, vou pra minha casa aproveitar minha nega.- Luan fala meio embolado porque já
está meio bêbado.

— Bye Analu, amei te conhecer viada e você Taz, cuida dela... - fala com ele que assente com o
a cabeça e não diz nada, ela me abraça e sai atrás de Luan e ficamos apenas eu e Thiago na
sala. Ficamos em silêncio um tempo olhando um pro outro até que ele resolve falar.

— Até que fim sozinho com minha morena. - fala e se joga do meu lado.

— Minha? - pergunto com uma sobrancelha arqueada.

— Minha.. - me puxa pra ele e me beija. Um beijo com gosto de álcool e bala misturada. Eu
sento em seu colo sem parar o beijo e a mão dele desliza pelo meu corpo me apertando cada
vez mais forte me fazendo arfar e ele sarra sua ereção em mim. Ele aperta minha bunda e sobe
a mão até meu seio e aperta por cima da camisa.

— Caralho.. tu me deixa louco! - da um tapa em minha bunda.

— Acho melhor a gente não fazer isso aqui na sala..- falo parando o beijo e sorrio pra ele.

— Vamos lá pro meu barraco.. - eu saio de cima dele e assinto, corro rapidinho no andar de
cima e procuro a porta do quarto de hóspedes que está aberta e pego minha mochila e
consigo ouvir os gemidos da Bruna,AFF.
Pego minha mochila com minhas coisas e desço novamente e Thiago tá sentado fumando
cigarro normal e quando me vê, pega e joga fora.

— Bom, vamos.. - saímos da casa do marlon e uns dos soldados que estão do lado de fora nos
olham e Thiago olha pra eles e desviam o olhar na hora.

Entramos na casa dele e está tudo apagado e silêncio, óbvio.. ele mora só! Assim que entro
com ele, ele joga minha mochila no chão e vem pra cima de mim e me impressa na parede, me
pega no colo e me beija um beijo selvagem e agressivo.

Ele rasga minha blusa, OGRO! Tira meu sutiã e abocanha um dos meus seios me fazendo
soltar um gemido de puro tesão, ele me leva no colo pelas escadas acima e entramos em um
dos quartos e ele continua a me beijar e me joga na cama e vem por cima de mim e chupa um
dos meus seios enquanto aperta o outro, ele desce beijando meu corpo até chegar na minha
intimidade e tira minha calcinha na maior brutalidade e me olha com um olhar malicioso e
passa a língua me fazendo delirar de tesão, eu agarro os lençóis e jogo a cabeça pra trás
enquanto sinto aquela sensação de ter uma língua me chupando. Meus gemidos estão altos e
nem estou ligando, ele coloca dois dedos e eu sinto mais tesão ainda; ele fica nessa de chupar
e colocar o dedo lá dentro.

— Ah..ah...Thiago.. Isso, continua.. - Falo entre os gemidos e anúncio que vou gozar.

— Goza pra mim gostosa. - continua me chupando até que eu sinto minhas pernas tremerem
e eu gozo maravilhosamente e ele suga tudo e passa a língua nos lábios sentindo meu mel. -
Gostosa!

Vem pra cima de mim novamente e me beija e eu sinto meu gosto em sua boca. Tiro a camisa
dele e ele tira o shorts e fica de cueca e tira a mesma e deita por cima de mim novamente e de
uma só vez ele entra em mim me fazendo gritar, senti uma dorzinha mas logo passou e se
transformou em apenas tesão; Ele estocava cada vez mais forte e mais rápido em mim e eu
gemia e arranhava suas costas. Eu troco de posição e fico por cima dele e encaixo seu pau em
mim e sento rebolando e ele joga a cabeça pra trás e solta uns gemidos roucos enquanto eu
quico e rebolo encima dele.

Ele segura minha cintura e me ajuda nos movimentos, seus olhos vidrados aos meus e me dava
uma sensação ótima. Sentir seu toque era maravilhoso, fazer sexo com esse homem era um
prazer que jamais havia sentido antes, e é oque eu quero sentir todos os dias possíveis.
—Se.. Senta.. mais rápido! - ele fala com a voz grossa e rouca em meio aos gemidos.

— Ah...ahhh.. Thiagooo.... - gemi enquanto sentava e rebolava, ele segura minha cintura e me
ajuda nos movimentos mais rápidos.

— Porra..Ana... - fala entre nossos gemidos e sinto seu pau latejar dentro de mim e eu gozo
junto com ele. Caio sobre seu peito cansada, ele afaga meus cabelos e eu ouço seus
batimentos discopensados exatamente como os meus.

Sentir ele perto de mim é tão maravilhoso, é tão gostoso, é tão ótimo transar com ele desse
jeito, no mesmo ritmo com a mesma vontade e desejo. Mas será que isso é só momentâneo, é
péssimo sentir isso sem saber como vai ser amanhã quando abrir os olhos novamente, vai
voltar a estaca zero? Como se nada tivesse acontecido? Oque vai ser da gente?

— Oque tá acontecendo entre a gente? - olho dentro dos olhos dele ainda deitada em seu
peito ,ele não desvia o olhar.

— E se eu te der o papo de que eu não faço ideia? - fala e eu sorrio.

— Thiago.. somos de dois mundos diferentes, mas é qu..- sou interrompida

— Ana, eu tô ligado na parada que tu vai dizer, que tu é de família nobre e que eu sou apenas
um bandido, e que isso que nós fez agora foi um erro e pa .. mas tá ligada, que pra mim; isso
aqui - fala apontando pra nós dois deitados. - nunca vai ser um erro, dês daquela noite lá que
eu não te tiro da mente, eu posso tá indo rápido demais, mas eu não posso esperar porque
minha vida nessa quebrada é corrida; eu não sei se amanhã vou estar aqui pra te dizer oque to
sentindo, eu fui o teu primeiro tá ligado; e você tá sendo minha primeira em muita coisa
também, isso é novo pra mim eu nunca senti isso e nem faço idéia de que porra é isso, mas é
bom. se é pra seguir isso contigo eu vou seguir, mas se você não quiser entrar nessa parada
comigo; eu não vou te prender, sou apenas um traficante que lutou pra chegar aqui, sei que
minha vida é errada mas tá no meu sangue e eu não posso mudar isso.. - Fala me olhando e
meus pensamentos estão um turbilhão.

Somos tão opostos,tantas coisas irão atrapalhar, como ele mesmo disse; ele pode está aqui
amanhã ou não.. mas é a vida dele e eu não posso simplesmente chegar e pedir que ele mude
assim do nada, o tráfico tá no sangue dele. Ninguém pode mudar isso.. e se eu entrei na vida
dele foi ciente disso, eu tenho chance de pular fora disso tudo e ir pra casa e continuar minha
vida e ser oque meu pai sempre sonhou que eu fosse; terminar meus estudos, fazer minha
faculdade, casar com um cara rico e bem sucedido; mas quem disse que eu sonho com isso?
Nunca sonhei em casar com um homem rico, eu nunca quis um príncipe encantado, sempre
pensei que iria ficar com a pessoa que me fizesse feliz e me tratasse bem é esse alguém é ele,
Minha vida teve tanto sentido como está tendo agora, meus dias nunca foram tão alegres
como foram depois que eu conheci ele .. só de pensar nele eu me sinto bem, porque eu vou
fugir disso? Não me importa oque irá vir pela frente, tudo que é fácil demais nunca é
verdadeiro e tem sentimentos de verdade.. tudo que é preciso lutar pra ter; é aonde mais tem
sentimentos..

— E se eu disser que não era nada disso que iria dizer? E que oque eu tô louca de vontade de
falar é que eu não tô nem aí pro resto e nem pro que irá vir, eu só tô afim de embarcar nessa
contigo, porque você não sai um segundo dos meus pensamentos e eu não ligo que você seja
um traficante, e nem dono de um morro! Por tanto que você seja o meu, o meu traficante...-
saio de cima dele e rolo pro lado e ele fica em silêncio por uns minutos, sem falar nada..

Quando eu ia levantar da cama ele me segura pelo braço.

— Com tu eu topo qualquer parada. - me puxa pra ele e me beija e eu retribuo na mesma
intensidade e nossas línguas estão em um ritmo só.

CAPITULO 08

Analu Narrando.

Dois meses depois

Se passaram dois meses dês de que eu e Thiago começamos a se relacionar, ele disse que iria
respeitar meu espaço com meu pai, mas a gente se vê todos os dias porque eu saio da escola e
falo pro meu pai que vou pra casa da Bruna e a gente vai pro alemão, Faltam apenas dois dias
pra acabar as aulas e eu irei dar adeus a escola e olá para a faculdade, só não sei de que ainda
né.

Bruna tá a seis meses com o Ruan e estão cada dia mais unidos e eu amo aquele casal. Eu e
Thiago? Ah, está tudo ótimo! Nunca estive tão feliz como estou, sei que posso está sendo
imatura por talvez estar jogando todos os meus possíveis sonhos foras, mas é que eu nunca
quis tanto está com alguém como quero está com ele. Ele me trata bem, por mais que ele seja
oque é, ele nunca levantou a voz pra mim e nem a mão e espero que continue assim, estamos
cada dia mais unidos. Eu e Amanda viramos melhores amigas e agora o bonde fechou; Eu,
Bruna e Amanda juntas somos um terror.

Nas últimas semanas está sendo um pouco difícil fugir pra ir ver o Thiago mas eu faço o
possível pra ir pra lá ficar com ele nem que seja por minutos, meu pai está no meu pé por eu
está todos os dias fora de casa e chegando um pouco tarde, mas eu acho que ele não
desconfiou de nada ainda e espero que continue assim.

- Amiga, você tá pálida, tá se sentindo bem? .. - Bruna fala me tirando dos meus pensamentos.

Esses últimos dias eu ando passando mal demais ,um mal estar insuportável tomou conta de
mim, enjôos e um sono abusivo.

- Estou sim, deve ser porque não comi nada ontem de noite e nem hoje cedo. - falo passando a
mão na barriga.

- E porque você não está comendo? Quer morrer? - fala irritada. Hoje a Bruna ta um saco,
Deve ser tpm.

- Tudo que eu como ultimamente tá me fazendo mal, então prefiro nem comer. - pego meu
celular vendo a hora e aproveito e vejo meu rosto pela câmera e realmente eu tô pálida.

- Ih, tá prenha! - Amanda fala e eu a olho assustada.

- Tá doida? Euem. - reviro os olhos.

- Uhum, sei. - saímos do carro e eu não respondi.

- Vamos aonde hoje? - Bruna como sempre fala entrando no shopping.

- Prefiro de roupas e saltos, tem baile amanhã e eu não quero usar a mesmas roupas. -
Amanda diz mexendo no celular.
- Então vamos as compras né.

[....]

Depois de passarmos horas no shopping entrando em várias lojas, compramos tudo que
queríamos e fomos comer e depois pegamos o táxi pra irmos pro alemão. Marquei de ir pro
baile com o Thiago hoje e as meninas.

- Meninas, preciso que vocês venham comigo amanhã em um lugar. - Bruna fala e eu e
Amanda a olhamos.

- Da última vez que você me disse que iria me levar pra algum canto, eu acabei no morro do
alemão, aonde iremos brincar com a morte dessa vez? - Falo e ela ri.

- Larga de ser frouxa, se ela quer que vamos com ela nos vai. Qualquer coisa nós corre fia -
Amanda diz e tira os fones.

- Calada vocês duas e parem de falar, eu quero que vocês vão comigo na clínica. - Bruna fala já
irritada.

- Tu tá doente? Oque tá acontecendo? - Pergunto preocupada, Bruna odeia hospital.

- Eu estou atrasada a um mês, mas eu fiz o teste de farmácia e deu negativo. - fala e da de
ombros.

- Teste de farmácia enganam, e melhor você ir na clínica mesmo, fazer um exame. - Amanda
diz.

- É, eu sei. Mas eu tô nervosa, se eu estiver mesmo grávida; é capaz do meu pai me colocar pra
fora de casa ou até mesmo me bater até eu perder essa criança e morrer junto. - olha prós
próprios pés meia triste.

- Ele não vai fazer isso, você tem o Ruan, Bruna. - Amanda fala e a abraça de lado
- E tem a gente também, se você tiver grávida, a gente não vai deixar que mal nenhum te
aconteça tá? - falo tentando fazer ela ficar bem.

- Ok, eu amo vocês suas puta.

- Eu também me amo.- falo e a mesma me dá dedo. - tô brincando, eu te amo bb- gargalho.

Meu celular toca e eu olho e vejo ser meu pai. Merda!

- Meu pai tá ligando.. e agora? - falo nervosa, ele pensa que eu estou na casa da Bruna.

- Diz que estamos saindo do shopping e indo pra minha casa. - Bruna fala com a maior calma e
da de ombros.

- atendo.

- Ligação On -

Analu - Oi pai..

Pai - Ana Luise aonde você está?

Analu - No carro indo pra casa da Bruna, fomos no shopping comprar umas coisas.

Pai - Vem pra casa, Agora!

Analu - Mas pai, eu marquei de dormir na casa dela hoje..

Pai - Ou você vem ou eu te busco aonde você estiver.

Analu - Tá! Estou indo.


- Ligação Off -

- Indo pra onde? - Amanda pergunta com uma sombrancelha arqueada.

- Meu pai mandou eu ir pra casa agora ou ele me busca, ele está estranho e me chamou de
Ana Luise, ele não faz isso a não ser quando tem merda.

- E agora? Puta que pariu, fodeu. - Bruna fala nervosa.

- Não deve ser nada demais Analu, não fica assim ou ele pode desconfiar que você está
fazendo algo. Vai pra casa e conversa com ele e qualquer coisa liga pra gente. - manda tenta
me acalmar.

- Uhum, avisa ao Taz pra mim sobre isso. - falo e elas assentem e saem do carro assim que o
mesmo estaciona enfrente a entrada da favela.

- Tabom, boa sorte amiga. - Bruna fala e sai as duas.

[...]

- Aonde você estava ? - meu pai pergunta assim que entro em casa cheia de bolsas.

- No shopping - Estendo as bolsas pra cima e reviro os olhos.

- E aonde você esteve todos esses dias que não ficou em casa? - Meu coração começou a
palpitar mas eu me fiz de louca.

- Na casa com bruna. - sento no sofá e olho pro mesmo que está com com os braços cruzados
me olhando e parece está com raiva.

- Ah, com a Bruna.. então me explica isso - ele vai até a mesinha que tem na sala e pega um
envelope e joga encima de mim com a maior agressividade.
- Oque é isso? - pergunto analisando o envelope e abro, ele não diz nada apenas está com o
semblante fechado me observando, pego oque tem dentro do envelope e vejo ser fotos, fotos
minhas...

FOTOS MINHAS E DO THIAGO JUNTOS.

- Como você conseguiu isso? Agora está colocando pessoas pra me seguir? - Falo nervosa e
levanto mas sinto algo arder em meu rosto e coloco a mão, ele me deu um tapa na cara.

- Você estava esse tempo todo em favela? E ainda por cima se envolvendo com um merdinha
traficante! Dono do morro - grita nervoso e eu me encolhi no sofá com medo. Ele estava
transformado.

- Ele não é um merdinha, eu amo ele. - sinto outro tapa em meu rosto.

- Eu não te criei pra você virar uma piranha mulher de traficante. - ele me pega pelo braço e
me levanta e me segura com força e eu sinto lágrimas escorrerem pelo meu rosto
freneticamente.

- Me solta! - me debato e ele me joga no chão com força. Eu não reconheço mais o meu pai de
antes nesse monstro a minha frente.

- Você me criou pra que? Pra eu casar com um cara rico e poderoso mas que me maltrate por
trás de tudo, que me agrida, que me faça chorar e que eu seja infeliz? Foi pra isso que você me
criou? Pra mim ser um robô que obedece seus comandos? - sinto mais um tapa no meu rosto e
as lágrimas não param de descer pelo meu rosto que está ardendo por conta dos tapas.

- Você gosta de traficante não é? Você gosta de apanhar não é? - grita comigo.

- Ele nun..- ele não me deixa falar e dá mais um tapa em meu rosto.

- Cala a boca que eu vou te dar oque você gosta. - Ele pega meus cabelos e puxa me fazendo
cair e ele tira o cinto e eu tento me soltar e sair dali mas ele é mais forte do que eu, ele pega o
cinto e bate com ele no meu corpo, pelo meu rosto, minhas pernas, meus braços.

- Pai .. para, por favor! - falo chorando desesperada.


- Não me chama de pai sua vadia, eu não tenho uma filha vadia igual a você, isso é pra você
aprender, você é igual a vadia da sua mãe, vocês duas são iguais, as duas adoram traficantes e
por isso merecem apanhar até morrer, vocês não gostam de bandido? Então - ele continuava
me batendo somente no meu rosto sem parar, ele me dá socos e tapas um atrás do outro e eu
tento me soltar mas é impossível.

Porque ele tá dizendo isso? Minha mãe gostava de bandido? Ela se relacionou com traficante?
Ele agredia ela? Foi por isso que ela foi embora?

Ele para de me bater quando nota que estou sem forças se quer pra falar e sai de cima mim
me deixando ali jogada no sofá.

Eu não reconheço mais esse homem na minha frente, ele não é o meu pai que sempre cuidou
de mim e me protegeu, ele sempre foi esse monstro? Só eu não vi isso? Se ele fez isso comigo,
imagino que deve ter feito pior com a minha mãe, deve ter sido por isso que ela foi embora e
me abandonou, ela fugiu dele e me deixou nas garras desse monstro. Aonde será que ela tá
agora?

Eu preciso sair daqui, eu preciso fugir ou é capaz dele me matar.

CAPITULO 09

Analu Narrando ...

Levanto com muita dificuldade do sofá, ele subiu e não voltou ainda. Olho pros lados e procuro
pela minha bolsa, pego a mesma no chão e saio pela porta da sala sem fazer barulho pra que
ele não note que eu saí.

Corro pra fora do condomínio e algumas pessoas me olham provavelmente por está
machucada e chorando. Paro um táxi no meio da rua e entro.

— Segue pro morro do alemão, por favor, rápido. - falo com dificuldade e o homem me olha
assustado.
— vo..você está muito machucada, não quer ir pra um hospital? - o homem fala.

— Não, eu só quero que me deixe aonde pedi. Rápido! - Falo e ele assente e segue, deito
minha cabeça no banco do carro e choro, choro sem parar.

Oque eu fiz da minha vida? Porque ele fez isso comigo? Eu sei que oque fiz pode ser errado
mas ele não podia me bater desse jeito, ele fala tanto de traficante mas Thiago nunca faria isso
comigo.

Não o Thiago que eu conheço.

— Pronto senhorita. - o motorista Fala e eu olho pra frente e estamos na entrada do morro.
Pago o mesmo e saio do carro com dificuldade pôs estou me sentindo muito tonta.

Vou até um dos vapor dali porque eles já me conhecem. Mas antes que pudesse falar qualquer
coisa eu sinto minhas pernas perderem a força e desmaio.

Taz Narrando ..

Ela não pode vir hoje, Bruna me disse que o pai dela ligou mandando ela ir em casa. Oque será
que aconteceu? Estou com um aperto no peito, não sei que porra é isso. Como minha pequena
deve tá? Oque será que aconteceu?

— Chefe, a tua mina chegou aqui no asfalto toda machucada e sangrando e desmaiou, oque
nós faz? - ouço nove falar ofegante pelo rádio e meu coração dispara.

— Machucada? Sangrando? Quem fez isso com ela porra? - grito com o mesmo.

— Não sei não chefe, ela já chegou aqui assim.

Desligo o rádio e saio correndo da boca e pego minha RR e arrasto correndo pro asfalto. Quem
machucou ela? Eu vou matar!
Chego e deixo a moto ali e corro pra onde tá um tumulto de pessoas e no meio vejo a morena
no chão e ..seu rosto está todo machucado e suas pernas estão ensanguentadas e suas roupas
também.

— Oque fizeram com ela caralho? - grito tirando todo mundo dali e me abaixo até ela e pego a
mesma no colo.

— Ela já veio assim, chegou aqui e desmaiou pô, ela tá sangrando muito, acho melhor levar ela
pro postinho daqui mesmo. - nove fala e eu assinto nervoso, depois eu procuro o desgraçado
que fez isso com ela, agora preciso cuidar dela.

Pego o carro que tava ali e subo o morro em direção ao postinho daqui, entro e os enfermeiros
quando veem ela já vem até a mim.

— Oque aconteceu? - uma mulher pergunta e minha mente tá quente.

— Ela precisa de ajuda, ajuda ela porra e não faz pergunta caralho. - falo e mesma chama uns
enfermeiros e a leva imediatamente pra dentro e eu não pude entrar com ela, porra!

Quem foi capaz de machucar ela desse jeito? Eu vou encontrar o filho da puta e vou matar!
Não importa quem foi, ninguém encosta nela! Vão pagar quem a machucou desse jeito.

Bruna Narrando ..

Estava me arrumando pra ir ao baile quando meu celular toca e eu paro de fazer chapinha e
vou atender e vejo que é o Taz. Oque ele quer?

-Ligação On-

Bruna - Fala?

Taz - Tu tá aonde?
Bruna - Em casa,me arrumando pra ir ao baile, porque?

Taz - Ana chegou aqui faz pouco tempo e ela está muito machucada e desmaiou na entrada do
morro, não sei quem fez isso com ela, tu tem ideia de quem foi o filho da puta?

Bruna - Que? Como assim machucada ? Ela tá bem? Aonde vocês estão. Estou indo praí agora

Taz - A gente tá aqui no morro mesmo, no postinho que tem aqui.

Bruna - Okay, estou indo praí

-Ligação Off-

Como assim a Analu está machucada? Quem fez isso com ela, ela disse que foi pr..

Puta que pariu! Será que o pai dela fez isso com ela? acho que ele não seria capaz disso, a
analu é a bebê dele.

Prendo meu cabelo rápido e coloco uma calça jeans e uma regata preta e coloco um casaco na
cintura e um tênis Adidas e pego minha bolsa e meu celular e desço e meu pai está na sala e
quando me ve me olha com um olhar estranho.

— Aonde você vai? - ele pergunta.

— Vou ir ver a Analu. - Falo já saindo mas ele me segura.

— Vai ver a Analu ou você vai ver o bandido que você está namorando? - meu pai fala
segurando meu braço forte e na hora que aquelas palavras soam na minha mente eu gelo.

Ele descobriu, meu Deus!

— Do...do que..do que você está falando? - gaguejo ao falar


— Do que eu estou falando Bruna? Estou falando oque está na minha cara, o pai da Ana Luise
acabou de me ligar e me contou tudo, porque você tá fazendo isso Bruna? Porque tá se
envolvendo com um traficante! - Grita ainda apertando meu braço e me solta e me empurra
com força.

— Porque é ele quem eu amo pai! - falo por automático, pos é a única resposta. Ruan é um
cara diferente, por mais que seja traficante ele me trata bem e me ama, ele é quem eu quero
pro resto da vida e eu sei que ele também me quer.

— Ama? Traficante não ama Bruna, deixa de ser burra. Eu não vou permitir que você vire
mulher de bandido.

— Você não pode interferir na minha vida, faltam 3 meses pra mim completar dezoito anos. -
grito com o mesmo.

— Você não sai dessa casa! Você ainda não se manda, e amanhã mesmo irei de mandar pra
fora do país. - na hora sinto meu peito apertar e vejo lágrimas descerem, ele nao pode fazer
isso comigo, não agora! Eu posso está esperando um filho do Ruan, eu não posso ir pra outro
lugar assim, ele não pode fazer isso comigo, eu tenho que arrumar um jeito de falar com o
Ruan.

— Você não pode fazer isso! - grito em meio aos choros.

— Sim, eu posso e eu vou fazer por bem ou por mal, você precisa pensar na merda que anda
fazendo, você irá me agradecer por isso. - ele me pega pelos braços e eu tento me debater em
suas mãos mas não consigo.Ele entra no quarto e me joga na cama.

— Me solta! Eu não vou pra lugar nenhum, você não vai conseguir me manter presa por muito
tempo. - Grito e o mesmo ri.

— É oque veremos Bruna, você vai ficar aí e é melhor que não tente sair porque se eu voltar
nesse quarto por conta dos seus gritos, não irei mais conversar. - ele fala sério.

Ele sai do quarto e tranca a porta e eu corro pra impedir mas é inútil, bato na mesma e grito.

— Me tira daqui! Por favor! Abre essa porta! - bato na mesma mas é em vão, deixo meu corpo
deslizar até que sente no chão e fico ali sentada chorando abraçada aos meus joelhos.
Eu preciso sair daqui.

Mas como? Grrrr

Eu odeio ele!

Depois de ficar um tempo sentada no chão chorando, eu levanto e vou no banheiro e lavo o
rosto, olho no espelho e estou com o rosto inchado. Volto pro quarto e pego meu celular e
volto pro banheiro.

- Ligação On -

Bruna - Amor? - falo com a voz de choro querendo chorar novamente.

Ruan - Diz princesa, oque tu tem que tá com essa voz? E porque ainda não brotou aqui no
morro?

Bruna - Meu pai Ruan.. meu pai descobriu tudo, e disse que vai me mandar pra fora do país
amanhã mesmo.

Ruan - Como é? Ele tá noiado? Ele não pode te tirar de mim! Sai daí e vem pra cá Bruna.

Bruna - Não tem como Ruan, ele me trancou dentro do quarto, eu to com medo, eu não quero
ir Ruan.. eu não quero me afastar de você logo agora, não quero.. - começo a chorar de novo.

Ruan - Você não vai, presta atenção. No seu quarto tem janela? - ele fala calmo.

Bruna - Sim, duas.

Ruan - são alta demais?

Bruna - Não. - vou até a janela e vejo que não é tão distante do chão.
Ruan - Eu tô indo praí de buscar, você consegue descer pela janela? Sem se machucar?

Bruna - Acho que consigo, mas se ele ver é capaz de me matar.

Ruan - Eu vou está ai te esperando, ele não vai te fazer Mal e nem vai te tirar de mim Bruna.

Bruna - Tabom, vou arrumar minha mochila e tô indo sair por lá.

Ruan - Tá, já já eu broto ai. Cuidado.

- Ligação Off -

Desligo e vou até a porta e está tudo silêncio, vou até a janela olhando novamente pro jardim
e vejo que não é tão alto a janela, procuro pelo carro do meu pai e vejo que não está, ele saiu.
Melhor assim.

Arrumo uma mochila com algumas coisas minhas. Troco de roupa e coloco uma calça de
moletom cinza e um casaco de moletom cinza e calço um tênis da Nike preto, prendo meu
cabelo em um coque frouxo e passo um perfume e pego meu celular e coloco no bolso do
casaco.

Olho pro lado procurando algo e paro meus olhos no porta retrato que tem do lado da minha
cama, tem uma foto minha e da minha mãe. Vou até o mesmo e tiro a foto e fico olhando pra
mesma.

— Se você estivesse aqui, acho que nada disso estaria acontecendo mamãe, eu sei que você
iria me apoiar em qualquer coisa...porque você se foi? .. - sussurro e aperto a foto contra o
peito e deixo as lágrimas escorrerem..

CAPITULO 10
Ruan Narrando ..

Mandei o Luan ficar no comando porque o taz sumiu faz umas horas, pego o carro e saio do
morro indo em direção a casa da Bruna. Espero que ela consiga sair, ou infelizmente irei ser
obrigado a entrar lá e pega ela na marra. Ele é o pai dela mas não tem direito de fazer isso.

Encosto o carro do outro lado da calçada, saio do mesmo e coloco a arma na cintura. Vejo
Bruna sair da janela com uma mochila nas costas, fico olhando e ela desce e quando me vê ela
corre pra fora do local e vem até a mim. Ela chega e pula em meus braços e eu a abraço e
afago seus cabelos enquanto ela chora; eu odeio ver ela chorando. Isso me machuca.

- Calma minha princesa.. vai ficar tudo bem, agora você tá comigo beleza? Eu não vou deixar
filho da puta nenhum te encostar e não vai te faltar nada, nunca. - Falo e beijo o topo de sua
testa.

- Eu tenho que te contar uma coisa .. - ela fala soluçando.

- Tô ouvindo - ela me olha e coloca a mão na barriga e sorri.

- Eu estou grávida. - naquele momento eu não tinha felicidade maior.

- com..como assim? Eu vou ser pai? - Ainda tô meio besta com a notícia.

- Sim, eu fiz o exame de farmácia mas deu negativo, fiz o segundo e deu positivo, fiz outro
antes de começar a me arrumar pro baile e deu positivo também. - fala com a mão na barriga
e eu estou sorrindo todo bobo

Eu vou ser pai porra!

- Vamos meter o pé, vou te levar pra casa. - ela entra no carro e eu volto pro morro com ela.

Ela ficou o caminho todo olhando pra rua e chorando, não sei se ela está triste por está grávida
ou está triste pelo que aconteceu com o pai dela lá.
Eu nunca pensei que seria pai, mas sempre tive o sonho de ter um garoto pra mim, ou até
mesmo uma princesa. E quando conheci Bruna eu sabia que seria um pouco difícil de
conseguir isso pôs ela é nova e também tinha a vida dela, mas sempre a respeitei porque eu a
amo e não queria perder ela. E agora acabo tendo a notícia que vou ser pai, eu vou ser pai! E
vai ser junto com a mulher que eu amo. Tem felicidade maior não.

- Amor, tem notícias da Analu? - fala com a voz falha.

- Tenho não, porque? - ela me olha e eu continuo olhando pra estrada.

- Antes deu sair o Taz me ligou e disse que a Analu chegou lá no morro toda machucada e
desmaiada, ele tava no postinho e eu ia pra lá mas não tive como sair por conta do meu pai. -
agora eu entendi porque o Taz sumiu.

- Quem fez isso com ela? - pergunto preocupado, Analu virou uma irmã mais nova pra mim,
assim como o Taz é um irmão pra mim também.

- O pai dela ligou lá pra casa e contou tudo ao meu pai, eu acho que quem fez isso com ela foi
ele, tive medo do meu pai fazer o mesmo comigo.. - ela abaixa a cabeça e começa a mexer nas
próprias mãos.

- Ei, se ele fizesse isso eu matava ele, mas não aconteceu e agora você tá aqui comigo e nada
de ruim vai te acontecer minha loira..Eu vou cuidar de você e do nosso filho Jae? - falo olhando
pra mesma que sorri abertamente, amo ver esse sorriso.

- Tudo bem.. eu te amo! - ela deita sua cabeça no meu ombro. - Amor? Vamos no postinho?
Preciso saber como a Analu tá.. - eu assinto e entro no morro e vou direto pro posto que tem
aqui.

Taz Narrando ..

To esperando aqui faz um tempo e já tô nervosão com essa porra de sai e entra de médico,
não sei se o problema é com a Ana ou com outra pessoa lá dentro. Mas tô nervoso. Fico
sentado até que um velho sai lá e parece ser o médico.
- Parentes de Ana Luise.. - olha sua prancheta e eu levanto rápido.

- Eu.. como ela tá? - vou até ele.

- Você é..? - pergunta e tô com uma vontade enorme de mete um tiro na cabeça desse velho
gordo.

- Fala logo oque aconteceu com a minha mulher porra! - grito nervoso.

- Senhor peço que se acalme, e vem comigo. - entra em um corredor e eu vou atrás dele, ele
entra na salinha lá e eu também.

- E então? - pergunto.

- Sua mulher chegou aqui tendo um começo de aborto pelas bancadas próximas a barriga. - ele
fala e eu simplesmente não presto atenção em mais nada.. Só naquilo de aborto, ela tava
grávida? Um filho meu? Claro né, ela só transava comigo, ela perdeu meu filho. - Ela perdeu o
bacuri? - pergunto ignorando oque ele falava.

- Não. - eu respiro aliviado e sento pra ouvir ele. - Como estava dizendo, ela chegou tendo um
princípio de aborto mas conseguimos conter a hemorragia interna, ela sofreu umas lesões no
rosto; ela foi agredida e feio. - ele olha pra mim com um olhar acusador, esse cara tá querendo
morrer? Eu nunca iria encostar na Ana, eu nunca faria mal aquela menina, ele tá me tirando.

- Se tu olhar pra mim com esse olhar de novo, eu te meto uma bala na cabeça aqui mesmo,
quem agrediu ela não foi eu, ela chegou aqui assim e eu não sei oque aconteceu. Então acho
melhor não falar merda - falo e coloco a pistola encima da mesa e ele se assusta.

- Não..não disse isso, é que ela sofreu agressão e quase perdeu o bebê, a gravidez se tornou
uma gravidez de risco.. - eu fico observando e ouvindo tudo aquilo que não entendia muita
coisa, só entendi que tinha que achar o filho da puta que fez isso com ela.

- E oque tem isso? Oque é essa gravidez de risco? Ela pode perder meu filho? - pergunto
nervoso. não quero que ela perca. Nem conheço e já amo esse bebê
- É uma gravidez perigosa e que tem que ter todos os cuidados possíveis, ela está com dois
meses duas semanas e o bebê está bem pequeno ainda, ela tem que se alimentar bem e tomar
todas as vitaminas certas, não pode se estressar e nem tomar um susto se quer, não pode
fazer esforço e tem que manter o máximo de cuidado. - Eu presto atenção em tudo que ele
diz.

Ele fala mais umas coisas lá de gravidez e eu não entendo muito mas vou cuidar dela e do meu
filho, meu filho..

- Ela já foi levada pro quarto e está repousando, não pude injetar remédios nela por conta do
bebê então ela vai sentir dores. Mas ela já está bem e o bebê também..Se você quiser pode ir
vê-la - Eu assinto e levanto e guardo a arma na cintura.

- Valeu tiozin, vou lá. - saio da sala e vou até o quarto que ele me disse e entro e ela está
deitada na cama do hospital, com o rosto machucado e inchado, seus braços estão roxos
também. Ela dormia com uma expressão de dor e aquilo me fazia sentir o mesmo por dentro.

Eu deixei que machucassem ela e o meu filho. Mas isso não vai mais acontecer, nunca mais
ninguém vai fazer mal a ela, e quem ousar eu corto o pescoço fora e faço de troféu na minha
sala. Chego perto dela com cuidado e seguro suas mãos que estão quentinhas e machucadas,
passo a mão com cuidado em seu rosto e tiro o cabelo de seu rosto e sento do lado dela. Olho
pra sua barriga que não tem nenhuma expressão de gravidez. Mas eu sei que tá ali dentro, um
bebê, o meu bebê.

- Eu vou cuidar de você, não vou deixar que mal algum de aconteça e vou te proteger sempre
até você sair da barriga da sua mãe e vim pros meus braços, eu vou te ensinar várias coisas e
vou te amar demais, assim como eu amo sua mãe.. eu prometo que ninguém vai encostar em
vocês mais. - sussurro com o rosto próximo a barriga dela.

- Como ela tá? - ouço uma voz atrás de mim e vejo ser Bruna esta com o rosto inchado por
conta de choro eu acho, espero que ninguém tenha machucado ela também. RN tá atrás dela
me olhando atento e eu levanto.

- Agora tá melhor, quase perdeu o bebê mas tá tudo bem agora, eu quero descobrir quem fez
isso com ela. - falo baixo pra nao acordar a Ana.

- Bebê? Como assim Bebê? - Bruna pergunta assustada.


- Também não sabia, ela está grávida de dois meses já, quase teve um aborto mas os médicos
conseguiram conter. - ela me olha e abre um sorriso enorme.

- Bem que a Amanda disse.. - fala como se fosse pra si mesma.

- Disse oque? - pergunto com uma sombrancelha arqueada.

- Analu tava passando mal a um tempo e a Amanda disse que era gravidez mas ela disse que
não era. - ela fala sorridente e olha pra amiga, e vai até ela e senta ao seu lado e eu olho pra
RN.

- Oque aconteceu com a Bruna? - pergunto já sabendo que aquela cara de choro não foi atoa.

- Bora lá fora que eu te falo, deixa elas duas aí. - assinto e nos sai do quarto e vamos até a
recepção.

- Eae irmão? Que tá pegando?

- Pai dela descobriu tudo sobre nós; pai da Analu também e contou pro pai da Bruna, ele
brigou com ela e prendeu ela no quarto e disse que ia mandar ela pra fora do país, fui lá e
busquei ela. Agora ela vai morar comigo fiote, ela tá esperando um bacuri meu e creio que a
Analu também não vai voltar, Bruna disse que acha que quem fez isso foi o próprio cara lá que
é pai dela. - fala e minha irá sobe na hora, eu vou pegar esse filho da puta.

Depois eu resolvo com ele.

- Quer dizer que tu vai ser pai também putão? - falo pro RN que sorri, felizao assim como eu.

- Caralho mano, eu vou ser pai, da nem pra acreditar, pior de tudo que vamos ser pai no
mesmo tempo; só faltou Luan pra completar. Imagina três moleque crescendo juntos, os
herdeiros. - fala e não consigo conter o sorriso.

- Os herdeiros do tráfico, nós agora tem que cuidar da nossa mulher irmão, Analu tá com
gravidez de risco lá, se algo acontecer com ela eu não vou me perdoar.
- Relaxa mano, fica Susu, a Analu e forte, e seu filho também vai ser mano. Nada vai acontecer
com elas não.

- Tô ligado.

Ficamos ali batendo um lero um tempo, e depois entramos no quarto em que a Bruna e Ana
conversam uma com a outra e com um sorriso enorme, eu amo esse sorriso, amo essa mina.

- Vou deixar vocês sozinhos, amiga.. vou ir tomar um banho e comer e eu volto mais tarde tá?
Vê se come e alimenta meu afilhado. - Bruna diz já saindo do quarto.

Ela me olha com um olhar meia tristonha, estava sorrindo agora mesmo.

- Me fala oque aconteceu? Voce chegou aqui machucada demais - sento ao seu lado.

- O homem que eu chamava de pai enlouqueceu, me agrediu e me humilhou, me xingou de


vadia e disse que eu era igual a minha mãe. Eu não entendi o porque que ele disse isso mas ele
falou que eu era igual a ela e que eu merecia apanhar já que eu gosto de me envolver com
bandido, disse que eu não era mais filha dele e só parou de me xingar e me bater quando ele
cansou e viu que estava sem forças até pra gritar. - ela fala chorando.

- Não chora, ele vai ter oque merece, e você nao e nada disso Ana, você é maravilhosa e eu
não sou oque pensam, você me conhece e sabe disso. Eu vou te proteger e nada e ninguém
mais vai te fazer mal. Voce agora vai morar comigo, beleza? Voce não vai ter a mesma vida
de antes, porque tu sabe como é, mas nada vai te faltar, nunca. - Falo e ela limpa o rosto e me
olha assentindo tristonha.

- Desculpa .. - fala limpando o rosto com cuidando.

- Oque tu tá falando ? - pergunto sem entender. Oque ela fez?

- Você sabe.. eu estou grávida..desculpa.. - fala com o rosto abaixado, levanto seu rosto com a
mão a fazendo me olhar

- Obrigado.. - falo e ela arqueia uma sombrancelha sem entender também.


- Como assim?Pelo que?

- Por tá me fazendo realizar um sonho muito antigo. Ser pai..e com a mulher que eu amo. - ela
abre um sorriso enorme que faz meu coração querer sair do peito.

- Eu te amo Thiago.. - Ela fala em um sussurro. Ela nunca me disse que me amava, não antes.

- Eu também te amo, Ana. - chego próximo ao seu rosto e beijo ela.

CAPITULO 11

Analu Narrando ..

Finalmente eu recebi alta, e posso ir pra casa. Esses dias que fiquei aqui o Thiago ficou comigo
o tempo todo e Bruna e Amanda também vinham pra cá pra ficar comigo enquanto Thiago
tinha que ir na boca resolver as coisas por lá.

Fiquei sabendo que meu pai me colocou como desaparecida e tem fotos minhas em todos os
jornais e postes pelo asfalto a mesma coisa a Bruna, mas Thiago e as meninas disseram que
aqui eles não vão conseguir me achar e nem fazer nada comigo e isso me alivia um pouco,
agora eu só quero cuidar do meu filho que estou carregando.

Eu nunca imaginei que meu pai, o homem que eu tanto amava na vida e que tanto me
protegeu, fez oque fez comigo... mas agora não importa mais, eu tenho ódio daquele homem
que não gosto nem de chamar de pai! Ele pra mim morreu. Pra sempre

Esse não era o meu sonho de agora, eu tinha vontade de acabar os estudos e fazer faculdade e
conhecer o mundo a fora e quem sabe depois construir uma família, mas infelizmente isso não
vai ser possível agora, posso dizer que Thiago me tirou um sonho, mas me adiantou um melhor
ainda, de ser mãe.
Estou feliz demais que vou ser mãe, daqui a dois dias irei fazer ultrassonografia pra vê como
ele tá, e ve se tá tudo bem, minha gravidez é de risco e eu sei que tenho que ter um cuidado
dobrado agora se não quiser perder meus filhos. Bruna também está grávida, estou com 1 mês
a mais que ela, não sei como não percebi que estava atrasada por dois meses mas também
com a correria que minha vida andava eu não prestava atenção nisso.

Thiago está super atencioso comigo aqui e pelo que vejo está bem feliz com a gravidez,ele
disse que quer um menino pra ser o "herdeiro" .. confesso que isso me assusta um pouco, eu
não quero que meu filho siga isso pra vida dele, aliás.. qual mãe quer isso pra um filho? Um
caminho sem volta, uma ida sem vinda e um mundo tão sujo .. mas eu não falo nada disso com
ele, eu sei que as coisas só acontecem com a permissão de deus, então deixa rolar. Eu sei que
amor e carinho pro meu filho não vai faltar nunca.

- Amor, Já tá pronta? - Thiago entra no quarto.

- Sim, tô louca pra sair daqui logo. - Levanto da cama devagar pôs eu ainda sinto dores, mas
são poucas.

- Então vamos, já assinei o bagulho lá e tu já pode ir pra casa. - assinto e entrelaço minha mão
na dele.

Saímos do hospital graças a Deus e entrei no carro e subimos pra casa do Thiago que bem lá no
alto do morro, chegamos e entramos em casa e Amanda,Bruna,Luan,Ruan estavam na sala
conversando e quando me viram tiraram a atenção pra mim.

- Invasão nessa porra? - Thiago fala entrando em casa e vai até os meninos e faz um toque lá
com eles e Bruna e Amanda vêem até mim e me abraça.

- Vaso ruim não quebra, vê se agora fica longe de hospital, a não ser quando for por esse bebê
pra fora. - Amanda fala e eu rir

- Isso merece um churrasco, pra anunciar que os herdeiros tão chegando em! - Ruan fala todo
animado.

- Pode pá irmão, convoca os mais chegados. Tá de acordo amor? - Thiago fala.


- Tá, mas antes eu preciso de um banho pra tirar esse cheiro horrível de hospital. -falo e ele
assente.

- Tem um bagulho pra tu lá no quarto, vai lá e toma seu banho, vou ir com o Ruan e Luan
comprar as carnes e as bebida, Bruna e Amanda, fica de olho nela aí. - Thiago fala e vem até
mim e me beija.

- Ei, não preciso de babá! - reclamo.

- Não é babá, é só cuidado pra não acontecer nada, vai que tu passa mal. - fala e eu assinto e
ele sai com os meninos.

- Eles vão convocar o morro inteiro.. - Bruna comenta.

- Sem dúvidas. - Amanda fala rindo.

- Meninas, vou subir pra tomar um banho. - Subo e eu deixo elas ali na sala e subo pro quarto
do Thiago pra tomar um banho, quando entro no mesmo, está cheio de bolsas de lojas de
marca, olho aquilo tudo e sorrio, isso é obra do Thiago. Mas como ele sabe que é minha loja
preferida?

- Gostou? - Bruna fala atrás de mim e eu tomo um susto.

- Óbvio, aaaa, roupas novas, como ele sabia de tudo que eu gosto de vestir? - pergunto
olhando toda aquelas roupas.

- Eu e Amanda que compramos, ele deu o dinheiro e mandou comprar tudo que você fosse
precisar usar, compramos tudo. - senta na cama afastando as bolsas.

- Meninas.. tenho que falar uma coisa com vocês.. - amanda fala e senta na cama.

- Ih..com essa cara já vi que não é coisa boa.. - falo preocupada.

- Desembucha logo que aqui não é programa de tv pra tá fazendo suspense. - Bruna fala e eu
gargalho.
- É que, eu tô grávida.. - fala triste.

- Que porra é isso? Epidêmia ? Resolvemos trepar tudo na mesma hora,crendeuspai. - Bruna
fala e eu começo a ri.

- aaaa,já até imagino nós três com maior barrigão. - falo toda animada mas Amanda sorri
amarelo. - que foi manda? Não está feliz?

- Por um lado sim, pelo outro não..

- Ih, qual foi piranha? Que tá pegando que tu tá assim..? - Bruna puxa ela e ela deita no colo da
mesma.

- Tenho medo do LA não querer filho agora sabe.. - Bruna olha pra mim e eu faço o mesmo e
olhamos pra Amanda.

- Manda, o LA te ama e isso tá bem na cara, esse bebê só vai ser felicidade, deixa de noia. -
Bruna diz bem sincera.

- Verdade amiga, o Luan ama você demais, ele vai amar a notícia que vai ser pai.. - falo e a
mesma me olha.

- É.. vocês tem razão, mas não sei como contar.. - fala mexendo em seus cabelos.

- Conta quando ele chegar ue, agora me deixa ir pro banho. - levanto e vou pro banheiro.

Tiro a roupa e olho no espelho e ainda tem poucas manchas roxas pelo meu corpo, mas estão
saindo. Entro no box e tomo um banho relaxante, lavo meus cabelos e quando termino eu saio
do banheiro e as meninas não estão mais no quarto.

Escolho uma roupa, um vestido preto de alças bem justo ao corpo. Nada muito chamativo e
nem muito amostrado, penteio meus cabelos e pego as maquiagens e faço uma make simples
pra esconder as manchas e passo o perfume do Thiago.
-

- Amor? - Thiago entra no quarto todo suado.

- Oi.. - falo e olho pro mesmo e ele sorri.

- As meninas foram lá pra casa do Ruan arrumar tudo, só falta a gente ir pra lá..- chega até
mim mas eu me afasto.

- Ah nem vem amor, acabei de me arrumar, vai tomar um banho primeiro..- falo e o mesmo ri

- Cheia das graça em, vou tomar um banho então. - fala e tira a pistola que estava em sua
cintura e joga na cama e as chaves da moto e entra pro banheiro.

Enquanto ele toma banho eu aproveito e vou arrumar as roupas e minhas coisas que ele
comprou. Arrumo tudo dentro do closet e minhas coisas na penteadeira e ele sai do banheiro
com uma toalha enrolada na cintura. E a água escorrendo pelo seu peitoral sarado e lindo.
Como esse homem é gostoso.

- Gosta do que vê? - pergunta e eu tiro meu olhar dali.

- Não tem coisa melhor.. - ele vem até a mim e agora eu não me afasto, ele me beija como
sempre um beijo maravilhoso e que me causa milhões e sensações boas.

O beijo vai ficando mais quente e safado, a mão dele tá na minha bunda por cima da calça e a
minha mão está na nuca dele enquanto arranho o local. Ele aperta de leve minha cintura e eu
arfo.

- Amor...- Gemi enquanto ele me beijava. - Temos que ir lá pro Ruan.

- Qual foi, é rapidinho, tava cheio de saudade de tu pequena. - beija meu pescoço me fazendo
arrepiar.

- Eu também, mas agora você vai me ter todos os dias e horas que desejar.. mas agora não! -
ele revira os olhos
- beleza, mais tarde eu te pego de jeito. - morde os lábios e eu sorrio com a safadeza dele.

- Tá, agora vai se arrumar logo. - empurro o mesmo e ele vai até o closet e depois de minutos
volta todo arrumado, com uma bermuda jeans clara da lacoste é uma blusa polo azul escura
também da lacoste, nos pés um Kenner preto. Tá com seus cordões do ouro no pescoço e seu
relógio, ele está lindo e bem arrumado como sempre.

- Partiu? - fala e eu assinto e nos descemos.

Fomos caminhando até a casa do Ruan que é do lado da nossa, tinha uns cara armados como
sempre na entrada e nenhum deles se quer olhou pra mim e prefiro que seja assim. Entramos
e já tem algumas pessoas e falaram comigo e com o Thiago que falou com geral e eu também
porque não sou nenhum bicho do mato, todos bebendo e comendo e a música rolando solta.

Fomos até a Bruna e o Ruan que estavam sentados conversando, Luan e Amanda não estão
aqui, oque será que aconteceu? ..

- Eae gravidinha! - Ruan vem até a mim e me abraça.

- Fala ae papai do ano. - Falo e Bruna ri e senta no colo dele.

- Coe RN, cadê o viado do LA? - Thiago pergunta.

- Sei não mano, ele disse que ia em casa com a Amanda e não voltou ainda não. - da de ombros
e bebe sua cerveja.

- O Capivara humana, tira uma foto minha com minha dama aqui.- Thiago fala e joga o celular
pra mesma.

- Capivara é teu cu, mas eu tiro! ..

- Amor eu tô feia..- falo nada afim de tirar foto mas ele me ignora e me puxa pra ele.
- Você é linda até vestida de mendiga. - me puxa e eu acabo rindo e Bruna tira a foto da gente.

- Até que ela serve pra tirar foto em, fiquei mó gato. - Thiago fala olhando a foto.

- Eu tô horrível. - olho a foto.

- Tu nem tá aparecendo direito, larga a mão de ser chata, vou postar. - fala e eu reviro os
olhos.

CAPITULO 12

Amanda Narrando ..

No começo do meu relacionamento com o Luan foi muito conturbado, por dois motivos; ele
era traficante e meu pai era delegado, e eu tinha apenas 17 anos e ele já tinha 20

Eu conheci o Luan em um baile que fui junto com a minha prima, eu morava com o meu pai e
minha mãe faleceu e então eu eu vinha sempre pra casa da minha madrinha passar o final de
semana mesmo que meu pai não gostasse disso porque era exatamente no alemão. Depois
que conheci o Luan eu passei a vir direto pra casa da minha madrinha vê-lo sempre e acabei
perdendo minha virgindade com ele e tempos depois meu pai descobriu e eu fui expulsa de
casa e vim morar com a minha madrinha e uns meses depois descobri está grávida, não quis
contar nada a ninguém e nem ao Luan até porque ele era um traficante e eu tinha medo de
acabar apanhando por ter engravidado, eu tinha medo.

Em uma briga que tive com uma das amante dele, eu perdi o bebê e o Luan só descobriu que
eu estava grávida desse jeito, sabendo que perdi o meu filho. Ele entrou em desespero por ter
perdido o filho sem nem saber da existência e eu confesso que também fiquei, nunca vi o Luan
chorar e naquele dia eu vi, ele não me agrediu, ele apenas cuidou de mim e eu vim morar com
ele porque ele me obrigou mas eu também não neguei, depois da perca desse bebê eu
descobri que se eu engravidasse eu teria risco de morte no parto e isso assustou o Luan e ele
sempre se cuidou mas da última vez nós não nos cuidamos e eu acabou acontecendo. Estou
grávida.

Eu tenho medo do Luan rejeitar a criança com medo do que pode acontecer, eu tenho medo
dele querer que eu tire meu filho, eu nem conheço e já amo essa criança e não quero ter que
tira-la de mim, eu quero ter ela nem que isso custe minha vida.. mas eu não quero perder o
homem que eu amo, eu tenho medo, tudo que estou sentindo agora é medo.

- Vida, oque você tem? - Luan diz se sentando ao meu lado no sofá. - veio de lá do Taz até aqui
calada. Oque tá pegando?

Chegou a hora Amanda, você precisa contar, você não pode esconder como da última vez por
medo, ele te ama, ele vai te entender. Ele vai!

- Eu tenho uma coisa pra te falar.. - olho pro mesmo que está me olhando curioso.

- Ih, coé? Fala logo.. - tira o bone.

- Eu tô grávida Luan.. - abaixo a cabeça e ele fica em silêncio por uns minutos.

Meu deus, ele vai surtar, não era pra eu ter falado nada, ele não vai querer essa criança.
Porque Deus? Eu amo tanto ele, não quero perder ele.

- Voo..você tá oque? - gagueja e eu o olho e ele está com os olhos marejados.

- Estou grávida.. olha, eu sei que eu não posso ter filho e que tem risco, mas aconteceu Luan,
eu não quero tirar meu filho, mas também não quero morrer e nao ver o crescimento dele,
mas a questão é que é só um risco.. não é fatal.. mas se você não quis...- ele me interrompeu
colocando a mão na minha boca.

- Cala a boca Amanda, eu quero essa criança mais que tudo nessa vida, você sabe que meu
sonho sempre foi que tivéssemos um filho, meu sonho é ver você grávida carregando um filho
meu, é oque eu mais desejo, e se veio, é deus! Eu sei que é perigoso mas eu vou cuidar de
você e dessa coisinha aí dentro, e nada vai te acontecer - Rapidamente um sorriso brota em
meu rosto.

- Eu te amo demais amor, obrigado por me apoiar sempre. - Beijo ele.

- Eu vou tá sempre do teu lado, tô contigo em qualquer parada, tu é a minha razão mulher, e
agora são vocês dois, eu vou ser pai!da nem pra acreditar, e ainda por cima junto com meus
irmãos, contagioso esse Bagui de gravidez em. - eu gargalho.
- Vocês tão fodido com três grávidas. - levanto do sofá e subo pro quarto e ele vem atrás.

- Ih coé, vai tomar teu banho que eles tão nos esperando lá pô.. vou anunciar que mais um
herdeiro tá chegando! - eu entro pro banheiro com um sorriso lindo no rosto.

Estou me sentindo realizada, um bebê a bordo, um marido feliz..

Muitos disseram que o Luan ia me maltratar, eu ia sofrer na mão dele por ele ser traficante,
mas ele nunca levantou se quer a voz pra mim, nunca me bateu, sempre me protegeu e isso só
me faz amar mais ainda esse homem perfeito, eu construí uma vida com ele e agora a família
completou.

Três bebês a bordo, parece até loucura, três amigas grávidas ao mesmo tempo, minhas duas
melhores amigas, as três fiéis juntas.

Respeita porra!

Analu Narrando..

Depois de comer feito uma vaca, eu estou sentada no colo do Thiago conversando com o
pessoal. Luan e Amanda ainda não vieram, será que aconteceu algo? Ah meu Deus..

- Chegamo família! - Luan fala entrando.

- Porra desgraçado, achei que não ia brotar. - Thiago fala sem levantar e faz um toque com ele
e Amanda vem atrás com um sorriso enorme. Levanto do colo do Thiago e vou até ela.

- Eai? Demorou porque? Contou a ele? Diz que ele não negou o meu sobrinho, queimo ele vivo
- pergunto e ela gargalha.

- tua convivência com o Thiago tá afetando em, te conheci assim não garota, e sim..eu contei e
ele aceitou super de boa e tá feliz demais assim como eu! - sorri e eu a abraço na hora.
- Aaaaa, agora sim! A felicidade brotou aqui..- Bruna vem até a gente.

- Oque cês tão falando? Contou a ele manda?

- Sim, e ele ta mega feliz.

- que bom, agora estou mais feliz ainda, três bebês a caminho!

- Eles vieram pra afastar toda as tristezas. - Amanda fala e eu concordo.

- Verdade, e os três papais do ano estão felizes. - falo abraçada as duas, e os meninos olha pra
gente e sorri.

[....]

- Tá com fome? - Thiago pergunta assim que entramos em casa.

- Tô, morrendo de fome! h

- falo passando a mão na barriga.

- Gorda! Quer comer oque? - Pergunta e eu me jogo no sofá e dou dedo pro mesmo

- Humm..Pizza? - sugeri e ele assente e pega a chave da moto.

- volto em 30 minutos, fica bem. - me dá um beijo na testa e sai.

Subo pro "nosso" quarto e entro no banheiro e vou tomar banho. Hoje o dia foi maravilhoso,
RN,LA,Taz.. anunciaram a todos que estavam presente que eles iriam ser pais, ficamos a tarde
toda zoando e bebendo, na verdade só quem bebia era os meninos porque eles não deixaram
a gente tocar em bebida alcoólica. Chatos. Mas é pro bem dos bebês, eu não vejo a hora de ir
bater ultrassonografia e fazer essas coisas do tipo, tô tão feliz.. espero que tudo corra bem
Saio do banho e me enrolei na toalha e fui procurar roupa, vesti um macaquinho soltinho na
cor rosa e prendi meu cabelo, passei um perfume e desci as escadas e Thiago ainda não tinha
chegado ainda. Fui pra cozinha e vi tudo arrumadinho e lembrei da Maíra, cade ela?

- Amor, cheguei.. - fala e entra na cozinha e põe a pizza encima da mesa e eu já vou abrindo e
pegando um pedaço e como.

É de quatro queijo.

- Calma sua fominha, deixa pra mim também.- fala e pega um pedaço da minha pizza que tava
na minha mão e come.

- Era minha... - falo e me dá vontade de chorar, sento na cadeira emburrada.

- Ah amor, qual é, não vai chorar por causa de pizza né! é só pizza amor, tem mais aqui. - fala
rindo.

- Não é só pizza Thiago, é a minha pizza! Não pega minha comida! - falo emburrada e ele
continua rindo. - para de ri, idiota.

- foi mal, toma.. come sua pizza.- fala e eu não rejeito, pego mais um pedaço de pizza e vou pra
sala comendo.

Ele vem pra sala e trás refri e a pizza, ele senta do meu lado e ligamos a tv e ficamos vendo
filme e comendo.

Thiago acabou dormindo no meu copo, ele é lindo até dormindo. Pego meu celular encima da
mesinha sem me mexer muito pra não acordar ele, tiro uma foto dele dormindo no meu colo e
fico namorando a foto dele dormindo. Eu amo esse homem demais..

CAPITULO 13

Taz Narrando..
Tava na boca resolvendo as paradas dos armamentos e drogas e pá. Quando meu rádio toca
me tirando a concentração. Porra!

- Chefe,Camila tá de volta, tá subindo. - DK fala no rádio.

- Jae.

Oque essa vadia quer? Pensei que ela nem ia voltar viva de lá da rocinha. Camila é minha puta
antiga, é a única que aguentava e me satisfazia, mas nunca quis nada sério com ela até porque
ela é vadia e já deu pra esse morro todo. Mandei ela como X9 pra rocinha e pensei que ela não
iria voltar, mas voltou e espero que essa vadia não me traga problemas.

- Oi amorzinho.. - Camila entra na minha salinha da boca e eu a olho e ela está com um shorts
curto e blusa também deixando seus seios fartos quase a mostra.

Gostosa, não dá pra negar..

Mas prefiro a minha em casa, mil vezes mais.

- Eai Camila, Trouxe novidades? - pergunto e ela vem até a mim. A caralho.

- Sim, mais primeiro..vamos matar a saudade, fiquei tempo demais longe de você amorzinho -
Senta no meu colo, mas eu a empurro e ela me olha com raiva mas isso não me assuta

- Se satisfaz com qualquer um por ai, eu quero saber do que eu mandei você fazer lá. - falo
sério.

- De qual é Taz? Tá me tratando assim porque? Que negócio era aquele também lá no
Facebook de patroa? A única patroa aqui sou eu. - fala toda alterada.

- Abaixa o tom da tua voz de vadia pra falar comigo que eu te quebro todinha, e tu nunca foi
nada minha, apenas me satisfazia na hora do prazer e aquela lá sim é a minha patroa e minha
fiel. - falo bem sério e pronto pra levantar e quebrar ela toda.
- Taz, eu fui pro morro rival ser x9 sua e quase morri e quando volto você me trata assim, eu
sou a sua amante mais antiga de todas, aturei tudo por conta de você e essa vadia chega agora
e já é sua fiel? Oque ela tem que eu não tenho? - to começando a ficar puto com essa garota.

- Ela tem caráter, Ela é só minha,e por último, ela tem um filho meu dentro da barriga, e você
abaixa tua bola antes que eu te meta um tiro no meio da sua cabeça, eles lá não te mataram
mas eu mato! - olho pra Camila que tá com um olhar de ódio.

- Filho? Filho eu também posso te dar, e você nem sabe se esse bastardo é seu! Pode ser de
qualquer um. - eu levanto e pego no pescoço dela antes dela pode fazer qualquer coisa.
Aperto com toda força.

- Tu é uma vadia qualquer que eu apenas usei pra me satisfazer e ela é uma que escolhi pra ser
minha fiel, ela não é piranha igual você e se você falar do meu filho assim de novo eu te pipoco
todinha.

- Você não seria capaz, sem mim você não vai saber oque eu descobri lá no morro, você não
pode me matar. - ela ri e eu também, sarcástico e jogo ela sentada no sofá e subo encima dela
e ela ri, piranha!

Passo minha mão por aquele corpo que antes me causava tesão e hoje só me dá nojo. Vou
subindo até chegar nos seios dela. Vou até o pescoço dela e beijo ali

- Você nunca resiste a mim Taz..- sussurra no meu ouvido.

- Você não vai me contar oque descobriu não vadia? - pergunto no seu ouvido e aperto do seio
dela com força.

- Só depois que você me satisfazer e perceber que só eu sirvo pra ser tua fiel e não aquela
piranha. - tiro minha mão do peito dela e agarro o pescoço dela com força vendo ela ficar
vermelha.

- Tem certeza que não vai me contar? - dou um tapa forte na cara dela.

- na..na..não adianta você me bater, eu já passei por coisa pior contigo.. - tenta se soltar mas
eu seguro com mais força e bato de novo na cara dela.
- É? Então vamos ver. - começo a dar socos por todo a cara de piranha dela, sem dó! Não
tenho dó de puta, eu não agrido mulher, mas vagabunda está fora da lista.

- Th..Thiago..para! Por favor!para.. - ela fala sem voz e vejo que está sangrando bastante, isso
me faz sorrir. Saio de cima dela e a coloco sentada no sofá e ela geme com a dor que deve tá
sentindo de tá toda machucada, isso não me comove, nem um pouco.

Continuo frio e sento na mesa novamente e pego um cigarro e acendo e começo a tragar
olhando pra mesma.

- Pode começar a contar oque tu descobriu lá ou daqui você não sai viva. - falo frio e sem pena
de ver ela toda machucada. Ela fica calada e aquilo me irrita.

- EU MANDEI VOCÊ FALAR PORRA! TA SURDA CARALHO? - Grito com bastante ódio.

- e..eu..eu só consegui saber que o Lobão tá querendo tirar o morro de tu, e ele quer afetar
você de qualquer jeito até conseguir te matar, ele tem uma x9 dele aqui no morro e é filha
dele. - fala com dificuldade e eu ouço tudo.

Ela me passa informações da boca como funciona e tudo e passou informações sobre essa tal
Bianca. Filha do Lobão, quer dizer que o Lobão tá mandando a própria filha pra ser x9 aqui no
morro, vai morrer! Esse filho da puta nunca cansa de tentar tirar meu morro, isso é dês de que
eu tomei o morro e virei dono, ele era um dos melhores amigos do meu pai mas ele só fazia
merda e meu pai nunca colocou ele nem como gerente da boca porque só fazia bosta, quando
meu pai morreu ele queria o morro pra ele mas acabou ficando comigo, o herdeiro. Ele foi
embora pra rocinha e acabou tomando a rocinha e hoje ele tá como dono do morro de lá, e
tenta tirar o morro de mim dês desse tempo. Mas nunca conseguiu, ele é muito burro pra
conseguir isso, e se ele tentar de novo, dessa vez vai voltar sem cabeça! Esse filho da puta já
me tirou do sério.

- Taz..posso ir? - Camila fala se levantando.

- Some desgraça! - falo e ela passa pela porta e sai. Apago meu cigarro e volto a minha atenção
pro bagulho que tava fazendo, tenho que acabar essa porra ainda hoje e resolver essa parada
dessa filha do Lobão, o cara parece tem merda na cabeça mandar a própria filha pra isso, mas
já que ele não tem pena eu não vou ter também.
[....]

- Ruan, tu sabe aonde aquela tal Bianca mora? A mais nova moradora do morro? - pergunto o
mesmo que tá sentado na minha frente tirando os armamento da caixa. E olhando aquelas
fofuras

- Sei pô! cadique? - olha pra mim.

- Ela é filha do Lobão e x9 aqui no morro, ela tá passando informações de tudo daqui da boca
pra ele, Camila disse que ele tá querendo tirar o morro de mim mais uma vez.

- Esse cara não vai cansar de perder soldado não? Vai conseguir nada aqui, vai é morrer. E essa
mina aí.. tem certeza que ela é x9? Ela não sai nem de casa mano, dês de que ela veio pra cá
ela nem sai daquele barraco pô! - RN fala e da de ombros.

- Não acho que a Camila estaria mentindo, mas se for verdade ela vai morrer, não perdoo x9
aqui no meu morro. Bora lá comigo resolver essa parada? - ele assente e acaba de guardar os
armamento e pega a fuzil dele e atravessa nas costas e eu também faço o mesmo. Saio da
boca e pego a RR arrasto atrás do RN que para em um dos barracos do morro.

- É aqui que mora a última moradora do morro viado, vamo chamar ou não? - RN desce da
moto e eu também, nego e já vou metendo o pé na porta que abre.

A casa tá toda suja e bagunçada, tá com um cheiro nada agradável e tem coisas quebrada pelo
chão. Olho pro RN.

- Que porra aconteceu aqui? Cadê a menina? - Pergunto pro mesmo que dá de ombros.

- sei não fi,bora lá encima. - assinto e nós sobe e tem sangue pelo chão. Acho que já chegaram
primeiro que a gente.

- Po..por..favor..me..me ajuda.. - uma voz fina e baixa fala e eu abro uma das portas do quarto
já com a arma apontada e RN também ta, não sabemos se isso é uma armadilha e nem quem
tá lá dentro.
Entro e vejo se não tem ninguém escondido, vejo que não tem ninguém e guarda a pistola na
cintura e vou até a menina que está na cama toda ensanguentada, olho o rosto dela todo
machucado e ela parece ... Ela parece com a Ana.

- Pelo jeito já chegaram antes da gente pra fazer o trabalho, mas não completaram.. nada que
umas duas ou três balas não resolva. - falo e olho pra RN que mantém sua postura séria
olhando a menina.

- Pelo jeito queriam fazer ela sofrer, mas quem sabia que era ela? E porque fizeram isso Taz?
Ela não tem cara de X9 .. ela tá toda fodida.. - RN fala e eu não olho pra ele, continuo meu
olhar na garota na cama, ela está toda machucada e sua respiração está falha e pesada. Mas o
RN falou certo, quem sabia? E porque vieram fazer isso antes da gente?

- Me..me.. ajuda...eu sei que você veio pra me matar, mas eu não sou x9 do Lobão.. ele me
mandou pra cá pra passar informações pra ele mas eu não queria, ele me forçou e dês de que
cheguei aqui eu não saio, ele mandou um cara vir aqui e fazer isso comigo porque eu não
estava passando informações pra ele. - começa a tossir sangue.

- Quem é o filho da puta que trabalha pro Lobão no meu morro?

- Co..bra..

Cobra, filho da puta! É um dos mais antigos aqui comigo, e tava trabalhando pro Lobão esse
tempo todo, eu vou matar esse desgraçado. Traidor filho da puta.

- RN pega ela e leva pro postinho aqui e mantém ela segura, ela pode me dá muitas
informações. - não espero ele responder, apenas saio da casa decidido de matar esse filho da
puta. De um jeito muito divertido.

Pego minha RR e arrasto pra boca aonde eu sei que o cobra vai tá, chego e encontro quem eu
queria, tava sentado fumando e cheirando.

- Fala ae meu chefe. - diz rindo com uma voz de drogado do caralho quando entro na sala.

- Tá me confundido com o Lobão agora cobra? - falo e cruzo os braços e o desgraçado me olha
assustado.
- Do..do que que tu tá falando Taz? Tá me estranhando porra? - ele tenta levantar mas eu não
do tempo.

Já vou pra cima dele e derrubo ele da cadeira e não do tempo pra ele, bato nele que não
consegue se defender porque está muito drogado.

- Achou que eu não ia saber nunca filho da puta..- Bato até vê que ele tá desacordado no chão.
Levanto e ainda chuto aquele infeliz. Espero que não tenha morrido, ainda tenho surpresinha
pra você. Não vai morrer tão fácil assim.

- Nove..DK.. - Grito e eles aparecem e se assustam a ver o cobra no chão desacordado e cheio
de sangue. - Relaxa, ainda não matei ele não.

- Oque pegou aqui chefe? - Nove fala e entra na sala.

- Esse filho da puta trabalha pro Lobão esse tempo todo, é um informante dele. Prepara a
quadra e manda todo mundo tá lá daqui a pouco, pra presenciarem a morte desse filho da
puta! Traidor morre cedo! Ainda mais no meu morro. Ele vai ter uma prévia do que ele vai
passar no inferno.

- Jae chefe, e ele? - aponta pro cobra.

- Tira ele daqui.. - falo e ele assente.

[...]

Já estava tudo preparado e eu já estava na quadra pronto, junto com um dos meus vapor e RN
e LA também. O cobra tá amarrado em uma cadeira no meio da quadra e já está acordado e
preparado pra surpresinha.

- Di coé Taz, nós é irmão, cadique tá fazendo isso? Eu não trabalhava pro Lobão não. Me tira
daqui, nunca ia fazer isso contigo irmãozinho. - fala desesperado e eu amo ver esse desespero
dele.
- A é mesmo? Acho melhor ficar calado que quem sabe eu te mate mais rápido e você sofra
menos. - falo frio e pego um facão que tava pronto pra mim começar a brincadeira. alguns
moradores estão presentes e meus soldados também, me assegurei de que Ana iria ficar em
casa, não quero que ela veja isso.

Ele começa a gritar e eu não do ideia pro que ele fala, pego uma das facas e corto as duas
mãos dele que tá amarrada pra frente e ele uiva com a dor e vejo a mão cair no chão próximo
ao meu pé e o sangue esguichar. Me sujando, mas não tinha nojo e nem consciência pesada,
eu aprendi que traidor não tem perdão. Vai pro inferno.

- Ahhhhhhh! Porrrra! Filho da puta minha maooo! - ele grita e eu rio do desespero dele.

- Você não vai precisar dela lá no inferno não. - falo rindo.

- Seu desgraçado, você é um merda, tu nunca mereceu ser dono desse morro, tu tem que
morrer igual o filho da puta do teu pai.. - fala em meio os gritos e meu ódio aumenta. Puxo a
arma e dou um tiro em um das pernas dele e outro no ombro.

- Ah é? E quem merecia tá no comando? Você? Um merdinha desse? Que só serve pra cheirar
e vender droga? Ou o Lobão? Que não sabe comandar nem o morro dele; imagine o meu!
Haha - pego o facão de novo e corto uma das pernas dele sem dó, e ele uiva novamente já sem
forças. Tenho que ir rápido, o filho da puta tá quase morrendo.

- Trás a parada ai LA... já tá na hora desse desgraçado ir fazer o tour dele no inferno - o mesmo
assente rindo e trás o garrafão de gasolina.

- Você é um merda Thiago,vai morrer igual o filho da puta do seu pai e sua mãe, você e aquela
sua nova putinha e seu filho bastardo. - cospe.

Pego a garrafa de gasolina e taco encima do mesmo e grita e aquilo só me faz ter mais
felicidade ainda. Pego o esqueiro e olho pro mesmo que me implora com os olhos.

- Nos vemos no inferno.. Ah é da um recado ao capeta pra mim; quando eu chegar lá, manda
ele deixar meu trono preparado..que ele vai perder o posto pra mim.. - falo rindo, acendo o
esqueiro e jogo no mesmo. O fogo rapidamente come ele por inteiro que grita mas morre
rápido, já tava todo fodido.
- TAO VENDO OQUE ACONTECEU COM ELE? ISSO É OQUE ACONTECE COM TRAIDOR E X9 AQUI
NO MEU MORRO! - grito e saio dali.

Pego minha moto e arrasto pra cima, preciso de um banho, tenho que resolver a parada da tal
da Bianca mais agora eu vou é aproveitar minha mulher um pouco. Tô cheio de saudade da
minha morena.

CAPITULO 14

Analu Narrando ..

Thiago ficou fora o dia todo e nem se quer ligou, Bruna e Amanda vieram pra cá e ficaram
comigo o dia todo, vimos filme e eu dormi quase todos, eu estou com um sono abusivo esses
dias. Que merda!

Eu e Maíra fizemos a janta, eu mais olhei do que ajudei, eu pedi que ela me ensinasse e ela fez
com maior amor do mundo. Eu gostei muito de conversar com ela, ela me contou muitas
coisas que passou com o Thiago, me contou como ele é, como ele gosta das coisas, e disse que
amou ter uma nova companhia pra ela nessa casa enorme.

Agora tô debaixo do chuveiro tomando um banho, ouço a porta do banheiro abrir e tomo um
susto mas me acalmo logo que vejo Thiago sem roupa, só de cueca. Ele sorri e vem até a mim
no box.

- Porque ficou fora o dia todo? Senti saudades.. - Falo e o beijo.

Paramos o beijo com selinhos.

- Tava resolvendo uns problemas hoje na boca, foi mal amor. Eu tava louco pra vir pra casa
também aproveitar minha dona. - ele passa a mão pelo meu corpo.

- É? Você ontem não cumpriu oque disse.. - falo enquanto beijo seu pescoço e vejo ele se
arrepiar com o corpo molhado.
- Posso cumprir agora mesmo. - me beija, um beijo selvagem e quente.

Ele me pega no colo e eu passo minhas pernas envolta da cintura dele e ele me encosta na
parede, ele beija meu pescoço e vai descendo até chegar no meu seio e abocanha um deles
que me faz soltar um gemido, ele chupa meu seio com vontade dando algumas mordidas no
biquinho já rígido. Ele volta a me beijar e eu arranho sua nuca. Ele posiciona seu membro bem
na entrada da minha intimidade e empurra comigo ainda em seu colo.

- Ah...Ah...Ahh Thiago. - gemi.

Ele estoca cada vez mais rápido e mais forte e nossos gemidos estão altos e juntos. Ele sai de
dentro de mim e me tira do colo dele e me posiciona virada de costas pra ele e com as mãos
na parede, eu empino minha bunda toda pra ele e coloco uma perna encima do negócio do
box e ele encaixa seu pau novamente na minha intimidade de uma só vez me fazendo gemer
alto. Ele pega meus cabelos e puxa e mete com força.

- Ah...eu vou gozar... - gemi novamente quase chegando ao orgasmo.

- Goza pra mim gostosa, goza no meu pau.. - fala com a voz rouca e ofegante.

Ele mete com mais força puxando meu cabelo e desfere tapas na minha bunda sem parar, ele
solta meu cabelo e segura minha cintura me fazendo ir de encontro a ele enquanto ele estoca
dentro de mim com força.

- Ahhh.. porra Ana! - fala e sinto um líquido quente escorrer entre minhas pernas e eu também
acabei de gozar.

- Gostosa. - da um tapa na minha bunda e eu dou um gritinho e ele me puxa pra um beijo.

Depois de tomarmos banho juntos, saímos do banheiro e eu fui me vestir. Vesti uma lingerie
e coloquei uma blusa do Thiago mesmo, só tem a gente em casa porque eu dei folga pra
Maíra pra ela ir aproveitar os filhos em casa.

- Amor, vamos descer pra jantar? - Pergunto quando ele sai do closet.
- Bora. - Ele agarra na minha cintura e descemos.

- Cade a Maíra? - pergunta vendo a cozinha vazia.

- Eh... Eu pedi que ela fosse pra casa ficar com os filhos um pouco e eu fazia o resto. Eu sei que
a casa é sua mas é que queria um momento só nosso hoje. - falo sem graça com medo dele
brigar por eu ter dado folga a Maíra sem falar nada com ele.

- Nossa casa, você também manda aqui agora! Você é dona disso tudo, você e nosso filho. -
Vem até mim sorrindo e beija minha barriga e depois a mim.

- Tabom, agora vamos comer.

- Quem fez? - ele pergunta com a sombrancelha arqueada.

- Eu e Maíra, eu mais olhei do que ajudei né. Mas okay! - falo e ele fica rindo.

- Daria de tudo pra ver a minha patricinha cozinhando. - fala rindo.

- Eu não sou patricinha e você vai ver muito eu cozinhando até porque eu vou aprender a
cozinha a partir de hoje com a Maíra.

- Amor, não acho uma boa ideia, não quero morrer de intoxicação alimentar, porque não deixa
só a Maíra fazer isso? - dou dedo pro mesmo que gargalha.

- Vai se foder Thiago, tô chatiadissima. - cruzo os braços.

- Ei, tô zoando, a comida tá gostosa, mas eu ainda prefiro comer você. - Ele fala e eu rio da
safadeza dele.

Acabamos de comer e fomos assistir um pouco de filme, acabamos de assistir e fomos pro
quarto e fomos dormir, amanhã é dia da ultrassonografia finalmente. Não sei se o Thiago vai
poder ir comigo, espero que sim.
- Amor..- me viro pra ele na cama.

- Oi princesa, tá sentindo alguma coisa? - ele fala sonolento.

- Não, é.. você vai poder ir comigo amanhã na consulta?

- Que consulta? - pergunta.

- A do bebê amor, eu preciso fazer ultrassom amanhã pra ver como o bebê tá..

- Ah, vou amor. - sorrio, vou me sentir melhor com ele comigo.

[....]

Acordo com beijos e sorrio ao ver Thiago sentado ao meu lado já arrumado, olho pro relógio
do lado da cama e vejo ser 7:50. Tá quase na hora da consulta

- Bom dia amor. - Falo pro mesmo.

- Bom dia amor, vai se arrumar pra nós ir lá nessa consulta aí e depois vou te deixar em casa e
ir pra boca Jae? - eu assinto e levanto e vou pro banheiro.

Tomo um banho rápido, lavo meus cabelos e saio enrolada na toalha. E Thiago tira a atenção
do celular e me olha e sorri

- Deixa eu arrancar essa toalha daí? - fala descarado.

- Não, já já temos que sair e nem vem com suas safadezas a essa hora viu. - vou pro closet e
deixo o mesmo ali

Visto uma bermuda não muito apertada na cor preta e um cropped de renda azul, coloco uma
sapatilha. Saio do closet e Thiago não tá mais, solto meus cabelos que estão enormes, passo
uma base e faço uma make nada muito amostrado até porque não vou cheia de reboco na
cara pro médico.
- Vamos? - falo quando chego na sala e Thiago já tá comendo e com sua fuzil enorme
atravessada nas costas.

- vai comer primeiro. - fala.

- Ah não tô com fome. - reclamo.

- Você não, mas meu filho tá, vai logo Ana. - Fala sério, emburro e já vi que não vou conseguir
sair dessa casa sem comer, pego um pacote de biscoito e um copo de suco e como.

- Pronto, vamos logo! - falo irritada.

- Olha o coração em - fala e eu reviro os olhos.

Fomos de carro até o postinho ali no morro mesmo, ele é bom e enorme, e tabom porque não
posso sair do morro, estão me procurando e isso só vai acabar quando eu finalmente
completar meus dezoito aos, que faltam poucos dias!

Entramos no posto e Thiago não quis esperar e já foi logo entrando na frente de todos e
perguntou aonde era a sala e a mulher disse e entramos em uma sala. Um homem que
aparentava ter seus 39 anos estava sentado anotando algo em papéis.

- Bom dia jovens. - o homem fala simpático.

- Bom dia doutor. - falo sorridente.

- Eae tio, bora agilizar essas paradas ai? - Thiago fala todo apressado.

- Amor.. aquieta o facho ai.. - Repreendo e ele faz "txu"

- Vamos sim, você é a Ana Luise, certo? - pergunta a mim.


- Sim.

- E ele é o pai do bebê?

- Tá na cara né, pai dela que eu não sou. - Thiago fala e eu acabo rindo da cara que o médico
faz com o fora que acabou de tomar.

- Thiago... Para com isso! - belisco ele que reclama mas fica quieto.

- Deita nessa maca por favor e levanta a blusa, irei passar um gel. - ele fala e eu assinto e deito
na maca ali mesmo e Thiago fica do meu lado em silêncio observando o médico passar um gel
na minha barriga, e ligar os aparelhos. Eu estou nervosa.

Ele posiciona o aparelho encima da minha barriga e liga uma tela e meche em algumas coisas e
logo aparece uma imagem toda branca com um negócio bem pequeno preto, não consigo ver
nada. Ele continua deslizando o negócio encima da minha barriga e aperta um botão e na
mesma hora um barulho de batimentos toma conta da sala e meu coração dispara, é o coração
do meu bebe? Mas parece que tá rápido demais.

- Doutor, tá tudo bem? Porque tá esse barulho estranho? - pergunto.

- Calma.. estou tentando posicionar ver se está tudo certo...- ele fala calmo ainda olhando a
tela. - Sim,está tudo bem com os bebês..- ele fala e meu coração para. Bebês?

- tá de noia tio? Que parada é essa de bebês? - Thiago finalmente fala novamente.

- Bom, sua esposa irá ter gêmeos. Eles estão bem, ela tá com 13 semanas e alguns dias; ainda
não dá pra ver o sexo dos bebês mas acho que na próxima ultrassom eu consigo vê-los
direitinho. - Ele fala e eu estou com um sorriso enorme no rosto, e Thiago também
não esconde o dele. - eles ainda estão bem pequenos, você precisa se alimentar bem e cuidar
direitinho da sua saúde Ana Luise, sua gravidez é de risco e são gêmeos então o cuidado é
redobrado. - O doutor fala anotando algumas coisas em uns papéis. Eu concordo em tudo que
ele fala.

- Voce vai começar o pré-natal aqui mesmo? - ele pergunta e eu assenti. - Então, é só passar na
recepção e marcar. Aqui está umas vitaminas que você precisa tomar, e parabéns papai e
mamãe. - Ele me entrega uns papéis e junto a ultrassom dos meus filhos.
[...]

Depois de marcar o pré-natal, saímos do hospital e Thiago não tira o sorriso do rosto, muito
menos eu. Eu ainda não estou acreditando que estou esperando dois bebês, eu sei que agora
minha vida vai ser difícil em dobro, tudo em dobro. Sono
acomulado,preocupação,cuidado,nervosismo,ciúmes,amor em dobro também. Estou super
feliz. Tenho certeza que não vai ser fácil mas também não vai ser impossível, eu serei a melhor
mãe pra essas duas coisinhas dentro de mim. Minhas paixões.

- Amor.. tá bem? - Pergunto pro mesmo que tá andando pra um lado e pro outro na sala.

- Han? Ah..tô, de boa. E você princesa? Tá sentindo alguma coisa? - se senta ao meu lado.

- Estou sim, estou feliz, demais...- falo sorrindente e deito em seu peito.

- Tô também, nem acredito que vou ser pai de dois moleque. - fica se gabando.

- Você não sabe se é menino ou menina, vai ferir os sentimentos dos meus filhos.

- Ah tá bom! Mas eu tenho certeza que é um meninão.

- Mas e se for menina?

- Ue,pode ser menina e menino, aí eu ensino pra ele como usar uma arma pra proteger a irmã.
- Olho assustada pra ele.

- Credo Thiago, a criança vai sofrer contigo. - reviro os olhos

- Eu quem vou sofrer né, mulher da trabalho demais, vou ter que matar muito filho da puta
por aí.

- Chega, tu já tá assustando a criança que nem nasceu e nem sabe o sexo. - ele ri e eu dou um
tapa nele.
- Vou ter que ir na boca resolver uns bagulho, mas eu venho almoçar contigo, Jae? - fala
levantando.

- Hum, okay. Eu vou lá pra Bruna pra contar a ela a novidade. Quando chegar passa lá. - ele
assente e pega a fuzil e coloca nas costas e me dá um beijo, e põe o boné. Ele sai na moto dele
pra boca e eu vou caminhando até a casa da Bruna que é aqui do lado. E da Amanda também.

Entro sem bater porque sei que ela tá sozinha, entro e ela tá no sofá deitada vendo tv.

- invasão agora né. - fala e eu do língua. - como foi lá na consulta? Me conta, já sabe o sexo?

- Não doida, ainda tá cedo, mas eu descobri algo. - falo e jogo a ultrassom pra mesma.

- São gêmeos? Puta que pariu, dois? Tu tem dois filhos aí? Taz tá potente em, boto logo dois aí.
Negócio foi bom em. - ela fala rindo.

- Para sua ridícula, tu pode ter quadrigêmeos. - ela faz o sinal da cruz e eu gargalho.

- Deus em defenderay, um ja tá ótimo. Passo isso pra Amanda. - fala rindo.

- Oque tem eu? - a mesma fala entrando na casa.

- Vocês não sabem o que é bater não? Galinheiro não deu educação não? - Bruna reclama e
Amanda pega uma almofada e joga na mesma.

- Cala boca Bruna, e me diz oque cês tava falando. - pergunta curiosa.

- A piranha mirim aí tá grávida de gêmeos. - Fala e da a ultrassom pra amanda que vê sorrindo.

- Puta que pariu, tá fodida na hora de por pra fora. - fala e eu imagino a dor que é pra por um
imagine dois, aí meu deus!
- Para de assustar ela vadia, essa já é frouxa, tu fala assim ela vai morrer. - Bruna levanta e vai
pra cozinha e a gente vai atrás.

Ficamos a tarde toda conversando e zoando, conversando coisas sobre a gravidez e nossas
novas vidas daqui em diante, Amanda e Bruna vão ser madrinhas dos meus bebês, os
padrinhos eu deixei pro Taz decidir mas tenho certeza que vai ser o Ruan e Luan. São os
melhores amigos dele.

Eu estou tão bem com minha nova vida, agora descobri que sou mãe de dois Seres pequenos
que estão dentro de mim, me transformei na mulher do dono do complexo do alemão. Uma
vida completamente diferente da minha antes e por um lado é até mais alegre. Tenho amigos
de verdade por perto, não me falta nada, não sou humilhada ou judiada por homem nenhum.
Tenho amor, carinho e conforto. E tenho certeza que meus filhos também vão ter.

Tá tudo indo bem, espero que continue assim

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Eu mal sabia oque estava por vir..

CAPITULO 15

Taz Narrando..

Como todos os dias na quebrada, tô indo pra mais um dia de luta, hoje eu vou bater um lero
com a tal filha do Lobão, ela realmente não era x9, mas ela pode me ajudar a saber quais são
os planos do Lobão.

- Eae,a garota lá sai quando daquele hospital? - falo com RN já entrando na boca.

- É hoje pô, vai fazer oque com ela? - pergunta e nem eu sei.

- Leva ela pra um barraco que não seja oque ela tava e não fala pra ninguém, mais tarde tu me
passa um rádio e eu vou lá, tenho que bater um lero com ela.
- Jae, tô indo - RN fala e sai e me deixa ali sozinho.

Quero descobrir quem mais está me traindo trabalhando pro Lobão aqui também, e tenho
certeza que essa tal Bianca aí pode me dizer.

[...]

- Cadê a mina? - pergunto e paro a moto enfrente a um barraco que o RN mandou eu vir.

- Tá lá dentro chefe. - DK fala e eu passo por ele e entro no barraco e ela toma um susto ao me
ver entrar.

Ela se parece demais com a Ana.. isso me incomoda, até esse olhar medroso é igual.

- quieta o facho que não vim te matar. - encosto na porta e ela solta a respiração. - Ainda não..
só vim bater um lero contigo .. - ela me olha assustada de novo.

- O..oque você quer comigo? Eu já disse, eu não sou x9 eu juro que não sou, eu não saia de
casa, eu ficava trancada, até que o Lobão se irritou e mandou um dos seus ir lá pra fazer aquilo
comigo. Eu nunca passei informações daqui pra ele, eu só vim pra cá porque fui arrastada, e se
eu não viesse ele mataria minha mãe.. - ela fala nervosa e abaixa a cabeça.

- Quem mais dos meus, trabalha pro Lobão? - ainda estou com a feição fria e séria.

- Que eu saiba só o cobra..

- Tu é oque o Lobão? Tu não parece com ele, é mentira da Camila ou tu é filha daquele
demônio?

- Minha mãe é fiel dele, tá mais pra capacho do que fiel, ela veio grávida de mim; pra favela
mas precisou mentir pro Lobão e dizer que eu era filha dele porque eles já eram amantes a um
tempo, eu não sou filha do Lobão de verdade. E quando ele descobriu isso, quis me matar e
matar minha mãe mas eu pedi que deixasse ela viva e ele preferiu me mandar pra cá como x9
dele porque ele sabia que eu iria morrer se caso alguém descobrisse. E se eu não viesse, ele
mataria minha mãe. - ela fala sincera, eu olho pra ela e vejo sinceridade em seu olhar, ela é
apenas uma garota, muito linda e parecida com Ana..
- Tu sabe de mais alguma coisa do Lobão? Solta tudo e não mente pra mim, porque pra mim
atirar na sua cabeça agora mesmo não vai ser difícil.

- Eu..eu não sei muita coisa, só sei que ele tem um ódio enorme de você e quer a todo custo te
matar e matar todos que você gosta, ele quer o morro do alemão pra ele.

Uma pena, porque ele não vai ter, eu vou me preparar e mandar os meus pro treinamento,
todos vão estar preparados pra tal invasão dele, tenho certeza que dessa vez ele não vai agir
do mesmo jeito que antes, ele não é tão burro assim, ele vai perder muitos soldados e vai ficar
na merda, ele sabe que eu não sou babaca igual a ele.

- Só isso que tu sabe? - ela assente. - Se tu souber mais alguma coisa e não me falar eu volto
aqui e te mato. - ela assente novamente e continua calada.

Quando estava saindo ela fala.

- E eu? Oque eu faço? - ela pergunta e eu sinceramente não sei, ela não é x9 mas também eu
não posso arriscar de deixar ela voltar pra rocinha e contar que eu já sei de tudo.

- Tu não pense em sair desse morro, vou por uns vapor na tua cola, fora isso tu tá livre pra
andar por onde quiser na favela, só aqui na favela tá ouvindo? E se eu pensar que tu tá
passando informação pra alguém de fora eu te mato.

- tá..Tabom. - não a olho, saio do barraco.

- DK, se ela quiser sair.. pode sair, mas fica na cola dela pra onde ela for e não deixa ela sair do
morro, não deixa ninguém de estranho tocar nela.

- Beleza chefe, tô de olho.

- Jae. - Pego a moto e arrasto pra cima do morro, preciso ir em casa ver minha mulher.

Bianca Narrando
Depois que o Taz saiu da casa, eu vou até a minha bolsa e pego um celular que tinha reserva só
pra ligar pra minha mãe. Eu preciso saber se ela tá bem, se o Lobão não fez nada com ela. Ela é
tudo que eu tenho.

Minha mãe engravidou de mim um ano depois de ter minha irmã mais velha, ela dizia pra mim
que o meu verdadeiro pai espancava ela demais e ela conheceu o Lobão em um baile que foi
com uma amiga e acabou transando com ele e se apaixonando pelo mostro, o marido dela
descobriu a traição e bateu nela até não aguentar mais, e quase a matou. Ela resolveu fugir,
mas ela não pegou minha irmã, ela não sabia pra onde iria então resolveu deixa-la pôs sabia
que não iria faltar nada a ela. Ela foi pra rocinha atrás do Lobão e ele no começo a tratou super
bem, até ela descobrir que estava grávida, ela sabia que não era do Lobão mas ele não sabia, e
ela resolveu mentir pra ele, e ele se iludiu todo. Depois de anos ele percebeu que eu não
parecia nada com ele e espancou minha mãe até ela falar, e ela disse a verdade e nesse dia eu
também apanhei, ele nunca havia me encostado a mão, ele nunca foi o pai presente e nem
bom, mas sempre me dava de tudo e nunca me bateu, mas pela primeira vez me bateu. E
disse que iria matar a mim e minha mãe, mas eu implorei que não fizesse e ele me ouviu, mas
teve um plano pior. Me mandar como informante dele aqui pro alemão, eu sabia que se eu
fizesse isso eu seria morta. Mas ele ameaçou minha mãe e eu não posso arriscar perde-la, eu
vim mas não quis passar informações pra ele, foi aonde ele mandou o cobra vir atrás de mim,
ele me estrupou e me bateu e me deixou lá na intenção que eu morresse.

Mas Taz e o amigo dele chegou antes disso, eu tenho muito que agradecer pela vida ao Taz e o
amigo dele, se não fosse eles eu estaria morta e se não fosse o amigo dele eu taria também,
Taz não tem cara de bonzinho e nem cara de quem perdoa alguém; mas ele não me parece ser
um monstro igual Lobão.

Pelo menos aqui estou segura e tenho certeza que o Lobão não vai me fazer mal, mas vai fazer
a minha mãe se ele descobrir que eu ainda estou viva e passando informação pro Taz. Eu não
posso perder minha mãezinha, eu tenho que dá um jeito de tirar ela das garras daquele
monstro.

Ela é minha única família,ela e minha irmã..que eu não sei nem aonde está nesse momento e
nem se tá viva.

Ligação on

- Oi filha. - ela fala em um sussurro

- Oi mãe, como está as coisas aí?


- Do mesmo jeito, ele está se drogando mais que o normal, e chega em casa e me bate.

- Mãe, você consegue fugir?

- Não Bianca, eu não posso fazer isso, ele vai atrás de mim e me mata, eu e você.

- Mãe, se você continuar aí você vai acabar morrendo, vem pra cá aonde eu tô, ele não vai
encontrar você aqui, eu peço o Taz pra você ficar aqui. O alemão é melhor que a rocinha.

- Taz? Você enlouqueceu Bianca?Se o Taz descobre que você foi prai pra ser x9 aí quem vai
morrer é você minha filha.

- Mãe, eu não posso te falar nada sobre isso por telefone, só faz isso por mim? Foge daí, depois
que você estiver segura e bem eu arrumo um jeito de trabalhar e juntar dinheiro e a gente sai
do país. Vamos construir uma nova vida, uma nova chance mãe, podemos encontrar minha
irmã

- Bianca..

- Mãe.. por favor, você fez tudo oque quis todos esses anos e só quebrou a cara, faz oque
estou pedindo, só dessa vez, confia em mim.

- Tudo bem, eu irei tentar fugir daqui hoje quando o Lobão for pra tal missão que ele tá pra
fazer. Vou pedir ao CS pra me ajudar nisso.

- Certo, cuidado! Por favor, eu preciso de você viva.

- Eu vou ter que desligar, o Lobão daqui a pouco vai chegar e se me ver falando no telefone vai
dá tudo errado.

- ta, tchau mãe.

-Ligação Off-
Preciso pedir ao Taz pra ela ficar aqui, eu sei que ele não vai dizer não, eu acho!

- Tu vai aonde novinha? - o homem a minha frente fala com a fuzil na mão.

- É.. eu preciso falar com o Taz, é urgente.

Ele olha pra mim com uma sombrancelha arqueada mas não fala nada, só pega o radinho e
passa pro Taz.

- Chefe, a tal mina aqui quer bater um lero com tu.

- Oque ela quer?

Ele olha pra mim e pergunta com a cabeça.

- diz a ele que é urgente. Pede ele pra vir aqui, ou eu vou na boca. - falei pro cara mas sei que o
Taz ouviu.

- Tu não vai em boca nenhuma não , marca um dez aí que já eu broto ai.

Fala e desliga o telefone.

- Obrigado.. - falo com o homem a minha frente, ele é bonito.

- Tamo junto, vai sair pra algum canto? - pergunta e eu nego com a cabeça. - Então Jae, deixa
eu voltar pro meu posto , já já o chefe brota aí, cuidado com oque tu vai falar ou fazer em
morena

- Ta, valeu. - entro pra dentro de casa.

-
Não demora muito e Taz entra na casa com sua fuzil atravessada nas costas e sem camisa, meu
deus que corpo ..

- Oque tu quer, Desembucha? - fala nervoso e eu tiro meu olhar do seu abdômen e olho pra
ele que está sério como sempre

- M..minha mãe, eu queria te pedir que deixasse ela aqui comigo. Ela não vai te trazer
problemas, ela também odeia o Lobão, ela precisa de um lugar seguro pra ficar até podermos
sair desse país. Por favor.. aqui eu tenho certeza que o Lobão não vai entrar pra fazer mal a
gente. - ele me analisa e cossa o queixo

- Não mesmo, Tu falou com ela? - ele olha pra mim.

- Sim, mas eu não disse nada ela, eu juro, só pedi a ela que fugisse e desliguei.

- Tem certeza? Tu não ta me tirando não né? - começa a ficar nervoso, aí que merda.

- Não! Pode pegar o telefone e rastrear a ligação e ouvir oque eu disse. - pego o celular e dou a
ele, ele pega da minha mão com força e tava no chão e pega a arma e da um tiro.

Ah não, o único celular que eu tinha.

- Não! Porque fez isso? Era a única forma deu falar com minha mãe, eu juro que não disse
nada, eu juro! - pego o telefone no chão, todo quebrado

- Te arrumo outro, se o Lobão rastrear essa porra ele acha vocês. Me fala quando tua mãe vai
chegar, ela pode ficar aqui contigo, mas tomem cuidado e não saiam do morro enquanto eu
não disser que pode sair dessa porra.

- Tá..Tabom, ela vai tentar fugir hoje mesmo, Ah.. e ela me disse que o Lobão e os soldados vão
sair do morro pra uma tal "missão" mas não me disse oque é, toma cuidado que ele pode está
armando.
- Ele não seria tão idiota assim de invadir o morro só com "alguns soldados" ele sabe que
temos bem mais porte que ele, fica suave, se sua mãe conseguir sair viva de la e brotar aqui no
morro, eu trago ela até aqui. - meu corpo estremece ao ouvir ele dizer que se ela conseguir
sair viva, eu sei que se alguém pegar ela, ela vai acabar morrendo mesmo.

- Tá.. - ele ia saindo quando eu falo e ele me olha. - Obrigado Taz..

Ele assente com a cabeça e sai da casa, me jogo no sofá e começo a pensar no que irei fazer
daqui pra frente, eu preciso achar um emprego aqui no morro mesmo, e preciso começar a
procurar a minha irmã..

Espero que dê tudo certo.

CAPITULO 16

Analu Narrando

Eu hoje resolvi sair, não aguento mais ficar só em casa, e na casa da Bruna. Não posso sair do
morro infelizmente, mas não disse que não podia pelo menos me divertir um pouco por aqui,
preciso conhecer um pouco do lugar onde moro, já que nunca nem sai dessa casa pra outro
lugar a não ser pra Bruna e na Amanda de vez em quando.

- Já tá pronta? - Bruna entra no quarto e eu digo sim com as cabeça e pego minha bolsinha e
coloco meu celular dentro. Tô vestindo um short jeans soltinha na cintura que ainda não tem
volume algum de gravidez. E tô com uma regata do Mickey preta e uma sapatilha preta
também.

- Vamo na sorveteria? - Manda pergunta assim que passamos enfrente a casa dela.

- Aonde é isso? - pergunto olhando o morro que iremos ter que descer, aí meu deus!
- Perto da quadra, falando nisso hoje tem baile, bora partir? - Amanda faz uma dancinha
ridícula.

- Ih, tô dentro! - Bruna fala e eu apenas concordo com a cabeça.

Só fui em baile uma vez, acabei laçando o dono do morro, oque pode acontecer pior que isso
não é? E provavelmente dessa vez eu vou ir e ser apresentada como a "fiel" dele.

- Ih, senti cheirinho de piranha no ar.. - Amanda fala olhando pra frente e eu olho pra
entender, e vem uma menina com uma roupa que mais parece calcinha e sutiã, um shorts que
tava partindo o pulmão dela, e um top curtíssimo deixando seus peitos enormes quase todo
amostra. Nossa! Ela não sabe oque é ser decente não? Meu deus

- Única piranha aqui é você Amandinha. - Ela cruza os braços e ri, não achei a graça mas Tabom

- Perto de você, eu tô quase virando freira minha filha, agora da licença que tu já infectou
muito o ar pura que tinha por aqui. - sai andando e vou também mas a garota me segura.

- E você? Quem é? Nova por aqui? - solto meu braço dela com raiva.

- Primeiro, da próxima vez que você segurar meu braço desse jeito eu arrebento essa tua cara
de vadia, segundo.. prazer; Sou..- sou interrompida pela Amanda.

- Fiel do Taz, traduzindo; A Patroa. - fala com um tal deboche.

Olho e a menina ficou branca e logo depois fechou a cara e veio pra cima de mim mais eu
empurrei ela que quase caiu.

- Quer dizer que você é a nova comidinha do Taz? Estava doida pra te encontrar.

- Não estou dando autógrafos ainda, quando estiver eu aviso. - viro as costas e Amanda e
Bruna tão rindo. Sinto alguém puxar meu cabelo e eu cai sentada.

- Tá ficando doida Camila?Qual o tipo de droga tu tá usando? Vou avisar os menino da boca,
pra eles troca porque essa tá boa não. - me ajuda a levantar e entra na minha frente.
- Fica na tua Amanda, ninguém tá falando com tu não, minha parada é com essa piranha aí e
esse bastardo que ela tá falando que é filho do Taz, única patroa aqui sou eu, tô com o Taz faz
muitos anos pra essa vadiazinha do asfalto chegar e meter de patroa e dizer que tá grávida -
Ela fala tudo aquilo e eu tô meia sem raciocinar, como assim ela tá com o Taz a anos? Ele não
me disse nada disso.

Meu ódio subiu quando ela falou dos meus filhos, eu nunca briguei com vadia de favela, mas
não quero saber de onde ela vem ou é, vou mostrar essa piranha se por no lugar dela.

Eu afasto Amanda de mim tirando ela da minha frente e não dou tempo da tal Camila fazer
nada, pulo encima dela e começo a bater nela até ela cair no chão e eu caio por cima.

- Bastardo é o caralho, meu filho não é bastardo não sua vadia, e o Thiago não é seu, ele é
meu! E se eu fosse você, lavava sua boca pra falar do meu filho! Se tu fosse boa o suficiente ele
nao teria me assumido como fiel. - pego o cabelo dela e enrolo na mão e arrasto a cara dela
no asfalto quente do calor que tá fazendo.

Encho a cara dela e soco descontando o ódio. Essa vadia acha que é quem pra meter marra pra
cima de mim.

- Me solta! Me solta! - ela só puxa meus cabelos sem parar enquanto eu dou socos e tapas na
cara dela, ela arranha meu rosto, só isso que essa piranha sabe fazer? A gente rola pelo chão
mas ela nunca consegue ficar por cima, ela tenta bater na minha barriga mas eu não deixo.

Sinto alguém me puxar pra trás com força.

- Me solta! Eu vou mostrar pra essa vadia! Me soltaaaa! - Tento me soltar, ainda tô vendo tudo
vermelho de raiva.

- Morena, Calma, fica calma porra! Tô aqui agora! - Ele me aperta e eu vejo ser o Thiago, me
viro e aperto ele e ele me abraça.

- Coe chefe, Camila tá apagada, nós faz oque? - um garoto pergunta e eu não me viro pra ver
quem é.
- Leva essa vadia lá pra concentração e o resto tu sabe oque fazer.

- Jae. - o garoto fala e eu só sei apertar o rosto contra o peito do Thiago.

- Bora pra casa. - ele me puxa e eu assinto.

Olho pro lado e vejo um monte de pessoas me olhando, olho pra Amanda e Bruna que fazem
sinal com a mão pra mim ir, Concordo e subo na moto do Thiago e ele sobe o morro em
direção a casa.

Chegamos, eu desço da moto e entramos em casa, não falei nada o caminho todo e nem quero
falar, eu ainda tô com as palavras daquela desgraçada na cabeça, tudo que eu quero é
perguntar ao Thiago que história é essa que ela é patroa dele a muito mais tempo que eu. Ele
nunca me falou nada disso,nem comentou que tinha outra mulher, lembro bem que Amanda
me disse que ele nunca trouxe mulher nenhuma pra casa dele e nem apareceu com mina
nenhuma por aí, a não ser as vadia que ele comia.

- Tu tá bem? Tu colocou a vida dos nossos filhos em risco Ana.. sabe lá oque podia te acontecer
cara - Ele diz um pouco nervoso.

- Que história é essa de patroa? Porque não me disse antes que tinha outra mulher antes de
mim? - deixo as palavras saírem da minha boca.

- Porque eu não tinha, Camila foi apenas uma vadia que eu ficava, sou homem e tu sabe que é
do meu instinto, mas eu nunca tive patroa, você é a primeira e última morena, eu nunca
assumi outra mulher, nunca tive filhos com outra, não que eu saiba, mulher nenhuma a não
ser amanda e Maíra, entra aqui no meu barraco, só você, e você é dona dessa porra, não
acredita no que piranha falar pra você, elas querem te afetar porque você tá no lugar que
todas elas queiram tá. - ele tenta me abraçar mas eu me afasto.

Ainda tô com raiva, não dele, dela, por ter inventado isso, e por ter falado do meu filho, queria
ter batido nela até ela morrer.

- Coe morena, acredita em mim, pô.. - ele cossa a cabeça nervoso e eu sorrio, e abraço ele de
lado.
- Eu acredito, sempre vou acreditar, eu te amo .. - Ele põe o braço envolta de mim e beija o
topo da minha cabeça.

- Eu amo tu minha patricinha. - me ajeito em seus braços.

- Oque tu vai fazer com ela? - pergunto ainda deitada.

- Eu nada, os moleque vão se divertir um pouco com ela e ela vai ter um dia de graça no salão
da boca. - fala e eu acabo rindo.

- Entendi, preciso de um banho. - levanto e vou subindo as escadas até nosso quarto e entro,
vou no espelho e vejo que estou com o rosto arranhado, comparação do meu rosto pro dela,
eu tô bem pra caralho.

- Tu tá bem mesmo? Não tá sentindo nada? - ele entra no quarto e se joga na cama.

- Tô amor, só estou com um arranhão de nada. - passo a mão no rosto

- Tu é marrentinha em, achei que eu fosse chegar lá e tu ia tá moída na porrada. - ele zoa

- Coitado! Boto galho dentro pra ninguém não meu filho, ainda mais quando se trata de
proteger essas duas coisinhas aqui dentro. - passo a mão na barriga.

- Essa aí é braba mermo, vai brotar no baile hoje? - pega o celular e fica mexendo.

- Hum, claro! Já tinha marcado com as meninas. - ele concorda.

- Jae patroa, mas antes bem que a gente poderia da umazinha. - ele faz cara de safado.

- Sai Thiago,deixa eu ir pro meu banho que daqui a pouco você vem de taração pro meu lado.
- Eu entro no banheiro pra tomar um banho e deixo o mesmo lá.
Tiro a roupa e entro no box e tomo um banho relaxante, tava um pouco suja de sangue mais
era da Camila. Depois que a acabo o banho eu saio do banheiro enrolada na toalha e volto pro
quarto e Thiago não tá mais aqui.

Coloco uma lingerie rosinha e um macacão de pano solto e penteio meus cabelos e passo um
perfume e desço as escadas atrás de algo pra comer. Thiago tá na sala deitado vendo jogo.

- Ah não, quero ver novela - Implico com o mesmo e sento encima dele.

- Não provoca Ana Luise. - ele morde os lábios.

- Ih, tô fazendo nada.. eu tô com fome! Compra torta pra mim? - peço igual aquelas crianças.

- Ah só tu pra me fazer sair agora de pau duro é cheio de vontade de te comer, pra comprar
torta, mas eu vou. - saio de cima dele mas antes dou uma reboladas ali encima e sinto seu
membro duro. Sorrio safada.

- Eu te amo sabia? Trás sorvete também. - me sento no sofá e mudo de canal colocando na
minha novela.

- Abusada, tô indo, daqui a pouco tô de volta.

Ele pega e chave da moto e coloca o bone e sai e eu fico ali deitada vendo novela.

Já se passou uns 40 minutos e nada do Thiago voltar, será que aconteceu alguma coisa? Aí tô
preocupada, pego meu celular pra ligar mas vejo que o celular dele tá aqui também.

Fico esperando e depois de uma cota ele entra com bastante sacolas na mão e eu corro até
ele.

- Demorou em. - pego algumas sacolas e reclamo e vou pra cozinha.

- Aproveitei pra comprar umas besteiras pra você comer e tive que resolver umas paradas na
boca antes de vim .. - ele fala e eu corro até ele e dou um selinho.
- Eba, já disse que você é o melhor?

- Não, mas pode dizer mais vezes. - ele fala se achando e pega um pote de Nutella e abre, pega
a colher e come.

- Convencido. - dou língua pra ele que ri.

Faço uma lasanha de microondas e pego coca e um pote de sorvete com torta, e vou pra sala.

- Tu vai comer isso tudo? - ele olha pro tanto de coisa.

- Estou comendo por dois ue,oque posso fazer, fome tripla, eu e eles. - falo e dou uma
colherada na minha lasanha.

- Daqui a um tempo não vai tá aguentando nem descer essas escadas de tão gorda. - eu olho
com raiva.

- Se foder Thiago,tá me dando medo. - emburro mas continuo comendo e ele gargalha. Que
gargalhada gostosa.

- Tô brincando, tu vai ficar gostosa de qualquer jeito, tu pode tá uma bola de tão gorda, mas eu
vou te comer de todo jeito. - ele fala e eu dou um tapa no braço dele.

- Tu não consegue deixar de safadeza um segundo né..

- Tu que faz isso comigo. - ri e eu dou uma colherada de lasanha pra ele.

- Idiota. - Colocamos no filme e ficamos comendo e assistindo e de vez em quando namorando.


Até da a hora do baile.

CAPITULO 17
Taz Narrando

A mãe da Bianca chegou ao morro, quando eu vi ela eu fiquei intrigado, ela é idêntica a Ana
também. Elas três se parecem demais, faz umas três semanas que a mãe da Bianca chegou e
elas não saíram do barraco pra nada, pedi ao Baia pra procurar saber tudo sobre a Bianca e a
mãe e ele disse que iria me dar respostas hoje.

Saio do banheiro secando meu cabelo e Ana já levantou, coloco uma cueca box e um shorts de
tectel preto e fico sem camisa mesmo, porque aqui tá um calor do caralho logo as 8h da
matina. Pego meu boné e meus cordões e coloco e coloco o Kenner e desço.

- Amor? - Chamo descendo as escadas e ela vem da cozinha.

- Oi, tô aqui! - vem até a mim e me dá um beijo.

- Que bicho tinha na cama? Tu acordou cedo? Milagre. - sento na mesa que já ta posta e nao
foi Maíra que colocou. - Tem certeza que eu não vou morrer com esse café? - ela me olha com
raiva.

- Shiu, e come! Se não te deixo com fome de outra coisa. E eu acordei cedo porque hoje
marquei de ir caminhar com a Bruna e Amanda. - da de ombros.

- Maldade, ah, cuidado pra não cair e descer o morro rolando. - olho pra ela que me olha com
a boca aberta.

- Tu tá me chamando de gorda Thiago? - cruza os braços.

- Eu? Não, claro que não. Só..fofinha..uns centímetros acima do fofinha..

- Vai se foder! Eu não tô gorda tá!- ela faz bico e eu começo a gargalhar.

Vejo que ela ainda tá seria e paro de ri


- Não fica assim amor, é normal ficar inchadinha na gravidez e sua barriga tá começando a
aparecer, esqueceu que tem duas crianças aí dentro?

- Não! Mas não precisa me lembrar toda hora! - levanta emburrada mas eu a puxo e ponho
sentada no meu colo.

- Coe, deixa de marra, você tá gostosa cada dia mais. - beijo seu pescoço e logo ela cede e vira
pra mim e me beija.

Depois de tomar café,ela subiu pra se arrumar e eu fui direto pra boca, cheguei e os moleque
já tavam na atividade. Fiz um toque com geral ali fora e entrei pra boca e o RN e LA já tavam lá.

- Eae putão! - Faço um toque com o LA e RN

- A coisa tá ficando feia lá no asfalto, tem mais de 6 patrulhas, tô achando que eles tão
querendo subir. - RN fala e eu olho pra ele nervoso.

- Eu não disse pra vocês matar? Porra RN, se eles resolver invadir; estamos fodidos, iremos
ganhar se quisermos mas o Lobão vai usar isso contra gente porra, menos soldados,menos
armamentos, mais chances de morte, é isso que ele quer! - eu falo nervoso e alto.

- Taz.. não tamo podendo fazer nada agora, não tá dando pra caminhão nenhum passar, se
pedirmos armamentos, vamos perder pros verme lá no asfalto.

- Temos que resolver isso, antes que eles resolvam agir. - sento na mesa e pego um beck de
maconha e acendo.

Eu não gosto de usar drogas, mas eu preciso, ou eu vou sair matando todo mundo.

- Di coe taz, vai ficar vacilando? - LA pega o cigarro da minha mão e joga fora.

- Vai tomar no seu cu, não se mete nas minha parada. - peito ele.

- Qual foi, Taz? Ta viajando? Nós tá fazendo isso pro seu bem porra, tu vai começar com essa
porra desse cigarro depois tá injetando loló,cocaína e tu tem mulher em casa mano, você
quando usa essa porra se transforma, pensa no teus filho. - RN toma frente e ele ta certo,
sento na cadeira calado, tentando arrumar uma solução pra essa porra.

Eu sou o cabeça, eu preciso arruma uma solução.

Acalmo minha mente e penso na Ana, eu não posso me drogar e chegar em casa e bater nela..
não vou ser tão filho da puta! Eu preciso pensar, eu sempre tenho uma solução.

- Vamo pedir ajuda pro Gaspar.. - falo tendo ideias na minha mente

- Gaspar do complexo da maré? - LA levanta com raiva, eles se odeiam, porque ele é doidinho
pela Amanda.

- O próprio. - RN fala limpando a fuzil.

LA fecha a cara na hora, ele é meu parceiro, mas eu preciso de solução e o gaspar pode me da.
Ele é morro amigo, Gaspar era um de nós a uns anos atrás, mas em um confronto acabamos
ficando com o morro da maré e eu dei pra ele já que RN e LA não quiseram.

- Mas como vão vir ou como vamos sair dessa porra? Tá cheio de verme lá embaixo - RN fala e
eu não pensei nisso.

- LP! - Grito e o nego entra na sala.

- Eae chefia..

- Tu é o rato desse morro, tu sabe como sair daqui sem que os vermes nos aviste né? -
pergunto e ele ri.

- Claro né chefia, eu sou o rato, como não vou saber.

- Então, preciso que hoje a noite você nos leve até uma saída do morro e vigie pra ver se
nenhum verme vai vir atrás. - sento novamente na mesa e abro o cofre debaixo da mesa, e
pego um pacote de dinheiro e jogo pro mesmo.
- Pode pá chefe.

- Agora mete o pé zé cuzão. - LA fala e o mesmo sai da sala rápido.

- Qual teu plano brilhante dessa vez Taz? - RN pergunta acabando de montar sua fuzil e
sentando em um dos sofá naquela sala, aonde eu já transei com todas as meninas possíveis.

- Lobão tá querendo tomar o morro, estamos preparados pra isso, mas se os vermes resolver
invadir também, não vamos ter armamentos pra isso, se ficarmos desarmados um deles toma
essa porra! Precisamos de mais soldados e mais armamentos é só quem pode fornecer isso pra
gente é o Gaspar, já sabemos uma entrada do morro pra que o carro traga os armamentos e os
soldados do Gaspar, tendo isso, estamos preparados pra tudo. Temos que proteger o morro,
se o Lobão conseguir agir, ele vai querer afetar um de nós, temos que tá preparados e juntos. -

Eu sei que o Lobão quer me atingir em primeiro lugar, mas se ele atingir meus parceiros ele vai
me ver fraco, não posso dar essa mole, sei que o Gaspar não vai negar ajuda, o cara é parceiro
de infância. E eu preciso fazer de tudo pra proteger esse morro, não é o poder que me
interessa, interessa minha família.. todos que tão aqui são minha família, principalmente meus
irmãos e minha mulher e filhos.

- Jae então, vamos sair quando daqui? - RN pergunta.

- Quando anoitecer. - respondo sem olhar. Meu rádio toca.

∆•Rádio On•∆

- Chefia, Baía tá aqui fora querendo entrar pra falar contigo. - um dos vapor fala.

- Deixa ele passar.

∆•Rádio Off•∆

- Oque esse bolo de água tá fazendo aqui? Pediu informações de quem? - RN pergunta curioso.
- Da mãe da Bianca, a moradora nova. Taz tá com ideia na cabeça de que a mãe da Bianca é
mãe da Analu porque elas se parecem - LA fala por mim.

- Eu pareço com o Brad Pitt mas não sou parente dele né Taz, deixa de noia. - Eu olho pra ele e
começo a rir.

- Tu tá mais parecido com o nhonhô Ruan, cala a boquinha. - LA fala rindo e a porta da salinha
se abre.

- Eae Taz, consegui suas paradas. - Baía fala entrando com uns bagulho na mão.

- Desembucha aí essa porra? É mesmo oque to pensando?

CAPITULO 18

Analu Narrando

Estava caminhando pelo morro com as meninas, resolvemos fazer caminhada porque não
queremos ficar paradas sem fazer nada já que eu e Bruna ainda não podemos sair do morro.
Faltam 2 semanas pra meu aniversário de 18 anos, com isso eu já não irei precisar fugir de
ninguém, pôs meu pai não irá mandar mais em mim. A Bruna completa 18 anos logo depois de
mim. Estávamos querendo fazer uma festinha só pros amigos que temos aqui e com certeza os
meninos vão chamar muitos..

- Aí gente,tô cansada.. - Reclamo parando, não andamos nem 20 minutos e eu já estou soando
horrores. Tá um calor do cão, parece que o capeta veio fazer comprinha de fim de ano no rio
de janeiro, só pode né.

- Aí Analu, tu é preguiçosa em, nem andamos direito. - Mandy fala sentando ao meu lado na
calçada de uma lojinha.

- Cala a boquinha porque eu também tô cansada, tá um calor da porra aqui. - Bruna me apoia e
seca seu rosto com uma toalhinha.
- Tio lu veio fazer compras de final de ano. - falo e fico olhando as pessoas passar e algumas
me olhando, não entendo o porquê mas okay.

Até que meu olhar para em uma mulher de altura média, cabelos longos e negros, e um corpo
lindo. Mas aquele rosto era oque me chamou atenção..

•Flashback On•

- Papai, papai! - falo entrando no seu escritório sem pedir permissão.

Eu estava no meu quarto dançando balé que e umas das minhas paixões, quando eu sem
querer deixei a minha caixinha de música cair da minha mão. Mas dentro da caixinha caiu uma
papel..um retrato..de uma mulher, morena e com um sorriso enorme no rosto, olhos verdes
como o meu. Mas porque essa foto estava dentro da minha caixinha de música? Ela era linda,
me deu curiosidade em saber quem é.

- Oi minha bailarina mais linda. - Ele me pega no colo e me põe sentada em suas pernas.

- Eu encontrei uma coisa..- mostro a foto pra ele que na hora muda sua expressão de feliz para
indecifrável. Ele pega a foto da minha mão mas não diz nada, apenas olha como se aquilo fosse
algo importantíssimo.

- Aonde encontrou isso Ana? ..- ele pergunta voltando sua atenção pra mim.

- Eu deixei minha caixinha de música cair papai.. ela quebrou, mas dentro tinha essa foto,
quem é essa moça? - pego o retrato.

- Ela é sua mãe Ana..- ele fala triste.

- A minha mamãe? E aonde ela tá? - indaguei muito curiosa, ele sempre evitava dizer sobre
minha mãe, ou algo do tipo sobre minha família.

- Ela foi embora..- ele acaricia meus cabelos.

- Porque foi embora? Ela vai voltar não vai?


- Não Ana, ela não vai voltar, sua mãe não vai voltar, nunca mais, ela foi embora pra sempre,
ela agora tem outra família, ela nos abandonou, ela nos deixou.. - ele se irritou ao falar dela e
levantou quase me fazendo cair.

- Mas papai..

- Não Ana! Nao quero mais saber sobre essa mulher, nunca mais aqui, ela não se importou
com você, eu sou seu pai. Só eu, você é só minha, só minha entendeu? Nunca mais chame
ess..essa mulher de mãe! - ele segura meu rosto e eu estou segurando o choro.

Ele fala como se ela fosse um monstro, mas eu não entendo, essa mulher da foto não parece
ser um monstro, não mesmo, ela é tão..serena.

Escondo a foto e saio do escritório dele correndo e vou pro meu quarto e me tranco.

Me deito na cama e começo a chorar sem parar, agarrada a foto dela. Me ajoelho na cama e
junto minhas mãos.

- Oi papai do céu, eu sei que eu sou pequena demais pra entender certas coisas, mas eu sei
que minha mamãe deve estar em algum lugar, hoje eu encontrei uma foto dela, ela é linda
sabia papai do céu? Você deve saber disso, Eu queria te pedir uma coisa, não importa aonde
ela esteja hoje..me trás ela de volta? Eu preciso dela, eu queria ter uma mamãe igual a todas
as meninas da minha escola, então papai do céu, por favor.. trás minha mãezinha pra pertinho
de mim..o papai não gosta que eu falo dela, mas eu sei que se ela voltar, tudo vai ficar bem.. -
converso baixinho com o papai do céu enquanto choro em silêncio.

Porque você foi embora? Porque me deixou? Eu não fui boa filha? Eu era malcriada? Eu juro,
que se ela voltar eu vou ser melhor, não vou nem desobedecer, eu só quero minha mamãe..

•Flashback Off•

Anos se passaram e ela não voltou, passei minha infância vendo minhas colegas de classe
tendo suas mães em reuniões ou em apresentações de dia das mães e menos eu, eu sempre
era excluída disso, eu passei anos orando e pedindo que ela voltasse, mas Deus nunca me
ouviu e trouxe ela, eu sempre quis saber o porque ela me abandonou, me perguntando se eu
fui uma má filha, oque eu fiz de tão ruim pra ela ir embora, porque ela me deixou com apenas
um ano de idade.. eu chamei tanto por ela quando as coisas davam errado, quando eu virei
mocinha pela primeira vez eu queria que ela estivesse lá pra me ajudar, quando eu tive minha
primeira paixão eu queria que ela tivesse lá pra dizer pra não fazer nada errado, quando eu dei
meu primeiro beijo, quando eu me formei no balé, quando eu perdi minha virgindade com um
traficante... Eu queria que ela estivesse lá, pra me apoiar, quando eu apanhei do homem que
me criou, eu queria que ela estivesse lá pra me defender.. em todos os momentos, tudo que
eu quis, era minha mãezinha comigo.. só ela!

Só queria entender o porquê ela nunca deu sinal de vida, o real motivo que todos me
esconderam, o motivo dela ter me deixado.

Lembro do dia em que Renato deixou escapar coisas sobre ela, que nunca havia dito.

•Flashback On•

— Pai .. para, por favor! - falo chorando desesperada.

— Não me chama de pai sua vadia, eu não tenho uma filha vadia igual a você, isso é pra você
aprender, você é igual a vadia da sua mãe, vocês duas são iguais, as duas adoram traficantes e
por isso merecem apanhar até morrer, vocês não gostam de bandido? Então - ele continuava
me batendo somente no meu rosto sem parar, ele me dá socos e tapas um atrás do outro e eu
tento me soltar mas é impossível.

Porque ele tá dizendo isso? Minha mãe gostava de bandido? Ela se relacionou com traficante?
Ele agredia ela? Foi por isso que ela foi embora? Tantas perguntas vinham na minha mente,
mas a dor não deixava eu raciocinar

Flashback Off

E aquela mulher a pouco passos de mim, é a mesma mulher do retrato que encontrei quando
tinha apenas 10 anos de idade, é ela.. a mesma mulher da foto, a mulher que me deixou, que
me abandonou,a mulher que eu chamei durante anos da minha vida em orações, a mulher que
pedi respostas em meio aos choros, a mulher que o Renato teve ódio durante todo esse tempo
e nunca disse o porquê, a mulher que ele chamou de vadia e disse que eu era igual a ela..
Minha mãe..

CAPITULO 19

Analu Narrando

- Analu? Você tá bem? - Ouço Bruna me chamar e me tirar dos meus pensamentos.

Tiro meus olhos da mulher e olho pra elas que me olhavam atentamente.

- Sim, estou bem. - falo por fim, e volto meu olhar pra mulher que tava parada em um
mercadinho conversando com uma menina que estava de costas pra mim.

- Tu ficou pálida do nada desgraça, não me dá susto! - Amanda fala nervosa e me dá um tapa
no braço.

- Mandy..você que mora aqui a muito tempo e conhece tudo, aquela mulher ali.. você conhece
e ela? - aponto pra mesma.

- Sim, ela é a nova moradora daqui.. se eu entendi bem o Luan falou que ela é mãe de uma
menina que veio pra cá ser x9 mas acabou que não foi,e aí o Thiago deixou ela ficar aqui no
morro porque ela sabe de algumas coisas que pode ajudar, e aquela mulher é a mãe dessa
menina. Nome dela é Bianca, já da mãe eu não lembro direito, acho que é...Juliana, não! ..
é..Cleide..não também..- ela começa a pensar em nomes e eu ainda estou com a atenção na
mulher.

- Maria Júlia.. - falei meio baixo mas acho que ela ouviu.

- Isso, Maria Júlia..Pera, que? Como tu sabe o nome dessa mulher, você conhece ela? - Indaga
feito uma doida curiosa.

É realmente ela, ela realmente é minha mãe, Maria Júlia, se ela é minha mãe e aquela mulher
é filha dela, quer dizer que tenho uma irmã? São tantas perguntas, sem respostas, única coisa
que eu quero é ir até lá e dizer tudo que sei, e perguntar o porque.. porque dela me deixar, o
porquê dela ter ido embora. Mas não posso chegar assim, talvez ela nem lembre mais de mim,
ela tem outra filha, provavelmente deve ter uma família também, e não deve lembrar de mim.

Seguro o choro, não vou chorar, acho que já não tem porque. Já chorei durante toda a minha
vida..

- Não, não conheço, meninas, vamos embora? - pergunto levantando.

- Ue, mas a gente nem andou direito, já quer ir ? - Bruna pergunta e se levanta com minha
ajuda.

- Não estou me sentindo bem, quero ir pra casa, por favor.. ouro dia a gente vem..- peço.

- Analu, você está estranha, eu te conheço.. mas okay, vamos pra casa e lá a gente conversa. -
ela entrelaça o braço no meu e Amanda também. Dou uma última olhada pra trás e vejo a
mulher dar a mão a menina e saírem do mercado juntas.

Fomos pra casa, entrei e tava tudo silêncio ainda mas dava pra sentir o cheiro da comida vindo
da cozinha oque fez meu apetite aparecer rapidamente. Essas crianças são morta de fome.

Sobre a mulher? Vou conversar com Thiago, talvez ele me entenda, vou contar tudo que sei, e
pedir ajuda, pra saber mais sobre ela. Tudo, de onde ela veio, sobre a família, tudo. Tudo que
um dia me perguntei em meio aos choros.

- Maíra, viu o Thiago ? - pergunto e vou até a mesma e abraço.

Estamos bem próximas, ela virou tipo uma mãe.

- Não, mas pelo que sei, ele já já está por vir.. - sorri simpática e eu forço um sorriso.

- Tabom, vou subir pro meu quarto.

- Analu..aconteceu algo? Está bem? - pergunta preocupada.


- Sim, estou.. só vou subir um pouco com as meninas. É só cansaço.- sorrio amarelo e ela
assente e se vira voltando a fazer sua comida e eu volto pra sala.

- Agora me fala oque aconteceu Analu? Você do nada começou a olhar aquela mulher e ficou
pálida, e do nada ficou assim, seria, pensativa. - Bruna fala assim que me sento na cama do
quarto.

- Estranha também, fala oque houve.. e como você sabia o nome daquela mulher? Você a
conhece de algum lugar? - Amanda pergunta também.

- Sim... - me levanto e vou até a cômoda e pego minha carteira, aonde eu deixo guardada a
foto dela dês de que achei. - Ela é minha mãe. - falo e dou a foto e as mesmas abrem a boca
em sinal de surpresa e pegam a foto olhando.

- Como assim sua mãe Analu? Porque não disse antes? Porque não falou? A gente ia até ela.. -
Amanda fala olhando a foto.

- Não! Eu não podia, eu não sabia oque falar, eu não posso chegar e dizer "Oi Maria Júlia, eu
sou Ana luise e sou sua filha que você abandonou a 16 anos atrás"..- falo e abaixo a cabeça e
um no se forma em minha garganta.

- Ei.. - Bruna me puxa pra ela e eu deixo em seu colo. - Você esperou durante anos pra isso, pra
encontrá-la, eu lembro das vezes em que te vi chorando chamando ela, finalmente você está
perto dela, não vai fugir..

- Ela me abandonou, ela me deixou sozinha, eu cresci querendo apenas um carinho de mãe, eu
cresci pedindo todos os dias que ela voltasse, eu cresci sendo infeliz por não ter uma mãe,pra
me apoiar, me dá conselhos, me dá carinho,me orientar.. Ela sumiu! Durante 16 anos ela
sumiu, ela nem se quer me procurou, ela me deixou.. com 1 ano de vida, tudo que eu pedia a
Deus era ela de volta,eu queria ser igual as outras meninas da minha idade, que tinham mãe,
uma família unida e feliz e eu não tive .. sabe porque? Porque a minha mãe foi embora, sem
dizer o porquê e pra onde, sem se importar comigo.. - solto tudo em meio às lágrimas que de
uma vez por todas, resolveram sair.

- Eu sei, eu sei que ela te deixou, eu já sei que ela te abandonou e que você sofreu durante
anos, eu vi tudo isso, eu sequei suas lágrimas durante noites quando você chorava porque teve
um pesadelo e chamava por ela.. eu sei que ela sumiu e te deixou sozinha e não estava quando
você mais precisou dela, mas você nunca soube o motivo não é? Você nao sabe o porquê ela
foi embora, não sabe oque aconteceu pra ela ter feito isso, talvez ela pensou sim em você,
talvez ela só estava fugindo. Você mesmo disse que seu pai falou aquilo dela, talvez ela estava
tentando se proteger e não fez por mal, ela pode também ter passado noites em claro
chorando por ter errado e deixado você sozinha.. ela também pode ter sofrido, e ainda sofre.
Você não vai saber se não for atrás dela pra ter respostas das questões que sua mente faz..-
Bruna diz e eu só ouço e choro e Amanda e ela me abraçam.

- Ela tá certa Ana, você precisa tentar.. se nao, sua mente vai te torturar eternamente por ter
perdido essa chance, de ter tirado suas dúvidas que por anos você segurou pra si mesmo, você
não pode ter medo agora.. eu sei que é difícil, mas essa pode ser sua chance. Olha que coisa
do destino, voce pediu tanto a deus ela de volta e ele trouxe você pra cá pro alemão, e trouxe
ela também, fez a gente sair na mesma hora e encontrar ela, ele te deu oque tanto pediu,
agora é sua vez de fazer oque tanto queria. - Amanda fala enquanto acaricia meus cabelos.

Elas tem razão, eu preciso tirar todas as dúvidas que estão na minha mente, eu preciso ir até
ela, mas como vou fazer isso? Preciso da ajuda do Thiago, ele pode me ajudar, com certeza ele
vai me ajudar..

CAPITULO 20

Taz Narrando

Baía descobriu que a mulher que eu suspeitava ser mãe da Ana, é exatamente mãe dela, ela
teve uma filha com um Renato Maldonado que e o pai da Ana, mas acabou indo embora mas
ninguém sabe o porquê, isso eu já sabia porque a Ana já havia me contado essas coisas, mas
dizia não saber muito sobre a mãe. Ele procurou saber tudo sobre ela e me deu tudo em uma
pasta. Deixei LA e RN no escritório e sai e resolvi vir pra casa. Preciso conversar com a Ana.
Contar a ela tudo, ela precisa saber, é mãe dela.

Entro em casa e ta tudo silêncio, vou na cozinha e Maíra tá cozinhando.

- Maíra, Analu ja chegou? - pergunto e dou um beijo na testa da mesma.

- Sim, estava lá encima com as meninas mas elas foram embora, ela disse que não tava com
fome e queria ficar sozinha. - ela fala e eu deixo ela falando sozinha e subo.
Entro no quarto e ela ta deitada encolhida e ouço seu choro. Vou até ela e me sento na cama e
ela me vê e levanta e me abraça.

- Oque aconteceu? Oque fizeram contigo? Porque tu tá assim? Fala. - falo nervoso, não sei o
porquê que ela está chorando desse jeito.

- Ela voltou Thiago, eu vi ela, eu vi... Depois de anos, ela voltou.. - ela fala e eu gelo, eu sei de
quem ela tá falando, mas como ela sabe? Ana viu ela? Deve ter visto.

- Eu sei.. - falo acariciando seus cabelos mas ela se afasta e me olha.

- Como assim você sabe? Voce sabia de tudo? Porque não me disse? Porque me escondeu.. -
Ela tenta levantar mas eu a seguro.

- Ana, dá pra me deixar falar? Eu não sabia disso até alguns minutos atrás, eu estranhei porque
ela é parecida com você e a filha dela também.. eu mandei o baia, um amigo meu, procurar
tudo sobre ela e descobri que ela teve uma filha no passado com um homem chamado Renato
Maldonado, seu pai.. juntei as coisas e tudo leva a isso, e vim correndo te contar, não podia da
esperança pra tu antes sem saber a verdade, eu sabia o tanto que você esperava pra encontrá-
la. - eu falo e ela me olha com o rosto inchado.

- Desculpa.. pensei que estava me escondendo isso, desculpa, eu tô mal, eu acabei de


descobrir isso, eu não sei oque fazer, como fazer, não sei se vou atrás dela, não sei se deixo pra
lá, mas nunca vou conseguir ficar em paz sem saber tudo..eu só queria que você chegasse pra
poder me dizer, me ajudar, está comigo - ela fala e eu a puxo pra mim em um abraço apertado.

Eu não sou tão bom em bagulho de conselho então sei que um abraço fala melhor que
qualquer palavra, ela me contou tudo sobre a infância dela, mas dizia que não sabia nada
sobre a mãe e nem a família, ela me disse sobre as vontades que teve de ter a mãe, sobre a
falta e sobre oque passou sem ela. Eu sei que ela tem dúvidas, tem saudade, e vontade de um
abraço de mãe, eu sei a falta que ela sente, eu sei que ela só quer uma resposta do porque ter
sido abandonada, eu não posso deixar ela fugir, eu preciso levar ela até a mãe. Pra que tudo
que ela sente, se soltar, pra que todas as perguntas tenham reposta,ela precisa disso. E se isso
vai fazer ela sorrir, ou ficar melhor, me agrada. Porque até eu quero saber porque ela
abandonou a filha desse jeito.

- Olha só, eu tô aqui, vamos resolver essa parada juntos Jae? Você precisa ir falar com ela,
precisa tirar todas suas dúvidas e tudo que tem vontade de fazer.. e eu vou tá do teu lado, te
apoiando, em tudo. - eu a aperto.
Depois de ficarmos um bom tempo juntos, ela para de chorar e volta ao normal.

- Preciso de um banho..- ela fala e sai dos meus braços.

- Você já comeu alguma coisa? - pergunto e ela nega. - Vou ir pegar alguma coisa pra você,
você precisa alimentar meus bacuri. - ela sorri, com a carinha inchada de chororo.

- Tabom. - ela fala e eu desço.

Vou até a cozinha e peço a Maíra pra fazer algo pra ela comer e por em uma bandeja. Vou até
a sala e pego meu rádio.

•Rádio On•

- DK? - chamo no rádio.

- Fala chefe.

- A Bianca e a mãe estão em casa?

- Tão, saíram hoje pra ir fazer compra mas eu fui atrás e fiquei de butuca. Elas não fizeram
nada de estranho chefia, oque tá pegando?

- Nada, qualquer coisa me passa um rádio. Não deixa ninguém entrar aí, exatamente ninguém.

- Jae chefe, pode deixa

•Rádio Off•

- Amor? .. - ouço a voz doce da Ana atrás de mim e olho e ela tá arrumada.

- Oi princesa. - Vou até ela e a beijo.


- Hum..quero ir até lá, você pode me levar até ela? - pergunta sem me olhar.

- Posso, mas primeiro você tem que comer alguma coisa, os bebê precisam comer, e você não
pode ter estresse, então me promete manter a calma?

- Tabom, prometo, eu só quero.. botar um fim nisso.

- Ou talvez um recomeço.. - falo e ela me olha.

- É..

- Meninos, venham comer. - Maíra chama.

Vamos pra cozinha e comemos todos juntos e depois que acabo eu subo pra tomar um banho,
saio do banho e me visto com uma bermuda jeans e uma blusa polo vermelha, coloco meus
cordões e meu boné e desço.

- Você pra se arrumar é uma cota em, meu deus! - Ana reclama assim que apareço na sala.

- Cala a boca e vamo embora bolota. - ela me dá dedo e eu gargalho, pego minha fuzil e
atravesso nas costas e ela me observa. - Que é?

- Você não larga essa fuzil pra nada não ? Meu deus, aonde eu vai tu tá com isso.. daqui a
pouco dorme com ela do seu lado. - revira os olhos.

- Eu dormia, mas agora prefiro você do meu lado ou melhor, encima de mim. - falo e ela ri.

- Descarado, vamos logo. - ela me puxa e saímos de casa.

CAPITULO 21
Analu Narrando

Eu decidi que preciso ir atrás dela, eu preciso acabar com tudo isso, perguntar a ela tudo,
preciso que ela me diga o porque. Pedi ao Thiago que me levasse e ele não negou, estamos
agora enfrente a casa que ele disse que ela está com outra filha, minha irmã.

- Tá pronta? - Ele pergunta assim que saímos do carro.

Apenas afirmo com a cabeça e ele me dá a mão e seguimos até a casa, é um lugar simples mas
bonitinho, tem uns homens na frente da casa armados, passamos por eles, Thiago fala algo
com eles mas não presto atenção.

- Quem é? - Ouço uma voz feminina falar do lado de dentro da casa.

- Abre Bianca. - Thiago fala firme e ela rapidamente abre a porta.

- Ah, é você.. oque aconteceu? - ela pergunta ainda sem notar minha presença.

- Cadê tua mãe? Meu papo é com ela. - Ele fala sem soltar minha mão e a menina olha pra
mim.

- Tá deitada, oque quer com minha mãe? - pergunta e noto que está nervosa.

Eu ia dizer algo mas prefiro não falar nada.

- Vai lá e chama ela logo caralho, não faz pergunta porra! - Thiago fala autoritário e sério.

Ela não fala nada apenas entra e sobe uma escada e eu e Thiago entramos sem nem pedirmos
permissão. Ela logo desce com a mesma mulher da praça.. Maria Júlia, minha mãe.

- Pronto, mãe.. esse é o Taz.. oque me ajudou e deixou você ficar aqui, e essa é..- ela olha pra
mim mas não sabe oque dizer.
- Minha fiel. - Thiago fala e a mulher olha pra mim e se assuta, parece que viu um fantasma. Eu
sou mesmo parecida com ela, os mesmo olhos, cabelos, traços..

- Vo..você...parec..- ela gagueja.

Vejo Thiago soltar minha mão e encostar no batente da porta observando tudo.

- Parece com oque? Mãe? Você tá bem? Oque houve?.. - Bianca fala preocupada e eu ainda
estou imóvel.

Nunca achei que iria está frente a frente com a mulher que eu esperei tanto pra ver durante
todos esses anos.

- Estou sim filha. - fala com a Bianca e ela se acalma, mas continua me olhando. - Qual seu
nome? - pergunta pra mim que ainda não falei nada.

Olho pra mesma e meus olhos ameaçam a deixar lágrimas escorrerem.

- Ana Luise, mãe.. - falo, e tento segurar o choro, mas sinto uma lágrima escorrer.

- Você.. é você.. minha menina.. minha bebê.. minha Ana.. - ela fala e chega perto de mim que
não sei oque fazer. Nem como falar, como agir ou pensar, as falas e perguntas fugiram da
minha mente, tudo que havia planejado havia ido por água a baixo, eu só queria e quero uma
coisa agora.

Eu abraço ela, eu deixo seus braços me envolver, um abraço que eu esperei durante anos da
minha vida, os braços da minha mãe.

Maria Júlia Narrando

Era ela, ela...


Minha filha, que tive que abandonar no passado, ela estava em minha frente, na minha frente,
perto, depois de 16 anos eu reencontrei a minha, minha filha. Ela é parecida comigo, mesmos
olhos verdes profundos, mesmos cabelos longos e negros, mesma pele morena, traços, quase
tudo.

•Flashback On•

Hoje minha menina tinha completado um ano de idade, minha princesinha. Ela é tão linda,
esperta. É tão guerreira, dês de pequena..

Meu marido dês de que descobriu que estava grávida, começou a me agredir sem parar
porque dizia que a filha não era dele.

A um ano atrás eu me relacionei com o Henrique, conheci ele em um baile que fui com uma
amiga, estava noiva do Renato, era meu último baile que iria; mas não imaginei que dali
começaria meu inferno. Acabei indo pra cama com o Henrique, famoso Lobão.. e logo depois
descobri que ele era o dono do morro da rocinha, foi só uma noite mas depois disso ele veio
me procurar várias vezes e eu nunca negava fogo, até que meu noivo, Renato descobriu sobre
a traição e descobriu quem era o homem e me bateu, me bateu até não ter mais forças pra
isso, até me ver quase morta no chão, me xingava e dizia que eu era uma vida desgraçada e
traidora, Renato me tirou do Brasil, me levou pra Argentina só pra ter a certeza que eu não ia
fugir pra ir atrás do Henrique. Ele passou a me estrupar, me forçar a tudo, me bater e me dizer
coisas horríveis. Dois meses depois eu descobri que estava esperando um bebê e esse bebê
era a Analu.. eu achei que ia ser minha saída, que ele ir cair a ficha e não ia mais me agredir.
Mas pensei errado, as agressões continuaram e continuaram piores cada vez mais, até que eu
dei a luz a Ana.. ele parou um pouco com isso quando ele viu a filha, fez teste de DNA pra ter
certeza que era filha dele, e só depois passou a acreditar. Logo depois que sai do resguardo ele
voltou a me agredir, mas nunca bateu nela, nunca deixava ela ver essas coisas, ele me levava
para um quarto e me batia, até me deixar arriada no chão. E eu aguento calada. Tudo.. pela
minha menina.

- Vadia? Cadê você? - ouço a voz de Renato no andar de baixo e aperto minha filha nos meus
braços.

Não respondo e minutos depois ouço a porta do quarto abrir com uma brutalidade. Ele vem
até a mim e me puxa pelo braço mesmo estando com a Ana em meus braços. Ele pega ela e
joga no berço como se fosse um saco plástico. Ele nunca fez isso, Ana começa a chorar e eu
tento ir até ela. Mas ele me puxa.
- Não ouviu eu falar com você não vadia? Tá surda? - ele dá um tapa em meu rosto e me
sacode com força.

- De..descul..- ele me interrompe, com um soco, e me joga no chão, e começa a me chutar.

- Cala a boca piranha.. não fala nada, e vem comigo! - ele me puxa pelo cabelo me arrastando
pela casa e Ana não para de chorar e gritar e eu não consigo parar de chorar.

- Porque tá fazendo isso? Deixa eu por ela pra dormir Renato, por favor.. - peço chorando.

- CALA A BOCA PORRA! - Ele me joga com tudo contra a parede do quarto do lado.

- Me deixa, me deixa ir embora, eu juro que eu sumo da sua vida, eu não vou mais incomodar
você, nem eu e nem ela. - falo em meio aos choros e ele continua com o rosto fechado e seus
olhos sem nenhum brilho.

- VOCE NAO VAI SAIR DAQUI TA OUVINDO? VOCE NAO VAI SAIR DAQUI, ELA NAO E TUA FILHA,
ELA E MINHA, SO MINHA. VOCE NAO GOSTA DE TRAFICANTE? ENTAO, EU TO SENDO O SEU
TRAFICANTE PARTICULAR, NAO GOSTA DE TOMAR PORRADA?EU FAÇO ISSO PRA VOCE, PUTA!
- Ele gritava e me batia e eu não consegui me defender, nem me mover, ele era forte.

Ele é um psicopata, Henrique nunca me tocou um dedo, não seria capaz disso, ele sempre foi
carinhoso comigo, me amava e me tratava bem.. como eu queria está com ele agora.

Depois de mais uma sessão de espancamento e abusos, ele sai, some de casa e me deixa ali,
deitada, toda machucada e sangrando, quase sem forças.

Ouço Analu chorar.

Levanto da cama em que estava com muita dificuldade e vou andando até o quarto em que ela
está, pego ela e abraço. Eu preciso acabar com isso.. eu preciso sair daqui, preciso fugir.

Coloquei Ana pra dormir e pus ela no berço e peguei uma pequena foto minha e coloquei
dentro da caixinha de música dela e pus dentro do berço, fui até o banheiro e lavei meu rosto
todo sujo de sangue e troquei de roupa.
- Desculpa meu anjinho, eu preciso ir, ou seu pai vai acabar me matando, eu sei que você não
entende nada disso, mas logo irá e eu vou voltar pra te buscar, eu juro! - falo e beijo a testa da
minha menina, pela última vez.

•Flashback Off•

Esse dia eu consegui fugir, mas não pude levar a Analu comigo, consegui voltar pro Brasil com
a ajuda de um dos seguranças do Renato que era meu amigo, e vim atrás do Henrique, eu sofri
por ter deixado ela, mas eu tinha esperanças de que se tudo desse certo eu voltaria pra buscá-
la, mas tudo deu errado, eu fui pra rocinha atrás do Henrique e ele me recebeu nos primeiros
dias como um príncipe, mas depois começou as agressões, eu descobri que estava grávida, e
sabia que não era do Henrique mas fiquei calada ou ele mataria minha filha, disse que era dele
mesmo sem ser, foram anos de espancamento e chegava a ser piores do que quando estava lá.
Henrique mostrou as garras ao longo de tempo,quando Bianca completou 6 anos eu pedi a ele
que me deixasse ir atrás da minha filha e me ajudasse a trazer ela mas ele não permitiu, me
agredia e me proibia de sair, Bianca é parecida com o Renato, tem apenas o meu sorriso e
olhar, o resto é o pai toda. Isso fez com que Henrique descobrisse tudo. Foram anos tentando
achar a Ana, contei pra Bianca e ela também embarcou nessa história comigo, descobri que
eles não estavam mais na Argentina e tinham voltado pro Brasil, soube pelo mesmo segurança
que me ajudou a fugir, mas ele não sabia pra onde tinham ido, ele levou minha filha, eu sofri e
sofro até hoje por ter abandonado minha menina,imaginava várias coisas que poderiam ter
acontecido com ela.

E hoje, minha menina está aqui, nos meus braços, na minha frente, eu esperei por anos da
minha vida pra encontrá-la, pedi tanto a deus em orações a minha filha de volta, eu só quero
que ela entenda meu erro, entenda que tudo isso eu fiz porque não tinha saída, eu fiz porque
já não tinha alternativa e não podia colocar a vida dela em risco.

- Me perdoa..me perdoa por tudo..- digo ainda abraçada a ela que não me solta e nem eu a
ela, minhas lágrimas insistiam em cair, eu finalmente tinha minha filha em meus braços, minha
bebê.

Minha Ana..

CAPITULO 22

Analu Narrando
Ela estava ali, a minha frente, sentada, me olhando, contando tudo que havia passado depois
que fugiu, tudo que passou nas mãos do Renato, tudo que sofreu, o porque de ter feito aquilo,
o tanto que chorou enquanto me procurava, me dizendo que minha irmã me procurou
durante esses anos junto com ela.

Ela estava ali, tirando todas minhas dúvidas, e me dando todas as respostas que me perguntei
durante muito tempo. E eu tinha a resposta, eu não fui uma má filha, eu não fiz por merecer,
ela não foi embora por não me amar, ela só tava tentando fugir da morte, ela só estava
tentando arrumar uma saída pra ser feliz, e precisou me deixar ali. Ela pensou em mim.

Eu tenho uma mãe, ela me ama..tenho uma irmã, Bianca é linda e lembra muito ao meu pai
mas tem meus olhos e sorriso, destacado que ela não tira do rosto um segundo, parece que
ganhou um diamante.

- Tu tá bem? - Ouço Thiago dizer do meu lado e me tirar do transe.

Apenas balanço a cabeça, e olho pra minha mãe

- Me perdoa? Eu sei que te fiz mal, eu sei que não devia te deixar sozinha.. sei que me julga por
ter feito isso mas..eu precisava, eu não podia por sua vida em risco, me entenda, eu te
procurei durante anos e te procurava até hoje, mas acabou que você que me achou, me
perdoa minha filha. - ela pede e olho seus olhos com lágrimas, um perdão sincero.

- Eu nunca te julguei, eu apenas me perguntava o porque e hoje eu tenho a resposta, e mesmo


que a resposta fosse que fosse me largou porque cansou de mim, eu continuaria te amando,
sempre irei amar você. - sorrio de lado em meio às lágrimas.

- Obrigado minha filha, eu te amo tanto minha menina, e nunca; nunca na minha vida iria
cansar de você. - me solto do Thiago e vou até ela e abraço.

- Amor, vou precisar sair pra resolver umas parada, tu vai fica aí? - ele pergunta e eu olho pra
ele.

Ainda tenho muito oque saber, conversar, descobri, contar, abraçar.

- Fica filha.. temos tanta coisa pra conversar. - ela pede.


- Sim amor, vou ficar. - sorrio pro mesmo e vou até ele e o beijo.

- Quando chegar passo aqui pra te buscar. Cuidado - ele beija minha testa e minha barriga e
sai.

- Porque ele beijou sua barriga? - Bianca pergunta sem entender.

- Humm..podemos dizer que estou grávida, de gêmeos. - falo e ela abre um sorriso maior do
que estava.

- Meu deus, eu vou ser vó? - ela pergunta e eu sorrio afirmando sua pergunta.

- Acho que tenho muita coisa pra te contar.. mãe. - sento novamente ao sofá.

- Pode começar. - Bianca fala e se senta do lado dela.

Taz Narrando

Ela está feliz, está bem.. eu consegui. Missão cumprida, ver um sorriso e um brilho no olhar
daquela moleca era minha missão. Eu amo ver ela sorrir.

Precisei deixar ela lá, eu sei que ela tem muito oque conversar com a mãe dela lá, e eu tenho
que resolver minha parada.

- Demorou em princesa. - RN fala com uma voz ridícula.

- Vai tomar no cuzinho. - falo e passo por ele e bato no ovo dele.

- Filho da puta! - ele gruni de dor e eu e LA rimos.

- Tu me paga Taz..- ele reclama.


- To sem dinheiro no momento, mas depois financio a cerva, agora vambora logo desgraça. -
pego a minha arma e coloco na cintura, e pego a chave da moto.

Eu,LA,RN e Lipin fomos pela saída que não tem vermes rondando. Saímos de boa do morro e
fomos pro complexo da maré. Que não é muito longe.

- Falae cachorrão, oque te trás aqui - Gaspar fala assim que entro na boca. Ele faz um toque
comigo e os moleque.

- Preciso da tua ajuda pra uma parada. - falo e me sento em uma cadeira ali.

- Só dizer meu parceiro, aqui nós e irmão. - ele fala e sorri mostrando teus dente de ouro.

- Preciso de armamentos. - falo de uma vez.

- Oque tá pegando?

- Lobão tá querendo invadir o morro pra tomar mas os verme também tão querendo invadir,
não temos armamentos suficiente naquela porra e se eu pedir reforço de armamento, vamos
perder pro verme na entrada do morro.

Ficamos conversando sobre essas parada de morro e ele se colocou pra ajudar de boa nesse
confronto do Lobão, os armamentos vão ser levados pelo mesmo lugar aonde passamos pra
vir.

Depois de falar tudo que tinha pra falar com ele, ele me ofereceu um baseado mas neguei.

- Então Jae meu bom, é só tu da o sinal que nós cola junto. - ele fala e faz um toque comigo.

- Jae, vou meter o pé porque deixei o morro sozinho.

- Jae parça.
Saímos do complexo da maré e voltamos pro morro, passei na boca e alertei os moleque que
amanhã vai chegar armamento e mandei eles ficar na ativa pra qualquer parada. Sai de lá e fui
direto pro barraco aonde deixei a Ana. Espero que ela esteja bem.

Cheguei, desci da moto e entrei direto. Ela tava sentada no sofá abraçada com a mãe e a irmã.
Deixei um sorriso escapar ao ver aquilo, confesso que deu saudade dos meus pais.

- Vamo? Já resolvi tudo. - falo assim que ela me vê na porta.

- Vamos sim, estou cansada. - levanta e as outras duas também.

- Não some viu, quero acompanhar de perto essa gravidez. - Bianca fala toda sorridente.

- Não irei sumir, eu venho aqui sempre que puder..se quiserem me ver avisem que eu venho. -
ela fala e a mãe e irmã assentem.

- Quando quiserem ver ela, vão lá na casa dela e você dona Ana Luise não esquece que você
não pode tá subindo e descendo morro. - falo sério e ela ri.

- Tá eu sei, mas não quero ter que ficar sem ver elas. - faz bico.

- Você não vai, já disse que se elas quiseram podem ir lá a hora que bem entender, a casa
também é sua. - falo sério e firme e ela assente sorrindo.

- Okay.. então, quando quiserem me ver; me liguem e vão lá, agora eu tenho que ir. - ela fala
com as duas e se abraçam.

Quanta viadagem. Puta que pariu em.

CAPITULO 23

Taz Narrando
Hoje é aniversário da Ana, ela disse que não quer nada mas eu quero fazer ela querendo ou
não. Ela foi pra casa lá da mãe dela, elas estão se dando bem e não se desgrudam um segundo
oque da no saco, mas eu até tô achando bom por um lado, não estou vendo mais a Ana pelos
cantos mal por conta de saudade, tá suave assim então.

Eu vou fazer uma festa na quadra, a Bruna completa ano daqui a uns dias então eu e os outros
resolvemos fazer uma festa pras duas junta, e como Bruna é toda no exagero, resolvemos
fazer algo legal lá na quadra. Amanda tá me ajudando em tudo nessas paradas ai que não é
minha praia, bglh de festa não é comigo.

- Precisamos comprar máscaras. – Manda fala vindo com uma caixa que não sei oque tem
dentro.

- Pra que máscaras? – RN faz a pergunta que eu queria fazer

- Porque a bru e a Analu queriam fazer uma festa a fantasia e já tinham quase tudo planejado,
e como eu sei que quase ninguém aqui vai ter dinheiro pra comprar fantasia, eu achei legal
comprar máscaras ou sei lá.. arcos e tal pra dar quando as pessoas chegarem. – ela fala e eu
não dei a mínima

- Tá, se quiser pode comprar oque quiser, é só pedir pro DK ir lá comprar; vou ter que ir na
boca resolver as paradas antes de anoitecer já já broto aqui. – falo ela apenas concorda e RN e
LA fica lá com ela e eu pego a moto e arrasto pra boca.

- Ae chefia, os bagulho já tá tudo pronto, já colocamos tudo lá no barracão. – WL fala, é as


parada das armas e munições.

Chegou tudo certinho, demorou uns dias porque não deu pra entrar caminhão por aquele
beco, então deixaram lá na entrada e eles vieram carregando. Finalmente tô suave com essa
parada ai.

- Jae, quero que você pegue uns dos nossos e façam guarda lá na entrada do morro, vai ter
festa aí e não quero que nada de errado. – ele assente e eu entro na boca.

Depois de resolver tudo que tinha que resolver da falta de drogas e organizar dinheiro dos
assalto que teve esses dias. Guardo tudo no cofre ali da salinha e saio da boca mas antes paro
na calçada pra vender um pouco com os moleque antes de ir pra quadra.
- Ae chefe, ouvi uma parada ai lá dos verme quando eu tava entrando, que eles estão
querendo subir pra resgatar uma tal de Ana Luise, né tua fiel? – Um dos usuários que tava
comprando comigo fala, ele é meu comprador fiel. Moleque passa tudo que ouve lá no asfalto.
O moleque é filho de papai, mó play mas é gente boa.

Mas que parada é essa de resgate? Ana não foi sequestrada, esse pai dela deve ter inventado
tudo isso pra ter ela de volta, velho filho da puta, desgraçado!

- Valeu meu bom, vou resolver essa parada. – jogo os saquinho de pó pra ele. – Fica com esses
pra tu.

Ele sorri com os dente cheio de ferro e guarda as parada. Saio dali e pego minha moto e
arrasto pra casa da mãe da Ana. Preciso falar com ela sobre isso.

- Bianca, cadê a Ana? – pergunto assim que entro no barraco.

- Lá encima com minha mãe – ela fala sem tirar o olho do celular

- Então chama ela né caralho, larga essa porra ai! – falo e bato na cabeça dela.

Bianca e eu temos um leve problema com implicância, ela me irrita, e eu irrito ela, eu odeio ela
e ela me odeia mas tudo no amor.

Ela levanta de cara feia e sobe as escadas indo chamar a irmã. Que logo desce as escadas

- Oi amor.. – Ana vem até a mim e me beija, e como de costume beijo meus filhos.

- Oi, nos precisa bater um lero.

- Aconteceu alguma coisa Taz? – Maju pergunta descendo também

- O teu pai lá, o velho filho da puta! Anunciou pra polícia que você foi sequestrada e eles tão
querendo invadir pra te resgatar, não sei do que, mas tão. – falo de uma vez, e Analu fica
branca e poe a mão na boca sem acreditar
Analu Narrando

Thiago chegou na casa da minha mãe me chamando e eu logo achei que aconteceu algo e não
me enganei; eu não consigo acreditar que o Renato foi capaz de colocar a polícia atrás de mim
depois de tudo que ele me fez passar. Eu não achei que ele chegaria a tanto.

- Estranhei que ele não fez isso antes, ele é psicopata filha.Mas você faz seus dezoito anos
hoje, ele não te manda mais, você pode ir na delegacia e dizer tudo que ele te fez e fazer a
polícia parar com a busca por você e se quiser eu irei contigo. – minha mãe fala certa de si e
tem razão, eu sou de maior a partir de hoje, ele já não me manda mais.

- É, você tá certa mãe, mas não precisa ir comigo.. o tal Lobão pode acabar te encontrando e
eu não quero isso. Eu resolvo isso sozinha.

- Sozinha porra nenhuma, você vai com um dos meus vapor na tua cola.- Thiago fala como
sempre autoritário

- Mas amor, eu irei na delegacia.

- O DK tem a ficha limpa e não dá nada pra ele, ele pode ir contigo.

- Não tenho outra opção né?

- Não mesmo – ele afirma

- Tá, chato. – reviro os olhos

- Vocês parecem duas crianças. – Bianca reclama.

- Falou a velha gaga. – Minha mãe zoa ela.

- Até você mãe? Af..


- Agora eu tenho que meter o pé, tenho que resolver umas parada na boca amor. – ele fala.

Hoje é meu aniversário mas Thiago não parece está se importando tanto com isso, mas não
reclamei em nada, pelo menos esse ano eu estou ao lado da minha mãe. Esse sem dúvidas é
um ótimo aniversário, meu primeiro de todos com minha mãezinha e minha irmã chata.

- Tabom amor.. tchau. – Dou um beijo no mesmo e ele sai porta a fora.

Eu tenho que resolver esse negócio do resgate desnecessário o mais rápido possível, eu nunca
irei voltar a morar na mesma casa que aquele monstro. E ele não pode me obrigar a isso.

Graças a Deus hoje eu completo dezoito anos e essa coisa de viver com medo e escondida vai
acabar e minha vida vai está normal e feliz.

Estou grávida dos meus dois bebês e faltam poucos dias pra ir bater a ultrassom e saber o
sexo.

Encontrei minha mãe e de brinde a minha irma. Estamos nos dando bem e eu estou tentando
recuperar todo tempo perdido.

Minha vida com o Thiago está ótima, ele não me agride, não briga comigo, me trata bem como
jamais imaginei que um traficante como ele me trataria, eu estou feliz aqui. Com meus amigos,
família.

CAPITULO 24

Amanda Narrando

Hoje minha melhor amiga completa seus dezoito anos e como sei que o sonho dela era ter
uma festa linda é bem planejada com a Bruna, eu resolvi fazer algo surpresa pra elas. Daqui a
dois dias a Bruna também completa ano então vai ser a festa das duas juntas. Elas tinham tudo
planejado mas não puderam fazer por conta das coisas que andou acontecendo. Mas como eu
já tava por dentro dessas coisas, resolvi fazer.
Fiz tudo direitinho e bem organizado, todos me ajudaram, algumas pessoas daqui fizeram os
doces e tal, outras os salgados e eu fiquei com a ornamentação.

Analu e Bru viraram minhas melhores amigas tão rápido, elas entraram na minha vida e me
fizeram tão bem, são tipo irmãs pra mim e acabamos engravidando no mesmo tempo, parece
até epidemia isso, mas eu amei saber que vou passar por tudo isso da gravidez junto com elas.
Elas são meu ponto de força depois do Luan, minhas melhores, vadias da minha vida, elas
perderam tudo que tinham na vida antiga, a vida que elas levavam era um pouco diferente
daqui em uma favela, mas eu sei que elas não acham ruim e nem reclamam , elas se
adaptaram aqui rápido demais, mesmo que aqui não fosse suas raízes, elas fizeram da favela a
casa delas e se apegaram rápido aqui. Amo elas demais por isso, elas não diminuem quem veio
do gueto, então o mínimo que posso fazer por elas é isso. Um pequeno agradecimento por
terem aparecido assim no meu destino.

- Tá tudo pronto aí? - Taz entra na quadra com umas caixas de cerveja.

- Sim, só falta chegar umas coisinhas que mandei comprar.

- Hum, já vi que vou ficar falido no fim disso tudo. - ele diz e começa a colocar as cervejas
dentro dos latão com gelo e os freezer.

- É pra sua mulher, mãe dos seus filhos Taz, ela não tem mais a vida de rainha que sempre teve
mas nem por isso vive reclamando, ela nem se quer liga pra isso, então para de reclamar de
tudo.

- Ih caralho, eu sei e ela tem vida de rainha sim, minha rainha.

- Txu..menos, filhote de orca.

- Ata, quem vai ficar igual uma orca não vai ser eu daqui uns meses né.- Ele diz e eu fico
boquiaberta e taco um cupcake nele.

- Da pra vocês parar com essa porra? Isso aí custou grana. - LA reclama e pega um cupcake e
enfia na boca.
- Então para de comer né piriquito africano. - RN dá um tapa na cabeça dele.

- Gente, parem de enrolar e vão lá buscar aquelas caixas por favor. - aponto pras caixas que
acabaram de chegar em um carro da loja de festas.

- Puta que pariu Amanda, isso é pra favela toda? - RN reclama do peso da caixa.

- Mais ou menos, nem todos vão vir.. - dou de ombros.

- Q? Nem todos? Tu tá ligada que eu não sou rico né? - Taz reclama de novo.

- To sim, o dinheiro que tu assaltou o banco, tu vai gastar com tua mulher que ficou em casa
em desespero. Bjinho - mando beijo por cima do ombro

- Ridícula você querida. - Ele faz uma voz de viado. Eu ri

- Para de graça e vai ajudar o Luan a arrumar aquilo lá.

Ele reviro os olhos e vira indo ajudar os meninos a ajeitar o arco de bola na frente da
quadra. Está tudo maravilhoso. Tenho certeza que elas vão amar, Bruna tá dormindo até
agora, Analu tá na casa da mãe, pedi pra que não comentassem nada e não deixassem elas
virem aqui, mas sei que não vão, Bruna tá morta ultimamente, não sai de casa pra nada, vive
dormindo. E Analu não larga a mãe mais por um segundo. Mas eu estou feliz por ela.

[....]

Está tudo pronto e tá todo mundo cansado, e com fome. A festa vai começar daqui a umas
hora, ainda está cedo. Pedi pra que Taz chamasse a Analu pra vir pro baile com ele, hoje é
sábado ela nem vai desconfiar. E Bruna também, eu mesma vou ir buscar essa vadia. Eu
comprei umas roupas lacres pra ela e dei como "presente" e vou fazer questão que elas usem
hoje. Analu já está com uma barriguinha aparecendo e tá linda e Bruna ainda não deu sinal de
barriga mas logo logo vai aparecer.

Analu é a que ta na frente de todas, está com 4 meses e uma semana, eu tô com 1 mês e duas
semanas e Bruna está com 2 meses e três semanas caminhando pros três meses.
Tô mega ansiosa pra saber o sexo dos gêmeos ou gêmeas. A sei lá

- Taz, já tá na sua hora. - falo com o mesmo que tá bebendo sentado

- Deixa eu descansar porra, qual foi. - reclama

- Descansa no caminho da casa da mãe da Analu, a Bianca e a Maju precisam se arrumar


também e com a Analu lá é impossível.

- Jae embuste, tô indo. - ele levanta finalmente e pega mais uma latinha de cerveja e sai.

- Eu tenho que ir pra casa acordar a Bruna. - RN levanta.

- Vê se não morreu né. Dormiu o dia todo - LA fala.

- Ou, ela tá grávida e é normal, para de falar dela que já já eu tô pior que ela. - falo com o
mesmo.

- Deus me livre, meu filho vai ser jogador profissional dês da barriga já ja ele começa os
treinamentos, quero ver tu dormi.

- Primeiro; tu não sabe se é menino. Segundo; Se eu não dormi, você também não dorme
amor, então acho melhor você conversa com sua cria pra ele não incomodar a mamãe ou o
papai vai virar um Zombi ambulante. - falo e pisco pro mesmo

- Se for menina vai ser freira, se for menino vai virar jogador, e deixa a criança brincar, e se não
me deixar dormir vai ter que me aguentar a noite toda no seu pé.

- É, prefiro que você durma. É minha filha não vai ser freira, agora cala a boquinha e vamos
logo.

- Até que enfim, pensei que não iam acabar essa discussão nunca né. - RN reclama.
- Cala a boca também, e vamos logo que quero chegar nessa festa lavrando e pra isso preciso
de tempo.

CAPITULO 25

Analu Narrando

Taz veio me chamar pra ir ao baile hoje com ele e eu topei ir, até porque eu não vou deixar de
curtir no dia do meu aniversário né.

Amanda insistiu pra que eu fosse com a roupa que ela me deu de presente, é óbvio que não
vou fazer descaso, até porque a roupa é lacre neném.

Depois de tomar banho e sair do banheiro no roupão, pego a bolsa com a roupa que é um
vestido justo ao corpo mas nem tanto por causa da barriga na cor cinza com uma abertura na
coxa. Coloco uma lingerie e visto a roupa e ponho um salto pequeno até porque eu não
aguento nem andar, quem dirá ficar de salto, meus pés estão inchados. Quatro meses já né

- Tá pronta amor?- Taz pergunta deitado mexendo no celular.

- Estou, você que tá aí deitado fedendo a gambá morto.

- Eu sou cheiroso minha filha, e eu já vou tomar banho, enquanto você passa reboco na cara, é
tempo deu me arrumar todo.

- Reboco seu cu, e vai logo antes que eu deite aí e não queira mais levantar. - falo e o mesmo
levanta bufando e vai pro banheiro emburrado.

Acabo de me maquiar e arrumar meus cabelos e fico esperando o Thiago, garoto e pior que eu.
Ele sai do banheiro com a toalha enrolada no corpo igual uma mulher e outra não cabeça, ele
joga a cabeça fingindo que a toalha é o cabelo dele.

- Licença babuína, vou me arrumar. - Ele fala com uma voz irritante e passa rebolando e eu
gargalho alto.
- Ridículo

- Recocada. - ele grita de dentro do closet

- Anda logo Thiagooo! - grito já com raiva

- To pronto porra, vamo logo. - ele sai de lá todo nos trinques com seus cordões de ouro e seu
traje típico da Lacoste. Lindo como sempre, como eu tenho sorte de ter esse homem.

- Amor? Me dá seu celular, quero tirar foto.

- Cadê o seu?

- Câmera tá horrível, quebrei sem querer.

- Valeu por lembrar disso. - ele fala e levanta o dedo e volta no quarto.

- Lembrar oque? Anda logo caraaaaa! - reclamo pela milhonesima vez

Ele vai até o guarda roupa e pega uma sacola rosa e vem até a mim e me dá.

- Oque é isso?

- Abre caralho.

Abro e tem uma caixinha, abro e é um iphone, puta que pariu ele comprou um celular novo
pra mim.

- Aaaa não acredito! - pulo encima dele e encho ele de selinhos.


- Vê se não espatifa esse telefone em menos de um mês, agora você não precisa do meu. - ele
pega o dele da minha mão.

- Chato, obrigado amor, de verdade. - ele me abraça.

- Nada que minha mulher não mereça, agora vamos?

- Não, ainda não, vou postar uma foto aqui.

Pego meu celular novo e tiro uma foto e posto no Facebook, faz um bom tempo que não
atualizo, aproveitei e mudei meu nome. Eu amava o sobrenome Maldonado, mas não sou mais
uma Maldonado, eu exclui esse nome da minha vida assim como exclui o dono dele. Vou usar
o do Thiago.

- Vamos..

[...]

Thiago pediu pra eu esperar a Bruna no carro um pouco antes da quadra, não consigo ver oque
tem lá mas percebo que não está tocando funk como de costume e também não está com as
luzes de sempre mas não falo nada. Bruna vem de moto com o RN e Amanda e Luan.

- Podemos ir agora, mas vocês duas vão ter que usar isso. - Amanda amostra uma máscara
cinza linda e outra dourada.

- Pra que isso? Baile de favela agora tem que usar máscara?pra esconder as cara feia dessas
neguinha da canela russa do cabelo duro? Ata, entendi.. mas não é o meu caso. - Bruna fala e
todos gargalhamos. - Não sei do que vocês tão rindo, cada coisa.

- Da sua idiotice, coloca logo isso mulher. - RN coloca a mascara nela.

- Você também - Thiago coloca em mim. Me olho no espelho do carro e até que ficou foda,
mas gastei tempo me maquiando atoa já que ninguém vai ver minha Cara.
- Agora vamos. - Amanda puxa a gente.

Vamos andando até a quadra e quando chego enfrente a ela, eu olho e está cheio de pessoas e
tem uma faixa com meu nome é o da Bruna e fotos nossas em um painel, assim que vêem eu e
Bruna, gritam todos juntos.

- SURPRESA! - Todos falam e eu olho pra Bruna que tá olhando tudo ao seu redor e olho pros
meninos e Amanda.

- Vocês fizeram isso? - pergunto

- Sim, nós todos fizemos. - Amanda passar a mão em gesto pela quadra.

- Voces duas merecem isso e muito mais e como hoje é seu aniversário e segunda é o da
Bruna, resolvemos fazer o das duas. - Amanda diz e Bruna finalmente olha pra gente e de
repente pula na Amanda e eu faço o mesmo.

Os meninos vêem e abraçam a gente também.

- Eu já disse que amo vocês? Às vezes eu sinto vontade de quebrar a cara de cada um, mas
passa rápido, eu amo vocês demais. - Bruna fala com voz de choro.

- Eu amo vocês demais também, obrigado por entrarem na minha vida e fazerem dela melhor,
hoje a noite é de vocês. - Manda diz.

Soltamos o abraço e eu beijo o Thiago.

- Obrigado amor..

- Obrigado você morena, por tá comigo mesmo eu sendo todo errado, tu merece isso e tudo
de bom nessa vida, parabéns. - ele beija minha testa.

- Eu te amo..
- Te amo mais, agora bora lá falar com as pessoas e curtir tua noite.

Entramos na quadra e minha mãe e Bianca também estão aqui, minha mãe e linda demais
Bianca mais ainda. Falo com muitas pessoas que vêem me parabenizar e me dar presentes e
com a Bruna também. Depois de falar com a maioria eu vou pra perto de uma mesa aonde
todos estão, pego uma cerveja e sento na cadeira um pouco pra descansar as pernas. Ta tudo
lindo demais, balões dourados e pratas por todos os lugares, todos dançando e bebendo. A
música tá fluindo e eu estou mega feliz por essa festa, não é como eu imaginei que seria antes
de tudo acontecer, e melhor! Mil vezes melhor. A melhor festa, melhores pessoas, os melhores
amigos..

- Vem viada, bora mexer essa raba. - Bruna me puxa.

- Aí Caraí, esqueceu que tem duas crianças aqui? - falo querendo me sentar de volta.

- Não, por isso mesmo, hoje é nossa festa, temos o direito de mexermos essa raba até o chão
já que iremos ter que passar todo nosso tempo com eles depois, agora calada e vem. -
entramos no meio da pista e Amanda tá lá também junto com Bianca e até mesmo minha mãe.

Thiago, RN,DK e LA estão sentados bebendo com uns amigos deles perto de uma mesa que é o
camarote em dia de baile.

Armas e drogas e bebidas mas percebo que Thiago só está bebendo e conversando e os
meninos também. Sem preocupação, sem brigas, sem nada de ruim, hoje é o meu dia, o dia
que eu me transformo em uma mulher de verdade em relação a idade, porque em relação a
espiritualidade eu já sou uma mulher. Dês de que descobri que tem dois seres morando dentro
de mim, quando eu entendi o significado de amar e ser amada, quando eu entendi que não
importa o quão difícil seja, sempre terá algo no final do túnel pra te fazer resistir, mesmo com
tantas dificuldades eu não desisti porque eu sabia que Thiago estaria ali sempre que
precisasse, talvez se eu não tivesse me envolvido com ele; eu não teria engravidado de duas
bençãos, eu não teria feito amigos tão verdadeiros, eu não saberia oque é família e amor de
verdade, eu não teria encontrado minha mãe, eu talvez não estivesse feliz de verdade como
estou hoje. Graças a ele eu mudei de todas as formas pra uma pessoa melhor, ele me fez
mulher em todos os aspectos possíveis e bons, eu sou feliz com ele, eu sou feliz graças a dele.
E só tenho agradecer por ser quem sou hoje, a ele e a Deus por ter me feito errar, de um jeito
tão certo. Meu melhor erro.. foi ter me envolvido com um traficante, o traficante da minha
vida, e mesmo que entre nós, aja o crime. Eu sempre irei colocar o amor na frente de tudo,
porque mesmo com o crime no meio da gente, ele nunca deixou que isso interferisse no nosso
relacionamento. E eu irei fazer o mesmo sempre.
- Sabia que você é maravilhosa de todos os ângulos possíveis, tava te olhando de la e não deu
pra aguentar - Taz fala no meu ouvido me tirando dos pensamentos. Paro e me viro pra ele.

- Obrigado.. - falo olhando em seus olhos escuros que me fitam.

- Isso foi graças a Amanda e todos aqui e não só eu.

- Não é por isso, não é pela festa.

- É pelo que então? - pergunta com uma sombrancelha arqueada

- É por ter me feito mulher naquela noite, por ter me dado esses dois presentes aqui - aponto
pra barriga e volto meu olhar pra ele. - É por ter me protegido aquela noite no hospital e
cuidado de mim e ter me amado como ninguém,é por nunca permitir que entre nós, o crime
fosse obstáculo, é por ser quem você é e ter me transformado em quem sou hoje.. - falo
parada olhando pra ele, que apenas sorri e segura meu queixo e me beija.

Um beijo doce e calmo, como das primeiras vezes eu senti a mesma sensação boa, como eu
sempre sinto, a sensação gostosa de beijar quem você ama. Ouço aplausos e assobios ao nosso
redor.

- Valeu por ter aparecido naquele dia aqui no morro.. - ele fala no meu ouvido assim que
paramos de se beijar.

Sorrio e abraço ele, sem me importar com quem estava nos observando.

CAPITULO 26

Analu Narrando

2 semana depois
Acordo com a luz do sol no rosto e a falação no andar de baixo, olho pro lado e Thiago já
levantou. Levanto e vou direto pro banheiro, escovo os dentes e saio do banheiro volto pro
quarto. Olho pro espelho, estou com a calça do Thiago e chinelo dele, minha barriga tá
grandinha, hoje finalmente vamos tentar saber o sexo dos meus bebês.

Pego meu celular encima da cama e tiro uma foto e resolvo postar já que nunca postei foto da
barriga que nem aparecia antes.

Deixo pra ver isso depois, coloco meu celular no carregador e desço pra ver que falação é essa.
Chego na sala e me deparo com a cena do Thiago e Luan e Ruan jogando vídeo game e Bruna,
Amanda e Bianca implicando com eles.

- Barriguinha.. - Bianca fala fazendo todos me notarem ali, vem até a mim e beija minha
barriga, tia babona da porra.

- Até que enfim a bela adormecida acordou. - Taz levanta e me dá um beijo e vai pra cozinha.

- Hoje é sábado, cala a boca que não foi você que ficou a noite toda com dor na coluna.

- Você não disse nada, e não esquece que hoje tem médico lá. - fala bebendo água na boca da
garrafa.

- MAÍRAAAAA, OLHA O THIAGO BEBENDO AGUA NA BOCAAAA DA GARRAFA. - Bruna grita da


sala e Maíra vem e bate nele com o pano de prato.

- Já disse pra vocês não beberem água assim, existe copo seus porco. - ela arranca a garrafa da
mão do Taz e bate na cabeça dele e ele fica parado sem acreditar e Bruna começa a rir,
Amanda também.

- X9 do caralho. - Thiago taca o chinelo nela que bate na cabeça do RN que pega e taca de
volta.

- Da pra vocês parar de fogo no cu? Obrigado tá! - falo e pego o chinelo da mão do Taz que já
ia tacando de volta.
- Outra rabugenta.. - Amanda resmunga.

- Cala a boquinha aí filhote de orca, tu ultimamente tá mais chata do que minha vó! - Taz fala e
ela da dedo a ele.

- Vocês parecem criança, nunca vi. - LA fala e continua jogando.

- Ahhhhhhh, falou o cara que tava brigando a dez minutos atrás por que perdeu um jogo! -
Bianca fala debochando

- Né, ele é o mais criança daqui e tá falando não sei oque. - Bruna bate na cabeça dele que faz
careta.

- Bem que vocês poderiam arrumar oque fazer né? - falo e me sento no sofá e bianca fica
alisando minha barriga.

- Ja arrumei, tô aqui jogando. - LA diz ainda jogando, acho que é FIFA

- Vocês não vão trabalhar não queridos? Tá na hora - Bruna fala batendo palmas parecendo
aquelas mães mandona.

- To partindo agora, mais tarde venho buscar você pra nós ir lá no postinho. - Taz fala comigo e
coloca seu boné.

- Eu vou com as meninas hoje amor, Bruna também tem consulta e Amanda também.. Bianca
vai com a gente? - pergunto e ela assente com a cabeça sem tirar o olho do celular. - O sexo
vai ser surpresa pra vocês ..

- Eu maldei essa última frase aí ... - LA fala e Bruna bate na cabeça dele que fica quieto

-Pervertido .. -falo rindo

- Surpresa pra mim nada, eu quero saber logo se é dois moleque aí dentro e fazer esses coiote
me pagar a aposta .. - Taz fala animado.
- Já disse que vai vir duas rachada, tu vai ver, vai perder milzinho pra mim .. - RN fala e ele olha
feio.

- Vocês tão aí viajando em, eu apostei que vai ser um casal..uma menina pra fazer o garanhão
aqui pagar os pecados e um moleque pra aprender a ser jogador com o tio. - ele fala se
gabando.

- Vocês apostaram o sexo das crianças? - pergunto sem acreditar nisso. Parecem doidos.

- Novidade.. já até apostaram o da Bruna também e o meu principalmente. E tem mais gente
nessa roda, até o DK tá nisso - Amanda disse revirando os olhos.

- Vocês parecem retardados.. - nego com a cabeça rindo

- Parecem? São completamente né. - Bianca diz rindo.

- Concordo com a morta. - Bruna diz.

- Ei, não sou morta

- Parece só, tu só fica nessa porra desse celular o tempo todo, parece até que não tem vida. -
Taz implica como sempre

- Ue, e melhor que ouvir a baboseira de vocês 24h, parece que aqui é hospício.

- tu é aquela paciente louca sinistra que tem um encosto no corpo que parece até aquela
menina do exorcista. - LA diz e eu gargalho.

- Eu sofro bullying nessa casa velho, vai se lascar! - Bianca levanta e vai pra cozinha.

- Liga pro Ibama e reclama miga. - Bruna fala e ela da dedo a mesma e entra na cozinha.
- Amor tenho que ir.. - Taz fala me abraçando.

- Tabom, até mais tarde. - ele beija minha testa e pega sua fuzil atravessando nas costas.

Luan e Ruan se despedem da Amanda e Bruna e saem junto com Thiago. Me esparramo no
sofá igual uma pata.

- Oque iremos fazer hoje? - Bruna pergunta e deita perto da minha barriga e fica fazendo
cosquinha pra ver se eles mexem.

Ela tá a mais de uma semana tentando fazer essas crianças mexer mas eles não dão sinal, isso
as vezes me preocupa mas pesquisei na internet e disse que é normal eles mexerem a partir do
5 meses, minha mãe disse a mesma coisa.

- Depois da consulta podemos ir fazer compras no shopping? - Amanda opita

- Pode ser, queria saber logo o sexo de todos os bebês pra podermos comprar logo tudo
juntas..

- Daqui a 1 mês a Amanda descobre o dela talvez, o seu e o meu talvez seja hoje..- Bruna diz e
levanta desistindo de perturbar os sobrinhos(a) na barriga.

- É.. vamos fazer um chá de bebê juntas? - Amanda fala e começa a alisar a barriga.

- Ótima ideia! - Bianca fala e vem comendo da cozinha.

Bianca, Bruna e Amanda estão se dando super bem dês de que descobrimos que ela é minha
irmã, no começo a Bruna implicou por causa de ciúmes mas logo acostumou e estamos bem
próximas, minha mãe tá trabalhando aqui no morro mesmo, em uma loja de roupas. Ela não
pode sair do morro por causa do ex dela lá, nem Bianca pode dar bobeira.

- Depois que descobrirmos o sexo de todas, aí começamos a organizar. - Bruna diz

- Certo, agora vai se arrumar Analu, a consulta da Bruna é primeiro que a sua e é daqui a
pouco. Você demora um século pra se arrumar. - Amanda reclama.
- Ta, tô indo.. - levanto com uma preguiça enorme e subo as escadas pro meu quarto.

CAPITULO 27

Analu Narrando

Estamos indo pro posto, vamos andando mesmo porque quero passar na sorveteria no
caminho. Hoje é sábado e ta um calor enorme. O posto está aberto apenas pra ultrassons e pré
natal hoje. Thiago queria vir a todo custo comigo, mas eu quero que seja surpresa pra ele,
assim que eu descobri o sexo eu irei ir no shopping comprar algo pro bebê, vai somente eu e
Bruna e Amanda, Bianca não vai poder ir por que já sabemos o motivo né? Enfim, ela disse que
também tem um encontro marcado com uma pessoa que não quis dizer quem é.

Chegamos no hospital e fomos até a mulher da recepção e fizemos nossa ficha agora é só
esperar.

- Bruna Trindade de Araújo .. - uma mulher loira e pequena chama na porta.

Acho que a quem vai fazer meu pré natal e das meninas, Ela se chama; Ludmilla

- Elas podem entrar comigo? - Bruna pergunta se levantando e a mesma assente sorrindo e
entramos na sala.

- Bom, deita nessa maca pra podermos fazer o procedimento da ultrassom. - fala indicando o
lugar na sala.

Depois de ficar um tempo fazendo oque deve ser feito, a médica descobriu que bruna está
grávida de um menino, que por sinal é bem preguiçoso e pequeno. Mas ela passou todas as
vitaminas e remédios pra que ela tomasse durante a gestação pra fortalecer o bebe e tudo
ficar normal.
Amanda também já foi consultada e ainda não dá pra ver o sexo do bebê, médica disse que na
próxima consulta talvez consiga ver, depende da posição do bebê.

- Você é a Ana Luise Certo? - Ludmilla pergunta.

- Sim..

- Então, faça o mesmo que suas amigas pra podermos começar e tentar descobrir o sexo
desses bebês. - diz sorridente

Me deito na maca e levanto a blusa e ela passa um gel encima da minha barriga, é um pouco
chato esse gel..

Ela liga a máquina e começa a passar o aparelho encima da minha barriga até que o som do
coraçãozinho do bebê ecoa pelo quarto me fazendo abrir um sorriso enorme ao saber que
estão aqui, Bru e manda e Bia também sorriem ao ouvir o som. Bianca principalmente.

- É.. eles estão bem, tudo certinho com a formação deles, vamos tentar ver o sexo. - Ela fala
mexendo o aparelho e a mancha na tela começa a se mexer de repente e sinto uma e cocega
na barriga. Só que por dentro.

- Tá formigando..

- É eles mexendo, eles ainda são pequenos então você só vai sentir essas cócegas até que eles
cresçam mais um pouco..

Apenas concordo e fico sentindo aquilo na barriga e achando maravilhoso, é bom essa
sensação de saber que tem algo dentro de você além de comida e que tem vida..

- Quer saber o sexo? - Médica pergunta.

- Óbvio né, Desembucha logo aí tia.. - Bianca fala nervosa e curiosa.


- Calma.. é, podemos ver uma menina aqui.. - ela fala e todas nós sorrimos principalmente eu
que parece que algo explodiu no meu peito de tanta felicidade. - E mais uma menina..- ela fala
e me olha sorridente.

- Eu sabiaaaa! Thiago tomou no cu! - Bianca fala sem ligar.

- Olha a boca galinha dourada, mas vou concordar, sabia que era duas meninas, princesinhas
da Dinda. - Amanda diz feliz.

- Também sou madrinha despacho de macumba. - Bruna fala e eu solto uma gargalhada.

- Parem voces, não podem ver uma vergonha que quer passar.. - eu digo e elas se calam.

- E Ana, suas meninas estão bem no caso da formação, mas elas estão muito pequenas ainda e
sua gravidez e de risco, você precisa tomar umas vitaminas, repousar, tomar muito líquido e
comer bastante frutas e evitar descer e subir escadas por favor. - Ela fala enquanto anota algo
em um papel e eu limpo a barriga.

- Tabom, mas as meninas estão bem mesmo? Elas vão conseguir pegar peso? Isso é normal
né? - pergunto nervosa.

- Fica calma, sim. É normal pra uma mãe jovem como você, mas tenho certeza que essas duas
vão nascer lindas e saudáveis. - diz simpática.

- Obrigado doutora.

- Toma, esses são os remédios que você precisa tomar e as coisas que precisa fazer.. por favor,
evite susto e estresse. - me entrega um papel.

- Tabom, obrigado doutora.

- Me chama apenas de Ludmila, e boa sorte .. - fala e eu assinto e saio da sala dela com as
meninas.

- Aahhhhh eu vou ser tia de duas meninas - Bianca comemora toda feliz
- Já sei em quem que meu filho vai passar o rodo. - Bruna fala alisando a barriga

- Deixa o Thiago ouvir isso querida. - Falo e ela ri.

- Já sabe nomes? - Amanda pergunta enquanto andamos.

- Ainda não, vou deixar pra decidir isso depois .. e você bru?

- Ainda não também.. Eu falei que se fosse menina o Ruan iria decidir e se fosse menino ia ser
eu.

- Então como eu sou a madrinha, vou ajudar. - Eu falo toda feliz.

- Pode ser, por tanto que não coloque o nome do meu filho de jabilineu, está ótimo.

- Credo Bruna, não quero que meu sobrinho sofra bullying.

- Gente, vocês falam demais e fazem de menos, vamos logo nesse shopping que esse calor tá
me matando. - Amanda reclama.

- Gente, eu vou indo também, boa compra pra vocês e mais tarde eu passo lá Ana .. - Bianca
fala e se despede da gente e pega um moto táxi.

- Então vamos né? Vamos pegar um Uber? - Pergunto

Aham.. - Bruna diz pegando o celular.

Depois de esperarmos um pouco, avisamos os meninos que estávamos indo ao shopping e eles
disseram que era pra ligar pra eles vir buscar a gente. Pegamos o Uber e estamos a caminho do
shopping.
Nunca estive tão feliz como estou agora, quando eu descobri que ia ser mãe eu fiquei
assustada e com o tempo fiquei feliz e realizada, hoje descobri que vou ser mãe de duas
meninas, duas pequenas princesas.. eu vou poder cuidar, amar, proteger e fazer tudo que um
dia ninguém fez por mim. Eu irei fazer por elas tudo que um dia ninguém fez por mim, vou está
presente em todos os momentos, e irei tentar ser a melhor das mães.

- Analu.. - Bruna fala me cutucando nervosa e me tira dos meus devaneios e noto que o carro
está parado e tem outros carros na frente com homens armados apontando pra gente.

- Oque é isso gente?Oque tá acontecendo aqui? - olho pra mesma e Amanda está paralisada e
Bruna também.

- É os homens do Lobão... - Amanda fala e eu paraliso na mesma hora com aquele nome que
faz com que um frio percorresse por todo meu corpo. Como se eu sentisse que aquele fosse
meu fim.

CAPITULO 28

Analu Narrando

Não faço ideia de onde estou indo, os homens do Lobão nos jogaram em carros separados, eu
e as meninas, eles mataram o taxista na nossa frente. Eu estou com medo, muito medo do que
me espera daqui em diante, não sei pra onde estou indo e nem com quem, Amanda disse ser
os homens do Lobão, mas eu não sei oque eles querem e porque querem, não sei qual a
intenção do Lobão comigo, minha mãe disse que ele é capaz de matar qualquer pessoa que
seja próxima ao Thiago só pra afeta-lo, eu estou indo pra morte.

- Pra onde estão me levando, oque fizeram com minhas amigas? Me deixem ir! - Grito dentro
do carro assim que sinto que ele parou, e não consigo ver nada porque me venderam.

- Cala boca vadia, quem sabe se colaborar, assim agilizamos as coisas e você sofre menos. - Um
homem que não consigo ver quem é, fala com uma voz rouca fazendo meu corpo arrepiar

Eles vão me matar.


Thiago, eu preciso de você!

- Porque estão fazendo isso? Me soltem, por favor! - Continuo insistindo e apenas oque recebo
é um tapa na cara, meu rosto arde mais não consigo me soltar.

- Eu mandei você calar a boca caralho! - ele grita com ódio em sua voz.

- Eu tô grávida! - Grito na esperança dele ter pena de mim, ouço ele ri

- Melhor ainda, isso vai ser bem divertido agora.. - Ele fala rindo, cara maligno.

Meu deus oque tá acontecendo, porque eu tô aqui? Eu não posso morrer, eu não posso perder
minhas filhas, não posso

- Desce do carro cadela! - ele me puxa pelos cabelos pra fora do carro com brutalidade.

Nesse momento eu estou chorando pedindo a Deus que nada me aconteça, que tudo isso seja
apenas um pesadelo e que vai passar logo. Que eu vou acordar em casa, com minhas amigas..
minhas amigas, eu não sei onde elas estão, eles devem ter feito algo com elas.

- Cadê minhas amigas? Porque separou a gente? - pergunto, mesmo sabendo que isso vai me
custar caro.

- Entra nessa merda e nem tenta fazer escândalo, ninguém vai te ouvir a não ser nós mesmos e
se eu ouvir eu venho aqui e te arrebento na porrada entendeu? - ele fala e não dá tempo deu
responder e me joga em algum canto e me solta, quase caio mas me seguro em uma mesa que
tem ali, tento correr de volta pra porta mas ele bate ela na minha cara.

Que merda tá acontecendo, eu não sei porque estou aqui, eu não sei oque eles vão ganhar
com isso, eu só tenho medo do que vai acontecer, eu tenho que proteger minhas meninas..

Eu preciso saber aonde Amanda e Bruna estão, eu preciso delas comigo, não pode acontecer
nada com elas, nada mesmo.
Ouço a porta abrir novamente e são outros caras armados, eles empurram Amanda e bruna
pra dentro da sala e ao ver elas eu só consigo levantar e correr até elas, e abraça-las.

- Eu tô com medo, oque tá acontecendo? Porque esse homem sequestrou a gente? - Bruna
pergunta chorando.

- Ele é rival do Thiago, Ruan e Luan, ele quer o morro do alemão a todo custo, ele é um
monstro, é capaz de matar qualquer um pra ter oque quer, mas tenho certeza que ele não vai
matar a gente. Ele precisa da gente viva pra usar contra os meninos. - Amanda fala e eu só sei
chorar. Eu estou na mão de um monstro.

- Fica calma Analu, eles vão buscar a gente, eles não vão deixar a gente aqui sozinhas. - Bruna
me aperta em seu peito e eu só sei chorar desesperada.

A porta abre e eu me solto delas no susto, Bruna me coloca atrás dela e Amanda coloca Bruna
atrás dela

- Três vadias elegantes..- um homem alto, com cabelos grisalhos e barba também, com
tatuagem por todo o corpo, entra na sala armado.

- Oque você quer com a gente seu monstro? Você sabe que só vai aumentar a ira deles! Idiota!
- Amanda enfrenta ele.

Ele ri e bate com a arma na cara dela e ela cai com o impacto. Me abaixo, ela só caiu, está
bem. Sinto o homem me puxar pelos cabelos e as lagrimas escorrem

- Você é a nova fiel do Taz não é? Mais um lanchinho, com dois monstrinhos nessa bola na tua
barriga. Acredita mesmo que o Taz vai vir te resgatar só por isso? - Ele ri com sarcasmo.

- Te garanto que vai, ele não é igual a você, que menospreza família, por isso que minha mãe
fugiu de você. Você é um monstro!

Eu falo e vejo ele ficar paralisado, branco, pálido, sem ação. Até que ele me dá um tapa forte
no rosto, e outros e socos e eu caio no chão, ele continua me socando somente no rosto, sinto
lágrimas escorrerem junto com sangue, até que eu vejo tudo ficando preto e perco a
consciência.
Taz Narrando

Meu peito ta queimando, parece que algo tá acontecendo,nunca senti essa porra a não ser
quando tomo um tiro. Mandei o LP seguir as meninas até o shopping, espero que não tenha
acontecido nada.

Ouço a porta abrir de repente e LP entra correndo na sala.

- Cadê elas?Já chegaram? - Pergunto ao vapor que eu mandei seguir as meninas sem que elas
vejam caso aconteça alguma coisa.

- Lo..bao.. - ele gagueja ao falar mas eu entendo oque ele quis dizer, só não quero acreditar

- CADÊ ELAS LP? CADE MINHA MULHER? OQUE ACONTECEU LA? - bato na mesa com ódio
pronto pra ir pra cima dele e quebrar ele todinho, mas RN e entram na sala.

- Oque tá pegando aqui? - LA pergunta ao ver minha ira

- Lobão mandou homens deles observarem elas, ele cercou o táxi que elas tavam e levou elas,
eram muitos, não podia fazer nada ou ele ia me matar, e matar elas - LP fala ofegante e meu
ódio sobe.

- COMO VOCÊ DEIXA OS HOMENS DO LOBAO LEVAR MINHA MULHER? - Eu seguro o pescoço
dele e levanto e vejo o mesmo ficar roxo.

- Solta ele caralho, tu vai matar ele atoa, ele não teve culpa, ele ia morrer e colocar a vida delas
em risco! - RN me puxa e eu solto ele.

Ele realmente não tem culpa de nada, mas eu tô com ódio, não posso acreditar que aquele
desgraçado sequestrou minha mulher, minhas irmãs, não acredito que eu dei esse mole de
deixar elas sair sozinha, a culpa é minha, só minha. Eu devia protege-la e eu não fiz, meus
filhos estão correndo riscos com ela, meus sobrinhos estão correndo risco, eu coloquei a vida
delas em perigo, isso é tudo culpa minha e de mais ninguém.
Eu sou um merda!

- AAAAAGH - Grito com ódio e soco a parede.

- THIAGO PORRA! - Ruan fala, ele não me chama de Thiago nunca.

- OQUE É CARALHO? ME ERRA!

- Te erra porra nenhuma, não é só tua mulher que com ele, são as nossas, todas elas estão em
risco e se ele já não fez algo, o Lobão é capaz de qualquer coisa e tu tá ligado, se a gente
mostrar fraqueza, ele ganha. Precisamos se manter firme, pensar e agir, agir de cabeça quente
vai por a vida dos nossos filhos e das nossas fiel em risco. - Luan fala tentando ficar calmo.

- Precisamos pensar, precisamos se acalmar pra depois agir, ele não sequestrou elas atoa, ele
quer alguma coisa. - Ruan começa a andar pela sala desnorteado.

- Tá! LP, você sabe pra onde eles foram ? - pergunto o mesmo que tá sentado penando não sei
em que.

- Sei, eles foram pro morro da rocinha mesmo, O PH foi com a tua fiel e os outros levaram a
Amanda e Bruna.

- Vamos invadir e buscar elas! - Falo sem pensar, com ódio, eu tenho que buscar elas e matar
aquele desgraçado.

- Tá maluco? Eles estão esperando isso mesmo, temos que esperar, agir com calma, ele precisa
agir primeiro que a gente, temos que saber a jogada deles. - RN Fala passando a mão pelo
cabelo nervoso.

Eu não consigo raciocinar, eu só penso no que tá acontecendo com a Ana, no que o Lobão é
capaz de fazer, só penso em ir agora buscar elas, eu preciso proteger meus filhos e minha
mulher, eles são tudo que eu tenho, são minha família, eu não vou aguentar a barra se ela me
deixar, eu vou entrar naquele morro igual o demônio, vou matar tudo que se mexer. Eu
preciso da minha família, minhas irmãs, minha mulher, filhos, e sobrinhos. Todos, eu preciso
fazer alguma coisa.
A primeira coisa que vou fazer depois de pegar Ana, é arrancar a cabeça daquele velho filho da
puta do Lobão.

CAPITULO 29

Lobão Narrando

Então quer dizer que a vadiazinha que tá aqui, é a tal filha da Maju, ótimo. Quis afetar um e
vou afetar dois de uma só vez. A vadia tá grávida, se eu fizer ela perder essa abominação eu
irei fazer com que o Taz fique muito puto, e é isso que eu quero, eu quero que ele haja
primeiro. Tenho certeza que RN e LA também vão querer as fiéis de volta. Mas antes eu vou
brincar bastante com as três. Vai ser ótimo comer três vadias gostosas de uma só vez.

- Acha que ele vai vir atrás dela? - PH solta quando entro na boca.

- Provável que não seja tão idiota, temos que dar um incentivo pra ele. - digo e abro a gaveta
da salinha da boca e pego uns saquinho de pó, faço a trilha na mesa e puxo, umas 4 carretilhas
de pó. Preciso está pronto pra começar minha brincadeira.

- E oque tu tá planejando?

- Você sabe, eu fico com a loirinha gostosa e a morena do Taz. - Digo rindo e ele também ri
animado.

- Jae então, vou começar a brincadeira mais tarde. - alisa as mãos e começa a cheirar também

Minha richa com o Taz é de infância dele, eu era o melhor amigo do babaca do pai dele,Gabriel
e eu eramos amigos de infância, até que crescemos juntos no tráfico, o pai dele era o dono e
meu pai era sub dono, crescemos naquilo e eu sempre quis ser o dono do alemão mas
infelizmente o idiota do pai do Gabriel colocou ele como dono e eu como gerente da boca de
10, isso me revoltou, mas cresci com a vontade de ser dono e tentei até que tive a ideia de
tirar o Gabriel do meu caminho pra tudo ficar mais fácil, matei aquele desgraçado em uma
operação que teve, eu era pra ser o dono do morro, mas quem ficou com o morro foi o
desgraçado do filho dele, aturei aquele moleque idiota até uns tempo e depois sai do morro e
vim pra rocinha, aqui foi bem mais fácil de pegar o morro pra mim, mas ainda não desisti, eu
quero o alemão também, e a cabeça daquele filho da puta junto. Ele atrapalhou todos meus
planos, como que um moleque de 17 anos fica no lugar que era meu? Então agora ele vai ter
oque merece, vou tirar tudo dele, cada coisa, e a vida dele por último.

Taz Narrando

Nenhuma notícia dela, nada, faz horas, não sei se ela tá viva ainda, se meus filhos estão bem,
não sei oque fazer sem aquela mina, parece que sem ela o mundo parou.

Eu preciso tirar ela de la,não só ela, minhas irmãs também, Bruna e amanda sao irmãs pra
mim, se alguma coisa acontecer a essas três não vou me perdoar. Vou arrancar a cabeça
daquele desgraçado do Lobão com as minhas mãos.

- Se você ficar andando de um lado pro outro com essa tua cara de cu, daqui a pouco tu afunda
esse chão. - RN entra junto com LA, Maju e a Bianca.

- Cala a boca Ruan, eu tô nervosão, vocês tem notícia? Já passou rádio pro Gaspar? Vou
precisar dele nessa parada. - Digo e pego um cigarro de maconha e acendo, não tô usando
outras drogas, só tô fumando pra ver se eu me acalmo.

- Tu sabe que se nós invadir assim de frente com eles vai dá merda né? - RN diz e eu olho pra
ele sabendo que ele tá certo, mais uma vez.

- Lobão não é burro, ele quer que nos faça isso sabendo que vamos perder essa, ele deve ter
colocado todos os soldados dele ali. - LA da ideia.

- Entao vamos fazer oque? Ficar aqui sentados esperando igual bocos enquanto nossas
mulheres tao tá sei lá se estão viva? É isso que tu quer que eu faça? - Falo irritado e começo a
andar novamente pela sala.

- Na.nao..- Bianca fala e começa a chorar com o telefone na mão e Maju pega o telefone da
mão dela.

- Meu deus! - Maju se assusta e logo entra em desespero, meu coração gela na hora.
- Que foi caralho? - Pego o celular rápido e olho uma mensagem no whatsapp com um vídeo,
um vídeo da Ana.

A ana toda ferida, nua em uma cama suja, Amanda do lado nua e machucada também e Bruna
a mesma coisa. As três encolhidas e chorando.

- Th..Thiago..me ajuda... -Ana fala em um sussurro e vejo PH da um tapa na mesma que se


cala.

- DESGRAÇADOO - Jogo o celular com ódio no chão.

Ele machucou ela, ele ferir ela, eu prometi não deixar ninguém mais machucar ela, tô me
sentindo um nada, ver ela assim fez meu ódio aumentar.

Vou pra cozinha e jogo fico no chão, tudo que vejo pela frente eu quebro, com ódio,ódio desse
filho da puta.

- CALMA PORRA! CALMA IRMÃO - Ruan me segura e me abraça e ali eu viro uma criança. Eu
tento me soltar mas ele e Luan me seguram e única reação que tenho é liberar o choro sem
pensar duas vezes, e eles choram comigo.

Chorar não me faz ser menos homem, só mostra que tenho sentimentos mesmo sendo quem
sou, nunca seria capaz de fazer isso com uma mulher grávida e inocente, ver ela naquele
estado foi suficiente pra me desmontar, mas se ele quer me ver afetado e fraco pra ele
conseguir oque quer, ele tá enganado.

- Ele quer ver nós na merda, mas não vai conseguir não irmão. Nós ta junto nisso até a morte,
ele mexeu com as mina errada, ele mexeu com os trafica errado parceiro. - LA fala segurando
minha cabeça como fazia quando éramos crianças e jogávamos bola na quadra, e estávamos
perdendo e eu queria desistir, ele e Ruan me abraçavam e sempre me davam força.

- Vamos invadir aquela porra hoje! Convoca todos os nossos aliados, eu quero a cabeça
daquele filho da puta desgraçado! - Falo firme e pego a minha fuzil e meu boné e atravesso nas
costas, eles afirma com a cabeça, Maju e Bianca estão na sala e me olham

- É perigoso Taz..- Maju diz


- Eu vivo no perigo dês de criança, não vai ser agora que vou fugir disso.

- Mãe, ele sabe oque tá fazendo.. o Lobão vai acabar matando elas, ele é um monstro, alguém
precisa parar ele... - Bianca olha pra mim e abaixa a cabeça e deixa a lágrima escorrer

- Não deixa nada de ruim acontecer a minha menina .. - Maju pede, e vejo sinceridade.

Eu apenas afirmo com a cabeça e olho pra LA e RN que tão atrás de mim parados com cara
fechada. Eles tão sentindo o mesmo ódio que eu sinto.

- LA prepara os armamentos e os nossos melhores, RN avisa o Gaspar sobre a missão, vamos


tirar elas de la hoje! - Digo e saio da casa e pego minha moto e saio pra boca, preciso resolver
tudo pra hoje, esse filho da puta vai pagar por cada ferida no corpo da minha mulher e as
mulher dos meus irmão, esse filho da puta vai pagar por tudo que já fez e vai ser hoje!

CAPITULO 30

Analu Narrando

De todos os pesadelos que ja tive, esse foi oque eu mais pedi pra que Deus me tirasse e que eu
acordasse bem. Já não estava mais raciocinando direito, não como e não bebo água e minha
boca parece está rachada por completo, uma dor toma posse do meu corpo como se um
caminhão tivesse passado por cima de mim. As únicas coisas que eu sei fazer é pedir a Deus
que não deixe eu morrer, que deixe minhas filhas vivas, elas não tem culpa de nada disso que
está acontecendo, eu nem mesma sei oque de fato está acontecendo.

Flashback On

Ele me puxava pelos cabelos até um quarto e quando entramos ele me joga na cama, eu já
estou toda machucada pelas surras que levei, não aguento mais meu próprio corpo.

- Primeira vez que como uma vadiazinha grávida, isso vai ser maravilhoso. - Ele fala tirando o
cinto da calça e eu me desespero.
- Não,não,não, por favor! Não faz isso, não faz, me solta! - me debatia e chorava implorando
pra que não faca nada e a única coisa que recebi foram mais socos e tapas.

Ele rasga meu vestido e me deixa nua, eu já não tenho mais forças pra gritar ou se quer tenho
lágrimas mais. Ele rasga minha calcinha e joga no quarto e eu tento me soltar mas é algo
impossível.

- Fica quietinha e sente o prazer piranha! - Ele bate em meu rosto com força e entra em mim,
me rasgando por completa, sinto a dor e ardência por toda minha intimidade e corpo.

E dali, eu tinha pedido todas as minhas esperanças, depois de tudo, ele me deixou no quarto
só, sem forças. Eu me sentia suja, imunda,não por fora e sim por dentro, eu estava me odiando
naquele momento, tudo que eu queria era que ele me matasse de uma vez, mas quando pedi
a Deus que me tirasse logo daquilo, que acabasse com meu sofrimento, que me matasse de
uma vez..

Eu senti algo se mexer dentro de mim, eu sabia que eram elas, eram elas se mexendo dentro
de mim, era uma sensação boa em meio toda aquela dor e aflição,eram minhas filhas,
mexendo pela primeira vez.

- A..ma..mãe,tá aqui..vai ficar tudo bem.. - falei em sussurro enquanto tentava acariciar minha
barriga, eu sabia que elas estavam sentindo tudo que eu estava sentindo também

Oque mais me doía naquele momento, não era o fato de ter tido os piores dias da minha
vida,era o fato de que eu senti minhas filhas mexerem pela primeira vez e eu não estava ao
lado do Thiago, do pai delas pra ele sentir essa sensação comigo, doía imaginar que talvez eu
não suportasse por muito tempo ou até mesmo que perdesse minhas meninas..

Eu não posso morrer, eu tenho que ser forte, forte pra sair disso tudo aqui, forte por elas..

Flashback Off

Aquela noite foi a pior de todas, eu pedi a Deus que me mante-se acordada e firme e que
protegesse minhas bebês, que me tirasse daquilo. Óbvio que os abusos e espancamentos não
pararam por ali, ele e o outro homem fizeram isso mais vezes e eu nesse momento perdi
minhas esperanças de que o Thiago vai vir atrás de mim e das meninas, eu perdi as esperanças
de que eu vou aguentar mais do que isso, perdi as esperanças de que isso vai acabar.
Amanda e Bruna estão comigo e também estão machucadas demais, Bruna principalmente.

- Analu, fica acordada.. - ouvia a voz da Amanda bem longe e dali eu já sabia que estava
desfalecendo, não conseguia abrir os olhos por mais que eu tentasse.

- Por favor...fica comigo, Ana, você não pode me deixar aqui sozinha.. - ouvia a voz da Bruna
fraca e rouca e seus toques em meu cabelo mas meu corpo estava cansado, fraco, não tinha
forças pra falar ou até mesmo conseguir respirar direito. O medo estava apertando cada vez
mais, eu só pensava em minhas filhas, e a dor aumentava, não sabia se iria conseguir.

Eu estava lutando contra o meu próprio corpo, tudo doía, minha respiração já estava fraca e
cada vez mais ficava difícil respirar.

Meus pensamentos estavam em Thiago, em como tudo começou, como eu mudei e como vim
parar aqui.

Estava tudo tão bem, as coisas estavam ótimas, eu estava feliz, não via a hora de saber o sexo
dos bebês e poder vê-los e senti-los comigo, eu e Thiago estávamos tão felizes.

De repente, o mundo resolveu virar contra mim. E no estado em que estou, nunca imaginei
que estaria, o medo por dentro me dominando.

Flashback On

- Eu te amo preta.. - Taz fala logo que chegamos ao ápice.

- Eu te amo amor - caio por cima de seu peitoral e fico ali sentindo seu peito subir e descer
conforme ele respira.

- Não vejo a minha vida sem você e sem meus filhos, tu não tem noção de como fico louco só
de imaginar ficar sem tu mina. - Disse e eu levanto meu rosto olhando pro mesmo, seus olhos
brilhavam como da primeira vez que fizemos amor.
- Então não precisa ficar louco, porque eu nunca vou sair da tua vida. Eu não me imagino sem
você e nossos filhos ou filhas. Com vocês eu estou completa.

Flashback Off

Eu não posso desistir, não agora, eu suportei demais e não posso desistir. Eu preciso lutar
contra mim mesma, mas não posso morrer. Não agora!

[...]

Sinto meu corpo doer, não consigo abrir meus olhos, mas consigo ouvir tiros e gritos. Logo
depois sinto toques nos meus cabelos, e algo pingar no meu rosto.

- Acorda amor, acabou!.. não me deixa, não faz isso comigo preta..eu te amo porra.. - Ouço
uma voz longe.

Thiago...

CAPITULO 31

Taz Narrando

Consegui invadir e tive sucesso na missão, subimos o morro por trás, A Maju nos disse uma
entrada pelo matagal que dava na boca aonde provavelmente o Lobão estava. Fui com fé e
subi, coloquei alguns dos meus pra ir pela frente e subimos eu,LA,RN e Gaspar.

Conseguimos passar pelos poucos vapores que tinha na entrada e próximo a boca, mas
quando entramos o desgraçado tinha conseguido fugir e só quem estava era PH, mandei levar
ele pro morro, lá eu resolvo! Eu precisava achar as meninas.

Achei Ana,manda e bruna. Todas estavam feridas mas Ana estava deitada no chão, sangrando
e tava apagada, respirava cada vez mais fraca e estava coberta de feridas. Aquilo me
machucava por dentro e o medo tomou conta da minha mente, ver ela novamente nesse
estado,só que agora bem pior. Saber que meus filhos correm perigo de morte e minha mulher
também, parece que ela conseguiu fazer o traficante aqui ficar vulnerável.

- Chama alguém, agora porra! Minha mulher tá morrendo! Anda caralho. - Grito dentro do
hospital sem me importar com quem estava em volta. Logo vem os enfermeiros e a levam lá
pra dentro,junto com Amanda e Bruna que também estava apagada, tento entrar mas eles não
deixaram eu passar.

- Elas vão ficar bem, irmãos! - Gaspar diz. - Qualquer coisa é só acionar de novo, já mandei os
meus soldados irem atrás de rastro do Lobão, vamos achar ele.

- Eu quero aquele filho da puta vivo, ainda tenho que acertar minhas contas com aquele
desgraçado! - Falo.

- Jae, tu sabe quem vai ficar no comando da rocinha?

- Por mim que se dane aquela porra, decide isso, tenho coisa mais pesada pra me ligar agora -
falo e saio dali e vou falar com uma das mulheres que trabalham ali mas nenhuma me fala
porra nenhuma.

- Irmão, não acharam nada, parece que ele já tava sabendo que íamos invadir e fugiu antes. -
RN senta do meu lado.

- Não é possível que ele tenha sumido do mapa do nada, temos que achar aonde ele tá
escondido, eu quero ele vivo! - Falo e levanto mas senti novamente quando percebo os
seguranças do hospital me olhando, eu sei que é perigoso está em um hospital movimentado
no asfalto, mas pra mim não interessa nada além de salvar meus filhos e minha mulher.

- Fica calma porra, se eles notar algo diferente vai dá merda - LA fala disfarçando e olhando
pros seguranças na porta.

- To nervoso, faz tempo que ela entrou naquela porra e esses desgraçados não falam nada
sobre ela.

- Relaxa cara, elas vão ficar bem. - RN e LA me abraça.


- Cadê elas? Elas estão bem? Oque aconteceu lá? Diz que minha filha tá viva - Maju entra no
hospital correndo.

- Mãe..- Bianca tenta acalmar a mesma.

- Mãe nada Bianca, é minha filha, eu passei quase toda a vida dela longe; eu não posso perder
ela, não posso! - ela começa a chorar e eu continuo sentado sem fazer nada.

- Fica suave aí Maju, eles tão cuidando delas três lá,vai ficar tudo numa boa. Elas são forte,
Analu principalmente. - Falo pra ela, tentando me auto convencer de que isso era verdade. Me
convencer de que ela vai aguentar e vai sair dessa, ela e meus filhos.

- Acompanhantes de Ana Luise Ferraz.. - Um tiozinho de branco chama e eu levanto na hora.

- Desembucha tio..

- Você é?. - pergunta

- Marido dela e pai dos filhos dela, agora para de enrolar essa porra e fala logo que caralho tá
acontecendo com minha mulher e meus filhos. - Falo nervoso e sinto uma mão sobre meu
ombro e vejo Maju ao meu lado.

- Bom, ela perdeu muito sangue, fraturou duas costelas e por pouco não perfurou a bolsa e
perdeu os bebês, ela vai precisar de uma transfusão de sangue e de uma cirurgia de urgência.

- Cirurgia?Tá me dizendo que tu vão ter que operar minha mulher? - pergunto nervoso. Eu sei
que essas paradas são de risco.

- Sim, e de urgência, mas precisamos conseguir a bolsa de sangue para a transfusão primeiro.

- E como consegue essa parada ai tio? Não entendo desses bagulho.

- Bom, aqui está em falta o tipo sanguíneo da paciente, então vamos precisar de um doador
com o sangue O negativo. - ele fala as parada e eu não entendo porra nenhuma, não sabia
nem que sangue tinha diferença um do outro.
- Eu tenho esse tipo sanguíneo.. - uma menina que surgiu do cu do inferno, fala se levantando.

Até que é gostosinha.

- E está disposta a doar seu sangue a alguém que nem conhece? - Maju pergunta a menina.

- Bom, ela é um ser igual a mim, e pelo que ouvi; ela está grávida e eu não seria um monstro
de negar um pouco de sangue a alguém que está precisando mais que a mim no momento.
Quando posso doar? - ela fala e volta a atenção pro tiozinho médico.

- Agora se puder, me acompanhe por favor. - ele fala mas eu seguro ele antes

- E como tá as outras duas que entraram aí?

- Infelizmente ainda não tenho notícias delas, assim que tiver eu irei avisar. - fala e eu afirmo e
ele vai com a menina lá pra dentro

- Eai? Oque tá pegando? - RN pergunta nervoso.

- Ainda não tem notícias da Amanda e Bruna, Analu vai precisar ser operada. - falo e me sento
na cadeira observando tudo ao meu redor.

Tenho que ficar esperto aqui.

- Elas vão ficar bem mano, fé.. - LA fala batendo fraco na minhas costas.

[...]

Depois de horas esperando aquela porra acabar, soubemos que a Analu já foi operada e
recebeu o sangue necessário lá. A menina que deu a parada lá, simplesmente sumiu do nada
feito um fantasma, porra Loka.
Amanda está bem e Bruna infelizmente perdeu o bebê, RN chorou pra caralho e tá mal, dei
meu apoio de irmão a ele porque sei como é essa parada ai que ele tá sentindo, eu senti isso a
algumas horas atrás quando pensei que perderia a Ana e meus filhos.

- Ele vai pagar irmão, nos vai achar aquele Zé cuzão do caralho e vamos vingar teu moleque, tu
sabe que nós vai tá junto até depois do fim né viado?pra qualquer parada.. - falo com RN e me
sento ao lado dele.

- To ligado irmão, preciso ir no morro resolver umas parada Jae? Toma conta delas aí; - ele fala
e eu entendo oque ele quis dizer com isso. Não vou deixar ele na mão.

- Maju e Bianca tão aí com o LA, eles ficam com elas por enquanto, também tenho conta
pendente com aquele filho da puta. - levanto e ele não faz cu doce, só saímos do hospital e os
seguranças ficaram cabreiros mas não fizeram nada. Saímos e pegamos o carro e fomos pro
morro.

[...]

- Olha quem tá aqui .. - RN fala com PH que tá sentado no chão sangrando.

- Me matem logo seus merda! - ele fala cuspindo sangue.

- Já vi que te deram as boas vindas; te matar? Ainda não, vamos brincar primeiro. - RN fala e eu
pego os cabo de vassoura e os sacos que pegamos e jogo pra ele.

- Seus desgraçados, Voces não tem ideia de como foi bom comer a bocetinha da mulher de
vocês! - ele cospe e eu vou pra cima dele e bato nele até ver ele quase inconsciente no chão.

- Você gosta de brincar com mulher dos outros né PH? Então vamos ver se você gosta de jogar
seu próprio joguinho. - falo e faço sinal pros vapor ali que pegam ele do chão e tiram a roupa
dele deixando ele sem nada.

- VAO ME MATAR? NADA DISSO VAI FAZER A MULHER DE VOCÊS ESQUECER A MINHA PICA
ENTRANDO NELAS - Ele grita com ódio e quase sem forças. Pego um balde de água gelada e
jogo na cara dele e ele desperta.
RN pega um dos cabo de vassoura e manda um dos vapor segurarem ele na posição certa.
Como uma cadelinha.

- Me soltem filhos da puta!AAAAAAAAAAAAAAAAA - Ele uiva quando RN coloca o cabo de


vassoura no cu dele sem dó.

- Não é gostoso? Ta gostando?Tá muito fino ainda nao acha não Taz? - RN fala rindo e eu pego
o outro cabo e meto nele sem pena e o mesmo uiva e o sangue escorre.

- Oque tu acha de fazermos ele pagar um boquete pra ele mesmo RN? - falo rindo e pego o
canivete.

RN pega e corta o pau dele e o sangue esguicha, ele grita e se debate oque não adiante de
nada, ele pega e enfia dentro da boca dele fazendo ele engolir praticamente. Eu rio com a
cena. Ele tá quase morrendo, já perdeu bastante sangue.

- Ele tá morrendo, vamos acabar com isso logo. - Falo com RN que assente.

- DK, pega o facão ai! - RN grita e ele trás o facão que usamos.

- Vamos ficar com sua cabeça de brinde PH, quando acharmos o filho da puta do Lobão, vamos
da a ele de presentinho. - RN fala rindo e passando a faca amolada no pescoço dele.

Ele bate o facão no pescoço do PH fazendo a cabeça dele cair e rolar pra perto do meu pé que
chuto sem pena pra RN, e o corpo cair no chão sangrando.

- Uma morte digna.. não achou? - falo rindo.

- Nada mais que merecido, agora falta mais um..

CAPITULO 32
Analu Narrando

Abro os olhos e noto está em um quarto todo branco, eu tô no céu? Pensei que nem ia entrar
na porta do céu

- Filha.. - Ouço a voz da Maju e a olho, está com o rosto inchado.

Eu não morri, amém

- Ma..mãe? Oque aconteceu? Eu não lembro de nada depois daque.. - eu travo lembrando das
noites passadas e rapidamente meus pensamentos vão até às minhas filhas.

Coloco a mão na barriga e sinto do mesmo jeito que estava antes é um alívio corre pelo meu
corpo.

- Tudo aquilo acabou, você tá no hospital, as meninas estão bem e as bebês estão também, vai
ficar tudo bem meu amor.. - Ela passa a mão pelos meus cabelos.

- Eu pensei que ia morrer ..

- Não, não vai, eu não me permitiria te perder assim filha. - seus olhos enchem de lágrimas.

- Thiago..cadê ele? - pergunto não vendo ninguém além da minha mãe no quarto.

- Ele não pode ficar aqui no hospital durante o dia por conta dos seguranças, ele é procurado,
mas ele vem toda noite te ver.

Tudo que eu lembro, era está fraca e machucada e lutando contra meu corpo pra viver, e ouvi
a voz do Thiago; aquela voz que me acalma e depois apaguei. Bruna e Amanda também
estavam comigo.

Ao pensar nelas meu coração aperta.

- Mãe.. Bru e Mandy? Elas estão bem? - pergunto angustiada


Ela me olha por uns minutos como se tivesse algo a dizer mas não sabia como.

- Fala logo mãe! Oque aconteceu? Me fala! - Digo nervosa já

- Calma, você precisa se acalmar porque sua gravidez é de risco e depois de tudo que passou,
piorou mais ainda.. por favor se acalma. - tenta me acalmar, me acalmo e espero ela
prosseguir.

- Então por favor, me diz..

- Amanda está bem, de vocês três ela foi a que resistiu melhor, infelizmente a Bruna teve uma
hemorragia interna muito forte, ela perdeu o bebê ..

Perdeu o bebê? Meu coração se parte ao ouvir aquela pequena frase. Minha amiga estava
feliz, estava ansiosa com a chegada dos bebês, estávamos planejando tudo juntas, e eu
imagino a dor que ela deve está sentindo, o vazio que ela deve está por dentro, perdemos
nosso menino, meu afilhado voltou pro céu! E aquilo me doía demais, eu só sabia chorar e
lembrar do quanto pedi a Deus que protegesse minhas filhas, e se eu tive medo em pensar em
perder elas, imagino oque a minha amiga está sentindo agora.

- Cadê o Ruan? Ele tá bem? Eu preciso ir ver ela.. eu preciso ficar com ela! - tento me levantar
mas é em vão, meu corpo está todo dolorido e os fios me impedem de levantar da cama do
hospital.

- Você não vai a lugar nenhum - ouço a voz de Thiago e olho pra porta aonde o mesmo está
parado, seu rosto inchado e meio vermelho, olheiras bem expostas. Parece que não dorme a
dias e está pálido.

- Vou deixar vocês sozinho.. tenho que ir ver se as meninas estão bem. - Maju fala e sai do
quarto.

Thiago permanece ali parado, com uma expressão indecifrável. Eu não sabia se ele estava feliz
ao me ver ou não. Não sabia por quanto tempo eu dormi, não sabia se depois de tudo aquilo
ele ainda vai querer ficar comigo. Eu me sinto tão suja, e aquele olhar parece atravessar minha
alma.
Ele caminha até a cama e eu continuo intacta sem falar ou se quer me mover. Ele coloca umas
mechas minha de cabelo atrás da orelha. E beija minha testa como sempre fazia e eu me sinto
bem.

- Nunca mais me dá um susto desse, caralho Ana Luise, eu enlouqueço sem você na minha
vida, eu te amo cara. - ele fala com a voz rouca próximo a mim.

- Eu tive medo, medo de nunca mais ouvir isso..

- Tu vai ouvir isso, pelo resto da tua vida mulher. Tu e meus filhos são minha razão. - ele alisa
minha barriga por cima do pano. E eu lembro que não havia contado a ele sobre o sexo das
bebês.

- Amor,tenho que te contar algo.. - falo sorrindo de lado ao ver ele brincando com minha
barriga.

- Solta aí

- Você precisa aprender a fazer maquiagem e vai ter que aprender a lidar com os menininhos
na porta de casa, vai ter também que acostumar com a cor rosa e lilás. - falo e ele me olha sem
entender, depois de uns minutos vejo um sorriso enorme brotar em seus lábios.

- Tu tá zoando? - fala e parece transbordar felicidade.

- Sobre tudo que disse ai? É.. podemos dizer que só o final foi zoeira, minhas filhas vão vestir
azul e preto - falo e ele revira os olhos mas sem tirar o sorriso.

- Deixa de ser palhaça, não tô crendo que vou ser pai de duas! Logo duas, tô fodido. - ele passa
a mão na cabeça e logo se aproxima da minha barriga. - Vocês estão mil vezes mais, minhas
madre.

- Sai Thiago, não começa com isso! Elas não vão ser nada disso..

- Vão sim, quem manda sou eu.


- Não vou discutir com você sobre isso, quem vai pari sou eu e não você!

- Mas quem gozou dentro foi eu e não seu dedo.

- Vocês não podem ficar juntos por muito tempo, se não rola morte súbita. - Bianca entra na
sala do hospital.

- E tu Jabulani, sabia o sexo e nem me contou né - Thiago fala e puxa o cabelo dela que bate
nele.

- Ela me pediu segredo, e irmãs não traem a outra.

- Isso aí bolo d'água. - falo zoando a mesma.

- Se foder ninguém quer né? Já viu teu tamanho? Ta parecendo até aqueles bujão com capa.

- Iala, eu não deixava, pega ela amor..- Thiago bota lenha.

- Vou pegar vai ser esses seus ovos e fritar, cala a boquinha. - digo e Bianca gargalha e ele fica
de cara fechada mas depois ri.

- Gente, como o Ruan e a Bruna estão? - falo cabisbaixa ao lembrar do acontecido. Me sinto
tão inútil de não poder levantar daqui e ir da um abraço na minha melhor amiga.

- Bruna teve um surto assim que acordou mas o médico colocou ela pra dormir novamente,
Ruan tá lá sentado naquele corredor fingindo que não está chorando. Tudo aconteceu rápido
demais.. - Bianca diz enquanto brincava com meus cabelos em seus dedos

- Eu vou lá ficar com ele, tu vai ficar bem aí? - thiago pergunta e eu assinto sorrindo fraco.

- Diz a ele que estou com eles mesmo não podendo levantar daqui e que tudo vai ficar bem..

- Jae, depois eu colo aqui.


Ele sai e eu deito minha cabeça na cama, pensando em como tudo isso aconteceu do nada,
veio devastando a vida de todos nós, tirando coisas nossas que jamais poderam voltar. Tudo
que passei na mão do Lobão eu acho que nunca vou esquecer, ele arrancou de mim uma luz
enorme, mas nada que o tempo não cicatrize. Mas as cicatrizes irão permanecer ao me
lembrar daquelas noites. Minha amiga perdeu o filho, e eu sei que ela jamais vai esquecer
dessa perda, assim como eu também não vou.

Eu espero que agora, tudo fique bem, tudo se encaixe em seus lugares, que eu possa ir pra
minha casa, que eu possa ir ver minha amiga e da um abraço apertado nela e chorar junto com
ela, que eu possa continuar a viver como antes. Que eu possa tentar ser feliz; com meus
amigos, com minha família.

CAPITULO 33

Analu Narrando

3 meses depois ...

Se passaram três meses e eu já sai do hospital, Bruna e amanda também. Bru ainda não
superou totalmente a perda do Hugo, mas ela tenta o máximo e eu estou sempre com ela, até
porque ela anda um pouco depressiva depois do acontecido, confesso que eu também fiquei
mas thiago me ajudou bastante, e tudo tá voltando ao normal.

Amanda já está com 5 meses e a barriga já tá aparecendo, é um menino também, nome dele
vai ser Lucca, eu estou com meus 8 meses caminhando pros meus 9, faltam apenas uma
semana pra isso.

Thiago e os meninos ainda não pararam com a busca ao Lobão, mas parece que ele sumiu do
mapa, do nada; fiquei sabendo que Thiago matou PH, por um lado eu me aliviei demais, por
outro me senti um pouco mal mas passou. Mas pelo menos não tivemos mais problemas, sem
medo, sem briga, sem mortes ou até mesmo sequestro e sustos.

Minha gravidez está indo bem, mas Thiago e os outros não saem do meu pé, não me deixam
nem descer as escadas sozinha e isso enche o saco; até no banheiro ele vai atrás pra ver se
estou bem, confesso que é fofo ver o cuidado e preocupação dele e dos meus amigos e minha
mãe. Mas eu as vezes me irrito, porque só quero paz e ficar sozinha de vez em quando, oque é
impossível. Mas sei que é pro bem da minhas filhas essa preocupação toda, a e nome das
meninas vão ser Mirella e Victória. Thiago que escolheu o Victória e eu o Mirella. Eu gostei!

O quarto delas estão todo montado, Bruna e Amanda e Bianca me ajudaram em tudo, todos
estão ansiosos pela chegada das meninas e do Lucca. Principalmente Thaigo, ele todos os dias
conversa com elas e fica dizendo que não vão namorar, que ele vai fazer elas virarem freira e
coisa do tipo e eu racho de ri. Ele não vai fazer isso, não é nem doido.

Bom, a minha mãe tá dormindo aqui esses dias porque está me ajudando na gravidez, Thiago e
Bianca continuam implicando um com o outro mas sei que se amam no fundo, bem lá no
fundo. Minha mãe e ele estão se dando bem, voltamos a ser uma família normal, agora tenho
minha mãe comigo e minha irmã. Meus amigos e minhas filhas. Não vejo a hora delas virem ao
mundo, e tudo ficar bem.

- Amor, você tá bem? – Ouço Thiago dizer ao entrar no quarto e tiro o cobertor de cima do
rosto e olho pro mesmo que está com a fuzil atravessada no corpo e de boné. Ele não larga
essa arma.

- Estou sim, só quero dormir. – Falo e me viro pro lado com cuidado, pôs a barriga tá enorme e
não para de crescer;Eu estou igual a um balão, literalmente, cada dia que passa fica mais difícil
ainda me sentir confortável com uma barriga enorme como essa.

- Já são três horas da tarde, você tá aí a maior tempo, já até fui na boca resolver as coisas,
oque tá pegando? Você tem que comer. – ele fala e ouço o barulho da fuzil no chão e ele senta
na cama.

- Thiago, eu quero ficar sozinha, eu posso? Eu quero dormir, eu quero descansar em paz;
aproveitando que suas filhas não estão brincando de quebrar a costela da mamãe, tem como
me deixar? – falo irritada e me sento na cama com cuidado.

Eu não posso ficar um segundo sozinha, isso tá me irritando já.

- Blz.. – Ele fala e da de ombros e levanta.

Como assim? Ele não vai brigar? Ele não pode me virar as costas!
- Volta aqui! Eu tô falando, não diz tá pra mim! – falo e ele me olha sem entender e ri.

- Tu quer que eu discuta com você? Que eu grite? Que eu te force a descer e comer? Não Ana,
eu não vou fazer isso, se você quer ficar na tua, tu vai ficar eu; tô indo pra boca, tchau! – ele
fala e sai e me deixa lá sozinha.

Grrr, que merda! Minha bipolaridade só atrapalha, ultimamente eu estou insuportável, tudo
me irrita, tudo me estressa, eu grito com todos, brigo com todos e o pior de tudo é que dez
minutos depois eu esqueço e me arrependo, INFERNO!

Levanto da cama agarrado na cabeceira pôs não me aguento em pé direito, caminho até o
espelho e vejo que a barriga está enorme é muito baixa, não consigo ver meus pés.

Caminho até o banheiro e entro, tomo um banho e saio do banheiro rápido e vou pro closet,
pego um vestido bem soltinho e uma cueca do Thiago, não consigo usar minhas lingeries, me
incomoda horrores. Depois de me vestir eu prendo o cabelo e desço as escadas com cuidado
indo pra cozinha comer alguma coisa.

- Boa tarde bujão. – Bianca fala assim que me sento na mesa.

- Não teste meu humor hoje cadela desdentada. – falo me servindo do almoço.

- Ihhh, acordou com a macaca hoje? Credo em! – Bruna entra falando e eu olho pra ela de cara
feia.

- Não ferra você também Bruna, me deixa! – falo e me levanto indo pra sala e sento e ligo a tv
e logo depois Amanda entra.

- Toma, fiquei sabendo que tu tava estressada, isso aí me acalma. – ela fala me dando um
pacote de fine e chocolates.

Eu amo ela cara, ela me entende até quando estou de mal humor, ao contrário dessas pestes
que só faz me irritar.
- Obrigado, juro que tava precisando, ou eu ia beber o sangue de certas pessoas! – falo
comendo o fini.

- Tu tá vendo muito the vampire diares querida, tu não é Katherine Pierce não viu! – Bianca se
joga no sofá e pega um fini e eu olho com um olhar mortal pra ela.

- É, não sou! Mas te garanto que sou pior, agora me dá isso aqui porque não te pertence. –
pego o fini dela e Amanda gargalha.

- Tem gente que tá assustadora hoje. Deus me livre. – Bruna reclama e troca de canal e coloca
na série supernatural

- Viu nada ainda..

- Cadê thiago e os meninos? – Amanda pergunta.

- Thiago hoje foi me irritar pra levantar, brigamos e ele disse que ia pra boca. – falo e fico
assistindo.

- Ruan saiu cedo pra uma missão que não quis dizer oque era. – Bruna fala e se deita perto da
minha barriga e as meninas começam a mexer.

- Luan também. E o DK Bianca? – Amanda fala e Bianca tira o olhar da tv e olha pra gente com
cara de sonsa

Faz dias que Bianca sai de noite pra ir se encontrar com alguém, e ontem a Amanda disse que
viu ela com o DK, eles dois são fofo juntos e eu shippo demais, mas pelo jeito alguém não quer
assumir aí.

- Ih, tão doida é? – ela fala, sonserina

- Desembucha Bianca Santos, eu te vi ontem. – Amanda fala e ela olha com raiva.

- Eu já te disse que te odeio Amanda?


- Vamos dizer que sim, mas eu sei que isso é amor acumulado. – Amanda da de ombros e ri.

- Fala logo Bianca, caralho! – reclamo irritada.

- Tá.. a gente tá saindo faz uns meses, mas não sei se é algo mais que ficadas! Pronto.

- Meses? E não sabe se é só ficadas? Ata Bianca, ata! Fala logo, um dos dois não quer assumir,
e quem e? – Bruna diz.

- Eu.. eu não sei se eu quero mesmo isso.

- Porrr? – digo e ela respira fundo.

- Medo, tenho medo sabe? De sofrer .. eu vi oque minha mãe sofreu ao se apaixonar por um
traficante.

Eu entendo ela, eu tive esse mesmo medo.

- Bia, nem todos são igual, olha pela gente.. somos felizes, protegidas e amadas, eu tive medo
também, mas eu não me arrependo de ter deixado o medo de lado e arriscado com o Thiago.
Você precisa arriscar, o Derik é uma boa pessoa. – falo e ela me olha.

- É eu sei, só não sei como dizer a ele que estou gostando dele..

Ela fala e na hora eu começo a sentir um líquido escorrer entre minhas pernas, sério que eu
me mijei? Quando eu olho, vejo que não é mijo. Puta que pariu! A bolsa estourou, eu vou pari,
eu não tô pronta ainda, não agora, falta uma semana, falta uma semana, aí meu deus.

- Gê..gente...e..eu..- falo mas começo a gaguejar e as meninas me olham.

- Que foi Analu? Tá sentindo algo? – Bruna veio e olha pro chão e olha novamente pra mim. –
A BOLSA ESTOUROU!
- Calma Ana, respira aí, liga pro Thiago alguém...MAEEEEE! – Bianca grita desesperada e eu não
sei nem mais oque fazer, uma dor insuportável começou do nada, minhas pernas doem,
barriga, costas, tudo! Principalmente minha intimidade, parece que tá rasgando.

- Oque houve?! – Maju entra na sala correndo e se assustada ao me ver. – Filha.. respira
devagar, segura mais um pouco tá? – Ela fala tentando me acalmar, mas só de saber que vou
ter um parto normal, com duas crianças enormes saindo de mim, não tem como manter a
Calma. Parece que tá me rasgando inteira.

- AAAAAAAA... – berro ao sentir a dor aumentar.

CAPITULO 34

Analu Narrando

- AAAAA, EU NAO ESTOU AGUENTANDO MAIS! - Grito com a médica.

- Você precisa ter calma, e força. - a médica fala,plena, como se não estivesse parindo.

- NÃO ME MANDA TER CALMA SE NÃO É DA SUA BOCETA QUE TA SAINDO DUAS CABEÇAS
ENORMES, OKAY? AAAAAAA. - surto. Está doendo demais.

Depois de quase uma hora no desespero, eu finalmente estou na maternidade, pronta pra dar
a luz. As dores só estão aumentando cada vez mais, disseram que eu não preciso fazer toque
porque já está com dilatação suficiente.

- Olha Ana, eu preciso que você faça força assim que eu disser, tudo bem? Você consegue. - A
médica fala comigo e eu apenas assinto e seguro a mão do Taz.

Sim, o Taz está aqui, ele veio correndo assim que soube que estava prestes a parir, todos estão
aí, e quando eu digo todos, são todos mesmo! Até mesmo alguns moradores da favela, eu fiz
amizade com muitos ali e todos estavam ansiosos pela chegada das meninas.
- Agora.. - A médica fala e eu faço toda a força possível, sinto minhas veias pulsarem no meu
pescoço, minha cabeça parece que vai explodir e minha intimidade dói pra um caralho.

- Força Analu..mais força! - a médica fala apressada como se eu não estivesse fazendo força.

- O CARALHO, EU TO FAZENDO O MAXIMO DE FORÇA, ACHA QUE NAO TA DOENDO? PARECE


QUE TEM UM BEBESAURO SAINDO DA MINHA XOTA, ENTÃO COLABORA! - Eu grito enquanto
faço força, eu não aguento mais, parece que a dor não para e ainda por cima tem um médico
empurrando a minha barriga pra baixo.

- Calma, você consegue, eu já estou vendo ela..- diz e eu respiro fundo e faço novamente força
e sinto a dor diminuir; mas não para por completo e logo um choro fininho se ecoa pela sala.

Ela nasceu..

- Ainda não acabou, preciso que você continue Ana. - a médica diz e eu começo a respirar
fundo e volto a fazer força, mas meu corpo está cansado e parece que não está adiantando eu
fazer força alguma.

- E..eu..não aguento mais fazer força.. - falo sentindo minhas forças indo embora, e meus olhos
pesarem, meu coração está acelerado demais, minhas veias pulsando.

- Não..não, você não pode desmaiar agora Ana, sua filha tá ai dentro e precisa sair ou ela pode
se sufocar..- ela fala e começa a fazer algo, sinto Taz me sacudir e falar algo mas não consigo
ver e nem entender, apenas apago.

Taz Narrando

Ela deu a luz a minha filha, a minha menina, mas ainda não acabou. Ela precisa por a outra pra
fora. Olho pra ela sem entender oque tá acontecendo e vejo seus olhos fecharem e tudo em
mim gela.

- Amor,acorda! Ta doida? Isso não é hora Ana, nossa filha precisa nascer! - Começo a balançar
ela nervoso.
- Você precisa sair agora Thiago, iremos precisar retirar a outra em cirurgia,você não pode
ficar,tirem ele! - A doutora fala e uns homens vem pra me tirar mas eu me solto. Eu não vou
sair.

- Tá maluca, minha mulher tá aqui e eu não vou sair. - eu grito com os cara, puta que pariu, se
minha fuzil tivesse aqui eu fuzilava esses filho da puta.

- Você precisa Thiago,agora! É a vida da tua mulher e tua filha. Sai! - Ela pede e eu olho pra Ana
apagada na sala e saio. Vários médicos entram na sala quando eu saio e ouço alguns falarem
coisas nada haver que não entendo porra nenhuma.

- Estamos perdendo ela, precisa ser rápido! - um dos médicos falam entrando.

- Que? Vocês estão perdendo quem? Tão maluco? Se minha mulher morrer eu acabo com esse
hospital? - Digo segurando um dos médicos pelo pescoço.

- V..vamos fazer o possível pra que nada aconteça a nenhuma das duas.. - O cara diz e eu solto
ele, e ele entra na sala.

- Oque tá acontecendo Thiago? - Maju vem até mim.

- Porque essa correria lá pra aquela sala? - Amanda fala mostrando nervoso.

Eu fico em silêncio sem saber oque falar, minha mente só esta na Ana, naquela sala, naquela
cama, apagada, pálida,fraca. Eu não posso perder ela agora, nem minhas filhas, depois de
tudo.

- Taz, cadê a minha amiga, porque você não ta la dentro, porque tem médicos entrando,
porque você não fala! - Bruna surta, como se já soubesse oque tá acontecendo.

- Eu não sei caralho, eu não sei porra! Eu não sei.. ela simplesmente apagou, no meio do
bagulho, ela só conseguiu ter uma das meninas e na outra ela apagou, eles me tiraram de la e
eu não posso fazer porra nenhuma, eu não sei! - Falo sério sem saber oque fazer,como agir.

Eu sabia que tinha esse bagulho de gravidez de risco, mas não imaginei na minha caixola que
eu poderia perder minha mulher. Eu não imaginei que isso podia acontecer. Parece que dessa
vez, é diferente, parece que dessa vez a dor é maior, eu já senti medo de perder ela, mas
parece que agora aumentou, parece que eu saí daquela sala e não vou ver nunca mais ela, eu
nunca senti esse caralho!

- Ela vai sair de lá irmão. - Ruan me abraça, e quando vejo eu tô chorando. Como eu não
chorava a tempos.

- Eu não posso perder ela cara! Não vou me perdoar, eu sou o culpado disso, eu engravidei ela,
e agora ela tá la..

- Não fala merda Taz..tu não tem culpa, vocês dois fizeram isso, tuas filhas não são um erro,
foram o melhor acerto, trouxe felicidade pra vida de todo mundo aqui parceiro, até pra mim e
a Bruna. Ela vai conseguir, ela vai sair daquela sala viva, e tuas filhas também.

Luan e Ruan ficam abraçados comigo. Eu não tiro o meu pensamento dela. O medo sai da
minha mente. Fico ali sentado na sala de espera, e ninguém sai pra falar porra nenhuma sobre
elas.

Estamos perdendo ela..

Uma das meninas nasceu, eu vi minha filha nascer, minha princesa, toda sujinha de sangue, eu
nunca me imaginei sendo pai, quando fiquei sabendo fiquei mó feliz. Parece que minha vida
passou a ter sentido depois que soube que eu iria ter um filho, depois que fiquei sabendo que
eram dois, aumentou minha felicidade. Quando soube que eram meninas, fiquei meio Slá,
depois de ver ela ali..viva, chorando e tao grande e fofa, parecendo uma boneca. Meu coração
ficou feliz, mas ao ver a Ana apagando, e com uma das meninas dentro dela ainda. Parece que
apagou tudo.

CAPITULO 35

Taz Narrando

Já passou hora pra caralho e nenhum médico sai dali de dentro, tá geral aqui. Eu sei que não
sou digno de pedir nada a Deus, mas já fiz minha oração a ele pedindo que protegesse elas lá.
Bruna teve crise e Ruan pediu que a sedassem ela o mais rápido possível. Amanda e Bianca e
Maju estão com ela.
Vejo a porta abrir e os médicos saírem falando entre eles.

- Eae tio,minha mulher e minhas filhas? Di qual é? Oque aconteceu lá? - Pergunto é o mesmo
doutor que perguntei antes.

- Suas filhas estão bem, já foram para o berçário, sua esposa perdeu muito sangue e teve uma
parada respiratória e quase perdemos ela no meio do parto; mas conseguimos reverter e ela
está bem, só vai precisar ficar em observação e vai ficar mais que os dias normais aqui no
hospital.

Eu não sei nem que porra e parada cardíaca, só sei que ao ouvir ele dizer que minhas filhas
estão vivas e minha mulher. Por automático eu abracei o cara.

- EU SOU PAI PORRA! - Eu grito sem me importar com nada. RN e LA me abraçam


comemorando.

- Parabéns e boa sorte. - O médico diz e sai com os outros.

- Ae porra, agora Hugo já tem a nova fiel dele. - LA fala e eu olho pra ele.

- Se ele quiser ter as bolas dele costurada no cu, sim.. a nova fiel dele em. - Falo.

- Oque aconteceu? Ta tudo bem? Os médicos falaram algo? - Maju vem com as meninas,
provavelmente depois de ouvir os gritos.

Nunca senti tanta felicidade em saber que vou ter que cuidar de mais duas mulheres, as três
mulheres da minha vida estão bem.

- Sim, Mirella e Victória estão bem e a Analu também. - LA fala por mim e Amanda e Bruna
pulam em mim me abraçando.

A amizade entre a gente é coisa que só nos entende, uns estão juntos comigo dês do início, e
outros não. Mas todos vão comigo até o fim, as vezes eu digo que talvez eu não confie nem em
mim mesma. Mas todos sabem que quem eu mais confio na vida são meus irmãos de alma.
Estão comigo pra qualquer parada.

- Agora se prepara que lá vem um Hugo pra te fazer perder os cabelos com essas meninas - Bru
fala rindo.

- Já avisei ao pai dele oque vai acontecer - olho pra LA que me dá dedo rindo.

Por um momento eu achei que fosse perder as mulheres da minha vida, por um momento
perdi as esperanças, mesmo não merecendo Deus me ouviu, porque ele sabe que mesmo
sendo quem eu sou, eu amo, eu sinto, eu tenho medo, eu tenho sentimentos, eu sou humano.
Espero que lá de cima minha veia esteja me olhando, e vendo o tanto que tô feliz. E espero
que ela veja as netas.

Analu Narrando

Acordo com uma dor imensa na barriga e na cabeça, olho em volta e estou em um quarto todo
branco e cheio de aparelhos. Eu não me lembro de quase nada, só me lembro que estava em
trabalho de parto e de repente apaguei.

- Minhas filhas...- falo baixo ao sentir que estou vazia por dentro. Olho e vejo que a barriga
enorme diminuio

- Você acordou - Ouço a voz do Thiago e ele vem até a mim. Estava sentado na cadeira.

- Sim, e as meninas? Oque aconteceu? Porque não me lembro de ter terminado o parto? -
pergunto um pouco nervosa e com medo da resposta.

- Você teve uns problemas aí e tiveram que operar você pra tirar uma delas, mas está tudo de
boa com ela e você. - ele fala e eu suspiro aliviada.

- Você já viu elas? - Pergunto e ele sorri.

Meu coração se enche de felicidade assim que a porta do quarto do hospital se abre e uma
enfermeira vem trazendo as duas em um bercinho de hospital. Todas enroladinhas igual dois
pacotinhos.
- Que bom que você acordou Ana, essas duas coisinhas lindas estão com muita fome. - A
enfermeira diz e me trás uma delas.

Ela me ajuda e me ensina como amamentar, a primeira foi super de boa e não doeu quase
nada,elas sao lindas, idênticas ao pai, única coisa que puxou a mim são a cor dos olhos. São tão
pequenas, parecem duas bonequinhas de porcelana. Thiago está segurando uma delas, com
um sorriso besta no rosto enquanto observa cada detalhe delas duas.

- Bom, vou deixar vocês sozinho um pouco com elas e já já venho buscar elas duas pra levar
pro berçário, e precisam fazer o registro delas duas. - A enfermeira sai do quarto.

- Certo..- falo e ela sai e eu continuo observando meus dois presentes.

- Tem alguém aqui que tá com fome.. - Thiago fala e me da ela.

- Ja vi que essa aqui vai ser morta de fome. - falo vendo a mesma sugar meu seio forte e doía
mas era bom amamentar.

- Igual a mãe né fia, elas são idênticas; como vamos saber quem é quem? - ele pergunta e eu
acabo rindo.

- Eu percebi, mas uma delas tem um sinal no bracinho e a outra não. - falo olhando o braço
dela.

- tu tá a dez minutos com a criança e já percebeu até os sinais que elas têm, Ana? - pergunta e
eu gargalho.

- Claro, elas são minhas filhas e eu já vi muitos casos de troca de bebês na maternidade, tenho
que gravar cada traço delas.

- Ninguém vai trocar ninguém aqui não, meto bala em todo mundo. - ele fala sério.

- Ihh..não começa a falar dessas coisas perto delas não e eu espero que você não esteja
armado, entendeu Thiago? - falo olhando pra ele que desvia o olhar, eu já sabia que ele tá
armado, ele nunca anda sem arma e eu entendo, mas aqui é um hospital.
- Oi.. tem gente aqui que quer ver as duas princesas aí..- Bianca fala na porta e sorri ao me ver
amamentar.

- Tenho que ir lá registrar elas, daqui a pouco eu broto ai. - Thiago diz e sai do quarto e a
cambada entra.

LA,Bianca,DK,Bruna,RN,Amanda e Maju.

- São a cara do pai. Ainda bem porque se puxasse a mãe né. - RN fala com a Mirella no colo e
eu olho pra ele com raiva.

- Querido, elas são lindas porque são minha filha, cala essa boquinha aí!

- Quem disse? Essas duas são a cara do Taz. Deselude que de você elas só tem os zoio de
coruja. - Bianca diz e eu dou um tapa nela.

- Você é minha irmã, deveria ficar do meu lado! - falo indignada.

- Ue, tô sendo sincera; não foi dessa vez né mana , quem sabe dá próxima não vem um com
sua cara! - Eu olho pra ela com cara de "??"

- Que próxima garota? Sai dessa, daqui não sai mais nada. - falo e ela ri.

- ATA ANALU, ATA. - fala e eu reviro os olhos.

Victória e Mirella são lindas e eu agradeço tanto a deus por ter me dado elas de presente. E
agradeço ao Taz por tudo isso! Por mais que nada tenha sido fácil, foi por ele que eu achei
minha mãe, por ele que entendi oque é amor de verdade, foi por causa dele que virei essa
mulher que sou hoje diferente da criança que eu era a um tempo atrás, por ele que ganhei
essas duas felicidade hoje. É graças a ele que sou feliz hoje por ser mãe.

CAPITULO 36
Analu Narrando

Hoje finalmente eu estou indo pra casa, fiquei aqui umas duas ou três semanas. Muito mais
que o certo de ficar, mas soube que tive uns problemas no parto e então precisei ficar aqui.
Mas hoje recebi alta e ja posso ir pra casa. Toia e Mih estão com Thiago.

- Vamos? - pergunta entrando no quarto do hospital.

- Vamos, cadê as meninas? - pergunto não vendo elas com ele.

- Tão no carro, só vim te buscar. - diz e eu assinto, ele pega as bolsas das meninas e a minha e
saímos.

Fomos direto pro morro, nossa casa! Não vejo a hora de poder tá no meu cantinho, na minha
cama. Todos estão esperando lá em casa pelo que soube.

- Chegamos. - Taz diz e eu desço do carro e pego a Victória no banco de trás no bebê conforto
e Taz pega a Mirella e entramos na casa.

Meus amigos estão todos aqui, minha mãe também.

- Até que enfim, pensei que tinham fugido com minhas filhas. - Bianca fala pegando Victória do
meu colo.

- Não me lembro de ter transado contigo, e nem me lembro de tu ter parido elas. - Taz implica
e a mesma faz cara feia.

- Coe irmão, já pode proporcionar um baile em comemoração a chegada das princesinhas do


morro. - RN fala com Taz.

Esses meninos não conseguem ficar longe de baile, meu deus!


- Pode pá fiote, sábado vai ter, mas e ai; os bagulho do armamentos de fora lá? Ta tudo certo?
- Taz diz com RN e LA

- Tá tudo certo, guardamos as paradas já pra não dar confusão; única coisa que tá tirando do
sério já é aquele filho da puta da rua 5 que não quer pagar oque tá devendo pra nós, peguei
ele ontem roubando no asfalto mas não quer pagar.

Eles começam a conversar entre si as coisas do morro. Achei que hoje seria um momento bom,
sem essas coisas de tráfico, parece que ele não consegue ficar longe disso nem por um dia,
nem pra curtir as filhas.

Pego as meninas e subo pro quarto junto com Bruna, Amanda,Bianca e Maju. Não suporto
ouvir a conversa deles, sempre tem morte de pessoas no meio e eu não gosto então me afasto
pra não ouvir e também tô bem cansada, preciso de um banho e relaxar.

- Amiga você tá bem? - Bruna pergunta sentando na cama.

Victória e Mirella estão deitadas no meio da cama e as meninas estão envolta delas pra que
elas não caiam.

- Sim, estou.. porque?

- Você se afastou dos meninos e veio pro quarto, não tá com uma cara muito boa..

- Percebi isso também, aconteceu algo entre você e o Taz? - Amanda pergunta.

- Não, só não me sinto bem com a conversa deles e também achei que hoje seria o nosso dia
entende? Só os amigos, conversa boa sem ser morte, droga,arma,trabalho,bailes, como
sempre entende? Nossas filhas chegou hoje e queria que todos pudéssemos aproveitar pelo
menos um dia fora dos problemas, só sermos nós. Mas parece que ele não consegue ficar
longe do trabalho e não consegue ficar um segundo longe de tudo que envolve o tráfico. - falo
sincera e cansada. Suspiro ao falar e engulo seco a vontade de chorar.

Dês de que estava no hospital o Taz não para um segundo se quer de ligar pros meninos pra
saber como estão as coisas, parece que não consegue ficar longe, tudo envolvia o tráfico,
armas, drogas,mortes. Ele nunca tira um tempo pra ser apenas o Thiago, um Thiago que é
apenas marido, pai e meu amigo. Parece que isso é uma missão impossível pra ele. Mas tudo
bem, é a vida dele, eu não posso mudar isso, tenho apenas que aguentar.

- Eu te entendo, ultimamente RN também não para dentro de casa um minuto se quer e


quando aparece é apenas pra brigar.

- LA também, parece que o filho não é prioridade; ele mal fica comigo como antes.

Elas falam e eu fico sentada no sofá do quarto pensando.

- Vishh, dor de cotovelo não dá certo, vou saindo.. tenho que ir no DK que ele pediu pra eu ir
lá. Beijos pra vocês. - Bia fala e sai do quarto.

- Meninas.. vocês precisam sentar e conversar! É uma fase nova pra eles e eles nunca foram
pai antes ou até mesmo marido. Pra que eles sejam o melhor, vocês precisam mostrar oque é
o melhor pra vocês, de qual jeito. A vida deles é essa e tentar mudar não vai adiantar de nada,
só vai trazer discórdia, eles amam vocês três só precisam se adaptar a isso que anda
acontecendo. - Maju fala e eu apenas ouço e fico calada.

Realmente, eu preciso conversar com ele, nunca comentei como me sinto sobre isso. Thiago
sempre foi meu amigo além de marido e tenho certeza que conversa com adiantar. Mais tarde
falo com ele.

[...]

Todos já foram embora depois de ficarmos a tarde toda conversando entre nós, comemos e já
está de noite. Minha mãe foi pro quarto dela e Bianca tá na casa do DK.

- Amor, deixa que eu faço isso.. vai descansar! - Thiago fala aparecendo na porta do quarto das
gêmeas.

Estou colocando a fralda na Mirella, dei banho nas duas e dei mama a Victória que ja dormiu,
agora falta a Mirella que também está quase dormindo.

- Pode deixar que eu termino, já tô acabando. - falo e ele assente e vem ate a mim e fica
observando como faz.
Eu aprendi a cuidar delas com a enfermeira e também com minha mãe, e vamos dizer que tem
uns sites que ajudou muito sobre essas coisas de cuidar de dois bebês e eu estou me saindo
bem pelo jeito. E ótimo cuidar das minhas filhas, mesmo que isso canse, é a melhor coisa da
vida, ter duas vidas pra chamar de sua e cuidar com todo amor.

- Elas são perfeitas. - Ele fala observando Victória dormindo no berço enquanto eu amamento
Mirella.

- São, idênticas a você. Só puxou meus olhos. - falo olhando Mirella me sugar com toda força,
morta de fome

- Vão ser maravilhosas, porque eu sou um gato. - ele se gaba e eu reviro os olhos

- Idiota..

- Obrigado - ele fala e eu não entendo e olho pra ele com uma sombrancelha arqueada.

- Porque? - pergunto e ele vem até a mim e acaricia os cabelos da Mirella e me olha.

- Por ter me dado elas duas, por ser essa mulher maravilhosa, por ter entrado na minha vida. -
ele fala com os olhos brilhando e beija minha testa.

CAPITULO 37

Analu Narrando

Acordo com um chorinho na babá eletrônica e levanto rápido e deixo Taz dormindo, corro pro
quarto das bebês e Victória tá acordada comendo a própria mão.

Hoje elas fazem um mês de vida e vou fazer uma festinha de mesversario pra elas. Taz me
ajudou nisso, depois que conversei com ele, agora ele tá ficando mais tempo com a gente e
menos tempo falando de coisas do trabalho dele. Tá ótimo assim
- Oi amor da mamãe..- falo com ela e a pego no colo e sento na poltrona de amamentação e
amamento ela.

Depois de amamentar ela eu dou um banho nela e coloco ela no berço de volta e faço o
mesmo com Mirella que já estava acordada olhando pro nada.

- Mas que criança gorda..- falo dando banho na Mirella.

Elas estão com um mês e estão enorme e gordinhas, lindas que só e cada dia mais estão
parecidas com o pai.

- Bom dia vagaba, minhas princesas tão acordada? - Bianca pergunta entrando no quarto.

- Sim, já dei banho. Faz um favor? Pega a Victória e desce com ela e põe no carrinho. - falo e
saio do quarto com a Mirella no colo e vou pra cozinha aonde minha mãe e Maíra já fizeram o
café.

O Thiago não quer que minha mãe vai embora, então ele deu uma casa pra ela do lado da casa
do RN e Bruna. Eu amei a idéia de ter minha mãe por perto sempre.

- Bom dia, vai comer..deixa que eu fico com elas. - minha mãe pega a mirella do meu colo e vai
pra sala.

- Bom dia Maira, hoje é sua folga, oque tá fazendo aqui? - pergunto e dou um beijo na testa da
mesma.

Maíra se tornou minha segunda mãe.

- Eu não iria deixar você na mão sozinha pra fazer as coisas da festa delas. Vai tomar seu café e
não se preocupe comigo.

Eu assinto e me sirvo pra tomar café e logo Thiago desce já arrumado e vai na sala brincar com
as meninas e depois vem até a mim
- Tu tá acordada porque? Eu disse pra me levantar se elas acordassem, você precisa dormir
Ana. - Ele fala depois de me beijar.

- São minhas filhas Thiago, eu tenho que cuidar. - falo ignorando os esporros dele.

- Você fez com o dedo? Não né? Então são minhas também e eu quero cuidar delas. - retruca
sem me olhar.

- Vai se ferrar Thiago, quem sabe sou eu..- falo e me levanto mas ele segura meu braço com
força.

- Presta atenção que tu não tá falando com nenhum moleque não porra! - ele fala segurando
meu braço e machucando.

- Me solta caralho,tá me machucando. E eu não estou falando com nenhum moleque não, tô
falando é com um idiota mesmo! - falo com raiva por ele tá me tratando assim de repente e
me solto dele mas ele me puxa de novo e me faz bater as costas na parede.

- Ja disse pra tu falar direito comigo porra! - ele fala me precionando na parede com força e
segura meu maxilar com força machucando o mesmo.

Eu nunca vi ele assim, com essa irá e raiva encima de mim, ele nunca nem levantou a voz pra
mim e agora tá desse jeito prestes a me bater. Um Thiago que eu não conhecia.

- Opaaa..Que tá pegando aí irmão? Ta maluco? - RN aparece e ele se afasta de mim e eu olho


pra ele com os olhos marejados engulo o choro e passo pela sala e subo pro quarto sem se
importar com quem tava ali.

Entro pro quarto e fecho a porta e me encosto na mesma e deixo que as lágrimas desçam.

Ele me machucou, e se o Ruan não chegasse a tempo ele tinha me batido.. ele prometeu que
nunca iria me encostar, e não está cumprindo sua promessa. Mas eu não vou aturar isso, eu
não vou virar saco de pancada de homem, eu não vou permitir que minhas filhas vejam o pai
batendo na mãe. Ele nunca foi assim, e se continuar.. vai me perder!
- Amiga?..abre aqui, sou eu..- Ouço a voz da Bruna e me levanto do chão e limpo o rosto e abro
a porta e Bruna e Amanda entra.

- Oque aconteceu? Porque tá chorando? Oque ele fez contigo? - Amanda pergunta e as duas
me abraçam e eu só choro.

- Ele quase me bateu.. ele me machucou, ele nunca foi assim .. - falo depois de conseguir falar
de chorar.

- Ele tá maluco? Oque deu naquele filho da puta, se ele te machucar eu mato ele!Arranco
aquela minhoca que ele chama de pau. - Bruna fala com raiva.

- Não entendi o porque dele tá assim, mas se ele te machucar eu concordo com a Bruna, eu
vou fazer ele se arrepender eternamente. - Amanda fala.

- Não precisa, só me deixem sozinha.. ele não vai me machucar..

- Tá doida Analu? Hoje suas filhas fazem 1 mês, você tem um mesversario pra organizar e foda-
se o Thiago, é por elas e não por ele. - Bruna insisti e eu repenso.

Ela tá certa, não é por ele e sim por elas, minhas meninas e foda-se o Thiago, ele tá assim sem
motivo, um monstro que jamais conheci e se eu mostrar pra ele que tenho medo, eu vou está
dando meu ponto fraco pra ele acabar comigo. Não vou fazer isso.

- Tá bom. Vou só tomar um banho e já desço pra começarmos arrumar as coisas

- Tá, vai rápido. - Amanda fala e as duas saem.

Eu estou tão mal por isso, mas do que adianta eu ficar me morfinando dentro de um quarto?
Ele só vai ter mais prazer ainda em saber que os maltratos dele me afeta de tal forma.

Tomo um banho quente e lavo meus cabelos que estão enormes, na gravidez eles cresceram
bastante e estão bem sedosos. Saio do box e me visto e faço uma make básica e passo um
perfume não muito forte por causa das meninas. Quando acabo de me arrumar, resolvo tirar
uma foto pra atualizar.

CAPITULO 38

Taz Narrando

Faz tempo que não sei oque é sexo, tô na uria de sexo e Ana só faz negar e ficar tirando com a
minha cara. Faz uns 5 meses que não sei oque é sexo e isso tá me deixando no auge da
paciência esgotada e ainda por cima as coisas na boca tá foda, além deu tá com o morro do
alemão, tô gerenciando o da rocinha junto com Gaspar e a busca pelo Lobão tá a mesma coisa
que nada, tudo dando errado nessa porra e a mulher não faz nada pra acalmar, só irrita. Ela
também anda com uma marra fora do normal, quando eu tirar uns dente da boca dela com um
murro, ela para.

- Coe irmão, tá com o capironga hoje? - RN começa encher minha mente.

Lanço um olhar fulminante pra ele e meto o pé de casa; pego minha R1 e vou pra boca. Chego
e os moleque já estão vendendo, sento e começo a vender pra uns viciado e negociar umas
paradas com uns cara. Quando acabo eu entro pra boca pra fazer anotações das drogas e
armamentos que chegou.

- Chefe hoje tá na atividade em ..- LA entra na sala, faz toquinho e senta de frente pra mim e ja
sei que lá vem falação na minha mente.

- Solta a letra..

- Letra? Eu tô mais pro alfabeto inteiro. Que porra é essa que RN me passou? Tu tá ficando
maluco?

- Vocês são mais fofoqueiros que aquelas tiazinha da rua 7 que fala até da vida dos cachorro
em. - falo bolado já e levanto pra acender um beck na mesma hora que o RN entra na sala com
DK
- Agora deu pra ficar se drogando toda hora Zé buceta? Te orienta filhão - RN diz e tira o
baseado da minha mão e eu olho com ódio pra ele. Eles tão achando que é minha mãe? Eoem

- Ih..qual a de vocês? Tão com falta de buceta? Tem bastante aí pelo morro.. vão arrumar oque
fazer e sai da minha mente caralho.

- Vou te dar o papo irmão, se eu souber que tu tá limpando a mão da Ana, tu tá fodido comigo.
A mina é mó fechamento seu, tá sempre contigo no 10/10 e tu tá nessa? Tu não é assim não
fio - RN começa.

- Tá me ameaçando? Perdeu a noção Ruan?

- Não, quem perdeu a noção foi você parceiro. Nós tá junto dês de pequeno e tu sabe que eu
não aceito vacilo, Analu não é essas piranhas daí do beco que tu pegava não, ela é tua mulher
e mãe da tuas filhas e tu quer bater nela? Que diabos tu tem? - LA retruca e eu respiro fundo
pra não meter pipoco nesses filho da puta.

Eles tão certo, eu vacilei feio com a Ana, mas ela também não facilita pro meu lado e do jeito
que eu tô se ela meter marra pro meu lado eu meto a porrada nela.

- Nada porra, para de entrar na minha mente caralho, mete o pé dessa porra geral.

Eles só vem pra encher minha mente. Depois eu me acerto com a Ana

Analu Narrando

Já está tudo pronto pra festinha delas, Mirella e Victória estão dormindo no carrinho na sala.
Bianca e Amanda estão olhando elas. Eu e Bruna e Maju já organizamos tudo. As cosias na
cozinha ficou por conta da Maíra. Ta tudo lindo e muito fofo é um tema simples e lindo.
(mídia)

- Amiga, sobe e vai tomar teu banho e se arrumar, aproveita que elas dormindo. - Bruna diz e
eu assinto e antes de subir dou uma olhadinha nelas na sala e depois subo.

Entro no quarto e vou pro banheiro tomar um banho calmo e quente. Depois da briga hoje de
manha o Thiago não apareceu aqui nem pra perguntar se precisava de algo, mas também não
liguei e nem quero saber, só espero que ele esteja aqui na hora da festa das filhas, ou eu não
olho na cara dele por um bom tempo.

Saio do banho e me seco e visto uma roupa, coloco a roupa e seco meu cabelo com o secador
e faço chapinha, faço uma make simples e passo meu perfume e coloco o salto.

Analu

Desço as escadas e as meninas não estão aqui, só o Thiago que ta com as bebês deitadas
encima deles e ele ta dormindo. Eu acabo sorrindo com a cena e vou até ele e pego as duas e
coloco no carrinho. Elas já estão arrumadas é tão as coisas mais fofa do mundo, com um bore
branco e rosa com uns desenhos da Minnie e o número 1.

- Pensei que não fosse mais sair daquele quarto nunca mais. - Dou um pulo ao ouvir ele fala
com a voz rouca.

- Hum, tá todo lá pra você. - falo e dou as costas pra ele.

Eu ainda não esqueci oque ele fez comigo hoje cedo, deixou meu maxilar roxo.

- Vai ficar nessa marra aí até quando? - fala e eu ignoro ele. - Em porra, tô falando contigo. -
Ele puxa meu braço me fazendo ficar de frente com ele e vejo que tá com os olhos vermelhos.

Ele se drogou..

- Você se drogou Thiago? - Pergunto não acreditando, ele me prometeu que não iria fazer isso.

- Não te interessa. - Ele fala e solta minha mão do seu pulso e sobe pro quarto e me deixa ali
parada.
Não acredito que ele tá fazendo isso, oque deu nele? Ele esqueceu que tem duas filhas? Ele tá
com a mente aonde? Ele sofre de um grande transtorno de personalidade porque o garoto
tava normal a três dias atrás, agora tá nessa graça toda. Esse não é o Thiago que eu conheci a
um ano atrás..

As coisas mudam, e mudam de um jeito tão ruim.

- Filha...Tá tudo bem? - ouço a voz da minha mãe e me viro pra ela com os olhos marejados
mas seguro pra não chorar, eu não vou permitir que ele estrague o dia das minhas filhas.

- Tá sim mãe, cadê as meninas? - pergunto pela Bruna,Amanda e Bianca

- Foram pra casa se arrumar e já já estão de volta, você tá sentindo alguma coisa? - pergunta
com um tom preocupada.

- Não, estou ótima. É só cansaço. - Falo e ela apenas balança a cabeça em gesto positivo.

- Olha as meninas pra mim? Já volto.. - falo e subo as escadas e deixo minha mãe ali.

CAPITULO 39

Analu Narrando

- Qual é o seu problema Thiago? Oque tá acontecendo contigo? - falo entrando no quarto.

- Vem com buxixo pro meu lado não em, porra.. - ele responde sem ao menos me olhar.

- Beleza, eu só vim te pedir uma coisa. - falo e ele me olha com cara de "fala logo" - Hoje é a
festinha das nossas filhas, por favor.. se algo estiver acontecendo, vamos deixar pra resolver
depois, não vamos estragar o momento delas, enfim..se puder fazer isso por elas, ótimo. - Falo
já saindo do quarto com o choro preso na garganta, não faço ideia do que tá acontecendo
entre a gente, não sei aonde errei,ou algo aconteceu. Antes que eu saia ele segura meu pulso
e me puxa me fazendo virar pra ele e bater de frente com o peitoral dele e me beija, não
demoro muito pra retribuir e dar passagem a língua dele que entra em uma sintonia só com a
minha.

- Perdão..- ele fala sincero, tentei interromper mas ele continua. - Eu sei que hoje eu vacilei
feio contigo, sei que vacilei feio com nossas filhas, sei que quase fiz algo que jurei não fazer e
tô me sentindo um merda, só me perdoa. - ele diz e eu já estou chorando, ando sensível
demais ultimamente.

Por mais que eu tente sentir raiva dele, eu não consigo, eu só faço amar a cada briga mais. Eu
sei que ele pode ter errado e quase me agredido mas ele é o homem quem eu mais confio na
vida, o homem que eu mais amo e o que mais me protege de tudo. É o pai das minhas filhas,
meu marido.. não consigo sentir outro sentimento que não seja amor.

- Vamos esquecer isso tá? Eu te amo, é óbvio que te perdoo. Só promete, que mesmo que
tudo esteja dando errado, você vai falar comigo e a gente vai achar uma saída? Promete que
vamos superar qualquer tudo e que você nunca vai mudar comigo?

- Tá..prometo minha marrentinha. - fala e beija minha testa e depois minha boca.

- Agora vamos descer? - pergunto e ele assente sorrindo e coloca a boné e descemos.

- Pensei que tinham se matado lá em cima. - Maju diz e eu acabo rindo e olho pro Taz com um
olhar amoroso.

- Cheguei família, cadê minhas princesas? - RN entra com duas sacolas rosas e vão ate o
carrinho aonde as meninas estão. - Olha oque o dindo trouxe. - Ele mostra a sacola como se
elas fossem entender.

Ele,Taz,LA e DK ficam na sala com as bebês brincando e conversando entre si e eu vou pra
cozinha vê se já está tudo certo pra servir, daqui a pouco as pessoas começam a chegar. Hoje é
o mesversario delas mas aproveitamos pra fazer um churrasco pra comemorar a chegada delas
e os meninos queriam isso.

- Vocês se resolveram? - Amanda pergunta assim que entramos na cozinha.


- Sim..ele me pediu desculpa, eu acho que aconteceu algo pra ele ter agido assim, só não sei
oque é. - Falo olhando pra sala e vendo Luan brincando com a Mirella e Victoria brincando
com o dedo do DK.

- Nada que uma boa transa não resolva,solta essa danada aí dentro - Bruna diz e eu rio da
putaria dela

- Só cuidado porque as gêmeas são novas demais ainda pra ganhar irmãozinho. - Bianca diz e
eu do dedo pra ela.

- Opa kiridas, tem como vocês olhar elas aqui pra nós ir acendendo a churrasqueira? - RN fala
com uma voz bem gay

- Opa kirido, pra que 4 homens pra acender uma churrasqueira só? - Pergunto imitando ele e
as meninas ri.

- Verdade, só o fogo no rabo da Bianca ja acende rápido..- Taz implica como sempre e a mesma
olha pra ele e taca uma colher nele.

- Tá doida filha da puta, olha minha filha aqui. - Ele fala e taca de volta.

- Vocês tem quantos anos? 2? Já deu ne? - Maju briga com eles como se fossem duas crianças,
e geral ri, menos Bianca e Taz que ficam emburrados.

- Fica de cara feia não bebê, vem cá da um beijo vem..- RN brinca com uma voz fina e
engraçada pro Thiago.

- Vai com as tuas viadagem pra lá seu pau no cu. - Taz fala sério mas acaba rindo.

- Que grosso, meu deus! - LA entra na brincadeira imitando RN.

- Grande também, né amor? - Taz fala e eu noto que foi comigo e fico vermelha na hora e dou
um soco no braço dele.
- Ninguém e obrigado a saber os detalhes pessoais de vocês não, vão pra lá seus lixo. - DK fala
e da um tapa na cabeça do LA.

- Bate não filho da puta, essa porra dói! - LA fala dando outro tapa nele.

- Oooooou,vocês tudo, somem da minha cozinha. Vão com a putaria de vocês pra lá! Vai,
zarpa! - Maíra fala com a colher de pau e os meninos saem pra área de trás, a parte da piscina
aonde vai ser a festa.

Olho pra mesa e RN e DK estão roubando docinhos da mesa junto com Bruna e Amanda.
Chego perto deles que na hora se assutam e enfiam dentro na boca de uma vez e DK se
engasga e geral começa a rir. RN da dois murro nas costas dele e ele volta ao normal,
vermelho.

- Porra! Quase vômito meu pulmão com essa tua brutalidade da porra; - DK fala esticando as
costas que provavelmente estão vermelhas.

- Da próxima que vocês roubar docinho eu jogo vocês nessa água gelada aí. - Digo e volto pra
perto do Taz e as bebês.

- Vem cá amor.. - Taz chama e eu vou.

Tiramos uma foto nossa com as bebês. Recebo uma notificação no meu telefone, coloco
Mirella no colo do RN que fica todo babão com a afilhada e pego meu celular pra ver.

CAPITULO 40

Bianca Narrando

Dês de que pus meus olhos encima daquele homem, me vi completamente ligada a ele, uma
ligação de atração, sentimento,desejo. Mesmo eu sabendo que ele era o dono do morro rival
aonde eu morava, mesmo sabendo que se ele descobrisse que eu era x9 do Lobão, eu estava
morta. Depois que ele me ajudou naquela noite em que fui abusada pelo nojento do cobra;
aumentou meus sentimentos. Eu passei a gostar dele. Querer ele, querer o Taz...E quando
descobri que ele tinha mulher, eu coloquei na cabeça que iria ficar com ele custasse oque
custar, eu sou muito cabeça dura quando se trata de querer algo ou alguém; se tem uma coisa
de boa que aprendi com o Lobão, é ganhar as coisas que quero, seja por bem ou seja por mal.

Quando descobri que a fiel do Taz era a minha irmã perdida. Eu não sabia oque fazia, eu sentia
atração por aquele homem e ao descobri que o homem que eu queria era da minha irmã e pai
das minhas sobrinhas, fiquei um pouco desnorteada.

Eu sempre quis achar a Ana, não só por mim mas também pela minha mãe que passou anos da
vida dela procurando pela filha que ela havia abandonado, ela me contava o pouco que sabia
da minha irmã e sempre dizia como ela sonhava em rever a filha.

Não achei que encontrar minha irmã seria tão ruim como foi, ao saber que ela era fiel do Taz,
eu tive que abandonar meus objetivos. Tive que tirar o meu foco do Taz e por na minha irmã e
sobrinhas. Eu me apeguei na Analu, eu gosto de ver minha mãe sorrindo por está perto dela,
sempre quis o melhor pra minha mãe, e o melhor parece que está na minha irmã.

Dês de que viemos morar na casa da Analu; tudo mudou, eu passei a ver o taz todos os dias e
isso parece que só fez meus sentimentos crescerem, ver ele desamparado com o sequestro da
Ana, me deu uma chance de me alojar na vida dele. Mas ele parece que tem uma pedra de
gelo no lugar do coração, ele mal aceitou minha ajuda ou amparo, sempre vive me tratando
como irmã apenas, e vive implicando comigo.

Eu percebi que os sentimentos dele pela Ana é bem mais forte do que imaginei, eu pensei em
deixar isso tudo pra lá, em desistir, em acabar com essa palhaçada e até mesmo comecei me
relacionar com um dos vapores do morro, o DK, ele é bonito, legal, interessante e gentil mas
não faz o meu tipo e não se compara ao Taz. Não adiantou eu me relacionar com ele, porque a
cada momento que trombo com o Taz nessa casa parece que tudo que tento esconder,
aparece em um estalar de dedos.

E por isso eu decidi que não posso mais fugir, eu não posso mais fingir pra mim mesma que
isso passou, eu vou ter o Taz, eu quero ter ele, pra mim, comigo, na minha vida. E mesmo que
isso custe a felicidade de outras pessoas, ele vai ser meu! Por bem, ou por mal!

- No que você tanto pensa aí cara de bunda? - A voz de ana me tira dos meus pensamentos de
repente.

Olho e ela está do meu lado com Vick no colo comendo os próprios dedos, ela é linda..
igualzinha ao pai, só puxou os olhos da ana, assim como o meu e da nossa mãe.
- Nada não, é.. cade a Mirella? - pergunto não vendo a mesma com a Ana.

- Tá com o Taz lá encima..falando nisso, sobe lá encima e ajuda ele a vestir ela? Vou fazer o
almoço, a Maíra não vem hoje e mamãe está no posto de saúde daqui do morro, ela vai
trabalhar lá. - fala e eu assinto sorrindo amarelo e subo as escadas indo pro quarto das bebês.

Quando paro na porta vejo o Taz encostado no berço tentando colocar a fralda na Mirella e eu
acabo rindo com a cena dele resmungando por não conseguir.

- Porra..tua mãe coloca isso com mó facilidade, coe.. porque não consigo? Me ajuda bolota -
ele fala com a Mirella como se a mesma fosse responder cada pergunta dele

- Quer ajuda aí?! - Pergunto e ele se assusta e me olha com aqueles olhos negros lindos. Noto
que está sem camisa e ... que corpo senhor!

- Des de quando tu sabe fazer isso? - pergunta com a sombrancelha arqueada e com uma cara
engraçada.

- Dês de quando a Ana me ensinou né. Não dá pra ser tia de gêmeas e não saber colocar uma
fralda. - falo pegando a pomada e a fralda pra colocar na Mirella. Ele olha tudo atento.

- Hum.. então coloca aí que eu tô brocado de fome. - Ele fala e joga o talco pra mim.

- Maas...- falo mas nem termino porque ele sai do quarto sem nem esperar eu dizer. - Merda!

Termino de vestir a Mirella e guardo tudo e desço com ela pra cozinha e acabo vendo uma
cena que me causa uma raiva! Taz precionando a Ana na pia e estão se beijando. Vick está no
carrinho e eles praticamente se comendo. Entro na cozinha sem vergonha alguma de está
atrapalhando. Essa foi a intenção.

- Cof cof..- limpo a garganta e eles dois se assustam ao me ver na cozinha com a Mimi no colo e
Taz se afasta e Ana ri envergonhada e eu dou um sorrisinho cínico.

- Tinha que ser essa cu de pinto pra atrapalhar. - Taz fala e eu olho bolada e dou dedo.
Essa implicância vai acabar em amor, tenho certeza..

Ele vai ser meu..de um jeito, ou de outro!

CAPITULO 41

Analu Narrando

Hoje tem baile, queria poder ir mas infelizmente não posso por conta da Vick e Mirella. Elas
estão cada dia mais espertas e lindas. Bianca passa a maior parte do tempo com elas, minha
mãe tá trabalhando no posto de saúde daqui da comunidade. Amanda já está com seus 9
meses fechado e mesmo assim continua gostosa e indo pros bailes com o LA, Bruna tá
trabalhando no asfalto, mesmo o RN não concordando; é até melhor pra ela, dês de que
perdeu o bebê ela anda meia sei lá e distante das coisas,ocupar a mente dela talvez seja bom.

- Cheguei mulher. – Taz fala entrando na sala com RN e LA. Eles jogam as armas encima do sofá
ao lado aonde estou e se jogam no chão, todos soados.

- Sai Thiago, tá todo soado..- Falo empurrando ele que tá tentando se esfregar em mim.

- É sensual isso.. vem cá! – Ele fala me puxando e colando seu corpo todo molhado de suor, ao
meu e me puxando pelo cabelo pra um beijo, que logo eu ignoro o resto e me entrego
sentindo seu toque e seu beijo que só me trás paz.

- Tem um motel aqui perto, se vocês quiser eu mostro o caminho. – RN joga uma almofada em
nós e paramos o beijo rindo.

- Vai tomar no cu. – Taz fala puto.

- A gente acabou de fazer isso amor, já quer de novo? Ai que homem é esse. – RN fala fazendo
uns gestos meio gay e com uma voz fina e irritante e eu e LA gargalhamos menos o Taz que dá
um tapa no pé do ouvido dele que alisa o local.
- Cuzão do caralho – Taz fala tentando ficar bravo mas falha rindo.

- Filhos do tio lu,cheguei! – Bruna entra com Amanda com sua barriga enorme é linda.

- Tu não era pra tá trabalhando? – RN olha sem entender pra Bruna que suspira e revira os
olhos.

- Era, mas não vou mais trabalhar; aquela vadia da Lena acha que manda em mim, ela não
manda em mim, ninguém manda em mim, quem ela pensa que é pra me da ordem? – Bruna
começa a falar como sempre reclamando da sua patroa rabugenta e mandona, Bru odeia que
mandem nela.

- Hum..sua patroa? – LA diz e revira os olhos como se fosse “óbvio”

- Era..não é mais! Não sei aonde eu tava na cabeça de trabalhar com aquela megera.

- Oh deus, nesses 3 meses você já teve 4 patroa Bruna, dá pra sossegar não? Todo mundo aqui
sabe que tu não serve pra receber ordem.. – Amanda diz e eu apenas balanço a cabeça em
sinal positivo.

- Você tá certa, e por isso mesmo eu vou abrir o meu próprio negócio, assim eu não vou
receber ordem de ninguem! – Ela diz animada batendo palmas e RN olha assustado com a
ideia dela.

- Que? Que negócio? Porque tu vai falir antes mesmo de abrir..se for uma loja que vende
comida tu vai comer, se for de roupa tu vai querer tudo, se for salão tu vai querer usar tudo
nesse cabelo teu aí que parece até cabelo de cu de pinto, amor..da pra você desistir dessa
ideia doida aí não? – RN fala e todos rimos menos Bruna que levanta emburrada e sai.

- Eu? Oque deu nela? Eu fui sincero.. – RN diz e todos rimos.

- Vai atrás dela logo antes que ela ache suas armas e use contra você não te deixando entrar
em casa. – Falo e ele parece que se toca e levanta correndo saindo pela porta.

- Vocês são foda..- Taz fala levantando e subindo as escadas, restando apenas eu e o casal
10/10 do meu coração.
- Amiga..vai no baile hoje né? – Amanda pergunta e eu nego.

- Sabe que tem as meninas, não posso ir..

- Pode ir filha, deixa elas comigo..- Minha mãe diz vindo da cozinha e só agora percebo que não
vi ela em casa.

- Mae..não precisa, você tá cansada e precisa descansar..- falo levantando e dando um beijo
em sua testa.

- Não estou cansada e não seria nenhum incômodo cuidar das minhas netas, pode ir.. você não
sai de casa dês de que elas nasceram,precisa sair um pouco. – Diz e eu sorrio e assinto.

- Concordo, hoje você vai com a gente pro baile mulher, vai se arrumar porque voce demora
um pouco mais que a eternidade pra procurar uma roupa. – Taz fala descendo as escadas com
a Mirella e eu do dedo pro mesmo.

- Tabom, antes tenho que fazer uma coisa. – falo e deixo todos ali e subo pro quarto das
gêmeas e pego a bombinha pra retirar leite.

Depois de encher 4 mamadeiras do meu leite pras meninas, eu desço e coloco na geladeira.

- Pronto, tem duas mamadeiras pra cada..agora vou me arrumar. – Falo já subindo pro quarto
indo me aprontar.

Entro e vou até o closet decidir com qual roupa vou, depois de escolher eu vou pro banheiro
tomar um banho quente e demorado, lavo meus cabelos que estão bem grandes.. preciso ir no
salão. Isso eu deixo pra amanhã.

Saio do banheiro e visto a lingerie branca de renda e visto a roupa e faço minha maquiagem,
aliso meus cabelos deixando as pontas meias enroladas com o babyliss. Coloco meu cordão de
ouro com um pingente com o nome “Ana Victória e Ana Mirella” .. o Taz que me deu de
presente quando fizemos um ano de namoro.
- Tá pronta?- Taz sai do banheiro com uma toalha enrolada na cintura e quando me vê, me
observa dos pés a cabeça.

- Oque achou? To bonita? – Falo dando uma viradinha e vejo ele morder os lábios.

- Tá gostosa, mas sem isso tudo é bem mais. – diz chegando perto e eu sorri malicioso.

Ele me puxa pelo cabelo com cuidado e me beija, um beijo quente e selvagem, sua mão desliza
pelo meu corpo enquanto a minha desliza pelas costas dele. Paramos por falta de ar.

- Amor.. vamos perder o baile,anda logo! – Falo me recompondo e ajeitando meu cabelo

- Que tal a gente esquecer o baile e fazer a nossa festinha particular? – fala me puxando pra
mais um beijo.

- Que tal a gente ir pro baile e fazer tudo que você quiser depois que acabar? – falo passando
minha unha pelo seu abdômen e parando próximo ao seu membro que está ereto.

- Tudo que eu quiser? E se eu disser que oque eu quero, não vai acabar rápido..

- Eu vou amar a ideia, irei amar gastar energias com meu homem.. – falo e saio de perto dele,
porque se demorar mais uns segundos eu agarro ele e esqueço baile com tudo, eu só quero
ele, na minha cama, na minha xota.

- Safada.. – Fala e bate na minha bunda me fazendo soltar um gritinho.

- Vou ver as meninas. – Falo fingindo dele e saindo do quarto, ouço ele dizer “Não faz isso, olha
como me deixou” mas não dou ideia, apenas vou pro quarto das gêmeas aonde minha mãe
está, colocando a roupa na Vick que gargalha tentando fugir da fralda.

- Oi sapeca da mamãe..- falo com uma voz fofa de bebê e ela sorri, um sorriso banguela e
gostoso.

- Não deveria está indo pro baile? – minha mãe pergunta.


- Sim, já estou saindo.. só vim ver se está precisando de algo.

- Não meu amor, eu não estou precisando de nada, curta sua noite com seu marido, vocês
precisam, não se preocupe.

- Okay.. então estou indo, qualquer coisa me liga mãe! – falo mesmo sabendo que não vai
acontecer nada, são só umas horas longe.

- Tudo bem..que Deus te proteja minha querida. – Fala e me dá um abraço que eu amo, eu
amo está com a minha mãe todos os dias mais.

- Tchau dengo de mãe. – Falo e dou um beijo em Mirella e Victória, elas são minhas vida, me
dói sair e deixar elas. Mas é só um pouquinho, tenho certeza que minha mãe vai cuidar bem
delas.

Desço e Amanda e Bruna, Estão sentadas no sofá arrumadas, no lacre. RN e LA estão também
e Taz falando com alguém no telefone.

- Cadê o DK e Bianca? – pergunto chegando na sala e ouvindo assobios dos meninos.

- É lacre que tu quer querida? Então toma. – RN fala batendo palmas imitando Bruna falando e
toma um chute da mesma.

- DK tá cuidando da boca hoje, Bianca disse que não vai. – Taz fala e desliga o celular e vem até
a mim e beija minha testa.

- Entao, vamos logo que hoje eu só saio daquele baile..tri-lokaaaa bebê.

CAPITULO 42

Analu Narrando
Chegamos no baile e já estava lotado, por onde eu passava as pessoas falavam comigo e com o
Taz, como de costume todos respeitam o chefe e a patroa. Eu fui pegar uma bebida e optei por
tequila e peguei uma pro Taz, subimos pro camarote e os meninos estavam lá, suas fiéis junto.
Falei com todos até porque conheço todos ali, mas não vou com a cara de nenhum; mas eu
tenho educação né, fazer oque!

Ficamos aonde estava uns amigos do Taz de outro morro, um eu conheço e até gosto dele,
Gaspar.. ele é legal e soube que foi ele que ajudou no meu resgate do Lobão. Ele é nem
extrovertido e zoeiro, Taz me contou que é um dos primeiros amigos dele e me admirei por
isso.

- Bora pra pista? - Bruna diz e eu apenas assinto e desço com ela e Amanda pra pista.

Ficamos dançando e bebendo, fui até uma barraca e comprei uma garrafa de Smirnoff e
ficamos dançando até eu ver Taz descendo o camarote e saindo do baile em meio a multidão.
Onde ele se enfiou?

Continuei dançando e curtindo meu baile, estranhei mas continuei dançando ao som de Mc
Kekel- Partiu, cantava e dançava junto com minhas amigas, coisa que não fazia a um tempo.
Quando a Amanda e Bruna cansaram; subimos pro camarote e Taz não está.

- Viu aonde o Taz se enfiou? - Pergunto no ouvido no RN que nega com o dedo e me olha sem
entender, apenas falo que não é nada, só estava cansada e queria ir embora. Ele se ofereceu
pra me levar mas eu neguei pôs não queria atrapalhar. Gaspar se ofereceu e eu aceitei.

- Chegamos. - Gaspar diz assim que para a moto.

- Obrigado Gaspar, desculpa te tirar da tua festa.

- Ih, que isso, acha que eu ia deixar a mulher do meu irmãozinho vir por esse morro sozinha?
Nem a pau. - fala e eu rio com o carimbo dele com o Taz.

- Obrigado, vou entrar Gaspar, preciso ver se as meninas estão bem. - Falo e ele assente e liga
a moto indo embora. Eu respiro fundo, não vendo a moto do Taz por ali. Entro em casa e esta
tudo silencioso.
Subo as escadas e vou pro meu quarto e está tudo do jeito que deixei quando sai, tiro a roupa
e tomo um banho relaxante tirando todo aquele cheiro de álcool e suor do corpo. Saio do
banheiro e me visto com um pijama soltinho de flanela rosinha, coloco minha pantufa e
prendo meus cabelos.

Vou até o quarto das meninas e elas estão dormindo e minha mãe sentada na poltrona
dormindo.

- Mae..vai pro seu quarto..- Falo baixo tentando acordar a mesma.

- Já chegou? Mas não são nem duas horas, aconteceu alguma coisa? - pergunta estranhando,
já que eu disse que só sairia daquele baile arrastada. Mas prefiro não dizer nada.

- Não, só estou cansada, preciso dormir..- Falo e ela assente

- Então, já que chegou eu vou me deitar.. qualquer coisa chama viu, boa noite minha menina. -
Diz e eu sorrio fraca e dou um beijo na mesma e ela sai do quarto.

Me sento naquela poltrona aonde minha mãe estava deitada. Me pego pensando aonde o
Thiago foi.. ele sumiu do baile faz horas, não apareceu em casa e nem avisou pra onde ia.

Resolvo ligar, mas chama chama e cai na caixa de mensagen. Que merda Thiago! Aonde você
se enfio!

Ele disse que hoje a noite seria nossa, e simplesmente sumiu, sabe se lá com quem..

Acabo adormecendo ali no quarto das meninas mesmo.

[...]

Acordo e abro os olhos devagar me acostumando com aquela claridade e vejo que estou no
meu quarto, olho pros lados e vejo Taz dormindo. Que horas ele chegou? E porque não me
acordou? E nem me lembro de ter visto ele chegar!
Levanto sem acordar ele, vou pro banheiro e tomo um banho e saio e ele está sentado na
cama com as mãos no rosto. Não irei dizer nada, vou deixar que ele diga oque ele foi fazer
ontem, mesmo que eu esteja com ódio e com vontade de voar no pescoço dele até ele
confessar oque estava fazendo; eu não vou fazer isso.

Vou pro closet sem dar uma palavra se quer com ele e me visto com um shorts jeans escuro
com uns fiadinhos de pano rasgado, uma regata preta da Guns roses e calço meu havaianas e
prendo meu cabelo em um rabo de cavalo.

- Tá me vendo aqui não mulher? - Taz diz e eu olho pra ele e sorrio.

- Bom Dia Thiago.. - falo e saio do quarto sem da ideia a ele.

Não vou brigar, mas também não vou me fazer de trouxa e tratar ele como se nada tivesse
acontecido.

- Bom dia flor do diaaaaaa! - Bianca diz toda animada assim que me vê entrando na cozinha.

- Cadê minha mãe? - pergunto não vendo a mesma na mesa do café.

- ih... mal humor em, que houve? - Oergunta e eu apenas olho torto e ela faz sinal de redenção
com os braços. - Saiu passear com as meninas. - fala e logo o Taz entra na cozinha e a mesma
olha sorrindo, ele ignora, pega um pacote de biscoito no armário e sai com sua fuzil
atravessada nas costas.

- Vish..oque aconteceu? Taz tava lá fora todo estranho

- Bruna pergunta entrando logo após Taz sair.

- Eu estou querendo saber também, ele ontem me deixou sozinha no baile e sumiu, e de
repente acordo com ele do meu lado. Sem dizer aonde estava, com quem estava e fazendo
oque! - falo soltando minha raiva de vez.

- Eita..calma, se ele fez alguma coisa você logo descobre, é pra isso que as fofoqueira do morro
servem né. - Bianca fala rindo e eu reviro os olhos e subo pro meu quarto e Bruna vem logo
atrás.
Eu queria acreditar que não aconteceu nada, mas se nao aconteceu, porque ele está fugindo
de mim? Porque ele tá desse jeito? Ao invés de tentar se explicar, está fugindo fingindo está
com raiva quando na verdade ele tá todo errado e eu que deveria está com ódio! Aliás..deveria
não, eu tô!

- Amiga.. você precisa acalmar teus nervo, talvez ele tenha ido pra boca resolver algo e tenha
esquecido de avisar. - Bruna diz e eu fico olhando pro teto sem ao menos responder ela. Até
meu celular notificar mensagem no whatsapp.

Pego e abro o whatsapp e tem uma mensagem de um número que não sei quem é

————————————

Whatsapp

————————————

xxxx•xxxx

————————————

Adorei passar a noite com teu macho ontem bb, pelo jeito você não está dando conta do
trabalho, então eu te ajudo. - 1:45AM visualizada

CAPITULO 43

Analu Narrando

Acho que de todas as formas de dor, eu preferia mil vezes levar um tiro, do que ler isso que
acabei de ler. Eu não podia acreditar nisso, eu não consigo, eu sei que não posso sair
acreditando em qualquer coisa que me dizem, mas isso é tão óbvio.

- AHHHH, DESGRAÇADOO! – Grito e taco o celular contra a parede e agarro meus cabelos
querendo tirar a vontade de chorar de dentro de mim, querendo afastar a vontade de matar
aquele filho da puta de dentro de mim. Fazendo Bruna da um pulo da cama.
- Ana! Se acalma, oque aconteceu? Ta ficando maluca mulher? – Bruna diz tentando me
acalmar, mas só oque faço é pensar que oque aquela puta que não faço ideia de quem é,
esteja falando a verdade!

- Aquele filho da puta Bruna! Ele me traiu! – falo entre os dentes louca pra pegar a vadia que
me enviou isso, e tirar o coração dela igual o Klaus costuma a fazer com gente filho da puta!
Ela merece coisa pior vadiaaaaa!

- Que? Ana Luise porra! Se acalma e me conta essa parada ai! Não sai acreditando no que
essas vadia do morro fala não, tu é mulher do dono do morro, todos tentam acabar com a vida
de vocês, não é agora que vai deixar isso acontecer né? Espera ele chegar, e vocês convers.. –
ela fala e na mesma hora o Taz entra no quarto e me olha e meu sangue ferve.

- Oque tá acontecendo nessa porra? – Ele pergunta SONSO.

Bruna sai do quarto e antes de sair ela fala algo com ele que assente e volta a olhar pra mim.

- Eu só vou te fazer uma pergunta Thiago, Pode dizer aonde você tava ontem quando me
deixou sozinha lá no baile? ..- Pergunto segurando a raiva e ele tira o boné e coça a cabeça, já
sei que vai mentir.

- Tava na boca, fui resolver umas paradas e quando acabei você não tava mais no baile, vim
pra casa e voce tava lá dormindo – Ele fala sem me olhar, e me vira as costas tirando a roupa

- NÃO MENTE PRA MIM, AONDE VOCE TAVAAA? – Grito, explodindo de ódio e tacando o porta
retrato no chão quebrando e ele me olha assustado e logo fecha a cara e vem pra cima de
mim.

- Tá maluca? Acha que tá falando com quem? Me respeita porra! Não vem da seus surto pra
cima de mim não caralho! Eu já disse que tava na porra da boca trabalhando caralho! Eu
preciso trabalhar pra sustentar tua vida de patroa! – ele cospe as palavras segurando meu
rosto com força e me solta me jogando encima da cama.

- Você não tava na boca Thiago, você tava com piranha, qual era a piranha dessa vez? Camila?
Ou outras? Porque uma das suas vadia me mandou mensagem! – Eu solto as palavras e ele me
olha surpreso, parece que não esperava ouvir isso.
É verdade..

Ele fica em silêncio e não fala nada, ele chega perto de mim e eu penso que ele ia me bater,
mas ele apenas pega a arma encima da cama e coloca novamente o boné e sai do quarto, sem
negar ou se quer dizer uma palavra ao contrário.

Eu não acredito que isso tá acontecendo, não comigo. Será que eu nunca nessa merda dessa
vida eu vou ser feliz? Será que eu nunca irei ter paz? Eu não posso viver assim. Eu não aguento
isso, eu aceito tudo, menos ser traída. Eu nunca dei motivo, ele foi capaz de fazer isso comigo,
e com nossas filhas..

Ele quer essa vida né? Então certo! Ele vai ter a vida de vagabundo que ele tanto quer..

- Filha..oque aconteceu? – minha mãe perguntando entrando no quarto e eu corro pros braços
dela e choro. De repente, não consigo mais segurar, apenas choro. Como se esperasse o colo
dela pra isso.

- Ele me traiu..ele me traiu, com uma vagabunda qualquer mãe.. – Falo em meio aos soluços.

Taz Narrando

Porra! Aquela desgraçada foi falar merda pra Ana.

Ontem quando sai do baile, tinha realmente ido pra boca resolver umas paradas pendentes
porque achei que Ana iria ficar no baile curtindo, fiquei na boca até certas horas e quando vi
que tava tarde, sai da boca pra voltar pro baile, mas Ariane me parou vindo dar encima de
mim, Ariane é a mesma garota que doo sangue pra Analu no hospital quando ela tava entre a
vida e a morte, ela veio morar aqui no morro depois de umas semanas, Bianca disse que ela
veio da rocinha e é amiga dela. Mandei ela mete o pé mas antes de sair ela me agarrou e me
beijou, do nada e por um momento eu deixei, mas foi só um beijo, eu não toquei naquela filha
da puta pra transar, não sei nem porque ela apareceu aquela hora na boca pra fazer aquilo,
mas de certa forma se alguém soubesse daquilo meu casamento estava acabado. Eu mandei
ela sumir desse morro e disse que se alguém soubesse de alguma fofoca por ela, eu matava
ela. Filha da puta não perdeu tempo de falar merda pra Ana. Que está transformada, surtada e
por um lado com razão, eu não tenho paciência pra aturar ela assim, pra não acabar fazendo
merda, eu prefiro sair, até tudo se acalmar. E de alguma forma eu resolver toda essa merda,
eu não posso deixar que isso estrague meu casamento.
Eu não posso ficar sem minhas filhas e minha mulher, são meu tudo, meu mundo. Sem elas
não tenho nada que me segure nessa vida, eu vou ficar doido.

- Desgraçada!Filha da puta! – bato na parede sentindo a minha pele rasgar e começar a


sangrar.

- Oque tá pegando irmão? Aquele papo lá é verdade? Bruna me falou, tu não deu um vacilo
desse não né? – RN fala entrando na boca e eu fico sem saber oque responder.

Estou fodido! PORRA!

CAPITULO 44

Bianca Narrando

Pelo jeito eu consegui oque queria, dei um jeito de atrapalhar o relacionamento do Taz e Ana
sem ao menos mostrar que era eu quem estava no meio disso. Ver eles brigando, saber que eu
consegui detonar eles, como me anima! Agora é só esperar e entrar em jogo.

Se eu bem conheço a babaca da minha irmã, ela acredita em tudo, em qualquer coisa e isso
me favorece muito. Trouxa!

Ariane é uma amiga minha de quando eu morava na Rocinha. Ela é minha parceira sempre que
preciso de algo sujo, ela sempre faz, sem reclamar. Por dinheiro ela é capaz de tudo, e isso é
ótimo.

Ela fez o trabalho e eu dei o dinheiro pra ela sumir daqui antes que o Taz encontrasse ela e
matasse, pra não morrer ela era capaz dela contar que fui eu quem planejei tudo e pedi que
ela fizesse, e ai quem morreria seria eu.

Bem longe daqui ela enviou a mensagem dizendo coisas que não chegaram a acontecer mas
que com certeza Ana acreditaria. Ela é muito desconfiada e muito burrinha. Não sei como sou
irmã dessa lesma humana.
Agora é só esperar as coisas acontecerem e entrar em ação. Um passo de cada vez, eu não
posso agir por impulso, Taz não vai dar espaço, então tenho que agir com cautela e esperteza.

Ele vai ser meu, logo logo..

Analu Narrando

Depois de ficar horas chorando feito uma louca, descontando todo meu ódio daquele filho da
puta, eu tomei uma decisão. Eu sei que não posso afastar ele das filhas, mas eu posso me
afastar dele e fazer com que ele veja apenas as filhas, longe de mim. Ele quer poder ter várias
mulheres né? Então ele vai ter quantas ele quiser.

- Mãe..arruma as coisas das meninas por favor, coloca tudo dentro da mala e algumas coisas
na bolsa delas, não precisa ser muita coisa. Só o básico pra uns dias até eu conseguir ir no
banco sacar um dinheiro que eu tenho guardado na poupança. - Falo e ela me olha sem
entender.

- Filha.. espera ele chegar, você não pode fugir, você não pode afastar a filhas dele de perto
dele, ele acima de tudo é um ótimo pai, tentem conversar..

- Mãe! Eu já decidi, eu sei bem oque estou fazendo e não se preocupe que não irei afastar Vick
e Mirella dele, só que eu não posso continuar na mesma casa que ele, eu vou pra um hotel por
uns dias, até arranjar um lugar pra ficar definitivo. - falo decidida.

Até que passar 18 anos da minha vida presa ao homem que dizia ser meu pai, não foi tao ruim.
O tanto de dinheiro que ele investia em mim, dá pra mim viver muito bem e isso é ótimo agora
que estou sem lugar pra ir e sou de maior, posso fazer oque quiser com o meu dinheiro

- Mas..- minha mãe insiste.

- Chega! Eu decidi, e eu vou embora! Acabou, se você e Bianca quiser ficar, fiquem. Eu estou
indo! - falo pegando a mala que já coloquei minhas roupas e indo pro quarto das meninas
arrumar a roupa delas.
Depois de arrumar só o básico nas bolsas delas, eu pego elas duas e desço. É minha mae está
sentada com Bruna e Amanda que levantam e vêem até a mim correndo e me abraçam.

- Você sabe que pode ficar lá em casa né? Não tem porque ficar em hotel, o Ruan não vai
importar de você ficar com a gente. - Bruna diz abraçada a mim

- Obrigado amiga, mas eu preciso ir..

- Promete que não vai sumir e me deixar com saudade? - Amanda pergunta e eu apenas
assinto.

- Mãe..você vai ou vai ficar? - pergunto olhando pra mesma.

- Já perdi muito tempo longe de você, aonde minha menina for, eu vou..- ela fala e eu sorrio.

- E a Bianca, cadê? - pergunto não vendo ela na sala.

- Ela saiu, disse que não quer ir por que não quer deixar o DK .. mas não tem problema eu
cuido dela. Vão vocês e deixa ela. - Amanda diz

- Tabom, então vamos? - pergunto e Maju assente.

Saímos de casa, pedi um táxi e pedi que os vapor deixassem ele subir pra me buscar, Thiago
não está aqui, graças a Deus, assim é bem mais fácil pra mim. Ele sumiu dês de cedo e não
apareceu até agora, deve ter ido atrás da nova fiel dele.

Coloquei minhas coisas no táxi e peguei Victória, Mirella e minha mãe e saímos do morro, em
direção a algum hotel bom e longe do centro do Rio de janeiro.

- Voce sabe que ele vai vir atrás de você né? - Minha mãe diz enquanto olho pra fora do carro,
a cidade.

- Não me importo, eu não vou voltar, ele escolheu isso, ele destruiu tudo que construimos, ele
me traiu, mentiu, me fez de otária enquanto eu tava em casa com as nossas filhas, ele tava
com as outras na rua e ainda por cima quando resolvemos sair..ele simplesmente faz bem
debaixo do meu nariz, burra! Eu sou burra,mas não vou ser mais mãe..acabou! - Digo sentindo
a lágrima descer pelo meu rosto e sinto a mãozinha da Vick por cima do meu rosto.

Minha mãe não diz nada, apenas permanece calada. Olho pras minhas filhas e sorrio, um
sorriso sincero mas cheio de dor. Por ter que me afastar do homem que eu tanto amo, e com
isso, afastar nossas filhas. Eu não consigo aceitar que ele destruiu nossa família. Depois de
tudo que passamos juntos, ele fez isso e ainda mentiu.

Mas espero que agora ele seja feliz com a vida vagabunda dele, sem filhos e sem mulher pra se
preocupar, sem ninguém pra impedir dele pegar quantas putas ele quiser pegar.

Eu e minha filhas iremos está bem longe quando isso acontecer.

CAPITULO 45

Taz Narrando

Entro em casa e ta tudo silêncio, jogo a arma encima da mesa de centro na sala e subo as
escadas indo pro quarto e não tem ninguém, vou no quarto das gêmeas e nada. Volto pro meu
quarto e abro o closet que tá vazio sem as roupas da Ana.

- Não, não, não! Porra Ana, você não pode ir embora PORRA! - Grito batendo encima da
cômoda e jogando tudo que tava ali no chão.

Eu fui um vacilão filho da puta ao ceder o beijo, foi apenas um beijo, mas um beijo que tá
acabando com minha vida com minha mulher.

- Mãe..? - Ouço uma voz na parte de baixo da casa e saio do quarto com raiva e desço vendo
Bianca sentada no sofá.

- Cadê sua irmã? Cadê minhas filhas? Fala pra onde elas foram! - Falo puxando o cabelo dela
que grita mas não ligo.
- E..eu não sei, me solta! Eu não sei; mais cedo a Analu estava com a ideia de ir embora daqui
mas eu disse que não ia junto, mas não pensei que elas fossem e iriam me deixar aqui. - fala e
eu solto o cabelo dela e chuto a mesinha fazendo ela virar e quebrar o vidro com o impacto.

Pego meu telefone e ligo pra ela, desligado. Passo um rádio pro baia.

Rádio On

- Fala chefe..

- Rastreia o celular da minha mulher e me manda localização. Agora!

- Jae chefe, te passo um rádio quando terminar.

- Firmeza

Rádio Off

- Taz..se acalma,depois de tudo que aconteceu, ela precisa de um tempo pra pensar..- Bianca
começa com aquela voz de puta do caralho.

- ELA É MINHA CARALHO, ELA NAO PODE SAIR E LEVAR MINHAS FILHAS, NAO ACONTECEU
PORRA NENHUMA. ELA VAI VOLTAR E VAI FICAR AQUI. - Grito e a mesma se assusta.

- Não, você não vai atrás dela, você vai deixar ela em paz e não ouse a colocar ninguém atrás
dela! - Bruna diz entrando com Amanda e os moleque.

- Você errou, errou feio, você causou isso e agora você não vai bancar o certinho. A Ana
precisa de um tempo pra pensar, e você vai dá o tempo dela. - Amanda diz logo após e eu olho
com um olhar fulminante sobre elas.

- Falaram pouco mas falaram tudo, é essa parada mermo, tu vai parar agora com esse teu piti
aí e vai deixar ela na dela. - RN fala e eu saio de perto deles ignorando e vou pra cozinha. Saio
quebrando tudo que vejo pela frente,rádio, celular.
Eu sei que eles estão certo, eu sou um filho da puta, mas ela não pode me tirar minhas filhas,
ela não é louca! Ela quer tempo? Eu vou dá tempo, se ela não aparecer com minhas filhas eu
vou atrás dela e pego na marra. AAAAA

Dou um soco no vidro do armário fazendo quebrar e vejo o sangue escorrer.

Fico assim por um bom tempo, quando volto. RN,LA, Bianca,Amanda e Bruna não estou mais
na casa. Melhor desse jeito, tô pistola e quase metendo tiro em todo mundo.

Subo pro quarto e pego um saquinho de pó de 10 e faço a carreira na comoda e uso tudo.
Umas três carretilha. Pego um cigarro de maconha e acendo e desço, pego a moto e arrasto
pro asfalto.

Eu preciso provar pra ela que eu não fiz nada, que eu errei mas não foi do jeito que ela pensa.
Eu não posso perder elas.

Analu Narrando

Estamos em um hotel bem distante do centro do Rio de janeiro, é um hotel Bonito e


aconchegante mas é no interior do Rio.

Coloquei minhas coisas por ali e fui tomar um banho, quando termino eu visto uma blusa
soltinha amarela e um short jeans cós alto. Prendo meu cabelo e me olho no espelho. Estou
parecendo uma múmia de tanto chorar.

Vick e Mi estão dormindo, minha mãe está no quarto do lado. Vou pra cama e me deito
olhando pro teto e pensando em várias coisas principalmente em

Como ele está..com quem e aonde, me dói tanto imaginar que talvez ele esteja na cama com
outra enquanto eu tô aqui toda babaca e chorosa pensando nele.

Essa talvez tenha sido a minha pior decisão, mas foi o melhor pra mim e minhas filhas. Eu não
podia continuar na mesma casa que o homem que me traiu.
Eu amo ele mais que tudo nessa vida, mas eu me amo em primeiro lugar, e eu não posso
conviver com alguém que me trai pelas costas, e mente pra mim

Eu só queria fechar o olhos e quando abrir, essa dor insuportável não está aqui, eu não ter
passado por isso, eu não ter recebido mensagem nenhuma, eu não ter saído de casa pra ir pra
baile. Eu quero tanto que isso seja apenas mais um sonho ruim, aonde tudo da errado mas ao
amanhecer eu acordo e tá tudo bem, meu amor está ali do meu lado, me enchendo de
carinho.

Mas eu sei que não é fácil assim. A vida tá sendo tão injusta comigo, eu já perdi tanta coisa, eu
já sofri tanto, porque eu não consigo ser feliz? Porque sempre tem algo a me fazer chorar,
sempre tem alguém a me magoar, sem dó. Sem pena do que eu posso sentir.

Logo ele, que me prometeu tantas coisas no início, logo ele que sempre foi o tipo de homem
perfeito mesmo sendo quem é, ele sempre foi perfeito pra mim. E de repente, o mundo
resolveu virar contra mim, e me fazer ver um Thiago que eu jamais na minha vida quis
conhecer.

- Ana... Abre a porta! Eu preciso falar com você e eu sei que você ta ai dentro. - Ouço a voz do
Taz e meu mundo paralisa.

Oque ele tá fazendo aqui? Grrr, eu pedi pra aqueles idiotas segurar ele, pedi espaço, como ele
me achou?

CAPITULO 46

Analu Narrando

Respiro fundo, seco as lágrimas e abro a porta do quarto do hotel aonde estava e ele entra
igual a um furacão no quarto.

- Oque tá fazendo aqui? - pergunto baixo, pra não acordar as meninas.


- Vim buscar você e minhas filhas, e vocês vão comigo agora pra casa. - Ele fala sério e noto
que está com cheiro de cigarro, ele deve ter fumado.

- Eu não vou a lugar nenhum e muito menos minhas filhas, você fez sua escolha e agora arque
com as consequências. - Falo e passo por ele mas ele segura meu braço com força.

- Eu não fiz nada porra, foi só um beijo. Ela apareceu na boca e me beijou do nada, sem mais e
nem menos, eu não fiz caralho nenhum. Eu só mandei ela sumir do morro, acredita em mim
cara! - ele fala quase chorando.

- Apenas um beijo? E você deixou que ela te beijasse? - pergunto, e ele me solta é coça o rosto.

- Olha, eu sei que eu vacilei contigo,mas eu te amo, eu amo minhas filhas, você não pode fazer
isso! - ele fala olhando pras meninas que dormiam.

- Eu posso e já fiz, e você não vai impedir. Se você me ama e ama suas filhas, vai embora e me
deixa em paz. - falo segurando o choro ao falar aquilo. Eu não queria que ele fosse embora,
isso era a última coisa que queria, mas eu não posso simplesmente ser fácil e voltar com ele
pra casa e fingir que nada aconteceu mesmo sabendo que o morro inteiro deve saber que a
fiel do chefe foi chifruda.

- Você vai comigo por bem ou por mal. - Ele fala puxando meu braço colocando nossos rostos
bem próximos.

- Me solta Thiago, eu não vou! - falo me soltando dele.

- Oque tá acontecendo aqui? ..- minha mãe entra no quarto. - Thiago? - fala quando vê ele.

- Ta acontecendo que eu vim buscar a minha mulher e minhas filhas.

- Ex mulher, e suas filhas também são minhas e elas vão ficar comigo. - falo alto e séria.

- Taz, é melhor você ir.. aqui tá cheio de seguranças e está tarde pra vocês estarem discutindo.
Esfriem a cabeça e depois conversem. As filhas de vocês também estão dormindo, chega de
discussão por hoje. - minha mãe fala calma e ele me olha, não diz nada. Apenas vai perto das
meninas e da um beijo nas duas e cochicha algo que não presto atenção e sai do quarto sem
ao menos me olhar.

Melhor assim.

- Idiota! - grito com raiva e chorando.

- Filha, você precisa se acalmar, se você ficar desse jeito vai acabar assustando as meninas,
esfria a mente e depois conversa com ele direito, ele é seu marido, não deixe que fofoca e
mentira atrapalhem a história de vocês, ele te ama, todo mundo erra na vida. Tente entender..
- minha mãe diz e sai do quarto e eu fico com as palavras dela na cabeça.

Eu sei que errar é humano, e Taz já cansou de provar o amor dele por mim, por várias vezes ele
provou que me ama e ama as filhas. Mas eu preciso pensar.

Taz Narrando

Ela não quis vir, eu não sei oque deu em mim que nao trouxe ela pelos cabelos e na marra,
essa mulher me faz de babaca. Mas infelizmente, eu amo ela desse jeito e saber que ela foi
embora e eu não vou encontrar ela na minha cama de noite, nem minhas filhas. Dói meu peito
demais

- Aonde você tinha ido? - Bianca pergunta intrometida assim que entro em casa.

- Virou minha mulher agora? Não te devo satisfações não porra. - Falo bolado e subo as
escadas indo pro quarto.

Tudo que eu queria era minha família comigo.

Vou pro banheiro e tomo um banho, saio do banho e coloco apenas uma cueca box e um
shorts de tectel e desço pra procurar alguma coisa pra comer. To na larica da Larissa.

- Desculpa, eu não queria que achasse aquilo, só tava preocupada, você tava mal e quando
voltei não estava mais aqui. - Bianca fala entrando na cozinha e eu nem olho pra cara dela.
- Jae, valeu pela preocupação. - falo procurando algo pra comer.

- Hm, deixa que eu faço alguma coisa pra você comer, senta lá e descansa, você parece
cansado e a Maíra não deixou nada pronto . - ela fala e eu olho de lado pra ela estranhando,
Bianca se oferecendo pra fazer algo pra mim? É, as cosias não estão normais mesmo.

- Valeu. - falo e deixo a mesma na cozinha, vou pra sala e ligo a tv colocando no jogo mas nem
presto atenção no jogo,meus pensamentos estão ligados a Ana e minhas filhas. Eu não vou
desistir de fazer ela voltar pra mim.

- Ou, terra chamando Thiago, toma..- sou tirado dos meus pensamentos pela Bianca que
coloca uma bandeja com sanduíches, suco natural de laranja.

Como tudo aquilo e deito no sofá não me sentindo muito bem depois de comer.

- Oque tu colocou nessa comida? Veneno? - pergunto a Bianca e ela gargalha mas eu continuo
sério

- Você só pensa o pior de mim, não coloquei nada doido. Você que é cheio de frescura. - ela
fala e eu reviro os olhos e presto atenção no filme em que tinha colocado.

"Um crime americano" filme chato do caralho.

Sinto minhas vistas pesarem, levanto pra ir pra cama mas quase caio. Sinto mãos me
segurarem.

- Vem, eu te levo.

- Não precisa, tenho perna - falo subindo mas quase caio novamente.

- To vendo, mas não consegue ficar em pé nelas, vem logo e para de ser orgulhoso Thiago. -
pega e me ajuda a subir pro quarto.

Subimos pro quarto e ela me coloca na cama,sinto alguém deitar no meu lado e alisar minha
barriga.
CAPITULO 47

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Esse coração aí, tá sendo ignorante..

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Analu Narrando

Acordo com meu telefone tocando, levanto da cama do hotel e vejo que as meninas ainda
estão dormindo. Meu coração dói ao ver que não estou na minha casa, com o meu marido.
Olho pro celular e vejo a foto da Bruna na tela.

Será que aconteceu algo? Que merda. Ainda são 3h da manhã.

Ligação On

- Oi amiga..

- Amiga, você tá aonde? - pergunta e percebo sua voz preocupada.

- To no hotel, aconteceu algo?

- Amanda entrou em trabalho de parto, estamos indo pro hospital, você vem?

- Claro, já estou indo.

Ligação Off

- Ótima hora pra nascer viu Hugo.. - falo baixo e sorrio.


Meu coração estava tão aflito pelos problemas, mas ao saber que meu afilhado tá vindo ao
mundo meu coração se encheu de alegria.

Arrumo as meninas e corro pra vestir uma roupa decente, não da tempo de me embelezar.
Apenas pego a bolsa das meninas e vou até o quarto da minha mãe e peço que ela olhe elas
pra mim e ela assente.

Pego um moto táxi que estava próximo ao hotel e peço pra me levar até o morro. Ele não
demora muito pra chegar, me deixa na entrada porque não pode subir.

- Fala ae patroa, aconteceu alguma coisa? - Nove me pergunta assim que despacho o moto taxi

- Amanda resolveu pari essa hora, pode me levar até lá? - pergunto

- Sobe aí patroa. - ele fala e eu subo na moto e ele me deixa enfrente ao hospital do morro.

Entro e Bruna e RN estão na sala de espera.

- Tá tudo bem? - pergunto me sentando ao lado da Bruna

- Ta, ela entrou em trabalho de parto agora.. - Bru fala e eu apenas assinto.

Ficamos na espera durante umas duas ou três horas, até que ouvimos um choro fino e alto
vindo de dentro de uma das salas e sabemos que é o Hugo pelo simples fato de não ter
ninguém em trabalho de parto a não ser Amanda.

- Meu filho nasceu porra! - LA sai da sala comemorando e RN, eu e Bruna abraçamos ele
comemorando a chegada do nosso príncipe.

- Amanda está bem? - pergunto quando nos soltamos

- Eles pediram pra eu sair lá, eles vão da ponto nela e eu não pude ficar, ela tá bem e meu
moleque também. - ele fala todo animado.
Lembro da felicidade do Taz ao pegar as gêmeas no colo, lembro do sorriso bobo e do brilho
no olhar ao vê-las ali conosco.

- Mas eai, se resolveram? - LA pergunta se referindo a mim e o Taz.

- Não, ele foi no hotel querendo que eu voltasse na marra mas minha mãe fez com que ele
parasse.

- Coe maninha, nos tá ligado que ele vacilou feio contigo,que tu não merece isso, mas porra..
geral vacila, e eu nunca vi o Taz tão mal por causa de mulher, da uma chance pra ele cara,
vocês dois tem duas filhas no meio disso. Pensa nelas, crescer sem pai é mó barra. E querendo
ou não, vocês dois tem uma história juntos - RN fala e eu ouço é apenas assinto sabendo que
ele está falando o certo e o melhor.

Eu não falo nada, Bruna e os outros ficam falando várias coisas sobre eu perdoar e voltar a trás
não só pro mim e sim pelas minhas filhas e eles tem razão, por mais errado que ele esteja, é
ele quem eu amo.

- Gente, eu vou em casa.. resolver umas coisas, mas eu volto logo pra ver o Hugo e a Mandy. -
falo levantando.

- Deixa que eu te levo tampinha. - DK se oferece e só então percebo que ele tá ali a um tempo.

Assenti e sai agarrada no braço dele, subo na moto e ele sobe o morro rápido como sempre.
DK se transformou em um irmãozinho pra mim. Ele é um dos poucos vapor desse morro que
eu gosto e considero.

- Eae patroa. - um dos vapor fala e eu apenas aceno com a cabeça e entro junto com DK que
disse que quer falar com a Bianca que dês de ontem não liga pra ele. Oque eu estranhei até
porque Bianca não solta o DK por nada.

Entro e tá tudo quieto, a sala tá suja e com comida jogada na mesa. Celular do Taz está jogado
encima do sofá e arma também. Subo as escadas e vou direto pro quarto.
Sabe tudo que eu disse a algumas horas atrás sobre perdão? Então, tudo isso foi por água a
baixo depois que entrei naquele quarto. Senti um sufoco no meu peito e uma dor imensa,
meus olhos rapidamente se transbordaram em lágrimas e voz alguma saia da minha boca.

Thiago está deitado na nossa cama apenas com o lençol tampando sua cintura e Bianca....

Sim, a minha irmã.. a minha amiga, a menina que eu trouxe pra dentro da minha casa, que eu
confiei contar minhas coisas que eu me apeguei, amei e cuidei como uma irmã deve fazer com
a outra. A minha irmã deitada nua ao lado do meu marido, ao lado do pai das minhas filhas.

Um no se faz na minha garganta e me falta ar, eu fico sem reação, minha única vontade é sair
daqui correndo pra bem longe, e chorar. Apenas chorar como nunca chorei, a dor que estou
sentindo é pior do que imaginar uma traição, eu estou vendo uma traição, não só por ele e
pela minha irmã, meu sangue, quem eu confiei esse tempo todo e eu tava sendo babaca
dentro da minha casa.

Toda aquela confiança que eu tinha, o amor, o carinho, cuidado e saudade.. se transformou
apenas em ranço, ódio, nojo e repulsa.

Eu poderia sair daqui correndo e apenas sumi, deixar que eles fiquem na farsa deles, deixar
eles pensar que sou idiota e não vi nada e ir embora. Mas eu não sou tão trouxa e ingênua
como todos pensam.

Eu vou até a cômoda e pego a arma do Taz e destravo e aponto em direção a eles. Bianca
levanta assustada cobrindo seu corpo nu.

- Oque é isso Ana? Para com isso..

- VADIA DESGRAÇADA! - Fecho os olhos e aperto o gatilho.

CAPITULO 48

Analu Narrando
Atiro mas Taz bate com a mão no meu braço me fazendo atirar pra cima e tira a arma da
minha mão e me segura. Filho da puta!

- Tá maluca?Ela é sua irmã caralho! - Ele fala me segurando com força e eu só faço chorar e me
debater em seus braços.

- Você é um desgraçado,mentiroso, traidor! EU TE ODEIO! - falo e ele me solta me olhando


enquanto Bianca já saiu do quarto.

- Oque tu ta falando mulher? Ta com essas noia ainda é? - fala, se fazendo de desentendido.

- EU VI THIAGO, VOCE NA CAMA COM A MINHA IRMA, A MINHA IRMA!VOCES DOIS ME


TRAIRAM PELAS COSTAS.. MAS QUER SABER? VOCÊS SE MERECEM, DOIS FALSOS
MENTIROSOS! - Grito e sinto um tapa arder em meu rosto.

Ele me bateu? É isso? Ele me trai, come a minha irmã e depois simplesmente me bate.

- JA MANDEI VOCÊ FALAR DIREITO COMIGO! - Ele grita segurando meu cabelo e eu
automaticamente bato meu joelho no meio das suas pernas, fazendo ele cair de joelhos no
chão e eu saio correndo do quarto aos prantos.

Desço as escadas e DK me olha sem entender oque tá acontecendo no portão de casa ao me


ver saindo chorando e com o rosto provavelmente vermelho, mas eu passo direto por ele e
corro. Sem saber pra onde, apenas corro. Mas sinto alguém me puxar e quase caio,ao ver que
era o RN eu automaticamente abraço ele e choro.

- Que tá pegando nega? Oque aconteceu. - ele fala afagando meus cabelos e eu choro, como
uma criança.

- Ele me traiu Ruan, ele tava na cama com outra..com a minha irmã, e ainda por cima me
bateu. - falo cessando meu choro aos poucos.

- Você tem certeza? Você deve te entendido errado nega, vamos pra lá e resolvemos isso, já
tem fofoqueiro demais olhando. - ele fala e eu olho em volta e muitas pessoas nos olham,
principalmente pra mim com pena, deve ser por eu está aos prantos.
- Não quero, eu quero ir embora, me leva embora. Eu quero sumir com minhas filhas. - falo me
soltando dele que segura meu braço de volta.

- Ana Luise, tu não tá falando cosia com coisa, tu sabe que o Lobão tá por aí a solta e nós não
sabe aonde, se você sai do morro ou até ir pra longe do Taz você vai colocar a vida da Vick e da
Mih em risco, você quer isso? Você sabe do que o Lobão e capaz. - ele fala e eu me alerto
lembrando desse fato que eu nao pensei. - Dessa vez não é mais a sua vida, é a da sua mãe e
da suas filhas.

- Eu só não quero olhar na cara daquele infeliz, nunca mais Ruan.

- Tá, vamos lá pra casa, eu deixei a Bruna lá pra tomar um banho e comer, fica lá e eu vou
buscar as meninas, você não pode sair do morro e você sabe, minha casa é sua. - ele fala e eu
assinto e abraço ele novamente.

É tão bom, saber que por um momento, mesmo me sentindo sozinha e sem chão,eu tenho
amigos quase irmãos, do meu lado.

- Oque aconteceu?! - Bruna pergunta ao me ver entrar.

- Amor, segura a Ana aí, vou ir buscar a Maju com as meninas. Qualquer coisa me liga. - RN diz
e sai pela porta e eu me jogo nos braço da Bruna.

Como de costume, ela não faz nenhuma pergunta, apenas me abraça e me deixa chorar. Bruna
é minha melhor amiga todo esse tempo e é a única que entende quando eu preciso desabafar
apenas em lágrimas e não em palavras é aquela que me acolhe e sempre tá comigo
independente do caô.

[....]

Depois de contar tudo a Bruna e ela quase sair pela porta indo disposta a arrancar os olhos da
Bianca, RN chegou e trouxe a Maju e minhas filhas. Bruna explicou tudo ao Ruan que saiu atrás
do Taz pra explicações que eu não quero ouvir. Nada do que ele fale vai tirar as imagens da
minha cabeça.

- Eu não acredito nisso! Não a Bianca. - Minha mãe diz sem acreditar no que eu contei que vi.
- É, eu também não acreditei mas eu vi e não sou cega, a Bianca. E ela tem que agradecer que
eu não matei aquela vadia, eu não sei como fui tão burra de acreditar que ela era de confiança
só por ser minha irma.

- Bem que eu disse no começo que ela tinha uma cara de cobra do caralho, mas vocês
depositou toda confiança, agora tá vendo aí! - Bruna diz enquanto brincava com as meninas no
chão da sala.

- Filha.. vai tomar um banho e descansar, eu olho as meninas por enquanto.

- Tá..

Subo pro quarto de hóspedes aonde Bruna disse que posso ficar, é lindo e grande o quarto. Eu
no momento, quero sumir do país, me afastar o máximo possível daqueles dois falsos. Mas o
RN tem razão, eu não posso colocar a vida das minhas filhas em risco por isso. Seria um
capricho meu pela vida delas e nao é justo.

Depois de tomar um banho eu saio do banheiro e vou pro quarto, pego minha mala que o RN
trouxe e pego uma roupa, um vestidinho branco soltinho com um lacinho na cintura e passo
uma base no rosto, um delineador e prendo meus cabelos, passo um batom nude e saio do
quarto e desço as escadas voltando pra sala e dando de cara com quem eu menos queria ver.

- A gente precisa conversar, você precisa me ouvir, me escuta antes de tomar decisão
precipitada, eu não fiz nada, eu não te trai, eu não lembro de ter feito nada com aquela garota.

- Ah nossa, transa com minha irmã e ainda diz que não lembra? Na hora de foder ela tu bateu
forte a cabeça e teve uma amnésia? - falo com raiva e bem longe dele que tenta se aproximar
mas eu me afasto e olho em volta não vendo as meninas, nem a Bruna e minha mãe. Porra!

- Eu nunca tive nada com aquela garota Ana, eu nem toquei nela, eu só lembro que ela fez uns
bagulho pra mim comer e depois eu apaguei. - ele fala, só oque faltava.

- Nossa, me admiro você, dono do morro, um dos maiores traficantes deixando ser drogado
por uma garota de 17 anos? Hum..mente mais que eu gosto. - falo debochada segurando a
vontade de pegar uma faca e tacar na cabeça dele e ver o sangue escorrer pela testa dele.
CAPITULO 49

Taz Narrando

Depois de todo aquele aue com a Ana e Bianca, Ana saiu daqui doida chorando. Que porra
essa mulher tem, eu acordo com minha mulher querendo matar a irmã e me chamando de
traidor sendo que não fiz porra nenhuma

Tento lembrar de ontem a noite e só lembro que comi algo que a Bianca fez e que comecei a
me sentir mal, subi pro quarto e apaguei.

- Oque diabos você fez sua puta? - falo entrando no quarto da Bianca e pegando ela vestindo a
roupa, ignoro aquilo e pego ela pelos cabelos.

- Eu? Ou você que me comeu a noite toda ontem?

- Tá achando que sou trouxa? Eu não fiz nada contigo sua vadia, você armou isso tudo pra
afetar a Ana.

- Eu não fiz nada! Deixa de ser idiota e assume logo que você quis transar comigo e que você
sente atração por mim, ontem mesmo você disse que eu era bem melhor que a Ana na cama. -
Ela diz passando a mão no meu abdômen, eu empurro ela que cai na cama.

- Se liga, quero você fora da minha casa em 20 minutos, eu vou sair pra concertar a merda que
você fez e se eu chegar e voce tiver aqui, eu te meto bala até teu crânio tiver todo moído. -
falo e dou dois tapa na cara dela.

- Eu não vou sair, você não pode fazer isso, a gente teve uma noite juntos e agora você me
manda embora? Eu não tenho pra onde ir Taz. - Ela levanta desesperada e eu dou outro tapa
na cara dela que cai sentada.

- EU NAO QUERO SABER, EU QUERO VOCE FORA DA MINHA CASA E MESMO QUE EU TIVESSE
FEITO ALGO CONTIGO, EU NÃO IA NUNCA QUERER ALGO A MAIS CONTIGO SUA PIRANHA,
VOCÊ É UMA VADIA, NUNCA VAI CHEGAR AOS PÉS DA ANA. NUNCA! E AGORA SOME DA
MINHA CASA ANTES QUE EU TE MATE! - Falo batendo nela sem dó, vadia merece morrer. Vou
poupar a vida dela porque tenho mais oque fazer.

Por exemplo provar pra minha mulher que eu não fiz caralho nenhum, eu nao lembro de nada
e eu tenho certeza que não fiz nada, ela me drogou, não sei como fui tão babaca de me deixar
ser drogado por essa vadia.

Bianca Narrando

Eu consegui oque eu queria, consegui fazer a Ana ver eu na cama com o gostoso do Taz, quase
morri com aquela babaca. Mas o Taz não deixou.

Eu não fiz nada com ele, apenas droguei ele e deixei ele nu e fiquei nua na cama com ele, era
apenas oque eu precisava pra destruir o casalzinho de merda. Eu tirei fotos pra enviar mas a
vadia chegou no quarto e viu por ela mesma, melhor assim, ao vivo e a cores ficou até mais
emocionante. Adorei ver ela chorando igual uma trouxa ao ver Taz pelado do meu lado,
imagino o tanto de coisa que ela imaginou que fizemos. E agora esse Idiota me colocou pra
fora, ele me espancou, e mandou eu sumir. Eu não sei pra onde ir, não sei oque fazer. Ele não
pode fazer isso comigo!

Minha única saída agora é o DK, ele sempre foi minha segunda opção, pra falar a verdade eu
só tava com ele porque ele fode bem pra caralho e até que é gostosinho. Mas não chega aos
pés de Taz, mesmo ele me rejeitando, isso vai ser só por um tempo. Tenho minhas cartas na
manga e ele não vai poder fazer nada.

- Oque tu ta fazendo aqui? - DK pergunta ao me ver no portão da casa dele com uma mochila
na mão.

- Estou sem lugar pra ficar amor, posso ficar aqui? - falo fazendo um drama e esperando que
ele caia como sempre, babaca.

- Pode, entra aí bebê. - fala e eu entro na casa, não é tão luxuosa quanto a do Taz, DK é apenas
um merdinha vapor.

- E então? Ia me contar quando que eu tava sendo trouxa enquanto você tava armando pra
cima do taz e da Ana? - ele fala e eu congelo, puta merda!
- Amor, não é isso.. foi o Taz que me agarrou, ele que me forçou, eu juro! - falo forçando um
choro falso.

Vejo DK mudar a expressão de raiva pra preocupado. Ele vem até a mim e eu abraço ele mas
ele me empurra e segura no meu cabelo e me joga sentada no sofá.

- Acha mesmo que tu vai me fazer de babaca de novo? Vai tomar no cu sua vadia, eu não sei
como eu acreditei em você, tu merece é morrer, mas eu não vou fazer isso. Vou fazer melhor. -
ele fala batendo na minha cara com força, tento levantar mas não consigo porque ele me joga
no sofá e sobe encima de mim e começa a me bater, desferir tapas por todo o meu rosto, ele
levanta e me puxa pelo cabelo me jogando no chão e mete vários chutes na minha costela e eu
grito pedindo que ele pare mas ele não ouve.

- Cabou DK, coe..mete o pe daqui Bianca, tua mãe tá aí fora atrás de voce. - Um dos vapor fala,
o LL, eu levanto com dificuldade do chão, com uma dor imensa e ele me ajuda e me leva pra
fora da casa e minha mãe quando me vê apenas chora e vem ate mim me abraçar.

- Oque aconteceu contigo Bianca? Me diz oque aconteceu? Me diz que tudo aquilo foi um
engano.. - ela fala chorosa.

- Mãe, eu amo o Taz..- eu falo e sinto um tapa no meu rosto e olho pra ela incrédula.

- Eu não acredito nisso, eu não te criei pra isso, ele é marido da tua irmã, a irmã e minha filha
que procuramos por anos pra você estragar isso com seus desejos ridículos.

- Quer saber? Que se dane, Ana não merece o Taz, ele tem que ser meu e vai ser, nossa noite
foi ótima e tenho certeza que não vai ser a última. - Falo e sinto mais um tapa.

- Ele ama a Ana e não você, não seja tão suja ao ponto de descer a um nível desse, deixa de ser
idiota, você não só traiu a sua irmã, mas como traiu o DK que te amava e te tratava tão bem,
você vai destruir sua vida por burrice, entenda que o Thiago é louco pela sua irmã e nenhuma
das duas falcatruas vai fazer isso mudar. Acorda Bianca! - ela grita e eu deixo as lágrimas
escorrerem, muitos moradores estão me olhando por está sangrando e machucada. Mas
ignoro todos.

- Você depois que achou essa bastarda, não liga pra mim. Eu me arrependo de ter tirado você
da rocinha, deveria ter deixado o Lobão te matar e sim, eu fiz tudo isso pra ter o Taz e faria
outra vez porque ele tem que ser meu e ele vai ser e não vai ser você que vai impedir.. - sinto
outro tapa é um puxão de cabelo e caio no chão.

- Eu fiz de tudo pra proteger você, eu fui mãe e pai durante 17 anos da sua vida, eu arrisquei
tudo pra te manter viva e com uma vida boa, não me arrependo de nada do que fiz, eu só não
irei fazer mais nada por você. Agora Bianca, pega suas cosias e some desse morro, poupe sua
vida porque se o Taz te pegar aqui ele vai te matar, e eu não irei impedir. - ela diz e vira as
costas pra mim. Me deixando ali, no chão, jogada e chorando. Machucada e sem lugar pra ir.

INFERNO!

CAPITULO 50

Analu Narrando

Depois que tudo aquilo aconteceu, minha mãe disse que Bianca armou tudo aquilo, não só
minha mãe mas também o DK e os outros, e eu sei que pode até ter sido isso mesmo, mas eu
não perdoei o fato dele ter me batido depois de ter ido pra cama com minha irmã. Porque
mesmo que ela drogou ele, como eu sei que eles não transaram se ele não se lembra?

Tô morando na casa do RN e Bruna, o Taz vem aqui todos os dias ver as meninas mas eu faço o
máximo pra ficar longe dele, e isso dói tanto.

- Bom dia desgraça.. - Amanda diz entrando com o Hugo no colo e LA e DK atrás dela.

Amanda já veio do hospital e tá bem melhor, Hugo é lindo e gostoso; a cara da Amanda. Eu
mimo ele demais todo dia, a mesma coisa a Bruna e os outros. Victória, Mirella e Hugo são
bem mimados o tempo todo.

- Bom dia vaca, tá fazendo oque essa hora aqui? - pergunto estranhando até porque ainda é
bem cedo.
- Marquei de ir fazer umas compras com a Bruna, você vai? - pergunta e eu nego. Não estou
afim de sair hoje, quero ficar com minhas filhas e só.

- Cadê minhas princesas? - DK pergunta, esse é outro que vive dando dengo pra Victória e
Mirella.

- Dormindo, elas tão bem chatinhas por conta dos dentinhos nascendo, ficaram a noite toda de
graça com a minha cara pra não dormir. - falo lembrando da noite passada em que eu não
dormi.

- Eita porra, quer que compra algum remédio pra elas? Só falar, tampinha.

- Não precisa, o Thiago já comprou ontem.

- To pronta, vamos? Analu, não tá pronta porque? - Bruna desce as escadas toda arrumada.

- Porque eu não vou, preciso descansar um pouco. - falo jogando a cabeça pra trás apoiando
no sofá.

- Então tá, a gente não vai demorar. - ela fala saindo, antes dou um beijo no Hugo e elas vão.

- Vou trampar antes que o chefe comece os ataque de mal humor dele. - DK Fala levantando
do sofá e deixando a tv ligada. - Tchau tampinha, mais tarde broto ai. - ele fala e eu assinto.

Levanto e vou pro quarto, as meninas ainda estão dormindo no berço, então aproveito pra
tomar um banho, quando elas estão acordadas eu não tenho tempo de nada e pra nada.

Saio do banheiro enrolada na toalha mas tomo um susto ao ver o Taz parado na frente do
berço olhando as meninas e acabo deixando a toalha cair mas pego rápido ao ver ele virar.

- Oque você tá fazendo aqui? Não sabe chamar não? Privacidade zero! - falo intrigada por ele
não ter batido ou ao menos avisado pra eu não sair nua.
- Você é minha mulher eu não preciso bater. - fala como sempre autoritário.

- Ex mulher. - falo e vou pro closet mas ele me puxa.

- Você vai ser sempre minha mulher. - ele diz se virando pra mim e me beija, e por um segundo
eu penso em parar aquilo e me afastar, mas foi só por um segundo, mesmo, porque eu logo
retribui o beijo.

Solto a toalha deixando cair pelas minhas pernas, ficando completamente nua. Sem parar o
beijo, Taz me pega no colo e eu entrelaço minhas pernas em sua cintura, ele aperta minha
bunda me fazendo arfar entre o beijo. Caminha até a cama e se deita sobre mim, ele para o
beijo com selinhos e me olha, com um sorriso de molhar a calcinha fácil.

Ele desce trilhando beijos pelo meu corpo até chegar no meu seio aonde ele chupa me fazendo
gemer baixinho, desce beijando minha barriga até chegar na minha virilha aonde ele fica
dando chupões e envolta da minha boceta, ele vai beijando e passando a lingua de leve por
fora da minha boceta e quando menos espero ele passa a lingua no meu clitóris e me faz
arquear com o tesão inesperado. Ele passa a lingua em círculos encima do meu clitóris e chupa
de leve minha boceta, ele passa o dedo na entrada da minha boceta e enfia o dedo até atingir
meu ponto g e nessas alturas os meus gemidos estão frenéticos mas baixo, enquanto aquele
homem brinca com a língua. Ele sobe trilhando beijos pela minha barriga e até chegar em meu
seio e ele para por uns segundos e fica olhando meu corpo com um olhar cheio de desejo e
morde os lábios, aqueles lábios carnudos e rosados, macios e doce. Ele desce até a mim e beija
meu pescoço e vai descendo até chegar em meios seios e mordisca o bico do meu seio e com a
mão ele acaricia o outro seio, ele suga meio seio com tanta vontade e prazer que meu tesão
não da espaço, meus gemidos saem e meu corpo se arqueia em baixo daquele corpo
maravilhoso. Ele muda e faz isso até cansar e descer novamente ate a minha boceta e começar
a me chupar, brinca com meus clitóris me fazendo gemer e puxar seus cabelos e o lençol, ele
põe o dedo atingindo meu ponto g e fica mexendo e me chupando ao mesmo tempo e logo eu
anuncio que vou gozar e ele continua a brincar com minha boceta e eu finalmente explodo e
gozo em sua boca e ele suga minha goza. Levanto e fico de joelhos na cama e ele também,tiro
sua camisa revelando um corpo sarado e gostoso, tatuagens pelo seu peito que faz ficar muito
mais lindo, gominhos em sua barriga chamam minha atenção como sempre, eu desco minhas
mãos até a sua bermuda e abro e ele me ajuda e tirar , ficando apenas de cueca e ele deita e
eu tiro sua cueca e deixo nu,mostrando seu pau duro e enorme a minha frente, não espero
muito e começo a punhetar bem devagar e encaixo seu pau na minha boca passando a língua
por volta da cabecinha e ocupo minha boca até onde consigo e o chupo enquanto o masturbo
com minhas mãos, ele segura meu cabelo com força e me ajuda com o trabalho de chupa-lo,
ele fode minha boca com força enquanto segura meu cabelo, sinto seu pau latejar na minha
lingua e imagino que vá gozar, continuo chupando deliciosamente até que sinto algo quente
em minha língua e eu engulo tudo e olho pra ele que sorri ao ver que engoli.
Ele me puxa pra sí e me põe encima dele e eu encaixo seu pau na minha boceta e vou
descendo encima do mesmo enquanto rebolo, sinto seu pau entrar todo doendo um pouco,
mas acostumo e começo a quicar e ele da uns tapas em minha bunda, e segura minha cintura e
me levando de encontro a ele em um ritmo só, aquele pau dentro de mim é coisa de outro
mundo, um prazer fora do normal passa pelo meu corpo e eu vou gozar novamente e ele
segura minha cintura e começa a me foder de baixo pra cima sucessivamente com força e eu
gozo mais uma vez, só que dessa vez.. Encima do pau dele!

Saio de cima dele e ele levanta e fica em pé enfrente a cama e me puxa de encontro a ele me
colocando de quatro na ponta da cama e de uma vez só ele encaixa tudo em mim e me faz
soltar um gemido alto mas ele coloca a mão na minha boca, a essa altura meu tesão já ta fora
do limite, ele começa a me foder com força e desferir tapas em minha bunda me dando mais
tesão ainda, rebolo a bunda no pau dele e ouço ele arfar de tesão, e começa novamente a me
foder. Com força e enquanto puxa meu cabelo.

- Me Fode... - falo com uma voz falhada e baixa. E ele me puxa mais pra ele e me fode sem
parar.

- Haaa..Gostosa do caralho - Ele diz rouco e bate na minha bunda e eu afundo meu rosto no
colchão gemendo enquanto ele mete com força. Ele solta um gemido rouco e gostoso e sinto
explodir em gozo dentro de mim. Caio na cama e ele faz o mesmo do meu lado, deito em seu
peito e fico um tempo pensando no que acabei de fazer

Mas não vou mentir não, tava morrendo de saudade disso.

CAPITULO 51

Bruna Narrando

Chegamos no shopping e compramos tudo que precisava, Amanda não aguenta dez minutos
andando e eu amo fazer compras. Paramos pra lanchar no MC Donald's.

- Segura o Hugo,preciso ir no banheiro. - Ela fala me dando o Hugo e saindo correndo.


Retardada.
- Bruna? ..- ouço uma voz atrás de mim e eu gelo.

Eu reconheço essa voz em qualquer lugar. Pai..

Viro e confirmo quem eu menos imaginei ver. Meu pai, está com uma cara horrível, olheiras e
a barba enorme, ele sorri ao me ver mas eu continuo de cara fechada. Eu não esqueci as
palavras dele e nem oque ele fez.

- Oi. - falo seca.

- Como você tá linda, como eu senti sua falta, eu te procurei tanto, pensei que aquele
traficante desgraçado tinha feito algo com você, porque não me ligou? Porque não me pediu
ajuda, eu fiquei tão preocupado - ele fala tentando me tocar e eu me afasto, e meu sangue
ferve.

- Você achou mesmo que eu tinha sido sequestrada? Achou mesmo que eu sumi porque tava
em perigo? Não, eu fui porque eu quis, você queria me mandar pra um lugar a força, tirar
minha felicidade então eu fugi de você, e o traficante desgraçado que você tá dizendo. É quem
cuidou de mim, me deu amparo, carinho,vida boa e tudo que mereço. - falo e ele arregala os
olhos parecia não acreditar no que disse.

- Eu não posso acreditar que eles conseguiram envenenar sua cabeça, quem é esse neném?
filha...vamos pra casa, lá a gente conversa. - ele fala tentando me puxar mas eu me solto e um
dos vapor vem pra perto da gente. Nove.

- Me solta! - falo me soltando e Hugo começa a chorar inquieto no meu colo.

- Coe tio, ela já disse que não vai a lugar nenhum contigo,ela não ta perdida não. - Nove fala
sério entrando na minha frente enquanto eu tento fazer o Hugo parar de chorar.

- Quem é você pra falar comigo assim? Ela é minha filha e ela vai comigo pra casa. - Meu pai
fala com desdém e autoridade.

- Não, eu não vou a lugar nenhum com você. Você não é nada meu mais,eu estou muito bem
aonde tô, eu não precisei de voce pra nada e nao vou precisar nunca. Agora por favor, saia
daqui. - eu falo com raiva e ele me olha com os olhos marejados mas eu não me importo com
esse choro falso.
- Eu te dei tudo, dinheiro nunca faltou a você, estudou nas melhores escolas e vestia as
melhores roupas e é assim que me agradece? - ele joga na minha cara.

Dês de que minha mãe morreu minha vida nunca foi a mesma, meu pai só vivia no trabalho o
tempo inteiro, sem me dá atenção e carinho como eu sempre esperava, nunca foi um pai
presente e quando ficava em casa era enfurnado no escritório. Nunca me deu amor, e isso fez
com que eu crescesse sempre querendo que minha mãe voltasse de onde estivesse pra que
tudo mudasse, mas não. Ela se foi e junto com ela a minha infância foi junto, ele sempre me
dava dinheiro, roupas caras e etc mas nada disso se comparava ao carinho que eu queria, ele
nunca fez o papel de pai e agora quer da um de pai fodao?

- Pega o seu dinheiro e engole! Eu não preciso de nada que é seu, tá vendo como eu estou
bem vestida? Isso é graças ao homem que cuida de mim e que você despreza, eu não preciso
de dinheiro que vem de você, eu tenho tudo que quero, amigos, irmãos, um marido ótimo,
uma família e uma vida boa como sempre quis, tenho amor e carinho que você nunca foi capaz
de me da então desculpe, mas eu não tenho que te agradecer em nada! Voce nunca foi pai, e
nunca vai conseguir ser. - falo segurando a vontade de chorar.

- Já mandei tu meter o pé, vai querer que eu te tire na marra coroa? - Nove fala botando a mão
na cintura e quando ele ia puxar a pistola eu seguro a mão dele e aponto com o queixo pros
seguranças.

- Você vai se arrepender e quando você estiver arrependida não me procure Bruna! - ele diz
firme e eu apenas rio.

- Nao irei, você será a última pessoa que irei pensar em pedir algo, agora tchau. - falo virando
as costas pra ele e voltando a sentar na mesa aonde Amanda tá sentada com o Hugo
observando tudo. Algumas pessoas estavam observando a discussão mas assim que olhei
todos voltaram a fazer seus lanches e ignoraram.

- Você tá bem? - Amanda pergunta e eu apenas assinto sorrindo fraco pra mesma.

- Podemos ir pra casa? - peço e ela assente.

Nove pega as bolsas que fizemos compra e fomos pro estacionamento do shopping. Nove veio
com a gente porque o RN e LA não queria deixar a gente sozinha e também eles não podem tá
andando pra lá e pra cá em um shopping movimentado e cheio de seguranças. É perigoso,
como eu e Amanda somos amigas do nove, ele veio com a gente.
Quando eu ia entrar no carro eu ouço um choro de um bebê, olho pro Hugo no bebê conforto
do carro e vejo ele dormindo,me assusto ao continuar ouvindo o choro.

- Tão ouvindo isso? - pergunto a Amanda e Nove e eles me olham sem entende.

- Ouvir oque loira, tá noiada?

- Esse choro seus surdo! - falo e coloco minha bolsa pra dentro e saio do carro e nove vem
atrás de mim falando alguma coisa mas eu não dou ideia, apenas sigo o choro que tá ficando
cada vez mais fraco e falho.

Acabo parando enfrente a um monte de caixas de várias coisas,


eletrodomésticos,comida,roupas,sapatos e etc. É as caixas das mercadorias que eles jogam
aqui. O choro continua e eu sei que tem um bebê ali.

- Me ajuda tapado, tem uma criança aqui! - Falo com nove que começa a me ajudar a procurar
por ali.

Em um pano azul claro todo sujo, com um macacão branco e com o rosto todo sujo, com os
cabelos loiros lindos e as bochecha vermelha provavelmente pelo choro, dois pares de olhos
azuis intensos me olham. Era um bebê, aparentava ter meses já e é lindo, só estava com alguns
machucados. Mas oque essa criança ta fazendo aqui?

- Caralho... Quem foi a desgraçada que abandonou uma criança linda dessa nesse monte de
lixo? Filha da puta! - Nove fala indignado. Pego ele no colo e ele para de chorar aos poucos.
Vejo que tem uma foto entre o pano e olho uma mulher loira linda com uma barriga grande,
provavelmente é a mãe dele.

- Oque a gente faz? - pergunto pra mim mesma sem saber oque fazer. Eu não posso deixar ele
aqui, ele é apenas um neném deixado na rua por um mãe sem coração. - Vamos nove,
precisamos tirar ele daqui - falo segurando ele contra meu peito e voltando pro carro.

Amanda se assusta ao ver a gente com voltando com um bebê no colo, ela pergunta oque
aconteceu e eu explico a ela que achei ele e digo que vou ficar e ela se anima.
Dês de que perdi meu filho, eu sofro todos os dias por imaginar como seria ter ele aqui
comigo, do meu lado, pra mim amar, cuidar, dá carinho e ser uma mãe que sempre sonhei.
Mas o destino me tirou isso antes do tempo,e de repente um anjinho aparece na minha vida,
jogado em um monte de lixo, desprotegido.

Enquanto eu queria apenas meu filho aqui comigo, tem mulheres sem coração que joga seus
filhos fora,como se fossem apenas um boneco que ela não gostou. Oque custa ela dá a
adoção? Porque deixar um bebê inocente em um lixo? Aonde bichos poderiam machucar ele
ou até mesmo matar. Uma mulher desse merece morrer, e eu mataria sem dó.

Chegamos em casa e eu entro e Taz e Ana estão na sala juntos com as gêmeas, ao me ver eles
se me olham estranho provavelmente por eu está com um bebê no colo. Mas quem deveria
estranhar sou eu, uma hora eles estão se odiando e outra estão no maior love, não se decidem
nessa porra.

- Quem é essa criança? Tava grávida e eu não sabia? - RN pergunta vindo da cozinha.

- Eu achei ele..- falo e todos me olham com uma interrogação na testa.

- Ele tava no lixo, Bruna ouviu ele chorando e foi atrás e achou esse bebê, não sabemos quem
deixou ele lá, mas Bruna obviamente trouxe ele - Amanda explica.

- Não acharam vadia que fez isso não? Mulher desgraçada. - Ana diz com raiva.

RN continua na mesma posição que estava, parado, sem nenhuma reação é eu não entendo.
Será que ele não quer que eu fique com esse menino? Acho que ele não seria tão cruel a esse
ponto.

- Precisamos conversar..- Falo com RN subindo as escadas e ele vem logo atrás.

- Solta a letra.
- Podemos ficar com ele? - pergunto e ele olha pra criança no meu colo e vejo uma lágrima
escorrer pelo seu rosto. E eu sei oque ele tá sentindo, eu senti a mesma dor e saudade do
nosso filho ao ver esse bebê.

- Tu não tem porque pedir isso, é decisão tua e eu te apoio em qual for ela, nos vai cuidar dele
e criar como se fosse nosso, porque agora ele é nosso. E amor e carinho não vai faltar. - Ele
fala e eu sorrio ao ouvir.

E de repente meu dia que estava indo uma merda,se alegrou..

CAPITULO 52

Bruna Narrando

Hoje finalmente conseguimos a guarda definitiva do Gabriel, sim.. nós demos o nome Gabriel
pra ele. Levamos ele no médico pra fazermos os procedimentos certos pra saber quantos
meses ele tem e se está tudo okay com a saúde dele. Na foto em que deixaram com ele, diz a
data de nascimento dele e o nome que ela queria por que é Júlio, mas registramos ele como
Gabriel. O Ruan resolveu todos os procedimentos das documentações necessárias para ele ser
nosso por completo.

Agora nosso Gabriel Trindade Cavalcante é oficialmente nosso filho, o Ruan está feliz com a
ideia de termos um filho agora, ele amou isso e está cada dia mais apegado ao nosso menino.
Gaab está com 5 meses e 6 dias, ele está lindo e com uma saúde ótima graças a Deus, não sei
como alguém conseguiu abandonar um criança tão iluminada como ele. Ele só trouxe
felicidade pra cá, todos amam ele e ele parece que fez com que eu e Ruan ficassemos mais
juntos e o amor só cresceu, graças a chegada do meu loiro.

Ana acabou se resolvendo com o Taz e ele arrastou ela e as filhas pra casa, eu sinto saudade da
minha amiga aqui em casa mas ela realmente precisava se resolver com ele, não aguentava
mais esses dois de fogo anal.

Hoje eu olho pra tudo que passei, tudo que aprendi, como eu cresci mentalmente, como eu
mudei e como eu sou feliz hoje e eu espero que mesmo la de cima, tão distante de mim,
minha mãe esteja vendo como eu sou hoje e esteja orgulhosa da mulher que me transformei.
Tantas vezes nas noites eu pedia a deus, que tirasse toda a dor do meu peito, pedia que
alguém cobrisse o vazio que minha mãe deixou no meu peito quando morreu por conta
daquele câncer maldito, e de repente.. uma solicitação no Facebook fez a minha vida mudar
totalmente, eu me vi presas nos olhos daquele homem lindo, Ruan entrou na minha vida
tirando todo sofrimento e trazendo sorrisos e de uma menina fria ele me transformou em uma
boba apaixonada, ele nunca me escondeu quem ele realmente era, e isso não fez com que
meu amor diminuísse, quando ele me contou a história dele,o porque dele ter entrado nessa
vida e o quanto ele se arrepende mas não tem como voltar atrás, eu só vi um homem
maravilhoso, que faz de tudo pra ver um sorriso no rosto das pessoas que passa pela vida dele.
Ele me faz bem, como eu jamais imaginei que alguém faria, ele me deu carinho, me deu amor,
foi o meu primeiro amor e com certeza será o último. Ele me trás a paz que eu nunca tive. Um
homem com a alma de um menino. O meu menino.

- Amor, tô saindo pra boca. - RN diz e eu me despeço com um beijo.

- Bom trabalho amor, te amo. - Falo parando o beijo e ele beija a testa do Gaab e sai.

Subo as escadas com Gaab no colo e vou pro quartinho dele que eu e RN fizemos
especialmente pra ele, era o quarto que iria ser do nosso falecido filho, mas ficou sendo
decorado para o Gaab assim que ele chegou.

- Vamos tomar banho pra ir na casa da Dinda meu amor?- falo com uma voz de bebe e ele abre
um sorriso enorme sem dentes, o sorriso que me alegra.

Depois de da banho nele e já está pronta, eu resolvo ir na casa da Amanda e depois na Ana
porque ela me pediu ajuda pros preparativo da festa de batismo das gêmeas.

Antes de sair eu pego o celular e tiro uma foto, que sai a coisa mais linda com o meu bebê
sorrindo.

Analu Narrando

Depois de muita insistência eu acabei voltando pra casa com o Taz, até porque eu já não
suportava mais isso tudo que tava acontecendo. Ficar longe do meu homem foi apenas
burrice.
Mas agora está tudo bem entre a gente, minha mãe está morando em uma casinha em que eu
pedi pro Taz reformar pra ela, minha mãezinha merece. A vadia da Bianca sumiu, eu ainda
sinto ódio pelo Taz não ter deixado que eu tivesse metido dois tiros na cabeça daquela
piranha.

Estou arrumando tudo pro batizado da Vick e da Mirella. É daqui a dois meses e espero que dê
tudo certo. Iremos fazer uma festa e estamos organizando tudo certo pra isso acontecer.

Vick e Mirella estão cada dia mais espertas e parecidas com o pai, lindas obviamente. Taz está
todo carinhoso e atencioso comigo, ele vive me pedindo perdão pelo que aconteceu, e eu por
ter ido embora e sempre acabamos nos perdoando na cama.

Ele é meu ponto de paz, minha fortaleza, quem me mantém de pé, o abraço dele é meu
abrigo, nossas filhas são a base de tudo que construimos juntos, a 1 ano e 6 meses minha vida
mudou pra caramba, eu virei mulher do dono do morro, um homem frio sério e temido por
todos, fiz com que ele mudasse e de todas as formas ele também me mudou, virei mãe de
duas meninas e achei minha mãe, passei por muitas coisas ruins que não desejo pra ninguém,
mas nada que o abraço do meu amor não curasse, ele tira toda a insegurança,medo,angústia
do meu peito apenas com um "Eu te amo"..

- Analu? - ouço Bruna chamar.

- Oi vadia, diz..- falo saindo do quarto já arrumada.

- Vamos?

- Aham, Cade Amanda?

- Tá lá em baixo com as cria. - fala e descemos.

Ao chegar na sala me dou de cara com a pior pessoa a pessoa que eu queria que morresse e
que esperava que estivesse morta! Depois de meses essa vadia resolveu aparecer, como ela
gosta de desafiar! Hoje eu mato essa puta!

- Oque essa piranha tá fazendo aqui? - falo indo pra cima dela mas Taz me segura pela cintura.
- Olá maninha..

CAPITULO 53

Analu Narrando

- Eu não te mandei sair do meu morro? Oque tu ta fazendo aqui?- Taz pergunta indo pra cima
dela e pegando nos cabelos dela e eu apenas observo, hoje ela não sai daqui viva.

- Eu só vim te entregar isso! - Ela fala estendendo um envelope branco, ele solta ela e pega o
papel e ela me olha e abaixa a cabeça

- Que porra é isso? - Pergunto tentando tirar o papel da mão do Taz.

- Ela tá grávida. - Ele diz na maior calma e eu olho pra ele incrédula. E ele me olha também e
eu lembro que ela armou tudo aquilo e que provavelmente isso e mais uma das suas
armações, e dessa vez ela não vai conseguir nada além de porrada.

- Vish, tá querendo oque, pensão fia? Tu vai ficar rica então, a lista com o tanto de homem
que corre o risco de ser o pai da criança e grande - Faço deboche e as meninas ri e Taz
também.

- Oque? Esse filho é do Taz, é fruto da nossa noite de amor. - ela diz e eu tenho a certeza que
ela é louca.

- Tu tá tirando com a minha cara? Eu nunca te comi não filha da puta, eu não achei meu pau
no lixo pra colocar dentro dessa lixeira que é tua boceta não. - Ele fala alterado.

- Você não pode fazer isso comigo, é nosso filho, você sabe oque aconteceu não se faz de
inocente. - Ela diz e eu apenas observo a encenação teatral nivel hard que ela tá fazendo.

Olho pra Amanda e Bruna que elas me entendem e pede Maíra pra subir com as crianças.
Amanda e Bruna ficam.
- Bianca, oque você tá fazendo aqui? - Minha mãe entra na hora em que ela está fazendo seu
show. Não sei como Taz ainda não meteu bala nela.

- Eu vim aqui mostrar pro seu genro que eu estou grávida e que ele tem que arcar com as
consequências. - Ela diz e minha mãe olha pro Taz e pra mim. Por um minuto eu achei que
minha mãe fosse acreditar no que aquela vadia estava dizendo.

Mas foi só por um instante mesmo, porque minha mãe na mesma hora desferiu um tapa no
rosto da vaca desmamada, o tapa que eu tô doida pra da.

- OLHA AONDE VOCÊ CHEGOU, VOCE ESTA PASSANDO DOS LIMITES, CHEGA! SOME DAQUI! -
Maju grita aos prantos. Até porque, e filha dela.

- Tu não ouviu? Mete o pé Caralho, antes que eu encha tua cabeça de pipoco, minha mão tá
coçando. - Taz fala e ela olha pra ele e volta o olhar pra minha mãe dando um tapa no rosto
dela.

Eu já estava com ódio, mas ele se multiplicou ao ver ela batendo na minha mãe, na mulher que
cuidou dela, que estragou a vida dela pra manter essa filha da puta viva. Eu só vejo vermelho,
tudo vermelho.

Chego dando um chute na barriga da Bianca e ela cai no chão, tava grávida? Então não está
mais.

Pego ela pelos cabelos e arrasto ela pra fora de casa, ela vai tomar uma coça pra todo mundo
vê. Vejo Maju tentar me segurar mas o Taz segura ela.

- Me solta sua puta! - Ela grita. Pego ela e jogo no meio da rua.

- Levanta porque eu não gosto de bater em cachorro morto, levanta e bate em mim agora
vadia, quero ver essa tua marra comigo, com a nossa mãe é fácil, eu quero você da na minha
cara. - Falo alto e vejo muitos vizinhos sair pra fora ao ouvir meus gritos.

Bianca levanta e vem pra cima de mim tentar puxar meus cabelos mas eu desvio e dou uma
cotovelada no rosto dela que cambaleia, eu pego a cabeça dela e dou uma joelhada que ela cai
do chão. Dou várias bicuda nela quando ela tenta se levantar, subo encima dela e ela arranha
minha cara e meu sangue ferve.

- Isso, é por você ter se feito de inocente e me traído dentro da minha própria casa. - falo
dando um tapa forte no rosto dela.

- Isso é por você ter tentado me separar do meu homem. - Dou um soco e vejo ela cuspir
sangue.

- E isso, é por você ter tido a coragem de vir aqui bancar de louca. - Falo dando mais um soco e
ela não tenta mais reagir.

- E isso aqui, e por ter encostado na minha mãe. - Pego o cabelo dela arrastando a cara dela na
rua de cimento e bato a cara dela no meio fio e vejo ela desmaiar.

- Agora, nunca mais meche com a minha família! - falo levantando e arrumando meu cabelo,
vejo o sangue escorrer no chão, se ela não morreu, vai ficar entre o inferno e a terra.

Olho pro Taz e ele ta rindo de lado, minha mãe tenta correr pra socorrer a Bianca mais eu
seguro ela.

- Ela te bateu, ela te humilhou dizendo que preferia você morta, não seja tão babaca porque
isso é só a metade do que ela merece. - Falo e ela assente e entra.

- RL, DR e Juninho, tirem esse lixo da frente da minha casa por favor. - Falo com os vapor que
estavam de segurança na frente da casa, eles viram tudo, e não fizeram nada, até porque Taz
matava eles se me tirassem dali.

- Jae Patroa. - eles fala e eu entro pra casa.

- ARRASAAAA VIADA, BAIXOU A FAVELADA NELA HOJE! - Bruna zoa ao me vê entrar toda
descabelada.

- Depois dessa aquela lá não vive. - Amanda fala descendo com o Hugo no colo.
- Espero que ela viva, pra cada vez que ela olhar pra cara de vadia dela e ve tudo marcada,
lembrar que não se meche com homem casado. - Falo e olho pro Taz que vem ate a mim e me
beija.

- Por um momento pensei que tu ia cair na dela novamente e ia me deixar morena. - Ele diz e
eu abraço ele.

- Eu não vou te deixar nunca mais meu nego. - falo dando um beijo estalado em seus lábios.

- Ihhh, tem como vocês segurar esse fogo no cu pra depois não, tem criança na sala e nenhuma
delas quer ver cine privê não. - Bruna implica.

- Alguem me diz que gravou o babado que teve aqui em frente? Eu vim correndo mas cheguei
só tinha fofoqueiro comentando. - RN diz entrando.

- Vish também, queria ver peitin mas nem deu! - LA entra atrás do RN.

- Eu gravei! Essa treta aí vai ficar pra história neném - Amanda fala jogando o celular pra ele.

Olho incrédula pra ela, não acredito que ela gravou isso.

CAPITULO 54

Analu Narrando

Hoje finalmente foi o batismo das minhas filhas e dos meus afilhados, foi tudo muito lindo, foi
uma coisa só pros amigos próximos e íntimos do Taz e do RN e LA.
Agora estamos todos indo pra quadra aonde vai ser a festa de comemoração, eu quis fazer na
quadra porque não deu pra todos irem a cerimônia de batismo, mas pelo menos na festa da
pra ir. Eu, Amanda e Bruna organizamos tudo muito lindo.

- Hoje o capeta veio fazer visita aqui no morro, crendeuspai que calor da porra. - Bruna começa
a reclamação ao sair do carro assim que paramos enfrente a quadra.

- Concordo, preciso de algo gelado. - falo.

- Cerveja, muita cerveja. - Amanda fala

- Cerveja e uns murro, vai beber não, nenhuma de vocês três vão beber hoje, vocês amamenta,
tão noiada? - LA diz cortando a graça mas por uma boa causa.

- Elas acha que é assim, euem. - RN diz.

- Bando de chato do caralho. - Falo, entrando na quadra e comprimentando a maioria das


pessoas que estavam ali, alguns vem só pra ver as crianças e deixar presentes.

- Esses quatro junto ganhou mais presente nesses 9 meses do que eu ganhei a minha vida
toda. - DK diz com Vick no colo. Ele tem uma paixão doida por ela, é um amor que só.

- Claro né, feio igual tu única coisa que tu ganha e dinheiro pra fazer transplante de rosto pra
assustar menos - Taz diz e todos riem e DK manda dedo pra ele.

- Se foder desgraça.

Fomos todos pra uma mesa que estava separada só pros amigos íntimos e só. Peguei um
refrigerante e churrasco e sentei perto das meninas que estavam conversando com uns cara lá
amigo dos meninos, não vou muito com a cara deles então fiquei conversando com LA,DK e
Gaspar que tava todo bobo com Mirella e Gaab.

Hoje foi um dia maravilhoso, eu batisei minhas filhas e meus afilhados, sei que agora elas estão
protegidas por deus mais do que antes, entreguei a vida dos meus pequenos na mão dele e sei
que ele não vai falhar nessa comigo. Todos os meus amigos estão reunidos, minha mãe não
quis vir a festa mas ela foi ao batismo, ela anda meia tristonha dês de que aconteceu oque
aconteceu entre eu e a Bianca, Bianca sumiu do mapa e minha mãe anda preocupada, menos
eu, por mim que morra seria mais fácil pra facilitar meu trabalho se ela resolver aparecer aqui
novamente.

Todos estão reunidos e felizes, eu gosto demais de reunir toda família pra algo, é bom ver
sorrisos estampados no rosto de cada um e um olhar sem preocupação. O morro hoje está
cheio de traficantes, mas o clima está leve e não pesado como sempre fica quando todos se
reúnem, tem uns donos de outro morro por aqui e outros são amigos de infância do Taz, ele
quis chamar todos não sei por qual motivo, mas não interferi nisso, eu não iria ser a estraga
prazer em dizer "não quero que chame teus amigos" eu não sou tão Ridícula a esse ponto. Se
ele está bem, eu me sinto bem também, afinal.. sou feliz se ele está

Olho em volta e está tocando pagode,A música do nosso sentimento "Fora da lei", algumas
pessoas estão dançando e outras sentadas bebendo e comendo, crianças estão correndo
brincando e eu sorrio ao ver a cena de muitos deles felizes sorrindo e transpirando paz e amor.

A favela agora é parte de mim, quando eu subi nesse morro pela primeira vez, não tinha tanta
harmônia até porque era apenas um baile,mas aos poucos eu fui conhecendo o alemão e
fazendo dele a minha casa, fiz amizades com todos desse morro, cativei respeito e carinho em
todos, depois que finalmente virei mulher do Taz, todos passaram a me olhar de um jeito
diferente,mas não um jeito ruim e sim mais acolhedor, parece que eles nunca viram o Taz feliz
e com uma fiel, então eu fui a primeira, e sou muito respeitada, e também respeito todos,
ninguém aqui meche comigo, joga piada ou arruma briga e nem eu, única vez que arrumei
briga foi com a Camila mas mesmo assim depois disso ela sumiu desse morro, alguns falaram
que ela foi pro morro da maré, o complexo do Gaspar.

E eu fiquei aliviada por isso, pelo menos não tive mais problemas em ter ela tentando
atrapalhar meu relacionamento, mas de brinde ganhei uma irmã falsa, mas nada que umas
porradas não tenham resolvido né. Hoje está tudo em paz entre eu e meu amor, não brigamos,
ele nunca mais me tocou pra machucar, não me trata mal, ao contrário; sou tratada como
princesa, e isso me faz lembrar como era no começo de tudo.

Minha vida está maravilhosa, eu me sinto realizada a cada dia que passa e eu acordo e vejo
minhas filhas crescendo, meu marido sorrindo de verdade e não falso como era antes que
todos diziam. Eu me sinto realizada a cada dia que eu acordo e lembro de tudo que passei e da
onde estou hoje. Minha vida antiga era sem graça, sem amigos, era uma farsa.

Hoje eu tenho felicidade todos os dias com os babacas dos meus amigos, tenho uma família de
alma,minha mãe está comigo, tenho filhas maravilhosas e mesmo que muitos não aceitem
aonde moro, com quem eu moro, eu estou feliz desse jeito, a favela me acolheu com todo
amor, Taz principalmente e isso é o suficiente, eu não troco toda paz que tenho hoje, por
nenhum dinheiro do mundo.

- Fala família.. - Ouço a voz do Taz no microfone e olho estranhando, oque esse garoto tá
fazendo ali? Ele vai cantar? Ta falando sério?

- Hoje é um dia especial por conta do batizado das minhas filhas e dos meus sobrinhos e
afilhados, mas também é um dia especial porque hoje completa 2 Anos que eu conheci a
mulher da minha vida. - ele fala no microfone e olha pra mim, todos fazem o mesmo e sinto
meu rosto queimar de vergonha. (Pelo calor também né)

- Eu conheci essa mulher maravilhosa a dois anos atrás e me apaixonei feito um bobo,como
todos vocês aqui sabem; eu nunca tive uma fiel, e não pretendia ter até que essa garota
entrou no meu morro e cruzou meu caminho, me trouxe felicidade, me deu amor e carinho e
fez o papel de mulher na minha vida,lembro como se fosse ontem o dia em que ela aceitou
minha proposta de entrar nessa jornada comigo sem medo do futuro e dali eu vi um
sentimento crescer em mim que eu jamais havia sentido por outra mulher que não fosse
minha mãe, ela me os dois melhores presentes que eu pude ganhar, minhas duas princesas;Ela
é uma mulher perfeita, uma mãe perfeita, amiga e companheira e eu amo essa mulher demais
e vou amar pelo resto da vida, e hoje eu quero fazer uma coisa que eu esperei bastante pra
isso - Ele fala e eu já estou chorando horrores com as palavras lindas que meu amor falou, eu
jamais imaginei que ele faria isso, não na frente de todos. —Ele vem caminhando até mim e
todos abrem o caminho batendo palmas e ouço Bruna chorar atrás de mim e outros assoviar.

- Oque você tá fazendo? Doido! - falo quando ele chega perto de mim e ajoelha e tira do bolso
da calça uma caixinha preta. Meu deus!

- Eu sei que sou todo errado, que não sou nenhum príncipe encantado e nunca vou ser, mas
sei que tu adora o trafica aqui do jeito que ele é, e eu te amo por isso e outras coisas, e hoje;
no nosso dia, eu queria te perguntar uma coisa. - Ele abre a caixinha revelando dois anéis, um
um pouco fino com uma pedra nao tão grande que imagino ser diamante no meio na cor prata
e outro um pouco mais grosso. Olho aquilo e choro, de felicidade - Ana, você aceita ser minha
patroa?

Ouço dois disparos e meu coração aperta mas não foi em mim o tiro, vejo uma mancha
vermelha na camisa branca do Thiago e sinto minhas pernas perderem a força e eu caio
ajoelhada segurando o Thiago nos meus braços chorando enquanto todos correm
desesperados ao ouvir os tiros ficarem mais frequentes.
- Não, não ..não amor, não, não me deixa por favor, você nao pode morrer! - Vejo ele me olhar
por um segundo e começa a tossir e sangrar pela boca, sinto ele ficar mole nos meus braços e
fechar os olhos - ABRE OS OLHOS THIAGO, NAO DORME,FICA COMIGO POR FAVOOR!
NAAAAAO! - grito em desespero e chorando sacudindo ele nos meus braços.

Isso não pode tá acontecendo..

CAPITULO 55

Analu Narrando

Todos aqueles tiros, gritos e pessoas correndo pra mim no momento não existia. Ali no chão,
sangrando e desfalecido, estava minha vida. Tudo em volta de mim fica em transe, como se
tudo estivesse em câmera lenta, eu batia nos peito dele com ódio, ódio dele não acordar, dele
não abrir o olho.

Sinto alguém me sacudir e eu me solto e olho e vejo RN soado com uma camisa no rosto e a
fuzil na mão. Ele olha pro Taz e vejo uma feição de desespero se transformar em seu rosto, ele
se joga no chão de joelho e pega a cabeça do Taz apoiando em seu peito e apenas chora.

- PEGA O CARRO QUE TA LA NA PRACINHA, ME AJUDA AQUI DK, ME AJUDA AQUI DK, MEU
IRMÃO TA MORRENDO PORRA! - Ele grita como uma criança e eu tento me soltar de alguém
que tá me segurando pra eu não correr atrás dos meninos que levam o Taz pra um carro.

- ME SOLTAAA! ME SOLTA EU QUERO IR, ELE NAO PODE ME DEIXAR, NAO! ME LARGA PORRA! -
Grito e dou uma cotovelada no rosto do Gaspar correndo atrás do carro mas eles saem antes
mesmo que eu possa chegar perto.

Os tiros estão bem menos e longe mas consigo ouvir ainda, mas não estou nem aí pra nada,
meu coração tá paralisado como se eu tivesse com uma bomba prestes a explodir dentro dele
se eu respirasse.

Olho em volta vendo algumas pessoas no chão morta, grito em desespero, puxo meus cabelos
com raiva e choro. Será que isso nunca vai acabar, pra eu poder respirar em paz, pra eu poder
sentir felicidade sem medo. Porque cara! Oque eu fiz! Porque querem me tirar a única coisa
que me mantém de pé.

- Você precisa sair daqui, vai com o DK pra doca atrás da boca, a Bruna, Amanda e as crianças
estão lá, suas filhas precisam de você cara. - RN diz me segurando pelos braços e me pondo de
pé. Lembro das minhas filhas, sei que nao vai adiantar nada eu ficar aqui, elas também
precisam de mim.

- Tá. - Falo e ele me dá um beijo na testa e cobre o rosto novamente sai correndo junto com
outros vapores e uns dono de outras favelas.

DK vai na frente e eu fico atrás dele, só que no meio da correria ainda tinha pessoas na rua
correndo pra se protegerem, acabei me perdendo no meio daquele monte de pessoas
desesperadas e não acho mais o DK.

Olho em volta procurando ele mas não vejo, única coisa que vejo é o Lobão, morto, no chão
sangrando com uma parte da cabeça aberta, sinto meu estômago embrulhar com aquela cena
mas logo tiro meus olhos dele quando vejo Bianca saindo de um beco correndo, com a perna
sangrando e vindo até mim que tento correr mas tomo um tiro na coxa e caio sentada com o
impacto.

Aquilo queimava, queimava muito e sangrava demais, segurei o local aonde a bala tinha
entrado, ela atirou perto da minha veia arterial, tento me levantar mas recebo um chute nos
peito, acabo de cair no chão e olho pra Bianca, vadia desgraçada não cansa!

- Alguém me ajuda! - Grito mas é em vão, os gritos e tiros acabam abafando o meu.

- Oi maninha, que bom te ver! - Fala com deboche e da outro chute na minha cabeça. Começo
a sentir um gosto de sangue na boca e cuspo sangue puro.

- Oque você quer? Me matar? Se vingar pela coça que eu dei em você? Desculpa, mas isso não
vai fazer sua cara voltar ao normal - digo tentando ficar com os olhos abertos.

- Quero te matar pra tirar você do meu caminho, o Taz vai ser meu, SÓ MEU! - Ela grita com a
arma apontada pra mim. Esse garota é louca.
- SEU? SÓ SE FOR EM OUTRA VIDA, O TAZ ESTA MORTO! E A CULPADA É VOCE! - Grito e vejo a
feição dela mudar e ficar com cara de quem não acreditava no que eu tinha acabado de dizer,
nem eu mesma queria acreditar naquilo, tinha esperança que fosse tudo ficar bem! ela olha
pra trás, pro corpo do Lobão jogado no chão sem vida e volta o olhar pra mim.

- Você tá mentindo, ele não tá morto, ele não pode morrer, VOCE TA MENTINDO! - Ela grita a
última frase chorando e aponta a arma novamente pra mim mas eu não estou com um pingo
de medo dela

- Você achou mesmo que se juntando ao Lobão você ia conseguir oque você queria? Você
achou mesmo que ele iria livrar a vida do Thiago pra fazer tuas vontades demoníacas? VOCÊ É
UMA BURRA! - Falo e cuspo mais sangue.

- CALA BOCAAAA! - Ela grita e eu ouço um disparo e fecho os olhos, mas novamente não foi
em mim.

Abro os olhos e vejo DK parado olhando Bianca no chão sangrando com uma bala na cabeça.
Ele fica parado por um tempo e sei o porquê, ele gostava dela por mais errada que ela
estivesse e ter que tirar a vida dela foi abalo pra ele. Eu também não queria que ela morresse
assim, não desse jeito.

- Tampinha, tu tá bem? - Ele vem correndo até mim e solta a arma no chão.

- Não sei, ela atirou na minha perna, eu não estou sentindo mais nada. - falo tirando a mão da
perna e vendo que em volta do buraco da bala esta preto. Sinto minhas vistas pesarem e
começo a tossir sangue, aquilo não doía mais, eu só sentia sono.

- Porra! fica acordada tampinha,vou te levar pro hospital. - Ele me pega no colo e eu sinto
minhas vistas ficando escura.

- Thiago... - falo em um sussurro

Mesmo com os olhos pesados e quase adormecendo, eu sinto um aperto no peito ao lembrar
do meu amor, jogado nos meus braços. Lembro que eu não tive tempo de responder a ele que
eu queria sim, eu queria ser dele eternamente, que eu aceitava. Eu não tive chance de dizer o
quanto eu amava ele, não tive tempo de dizer tudo que queria dizer ao ouvir ele me pedir em
casamento.
Ele não pode me deixar, eu não permito que ele vá assim, eu preciso dele! Eu preciso dele na
minha vida.

CAPITULO 56

Analu Narrando

Abro os olhos e vejo está no hospital, um quarto cheio de aparelhos com um barulho que me
irritava, rapidamente as lembranças vêem átona de uma só vez.

Um pedido de casamento quase perfeito..

Taz sendo baleado ..

A invasão no morro ..

Bianca tentando me matar e acaba sendo morta..

Minha vinda pro hospital..

Tudo aquilo veio de uma vez pros meus pensamentos, e eu deixo lágrimas espacarem ao
lembrar do Thiago. A dor era forte e meu peito ardia em pensar que eu posso ter perdido meu
amor, eu não deixava entrar na minha mente isso.

Ouço um barulho de bip ficando cada vez mais rápido e logo entram uns cinco médicos
rápidos.
- Batimentos dela estão muito acelerados, vamos precisar sedar pra poder controlar. - Um
deles fala entre eles e me injetam algo na veia.

- Não.. Thiago... - falo sentindo minhas vistas pesarem novamente e adormeço.

[...]

Acordo e dessa vez não estou mais no quarto em que estava, cheio de aparelhos e coisa e tal,
estou em um quarto normal. Estou meia tonta. Olho pro lado e vejo Bruna sentada em uma
poltrona mexendo no celular.

- Ta aí a quanto tempo? - Pergunto com uma voz fraca e rouca e ela me olha e abre um sorriso
fraco.

- Dês de que você veio pra cá.. Amanda revesa comigo de vez em quando. - ela diz e se senta
ao lado na minha cama.

- Hum.. tá tudo bem, Thiago? Cadê ele? - pergunto angustiada.

- Amiga... Se acalma tá? Você precisa ficar calma; você tá carregando mais uma vida ai dentro
agora. - Ela diz apontando pra minha barriga.

Um misto de alegria, ansiedade e medo bate, alegria por saber que estou grávida, ansiedade
por querer ver o Thiago e contar pra ele a novidade e medo de que ele não esteja mais aqui.

- Preciso contar isso pro Thiago, ele já sabe? Como ele tá? - Falo esperançosa mas apenas oque
recebo é um rosto triste.

- O Taz está em coma amiga, ele foi operado as pressas quando chegou aqui e perdeu muito
sangue e teve uma parada cardíaca, precisou de transfusão de sangue ou ele poderia morrer,
mas agora ele já está recebendo todo sangue que precisa porque o dele é fácil de achar na
central de doação universal. Mas ele continua sem muita melhora, mas vai ficar tudo certo. -
Ela diz calma alisando meus cabelos e eu deito a cabeça novamente no travesseiro da cama e
choro. Apenas choro. Não de tristeza.
Eu nunca me senti tão bem em receber uma notícia dessas, mas eu fiquei bem ao saber que
ele está vivo, mesmo estando em coma, ele está vivo, e há esperanças e isso eu jamais deixarei
morrer, minha esperança da recuperação dele. Espero que ele saia logo dessa pra eu poder
contar que estou esperando mais um filho(a) dele.

- Os médicos já sabem quando ele vai acordar? - pergunto sentando com cuidado na cama pôs
minha perna dói.

- Ninguém sabe, soubemos ontem que os médicos não sabem se ele vai acordar daqui uma
semana, um mês ou até um ano. - ela diz e eu gelo.

Um ano? ..

- Um ano? Como assim? Ele não pode ficar um ano em coma..- falo nervosa por aquilo está
acontecendo.

- Amiga.. por favor! Dá pra se acalmar? Desse jeito você só vai fazer é passar mal e eles vão se
sedar, você tá sendo sedada a uma semana. - diz tentando fazer com que eu mantenha a
calma. Oque no momento tava difícil.

- Quando vou poder sair daqui? Eu quero ver ele. - Digo me remexendo na cama.

- Logo, eu acho que amanhã você já recebe alta, mas você vai precisar ir pra casa, Victória e
Mirella precisam de você. - Bruna diz me fazendo lembrar das minhas bonecas.

Com tanta coisa acontecendo que por um momento eu agi como uma mãe desnaturada e sem
coração, não pensei nas minhas filhas, não posso colocar elas em segundo lugar, até porque
são apenas bebês ainda, e é o meu dever cuidar.

- Tudo bem.. elas estão com quem? - pergunto preocupada.

- Amanda, Maju e DK estão cuidando das crianças. DK é ótimo com as crianças, vai ser um
ótimo pai se um dia tiver um filho. - Bruna fala sorrindo fraco e eu acompanho ao lembrar do
amor do DK com criança.

- Verdade.. tá todo mundo bem? Está tudo certo lá no morro?


- Sim, Lobão e Bianca morreram..

- É, eu sei, ela tentou me matar e acabou sendo morta pelo DK. - falo deitando minha cabeça
novamente e lembrando de tudo aquilo que aconteceu no morro.

- Ele ficou bem sentido, quis fazer o enterro dela; ele e Maju organizaram tudo e fizeram, eu
não fui porque estava aqui contigo, mas os outros foram.

- E você deu glória a Deus por não ter que ir né - falo já sabendo do ranço da Bruna com a
Bianca.

- Ah..você sabe que eu não consigo fingir que gosto de ninguém né Analu, tua irmã foi uma
filha da puta contigo e ainda por cima se juntou com o Lobão e quase tirou vida do Taz, meu
ranço vai ser eterno quanto a isso, e por mim... Desculpa, mas ela foi é tarde, coitado do tio lu
ao ter que disputar pelo trono com Bianca e Lobão. fala me fazendo rir.

- Você e seus ranços, não ache que vou me sentir por isso amiga, você tem bastante razão
quanto a isso, eles foram tarde, e agora é menos uma preocupação nas nossas vidas. Espero
que nada de ruim mais aconteça.. - falo sincera, pedindo em pensamentos, que Deus acabe
com o sofrimento de todos.

- Vai ficar tudo bem, eu tenho certeza.. e mesmo que um dia tudo dê errado de novo, iremos
está juntos. Sempre e pra qualquer parada. - fala e eu abraço ela.

- Eu te amo amiga, obrigado por tudo tá? Tudo mesmo. - falo querendo chorar. Já estou
sensível de novo, lá vem esses hormônios.

- Eu que agradeço, por nunca ter desistido de mim, mesmo depois de tudo que aconteceu, e
sabendo que foi eu quem te meti nessa. - fala e eu nego com a cabeça.

- Você não fez nada de ruim, a única coisa que você fez, foi me trazer felicidade, me trazer pra
um lugar melhor e me fazer alguém melhor, e eu vou ser grata por tudo que fez e faz por mim
sempre.
- Obrigado por existir Analu, eu tive tanto medo de perder você ou até mesmo Taz.. ver o Ruan
e o Luan mal do jeito que tavam foi horrível não ter você pra ajudar eu e Amanda a controlar
eles dois. Mas agora você tá aqui, e por favor, não se mete mais em problema, te quero viva,
ou eu te mato. - diz e me abraça mais apertado.

Aquele abraço de melhores amigas, aquele abraço de irmã, que mesmo diante brigas e
intrigas, tapas e beijos, caras e bocas. Se amam apesar de qualquer coisa.

- Você foi uma das melhores coisas que me aconteceu ..

CAPITULO 57

Analu Narrando

Finalmente eu havia saído daquele hospital, na verdade eu tinha levado alta, mas assim que
recebi alta eu fui direto pro quarto aonde Thiago estava, ao vê-lo cheio de aparelhos, pálido e
sem brilho como sempre teve. Me doía, mas uma parte de mim estava feliz por está ali com
ele, ouvindo seus batimentos fracos, e sentindo sua respiração.

Passei horas lá com ele conversando,mesmo sabendo que ele não iria me responder e muito
menos acordar daquele sono tão pesado chamado coma. E aquilo de certa forma me
incomodava. Eu queria tanto ouvir a voz dele mais uma vez, queria tanto poder sentir seus
beijos quentes. Beijar seus lábios gélidos e sem vida era ruim demais.

São dois meses nisso, a espera que ele acorde e diga algo, ou ao menos reaja e mostre
melhora, os médicos dizem que ele não está tendo muita melhora mas que não vão desistir.

Victória e Mirella daqui a 1 mês completam seu primeiro ano de vida, eu estou sem ânimo pra
fazer festa sem o pai delas, então preferi esperar ele acordar, pra que podemos fazer uma
festa digna pra nossas princesas, mas mesmo assim Bruna insistiu em fazer ao menos um
bolinho pra não passar em branco o primeiro ano das nossas sapecas. E eu estou no meu 4
mês de gravidez, ainda não descobri o sexo porque não deu, mas na próxima eu já consigo diz
a médica, dessa vez é apenas um! Ainda bem, 6 crianças não dá! DK já se prontificou em ser
padrinho do bebê, e eu não neguei, jamais faria, ele é super atencioso com as crianças e
somente ele não é padrinho de ninguém, e tenho certeza que Taz iria querer também.
Elas estão grandes e espertas e bem arteiras,não posso da bobeira a nenhum momento com as
duas que quando vejo estou aprontando. Elas já estão andando e os primeiros passinhos delas
foram com o DK, DK e LA não largam as duas um segundo, estão sempre trazendo doces e
deixando elas mimadas.

RN não passa muito tempo em casa, está afastado de tudo e todos entendemos, ele está mal
pelo melhor amigo está também, LA e DK estão mal mas não tanto quanto RN, ele tá péssimo,
Bruna disse que faz dias que ele não come direito, quer apenas ficar no hospital, deixou a boca
na responsabilidade do LA e o DK. Gaspar vem aqui sempre que pode pra trazer presentes pras
meninas e pro Hugo e Gaab, as crianças amam ele, sempre aparece no hospital pra ver o Taz.
Mas não vão muito por conta dos seguranças e coisas e tal, é perigoso, o RN vai porque tem a
ficha limpa graças a um PM que ele pagou pra limpar a ficha dele.

- Papa! - ouço Mirella dizer embolado e batendo palminhas enquanto brinca com Hugo no
chão da sala e Victória está em pé andando pela casa com o Gaab, aprontando provavelmente.

- Papai meu amor? - falo e ela sorri com três dentinhos e bate palmas e eu sorrio mais ainda.

Fico sentada vendo eles brincar e mexendo no celular passando as fotos até que resolvo postar
algumas que já havia tirado a um tempo e outra que tirei ontem com as meninas.

- Ma..ma! - Victória vem andando chorando e se joga no meu colo e eu largo o celular.

- Oque foi meu amor? Cadê o Gaab? - pergunto não vendo Gaab com ela.

- A..da! - Fala e eu lembro da piscina e deixo ela na sala e saio correndo pela cozinha e não vejo
Gaab, olho pra piscina e vejo o mesmo se afogando e meu coração gela, sem pensar duas
vezes entro na piscina e tiro ele de dentro da água que está com os lábios roxos e não para de
chorar.

- Pronto, acabou meu amor! Foi só um susto! - falo sacudindo ele contra meu peito tentando
acalma-lo.
Victória vem com uma boneca na mão que é quase maior que ela.

- Que, que! - Fala apontando pra água abaixando me fazendo rir e pega ela pelo braço.

- Nada disso, chega de água por hoje, vocês dois tão demais! - falo tentando ficar brava mas
não consigo quando vejo Victória fazer carinha de triste

- que! A dada - choraminga apontando pra água.

- Deixa a menina exercer os poderes de sereia dela tampinha, qual foi! - DK entra e Victoria
corre pro braço dele e eu reviro os olhos no mesmo instante.

- Você mima ela demais, Gaab quase se afogou agora a pouco, quero eles longe de água. - Falo
e vejo que Gaab dormiu no meu colo, todo molhado, tadinho do bichinho.

- O moleque não serve pra ser Aquaman, esse aí tá mais pra homem aranha mesmo. - DK zoa e
eu dou um tapa em seu braço.

- Olha as crianças pra mim até Amanda e Bruna chegar, eu preciso trocar o Gaab e ir tomar
banho pra ir pro hospital ver o Taz. - falo e ele assente e eu entro pra dentro de casa e Mirella
e Hugo estão dormindo no tapete. Sorrio com a cena, essas crianças tem o dom de me fazer
sorrir toda hora.

Subo com o Gaab e dou um banho nele e troco ele que continua dormindo, está cansadinho.
Coloco apenas a fralda nele porque tá calor e ponho ele no berço.

Vou pro meu quarto, entro e o cheiro do Taz entra no meu nariz, eu estou usando o perfume
dele, só pra sentir ele um pouco mais perto de mim, todos os dias.

Vou pro banheiro tomar um banho rápido. Acabo e vou pro quarto e visto uma lingerie preta e
um vestido soltinho florido na cor branca e vermelha. A barriga não aparece muito, e com
essas roupas, muito menos.

Acabo de me arrumar, oque não demora muito até porque não estou indo pra nenhuma festa.
Pego meu celular e a chave do carro, pego meus documentos e saio.
CAPITULO 58

Analu Narrando

Entro no hospital do centro aonde Taz está, vou na recepção e a menina diz que posso ir vê-lo.
Mas antes que eu chegasse no quarto aonde Thiago está, acabo me esbarrando com alguém.

- Analu..? - conhecia aquela voz a milhões de km, pai..

- Oque você está fazendo aqui? - Pergunto ao mesmo, finalmente levantando o rosto e
olhando ele, estava impecável como sempre.

Monstro transparecendo a face de anjo..

- Vim visitar um amigo, mas e você, oque está fazendo por aqui? Eu te procurei por tempos,
até que disseram que você nao estava perdida, fiquei tão preocupado. - Diz cínico.

- Me poupe das suas farsas Ricardo! Eu não sou mais a menininha burra de antes, não se
esqueça oque você fez comigo na última vez em que me viu, e sim! Eu nunca estive perdida, eu
estava na minha casa, com a minha família e..- sou interrompida.

- Com a mãe dela.. - Ouço a voz da minha mãe atrás de mim e olho pra mesma e sorrio ao ver
ela vim até mim, e Ricardo ficar com uma cara de assustado, parecia que havia visto um
fantasma.

- Ma..ria Júlia? - Diz uma pergunta retórica ao ver a mesma.

- A própria, mais uma sobrevivente das suas fraucatuas. - fala ríspida e ele volta a sua posição
de sempre.

- Não sei do que você está falando, você que foi embora, abandonou sua filha pra ir embora
com outro homem.. - ele diz e eu olho incrédula, ele acha mesmo que eu não sei de tudo que
ele fez com ela? E tentou fazer comigo?
- Você não muda né? Continua o mesmo cínico e monstro frio e calculista que sempre foi, acha
que consegue manipular todos ao seu redor com as suas histórias mentirosas. - Maju diz.

- Você é uma..- Ele começa mas não permito que termina.

- Uma mulher maravilhosa,linda, guerreira e ela é uma mãe perfeita que eu sempre quis ter ao
meu lado, mas que você; Ricardo, me proibiu de ter! Não ouse a ofender a ela, e nem era pra
eu tá aqui te dando ouvidos, eu acabei de ver que você continua o mesmo monstro horrível e
falso que sempre foi, me dá licença. - Falo passando por ele e trazendo minha mãe comigo mas
sinto ele me segurar pelo braço.

- ME SOLTA! - Grito.

- Você vai se arrepender garota mimada e egoísta. Mal agradecida! - diz e eu dou um tapa em
sua cara com força.

- Isso é por você ainda ter coragem de me ameaçar, eu não tenho medo de você. - digo e viro
as costas deixando ele plantado ali, e saio pelos corredores com minha mãe comigo.

- Oque a senhora está fazendo aqui? - pergunto a minha mãe assim que nos afastamos o
suficiente.

- Vim trazer algo pro Ruan comer, Bruna me pediu e eu não pude negar. Ele precisa se
alimentar ou ele irá trocar de lugar com o Taz naquela cama. - fala apontando pra dentro do
quarto aonde vemos RN sentado em uma cadeira próxima a cama do hospital aonde Taz está.

- Vou chamar ele, preciso ficar um momento só com o Thiago.. - falo e ela assente e eu entro
no quarto.

- Ruan, você precisa comer, minha mãe trouxe algo pra você e ta ai fora.. deixa que eu fico
com ele por enquanto. - falo ao entrar no quarto.

- Tudo bem, depois eu volto. - Ele diz se levantando e beijando minha testa, está com uma
feição triste a acabada, dá uma última olhada pro irmão deitado sobre o leito de um hospital e
sai pela porta me deixando ali sozinha com o Thiago.
Chego perto da cama aonde ele está e me sento na beira e pego em sua mão que está um
pouco gelada. Ele está com uma serenidade no rosto, mas ao mesmo tempo eu busco seu
brilho e não acho, parece está sem vida e isso doía.

- Oi amor,estou com tantas saudades suas. - falo alisando a testa da sua mão.

Sempre que venho aqui, eu converso com ele, mesmo sem ter nenhum resposta, isso me deixa
mais perto, e faz com que mesmo aqui nesse hospital, ele esteja perto da gente.

- Hoje eu encontrei uma pessoa e do mesmo jeito que você me ensinou, eu enfrentei ele e
mostrei que ele não pode mais me machucar, eu só nao usei a tática do tiro na cabeça como
você dizia.. mas foi tudo bem, mostrei pra ele que não sou tão boba como antes, isso é graças
a você..

Falo e sinto uma lágrima escorrer ao lembrar das noites em que eu e ele ficavamos
conversando e ele me dizia como se defender dos meus medos.

- Sabe.. no meio de tudo isso que aconteceu, eu não tive a oportunidade de te dizer tudo que
eu queria dizer naquela tarde, não tive a oportunidade de responder a sua pergunta, eu não
pude te agradecer por você ser quem você é, por você ter me ajudado e me amado quando
mais precisei, por ter sido meu melhor amigo nas piores horas,por me fazer sorrir todas
aquelas vezes em que fazia alguma bobeira pra arrancar um sorriso meu, por você ter cuidado
de mim e das nossas filhas que todo aquele tempo permaneceu dentro de mim, eu queria
poder de alguma forma agradecer pelas noites em que acordava com algum pesadelo por
conta de tudo que passei na mão do PH e você apenas me dava colo, me fazia sorrir contando
suas aventuras da vida, eu queria de alguma forma agradecer pelas noites em que saiu pra
comprar as coisas que estava com desejo loucos, agradecer por aturar meus surtos todas as
vezes que meu ânimo mudava por causa da gravidez, eu queria te agradecer por ter estado do
meu lado na hora em que elas vieram ao mundo, por ter sido um pai tão maravilhoso acima de
qualquer coisa, um marido maravilhoso, pedir obrigado por me respeitar e confiar em mim pra
dividir seus problemas, te agradecer de todas as formas por você ter me transformado nessa
pessoa que sou hoje, nessa mulher que me tornei, te agradecer por me fazer feliz e está
comigo em todas as horas, sejam ruins ou boas, agradecer por ter colocado a gente na frente
de qualquer coisa, e mesmo que o crime estivesse entre nós, o nosso amor vencia sempre. E
também queria responder que, sim; eu aceito ser tua
mulher,patroa,fiel,amiga,esposa,amante! Tudo..eu aceito está do seu lado até o fim de nossas
vidas, e obrigado..por ter entrado naquela casa naquela noite em que estava na casa do Ruan..
você me tirou sonhos, de me formar, de ser modelo, de ser famosa, cantora ou até mesmo de
reencontrar minhas irmãs Kardashian, mas você me ajudou a realizar sonhos que estavam bem
no fundo da minha lista de desejos, mas que foram os melhores de todos que eu priorizava,
me ajudou a realizar o sonho de ser mãe,de ser mulher e amiga, de ter uma família e de ser
amada. E mesmo que se passem mil anos, eu não vou saber como te agradecer por tudo isso. -
falo em lágrimas e soluços. Lembrando de todos os nossos momentos juntos, os piores e os
melhores e a saudade só faz apertar, a falta dele é mais forte do que a mim mesma.

- Então fica comigo por mil anos e agradeça todos os dias me amando cada vez mais..- Ouço a
voz dele soar rouca pela sala e sua mão apertar a minha e meu coração acelera ao ver ele me
olhando.

FIM

Analu Narrando

Ele havia acordado, todo o meu pesadelo acabou, o medo e angustia. Os médicos disseram
que ele teve uma melhora rápida e repentina e estava bem, Ruan pulou de alegria ao saber
que o irmão havia acordado, todos vieram pro hospital ao saber da notícia, muitos moradores
trouxeram algumas presentes, balões e flores (Mesmo o Taz odiando) ele agradeceu e ficou
feliz em saber que todos estavam preocupados com ele.

Depois que ele acordou, eu contei sobre tudo que aconteceu depois que ele foi baleado e ele
disse que ouvia eu falando tudo quando estava em cima mais não conseguia me responder,
até esses dias que ele conseguiu reagir, Bruna trouxe as gêmeas pra ver ele e ele ficou todo
bobo pela Mirella está falando “papa”, é puto pela Victória não querer falar papai de jeito
nenhum, apenas “mama” eu acho mega fofo quando eles três começam uma discussão sobre
isso, racho de ri.

Contei sobre a gravidez e ele ficou todo feliz e animado dizendo que dessa vez seria um
menino, ele disse que nos sonhos dele ele segurava um menino mas não sabia quem era, ele tá
todo convencido de que vai ser um menino, se for uma menina vai nascer revoltada.

Oje ele recebe alta e finalmente iremos ir pra casa, só vamos aproveitar e fazer minha
ultrassom já que está marcada pra hoje, vamos tentar descobrir o sexo. Estou ansiosa pra isso.
- Bora logo que não aguento ficar nesse quarto de hospital mais não, esses médico só sabe
ficar enchendo linguiça. – Thiago fala todo apressado e eu rio.

- Calma apressado, tu ainda vai ir comigo bater ultrassom, então não reclama. – falo e ele bufa
revirando os olhos.

Fomos pro andar de cima do hospital aonde é apenas pra tratamentos obstetras, como pré
natal, ultrassom e até mesmo cirurgias de parto.

- Bom dia doutora. – Falo ao entrar na sala já que só tinha eu pra essa consulta hoje.

- Bom dia querida, bom dia jovem – Ela fala comigo e Thiago que sorri forçado acenando com a
cabeça.

- Coe tia, tem como agilizar um pouco as coisas aí não? Enche linguiça aí não, to com mó larica,
chei da vontade de comer um rango, agiliza aí! – ele pede sendo ele mesmo e a médica olha
sem entender bulhufas das

Gírias que ele citou em cada duas palavras da frase.

- Thiago, cala a boca! – falo e ele fecha a cara sentando em uma cadeira próximo a mim.

- É assim mesmo, imagino como deve ser ruim ficar três meses fora de casa em coma e receber
alta, soube que você foi baleado..- ela fala olhando pra mim e Thiago me olha.

- É, foi em um assalto, esse cabeça dura resolveu reagir e acabou se ferrando. – Minto rindo,
de nervoso.

- Ah sim..Bom, pode se deitar ali pra começarmos. – fala apontando pra uma das macas que
tinha ali próximo a alguns aparelhos.

Me deito e levanto a blusa, a minha barriga já está aparecendo mas não tanto como das
gêmeas e eu agradeço por isso, elas acabam com a minha coluna.

Ela passa o gel na minha barriga e começa a passar o aparelho por cima do gel e liga o
aparelho e logo um barulho de batimentos bem acelerados e fortes, ecoam pela sala do
hospital e eu olho pra Thiago que está sorrindo todo besta com os olhos brilhando e quanto
olha pra tela tentando ver algo ali, que nem mesmo eu consigo ver nada, só vejo algo se
mexendo na tela e sinto cócegas na minha barriga, o bebê está mexendo.

- Vocês querem saber o sexo né? – a médica pergunta.

- Não, queremos ver tua cara feia com essa verruga aí, dá pra parar de enrolar que eu quero
saber se meu moleque já tem a jaromba grande igual o pai. – ele fala me fazendo soltar uma
gargalhada mas logo paro.

- Thiago, se controla viado! – falo e ele para de reclamar.

- É.. o menino de vocês está no tamanho e peso exato pros meses da gravidez. Como podem
ver, já está todo formado. – Ela diz e eu

Apenas fiquei no “o menino de vocês”

- Sabia porra! Eu sabia que era um moleque aí dentro, a caralho! Chupa DK e RN. – Ele
comemora com seu jeito e a médica de assuta me fazendo soltar uma gargalhada enorme.

Depois de ouvimos tudo que a doutora tinha pra dizer, pegamos todos os papéis dos exames e
também as receitas com os remédios,vitaminas e coisas que preciso comprar pra tomar
durante a gestação. Voltamos ao primeiro andar prontos pra irmos embora.

- Ó o nome do meu moleque vai ser Thiago Júnior, TH ou JR. – ele fala já dando apelidos a
criança que nem nasceu.

- Se segura viado, meu filho não vai se chamar Thiago nada, chega de Thiago na minha vida já
basta você pra aturar, vai se chamar Heitor ou Arthur. – falo alisando a barriga por cima da
blusa e Thiago me olha e faz cara feia.

- Nome de bichinha, o moleque vai ser herdeiro do tráfico, não vem com esses nome de
playboyzin não.

- Thiago, cala a boquinha cala. – falo e vamos pro estacionamento aonde deixei o carro.
Vejo Thiago começar a olhar estranho pros lados mas ignoro, vejo alguns homens estranhos
cercando a gente.

- Vai da merda Ana, corre! – Ele fala e eu travo por um segundo mais logo sou puxada pelo Taz
e começo a correr.

Vejo algum homem sair de dentro de um lugar e empurrar o Thiago que cai com o rosto no
chão, ele imprensa o rosto dele no chão com força e segura as mãos dele pra trás, tento fazer
com que ele pare mas outros homens me seguram e Thiago não reage.

- Parado aí! Thiago Luís Ferraz, você está preso. – um outro homem fala e minhas pernas ficam
sem forças mas uns braços me seguram pra que eu não caia.

- Não! Não vocês não podem levar ele! Não! – Falo já chorando ao ver os homens levantar
Thiago e arrastar ele com eles.

- NAOOO, AMOR..- grito me debatendo nos braços do homem que me segurava.

- Para de fazer força, ele é um traficante que tava sendo procurado a muitos anos, de glória a
Deus que tiramos esse lixo da sua vida, nos agradeça – o homem fala, imagino ser um policial e
olho pra ele com ódio.

- ELE É MEU MARIDO, CALA A SUA BOCA! LIXO É VOCÊ! – Falo me soltando e indo correndo
atrás dos homens mas me seguram novamente impedindo que eu passasse.

Vejo eles baterem nele no chão e aquilo me dava desespero, eu só queria tirar ele dali.
Consigo passar pelos policiais e me jogar no chão junto com ele e estava machucado.

- Vai ficar tudo bem tá? Eu tô aqui, eu te amo, vai dá tudo certo, eu te amo! – falo e sabendo
que poderia ser a última vez, eu seguro seu rosto e beijo seus lábios e vejo uma lágrima
escorrer do seu rosto quando os policiais me puxam me tirando de perto dele.

- Se cuida e cuida das minhas princesas e meu moleque, eu te amo morena. – Ele fala antes
que joguem ele dentro da mala do carro de polícia e saem.
Olho pros lados desesperada,tentando imaginar que isso foi apenas um sonho, mas como
sempre, isso não é nada mais nada menos, que a realidade caindo sobre mim.

Ele foi preso..

Tudo aquilo iria acontecer um dia, eu sabia que iria mas não tava preparada para o dia, que foi
hoje, perder ele dói mas é realidade da vida que ele leva, a vida do crime, a vida que eu escolhi
aceitar pra viver em ao lado dele, mas é a vida do crime que faz com que tudo termine de jeito
ruim ou pelo menos de errado no caminho, mas mesmo que o crime esteja entre nós, o nosso
amor irá vencer cada barreira que virá pela frente.

Eu sei que mesmo que demore anos, eu irei vê-lo novamente.

The End

EPÍLOGO

Analu Narrando

5 anos depois ..

Sinto seus toques pelo meu corpo me fazendo despertar do meu sono, sinto seus lábios
tocarem a minha pele nua. Abro os olhos e lá está ele, o amor da minha vida sorrindo ao me
ver acordar.

- Bom dia minha vida.. - Ele fala com a voz um pouco rouca.

- Bom dia meu amor.. - falo me apoiando sobre meus cotovelos e dou um beijo eu seus lábios
úmidos.

Ele beija meu pescoço e morde minha orelha de leve, vai descendo me fazendo deitar
novamente e sentir seu toque maravilhoso sobre minha pele que de imediato fazem meus
pelos se oriçarem.
- Amor...

- Shhh..

Ele vai descendo trilhando beijos pelo meu corpo e vai descendo até minha virilha mas passa
direto naquela região e vai descendo até chegar em minhas pernas me fazendo cócegas, ele
sobe mais lento com os beijos e dessa vez para aonde imaginei, ele beija minha coxa e vai
beijando até minha virilha e da alguns chupões de leve por ali, ele beija envolta e de uma só
vez me fazendo arquear o corpo da cama, ele passa a língua bem no meio da minha boceta me
fazendo soltar um gemido gostoso quando sinto sua língua brincar com meu clitóris em
movimentos leves e deliciosos.

Eu puxo seu cabelo arranhando sua nuca enquanto ele me chupa gostoso me fazendo gemer
alto e com prazer, ele coloca um dedo dentro da minha boceta e eu já estou enxarcada de
prazer e ele sorrir ao sentir, ele me penetra com o dedo até que consiga atingir meu ponto g e
fica fazendo movimentos ali dentro enquanto sua língua passeia pelo meu clitóris me
causando um enorme prazer.

- Ah...Thiago.. - Falo gemendo e agarrando os lençóis assim que sinto que vou gozar e ele não
para e nem êsita em sentir eu gozando em sua língua e sugar tudo.

Ele me olha com um olhar vitorioso ao ver que gozei e coloca seu dedo na minha boca me
fazendo sentir meu mel, ele se deita por cima de mim mas eu empurro o mesmo pro lado
ficando por cima e rebolando em sua ereção ja em ponto de bala pra mim, mas não penetro.
Eu me agacho abocanhando seu pau e passando a língua em volta da cabeça, punheto com a
mão pra ajudar a dar prazer a ele, chupo fazendo movimentos de baixo pra cima com as mãos.

- Mais rápido, mais rápido gostosa. - fala com a voz rouca e eu aumento a velocidade fazendo
com que ele goze, na minha boca e eu bebo tudo e olho pra ele que sorri satisfeito.

Ele me puxa me pondo por cima dele e me beija, enfiando a língua dentro da minha boca
fazendo com que a minha e a dele ficassem em uma só conexão e ritmo. Dobro meus joelhos
ficando sentada na cama rebolando encima do seu pau, mas sem penetrar.

Ele me levanta e coloca seu pau na porta da minha boceta e eu deslizo rebolando encima do
seu pau até sentir que entrou tudo e me acostumar com aquilo tudo dentro de mim.
Começo a sentar rebolando, quico gostoso enquanto ele segura minha cintura me ajudando
com os movimentos, ele desfere tapas na minha bunda que me faz quicar mais forte e gemer
enquanto sento gostoso pra ele. Ele segura meus seios brincando com o bico rígido.

Ele me tira de cima dele me jogando pro lado me fazendo ficar de lado, ele segura uma das
minhas pernas pra cima e encaixa com força e começa a meter freneticamente sem dó, meus
gemidos estão altos e ele se excita ao ouvir eu chamar pelo seu nome.

- Gostosa do caralho! - ele fala saindo de dentro de mim e me puxando me colocando de


quatro na cama e batendo na minha bunda com força.

Ele encaixa novamente com força me arrancando um grito, de dor e tesão. Mais pra tesão. Ele
mete enquanto puxa meu cabelo, e bate na minha bunda fazendo a mesma arder demais mas
só me faz ter mais tesão.

- Mete amor, mete com força. - Falo entre gemidos meu e dele, agarro o lençol e coloco o
rosto no colchão abafando meus gemidos quando chego no meu ápice

- Ahh..porra! - ele fala rouco e sai de dentro de mim rápido e sinto um líquido quente espirrar
na minha bunda. E caio deitada de bruços na cama e ele cai do meu lado de barriga pra cima e
me olha.

- Eu te amo morena..

(...)

Abro os olhos e olho pro lado e vejo que estava apenas sonhando, como quase todas as noites
depois de que Thiago foi preso, se passaram cinco anos e ele ainda está lá. Sem poder receber
visita, sem poder me ver ou se quer ver os filhos e isso é a pior parte de toda.

A 5 anos atrás Junior nasceu a cara do pai, o parto sem o Thiago foi a parte mais dolorosa, não
ter ele pra segurar minha mão naquele momento foi ruim, todos esses anos sem ele foram
ruim. Nos primeiros meses eu entrei em depressão e não queria nem sair do quarto pra nada,
mas Bruna e Amanda me convenceram de superar tudo aquilo porque meus filhos precisavam
de mim, consegui vencer a depressão e voltei a "viver" e cuidar das minhas filhas. Depois que o
Júnior nasceu, passou a ser tudo mais difícil.
Eu sentia falta do Thiago todos os dias e horas, ao olhar meus filhos crescerem sem ter o pai
por perto, ao saber que no primeiro dentinho dele o pai não estaria aqui, o primeiro passo, a
primeira palavra e até mesmo a primeira namoradinha que foi quando ele tinha 3 anos.

Victória e Mirella perguntam sobre o pai todos os dias e eu digo que ele está apenas viajando a
trabalho e logo ele volta, odeio mentir para os meus filhos mas não posso simplesmente
chegar e dizer pra uma criança de 6 e 4 anos "Seu pai está preso". Então eu sempre digo que
está trabalhando e elas esperam ansiosas, assim como eu o dia que ele vai chegar por aquela
porta.

Eu mostro todos os dias, foto do pai pra eles que morrem de curiosidade de vê-lo
pessoalmente,principalmente Júnior quê e encantado pelo pai, a primeira palavra dele foi
"papa" e eu gravei, tudo deles três, pra que um dia eu possa mostrar tudo ao Thiago pra ele vê
como nossos filhos cresceram e aprenderam suas primeiras experiências.

Bruna teve a Angel e o João Victor a dois anos atrás, meus dois gêmeos, são a coisa mais linda.
Amanda teve a Milenna faz um ano. DK arrumou uma namorada e acabou assumindo ela como
fiel, eu gosto dela, Ela é legal e simpática e muito louca, e demonstra amar demais o DK que é
oque ele merece, ser amado e feliz.

RN assumiu o comando do morro junto com LA e DK enquanto o Taz tá fora, RN não ficou
muito bem quando soube da prisão do Taz, mas também não contestou contra sabendo que o
irmão pediu de dentro da cadeia que ele cuidasse de tudo por aqui enquanto ele não estava.
Eu voltei a estudar um ano depois que ganhei o Júnior, me formei na escola e hoje faço
faculdade de medicina que era o meu sonho dês de menina. E também da minha mãe pelo que
ela contava. Bruna também faz a mesma faculdade que eu, já Amanda começou a fazer aulas
de dança como era o sonho dela ser uma dançarina famosa.

Minha mãe? Ah..ela arranjou um namorado que trate ela bem e que faça ela se sentir melhor
do que com os outros dois ex,e está por aí conhecendo o mundo junto com ele. De um jeito ou
de outro, a vida de cada um está nos eixos, menos a minha, que enquanto eu não tiver o meu
amor ao meu lado novamente, nada vai ser o suficiente pra mim.

Eu vou esperar, mesmo que demore, dez,quinze,vinte anos, vou continuar aqui,sempre
sentada nessa varanda do nosso quarto aos fim de tarde, olhando o morro e esperando que
um dia; ele suba com a fuzil dele atravessada nas costas e seu boné tampando o rosto, seu
rosto soado e com a sua moto enorme e venha pra pra mim, pros nossos filhos, pra nossa
família.

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