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MARYA EDWARDA SOUZA LAPENDA

FICHAMENTOS

HERBERT GANS - Capítulo 2: Jornalismo e seus problemas

● A mídia cumpre um papel fundamental no empoderamento do cidadão. Porém, os


jornalistas sofrem com a própria perda de poder, relacionada à falta de consciência da
sua utilidade. Muitas pessoas não querem exercer sua própria cidadania, e apenas
consumir as notícias como público.
● Os meios de comunicação, portanto, vivem uma dualidade: sua real finalidade de ser
um instrumento da democracia e sua estrutura empresarial que fornece o que o
público deseja e o que os anunciantes pagam
● Os jornalistas também são impotentes diante da grande estrutura empresarial, que
forma cada vez mais conglomerados de mídia. Fazendo parte dessas corporações,
geralmente os jornais e as tvs detém menor importância para os donos do capital. O
lucro da mídia nunca é divulgado separadamente do lucro de outras empresas do
conglomerado.
● Com a recessão econômica de 2000, a pressão por lucro não diminuiu, apesar de ter
havido uma queda na audiência, uma queda na capacidade do público de comprar os
produtos anunciados e, consequentemente, uma queda nas receitas de publicidade. A
consequência disso é um enxugamento jornalístico, que afeta todo o corpo de
trabalhadores e a própria qualidade do jornalismo.
● A televisão sofreu o impacto da recessão, perdendo correspondentes, alocando
repórteres locais para cobrir histórias de interesse nacional, acumulando função em
um mesmo jornalista. Os jornalistas filmam, editam, gravam, narram, e isso facilita a
cobertura ao vivo em vários lugares, com menos recursos investidos.
● Esses cortes acabam afetando a autonomia do jornalista e a separação entre o lado
editorial da empresa e o lado comercial. Há uma pressão do setor de marketing para
que os editores de notícias dêem atenção à necessidade comercial.
● Pelo que Gans menciona, existe uma negociação “saudável” entre o setor comercial e
os jornalistas. Enquanto há uma resistência por parte dos editores de notícias de deixar
seu setor ser influenciado pelas necessidades publicitárias, existe um esforço dos
marketeiros para ajudar os jornalistas a escolherem notícias que possam aumentar a
audiência. Gans reforça, no entanto, que os jornalistas relatam certa autonomia,
segundo entrevistas com pesquisadores.
● Ainda de acordo com Gans, os jornalistas se sentem preocupados em relação a perda
de autonomia e a formação de conglomerados de mídia. Eles se preocupam com a
propriedade familiar, além de preferirem que jornalistas ocupem cargos de decisão e
não profissionais de negócios.
● Existe também uma grande possibilidade, dentro dos conglomerados, das redes de
jornais usarem as notícias para divulgar produtos ou serviços de outras empresas
ligadas ao conglomerado.
● Mas Gans acredita que esse uso não tem evidências comprovadas, embora ocorra (até
mesmo aqui em Recife, nos sistemas de jornais que temos). Ele reforça o receio das
grandes empresas de sua má fé se tornar de conhecimento público.
● Outra consequência da perda de poder do jornalismo com o avanço dos cortes e a
busca pelo lucro é a substituição de notícias duras, de impacto político, por notícias
leves, o que muitos jornalistas consideram como a redução da capacidade do
jornalismo como ferramenta democrática.
● Isso se reflete na retração das colunas políticas nos jornais, e no avanço de colunas de
entretenimento, com matérias generalistas sobre dicas de saúde, jardinagem, e
descobertas científicas. Na televisão, o corte de programas com debates e reportagens
investigativas (que são caras) e o avanço de talk shows.
● Em compensação, quando há eventos grandes, cujo impacto é internacional, a mídia
se empenha numa cobertura intensa, na certeza de que haverá um aumento na
audiência, como houve na tv americana no dia e no pós 11 de setembro.
● Os jornalistas apostam na internet como o veículo do futuro que fornecerá uma gama
maior de notícias sobre grandes eventos. Porém, pesquisas apontam para uma
tendência do público de frequentar apenas alguns veículos específicos dentre uma
variedade enorme. Tendência é também o fato de que a maioria dos sites reproduzem
a mesma notícia de outros, de forma abreviada, o que explica a preferência dos mais
jovens por esse veículo de notícias
● O próprio público participa do enfraquecimento do jornalismo, quando decide não
consumir. A perda de audiência é uma das principais causas do retraimento da
profissão
● Além disso, a falta de credibilidade, de confiança do público em relação à mídia é
outra causa do retraimento da profissão. O público acusa os jornalistas de imprecisão
e de parcialidade, de estarem mais a favor do governo do que deles próprios.
● Um estudo da Fortune de 1939 revela que quase metade dos entrevistados acreditava
que a mídia suavizava notícias sobre políticos amigos de editores. Mais de ¼
considerou que a mídia era simpatizante demais de pessoas ricas.
● As pesquisas apontam uma consciência do público em relação à falta de autonomia
dos jornalistas nas empresas, submetidos à linha editorial, aos interesses dos
empresários e aliados dos poderosos.
● A falta de credibilidade também está relacionada à intrusão do jornalismo na vida
privada, quando ocorre a sensacionalização de uma tragédia familiar
● Os jornalistas reagem a esse desempoderamento, de seis formas, através dos críticos
de mídia, que dedicam seu tempo a estudar, analisar e discutir as condições da
produção jornalística: criticando os grandes conglomerados controlados por não
jornalistas; realizando auto estudos profissionais para avaliar o que na própria forma
de fazer jornalismo contribuiu para a perda de credibilidade da profissão; defendendo
o jornalismo público; culpando o próprio público pelo seu gosto inclinado ao
entretenimento e perda de interesse em notícias duras; criticando os colegas
profissionais, por suas posturas antiéticas, sendo os famosos e estrelas os mais
criticados, pela distância que adquirem do público comum
Capítulo 4 - O problema dos efeitos das notícias

● A maioria dos efeitos das notícias é indireta. Os meios de comunicação são uma
ferramenta para que haja mudança, mas esta só ocorre quando as notícias causam
impacto nas pessoas. É o público, portanto, o principal responsável pela mudança, e
quem decide se está apto a receber aquele conteúdo noticioso
● Duas teorias propõem explicar o fenômeno do impacto na recepção: a teoria
hipodérmica e a dos efeitos limitados. Para Gans, esta última explica melhor os
efeitos da mídia no público. A primeira acredita nos efeitos ilimitados da mídia sobre
o público, enquanto que a segunda considera o contexto da recepção. Sendo assim,
neste caso, a mídia só teria poder de reforçar, fortalecer e legitimar preconceitos e
ideias dos consumidores.
● Gans elenca vários efeitos da mídia sobre o público: Efeito de continuidade social (a
mídia dá uma noção de que a vida e a ordem social se mantém dia após dia, através
das narrativas noticiosas, ela permite que o governo consiga alcançar a população
com seu trabalho, sem as notícias, o público não consegue cobrar, fiscalizar e
acompanhar o trabalho governamental; o processo eleitoral seria prejudicado,
ninguém saberia quem está concorrendo e não haveria debate em torno das
campanhas; as pessoas acompanham o mundo externo através das notícias, causando
o Efeito Informativo; Legitimação e Efeitos de Controle (a mídia legitima as fontes e
instituições que veiculam nas notícias; ajuda a legitimar aquilo que as pessoas
percebem no dia a dia - aumento da inflação, por exemplo, legitimam o hiper
patriotismo - como no caso do 11 de setembro; exercem também controle, ao
legitimar determinados posicionamentos e rebaixar posicionamentos minoritários)
● Mas, segundo Gans, é o público quem controla a mídia, através da sua própria pressão
moral sobre o noticiário. Isso pode ser dito também em relação aos padrões de
comportamento e opinião que são reforçados pela mídia para garantir audiência
● Ele dá o exemplo do 11 de setembro, em que o público influenciou a mídia a enaltecer
o patriotismo e a guerra ao terrorismo e rechaçou jornalistas que tentaram explicar
racionalmente o ódio dos terroristas pela américa
● Outro efeito é na opinião das pessoas, mas Gans acredita na predisposição do público
para receber tais opiniões e em outros fatores influenciam. Para Gans, no entanto, os
jornalistas geralmente são convencionais nas suas opiniões e agradam à maioria do
público.
● Esse último efeito funciona da mesma forma que o Efeito sobre a forma de agir
● Outro efeito é o Efeito mensageiro, que é a capacidade da mídia veicular notícias que
impactam o governo de forma indireta, por exemplo, veicular notícias de inflação ou
de crises do governo
● Efeito de Cão de Guarda: é a capacidade moralizante da mídia, que divulga eventos e
situações que fogem da legalidade e da moralidade. A forma mais prevalente do
jornalismo vigilante é a busca por vilões que representam o rompimento com a
moralidade, legalidade e deficiência institucional.
Capítulo 5: A notícia: o que pode ser feito

● Segundo Gans, para reverter o processo de perda de poder do jornalismo e seu


fortalecimento como ferramenta cidadã, algumas coisas podem ser feitas, como, por
exemplo: os jornalistas precisam usar estratégias para atrair de volta o público que
perderam e o novo público de jovens adultos
● Primeiro, os jornalistas precisam fazer levantamentos sobre o que o público acha
importante ver no noticiário, como usam as notícias, em quais contextos leem
notícias, por quais motivos. Isso pode ser feito através de pesquisas profundas
qualitativas.
● Gans propõe que esse trabalho comece já na faculdade, com o contato do aluno com o
público de notícias e a construção de relatórios.
● Como o público gosta mais de notícias locais, é interessante fazer a análise do
impacto de eventos nacionais e internacionais à nível local, sendo feita a localização
dessas notícias. Os jornalistas podem também apostar em notícias participativas para
fornecer ajuda aos cidadãos na interlocução com o poder público. A própria vida
informal do cidadão pode ser fonte para as notícias jornalísticas. As histórias,
opiniões, debates dos cidadãos ajudam a criar um imaginário no público para que
saibam que os outros cidadãos estão agindo, debatendo questões públicas.
● A mídia também deve noticiar ações de mobilização cidadã, informando toda a
logística das manifestações. Devem também noticiar situações de injustiça e ataque
aos direitos dos cidadãos.
● O jornalismo público é outra frente que busca melhorar o diálogo entre cidadão,
jornalistas e autoridade pública. Conforme Gans, ele serve para divulgar problemas de
comunidade e aparece com frequência no período eleitoral. No entanto, Gans reforça
que esse tipo de jornalismo não tende a sair dos moldes ideológicos tradicionais do
jornalismo comercial e evita polêmicas e partidarismos. O autor acredita que o
jornalismo participativo, portanto, tem uma maior inclinação cidadã.
● Outra frente de jornalismo cidadão é o jornalismo explicativo. Ele se propõe a
responder questões baseadas no “Por quê?”, para ajudar as pessoas a entender as
causas e consequências do que está ocorrendo no país. Saber por que as coisas são
como são, o que sustenta o status quo, e quais mudanças necessárias para mudar a
realidade.
● Gans defende também que haja mais opinião nos jornais; ele afirma que os repórteres
fazem um trabalho braçal em cima dos assuntos que veiculam, enquanto os colunistas
são geralmente generalistas e não possuem nenhuma especialização assim como os
repórteres. Portanto, a “opinião jornalística” deve complementar a “opinião
generalista”. Sendo assim, Gans propõe que o jornalista exponha a opinião sobre o
que ele mesmo relatou, e se fossem colocadas outras vozes de repórteres com opiniões
diversas o público poderia se beneficiar ainda mais. Gans defende que as opiniões já
são expostas de forma implícita, e seria mais “honesto” e benéfico ao público a
exposição de opiniões de forma evidente, com maior diversidade.
Manuel Chaparro - Teoria da Ação Jornalística - Introdução e Parte I

● Chaparro separou para a análise reportagens recolhidas da Folha de S. Paulo e do


Estado de S. Paulo, entre 1991 e 1992, e fez análise preliminar de matérias veiculadas
entre 1989 e 1999. Ele escolheu o método de dissecação e reconstituição, cujo
procedimento é destrinchamento de toda a reportagem e posterior reconstituição da
narrativa através de entrevistas com repórteres, editores, fontes envolvidas; além do
método de observação direta, que começa logo na reunião de pauta com os repórteres
(esse método sofreu mais resistência das empresas).
● Ele começa expondo de que forma a Pragmática ajuda na análise jornalística, por suas
características enquanto ciência da Semiótica.
● A Pragmática, segundo ele expõe, é a ciência que leva em consideração a relação
entre discurso, produtor e receptor. Sendo assim, ela leva em consideração o contexto
de emissão e recepção, não ficando restrita às características da língua. O jornalismo,
portanto, tem na pragmática o canal de conexão com o saber. É através dela que ele se
constitui enquanto ciência.
● A pragmática, que deriva do pragmatismo, doutrina criada por Charles Peirce (pai da
semiótica), reforça a ideia de que o significado de uma concepção se expressa em
consequências práticas. Sendo assim, os signos são usados somente em relação a
outros; cada signo significa algo para alguém (receptor).
● Nos anos 60 é que a pragmática começa a ser usada para analisar fenômenos da
comunicação humana, se tornando interdisciplinar, através do entrosamento com a
sociologia e a psicologia, por exemplo. Para a psicologia, todo comportamento é
comunicação e toda comunicação afeta o comportamento. Tal premissa servirá de
base para a análise das notícias e o impacto no receptor.
● Maingueneau aceita a concepção de Courtine quando ele diz que enquanto o discurso
tem uma ordem própria que difere da materialidade da língua, esta ordem se
materializa na própria língua. Ou seja, existe um contexto, mas esse se manifesta na
própria língua.
● É através da linha teórica de Van Dijk que haverá o entrelaçamento entre jornalismo e
pragmática. No livro La Noticia como Discurso, o autor descreve que tipos de fala
ocorrem em uma dada cultura, quais condições, contextos.
● Dijk trabalha com os conceitos de ação e sucesso. Sucesso é a modificação de um
estado em outro, através de processos, que requer tempo. Assim, o estado inicial se
transforma em estado final. E um acontecimento é uma forma de processo. A
intervenção do jornalismo pode resultar num sucesso e até mesmo outros processos.
Ou seja, a notícia interfere nos acontecimentos.
● Tudo isso faz parte do universo do fazer, mas aqui são levadas em conta as
modificações controláveis. O sujeito cognitivo, portanto, consciente é levado em
consideração. Todo fazer possui uma intenção: é a execução do fazer, é o princípio
orientador da ação. Mas o propósito é o que constitui a finalidade e função do fazer.
● Como o jornalismo é uma atividade que funciona segundo uma finalidade, uma
função, nos interessa seu propósito
● Albertos elenca os propósitos e motivos sociais que determinam o tratamento das
informações. Sendo assim, o jornalismo tem a função de informar, de relatar
acontecimentos reais ao público; a propaganda tem a finalidade de doutrinar, através
do apelo às emoções e coagir o público; os anúncios têm por finalidade difundir
mercadorias num mercado competitivo; e as relações públicas de difundir
parcialmente os fatos, promovendo uma cordialidade pública.
● O jornalismo, portanto, esgota-se na finalidade. Portanto, se constitui como um
conjunto de fazeres combinados com intenções. Como a ação é consciente, cada
jornalista é responsável moralmente pelos seus fazeres.
● O propósito do jornalismo deve ser o interesse público. Portanto, está baseado no
princípio ético de direito universal à informação. O jornalismo é o elo, a ferramenta
necessária para que o indivíduo exerça esse direito.
● Questões éticas e morais estão, portanto, implicadas na atividade jornalística.
Questões morais como se o jornalista deve omitir determinadas informações do
público, mesmo que isso cause prejuízo à cidadania, a decisão de divulgar uma
informação que beneficie uma fonte amiga, a decisão sobre aceitar ou recusar um
jantar com pessoas da elite, do governo, que podem influenciar seu trabalho, adequar
ou não o texto aos interesses dos editores.
● Ao estudar os princípios do comportamento humano, portanto a moral, a ética pode
modificar, criar princípios que as sociedades assumem para orientar os valores
supremos que influenciam seus comportamentos. Portanto, a constituição oficializa
princípios éticos que nenhuma norma de costumes políticos pode atravessar.
● Portanto, o direito à informação e à liberdade de expressão devem ser refletidos nas
Leis de Imprensa, por exemplo, e nos códigos de ética da profissão, que orientam o
comportamento dos jornalistas.

PARTE 1: Racionamento de água em São Paulo

● A matéria do Estado de S. Paulo traz uma manchete que indica que a SABESP,
empresa fornecedora de água no estado, mentiu sobre o racionamento, trazendo falas
de vários entrevistados que reclamam da falta de água, da falta de organização em
relação ao rodízio e da dificuldade de estoque para os dias em que não recebem o
fornecimento. Ao reconstituir a notícia, a pesquisadora ouviu uma entrevistada que
diz que sua fala foi totalmente alterada e de que não havia necessidade da publicação
da notícia; o assessor do órgão também foi entrevistado e disse que havia água nos
locais indicados pelo jornal, já que a distribuição não é feita por bairros, mas por
setores, e de que o órgão não pôde esclarecer o assunto à reportagem. O assessor
reclama também que a imprensa não fala de causas, mas somente de consequências,
sem discutir políticas públicas e questões geográficas que ajudariam a entender o
problema maior.
● Um detalhe do estudo é bastante relevante: o diretor de redação, Augusto Nunes,
morava em Perdizes, numa das zonas que seria afetada com a falta de água naquele
dia pelo rodízio, dia em que a repórter foi escalada para fazer a matéria. A hipótese
seria de que a reportagem teria sido feita a partir da fúria de Augusto Nunes. Ou seja,
sua experiência pessoal influenciou a escolha de uma pauta, que, após se materializar
em notícia, foi totalmente sensacionalizada. Moacyr de Castro, então chefe de
reportagem, confirma que a ideia da matéria era “pegar a SABESP na mentira” e
utilizar falas de moradores para indicar que o rodízio não estava sendo respeitado e
não merecia confiança. A repórter teria que ir atrás de moradores dos bairros que não
estavam na lista de corte e encontrar os que estavam desabastecidos.
● O editor Eduardo Martins admite que influencia na matéria e que é o papel do próprio
editor. Em editorial, ele reforça a opinião do jornal sobre o racionamento de água de
que a SABESP está iludindo a população e não avisando antecipadamente sobre as
mudanças nos rodízios. Ele admite também que o órgão manda releases mas que não
são obrigados a publicar e sugere, inclusive, uma compra de espaço no jornal.
● A repórter admite que a matéria foi um pedido de Augusto após o mesmo ter um
problema na casa dele e ligar para a redação solicitando a notícia. Ela diz que
encontrou alguns moradores desabastecidos, mas não todos (o que reforça o que o
órgão fala sobre o racionamento ser por setor e não bairro). O não cumprimento do
rodízio não estava no lead, mas o editor fez a alteração. Ela finaliza argumentando
que tem que fazer, a contragosto, a reportagem porque é uma profissional substituível
(reforçando as pressões organizacionais e a falta de autonomia de profissionais que
estão na parte mais baixo da hierarquia)

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