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SOBRE A DANI...
Olá! Meu nome é Daniela Freitas. Fui diagnosticada aos 15
anos com Síndrome de Asperger que hoje é denominado
Transtorno do Espectro Autista (TEA) nível 1 de suporte. E
sou mãe do Aquiles, um menininho lindo que teve seu
diagnóstico com 1 ano e 11 meses.

Aquiles é um autista nível 3 de suporte com


comorbidades. Para desenvolver o meu pequenino tive
que me empoderar de informações através de leitura de
pesquisas, livros, cursos. Precisava aprender rápido sobre
as intervenções com evidência para o TEA.

Fiz este guia GRATUITO com muito carinho voltado para profissionais e pais que
desejam realmente se empoderar de informação de qualidade. É proibida a
comercialização deste guia. Caso queira mais informações, acesse o meu site:

HTTPS://DANIACF.COM

1
SOBRE O GUIA...
Este guia foi construído com o objetivo de nortear como
montar seus programas de intervenção com base na
Análise do Comportamento Aplicada (ABA) pensando fora
da "caixinha". Afinal, ABA é uma ciência e nenhuma ABA
ABA
ciência caberá numa caixa.
Para desenvolver um programa de ensino eficiente é necessário fazer uma ótima
avaliação e um plano de ensino individualizado (PEI) bem estruturado. Neste
guia, vamos focar nesta terceira etapa. Isso porque existem poucos materiais na
língua portuguesa disponíveis sobre este assunto. É importante que tenha
conhecimentos base em Análise do Comportamento para que entenda as etapas.
Este guia ajudará a recordá-lo. Afinal, o que é um programa de ensino?
Um programa de ensino é um documento
desenvolvido por profissional experiente na
ABA instrumentalizando o instrutor de como
deverá ensinar um aprendiz. Sua linguagem
deve ser compatível com a proximidade que o
instrutor tem com ABA. Desta forma, é um
instrumento que deve ser personalizado tanto
para criança quanto para o instrutor.
2
OS PASSOS
Para fazer um bom programa de ensino, o
Analista do Comportamento deverá se atentar as
seguintes etapas:
A) Anamnese 1)Forma de ensino
2) Controle instrucional
B) Avaliação 3) Ambiente de ensino
C) Plano de ensino 4) Instruções
D) Programa de ensino 5) Materiais
6) Arquitetura de ensino
E) Aplicadores 7) Dicas e ajudas
F) Cuidadores 8) Correção de erros
G) Escola 9) Reforçamento
10) Coleta de dados
H) Generalização 11) Apresentação do dados
12) Análise dos dados
O foco deste guia é o
item D (12 passos).
Se é a primeira vez que está usando este guia, recomendo que leia cada página
atentamente para que possa usar depois como consulta quantas vezes quiser.
Primeiro serão explicados cada passo detalhadamente com modelos para já possa
fazer a construção de um programa de ensino. E por fim você encontrará os anexos
com modelo de programa, folhas de registro, gráficos e modelo de relatório.
3
PARTE 1
1)Forma de ensino
2) Controle instrucional
3) Ambiente de ensino
4) Instruções
5) Materiais
6) Arquitetura de ensino
7) Dicas e ajudas
8) Correção de erros
9) Reforçamento
10) Coleta de dados
11) Apresentação do dados
12) Análise dos dados
PASSO 1
FORMAS DE ENSINO
ISOLADA ENCADEADA INCIDENTAL
Quando Quando Quando
a tarefa que exige muito é possível colocar junto a existem muitas
desempenho do aprendiz outras atividades oportunidades naturais
o instrutor é pouco o conjunto de atividades o instrutor deve ser
experiente poderá eliciar melhores experiente ou bem
Número de tentativas respostas supervisionado durante a
exige muitas tentativas o instrutor deve ser aplicação
para formar curva de experiente ou bem Número de tentativas
aprendizagem supervisionado durante a flexível
Sondagem aplicação curva de aprendizagem
habilidade que exige Número de tentativas acelerada do aprendiz
sondagem em grande pode ter flexibilidade Sondagem
frequência programada esporádica
Variação das instruções Sondagem Variação das instruções
É possível prever o habilidade que exige naturalístico
número de sondagem em menor
oportunidades de ensino frequência
para mudar as instruções Variação das instruções
previsível

5
OI? PASSO 2
CONTROLE INSTRUCIONAL
O controle instrucional está relacionado a capacidade do instrutor em deixar o
aprendiz motivado durante a aplicação do programa de intervenção. O que
pode ser uma bastante tarefa hercúlea sem as ferramentas adequadas
Aqui serão apresentadas 3 técnicas para desenvolver o controle instrucional. Não existe a
melhor técnica, existe a que será melhor para relação aprendiz/instrutor. Pode acontecer de
nenhuma dessas técnicas serem adequadas ou usar apenas alguns conceitos para cada caso.
O importante que você conheça e procure estudar através de artigos, livros, cursos mais
profundamente sobre estas técnicas e muitas outras. Lembre: ABA é fora da caixa!

7 PASSOS - ROBERT SCHARAMM


Robert Schramm é um consultor de educação, analista de comportamento (BCBA) e
criador dos "7 Passos para o Controle Instrucional". Resumo dos passos:
1. O aprendiz deve entender que terá acesso ao que deseja através do instrutor
2. O instrutor deverá mostrar que é uma pessoa interessante ao aprendiz
3. O instrutor deverá mostrar que é confiável
4. O aprendiz deve entender que seguir pequenas instruções dadas pelo instrutor
pode ser benéfico para ela
5. O instrutor deverá reforçar todas as respostas de objetivo de ensino. Com o
tempo modificar o esquema de reforçamento
6. O instrutor deverá mostrar ao aprendiz que conhece o que gosta e o que não gosta
7. O instrutor deverá mostrar ao aprendiz que ausência de resposta ou comportamentos inadequados o
impedem de obter o que deseja. 6
PASSO 2
CONTROLE INSTRUCIONAL
SBT- GREGORY HANLEY
Ph.D e BCBA-D Hanley dedicou seus estudos às intervenções para comportamentos inapropriados. Como
produto de seus estudos ele desenvolveu SKILL BASE TREATMENT. Neste guia vamos focar nas etapas
dos Comportamentos Contextualmente Apropriados (CABs).
CAB 1 - Renunciar - O Aprendiz irá parar uma
atividade contínua e renunciar a todos os reforços
positivos
CAB 2 - Transição - O Aprendiz irá fazer a transição
para uma área alternativa e se preparar para
aprender
CAB 3 - Iniciando - O Aprendiz irá completar
algumas respostas dentro de uma única área de
atividade
CAB 4 - Variando - O Aprendiz irá completar
algumas respostas dentro de múltiplas atividades
CAB 5 - Persistindo - O Aprendiz irá completar mais
respostas dentro de múltiplas atividades
CAB 6 - Perseverando - O Aprendiz irá completar
muitas respostas dentro de múltiplas atividades
enquanto é desafiado

7
PASSO 2
CONTROLE INSTRUCIONAL
PRIDE
O PRIDE foi desenhado para pais. O foco
é na relação de autoestima da criança,
melhorando o relacionamento familiar.
O PRIDE é divida em 5 grandes etapas.
1. Elogiar - elogiar os comportamentos adequados (objetivos de ensino) emitidos pelo aprendiz durante a sessão
2. Refletir - imitação vocal dos sons e palavras emitidos pelo aprendiz
3. Imitar - imitar as ações motoras adequadas do aprendiz
4. Descrever - descrever habilidades adequadas e exibidas pelo aprendiz
5. Iniciar - mostrar que o aprendiz consegue alcançar itens reforçadores através do instrutor

ANOTE AQUI SUAS MELHORES PRÁTICAS DE CONTROLE INSTRUCIONAL:

8
PASSO 3 AMBIENTE
Estude a progressão adequada de distratores no
ambiente. Segue uma lista para que possa pautar sua
prática terapêutica:
1. Local
a. conhecido
PASSO 4 INSTRUÇÃO
b. desconhecido Estude a progressão adequada das instruções. Elas
2. Estímulos visuais devem estar de acordo com o repertório da criança.
a. estáticos não reforçadores Deve constar na fase de avaliação.
b. estáticos reforçadores no ambiente 1. Simplificada
c. em movimento não reforçadores a. Descrição: uso de poucas palavras ou uma
d. em movimento reforçadores no ambiente única palavra
e. tela mostrando coisas não reforçadoras b. Tipo
f. tela mostrando coisas reforçadoras i. Única - apenas uma palavra em todas as
3. Estímulos auditivos oportunidades de ensino
a. silencioso ii. Variada - vária palavras com alternância
b. ambientes conhecidos - ruído branco nas oportunidades de ensino
c. não conhecidos colocados de forma intermitente 2. Linguagem natural
d. reforçadores a. Descrição: uso de palavras e frases no uso
natural
AMBIENTE:

INSTRUÇÃO:

9
PASSO 5 Etapas, tempo e custo do material

Suporte
MATERIAIS 1. Custo
2. Materiais
3. Etapas
1. Telas 4. Variações
2. Papéis 5. Equipe responsável
3. Plastificados 6. Onde adquirir os materiais
4. MDF 7. Como adquirir os materiais
5. Outros: 8. Variações possíveis

Generalização
Durabilidade
1. Previsibilidade da modificação dos
1. Descartável
estímulos para desenvolver a
a. Ciclos de uso:
Dicas nos materiais generalização
2. Permanente
1. Dimensões 2. Etapas da modificação dos materiais
2. Posições
3. Cores Restrições do aprendiz aos materiais
4. Quantidades 1. Seleção de estímulos
5. Distanciamento 2. Leva objetos à boca
6. Contraste 3. Estímulos aversivos
7. Brilho 4. Incompatibilidade com as habilidades
8. Textura visuais, auditivas, motricidade etc
9. Outros: 5. Outros:

10
PASSO 6
ARQUITETURA DE ENSINO
Quando possível descreva e desenhe a posição do instrutor, estímulos e aprendiz
1. Descrição do localização geral e a área que a intervenção será realizada (quando possível)
2. Verifique as possíveis áreas de risco
3. Verifique as possíveis área de fuga e como conseguirá manter a segurança do aprendiz
4. Projete a área para gerar conforto ao aprendiz
5. Projete a área para cada objetivo a curto prazo
6. Descreva o posicionamento dos estímulos em relação ao aprendiz
7. Descreva o posicionamento do instrutor em relação ao aprendiz

ARQUITETURA DE ENSINO LEGENDA (EXEMPLO):


INSTRUTOR

APRENDIZ

ÁREA DE ENSINO

REFORÇO

PORTA

JANELA

MÓVEIS BAIXOS

MÓVEIS ALTOS

ÁREA DE RISCO

*PODE CONTER SOBREPOSIÇÃO


11
PASSO 7DICAS E AJUDAS
1. Desenvolver a Análise de Tarefas da habilidade conforme o Objetivo a Curto Prazo
(OCP). Folha de análise de tarefas em anexo.
2. Delinear as ajudas possíveis para essa OCP
3. Hierarquizar as ajudas para essa OCP
4. Montar a Árvore de Decisão conforme o repertório apresentado na avaliação da
criança. Exemplos:
a. Canais
i. Performance auditiva
1. Segue instruções orais
2. Fica atento ao comando auditivo tempo suficiente para entender instrução
ii. Performance visual
1. Faz rastreio visualmente o instrutor (rosto/corpo) tempo suficiente para
entender a instrução
2. Faz rastreio visualmente os estímulos tempo suficiente para entender a
atividade
3. Segue instruções através de vídeos/imagens
4. Imita
b. Tipos: percebe e entende variadas estímulos ou únicos
5. Verificar o número de tentativas por tempo para o aprendiz entender uma atividade
6. Avaliar as restrições: seletividade de estímulos, defensividade tátil, baixa precisão
nos movimentos, baixa precisão da repetibilidade dos sons, alta latência entre
o antecedente e resposta.
7. Sondagem: 3 sessões - 3 dias
8. Avaliação do aplicador
a. Experiente na ABA
b. Não experiente na ABA : aumentar o nível de ajuda ou reduzir o
número de ajudas e dicas

12
PASSO 7
DICAS E AJUDAS
1. Quando
a. Única ou simultânea
b. Atraso do tempo:
constante ou progressivo
c. Sondagem
2. Como
a. Intrusão
i. Menos para mais
ii. Mais para menos
b. Topografia das ajudas
i. Posicionamento
(aprendiz, instrutor,
estímulos)
ii. Movimento
3. Dicas nos estímulos
a. Dimensões
b. Posições
c. Cores
d. Quantidades
e. Distanciamento entre os
estímulos
f. Contraste
g. Brilho
h. Textura
i. Outros

13
PASSO 8
CORREÇÃO DE ERROS
A Correção de Erros serve para destacar o que o aluno respondeu incorretamente e poderia promover a mudança de
comportamento desejado. Precisamos ficar sensíveis a necessidade de cada criança e ficar atentos para que esta
correção não fique aversiva. Devemos sempre trabalhar com a motivação de nossa criança. Segue aqui algumas
orientações do DTT Progressivo em relação a correção de erros.
1. Evitar o uso de um tom áspero ou volume excessivo com o aprendiz; entretanto, o terapeuta deve assegurar que o
tom do feedback corretivo seja diferente do das instruções e do elogio.
2. Feedback instrutivo. Observações:
a. Se a tarefa for relativamente nova, difícil, ou exigir uma boa discriminação, pode-se desejar feedback instrutivo
para agilizar o aprendizado,
b. Deve ser compatível com o repertório da criança,
c. Não deve ser feito quando:
i. desatenção
ii. comportamento inadequado
iii. auto-estimulatório
iv. controle de estímulo defeituoso
O objetivo das técnicas de correção de erro são aumentar a probabilidade de uma resposta correta ocorrer no futuro.
Uma estratégia que é eficiente é a que promove respostas independentes com o menor número de sessões, tentativas
ou tempo serve para destacar o que o aluno errou e não poderia promover a mudança do comportamento desejado.
Serão apresentadas algumas técnicas neste guia. Mas lembre a ABA é fora da caixinha, o que importa é o aprendiz.

14
PASSO 8
CORREÇÃO DE ERROS

15
PASSO 8
CORREÇÃO DE ERROS

16
PASSO 9REFORÇAMENTO
O aumento da frequência de um comportamento significa
que ele está sendo reforçado. Entendemos que isto depende
da consequência logo após uma resposta. A missão do Analista
do Comportamento será de investigar o que faz o aprendiz se
manter motivado em uma atividade, permitindo que a
aprendizagem ocorra. Para isso, é essencial conhecer algumas
estratégias para investigar estes motivadores.

Em alguns momentos a própria atividade será motivadora, aumentando


as chances do comportamento "aparecer" novamente. Já em outros
teremos que buscar motivações extrínsecas em busca de ir
sucessivamente pareando a atividade. Não cabe ao Analista do
Comportamento fazer juízo de valor se um elemento de preferência será
reforçador ou não. Como também, deve-se despir de preconceitos
sobre uso de itens de preferências não convencionais.

O foco sempre será a


aprendizagem e
segurança de nosso
aprendiz.
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PASSO 9REFORÇAMENTO
ETAPA 1: ANAMNESE COM OS CUIDADORES
Segue algumas perguntas importantes para fazer com os cuidadores
OBSERVAÇÕES
alimentos Aprendiz... Gosta de algum estímulo sensorial específico? Por exemplo, alguns
ADORA GOSTA ACHA BOM
aprendizes gostam da água da torneira escorrendo pelas mãos,
ADORA GOSTA ACHA BOM
sentir cheiros específicos, tocar em texturas, objetos ou comidas de
cores e formas específicas.
ADORA GOSTA ACHA BOM

BRINQUEDOS Aprendiz...
ADORA GOSTA ACHA BOM

ADORA GOSTA ACHA BOM

ADORA GOSTA ACHA BOM

Como é a relação de aprendizagem com os cuidadores? Responde


melhor a qual cuidador? Se sim, como é esta relação de ensino?
Aprendiz...
OBJETOS INCOMUNS/ MÚSICAS/ DESENHOS ETC ADORA GOSTA ACHA BOM

ADORA GOSTA ACHA BOM

ADORA GOSTA ACHA BOM

Aprendiz...
sociais ADORA GOSTA ACHA BOM

ADORA GOSTA ACHA BOM

ADORA GOSTA ACHA BOM

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PASSO 9REFORÇAMENTO
ETAPA 2: AVALIAÇÕES DE PREFERÊNCIA
ESTÍMULO ÚNICO
APROXIMOU?
1. Apresentar um item presentar instrução ITENS SIM NÃO

2. Esperar 5s pela resposta 1


3. Permitir o acesso ao item selecionado por 20s 2
4. Se a criança não escolher, apresentar o item 3
e reapresentar a instrução
4
5. Registrar os dados

ESCOLHA ENTRE PARES ITENS


1. Apresentar um par de itens 1
2. Apresentar instrução 2
3. Esperar 5s pela resposta resposta
3
4. Permitir o acesso ao item selecionado por 20s
5. Remover imediatamente o item não 4
selecionado 1-2 2-3 3-4

6. Bloquear a seleção de mais de um item


7. Se a criança não escolher, apresentar cada 1-3 2-4

8. item e reapresentar o par de itens 1-4


9. Registro dos dados
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PASSO 9REFORÇAMENTO
ETAPA 2: AVALIAÇÕES DE PREFERÊNCIA - CONTINUAÇÃO
MÚLTIPLOS ESTÍMULOS
1. Apresentar os 4 itens (primeira tentativa)
2. Apresentar a instrução
3. Esperar 5s pela resposta
4. Permitir o acesso ao item selecionado por 20s CATEGORIA
5. Remover imediatamente os itens não selecionados
6. Bloquear a seleção de mais de um item e reapresentar ORDEM DOS ITENS ESCOLHIDOS
1
7. Bloquear acesso ao item antes que todos sejam apresentados
8. Se a criança não escolher, apresentar cada item e reapresentar 2
todos os itens 3
9. Registrar os dados
10. Apresentar itens mudando de posição no sentindo horário (a partir 4
da segunda tentativa)

CATEGORIA CATEGORIA CATEGORIA


ORDEM DOS ITENS ESCOLHIDOS ORDEM DOS ITENS ESCOLHIDOS ORDEM DOS ITENS ESCOLHIDOS
1 1 1
2 2 2
3 3 3
4 4 4

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PASSO 9 REFORÇAMENTO
PIRÂMIDE: PREFERÊNCIAS X DEMANDAS

21
PASSO 9REFORÇAMENTO
Contínuo A cada resposta Aquisição do reforçador deve ser rápida e existe menor resistência à extinção

Alta taxa geral de resposta. Pós-pausa de reforço. Em seguida, um padrão de


quebra-e-corrida de resposta com pouca hesitação entre as respostas. Razão
Reforço segue um número fixo de máxima afetada pelo histórico de RF anterior de reforço, operações
Razão Fixa
respostas) motivadoras, qualidade do reforço e mudanças nos requisitos de razão.
Aumentos abruptos e grandes no tamanho de RFpodem gerar tensão na
proporção (evitação, agressão, pausas imprevisíveis na resposta)

O reforço segue um número Taxa alta e constante de resposta. Sem pausa pós-reforço. Altos requisitos de
Razão Variável
variável de respostas) resposta de RV podem ser alcançados diminuindo gradualmente o esquema

Segue a primeira resposta após Taxa geral de resposta baixa a moderada. Pós-pausa de reforço. A taxa de
Reforço de um período fixo de tempo ter resposta acelera conforme o final do intervalo se aproxima, produzindo um
Intervalo Fixo decorrido desde a resposta efeito de vieira. Intervalos Fl mais longos produzem as pausas pós-reforço mais
reforçada anterior longas e menores taxas de resposta geral

O reforço segue a primeira


resposta após uma quantidade Taxa de resposta consistente e estável. Sem pausa pós-reforço
Intervalo
variável de tempo ter decorrido Taxas de resposta baixas a moderadas. Intervalos médios mais longos
Variável
desde a resposta reforçada produzem taxas de resposta geral mais baixas
anterior

Fonte: Cooper, Heron, Heward; Applied Behavior Analysis; Pearson (2019)


22
PASSO 9REFORÇAMENTO
DIFERENCIAL
O reforçamento diferencial tem como principal objetivo
reforçar uma classe de resposta e não reforçar outra
classe de resposta. Ou seja, só serão reforçados os
comportamentos que são objetivos de ensino. Desta forma,
aplicando a extinção para todas as outras respostas.
Existem 4 grandes tipos de reforçamento diferencial:

Reforçamento diferencial do comportamento


incompatível (DRI) - fornece reforço para
comportamentos que quando acontecem torna-se
fisicamente impossível exibir o comportamento
inadequado
Reforçamento diferencial de comportamento
alternativo (DRA) - fornece reforço para
comportamentos alternativos funcionais.
Reforçamento diferencial de outro comportamento
(DRO) - fornece reforço apenas quando o
comportamento alvo não é exibido por um período de
tempo especificado
Reforçamento diferencial taxas baixas (DRL) - usado
para diminuir a taxa de um comportamento que ocorre
com muita frequência, o objetivo é que o
comportamento alvo ocorra em uma taxa mais baixa do
que antes.

23
PASSO 10
COLETA DE DADOS
Um passo essencial para definir como será a coleta de dados é
entender as propriedades do comportamento alvo. Cada
propriedade do comportamento tem sua dimensão quantitativa e
medida.

PROPRIEDADES
LOCUS TEMPORAL EXTENSÃO TEMPORAL REPETIÇÃO

DIMENSÃO LATÊNCIA DURAÇÃO CONTAGEM

MEDIDA TEMPO TEMPO Nº DE RESPOSTAS

O comportamento
ocorre em um certo O comportamento tem O comportamento pode
DESCRIÇÃO
momento no tempo do uma duração. ocorrer inúmeras vezes.
estímulo que o elicia.

MÉTRICAS Topografia REGISTROS


Nº de ocorrências Produto comportamental Intervalo
total
Livre TIPO:

Tempo determinado Intervalo


parcial
Intervalo entre Amostra
Duração
comportamentos momentânea 24
Fonte: Cooper, Heron, Heward; Applied Behavior Analysis; Pearson (2019)
PASSO 10
COLETA DE DADOS
Também é importante definir quando serão os registros. Ou seja, se serão durante a aplicação ou
após a aplicação. Quando for após a aplicação deverá descrever se essa análise será feita através de
registros de filmagens, produtos comportamentais ou pela memória do instrutor. Esta escolha sempre
deverá dependerá da habilidade a ser ensinada e das habilidades do instrutor.
Todas tentativas
TIPOS a. sonda - tentativas - sonda
b. tentativas - sonda
c. sonda - tentativas
d. tentativas
Amostragem
a. primeira - N tentativas pré determinadas - última
b. N tentativas pré determinadas - última
c. primeira - N tentativas pré determinadas
d. primeira - N tentativas aleatórias - última
e. N tentativas aleatórias - última
f. primeira - N tentativas aleatórias
Por estimativa
a. Porcentagem
b. Escala Likert

VEJA O ANEXO
REGISTROS 25
PASSO 11
APRESENTAÇÃO DE DADOS
A apresentação dos dados é parte essencial do trabalho do
Analista do Comportamento. Tudo dependerá dos últimos
10 passos. Por isso, neste guia você encontrará diversos
ABA
ABA
tipos de gráficos. LEMBRE-SE: ABA É FORA DA CAIXA. Não
tente encaixar o comportamento analisado em desses
modelos, busque sempre a forma mais adequada para os
VEJA O ANEXO
dados de seu aprendiz.
GRÁFICOS
PASSO 12
ANÁLISE DE DADOS
No anexo deste guia você encontrará um modelo

VEJA O ANEXO simplificado de relatório para a análise de dados. O relatório


de desempenho é um documento muito importante. Faça
duas cópias e solicite sempre a assinatura de recebimento
RELATÓRIO ao entregar aos cuidadores. Ao desenvolver os relatórios
verifique como foi descrito no contrato de serviço o que
deverá relatar e a periodicidade.

26
MAIS
SOBRE A DANI...
Tenho um site recheado de materiais gratuitos

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PARTE 2
ANEXOS
CHECAGEM12 PASSOS
PASSO 1 - FORMA DE ENSINO: PASSO 2 - CONTROLE INSTRUCIONAL PASSO 3 - AMBIENTE: PASSO 4 - INSTRUÇÃO:
ISOLADA 7 PASSOS SBT LOCAL: SIMPLIFICADA
ENCADEADA PRIDE OUTRO: ESTÍMULOS VISUAIS: ÚNICA VARIADA
NATURAL
INCIDENTAL ESTÍMULOS AUDITIVOS:

PASSO 8 - CORREÇÃO DE ERROS PASSO 7 - DICAS E AJUDAS PASSO 6 - ARQUITETURA DE ENSINO: PASSO 5 - MATERIAIS:
1
2
3
4

PASSO 9 - REFORÇAMENTO PASSO 10 - COLETA DE DADOS PASSO 11 - APRESENTAÇÃO PASSO 12 - RELATÓRIO

28
PROGRAMA
CÓDIGO DO PROGRAMA:
DATA INÍCIO: / / FIM: / /

HABILIDADE:
APRENDIZ:

INSTRUTOR:

OBJETIVOS A LONGO PRAZO:


Topografia, análise de tarefas, latência, duração, contagem, pré requisitos

OBJETIVOS A CURTO PRAZO (OCP)


Resumo

OCP 1

OCP 2

OCP 3

OCP 4

REGISTRO:

APRESENTAÇÃO DE DADOS:

ORIENTAÇÃO PROGRAMADA:
OCP:
DATA INÍCIO: / / FIM: / /

Controle instrucional Forma de ensino

Ambiente de ensino Materiais

P O S I Ç Ã O INSTRUTOR, APRENDIZ, ESTÍMULOS, AMBIENTE ETC AJUDAS E DICAS

RESPOSTA ESPERADA E TOLERADA COMO ACERTO

REFORÇO CORREÇÃO DE ERRO PROCEDIMENTOS CRITÉRIOS


MAIOR MAGNITUDE:

MENOR MAGNITUDE:

QUANDO/COMO:
REGISTRO
REGISTRO C O N T A G E M
CÓDIGO: OCP: LEGENDA:

APRENDIZ: INSTRUTOR:

DATA AJUDA S1 T1 T2 T3 T4 T5 T6 T7 T8 T9 T10 S2 TAXA

LB

LB

LB

10
REGISTRO C O N T A G E M P O R T E M P O
CÓDIGO: OCP:

APRENDIZ: INSTRUTOR:

DATA AJUDA TEMPO UNID CONTAGEM OBSERVAÇÃO

LB

LB

LB

10
REGISTRO CÓDIGO:
INTERVALO ENTRE COMPORTAMENTOS
OCP:

APRENDIZ: INSTRUTOR:

TEMPO ENTRE INTERVALOS:

DATA T1 T2 T3 T4 T5 T6 T7 T8 T9 T10 T11 T12 T13 T14 CONT. %

10

11

12
REGISTRO A N Á L I S E D E T A R E F A S
CÓDIGO: OCP: DATA: / /

APRENDIZ: INSTRUTOR:

PASSOS DA TAREFA 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10

10

11

12
REGISTRO T O P O G R A F I A D A R E S P O S T A
CÓDIGO: OCP:

APRENDIZ: INSTRUTOR:

DATA TOPOGRAFIA

10

11

12
REGISTRO E S C A L A F L E X Í V E L
CÓDIGO: OCP:

APRENDIZ: INSTRUTOR:

ESCALAS FLEXÍVEIS PARA REGISTRO DE DESEMPENHO


DATA NUMÉRICA PICTOGRÁFICA CONCEITO

1 0 1 2 3 4 5 BAIXO RAZOÁVEL BOM ÓTIMO

2 0 1 2 3 4 5 BAIXO RAZOÁVEL BOM ÓTIMO

3 0 1 2 3 4 5 BAIXO RAZOÁVEL BOM ÓTIMO

4 0 1 2 3 4 5 BAIXO RAZOÁVEL BOM ÓTIMO

5 0 1 2 3 4 5 BAIXO RAZOÁVEL BOM ÓTIMO

6 0 1 2 3 4 5 BAIXO RAZOÁVEL BOM ÓTIMO

7 0 1 2 3 4 5 BAIXO RAZOÁVEL BOM ÓTIMO

8 0 1 2 3 4 5 BAIXO RAZOÁVEL BOM ÓTIMO

9 0 1 2 3 4 5 BAIXO RAZOÁVEL BOM ÓTIMO

10 0 1 2 3 4 5 BAIXO RAZOÁVEL BOM ÓTIMO

11 0 1 2 3 4 5 BAIXO RAZOÁVEL BOM ÓTIMO

12 0 1 2 3 4 5 BAIXO RAZOÁVEL BOM ÓTIMO


REGISTRO Á R E A
APRENDIZ: INSTRUTOR:

DATA COR CÓDIGO OCP


DATA:

OBSERVAÇÕES:
COR VALOR
REGISTRO Á R E A - 1 2 F A T I A S
APRENDIZ: INSTRUTOR:

DATA: LEGENDAS:
COR CÓDIGO OCP

COR VALOR

OBSERVAÇÕES:
REGISTRO Á R E A - 9 F A T I A S
APRENDIZ: INSTRUTOR:

DATA: LEGENDAS:
COR CÓDIGO OCP

COR VALOR

OBSERVAÇÕES:
REGISTRO Á R E A - 6 F A T I A S
APRENDIZ: INSTRUTOR:

DATA: LEGENDAS:
COR CÓDIGO OCP

OBSERVAÇÕES:

COR VALOR
REGISTRO Á R E A - 4 F A T I A S
APRENDIZ: INSTRUTOR:

DATA: LEGENDAS:
COR CÓDIGO OCP

OBSERVAÇÕES:

COR VALOR
REGISTRO Á R E A - 2 F A T I A S
APRENDIZ: INSTRUTOR:

DATA: LEGENDAS:
COR CÓDIGO OCP

OBSERVAÇÕES:

COR VALOR
GRÁFICOS
GRÁFICO L I N E A R
APRENDIZ: INSTRUTOR:

CÓDIGO: OCP: LEGENDAS:


UN

TÍTULO

_
EIXO ORDENADA













UN

_ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _

EIXO ABSCISSA
GRÁFICO B A R R A S
APRENDIZ: INSTRUTOR:

CÓDIGO: OCP: LEGENDAS:


UN

TÍTULO

GRÁFICO S E M I L O G - E N S I N O P R E C I S O
APRENDIZ: INSTRUTOR:

CÓDIGO: DIA mÊS ANO DIA mÊS ANO DIA mÊS ANO DIA mÊS ANO DIA mÊS ANO DIA mÊS ANO
OCP: SUCESSIVAS SEMANAS DO CALENDÁRIO

DOMINGO

CONTAGEM POR TEMPO


S Q S
CONTAGEM POR MINUTO

SEGUNDOS

MINUTOS

HORAS

DIAS SUCESSIVOS DO CALENDÁRIO


RELATÓRIO
RELATÓRIO DE DESENVOLVIMENTO
POR HABILIDADE
*DADOS GRÁFICOS OU IMAGENS EM ANEXO
CÓDIGO DO PROGRAMA:
HABILIDADE
DATA INÍCIO: / / FIM: / /

APRENDIZ INSTRUTOR

OBJETIVOS A LONGO PRAZO

OBJETIVOS A CURTO PRAZO (OCP) TRABALHADOS


OCP: PERÍODO: DESCRIÇÃO:

OCP: PERÍODO: DESCRIÇÃO:

OCP: PERÍODO: DESCRIÇÃO:

OCP: PERÍODO: DESCRIÇÃO:

ANÁLISE DOS DADOS

CONCLUSÃO

DATA:
ENCAMINHAMENTO CONTATOS
REGISTRO CONSELHO DE CLASSE:
NOME:

ASSINATURA:
*FAÇA DUAS VIAS, SENDO UMA RECIBO. UMA DEVERÁ FICAR COM O ANALISTA DO COMPORTAMENTO
EM ARQUIVO APROPRIADO
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