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UTILIZAÇÃO DA ERGOLOGIA PARA A ANÁLISE EM ATENÇÃO BÁSICA


À SAÚDE

Ana Cláudia Cardozo Chaves1


Magda Duarte dos Anjos Scherer2
Muna Muhammad Odeh3
 

1. Introdução
A Constituição Federal de 1988 assegura a saúde como um direito de todos os cidadãos
brasileiros, através do Sistema Único de Saúde (SUS). São inegáveis as conquistas históricas no
sentido da garantia desse direito, especialmente do ponto de vista jurídico-legal, entretanto
muitos desafios ainda se apresentam para que esse direito se concretize efetivamente.
Nas últimas décadas, várias medidas governamentais foram orientadas para o
fortalecimento do SUS e, em especial, da Atenção Básica (AB), concebendo-a como ponto
chave na efetivação de mudanças no cotidiano da atenção à saúde no Brasil (SILVA-ROOSLI;
ATHAYDE, 2011).
A necessidade de reorientar existe, porque ainda perdura no Brasil um modelo
tradicional considerado limitado, que tem no hospital o lócus de resolução dos problemas de
saúde; é individualizante, curativo e medicamentoso; privilegia o saber médico em detrimento
de outros saberes; utiliza de forma irracional os recursos tecnológicos disponíveis; e tem baixa
resolubilidade. Por tudo isso, gera alto grau de insatisfação para todos os sujeitos que participam
das ações e serviços de saúde – gestores, profissionais de saúde e usuários (COSTA et al, 2009;
SILVA-ROOSLI; ATHAYDE, 2011).
Diante deste contexto, movimentos sociais, usuários, trabalhadores e gestores das três
esferas de governo implicaram-se nesta mudança, apostando numa Atenção Básica com alto
grau de descentralização, capilaridade e próxima da vida das pessoas, que seja o lócus de
contato preferencial com os usuários, a principal porta de entrada e o centro de comunicação
com toda a Rede de Atenção à Saúde. Para isso, é fundamental que a AB se oriente pelos
princípios da universalidade, acessibilidade, vínculo, continuidade do cuidado, integralidade da
atenção, responsabilização, humanização, equidade e participação social.

                                                            
1
 Doutorado em Saúde Coletiva em andamento pela Universidade de Brasília. Membro do Labor ‐ 
Laboratório de Pesquisa sobre o Trabalho, Gestão, Formação e Avaliação em Saúde, e do Grupo de 
Estudos e Pesquisas sobre o Trabalho, Gestão e Educação em Saúde. E‐mail: 
anaccardozo@hotmail.com..  
2
 Docente do Programa de Pós‐Graduação em Saúde Coletiva e pesquisadora do Núcleo 
de Estudos de Saúde Pública da Universidade de Brasília. Coordenadora do LABOR ‐ Laboratório de 
Pesquisa sobre o Trabalho, Gestão, Formação e Avaliação em Saúde, Líder do Grupo de Estudos e 
Pesquisas sobre Trabalho, Gestão e Educação em Saúde. E‐mail: magscherer@hotmail.com.. 
3
 Docente do Departamento de Saúde Coletiva da Universidade de Brasília, UnB DF. É Líder do Grupo de 
Pesquisa Saúde do Homem no Brasil e Contextos Internacionais, e Integrante do Laboratório de 
Educação, Informação e Educação em Saúde ‐ ECOS. E‐mail: muna.odeh@gmail.com. 
  

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Para operacionalizar essa reorientação de práticas de saúde no âmbito da AB, os
trabalhadores da saúde necessitam incorporar novas formas de trabalhar, em muitos cenários
adotando inclusive formatos distintos e seguindo a lógica da Estratégia Saúde da Família (ESF):
em equipe multiprofissional, com área adscrita, responsabilidade sobre o cuidado e vigilância de
um número fixo de famílias, fixação de metas de produção segundo critérios quantitativos e
qualitativos, bem como o estímulo ao exercício do controle social (BRASIL, 2017; SANTOS;
SOARES; CAMPOS, 2007).
Trabalhar nesta lógica não é tarefa simples, pois exige um olhar voltado para grupos
sociais específicos, supõe um rompimento dos muros dos serviços de saúde e, sobretudo, um
alto grau de complexidade do conhecimento (SOUZA; HAMANN, 2009).
Portanto, o pilar das transformações esperadas com a AB reside nos sujeitos e na
mudança dos processos de trabalho, que são igualmente potências, à medida que guardam
possibilidades a se construir, e desafios, considerando as inúmeras condições que dificultam,
deterioram e tornam vulneráveis tais processos de trabalho. A força de trabalho, por exemplo, é
apontada como um dos pontos mais frágeis da AB, tendo em vista as precárias formas de
vinculação profissional e a consequente rotatividade nas equipes, a insuficiente qualificação dos
trabalhadores e o perfil inapropriado para a proposta (RIBEIRO; PIRES; BLANK, 2004;
SILVA-ROOSLI; ATHAYDE, 2011).
São também reconhecidos no trabalho na AB alguns pontos contraditórios, que
merecem aprofundamento para que se chegue a um equilíbrio satisfatório entre necessidades de
saúde da população e necessidades dos trabalhadores para uma condição digna de trabalho.
Exemplo disso é a polivalência exigida dos profissionais na AB, através do domínio de
conhecimentos e do desenvolvimento de práticas em inúmeras frentes, essencial ao trabalho na
AB, mas que eleva as exigências, as incertezas e as tensões dos profissionais que o executam, e
torna mais complexas a execução e a gestão desse trabalho. O trabalho em equipe
multiprofissional poderia minimizar esses efeitos, mas tem sido realizado majoritariamente no
modelo da ESF através de equipes mínimas, compostas por médico, enfermeiro, auxiliar ou
técnico de enfermagem e Agentes Comunitários de Saúde (ACS), muitas vezes insuficientes em
número e diversidade para atender às demandas da população (BRASIL, 2017; SHIMIZU;
CARVALHO JUNIOR, 2012).
Ainda, os modelos tecnoassitenciais em saúde em que se estabelecem os processos de
trabalho são apontados como campo de políticas e organizações fortemente instituídos,
decorrente de forças hegemônicas bem estruturadas social e historicamente. Isso reforça o
caráter de desafio, atribuído às mudanças no processo de trabalho na AB (CECÍLIO, 1997;
CAMPOS, 1997).
Diante disso, explorar o trabalho na AB enquanto fenômeno é relevante no sentido de
ampliar a compreensão do todo de significados e contextos em que este se desenvolve,
tomando-o como uma ferramenta para a transformação da realidade. Buscando avançar na
compreensão dessas transformações e da atividade de trabalho encontradas na AB, considera-se
neste texto alguns conceitos da abordagem ergológica.
A vida consiste num intenso debate dos indivíduos com um meio em que há fugas,
vazios, esquivamentos e resistências inesperadas. Os conceitos de normalidade e anormalidade,
saúde e doença, portanto, oscilam dialeticamente ao longo das trajetórias de vida,
correspondendo a diferentes margens de tolerância dos indivíduos às infidelidades do meio em
que vivem (CANGUILHEM, 2009).
Trata-se de um exercício permanente de modulação humana para adaptação às
transformações do meio, que se desenvolve na vida, assim como no trabalho humano, em que a
renormalização se dá através das múltiplas gestões de variabilidades, de furos das normas, do
estabelecimento de redes humanas, de canais de transmissão que toda situação de trabalho
requer, sem porém jamais antecipar o que elas serão, na medida em que essas renormalizações
são portadas por seres e grupos humanos sempre singulares, em situações de trabalho também
sempre singulares (SCHWARTZ, 2011).

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O trabalho consiste, então, nas múltiplas dimensões do ser humano em atividade, no ato
das relações que o mesmo estabelece com o meio multidimencional no qual está inserido,
produzindo as chamadas atividades industriosas.
Nesse sentido, um pressuposto sobre o objeto desta análise é que, no contexto da AB, o
trabalho envolve intenso debate de normas e almeja equilibrar autonomia e integração, de
modo que o saber valor de cada um (trabalhador/usuário/gestor) possa se expressar e se somar,
favorecendo ao cuidado em saúde.
Essa é uma expectativa ousada para um trabalho cuja predição e o planejamento plenos
são impossíveis, pois valores individuais e coletivos são tão ingredientes como produtos das
escolhas realizadas, além de ser difícil controlar certas condições e desfechos neste cenário, uma
vez que corresponde ao nível de atenção mais próximo do contexto e dinâmica de vida das
pessoas.
Assim, é possível reconhecer um conjunto de normas que direciona o trabalho na AB,
que os profissionais seguem em maior ou menor grau, sejam advindas das esferas de gestão da
saúde (união, estados e municípios), da regulamentação profissional específica, dos saberes
científicos, da ética e até mesmo da experiência prévia desses profissionais. Mas significa que
há, por outro lado, um intenso debate dessas normas prévias com as normas criadas e recriadas
diariamente pelos trabalhadores. Isso ocorre em todas as atividades industriosas, mas
especialmente no contexto do trabalho na AB esse debate se torna central, em face da
diversidade e do volume de demandas de cuidado em saúde que se apresentam, exigindo dos
trabalhadores autonomia, iniciativa, capacidade de criação e adaptação no agir cotidiano. Essas
exigências envolvem necessariamente certo grau de incertezas e conflitos com os quais as
equipes de trabalhadores precisam estar preparadas para saber lidar. Contudo, é fato que o
trabalho real guarda sempre distância do trabalho prescrito, o que se evidencia claramente num
cenário como da AB. Nenhuma norma antecedente proposta em desaderência pode de fato
garantir ao trabalho que o prescrito corresponda ao real.
A desaderência é caracterizada como a distância que o ser humano é capaz de tomar
em relação ao que acontece, às circunstâncias nas quais ele se encontra em um dado momento.
A atividade humana, entretanto, acontece aqui e agora, viver e trabalhar fazem parte da
experiência de viver, é ir ao encontro do presente, o que se denomina de aderência (DURRIVE,
2011).
É o duplo conceito de aderência e desaderência que caracteriza a abordagem ergológica
da atividade, não numa relação antagônica entre si, mas numa relação dialética, em que se faz a
gestão indefinidamente renovada e sempre problemática da tensão entre o que está prescrito
pelo que se concebe em desaderência, ou pela realidade, as infidelidade do meio, as surpresas
dos acontecimentos e o desafio da aderência (DURRIVE, 2011).
A ergologia convida a analisar a distância inevitável entre o trabalho prescrito e o
trabalho real, entre as normas concebidas para determinada atividade industriosa e a forma
como esta se desenvolve de fato, pois se a distância entre o prescrito e o real na atividade
industriosa é inevitável, neste hiato se inscrevem as renormalizações. Mesmo para obedecer às
normas antecedentes, o indivíduo já se implica em praticar escolhas e, ao operar nas brechas das
normas antecedentes, o sujeito produz história.
No contexto de trabalho da AB, em que as condições são em geral pouco passíveis de
controle, ocorrem inúmeros transtornos no processo de trabalho, muitas vezes considerados
pelos trabalhadores como desarranjos, ou perturbações nas ações planejadas, e encarados como
negativos, uma vez que podem contrariar a norma prescrita e o planejamento elaborado,
exigindo de sua parte flexibilidade e criatividade para adaptações frequentes nesse
planejamento.
Apesar disso, é na renormalização onde mora a potência do trabalho. Há que se acolher
intercorrências no trabalho em saúde como parte essencial dele, de modo que é impossível
prever todas as demandas que vão surgir, ou evitar que algumas delas ocorram num trabalho que

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é vivo, dinâmico, e que tem o ser humano em toda a sua complexidade como sujeito e objeto. A
renormalização no âmbito de trabalho na AB também foi o que permitiu adequar e capilarizar o
serviço de saúde a realidades tão diversas e singulares, numa escala antes impraticável para os
serviços de saúde no país, possibilitando acesso à saúde para muitos cidadãos brasileiros.
A respeito desse contraponto, é preciso explorar no processo de trabalho que tipo de
intercorrências mais ocorrem, já que elas sempre ocorrerão, e como a equipe pode se organizar,
ou de que ferramentas pode dispor para responder de modo mais efetivo e menos desgastante a
esses transtornos. É imprescindível que essa solução seja construída em conjunto, articulando-se
o máximo possível o olhar e o empenho de todos profissionais da equipe. Do contrário, os
transtornos geram sobrecarga, cansaço, estresse e até processos patológicos para aquele(s) que
se propõe(m) a assumir essa resposta ao que vai além do planejado, relacionados à limitada
margem de renormalização do indivíduo ou do coletivo de trabalhadores frente às infidelidades
daquele meio.
Nesse sentido, é importante considerar também que toda norma exprime um ideal, uma
regra, um objetivo, ou um modelo. No entanto, normas não são imposições, ainda que se
pretenda. São muito mais proposições, que não se constituem determinantes absolutos da
atividade. Desde a concepção até a renormalização pelo trabalhador, ela está sempre relacionada
a modelos e visões de mundo, contendo valores mais ou menos comprometidos com o bem
comum, como é o caso do trabalho na saúde pública e na AB. Assim, a norma antecedente é um
norte, uma orientação sobre como atingir a finalidade do trabalho, mas não limita o agir dos
trabalhadores, colocando como possibilidade e, em certa medida, até como uma
responsabilidade fundamental neste trabalho ter liberdade para poder aplicar a norma
antecedente do jeito que dá certo na sua realidade (BRITO et al, 2011).
Essa liberdade na aplicação da norma na AB, todavia, é relativa, pois embora cada
trabalhador renormalize constantemente o seu agir, a ação de cada sujeito está inserida numa
teia de relações que se estabelece dentro da equipe multiprofissional e fora dela (gestão,
comunidade, etc), portanto nada acontece totalmente à revelia dessas relações. Isso demanda do
trabalhador um intenso uso de si por si, para reivindicar usos mais adequados de si dentro dos
coletivos, acionando toda a sua competência a viver.
O conceito do uso de si faz referência ao trabalho, não como mera execução, mas como
a convocação do indivíduo em seu todo para agir na atividade industriosa, que envolve pensar e
se posicionar diante das infidelidades do meio de trabalho (SCHWARTZ, 2000).
Os indivíduos podem convocar o uso de si por si, ou por outros. O primeiro, trata do
quanto o trabalhador mobiliza de si mesmo para o estabelecimento das normas que determinam
sua atividade, supondo que mesmo aquele sujeito aparentemente alienado do que faz, possui
ainda algum nível de escolha quando não se dispõe a ser senão o uso que fazem dele. Já o
segundo uso, trata de uma engrenagem social forjada em condições históricas, através da lógica
do lucro, das formas de hierarquia, das formas de divisão e parcelamento das atividades, das
limitações dos espaços de autonomia e tantas outras formas mais ou menos justas de se utilizar
da força de trabalho de outro ser humano (SCHWARTZ, 2000).
Ambos os usos de si são simultâneos e a consciência de que o trabalho consiste num uso
de si por si e pelos outros, e como se estabelecem essas relações de uso, contribui para que se
reivindique outro uso dos trabalhadores no seio de sua atividade industriosa (SCHWARTZ,
2000).
Observando-se a realidade da AB como um espaço transformação de práticas, com
vistas à reorientação do modelo de atenção à saúde, salienta-se que para exercer essa autonomia
relativa no uso de si por si, o trabalhador aciona toda a sua competência a viver, que envolve o
conjunto de possibilidades humanas em várias dimensões a serem desenvolvidas no momento
da vivência das infidelidades do meio, em que:
[...] cada homem e cada coletivo da vida cria incessantemente suas formas de
negociação com os constrangimentos tanto no meio físico, como no meio

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social, e a superar as provas da vida pela sua experiência e sua consciência,
ou seja, pela referência que têm de si, dos outros e do mundo
(NOUROUDINE, 2008, p. 31).
Além do uso de si por si, é importante destacar como característica fundamental do
trabalho na AB o trabalho coletivo, em que a equipe consiste num arranjo importante para a
articulação dos saberes e a divisão do trabalho na AB. Ela se desenvolve sob duas orientações
distintas: a equipe como agrupamento de agentes, caracterizada pela fragmentação das ações, e
a equipe como integração de trabalhos, caracterizada pela articulação de saberes para a
integralidade das ações. As duas concepções de trabalho em equipe coexistem no trabalho na
AB, num processo de transição paradigmática que tem como perspectiva a articulação de
saberes, mas ainda busca cotidianamente a superação dos fazeres fragmentados (PAVONI;
MEDEIROS, 2009).
Outro aspecto acerca do uso de si por outros no contexto da AB é sobre as formas de
hierarquia presentes, tanto dentro da equipe, entre as categorias profissionais, como entre
trabalhadores e usuários, trabalhadores e gestores. Grande parte do trabalho coletivo está
submetido a afetos e desafetos, resistências e conflitos de poder. Diante disso, nem sempre é
possível construir acordos e atingir a finalidade do trabalho, possibilitando a construção de
relações de cuidado favoráveis ao bem estar da população.
Compreende-se que consentir em cooperar com um coletivo supõe uma mobilização
individual em prol do coletivo, o que não acontece naturalmente e simultaneamente com todos
os membros de uma equipe. Um indivíduo coopera com um coletivo em duas condições: pelo
sentimento de sofrimento ou frustração com o trabalho, que destrói a subjetividade individual,
impedindo-a de se manifestar e obrigando a consentir com o coletivo; ou por recursos
específicos do coletivo que podem estimular o aprimoramento das subjetividades singulares,
permitindo a construção de um trabalho efetivo, com o reconhecimento do fazer coletivo
(DEJOURS, 2006).
É esse último formato que se deve estimular, possivelmente através da garantia de
condições de trabalho adequadas, processos de educação permanente, garantia de autonomia
profissional, ainda que relativa, e da possibilidade de (re)organização das atividades cotidianas.
A AB é um campo de trabalho que ainda carece de várias dessas garantias, mas no que tange à
autonomia profissional, sob esse ponto de vista, é possível conceber essa potência.
Por fim, aponta-se que os aspectos aqui analisados ilustram apenas uma pequena parte
da complexidade do processo de trabalho na AB, alguns desafios colocados para esse âmbito da
atenção à saúde e como é relevante trazer à tona e refletir acerca das questões que permeiam
esse trabalho. Em função do potencial da AB para concretizar as transformações necessárias ao
modelo de atenção à saúde preconizado no Brasil, aponta-se a necessidade de aprofundar esse
debate a partir dos conceitos ergológicos aqui apresentados, considerando situações de trabalho
reais, apresentando perspectivas mais profundas sobre e para os sujeitos, processos e práticas.

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